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Geologia - Resumo UFPE

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GEOLOGIA APLICADA À 
ENGENHARIA 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 – 
OLHE À SUA VOLTA, HÁ UM GEÓLOGO POR AÍ... 
 
"Só uns poucos tomam, por todos os demais, o encargo nobre e pleno de 
responsabilidade de custodiar a escritura sagrada da Terra, de lê-la e interpretá-la, 
pois o enlace consciente do homem com sua estrela está confiado a uma ciência em 
especial... GEOLOGIA". 
Hans Closs-(1885- 1951) 
 
No dia 30 de maio comemora-se internacionalmente o Dia do Geólogo. 
Diferentemente de vários países do mundo, onde a atividade profissional do Geólogo é 
já entendida em sua enorme importância para o Homem, tem sido regra em nosso país 
que esse dia passe praticamente despercebido pela sociedade, reflexo do ainda precário 
conhecimento que esta sociedade tem sobre a atividade de seus geólogos. Diga-se a bem 
da verdade que esse relativo desconhecimento deve-se em boa parte aos próprios 
geólogos, em geral mais afeitos a seus círculos profissionais específicos e restritos e 
despreocupados em dialogar mais abertamente com a sociedade sobre as 
importantíssimas questões com as quais trabalha. 
Simplificadamente, podemos dividir em três grandes planos a atividade 
profissional do Geólogo, todos eles, como se verá, com estreita relação com o cotidiano 
e com a qualidade da vida humana no planeta: 
Fenômenos Geológicos Naturais, no âmbito do qual o Geólogo investiga 
fenômenos associados à dinâmica geológica do planeta, como terremotos, maremotos, 
vulcanismos, variações térmicas planetárias e suas consequências, processos regionais 
de desertificação, escorregamentos e avalanches naturais em regiões serranas, etc., 
definindo cuidados e providências que devam ser tomados pelo Homem para evitar ou 
reduzir ao máximo os danos que esses fenômenos, na qualidade de desastres naturais e 
riscos geológicos, possam causar; 
Exploração de Recursos Minerais, plano em que o Geólogo estuda a formação 
de jazidas minerais de interesse do Homem (ferro, manganês, cobre, carvão mineral, 
petróleo, água subterrânea, urânio, alumínio, areia e brita para construção, argila para 
cerâmica, etc., etc.), localiza-as na Natureza, avalia-as técnica e economicamente e 
planeja, juntamente com o Engenheiro de Minas, sua exploração e a posterior 
recuperação ambiental da área afetada; 
Geologia de Engenharia, dentro do qual o Geólogo estuda as interferências do 
Homem sobre o meio físico geológico. Dentro desse plano é importante entender que, 
para o atendimento de suas necessidades (energia, transporte, alimentação, moradia, 
segurança física, saúde, comunicação...), o Homem é inexoravelmente levado a ocupar e 
modificar espaços naturais das mais diversas formas (cidades, agricultura, indústria, 
usinas elétricas, estradas, portos, canais, extração de minérios, disposição de rejeitos ou 
resíduos industriais e urbanos...), o que já o transformou no mais poderoso agente 
geológico hoje atuante na superfície do planeta. Pois bem, caso esses empreendimentos 
não levem em conta, desde seu projeto até sua implantação e operação, as características 
dos materiais e dos processos geológicos naturais com que vão interferir e interagir, é 
quase certo que a Natureza responda através de acidentes locais (o rompimento de uma 
barragem, o colapso de uma ponte, a ruptura de um talude, por exemplo), ou graves 
 
problemas regionais (o assoreamento de um rio, de um reservatório, de um porto, as 
enchentes e escorregamentos, a contaminação de solos e de águas superficiais e 
subterrâneas, por exemplo), consequências todas extremamente onerosas social e 
financeiramente, e muitas vezes trágicas no que diz respeito à perda de vidas humanas. 
Enfim, mesmo com a abdicação do consumismo tresloucado e do crescimento 
populacional descontrolado, a epopeia civilizatória de chegarmos a uma sociedade onde 
todos os seres humanos tenham uma vida materialmente digna e espiritualmente plena, 
exigirá, sem dúvida, a multiplicação de empreendimentos humanos no planeta: 
exploração mineral, energia, transportes, indústrias, cidades, agricultura, disposição de 
resíduos... A Geologia é uma das ciências sobre as quais recai a enorme 
responsabilidade de tornar essa maravilhosa utopia técnica e ambientalmente possível, 
sem que a própria possibilidade da vida humana no planeta seja comprometida. 
Conclui-se, assim, que para se assegurar que a Humanidade tenha um futuro 
promissor e pleno de felicidade em seu planeta faz-se cada vez mais imprescindível 
conversar com a Terra. Para esse diálogo, os homens têm seu inspirado intérprete: o 
Geólogo. 
De outra parte, a Geologia é uma geociência maravilhosa. E seu caráter 
maravilhoso liga-se à sua intrínseca relação com o movimento (Movimento = Matéria + 
Tempo + Espaço). O sentido maior da Geologia é apreender o movimento, os processos 
que definiram, definem e definirão o Planeta e seus fenômenos. O fator Tempo pode ser 
também importante em outras profissões, mas na Geologia é a variável permanente e 
onipresente em todas suas equações. 
Dentro desse espírito, é justo rendermos um tributo ao Geólogo escocês James 
Hutton, que ao final do séc. XVIII, pela primeira vez rompeu documentada e 
corajosamente com os estreitos tabus e dogmas religiosos da época, para os quais o 
mundo atual era exatamente aquele criado por Deus, cunhando então (o Geólogo inglês 
Charles Lyell logo em seguida deu primorosa e enérgica sequência à sua teoria) as bases 
da teoria do Uniformitarismo ("o Presente é a chave do Passado"); a qual, por sinal, 
Darwin, dando todos os créditos a Lyell e Hutton, aplicou ao mundo Biológico. Dizia 
Hutton: "Desde o topo da montanha à praia do mar...tudo está em estado de mudança. 
Por meio da erosão a superfície da Terra deteriora-se localmente, mas por processos 
de formação das rochas ela se reconstrói em outra parte. A Terra possui um estado de 
crescimento e aumento; ela tem um outro estado, que é o de diminuição e degeneração. 
Este mundo é, assim, destruído em uma parte, mas renovado em outra". 
Ao Geólogo, portanto, com todo o merecimento, cabem as honras e homenagem 
por mais esse aniversário de sua tão bela profissão. 
 
Texto de Álvaro Rodrigues dos Santos 
Geólogo 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 – POSIÇÃO DA GEOLOGIA APLICADA. 
A Geologia é a ciência que trata a origem, evolução e estrutura da Terra, através 
do estudo das rochas. O termo geologia vem do grego Geo que significa terra e logos, 
palavra, pensamento, ciência. Podemos dividi-la em dois grupos gerais: 
 
 Geologia Teórica ou Natural; 
 Geologia Aplicada. 
 
