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SERVIÇOS PÚBLICOS

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SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
1. Apresentação: 
 
Olá concurseiro! Iremos tratar nesta aula/material o tema referente a 
“Serviços Públicos”. Trata-se de um tema que vem sendo constantemente 
cobrado nas bancas de concursos, sobretudo na nossa querida e temida 
CESPE. 
Deste modo, além de conceitos, iremos também trazer algumas 
abordagens jurisprudenciais, e para reforçar ainda mais o assunto, vamos 
fazer alguns exercícios. 
Este material objetiva ser o mais completo possível para concursos tanto 
da área de analistas de tribunais, mas também para aqueles que almejam 
carreiras jurídicas, como Magistratura e Ministério Público. 
Vamos lá! 
 
2. Introdução: 
Qual o conceito de serviços públicos? 
Saiba desde já, que a doutrina moderna vem restringindo o conceito de 
serviço público. 
A doutrina tradicional, da escola francesa, dizia que toda atividade do 
Estado, na busca do interesse público, seria serviço público, conceito este 
bastante amplo, não é? 
Contudo, o Estado exerce outras atividades na busca do interesse 
público, diferente dos serviços. 
Por isso, a doutrina moderna, que como dito no início, vem restringindo 
este conceito, considera que para estar presente o serviço público, 
precisamos conjugar os seguintes elementos: 
 Substrato material. 
 Trato formal. 
 Elemento subjetivo. 
Vamos delineá-los. 
O substrato material se refere ao fato de que o serviço público 
nada mais é do que uma utilidade ou comodidade material prestada à 
sociedade, de maneira contínua. Guarde bem isso: o serviço público é 
uma prestação contínua. 
 O trato formal consubstancia no fato de que a prestação é regida 
sobre o regime de Direito Público. As atividades que são consideradas 
serviços públicos estão elencadas no texto constitucional e na lei, que 
estabelecem quais são as atividades que podem ser consideradas 
serviços públicos propriamente ditos, bem como que sua execução se 
dará sempre na busca do interesse público, sob um regime de Direito 
Público. 
 Por fim, o elemento subjetivo dispõe que o serviço público deve 
ser prestado pelo Estado, direta ou indiretamente (artigo 175 da CF), 
nesta última hipótese, mediante contratos de concessão e permissão. 
 Conjugados estes três elementos temos então o serviço público, 
como a utilidade ou comodidade, fornecida a sociedade continuamente, 
prestada sobre o regime de Direito Público, direta ou indiretamente, pelo 
Estado. 
 Com o conceito em mente, não podemos então confundir 
serviço público com outras atividades prestadas pelo Estado. 
Exemplo: quando o Estado está executando uma obra, ela não é contínua, 
é estanque, será finalizada uma hora. Ainda que necessária para a 
prestação do serviço público, posteriormente, a obra não se confunde com 
ele. Também não confunda serviço público com atividades do poder de 
polícia. O serviço público objetiva trazer ao administrado uma utilidade, 
uma comodidade. Ao contrário do poder de polícia, que vai impor 
restrições e limitações ao particular. Por fim, não confunda serviço público 
com exploração de atividade econômica pelo Estado, que é feita sob um 
regime de direito privado. 
 Para finalizar esta introdução, saiba que a lei geral que trata dos 
serviços públicos é a Lei nº. 8.987/95. 
 
3. Princípios específicos na prestação dos serviços: 
 
a) Dever de prestação do Estado: o Estado deve promover a prestação do 
serviço, o dever de promover a execução da atividade, seja prestando 
diretamente, ou delegando a particulares, de maneira indireta. 
 
b) Universalidade/generalidade: o serviço público deve ser prestado a 
todos ou a maior quantidade de pessoas possível. O serviço púbico não 
pode ser direcionado apenas a determinadas camadas sociais. Ele deve 
atingir o máximo possível de pessoas. 
 
c) Modicidade: este princípio visa inclusive garantir o princípio a 
universalidade. Se as tarifas forem muito altas, apenas determinadas 
camadas da sociedade vão conseguir acessar os serviços. Uma das 
consequências deste princípio, é que o Estado permite que as 
concessionárias (conforme veremos mais a frente) busquem fontes 
alternativas de receitas para garantir seu lucro, sem precisar aumentar 
a tarifa. Exemplo: a empresa de transporte público pode colocar um 
anúncio publicitário na traseira do ônibus. 
 
d) Cortesia: o prestador do serviço deve buscar a satisfação do usuário, 
prestando o serviço com urbanidade/educação. 
 
e) Continuidade: a prestação do serviço público deve ser contínua, não se 
admitindo a interrupção do serviço público, salvo nas hipóteses 
legalmente previstas (art. 6º, § 3º, Lei 8.987/95). 
 
 
GREVE DE AGENTES PÚBLICOS: 
 
A Constituição Federal assegura aos agentes públicos o direito à livre 
associação sindical (art.37, inciso VI), dispositivo que se encontra inserido em 
norma constitucional de eficácia plena, logo, não depende de qualquer 
regulamentação para que seja exercido o direito de associação sindical pelos 
servidores públicos. 
 
