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Aula 10 – Região Sul e Sudeste
Região Sudeste localiza-se entre as regiões Nordeste e Sul do Brasil. É composta pelos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A Mata Atlântica predominava na região, porém restaram poucas áreas de vegetação nativa. Muito foi destruído pelas olarias, pela agropecuária e pelo desenvolvimento dos centros urbanos.
O Sudeste é rico em recursos naturais. Os estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e de São Paulo possuem reservas reconhecidas como patrimônio mundial pela UNESCO. A população da região Sudeste é formada por descendentes de europeus, africanos, indígenas e pela miscigenação dessas etnias. Ela recebeu um grande número de nordestinos, que migraram fugindo do flagelo das secas, o que criou um ambiente multicultural bastante acentuado.
A produção local contribui com mais de 50% da riqueza do país. Destacam-se o café, a cana-de-açúcar, a laranja e os recursos minerais, entre eles, ferro, manganês e petróleo. As águas profundas dos litorais de São Paulo e do Rio de Janeiro produzem 80% do petróleo consumido no país. O Sudeste tem indústrias de alta tecnologia, com destaque para eletrônica, telecomunicações, informática e aeronáutica, localizadas, em sua maioria, no estado de São Paulo.
Espírito Santo (Capital – Vitoria) - Lá destaca-se, primeiramente, a cidade de Guarapari, cidade que possui muitas belezas naturais, tais como as areias monazíticas (são radioativas e terapêuticas) da praia de Areia Branca, frequentada por pessoas com problemas reumáticos. Essa localidade é responsável pela difusão do prato típico do estado, preparado com frutos do mar em panelas de barro e chamado moqueca capixaba.
Houve, na região, grande presença de imigrantes da Itália, da Alemanha e da Áustria para trabalhar no plantio do café. Essa nova força de trabalho contribuiu com o desenvolvimento do estado, ajudando a enriquecer algumas cidades, dentre elas, a de Cachoeiro do Itapemirim.
Possui treze bens tombados pelo IPHAN. Dentre eles, destaca-se o Santuário Nacional de Anchieta, que é um conjunto arquitetônico, tombado em 1943, e construído entre os séculos XVI e XVII. O monumento foi restaurado em 1994 para recuperar características originais de sua fundação.
O Convento da Penha, construído na cidade de Vila Velha, em 1558, é um dos bens mais antigos do Espírito Santo. Ele comemorou, em 2008, seus 450 anos. Em 1943, seu conjunto formado pela Capela de São Francisco, pela gruta do Frei Palácios, pela ladeira das Sete Voltas e pelo seu entorno natural foi inscrito nos Livros do Tombo Histórico e das Belas-Artes do IPHAN. Destacam-se também o Museu do Colono, na cidade de Santa Leopoldina e o Palácio Anchieta, atual sede administrativa do governo e residência oficial do governador do Espírito Santo.
O estado tem vários recantos naturais, muitos tombados pelo patrimônio estadual. Dentre elas, as Dunas de Itaúnas e as formações rochosas conhecidas como Pedra do Elefante, que possui 600 metros de altitude. Além disso, o IPHAN registrou no Livro dos Saberes, em 2002, a produção artesanal de panelas de barro da cidade de Goiabeiras Velhas. Elas são utilizadas no preparo do prato típico moqueca capixaba.
Minas Gerais (Belo Horizonte) - Ao longo do século XIX, após ter se findado o ciclo aurífero, a economia de mineira se voltou para as atividades agropecuárias, formando novos polos regionais importantes, entre os quais se destaca a produção de leite, que se transformou em uma produção mantida no estado até hoje. Minas Gerais tem a maior produção leiteira do país, atualmente.
As cidades mineiras coloniais apresentam raízes na arte portuguesa. No entanto, o uso de materiais locais imprime um caráter deveras peculiar que pode ser apreciado nas obras de Aleijadinho e Mestre Ataíde. Entre as cidades que se destacam por essa arte, podemos citar: Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Tiradentes, Diamantina, São João del Rei e Sabará.
O estilo barroco mineiro se apresenta na arquitetura, na escultura e na pintura, destacando a produção artística dessa região no cenário nacional. Podemos exemplificar o barroco mineiro no prédio da Casa da Câmara e Cadeia da antiga Vila Rica, de 1780. Atualmente, está localizado na Praça Tiradentes, na cidade de Ouro Preto, onde passou a funcionar, desde 1942, o Museu da Inconfidência.