G
E
O
L
O
G
IA
 
Teórica ou 
Natural 
Geologia 
Física 
Mineralogia 
Petrografia; 
Sedimentologia; 
Estrutural e Geomorfologia 
Geologia 
Histórica 
Paleontologia 
Estratigrafia 
Aplicada 
Econômica 
Mineração 
Petróleo 
Engenharia 
Problemas de Engenharia Civil; Túneis, barragens, 
estradas, água subterrânea, fundações, etc. 
 
 
1. GEOLOGIA NATURAL OU TEÓRICA 
 
1.1.Parte física: Trata do estudo dos tipos de materiais e seu modo de ocorrência e 
certas estruturas. 
a) Mineralogia: trata das propriedades cristalográficas (formas e estruturas), físicas 
e químicas dos minerais bem como da sua classificação. 
b) Petrografia: procura descrever os caracteres intrínsecos da rocha, analisando sua 
origem. Descreve as rochas sob o ponto de vista da sua composição química, dos 
minerais que a compõem, dos arranjos minerais, do seu estado de alteração. 
c) Sedimentologia: é o estudo dos sedimentos. Diz respeito à origem, transporte, 
deposição bem como ao modo de ocorrência, na natureza, de sedimentos 
consolidados e inconsolidados. 
d) Estrutural: é o ramo da geologia que seinteressa pelos elementos estruturais 
presentes nas rochas e causados por esforços. Esses elementos são: orientação 
dos minerais, fraturas, falhas, juntas, dobras, etc. 
Segundo Machado e Silva (2004), “A Geologia Estrutural estuda os processos 
deformacionais da litosfera e as estruturas decorrentes dessas deformações. 
Investiga, de maneira detalhada, as formas geométricas que se desenvolvem em 
decorrência do dinamismo de nosso planeta, abrangendo da escala microscopia 
à macroscópica, portanto, deformações desde a escala dos cristais formadores 
 
de rochas até a escala continental, este último voltando-se ao exams do 
deslocamento de blocos de grandes dimensões.” 
e) Geomorfologia: é a ciência que estuda a gênese e a evolução das formas de 
relevo sobre a superfície da Terra, onde estas formas são resultantes dos 
processos atuais e pretéritos ocorridos nos litotipos existentes 
(CHRISTOFOLETTI, 1980). Os processos ou fatores que definem esta 
evolução podem ser exógenos ou modeladores (climas antigos e atuais, 
vegetação e solos) e endógenos ou formadores de relevo (tectônica e a geologia). 
 
1.2.Geologia Histórica: estudo da evolução dos acontecimentos e fenômenos 
ocorridos no passado. 
 
a) Paleontologia: estuda os seres que vivenciaram em épocas anteriores à época 
atual, e que são conhecidos através de seus restos ou vestígios encontrados nas 
rochas. 
b) Estratigrafia: trata do estudo da sequência de camadas. Investiga as condições de 
sua formação e a correlação entre os diferentes estratos e camadas. 
 
2. GEOLOGIA APLICADA 
 
Está ligada ao estudo da ocorrência, exploração de minerais e rochas sob o ponto 
de vista econômico, bem como à aplicação dos conhecimentos geológicos aos 
projetos e às construções de obras de Engenharia. Envolve dois campos de 
aplicação. 
 
a) Econômica: trata dos estudos dos materiais do reino mineral que o homem 
extrai da Terra para sua sobrevivência e evolução. Inclui tanto substancias 
orgânicas (carvão, petróleo) como inorgânicas (Fe, Al, Mn, Pb, Cu, Zn, Au, 
etc.) 
b) Engenharia: emprego do conhecimento geológico para a solução de certos 
problemas de Engenharia Civil, principalmente nos setores de construção de 
ferrovias e rodovias, implantação de barragens, aberturas de túneis e canais, 
obtenção de água subterrânea, projeto de fundações, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTUO 3 – A CROSTA TERRESTRE. 
 De acordo com o satélite SAD 69 a Terra possui um raio de 6.380,160 km. 
Posemos representar sua estrutura através de três camadas. Vistas esquematicamente 
abaixo: 
 
 
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/imagem.php 
 
LITOSFERA 
OU CROSTA 
Com espessura de até 120 Km, onde se realizam os trabalhos de Engenharia Civil. Sua 
densidade é de 2,76. 
 MANTO 
Com 2.900 Km de espessura. Admite-se que a composição do material do manto seja 
semelhante à dos meteoritos rochosos. Essencialmente o manto é composto de silicatos de 
magnésio e de ferro, de ferro elementar e de quantidades menores de sulfatos de ferro. 
NÚCLEO 
Com espessura em torno de 3.300 Km e constituída principalmente por níquel e ferro e por isto 
denominada NiFe. 
 
A crosta terrestre é a parte mais externa da Terra, encontra-se parcial ou totalmente 
consolidada. É na crosta que iremos concentrar nossos estudos, pois é nesta região que 
se realizam os trabalhos de Engenharia, na sua superfície ou então esses trabalhos não 
vão além de 5 Km de profundidade, se considerarmos perfuração de petróleo como 
sendo uma obra de Engenharia Civil. É constituída fundamentalmente de duas partes: 
 
a) Crosta Superior ou Crosta Continental: A primeira e mais superficial, composta 
principalmente de silício e alumínio (SiAl) representada por rochas graníticas, 
abreviadas por Sial. A espessura do Sial é variável, 50 km nos continentes e 
quase zero nos mares e oceanos. 
b) Crosta Inferior ou Crosta Oceânica: A segunda camada subjacente a Sial é o 
Sima, cuja composição básica é o silício e o magnésio, representada por rochas 
basálticas. 
 
 
TEMPERATURA NO INTERIOR DA TERRA: o grau geotérmico 
 
Túneis e sondagens mostram que a temperatura aumenta progressivamente para 
o interior da Terra. De um modo geral até uma profundidade de 10 a 20 metros, domina 
a temperatura média anual a partir daí, a temperatura aumenta continuamente. 
Designa-se gradiente geotérmico o número de metros em profundidade na crosta 
terrestre necessários para haver o aumento de temperatura de 1° C. O valor normal é de 
30 m, existindo, porém, variações muito grandes. O cálculo do grau geotérmico é feito 
dividindo-se a temperatura da profundidade considerada, descontada a temperatura 
superficial média anual, pela profundidade em metros. 
 
Exemplo: Mina de Morro Velho. 
 
Profundidade aproximada do fundo 2500m; 
Temperatura 64ºC; 
Temperatura média anual da superfície 18ºC. 
 