DAS EXCEÇÕES LEGAIS: 
 
A Lei 8.987/95 em seu artigo 6º, §3º, estabelece expressamente que é 
possível a interrupção nos seguintes termos: em situação de emergência, ou 
após prévio aviso, quando motivada por razões de ordem técnica ou de 
segurança das instalações; por inadimplemento do usuário, 
considerando o interesse da coletividade. 
 
No que tange à interrupção por inadimplemento do usuário, o STF já 
consagrou que não há inconstitucionalidade nesta disposição, 
ressalvando que o usuário deve ser previamente avisado. Tem-se que 
esta regra é garantidora do princípio da continuidade, e não o contrário, visto 
que a manutenção de serviços públicos àqueles que estão inadimplentes pode 
ensejar a impossibilidade futura de que a atividade seja mantida a todos que 
estão adimplentes com suas prestações, em virtude da inviabilidade 
econômica que será causada ao prestador. 
 
Contudo, observando o final “considerando o interesse da coletividade”, será 
ilegal a paralisação de determinado serviço público por inadimplemento 
do usuário, caso enseje a interrupção de um serviço essencial à 
coletividade. Exemplo: a concessionária cortou o fornecimento de energia 
elétrica do hospital. 
Contudo, no que tange ao exercício do direito de greve, a matéria foi alvo de 
intenso debate doutrinário. De um lado, autores afirmando que a norma que 
dispõe sobre o exercício do direito de greve dos servidores é de eficácia contida, 
ou seja, produz efeitos desde já, até que surja uma norma infraconstitucional 
limitando-a. Ao contrário, autores afirmavam se tratar de norma de eficácia 
limitada, ou seja, somente apta a produzir efeitos após regulamentação 
infraconstitucional. 
 
O STF pacificou a questão ao afirmar que o direito de greve é norma de 
eficácia limitada, ou seja, não obstante o servidor possua a garantia na CF, seu 
exercício fica limitado à edição de lei específica que o regulamente. 
 
Ocorre que desde a edição da CF, em 1988 até os dias atuais, o Congresso 
Nacional se manteve omisso em legislar sobre o direito de greve dos servidores, 
configurando verdadeira afronta à direito fundamental. 
 
Nesta esteira, o STF ao julgar Mandado de Injunção (MI n.670, MI n.708 e MI 
n.712) determino que enquanto não houver lei específica a regulamentar a greve 
dos servidores, será utilizada a lei geral de greve da iniciativa privada (Lei nº. 
7.783/89). 
 
Pronto. 
 
Resolvida a questão quanto ao exercício do direito de greve surgiram novas 
polêmicas (para variar rsrs). 
 
O servidor em greve, terá direito aos dias em que ficou sem trabalhar? 
 
Inicialmente o STJ passou a admitir quese o servidor estiver exercendo o 
direito de greve de forma lícita, não sofrerá o corte da remuneração, sob 
pena de se considerar coerção indevida do poder público. 
 
Vamos imaginar uma greve no fórum da sua cidade. Se o Tribunal resolver cortar 
a remuneração dos servidores, em tese, sem dinheiro, uma hora eles vão ter 
que voltar a trabalhar, e assim é mais fácil para o Poder Público, não precisa 
dialogar com os servidores, basta cortar a remuneração. 
 
Bom, mas por outro lado, seria muito fácil também para os servidores sempre 
que quisessem entrarem em greve, não trabalharem e continuarem recebendo. 
Aí pode ser que os servidores que não vão querer tão cedo sentar para 
conversar com o Poder Público. 
 
Por isso, o STJ, em seu entendimento de que deveria ser mantida a 
remuneração, firmou também que ao final da greve cabe aos servidores 
realizarem a compensação dos dias em que ficaram parados. 
 
Contudo, em 2016, o STF, acabando de vez com a discussão, fixou a tese 
de que a Administração Pública deve sim proceder ao desconto dos dias 
de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos 
servidores públicos, afinal, com a greve, há suspensão do vínculo 
funcional. A compensação será permitida sim, em caso de acordo. 
 
Nossa, aí prejudicou demais os servidores. 
 
Bom, o STF deixou bem claro que se restar demonstrado que o movimento 
grevista foi provocado em decorrência de conduta ilícita do Poder Público, 
o desconto será incabível. 
 
Ufa! Acho que já sei tudo sobre greve dos servidores públicos. 
 
Bom, uma última pergunta. 
 
Tudo isso que aprendemos, vale para TODOS os servidores públicos? 
 
Como assim? 
Bom, a CF meio que divide os servidores públicos em civis e militares. 
 
Não há dúvidas quanto à licitude do direito à associação sindical dos servidores 
civis. E as disposições relativas aos militares? 
 
Pois bem, no que tange os militares, importante lembrar que a CF 
expressamente veda a sindicalização e a greve. Se a CF veda, não há lei 
infraconstitucional capaz de dizer o contrário. Portanto, os servidores militares 
não têm direito a greve e à associação sindical. 
 
