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TRABALHO DE DIREITO AGRARIO

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CENTRO UNIVERSITARIO DE VARZEA GRANDE
GRADUAÇÃO DE DIREITO
EMPRESA RURAL E A PROPRIEDADE PRODUTIVA
VARZEA GRANDE - MT
2019
DISCENTES:
JUDY GABRIELLY DE ALMEIDA LOBO
MAYKON ARRUDA CAMPOS
MESSIAS ARAUJO DA SILVA ROMAN
THAIZA BIANCHINI FERREIRA
VANESSA LEMES DE ALMEIDA SILVA
EMPRESA RURAL E A PROPRIEDADE PRODUTIVA
Trabalho apresentado a matéria de direito Agrário do 9° Semestre da Graduação de Direito, qual seja a turma DIR15/1AM, do CENTRO UNIVERSITARIO DE VARZEA GRANDE – UNIVAG, de Mato Grosso, como requisito à obtenção de nota parcial para o 1° bimestre.
Docente: Prof. Dr. Luciano Silva Alves
VARZEA GRANDE-MT
2019
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO..................................................................................................
	4
	2
	EMPRESA RURAL ...........................................................................................
	5
	3
	PROPRIEDADE PRODUTIVA ..........................................................................
	7
	4
	CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................
	8
	5
	REFERÊNCIAS.................................................................................................
	9
1 - INTRODUÇÃO 
O presente trabalho visa estabelecer o contexto jurídico em face da descaracterização do latifúndio, estabelecendo um diálogo entre empresa rural e propriedade produtiva no âmbito do direito agrário, com previsão legal estabelecida no estatuto da terra lei 4.504/ 1964, no qual regula os direitos e obrigações concernentes aos bens imóveis rurais, para os fins de execução de reforma agrária e promoção da política agrícola. 
A legislação conceitua empresa rural como o empreendimento de pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que explore econômica e racionalmente imóvel rural, dentro de condições de rendimento econômico, e conceitua propriedade produtiva como aquela que cumpre a função social e as quais possui mais de 15 módulos rurais. 
		
2 - EMPRESA RURAL
A empresa rural, de acordo com o Estatuto da Terra, é definida como um empreendimento, podendo ser de pessoa física ou pessoa jurídica, pública ou privada, com o intuído de obter fins lucrativos, com a exploração econômica e racional, sendo sempre garantida a função social da Terra.
O decreto n° 84.685/80, mas propriamente dito em seu artigo 22, alterou a redação dada ao artigo 4° da ET, acrescentando requisitos que condicionam o empreendimento para fins de empresa rural. Senão vejamos:
Art. 22. [...] 
III – Empresa Rural, o empreendimento de pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que explore econômica e racionalmente imóvel rural, dentro das condições de cumprimento da função social da terra e atendidos simultaneamente os requisitos seguintes: (a) tenha grau de utilização da terra igual ou superior a 80% (oitenta por cento), calculado na forma da alínea a, do art. 8º; (b) tenha grau de eficiência na exploração, calculado na forma do art. 10, igual ou superior a 100% (cem por cento); (c) cumpra integralmente a legislação que rege as relações de trabalho e os contratos de uso temporário da terra.
Numa posição mais simples, Benedito Ferreira Marques em sua obra de Direito Agrário Brasileiro, ed.11, p. 65, exemplificou essas características. Vejamos:
“I – é um empreendimento que se consubstancia na exploração de atividades agrárias; 
II – pressupõe um estabelecimento, composto de uma área de imóvel rural, pertencente ou não ao empresário; 
III – tem por finalidade o lucro; 
IV – é de natureza civil, portanto, não é comercial nem industrial.”
	