 
Grau geotérmico: 
 
64−18
2500
= 54 𝑚 
É provável que a elevação da temperatura no interior da Terra não seja contínua 
até o centro. De acordo com o exemplo esta seria 180.000ºC. No entanto o mais 
provável é que a temperatura no interior da Terra seja de cerca de 6000ºC, a mesma da 
superfície do Sol. 
Em geral a elevação da temperatura é menor nas regiões geológicas mais 
antigas, estáveis, como no complexo brasileiro ou nos escudos cristalinos constituídos 
de rochas de idade geológica muito antiga e sem perturbações tectônicas recentes. Em 
zonas de idade geológica mais jovem, sujeitas a perturbações tectônicas, o magma 
geralmente atinge níveis superiores na litosfera, determinando nessas regiões um 
aumento rápido da temperatura em função da profundidade. 
CONSTITUIÇÃO LITOLÓGICA DA CROSTA TERRESTRE 
 
A crosta terrestre é constituída de rochas, isto é, agregados naturais de um ou 
mais minerais (minerais é definido como toda substância inorgânica natural de 
composição química e estruturas definidas). 
Existem três grandes grupos de rochas que serão mais detalhados adiante, são eles: 
 
 Magmáticas (ou ígneas); 
 Metamórficas e, 
 Sedimentares. 
 
As rochas de origem magmáticas, juntamente com as rochas metamórficas 
originadas a partir da transformação de uma rocha magmática, representam cerca de 
95% do volume total da crosta, ocupando porém 25% da superfície da mesma. As 
rochas sedimentares mais as rochas metassedimentares representam apenas 5% do 
volume, mas, no entanto, cobrem 75% da superfície da crosta. Essas rochas formam 
uma delgada película que envolve a Terra em toda a sua superfície, originando a 
litosfera. 
 
 
Segundo A. Poldervaart a proporção aproximada das rochas que ocorrem na crosta 
terrestre é: 
 
Sedimentos (rochas sedimentares) 6,20% 
Granodioritos, granitos (ígneasplutônicas), gnaisses(metamórficas) 38,30% 
Andesito (ígnea extrusiva) 0,10% 
Diorito (ígnea plutônica) 9,50% 
Basaltos (ígnea extrusiva) 45,80% 
 
Clarke e Washington utilizaram os resultados de análises químicas de rochas 
(5159 amostras) com eliminação de óxidos menos importantes e estabeleceram a 
seguinte composição média ponderada para a crosta nas áreas continentais: 
 
Si O2 60,18% CaO 5,17% 
Al2O3 15,61% Na2O 3,91% 
Fe2O3 3,14% K2O 3,19% 
FeO 3,88% TiO2 1,06% 
MgO 3,56% P2O5 0,30% 
 
 
A composição química encontrada 
corresponde a um valor intermediário entre as 
composições químicas de um granito e um 
basalto que são justamente as rochas mais 
comuns entre as magmáticas. O valor médio da 
densidade da crosta terrestre é de 2,76. 
A tabela seguinte é extremamente 
interessante pois mostra que cerca de 99% da 
crosta são constituídas de apenas oito elementosquímicos: O, Si, Al, Fe, Ca, Na, K, Mg, sendo o 
oxigênio absolutamente dominante. 
 
 
 
Esta tabela foi elaborada por Clarke (peso), 90% do volume total é ocupado pelo 
oxigênio restando apenas 8% para os demais elementos. Segundo Leinz, o volume 
baseou-se no diâmetro atômico que cada elemento possui. 
Estes oito elementos básicos perfazem cerca de 98,5% do peso da crosta 
terrestre. A maioria dos metais úteis ao homem ocorre apenas em quantidades 
subordinadas, sendo estes metais exploráveis apenas em lugares onde ocorreram 
diferenciações magmáticas, sedimentação, decomposição química diferencial ou então, 
ocorre como impurezas nos minerais. Quando ocorrem em concentrações volumosas e 
econômicas, são classificados como depósitos ou jazidas minerais. 
 
 
 
ELEMENTOS PESO POR % VOLUME POR %
O 46,6 91,77
Si 27,72 0,8
Al 8,13 0,76
Fe 5 0,68
Mg 2,09 0,56
Ca 3,63 1,48
Na 2,83 1,6
K 2,59 2,14
ELEMENTOS QUÍMICOS MAIS COMUNS NA 
CROSTA TERRESTRE
 
CAPITULO 4 – TECTÔNICA DE PLACAS 
 
A Terra é formada pro quatro camadas principais: 
 
 Núcleo interno, sólido de ferro e níquel com o Ф aproximado de 2400 Km. 
 Núcleo externo, líquido de ferro e níquel com espessura de 2300 Km. 
 Manto de silicatos com espessura aproximada de 2800 Km; (silicatos de Fe e 
Mg, Fe, FeS). 
 Crosta terrestre (30-50 Km de espessura). 
 
O princípio chave da tectônica de placas é a existência de uma litosfera constituída 
por placas tectónicas separadas e distintas, que flutuam sobre a astenosfera. A relativa 
fluidez da astenosfera permite que as placas tectónicas se movimentem em diferentes 
direções. 
As placas contatam umas com as outras ao longo dos limites de placa, estando estes 
comumente associados a eventos geológicos como terramotos e a criação de elementos 
topográficos como cadeias montanhosas, vulcões e fossas oceânicas. A maioria dos 
vulcões ativos do mundo situa-se ao longo dos limites de placas, sendo a zona 
do Círculo de Fogo do Pacífico a mais conhecida e ativa. Estes limites são apresentados 
em detalhe mais adiante. 
A Terra é formada pro quatro camadas principais: 
 
 Núcleo interno, sólido de ferro e níquel com o Ф aproximado de 2400 Km. 
 Núcleo externo, líquido de ferro e níquel com espessura de 2300 Km. 
 Manto de silicatos com espessura aproximada de 2800 Km; (silicatos de Fe e Mg, Fe, FeS). 
 Crosta terrestre (30-50 Km de espessura). 
 
No centro do planeta está o núcleo interno sólido com temperatura em torno de 
4000° C. O calor do núcleo interno faz com que o material do núcleo externo líquido e 
do manto plástico, circule em correntes de convecção. A densidade total da Terra é de 
𝛿= 5,527. 
A Crosta Terrestre é a camada sólida externa da Terra. Inclui a crosta continental 
(mais ou menos 40 Km de espessura) e a crosta oceânica (aproximadamente 6 - 7 Km). 
A crosta e a camada superior do manto formam a litosfera. A litosfera é constituída por 
placas semirrígidas que derivam umas em relação às outras sobre a astenosfera 
subjacente (uma camada parcialmente fundida do manto). Esse fenômeno que permite o 
deslizar das placas litosféricas é designado por deriva continental. 
São três os tipos de limites de placas, caracterizados pelo modo como as placas se 
deslocam umas relativamente às outras, aos quais estão associados diferentes tipos de 
fenómenos de superfície: 
 
1- Limites transformantes ou conservativos 
Ocorrem quando as placas deslizam ou mais precisamente roçam uma na outra, ao 
longo de falhas transformantes. O movimento relativo das duas placas pode 
 
ser direito ou esquerdo, consoante se efetue para a direita ou para a esquerda de um 
observador colocado num dos lados da falha. 
 
Vista aérea da falha de Santo André na zona em que atravessa a planície de Carrizo, a oriente da 
cidade de San Luis Obispo. (Robert E. Wallace, USGS.) 
2- Limites divergentes ou construtivos 
Ocorrem quando duas placas se afastam uma da outra. Quando duas placas se 
separam, formam-se rifts (fendas) na crosta. 
 