Bom, lembrei de uma notícia já antiga, que os Bombeiros Militares no RJ fizeram 
greve para reivindicar salários melhores, afinal, eles ganhavam 900 reais por 
mês. Justa a reivindicação ne? Sim. Mas é lícita? Não. 
 
O militar quando faz greve, incorre em crime militar, assunto que não é da nossa 
alçada, mas que fique claro que as questões do militar ele vai resolver no próprio 
meio militar, pelo Código Penal Militar. 
 
No caso dos bombeiros do RJ, como era justa a reivindicação e a opinião pública 
ficou a favor deles, no fim das contas, o Executivo e o Legislativo resolveram a 
controvérsia: a remuneração foi aumentada e os bombeiros grevistas não foram 
punidos, visto que foram anistiados. 
 
Bom, há alguns anos atrás, uns 2 ou 3 anos, era normal e constante 
acompanharmos greves em Delegacias de Polícia. Acontecia direto e ninguém 
falava nada. 
 
Até que ao ser suscitado sobre a questão, o STF fixou a tese acabando de vez 
com as greves dos policiais civis, entendendo que a vedação do direito de 
greve aos militares também se estende aos policiais civis – melhor, a todos 
os servidores que atuem diretamente na área da segurança pública. 
 
Ufa! Acho que agora encerrarmos as questões referente a greve nos serviços 
públicos, tema inserido em continuidade do serviço público. Vamos voltar aos 
princípios. 
 
f) Adaptabilidade: o prestador do serviço deve se adaptar e atualizar às 
técnicas mais modernas, de modo que a prestação do serviço não fique 
obsoleta; 
 
g) Isonomia: igualdade de tratamento aos usuários. 
 
Pois bem, agora que sabemos os princípios, tudo se tornará mais fácil. Afinal, 
são eles que regem a matéria, sendo que sempre que tivermos dúvida de como 
a matéria se comportará, devemos sempre buscar os princípios. Lembrando 
também que no caso de um conflito entre dois princípios, iremos usar da 
ponderação e da proporcionalidade, bem como guardando a premissa de os 
princípios não são absolutos, logo, tudo dependerá do caso concreto, não 
existem critérios fixos nos conflitos de princípios (diferente do que ocorre quando 
temos um conflito de regras). 
 
4. Classificação dos serviços públicos: 
Os serviços públicos classificam-se em serviços gerais (uti universis) e 
serviços singulares (uti singeli). Tal classificação toma por base a utilização do 
serviço. 
Os serviços singulares/individuais/divisíveis são aqueles prestados a 
todos, mas que o Estado tem como medir a prestação, mensurar quanto cada 
pessoa utilizou daquele serviço. Exemplo: energia elétrica, telefonia – vou pagar 
pelo tanto que eu usei. Tais serviços são cobrados através de taxas ou tarifas, 
proporcional a sua utilização. 
Já os serviços gerais são aqueles prestados e usufruídos por todos 
continuamente. O Estado não tem como mensurar sua utilização individual. 
Exemplo: iluminação pública, segurança pública. Como é impossível saber quais 
são os usuários e quanto cada um utilizou daquele serviço, não há como realizar 
a cobrança de modo individual, sendo realizada através da cobrança de 
impostos. 
Outra classificação importante se relaciona com a forma de prestação do 
serviço, de modo que poderá ser exclusivo indelegável, quando cabe somente 
ao Estado sua prestação, não podendo ser entregue a particulares, 
exemplo: serviço postal. 
Já o serviço público exclusivo de delegação obrigatória são aqueles em 
que o Estado tem o dever legal de delegar, a exemplo dos serviços de 
radiofusão sonora e de imagens, e de cartórios. Imagine só se o Estado tivesse 
o monopólio dos meios de comunicação... 
O serviço público exclusivo com possibilidade de delegação é a 
regra geral. São aqueles serviços que só podem ser prestados pelo Estado, de 
forma direta ou indireta. Exemplo: telefonia, transporte público, energia elétrica. 
Quando a prestação pelo Estado for indireta, será mediante concessão ou 
permissão, por delegação do Estado aos particulares. 
Por fim, há serviços em que somente o Estado pode ter iniciativa de 
prestação, sendo que em alguns casos ele presta diretamente, em outros ele 
delega ao particular, mas a iniciativa de prestação continua sendo do Estado. 
São serviços em que o Estado tem o dever de prestá-los, mas sem afastar 
a possibilidade de serem prestados por particulares, sem necessidade de 
delegação. São os serviços não exclusivos. Exemplo: saúde, educação, 
previdência. 
Atenção! A prestação pelo particular dos serviços não exclusivos não 
desonera o Estado! Por exemplo, o Estado não pode deixar de abrir escolas 
públicas ao argumento de que já existem muitas escolas particulares por aí... 
 