Podemos observar que a empresa rural tem por finalidade, sobre um imóvel, a lucratividade elevada, bem como possui critérios de ordem econômica, o que viabiliza a utilidade dos recursos naturais como fundamento para o crescimento socioeconômico do país, respeitando sempre as limitações legislativas impostas, independentemente de sua localização.
Os tribunais Superiores são unanimes quanto a classificação do imóvel, bem como a irrelevância em se exigir a localidade do imóvel, sendo, portanto, relevante apenas sua finalidade, qual seja a objetividade econômica. Conforme se vê no acordão proferido pela Ministra do STJ Denise Arruda, em primeira seção, abaixo:
PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO - AÇÃO RESCISÓRIA - DESAPROPRIAÇÃO PARA FIM DE REFORMA AGRÁRIA - DEFINIÇÃO DA NATUREZA DA ÁREA DO IMÓVEL - FINALIDADE ECONÔMICA. 1. É a municipalidade que, com base no art. 30 da Constituição Federal/88, estabelece a sua zona rural e a sua zona urbana, observado por exclusão o conceito apresentado pelo Estatuto da Terra (Lei 4.504/64) para imóvel rural para definir os imóveis urbanos. 2. Apesar de o critério de definição da natureza do imóvel não ser a localização, mas a sua destinação econômica, os Municípios podem, observando a vocação econômica da área, criar zonas urbanas e rurais. Assim, mesmo que determinado imóvel esteja em zona municipal urbana, pode ser, dependendo da sua exploração, classificado como rural. 3. O acórdão rescindindo reformou o julgado do Tribunal de Justiça de Goiás para considerar o imóvel desapropriado como sendo urbano e rural quando o correto, segundo o art. 4º da Lei n. 4.504/64 (Estatuto da Terra), seria somente rural em virtude de sua finalidade econômica. 4. A destinação dada à terra era de exploração extrativa agrícola, que não pode ser afastada em razão de mero loteamento formalizado na Prefeitura local, mas não implementado na prática. Ação rescisória procedente. (AR 3.971/GO, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/02/2010, DJe 07/05/2010).
Ademais, verificamos que, o que vai determinar se há ou não empresa rural, será a exploração de atividade econômica. Desse modo, a simples propriedade não caracteriza por si só uma empresa rural, uma vez que seus critérios conceituais são bem restritivos, considerando apenas a exploração agrícola mais elevada, afastando a possibilidade de pequena empresa familiar. 
Ressalta-se, é imprescindível que a empresa e o imóvel rural cumpram as características e finalidades, como o registro junto ao órgão competente, bem como os requisitos legais, quais sejam a utilização de superior a 80% da área rural, que tenha grau de eficiência na exploração e cumpra integralmente a legislação que rege as relações de trabalho e os contratos de uso temporário da terra, não poderão caracterizar latifúndio. E, portanto, se a empresa não cumprir esses requisitos caracterizar latifúndio, instituto vedado pela legislação brasileira. 
3 - PROPRIEDADE PRODUTIVA
Propriedade produtiva está disposto na Lei n. 8.629/93, art. 6º, estabelece o seguinte conceito, vejamos: 
“Aquela que, explorada econômica e racionalmente, atinge, simultaneamente, graus de utilização da terra e de eficiência da exploração, segundo índices fixados pelo órgão federal competente” 
E nos § 1º e 2º, fornece o grau de utilização da terra e o grau de eficiência da exploração da terra, bem como o conceito de efetiva utilização em seu parágrafo terceiro.
Segundo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o imóvel considerado produtivo pelo Incra é aquele que, explorado econômica e racionalmente, atinge, simultaneamente, graus de utilização da terra, e de eficiência de exploração, segundo índices fixados pelo órgão federal competente. O Grau de Utilização da Terra, obrigatoriamente deve ser igual ou superior a 80% e o Grau de Eficiência na Exploração da terra, deverá ser igual ou superior a 100%.
Para fins da reforma agrária, não pode ser objeto de desapropriação o imóvel que comprove estar sendo objeto de implantação de projeto técnico que atenda aos seguintes requisitos: seja elaborado por profissional legalmente habilitado e identificado; esteja cumprindo o cronograma físico-financeiro originalmenteprevisto, não admitidas prorrogações dos prazos; preveja que, no mínimo, 80% da área total aproveitável do imóvel esteja efetivamente utilizada em, no máximo, 3 anos para as culturas anuais e 5 anos para as culturas permanentes; registro no órgão competente no mínimo 6 meses antes do decreto declaratório de interesse social. 
Em face da Lei 8.629/93, existe um entendimento que considera fora da classificação de imóvel rural o latifúndio, limitando-a a pequena propriedade, média propriedade, propriedade produtiva e propriedade improdutiva.
O art. 6 da Lei nº 8.629/93, definiu os termos seguintes: 
“Art. 6 Considera-se propriedade produtiva aquela que, explorada econômica e racionalmente, atinge, simultaneamente, graus de utilização da terra e de eficiência na exploração, segundo índices fixados pelo órgão federal competente”
	
A Função Social do Imóvel Rural é indispensável ser vista sob três ângulos: econômica, social e ecológica. Tal como foi definida a Propriedade Produtiva, no art. 6 da Lei 8.629/93, que somente foi exigido o componente econômico, abstraindo-se absolutamente os componentes social e ecológico.
Assim, o parágrafo único do art. 185 da Constituição Federal foi taxativo quanto à necessidade de que a lei fixasse normas para o cumprimento dos requisitos relativos à função social a serem cumpridos pela propriedade produtiva. Mas, tal como foi editada, a Lei no 8.629/93 não estabeleceu esses critérios, embora, em seu art. 9, tenha explicitado os ditos a condições para a configuração da função social, sem vinculá-los à propriedade produtiva.
Em face da descaracterização dos latifúndios por exploração, os imóveis que não se enquadram no conceito de propriedade produtiva, segundo as estatísticas cadastrais disponibilizadas pelo INCRA. Conforme, na medida em que os imóveis rurais não são considerados produtivos, eles são explorados inadequadamente e, portanto, não atingem o padrão de produtividade definido pelo órgão oficial competente, não cumprindo a sua função social e configurando-se como imóveis rurais. 
Por fim, entende-se, que a propriedade produtiva que não cumpre a função social da terra, de acordo com o acima exposto, será caracterizada latifúndio. Logo para a descaraterização do latifúndio necessariamente basta a propriedade cumprir a sua função social e os requisitos básicos para a formação da propriedade produtiva.
 4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando as informações apresentadas acima concluímos o seguinte: no que tange ao instituto da Empresa Rural, é necessário saber qual a finalidade da empresa, no caso concreto e essencial exercer atividade agrícola, bem como a regularização juntamente com os órgãos competentes para não caracterizar latifúndio. Assim, em relação a propriedade produtiva é requisito primordial o cumprimento da função social da terra. 
5 - REFERÊNCIAS
SILVIA C. B. Optiz, Oswaldo Opitz. Curso completo de Direito Agrário. Ed. 11. Ver. e atual. – São Paulo-SP. Editora Saraiva 
MARQUES, Benedito Ferreira. Direito agrario brasileiro/ Benedito Ferreira Marques.-11. ed. rev. E ampl. São Paulo: Atlas, 2015
_Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964. Estatuto da Terra. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4504compilada.htm>. Acesso em: 10 de set. 2015.

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