 
Nos oceanos, esse movimento 
resulta na expansão dos fundos 
oceânicos e na formação das cadeias 
oceânicas. 
Nos continentes, a expansão da 
crosta pode formar rifts Valleys (vales 
de afundamento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:http://assemblealegislativa.regione.emiliaromagna.it/wcm/studenticittadini
/aprod/reg/multi/index/par_viaggio/viaggio/p1/p2/pimm1/Fig1_2_1.jpg
 
3- Limites convergentes ou destrutivos (também designados por margens ativas) 
Ocorrem quando duas placas se movem uma em direção à outra, formando uma 
zona de subdução (se uma das placas mergulha sob a outra) ou uma cadeia 
montanhosa (se as placas simplesmente colidem e se comprimem uma contra a 
outra). 
 
 
 
 
Convergência crusta oceânica - crusta continental 
 
 
Convergência crusta oceânica - crusta oceânica. 
 
 
Convergência crusta continental - crusta continental 
No meio dos oceanos, esse processo 
dá origem às fossas abissais (crosta 
oceânica x crosta continental), 
atividades sísmicas e arcos insulares 
(crosta oceânica x crosta oceânica). 
As montanhas podem formar-se 
onde há subdução da crosta oceânica 
sob a crosta continental, ou crosta 
continental com continental. Um bom 
exemplo de colisão crosta continental - 
crosta continental é o da Índia com a 
Ásia que deu origem à cadeia 
montanhosa dos Himalaias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A tectônica de placas ajuda a explicar a deriva continental, teoria segunda a qual 
os continentes reuniram-se há 175 M.a, para formar um único continente, o Pangéia, 
que posteriormente se fragmentou. 
 
 
Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/materia/resources/images/che/wegener2.gif 
 
 
Atualmente as grandes placas são em número de oito: 
 
 Placa Norte-Americana – América do Norte, oeste de Atlântico Norte e Groelândia; 
 Placa Sul-Americana – América do Sul e oeste do Atlântico Sul; 
 Placa Antártica – Antártica e “Oceano Sul”; 
 Placa Eurasiana – leste do Atlântico Norte, Europa e Ásia, exceto a Índia; 
 Placa Africana – África, leste do atlântico Sul e oeste do Oceano Índico; 
 Placa Indo-Australiana – Índia, Austrália, Nova Zelândia e maior parte do Oceano Índico; 
 Placa Nazca – leste do Oceano Pacífico adjacente à América do Sul; 
 Placa do Pacífico – maior parte do Oceano Pacífico (e costa sul da Califórnia). 
Há também vinte ou mais placas menores, tais como as da Arábia, Cocos e Filipinas. 
 
 
 
A superfície da Terra é muito jovem. Num período relativamente curto (pelos 
padrões astronômicos) de 500.000.000 anos, a erosão e os processos tectônicos 
destroem e recriam a maior parte da superfície da Terra e, assim, eliminam quase todos 
os vestígios da primitiva história geológica do planeta (tais como as crateras de 
impacto). Assim a própria história dos começos da Terra foi apagada. Nosso planeta 
tem 4,5 a 4,6 bilhões de anos, mas as rochas mais antigas datam de menos de 4 bilhões 
de anos atrás, sendo raras as rochas com mais de 3 bilhões de anos. Os mais antigos 
fósseis de organismos vivos têm menos de 3,9 bilhões de anos. Não há registro do 
período crítico em que a vida se iniciou. 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 6 - MINERAIS 
Os minerais são os elementos constituintes das rochas, logo o conhecimento dos 
minerais implica o conhecimento das rochas. 
Mineral é uma substância inorgânica natural de composição química e estruturas 
definidas. Há autores que consideram o petróleo e o âmbar como minerais, apesar de 
serem substancias orgânicas e o petróleo não apresentar composição química definida. 
Há minerais que são líquidos à temperaturaambiente, como a água e o mercúrio. 
Mineralogia é a ciência que as propriedades cristalográficas (forma e estrutura), 
física e química dos minerais, bem como a sua classificação. 
 
Propriedades dos Minerais 
 
As propriedades dos minerais 
são de quatro naturezas que serão 
detalhadas à frente: 
 
Propriedades físicas 
 
Estrutura: 
Quase todos os minerais ocorrem no estado cristalino no qual os átomos ou 
agrupamentos de átomos são dispostos segundo sistemas fixos e constantes. Um 
exemplo dessa propriedade esta representada nos minerais argilícos. Os minerais 
argílicos são combinações das unidades cristalográficas principais que são as seguintes: 
Tetraedro de Sílica (sílica) 
 
Octaedro de Alumina (Alumina)
 
Estrutura
Dureza
Traço
Clivagem
Fratura
Tenacidade
Peso específico
Brilho
Cor
Propriedades Morfológicas Hábito
Propriedades Químicas Polimorfismo
Propriedades Físicas
Propriedades Ópticas
 
Antes, porém, de falar de minerais argílicos, é importante definir e entender o 
que é superfície específica. Superfície Específica é o somatório das áreas superficiais 
das partículas contidas em um determinado volume ou massa (peso). Quanto maior a 
superfície específica, mais fino o mineral. 
Os principais minerais argílicos: 
 Caulinita; 
 Ilita; 
 Montmorinolita. 
 
Caulinita - Al2Si2O5(OH)4 
 
Mineral 1:1 porque são formados pelo empilhamento 
de uma lâmina de tetraedros de Si e uma lâmina de 
octaedros de Al, uma no topo da outra. 
É um mineral argiloso silicatado de ocorrência 
extremamente grande em solos brasileiros. 
 
Superfície específica: 10 m2/g. 
 
 
 
Montmorilonita - (Na,Ca)0,3(Al,Mg)2Si4O10(OH)2.nH2O. 
São minerais chamados 2:1 porque são formados pelo empilhamento de duas 
lâminas tetraédricas, fazendo um sanduíche com a lâmina octaédrica. 
Superfície específica: 800 m2/g. 
 
As argilas montmorilonitas são 
fortemente expansivas por causa das ligações 
fracas entre os “lençois” das unidades 
cristalográficas. Um solo com essa composição 
tende a ser instável em presença de água, sendo 
resistente apenas quando secos. Na presença de 
umidade, possuem variações volumétricas, 
ocasionando um “efeito sanfona” (expansão e 
contração) entre o período seco e molhado. 
 
 
 
Ilita- [(OH)4 Ky (Si8-y Aly) (Al4 Fe4 Mg4 Mgy) O20 
São também minerais do tipo 2:1 e são produtos de 
alteração direta das micas. Apresenta estrutura semelhante à da 
montmorilonita. Há íons entre as lâminas, que podem ser de 
potássio (K), sódio (Na), etc, que proporcionam uma ligação 
mais forte. 
Superfície específica: 80 m2/g. 
 