 
 
 
5. Delegação dos serviços públicos: 
 
A delegação é quando o Estado passa aos particulares o poder de 
prestar/executar os serviços públicos, de maneira indireta. Pode ser legal ou 
contratual. 
Na modalidade contratual, ainda temos mais duas sub-modalidades: por 
permissão ou concessão. Vamos estuda-las separadamente: 
 
a) Concessão: 
A Lei 8.987/95 diz que em um contrato, para que seja de concessão de 
serviço público, a Administração contrata a empresa, que irá prestar o 
serviço público, sendo remunerada não pela Administração, mas pelo 
usuário. 
 A concessão pode ser simples ou precedida de obra, sendo que nesta 
modalidade, como o próprio nome diz, a empresa concessionária, antes de 
prestar o serviço, fica também responsável pela construção de uma obra 
necessária para a prestação daquele serviço. 
 Tanto aconcessão simples como a precedida de obra devem observar 
algumas regras. Primeiramente, vale mencionar que a modalidade licitatória 
será a concorrência. 
 Firmado o contrato, temos dois polos: o poder concedente (que é a 
Administração Pública) e a concessionária (o particular) que pode ser pessoa 
jurídica ou um consórcio de pessoas jurídicas. Muita atenção viu? Não é 
possível celebrar contrato de concessão de serviços públicos com pessoa física! 
 A concessionária (particular) não vai gozar de nenhum benefício da 
Fazenda Pública viu? E tratando-se de um contrato, há direitos e deveres para 
ambas as partes. O artigo 23 da Lei 9.987/95 dispõe algumas cláusulas 
denominadas necessárias quando da formalização dos contratos de concessão 
de serviço público. Ah, são mais de 25 cláusulas rsrs ... mas dá uma lida neste 
artigo, por favor! 
 Como contrato de concessão não gera despesa para o Estado, de modo 
que não precisa de previsão na lei orçamentária, não precisa, portanto, obedecer 
ao prazo de duração do crédito orçamentário. Mas, há hipóteses que devemos 
ressalvar: para radiofusão sonora, o prazo de duração será de 10 anos. Para 
radiofusão de sinais e imagens, o prazo de duração será de 15 anos. 
 Este contrato, após firmado, pode ser rescindido unilateralmente pelo 
poder concedente (a Administração) em razão do inadimplemento da 
concessionária (particular), o que chamamos de caducidade, ou por motivo 
de interesse público, o que denominamos de encampação. 
 
RESCISÃO POR 
INADIMPLEMENTO DA 
CONCESSIONÁRIA 
CADUCIDADE 
RESCISÃO POR MOTIVO DE 
INTERESSE PÚBLICO 
ENCAMPAÇÃO 
 
Interessante também que é permitida a celebração de cláusulas 
compromissórias e compromisso arbitrais para solução de controvérsias 
ocorridas no bojo do contrato de concessão. 
Se existirem indícios de irregularidade na empresa concessionária, o 
poder concedente poderá decretar a intervenção, afastando-se seu dirigente e 
colocando no seu lugar um agente público, que será o interventor. 
Decretada a intervenção, a Administração tem até 30 dias para instaurar 
o processo administrativo, que deve ser concluído, em no máximo 180 dias. 
 
PRAZO PARA INSTAURAR O 
PROCESSO ADMINISTRATIVO 
ATÉ 30 DIAS 
PRAZO PARA FINALIZAR O 
PROCESSO ADMINISTRATIVO 
ATÉ 180 DIAS 
 
 Se constatado que não havia irregularidades, a Administração extingue 
o decreto de intervenção e faz a prestação de contas. 
 Ao final do contrato, pode ocorrer a reversão de bens. Configura-se na 
transferência da propriedade dos bens, e ocorre somente ao final do 
contrato de concessão, mediante indenização. Findado o contrato, o Estado 
reverterá para si todos os bens da concessionária atrelados à prestação do 
serviço, afim de evitar a interrupção desta atividade. 
 Por fim, no que tange à configuração de responsabilidade civil, a 
responsabilidade da concessionária é objetiva, ainda que o dano tenha sido 
causado a terceiro não usuário do serviço público, desde que durante a 
prestação do serviço. 
 