A linguagem dos sinos, é um dos patrimônios imateriais do estado. Desde os tempos medievais, o soar dos sinos regulava a vida coletiva das vilas e cidades, assim como a vida particular dos indivíduos, que poderiam estar ligados à fé católica ou não. A Linguagem dos Sinos teve seu tombamento concedido pelo IPHAN em 2009 como bem imaterial brasileiro.
A fabricação artesanal dos queijos recebeu do Iphan, em 2008, o registro de patrimônio cultural imaterial do Brasil. Os produtores artesanais não aceitaram a obrigatoriedade de pasteurização dos queijos, porque alteraria a tradição de produzir queijo a partir do leite cru.
Rio de Janeiro (RJ) - Com a descoberta de minas de ouro e de pedras preciosas na região de Minas Gerais, a cidade do Rio de Janeiro foi qualificada como nova capital, devido à proximidade daquela região e pela boa localização de seus portos, o que facilitava o controle da produção e do escoamento dessa riqueza para a Europa.
Nas três primeiras décadas do século XX testemunharam grande transformação nos processos econômicos da região. A lavoura de café entrou em processo de desaceleração e decadência, sendo substituída na economia do país pelo desenvolvimento industrial, com destaque para a construção da Companhia Siderúrgica Nacional, na cidade de Volta Redonda.
São Paulo (SP) -Em decorrência da abolição da escravatura, abriu-se espaço para os imigrantes estrangeiros virem trabalhar nas plantações de café. Em virtude disso, novos aspectos culturais se somaram às características paulistas. A necessidade de mão de obra para a crescente demanda nas lavouras de café atraiu para a província grande número de imigrantes, em sua maioria italianos.
Rio Grande do Sul (Porto alegre) - De todos os estados brasileiros, o Rio Grande do Sul é o mais meridional do país. Isso já representa um dos vários atrativos para turistas nacionais e estrangeiros, pois o clima do referido estado se aproxima muito do clima europeu.
Além do clima ameno, as paisagens são semelhantes às europeias e, somando-se a isso, ainda conta com um patrimônio cultural, natural, material e imaterial bem característico. As influências europeias contribuíram para as manifestações culturais, em forma de música, de danças, de culinária e de folclore.
Como representantes do patrimônio material do estado gaúcho, destacam-se a Ponte do Imperador (na cidade de Ivoti), a casa onde viveu Bento Gonçalves (um dos líderes da Revolução Farroupilha e natural de Triunfo) e o Conjunto Arquitetônico da Praça da Matriz (no centro histórico de Porto Alegre). Um passeio de barco pelo Guaíba é uma atividade que possibilita a visão panorâmica do centro de Porto Alegre. Em seguida, os turistas ainda podem apreciar o pôr-do-sol às margens do Guaíba, ao lado da Usina do Gasômetro.
A respeito do patrimônio cultural imaterial do estado, destaca-se o hábito de se beber chimarrão. Trata-se de uma herança das culturas autóctones da América do Sul e que agrega valores como o sentimento de hospitalidade e de identidade do gaúcho. Dentre as danças tradicionais gaúchas, destacam-se o Anu, o Balaio, a Cana Verde, o Caranguejo e o Chote de Duas Damas.
Paralelamente a esses patrimônios, importa informar que o Rio Grande do Sul possui vários museus, incentivados e apoiados pelo Sistema Estadual de Museus (SEM/RS). No centro de Porto Alegre, por exemplo, encontra-se o Museu do Trabalho, anexo ao qual fica uma escola de teatro.
Santa Catarina (Florianópolis) - Contém 33 bens de patrimônio material tombados pelo Iphan. Dezesseis deles se encontram em Florianópolis, sendo diversas fortalezas erguidas pelos portugueses ao longo do litoral, para o fito de proteção contra as investidas espanholas.
Paraná (Curitiba)- O estado paranaense começou a desenvolver medidas oficiais de proteção de seu patrimônio material em 1953. Ao todo, o Iphan conseguiu tombar 24 bens no estado. O primeiro a ser tombado, no ano de 1962, foi a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Chagas, em Paranaguá.
Em 1986, o próprio estado realizou o tombamento da Serra do Mar (uma grande área que contém natureza e diversos povoamentos). Assim como em outros estados, o Paraná também protege muitos sítios arqueológicos desde 1961. Dentre eles, podemos citar os seguintes: o Sítio Arqueológico Morro das Tocas e o das Ruínas de Reduções Jesuíticas de Ciudad de Guairá e de Santo Ignácio, que foram erguidas quando a maior parte do território paranaense estava sob domínio dos espanhóis.