 
 
Dureza 
 
É a resistência ao risco. A dureza relativa é dada pela Escala de Mohs. Em 1812, o 
mineralogista alemão Friedrich Mohs ordenou 10 minerais numa escala de 1 a 10, 
segundo a dureza. Nossas unhas teriam 2,5 na escala de Mohs, e um canivete, 5,5. 
Escala empírica de Mohs: 
 
http://jose.coelho.googlepages.com/EscalaM.JPG 
 
Os minerais de maior dureza riscam os de menor dureza. Assim a fluorita, de 
dureza 4, risca todos de dureza inferior e é riscada por aqueles que apresentam dureza 
maior que 4. 
Não existe proporção de graus de dureza na escala de Mohs; por exemplo, o 
diamante não é dez vezes mais duro que o talco, nem a dureza da fluorita é o dobro do 
gesso. O diamante (10) é 140 vezes mais duro que o córindon (9). 
Se quisermos estabelecer uma escala de proporcionalidade entre os diversos 
minerais, isso só é obtido fazendo-se deslizar uma ponta de aço ou diamante, submetida 
a um peso constante sobre os minerais. A profundidade do sulco deixado sobre os 
minerais e, só a partir daí é que se pode comparar proporcionalmente. 
A dureza de um mineral depende de sua composição quimica compostos de 
metais pesados (prata, cobre, chumbo, ouro) são moles; sulfetos e óxidos de ferro e 
níquel são duros (NiS, FeS). sulfetos em geral são moles; oxidos e silicatos, 
especialmente os que contém alumínio, são duros e da sua estrutura cristalina diamante 
e grafita são formados por carbono mas devido a sua estrutura cristalina, o diamante tem 
dureza 10 e a grafita 1 a 2. 
 
 
Fonte: http://media.photobucket.com/image/diamante%20e%20grafita/K_love_L/diamanteegrafite.jpg 
 
Traço 
 
É a propriedade do mineral deixar um 
risco de pó quando friccionado contra uma 
superfície não polida de porcela branca. 
(dureza da porcelana: 6,5 -7). Para que isso 
aconteça, o mineral deve ter dureza inferior 
à porcelana. Os de maior dureza, riscam a 
porcelana e causam sulco incolor. Nem 
sempre o traço é da mesma cor do mineral. 
 
. 
 
Clivagem 
 
É a propriedadede certos minerais se partirem 
em determinados planos de acordo com suas 
direções de fraqueza. Explica-se tal fenômeno pelo 
fato que os planos de clivagem são aqueles planos 
reticulares entre os uais atuam as forças de ligação 
muito fracas. Os cristais com clivagem 
pronunciada mostram, muitas vezes, variação 
considerável da dureza. A dureza, neste caso, é mínima nos planos de clivagem. 
Exemplo: a mica apresenta clivagem perfeita; o 
feldspato apresenta dois planos de clivagem e um de 
fratura; a calcita apresenta três planos de clivagem perfeita em forma romboédrica. 
 
Fratura 
 
Um mineral sem clivagem apresenta 
fratura; esses minerais não se partem em 
planos, mas segundo uma superfície irregular. 
Exemplo: Quartzo que apresenta fratura em 
forma conchoidal. 
 
 
 
 
 
 
 
Tenacidade 
 
É a propriedade que os minerais têm de apresentar resistência ao choque de um 
martelo ou ao corte de uma lâmina de aço. De acordo com sua tenacidade os materias 
são classificados em: 
 
a) Quebradiços ou friáveis: quando submetidos à pressão, reduzem-se a pó. Exemplo: 
Calcita. 
http://3.bp.blogspot.com/_KiLk7dRAkcI/ScQD7zyxnmI/AAAAAAAAAH8/Ukj3q74OBSk/s400/l.jpg 
http://www.micron-systeme.eu/upload/bilderleiste/Mineral-
Glimmer-Mica.jpg 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a5/Quartz
USGOV.jpg/180px-QuartzUSGOV.jpg 
 
b) Sécteis: podem ser cortados por uma lâmina. Exemplo: Gispita 
c) Maleáveis: redutíveis à lâmina pelo martelo ou, em outras palavras, são transformados 
em chapas pelo martelo. Exemplo: Ouro 
 
Peso Específico 
 
Relação entre o peso do mineral e o peso de igual volume de água destilada a 4°C. 
O peso específico depende de dois fatores: 
 
1. Natureza dos átomos: os elementos de peso atômico mais elevado formam minerais de 
maior peso específico. 
Exemplos: 
CaCO3 – calcita 2,9 (peso atômico – 40,078; Nº atômico: 20) 
Ba CO3 - whiterita 4,3 (peso atômico- 137,34; Nº atômico: 56). 
Pb CO3 - Cerusita 6,5 (peso atômico- 207,20; Nº atômico: 82). 
2. Estrutura Atômica: o diamante e a grafita são formados pelo mesmo elemento 
(carbono), mas possuem estrutura atômica diferente. 
Diamante- estrutura mais compacta- δ=3,5 
Grafita: estrutura menos compacta- δ=2,2. 
 
A determinação do peso específico de um material é de 
fundamental importância os principais métos para sua 
obtenção são: 
 
a- Balança Hidrostática 
Primeiro pesa-se o mineral no ar (peso P) depois pesa-
se o mineral imerso na água (peso P’) 
P’ será menos que P, porque qualquer corpo submerso 
na água sofre um empuxo para cima cujo valor é igual ao peso 
do volume da água deslocada. (Empuxo de Arquimedes). 
 
aP
P

 
'PEP a 
 
aEPP  '

aPPP  '
 
a
 Densidade de água a 4°C =1 
 
'PP
P


 P - P’ é o peso da água destilada. Portanto a formula do peso específico é 
 
 
 
 
 
 
b- Método do PicnômetroDeve-se seguir o seuguinte 
procedimento: 
- Pesa-se o frasco vazio tampado = A 
- Introduz-se o mineral no frasco e pesa-
se = M 
- Introduz-se água destilada no frasco 
onde já existe o mineral, até um certo 
nível, e pesa-se = S. 
- A última pesagem é o do picnômetro 
cheio de água destilada, observando-se 
os mesmos cuidados = P. 
'PP
P
pe


 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thum
b/1/14/Balan%C3%A7a_hidrost%C3%A1tica.JPG/200px-
Balan%C3%A7a_hidrost%C3%A1tica.JPG. 
 
 Assim: 
 
 
)(
)(
AM
AM
PS a 

 
 
AMSP
AM
AM
AM
PS 



  )(
ASMP
AM
AMSP
AM





 
 
 
O picnômetro é usado quando o mineral é apenas um fragmento ou 
mesmo um pó. O aparelho consiste em um pequeno frasco de vidro com 
tampa esmerilhada que termina por um capilar. 
 
 
 
 
 
Propriedades Ópticas: 
 
 Brilho 
 
É o aspecto da reflexãoda luz na superfície do mineral. Existem brilho metálico, a 
damantino, vítreo, resinoso, etc. 
 
Cor 
 
A cor de um mineral deve ser sempre observada em superfície ou fratura recente, 
pois a superfície exposta ao ar se transforma formando películas de alteração. 
Propriedades Morfológicas: 
 
Hábito 
É a maneira mais frequente como um cristal ou mineral se apresenta. 
 