b) Parcerias público-privadas: 
A Lei 11.079/2004 criou uma modalidade bem interessante, e bastante 
utilizada: as chamadas PPP’S, que são as parcerias público-privadas. São uma 
nova espécie de contrato de concessão de serviços públicos de natureza 
especial, com o objetivo de prestação de serviços públicos de maneira menos 
dispendiosa que o normal, podendo, ainda, admitir o fornecimento de bens ou a 
execução de obras. 
Neste tipo de contrato, há contraprestação pecuniária do ente estatal e 
compartilhamento dos riscos da atividade. 
Podem ser por concessão patrocinada ou administrativa. 
Na concessão patrocinada, adicionalmente a tarifa cobrada do usuário, a 
empresa concessionária também será remunerada pela Administração 
Pública. Lembra quando estudamos dos princípios? Lembra do princípio da 
modicidade das tarifas? Então, este tipo de concessão é importante instrumento 
para garantia deste princípio. 
Já na concessão administrativa o usuário é a própria Administração, 
que fica responsável pelo pagamento integral das tarifas. 
Apesar de serem bem legais, as PPP’s devem ser celebradas por prazo não 
inferior a 5 anos e não superior a 35 anos, afinal, todo contrato administrativo 
deve ter prazo determinado. 
Aqui nas parcerias público-privadas, há o compartilhamento de riscos entre 
a empresa e a Administração Pública, respondendo solidariamente. 
c) Permissão: 
A doutrina tradicional conceituava a permissão como ato unilateral, 
discricionário e precário. A Lei 8.975/95 trata a concessão como contrato de 
adesão, fazendo questão de ressaltar sua natureza precária (art.40). 
O problema é que a CF, que veio em 1998, trata a permissão como contrato 
administrativo (art.175, CF). 
Bom, se é contrato, não pode ser concedido a título precário, não é mesmo? 
A doutrina ficava debatendo, se a permissão tinha natureza precária ou não, 
se tendo, não afrontaria com o fato de ser um contrato administrativo, e outros 
atores por fim afirmavam que a permissão se tratava apenas de um ato unilateral. 
O STF acabando com a discussão, manifestou no julgamento cautelar 
da ADI 1.491 que não há qualquer distinção entre a concessão e a 
permissão de serviço público, no que tange à sua natureza, podendo 
ambos serem consideradas contratos administrativos. 
Então, se a permissão tem natureza de contrato administrativo, assim como 
a concessão, vamos aplicar a ela as mesmas regras da concessão, com algumas 
diferenças, que vamos ressaltar agora! 
A primeira é que o procedimento licitatório na permissão não precisa ser 
somente a concorrência (na concessão precisa, lembre-se!). 
Outra diferença muito interessante é que na permissão a Administração pode 
contratar com pessoa física, o que é impensável na concessão. 
Por fim, importantíssimo também que a concessão depende de autorização 
legislativa expressa para sua celebração, ao passo que a permissão dispensa 
lei específica. 
Bom meu amigo concurseiro, como se não bastasse, o legislador criou mais 
uma modalidade de prestação de serviços, que não se encaixa nem como 
concessão nem como permissão. Esta modalidade é o consórcio público. Temos 
que estudá-lo também ne? 
 
d) Consórcios Públicos: 
O que é o consórcio no Direito Privado? Nada mais é do que uma gestão 
associada de pessoas, que executam determinada atividade de interesse 
comum. 
Vamos colocar este conceito regido pelo Direito Público. Consórcio público é 
então a gestão associada de pessoas de Direito Público, que executam 
atividades de interesse comum. Importante aqui hein, o consórcio é formado 
apenas por entes da federação. Vou te dar um exemplo: a União e os Estados 
do Nordeste uma vez se uniram para executar atividades de proteção às vítimas 
das secas no semiárido. 
No momento em que estes entes se unem surge uma nova pessoa jurídica, 
com personalidade jurídica própria, que não se confunde com os entes 
associados. 
A personalidade jurídica do consórcio pode ser tanto de direito público ou 
privado. 
Se criado com personalidade jurídica de direito privado, vai seguir as regras 
de Direito Privado. 
Se criado com personalidade jurídica de direito público, vai seguir as regras 
de Direito Público (parece óbvio né). Mas aqui temos que fazer uma anotação 
importante. Quando criado com personalidade jurídica de Direito Público, será 
chamado de associação pública, e vai integrar a Administração Indireta de cada 
um dos entes formadores do consórcio. 
No estudo das entidades da Administração Indireta, nos é mostrado que a 
compõem: as autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades 
de economia mista.Não se fala nos consórcios. Mas, eles não vão integrar a 
Administração Indireta do ente que lhe formou? 
Para resolver este imbróglio a doutrina classifica os consórcios com espécies 
de autarquias associativas. 
Bom, mas se as autarquias são criadas por lei... como os consórcios, que 
não foram criados por lei, serão autarquias? 
A Lei 11.107 vem tentando resolver o problema, afirmando que quando os 
entes se unem para celebrarem o consórcio, primeiro eles formam um protocolo 
de intenções, que será encaminhado posteriormente para o Poder Legislativo 
de cada ente, e somente se transformará em consórcio quando o protocolo de 
intenções for ratificado legalmente. 
Ratificado, os entes celebram um contrato de rateio, que nada mais é do 
que a formalização de rateio dos entes federativos, ou seja, o quanto cada um 
vai participar na formação e manutenção do consórcio. 
 
6. Entidades do Terceiro Setor: 
São entidades que atuam na prestação de serviço público não exclusivo 
do Estado. Lembra o que são esses serviços né? São aqueles que devem ser 
prestados pelo Estado, mas não afastando a possibilidade de o particular 
também prestá-los independente de delegação. 
Aqui, os entes do Terceiro Setor atuam ao lado do Estado na prestação do 
serviço público, mas sem finalidade lucrativa – ao contrário das 
concessionárias e permissionárias – e por isso vão receber alguns benefícios da 
Administração Pública, e em contrapartida, a Administração exercerá um certo 
controle sobre eles. 
Essas entidades também são chamadas de paraestatais ou entes de 
cooperação. São eles: 
 
a) Serviço Social Autônomo: 
 