O patrimônio arquitetônico paranaense, destaca-se o centro histórico da cidade de Lapa, com mais de duzentas construções tombadas. A respeito do patrimônio natural do Paraná, importa dizer que o Salto de Sete Quedas (uma cachoeira) foi completamente submersa para que a Usina Hidrelétrica de Itaipu pudesse funcionar. No entanto, ainda há o Parque Nacional do Iguaçu e as APAS (Áreas de Proteção Ambiental), como a APA e Guaraqueçaba e a APA de Guaratuba. É nesse estado que se encontra um patrimônio histórico e cultural da humanidade, o Parque Nacional do Iguaçu. Há, também o Parque Histórico do Mate, localizado no município de Campo Largo.
Em Curitiba, destacam-se o antigo Paço Municipal que abriga atualmente o Museu Paranaense e a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, cujos trens percorrem cerca de 110 quilômetros em meio à Mata Atlântica da Serra do Mar numa viagem de quatro horas. Sobre o patrimônio imaterial do estado, destacam-se as Cavalhadas de Guarapuava (manifestação religiosa que ocorre durante a Festa do Divino) e o Fandango (festa típica dos caboclos e pescadores do litoral). Por fim, destaca-se a culinária paranaense, com o barreado (prato típico do litoral).
Exercício
		De acordo com Maria Yedda Linhares, a vitória do plantacionismo se cristalizou com a presidência civil do país com Prudente de Moraes. (LINHARES, Maria Yedda (org.) História geral do Brasil. 9.ed.Rio de Janeiro: Campus, 1990. p. 304) Esse presidente fora um republicano histórico estreitamente vinculado: à cafeicultura de São Paulo.
	
	
 
Segundo Maria Yedda Linhares (LINHARES, Maria Yedda (org.) História geral do Brasil. 9.ed. Rio de Janeiro: Campus. p. 308), a expansão da malha ferroviária no período de 1850 a 1950 objetivava inicialmente: a agilização da exportação do café.
O patrimônio imaterial do estado do Rio Grande do Sul é muito rico. Ele tem influência europeia e indígena. Em relação a esse último tipo, destacamos o chimarrão, que é tomado em uma cuia única para todo um grupo de pessoas, pois: Ele agrega valores como o sentimento de hospitalidade e de identidade do gaúcho.
"Em 1900 o Brasil ainda não havia estabelecido ou legalizado em definitivo suas fronteiras com vários países vizinhos. O problema mais difícil era a questão do Acre. Dentro do país, um número imenso de pessoas, brasileiros e imigrantes, deslocava-se em busca de novas zonas produtivas (...) O Brasil abria-se para os produtos industriais europeus, e os transportes e as comunicações avançavam na era do vapor e do telégrafo, sobretudo nas regiões economicamente mais poderosas." (Prof. Wladimir Pomar) Sabendo disso, aponte a atividades econômicas que provocaram o desenvolvimento das "regiões mais poderosas": O café substituiu o açúcar como principal valor nas exportações, seguido pela borracha, enquanto decrescia a exportação de açúcar.
A região sul do país possui traços culturais muito particulares em razão da influência de vários povos que a formaram. O hábito de tomar o chimarrão é um exemplo do que foi dito. Trata-se de uma herança dos povos indígenas da região da América do Sul. A bebida deve ser tomada em uma cuia, com o auxílio de uma bomba. Em geral, toma-se em grupo e a cuia é compartilhada entre os seus membros. Qual tipo de valores esse hábito agrega ao gaúcho: O de hospitalidade e identidade;
O estado de Minas Gerais é riquíssimo em termos de patrimônio histórico. Um dos patrimônios imateriais mais importantes do estado é: A linguagem dos sinos, que regulava a vida coletiva das vilas coloniais.
O Espírito Santo possui treze bens tombados pelo IPHAN. Dentre eles, destaca-se: o Santuário Nacional de Anchieta, um conjunto arquitetônico, tombado em 1943, e construído entre os séculos XVI e XVII.
o reconhecimento da multiplicidade de atores históricos que produziram os elementos a serem resgatados, relembrados e destacados como parte do patrimônio cultural brasileiro, de modo a evitar o eurocentrismo ou os preconceitos contra camadas sociais e suas manifestações culturais.

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