Exemplo: 
 Quartzo: prismático, terminado por fazer de romboédros. 
 Calcita e dolomita: romboédricos. 
 Gipsita: prismático, fibroso. 
 
Propriedades Químicas: 
 
Os minerais podem consistir de apenas um elemento quimico ou de várias, 
passando a ser compostos químicos expressos em sua fórmula química. Existem certa 
relação entre a forma cristalina e a composição química chamadas Polimorfismo e 
Isomorfismo. 
Polimorfismo: É quando diferentes minerais possuem a mesma composição 
química, mas formas cristalinas diferentes, o que acarreta propriedades físicas e 
http://www.farmaefarma.com.br/
abfh/arquivos/2008_07_25_11_41
_421778.pdf 
 
químicas diferentes porque estas dependem da 
forma cristalina. Exemplo: diamante e grafita. 
Isomorfismo: É quando vários minerais 
possuem uma composição quimica diferente mas 
análoga, cristalizando todavia na mesma forma 
ou similar. Exemplo: plagioclásio (feldspatos), 
Albita (Na2 O. Al2 O3 .6 SiO2) e Anortita ( CaO. 
Al2O3. 2SiO2) 
Lembramos que as propriedades dos 
minerais dependem também de sua composição 
química. Assim os minerais podem ser 
classificados em: óxidos, silicatos, sulfatos, 
carbonatos, sulfetos, etc. 
 
 
Radioatividade: 
 
Os minerais que contêm, por exemplo, 
urânio, tório e potássio (K40), são radioativos. 
São fatores de importância mineralógica: taxa de velocidade de decaimento, os produtos 
do decaimento, a quantidade de calor liberada no processo de decaimento e a radiação 
envolvida (radiações α, β e γ). Considerando que o urânio e o tório decaem finalmente 
para chumbo (urânio a Pb206 e tório a Pb208), a idade de uma rocha ou de um mineral 
pode ser determinada a partir das quantidades relativas de chumbo no urânio ou no 
tório. O fundamento desta determinação da idade radiométrica (geocronologia) é o fato 
que 1g de urânio decai, por ano, para formar 1,27X10-8 de Pb206. 
 
Reações Álcali-Agregado 
 
 As reações álcali-agregado (RAA) são um processo químico onde alguns 
constituintes mineralógicos do agregado (agregados que possuem determinados teores 
de minerais silicosos amorfos) reagem com hidróxidos alcalinos (provenientes do 
cimento, água de amassamento, agregados, pozolanas, agentes externos, etc.) que estão 
dissolvidos na solução dos poros do concreto. Como produto da reação forma-se um gel 
higroscópico expansivo. A manifestação da reação álcali-agregado pode se dar de várias 
formas, desde expansões, movimentações diferenciais nas estruturas e fissurações até 
pipocamentos, exsudação do gel e redução das resistências à tração e compressão. 
 
Atualmente são distinguidos três tipos deletérios da RAA: 
 
 Reação álcali-sílica: Envolve a presença de sílica amorfa ou certos tipos de vidros naturais 
(vulcânicos) e artificiais. 
 Reação álcali-silicato: É da mesma natureza da reação álcali-sílica, porém o processo ocorre 
mais lentamente, envolvendo alguns silicatos presentes nos feldspatos, folhelhos argilosos, 
certas rochas sedimentares (como as grauvacas), metamórficas (como os quartzitos) e 
magmáticas (como os granitos) e fundamentalmente, a presença de quartzo deformado 
(tensionado) e minerais expansivos. 
Elemento (Peso atômico do 
elemento ou do isótopo radioativo)
Formação e abundância
C(14)
Produzido pelo bombardeamento
do nitrogênio pelos raios
cósmicos
K(40) 0,012% do potássio
Rb(87) 27,2% do rubídio
Tc(99)
O tecnécio foi demonstrado nas
estrelas pela análise de seus
espectros
Pm(147) 100% do promécio
Sm(152) 26% do samário
Lu(176) 2,5% do lutécio
Re(187) 61,8% do rênio
Th(232) 100% do tório
0,71% do urânio (físsil)
99,28% do urânio
Todos os elementos com 
números de ordem maiores 
do que 93
Todos isótopos radioativos, mas
muito pouco abundantes na
crosta da Terra
U(235) e U(238)
 
 Reação álcali-carbonato: Ocorre entre certos calcários dolomíticos e as soluções presentes 
nos poros do concreto. 
 
A melhor maneira de combate à reação álcali-agregado (RAA) é evitar sua 
ocorrência, antes da construção, ou reduzir seus efeitos caso ela tenha se manifestado 
depois da obra pronta. É possível fazê-lo antes da construção: efetuando as análises e 
ensaios recomendados dos agregados e do conjunto agregado-aglomerante. Caso haja 
potencialidade de ocorrência da reação usar neutralizadores da mesma no concreto, tais 
como materiais pozolânicos, sílica ativa, escória granulada moída de alto forno 
contendo materiais pozolânicos ou escória em quantidades adequadas. Ou após a 
construção: caso a estrutura esteja sofrendo os efeitos da RAA há uma série de 
procedimentos descritos na literatura técnica especializada que podem auxiliar a 
diminuir as influências deletérias da reação. 
A expansão deletéria ocorre quando o gel formado pela reação absorve água e se 
expande. As características deste gel dependem de sua composição química e da 
presença de água. A formação do gel no entanto depende da existência de sílica reativa; 
de proporção e tamanho dos agregados; da disponibilidade de álcalis; da presença de 
umidade e temperatura elevada. 
Os agregados que possuem determinados teores de minerais silicosos amorfos, ou 
de quartzo cristalograficamente deformados por processos tectônicos, são passíveis de 
reagir com álcalis do cimento Portland. Nestas condições, poderá haver a formação de 
produtos gelatinosos, que poderão se expandir e, consequentemente, provocar a 
degradação do concreto. A determinação da reatividade potencial dos agregados pode 
ser efetuada, em laboratório, por dois principais procedimentos: 
 
 Método químico: o agregado, moído, é submetido à dissolução em solução de NaOH 
1N. A quantidade de sílica dissolvida e a consequente redução de alcalinidade permitem 
classificar o agregado em inócuo ou deletério ou potencialmente deletério. 
 Método de barras: corpos de prova de argamassa, nos quais a areia proveniente da 
moagem do agregado é combinada com cimento de alcalinidade conhecida, são 
colocados em ambiente de umidade controlada e as eventuais expansões, devido às 
reações, são medidas periodicamente a partir de 14 dias até 12 meses. 
Os Minerais Mais Comuns das 
Rochas 
 