Prestam assistência e ensino a categorias sociais e profissionais. É o famoso 
“Sistema S”: SESI, SESC, SENAI, SENAC. Embora particulares, são criados 
por lei, de modo que criam vínculo com a Administração, recebendo benefícios, 
como destinação de verba orçamentária, além de poderes cobrar tributos 
(parafiscalidade). 
Contudo, pelo fato de receberem dinheiro público, vão se submeter a 
algumas regras de controle exercido pelo Tribunal de Contas e pelo ente da 
Administração Direta responsável pela fiscalização daquela atividade. 
Também precisarão licitar para celebrarem contratos, ainda que seja 
realizado procedimento licitatório simplificado. 
 
b) Entidades de apoio: 
Podem ser uma fundação privada, uma cooperativa, ou uma associação. É 
uma entidade privada, criada por particulares, que atuam auxiliando as 
atividades de hospitais e universidades públicas. Exemplo: Fundação Arthur 
Bernardes que presta apoio à Universidade Federal de Viçosa. 
 
c) Organização Social – OS: 
Organização social (OS) é uma qualificação outorgada pela administração 
pública a uma entidade sem fins lucrativos, que exerce atividades de interesse 
público. 
A lei federal nº 9.637/98 estabelece que o Poder Executivo poderá qualificar 
como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins 
lucrativos, cujas atividades sociais sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa 
científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do 
meio ambiente, à cultura e à saúde, elencando, ainda, os requisitos para tal 
outorga. A Legislação Federal representa apenas um modelo às demais esferas 
(municipal e estadual), portanto, cada ente pode legislar a respeito dos serviços 
que entenderem necessários 
Nenhuma entidade nasce com o nome de organização social; a entidade é 
criada como associação ou fundação e, habilitando-se perante o Poder Público, 
recebe a qualificação; trata-se de título jurídico outorgado e cancelado pelo 
Poder Público. 
Aqui há uma particularidade: celebram contrato de gestão com a 
Administração Pública, e é por meio dele que se classificam como Organização 
Social. 
A OS qualificam-se por ato discricionário, que depende de aprovação pelo 
Ministro de Estado ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de 
atividade correspondente ao objeto social 
Assinado o contrato de gestão, a OS passará a ter alguns benefícios: 
receberão uma rubrica orçamentária especifica, podem receber bens e 
servidores públicos em cessão. 
 
d) Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP: 
Organização da sociedade civil de interesse público é uma qualificação 
jurídica concedida pelo Ministério da Justiça às organizações privadas que 
preencham os requisitos da Lei das Organizações da Sociedade Civil de 
Interesse Público (Lei nº 9.790/1999), regulamentada pelo Decreto nº 
3.100/1999. 
Também são entidades privadas, criadas por particulares, sem fins 
lucrativos, que atuam na prestação de serviços públicos não exclusivos de 
Estado. 
Quatro dos requisitos são cumulativos e referem-se à personalidade jurídica 
da organização que pretende tornar-se OSCIP a organização deve ser: 
 Pessoa jurídica de direito privado; 
 Instituída por particulares; 
 Sem fins lucrativos; e 
 Dedicada a serviços sociais não exclusivos de Estado. 
Repare que, por ser instituída por particulares, a organização não faz 
parte da administração pública indireta, nem antes nem depois de receber a 
qualificação de organização da sociedade civil de interesse público. 
As OSCIP são ONGs, entidades paraestatais do terceiro setor, que é um 
setor da sociedade civil organizada em entidades privadas prestadoras de 
serviços públicos sem fins lucrativos. 
 
A diferença da OS e da OSCIP é que o vínculo que será firmado entre a 
OSCIP e o Poder Público se dará através de termo de parceria. 
Para a OSCIP temos algumas regrinhas a mais. Não podem participar como 
OSCIP: 
 Entidades religiosas. 
 Cooperativas de trabalho. 
 Partidos políticos. 
 Sindicados. 
 Sociedades empresárias. 
 OS. 
Só pode qualificar-se como OSCIP a organização que se dedica a pelo 
menos uma das finalidades abaixo: 
 Promoção da assistência social, da cultura, da defesa e da 
conservação do patrimônio histórico e artístico; 
 Promoção gratuita da educação e da saúde; 
 Promoção da segurança alimentar e nutricional; 
 Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do 
desenvolvimento sustentável; 
 Promoção do voluntariado; 
 Promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à 
pobreza; 
 Experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e 
de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; 
 Promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e 
assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar; 
 Promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da 
democracia e de outros valores universais; 
 Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, 
produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e 
científicos que digam respeito às atividades antes mencionadas. 
Preenchidos os requisitos de personalidade jurídica e finalidade, a 
organização privada pode pedir a qualificação ao Ministério da Justiça, que 
deve conceder a qualificação de OSCIP. 
O Ministério da Justiça só pode negar a qualificação se a organização 
solicitante desatender algum dos requisitos legais. 
Trata-se, então, de um ato vinculado, bem diferente da discricionariedade 
reinante na concessão da qualificação de organização social (OS). 
Pois bem. A despeito de termos tratado sobre os Entes do Terceiro Setor, 
alguns autores preferem abordá-lo em capítulo específico, contudo diante da 
pertinência temática com serviços públicos, cabia ao menos algumas menções 
e introdução. 
Agora que exaurimos o tema, vamos treinar alguns exercícios!! 
CESPE - 2016 - PC-PE - Escrivão de Polícia Civil 
 