Quartzo: SiO2 
O quartzo é o mais abundante 
mineral da Terra (aproximadamente 12% 
vol.). Possui estrutura cristalina trigonal 
compostapor tetraedros de sílica (dióxido 
de silício, SiO2), pertencendo ao grupo dos 
tectossilicatos. É classificado como tendo dureza 7 na Escala de Mohs. Apresenta as 
mais diversas cores(alocromático) conforme as variedades. Peso específico 2.65. Sem 
clivagem, apresentando fratura concóide. 
Ocorre geralmente em pegmatitas graníticas e veios hidrotermais. Pode também ter 
origem metamórfica ou sedimentar. Geralmente associado aos feldspatos e micas. 
Aplicações e utilizações: Areia para moldes de fundição, fabricação de vidro, esmalte, 
saponáceos, dentifrícos, abrasivos, lixas, fibras ópticas, refratários, cerâmica, produtos 
eletrônicos, relógios, indústria de ornamentos; fabricação de instrumentos ópticos, de 
 
vasilhas químicas etc. É muito utilizado também na construção civil como agregado 
fino e na confecção de jóias baratas, em objetos ornamentais e enfeites, na confecção de 
cinzeiros, colares, pulseiras, pequenas esculturas etc. Algumas estruturas de cristal de 
quartzo são piezoelétricas e usadas como osciladores em aparelhos eletrônicos tais 
como relógios e rádios. 
 
 
 
Feldspatos 
 
Ortoclásio (KAlSi3O8) 
É um mineral do grupo dos tectossilicatos 
importante na formação de rochas ígneas. É 
também conhecido como feldspato alcalino e é 
comum nos granitos e rochas relacionadas. A 
ortoclase é idêntica à microclina em todas as suas 
propriedades físicas e apenas se pode distinguir daquela por meio de microscópio de 
luz polarizada ou por difracção de raios X. Seus dois planos de clivagem são 
perpendiculares. A sua dureza é igual a 6, com peso específico igual a 2.56 -2.58, e 
brilho vítreo a nacarado. Em termos de cor pode ser branca, cinzenta, amarela ou 
vermelha; raramente verde. 
 
Microclina 
Microclínio, (KAlSi3O8) é um importante mineral 
tectossilicato constituinte de rochas ígneas. Também 
designado por "feldspato alcalino", é comum no 
granito e rochas relacionadas e em rochas 
metamórficas. A microclina é idêntica à ortoclase em 
todas as suas propriedades físicas e apenas se pode 
distinguir daquela por meio de microscópio de luz 
polarizada ou por difracção de raios X; ao 
microscópio de luz polarizada a microclina exibe uma 
pequena e múltipla macla de carlsbad que resulta de 
uma estrutura em grelha que é inconfundível. 
 
 
 
AAmazonita (variedade de 
microclina) 
Plagioclásio 
É uma importante série de tectossilicatos da família dos 
feldspatos. Esta designação não se refere a um mineral com 
uma composição química específica, mas a uma série de 
soluções sólidas, mais conhecida como a série do 
plagioclásio. Esta série tem como extremos a albita e a 
anortita (com composição química NaAlSi3O8 e CaAl2Si2O8 
respectivamente) em que os átomos de sódio e cálcio se 
 
podem substituir uns pelos outros na estrutura cristalina dos minerais. A composição 
dos diversos minerais da série da plagioclase é geralmente indicada pela percentagem 
total de anortita (%An) ou de albita (%Ab). 
 
 
 
Os feldspatos possuem numerosas aplicações na indústria, devido ao seu teor em 
álcalis e alumina. As aplicações mais importantes são: 
 Fabricação de vidro (sobretudo feldspatos potássicos; reduzem a temperatura de fusão do 
quartzo, ajudando a controlar a viscosidade do vidro). 
 Fabrição de cerâmicas (são o segundo ingrediente mais importante depois das argilas; 
aumentam a resistência e durabilidade das cerâmicas). 
 Como material de incorporação em tintas, plásticos e borrachas devido à sua boa 
dispersibilidade, por serem quimicamente inertes, apresentarem pH estável, alta resistência à 
abrasão e congelamento e pelo seu índice de refracção (nestas aplicações usam-se feldspatos 
finamente moídos). 
 Produtos vidrados, como louça sanitária, louça de cozinha, porcelanas para aplicações 
eléctricas. E ainda, abrasivos ligeiros, produção de uretano, 
espuma de látex, agregados para construção. 
 
Micas 
 
O grupo de minerais mica inclui diversos minerais 
proximamente relacionados, do grupo dos filossilicatos, que têm 
a divisão basal altamente perfeita. Na classificação das cores 
possui cor Alocromática devido a sua variedade de cores(branca, 
preta, marrom, roxo, verde). Sua dureza na escala de Mohs é 1,0. 
A biotita (K(Mg,Fe)3(OH,F)2(Al,Fe)Si3O10) tem uma 
clivagem basal altamente perfeita, portanto, suas lâminas 
flexíveis lascam-se facilmente. Tem uma dureza de 2,5 a 3, 
densidade de 2,7 a 3,1 e sua coloração varia de verde escuro, 
pardo a negro, podendo ser transparente a opaco. É encontrada 
ocasionalmente em folhas grandes, especialmente em veios 
pegmatíticos, e ocorre também como contato de rocha 
metamórfica ou produto da alteração da hornblenda, augita, 
wernerita, e minerais similares. É usado como isolante elétrico, 
fabricação de vidros refratários e refratários em geral. 
 A muscovita (caracteriza-se pela clivagem basal bem 
marcada e distingue-se da biotita em amostra de mão por ser incolor. 
De acordo com as impurezas presentes, a moscovita pode ser incolor 
(mais comum), marrom ou rósea. É um mineral muito comum nos granitos. 
Nome % NaAlSi3O8(% Ab) % CaAl2Si2O8(% An)
Albita 100-90 0-10
Oligoclase 90-70 30-10
Andesina 70-50 30-50
Labradorita 50-30 50-70
Bytownita 30-10 70-90
Anortita 10-0 90-100
Minerais da série do plagioclásio e suas composições
Cristais de Biotita 
Muscovita 
 
Anfibólio 
 
Constituído por silicatos complexos de dupla cadeia de SiO4, contendo o ion 
hidroxila e cátions metálicos variados (Ca2+, Mg2+, Fe2+, Al3+, Na+, e outros). 
 
Tremolita 
A tremolita é um mineral de silicato com fórmula 
química Ca2Mg5Si8O22(OH)2. Forma-se por 
metamorfismo de sedimentos ricos em a e quartzo. 
Forma uma série com a actinolita. A tremolita 
magnesiana pura é branca, e com o aumento do teor 
de ferro a cor passa a verde escura. Possui dureza 
entre 5 e 6. 
Uma variedade fibrosa de tremolita é utilizada 
como asbesto. A tremolita é um indicador do grau de metamorfismo uma vez que a 
temperaturas elevadas converte-se em diopsídio. A calcitea, grossularia, o talco e a 
serpentina são minerais frequentemente associados à tremolita. 
 