Assinale a opção correta a respeito dosserviços públicos. 
a) Os serviços públicos gerais (ou uti universi ) são indivisíveis e devem 
ser mantidos por impostos. 
b) Os serviços públicos individuais (ou uti singuli ) não são mensuráveis 
relativamente aos seus destinatários. 
c) O serviço público desconcentrado é aquele em que o poder público 
transfere sua titularidade, ou, simplesmente, sua execução, por 
outorga ou delegação. 
d) Os serviços de utilidade pública não admitem delegação. 
e) Os serviços públicos propriamente ditos admitem delegação. 
Alternativa correta: Letra A. Falamos deste assunto lá no início, lembra? 
Os serviços singulares/individuais/divisíveis são aqueles prestados a 
todos, mas que o Estado tem como medir a prestação, mensurar quanto 
cada pessoa utilizou daquele serviço. Exemplo: energia elétrica, telefonia – 
vou pagar pelo tanto que eu usei. Tais serviços são cobrados através de taxas 
ou tarifas, proporcional a sua utilização. 
 
Já os serviços gerais são aqueles prestados e usufruídos por todos 
continuamente. O Estado não tem como mensurar sua utilização 
individual. Exemplo: iluminação pública, segurança pública. Como é 
impossível saber quais são os usuários e quanto cada um utilizou daquele 
serviço, não há como realizar a cobrança de modo individual, sendo realizada 
através da cobrança de impostos. 
 
(CESPE) SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual: 
 
São inerentes ao regime jurídico dos serviços públicos os princípios 
 
a) da imutabilidade das tarifas e da modicidade de tarifas. 
b) da continuidade do serviço público e da diferenciação entre usuários. 
c) da não concorrência e da modicidade de tarifas. 
d) da continuidade do serviço público, da mutabilidade do regime jurídico 
e da igualdade dos usuários. 
e) da generalidade e da precariedade. 
 
Alternativa correta: LETRA D. 
 
Conforme estudamos no tópico referente aos princípios dos serviços públicos, 
podemos destacar: continuidade do serviço público, isonomia entre os 
usuários e modicidade das tarifas. 
 
Aqui, o único que não foi retratado foi o da mutabilidade do regime jurídico, 
que nada mais é do que a autorização de mudanças no regime de execução 
do serviço para adaptá-lo ao interesse público, que é variável com o tempo. 
Assim, nem os servidores, nem os usuários e nem os contratados têm direito 
adquiro à manutenção de determinado regime jurídico. 
 
Se ainda assim você tinha dúvidas, poderia ter marcado a alternativa D por 
eliminação. 
 
CESPE - 2018 - TCE-MG - Analista de Controle Externo - Direito 
Durante a execução de um contrato de concessão de serviço público, a 
concessionária contratada descumpriu cláusulas contratuais concernentes à 
concessão. Houve a instauração de processo administrativo, tendo sido 
assegurado o direito à ampla defesa, e ficou comprovada a inadimplência da 
concessionária. 
Após os devidos trâmites legais, o poder público concedente poderá extinguir 
a concessão por: 
a) caducidade 
b) rescisão 
c) anulação 
d) resgate 
e) encampação 
Alternativa correta: letra A. 
 
Pessoal, essa era fácil né? Falamos disso em concessão: Este contrato, após 
firmado, pode ser rescindido unilateralmente pelo poder concedente (a 
Administração) em razão do inadimplemento da concessionária (particular), o 
que chamamos de caducidade, ou por motivo de interesse público, o que 
denominamos de encampação. 
 
 
 CESPE - 2018 - PGM - Manaus - AM - Procurador do Município. 
Julgue o item que se segue, relativo a serviços públicos e aos direitos dos 
usuários desses serviços. 
De acordo com o STJ, o princípio da continuidade do serviço público autoriza 
que o poder público promova a retomada imediata da prestação do serviço no 
caso de extinção de contrato de concessão por decurso do prazo de vigência 
ou por declaração de nulidade, desde que tal poder realize previamente o 
pagamento de indenizações devidas. 
Certo 
Errado 
Alternativa correta: ERRADO. 
Pois bem pessoal. O erro da questão está em afirmar que o pagamento das 
indenizações deve ser realizado previamente. Segundo o STJ, extinto o 
contrato de concessão por decurso do prazo de vigência, cabe ao Poder 
Público a retomada imediata da prestação do serviço até a realização de nova 
licitação, independentemente de prévia indenização, assegurando a 
observância do princípio da continuidade do serviço público. 
 
 
 
 
CESPE - 2018 - PGM - Manaus - AM - Procurador do Município 
Acerca dos instrumentos jurídicos que podem ser celebrados pela 
administração pública para a realização de serviços públicos, julgue o item a 
seguir. 
Quando se tratar da prestação de serviços dos quais a administração pública 
seja a usuária direta ou indireta, poderá ser celebrado contrato de parceria 
público-privada na modalidade concessão patrocinada. 
Certo 
Errado 
Alternativa correta: ERRADO. 
Quando estudamos as parcerias público-privadas, vimos que podem ser por 
concessão patrocinada ou administrativa. Na concessão patrocinada, 
adicionalmente a tarifa cobrada do usuário, a empresa concessionária também 
será remunerada pela Administração Pública. Lembra quando estudamos dos 
princípios? Lembra do princípio da modicidade das tarifas? Então, este tipo de 
concessão é importante instrumento para garantia deste princípio. 
Já na concessão administrativa o usuário é a própria Administração, que fica 
responsável pelo pagamento integral das tarifas. 
 
A questão fala em uma PPP em que prestação de serviços dos quais a 
administração pública seja a usuária direta ou indireta, sendo assim se a 
Administração for usuária direta não haverá a cobrança de tarifa do usuário 
(cidadão), logo está errado falar em concessão patrocinada, o correto seria, 
neste caso, usar a concessão administrativa. 
 
CESPE - 2018 - CGM de João Pessoa - PB - Conhecimentos Básicos - 
Cargos: 1, 2 e 3 
A respeito de concessão administrativa, julgue o item subsecutivo. 
Tratando-se de concessão administrativa, a administração pública é usuária 
direta ou indireta da prestação de serviços, enquanto, no caso de concessão 
patrocinada, há cobrança de tarifa dos usuários particulares. 
Certo 
Errado 
Alternativa correta: CERTO! 
 
Vamos recordar ... 
 
Quando estudamos as parcerias público-privadas, vimos que podem ser por 
concessão patrocinada ou administrativa. Na concessão patrocinada, 
adicionalmente a tarifa cobrada do usuário, a empresa concessionária também 
será remunerada pela Administração Pública. Lembra quando estudamos dos 
princípios? Lembra do princípio da modicidade das tarifas? Então, este tipo de 
concessão é importante instrumento para garantia deste princípio. 
 
Já na concessão administrativa o usuário é a própria Administração, que fica 
responsável pelo pagamento integral das tarifas. 
 
Realizados alguns exercícios, não se esqueça de dar uma conferida nas 
súmulas do STF e STJ sobre o assunto! 
 
SÚMULAS DO STF: 
 
 Súmula vinculante nº. 2: É inconstitucional a lei ou ato normativo 
estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e 
sorteios, inclusive bingos e loterias. 
 
 Súmula vinculante nº. 12: A cobrança de taxa de matricula nas 
universidades públicas viola o disposto no art.206, IV, da Constituição 
Federal. 
 
 Súmula vinculante nº. 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão 
dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação 
de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, 
da Constituição Federal. 
 
 Súmula vinculante nº. 27: Compete à Justiça estadual julgar causas 
entre consumidor e concessionária deserviço público de telefonia, 
quando a ANATEL não seja litisconsorte passiva necessária, 
assistente, nem opoente. 
 
 Súmula vinculante nº. 29: É constitucional a adoção, no cálculo do 
valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de 
determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre 
uma base e outra. 
 
 Súmula nº. 157: É necessária prévia autorização do presidente da 
república para desapropriação, pelos estados, de empresa de energia 
elétrica. 
 
 Súmula nº. 344: Sentença de primeiro grau concessiva de “habeas 
corpus”, em caso de crime praticado em detrimento de bens, serviços 
ou interesses da União, está sujeita a recurso “ex officio”. 
 
 Súmula nº. 477: As concessões de terras devolutas situadas na faixa 
de fronteira, feitas pelos estados, autorizam apenas, o uso, 
permanecendo o domínio com a União, ainda que mantenha inerte ou 
tolerante, em relação os possuidores. 
 
 Súmula nº 516: O serviço social da indústria (SESI) está sujeito à 
jurisdição da justiça estadual. 
 
 Súmula nº 545: Preços de serviços públicos e taxas não se 
confundem, porque estas, diferentemente daquelas, são compulsórias 
e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, 
em relação à lei que as instituiu. 
 
 Súmula nº 670: O serviço de iluminação pública não pode ser 
remunerado mediante taxa. 
 
SÚMULAS DO STJ: 
 
 Súmula nº.356: É legítima a cobrança de tarifa básica pelo uso dos 
serviços de telefonia fixa. 
 
 Súmula nº 357: A pedido do assinante, que responderá pelos custos, é 
obrigatória, a partir de 1º de janeiro de 2006, a discriminação de pulsos 
excedentes e ligações de telefone fixo para celular. 
 
 Súmula nº.391: O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica 
correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada. 
 
 Súmula nº 407: É legítima a cobrança de tarifa de água fixada de acordo 
com as categorias de usuários e as faixas de consumo. 
 
 Súmula nº 506: A Anatel não é parte legítima nas demandas entre a 
concessionária e o usuário de telefonia decorrente de relação contratual. 
 
Bons estudos!!

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