Hornblenda 
Constituídos por mistura isomorfa de silicatos 
de cálcio, magnésio, ferro, alumínio e, por vezes, 
também de sódio, manganês ou titânio. Assim o 
termo horneblenda não refere um mineral em 
particular. a fórmula geral pode ser dada por: 
(Ca,Na)2-3(Mg,Fe,Al)5(Al,Si)8O22(OH,F)2. 
As horneblendas têm uma dureza de 5 a 6 na 
Escala de Mohs, uma densidade de 2.9 a 3.4, e 
são tipicamente verde opaco, verde acastanhado, castanho ou preto, predominando os 
tons escuros. Apesar da sua abundância, as horneblendas aparecem em geral sob a 
forma de pequenos cristais inconspícuos, sendo raros os cristais de grande dimensão. 
São minerais muito comuns nas rochas ígneas e metamórficas, tais como os granitos, 
sienitos, dioritos, gabros, basaltos, andesitos, gneisses e xistos. É o principal mineral 
dos anfibolitos. As horneblendas negras e castanho muito escuro, ricas em titânio, são 
em geral designadas por horneblendas basálticas, dado serem um dos constituintes 
comuns dos basaltos e rochas vulcânicas similares. 
 
Piroxênios 
 
Sua fórmula geral XY(Si,Al)2O6. São do grupo 
dos inossilicatos de cadeia simples, encontrados em 
múltiplas rochas ígneas e metamórficas, em muitas das 
quais constituem o grupo mineral dominante. Dureza 
de 5 a 6. Densidade: 3,0 a 3,6. Apresenta clivagem em 
duasdireções, perpendiculares entre si. Pelo 
intemperismo podem formar calcita e limonita. Pelo 
metamorfismo, alteram-se em anfibólios. 
 
 
 
Diopsídio 
É um silicato de cálcio e magnésio. CaMg (SiO3)2 
Ocorre em rochas metamórficas, ricas em magnésio, em 
sedimentos metamorfizados ricos em cálcio. Presente 
também em rochas básicas como basaltos. Pode ser usado 
como gema. 
 
Espodumênio 
É um silicato de lítio e alumínio com a fórmula 
LiAlSi2O6; dureza: 6,5 – 7. Densidade relativa - 3,15 - 3,2. 
Pode estar associado com outros minerais alcalinos. Ocorrem 
em pegmatitos, aplitos e granitos litíferos, sendo que nos 
pegmatitos chegam a ocorrer sob a forma de cristais 
gigantescos, de até 90 toneladas. É matéria-prima importante 
na obtenção de sais de lítio empregados em cerâmica e 
fabricação de vidro e as variedades transparentes e de bela 
coloração constituem pedras preciosas de grande valor. 
Zircão 
 
É um mineral pertencente ao grupo dos nesossilicatos. Sua 
fórmula é ZrSiO4. Está presente em muitas rochas ígneas (como 
produto primário da cristalização), nas rochas metamórficas (como 
grãos recristalizados) e nas rochas sedimentares (como grãos 
detríticos). É raro encontrar cristais de zircão de grandes dimensões. A 
coloração natural do zircão varia desde incolor passando pelo amarelo 
dourado, vermelho, marrom ou verde. Usos: gemas, produção de 
opacidantes cerâmicos, obtenção de oxido de zircônio para utilização 
na indústria química, entre outras. 
Magnetita 
 
A Magnetita é um mineral magnético formado pelos óxidos de ferro. Sua fórmula 
Química: Fe3O4. Apresenta dureza 5.5 - 6,5, quebradiço, fortemente 
magnético, de cor preta, de brilho metálico, com peso específico entre 
5,158 e 5,180. É um mineral que se dissolve lentamente em ácido 
clorídrico. A magnetita é a fonte mais valiosa entre os minérios de 
ferro. É encontrada, como pequenos grãos, disseminada nas rochas 
ígneas e metamórficas. Ocorre em meteoritos e também em areias de 
praia. Comumente formada pela alteração de minerais que contém 
óxido de ferro. É utilizada como fonte de ferro. 
 
 
 
 
 
Hematita 
Sua fórmula Química é Fe2O3. Dureza: 5,5 - 
6,5. Densidade relativa : 4,9 - 5,3. Ocorre em várias 
rochas como granitos, sienitos, traquitos, andesitos, 
oriundo da cristalização magmática; em pegmatitos 
ou granitos pegmatóídes. Ocorre em rochas 
metamórficas, como hematita quartzitos, em 
camadas com grande espessura. Forma também 
massas irregulares, por concentração devido ao 
intemperismo de rochas ricas em ferro. Importante 
fonte de ferro e o principal mineral de minério da 
grande maioria das jazidas. Também se usa em 
forma pulverizada como pigmento vermelho. 
Pirita 
 
Fórmula Química: FeS2. Dureza: 6,0 - 6,5. Densidade 
relativa: 4,95 - 5,10. O mineral é gerado por processos 
metamórficos, magmáticos, hidrotermais e sedimentares ou 
diagenéticos em ambiente redutor. Transforma-se facilmente 
em limonita. Pode ocorrer associada ao ouro e cobre; também 
ser fonte de enxofre para a fabricação de H2SO4; como fonte de 
SO2, na preparação de polpa de madeira, na fabricação do papel 
e desinfetantes. Possui aplicação em joalherias. 
 
 Turmalina 
 
Trata-se de um conjunto de minerais de silicato de boro e alumínio, cuja 
composição é muito variável devido às substituições isomórficas (em solução sólida) 
que podem ocorrer na sua estrutura. Os elementos que mais comumente participam 
nestas substituições são o ferro, o magnésio, o sódio, o cálcio e o lítio existindo outros 
elementos que podem também ocorrer. Tem dureza 7-7.5 e o seu peso específico é de 
2.9-3.2, a densidade é mais elevada nas espécies portadoras de ferro. 
A turmalina é encontrada em dois tipos principais de ambientes geológicos. 
Rochas ígneas, em particular o granito e pegmatitos graníticos e nas rochas 
metamórficas como o xisto e o mármore. 
A turmalina é usada em joalharia. Devido as propriedades piezoelétricas, é 
empregada na fabricação de calibradores de pressão. 
 
 
 Variedade: Verdelita Variedade: Elbaíta bicolor 
 
Topázio 
 
O topázio é um mineral de flúor e alumínio de fórmula química 
Al2[(F,OH)2SiO4. Tem uma dureza 8, peso específico entre 3.4-3.6. 
Ocorre em pegmatitos, veios de quartzo de alta temperatura e em cavidades existentes 
em rochas ácidas como granito e riolito e pode ser encontrado associado com fluorita e 
cassiterita. É utilizado como gema e em indústria de refratários. 
 
 
 Topázio Topázio Incolor 
Calcita 
 
A calcita é um mineral com composição química 
CaCO3. Tem dureza 3 e densidade relativa 2,72. É um 
dos minerais mais comuns e disseminados. Ocorre como 
massas rochosas sedimentares enormes e amplamente 
espalhadas, nas quais é o único mineral preponderante, 
sendo o único presente em certos calcários. É um 
constituinte importante de margas e pelitos calcários. As 
rochas calcárias formam-se por processos orgânicos e 
inorgânicos. No primeiro caso resulta da deposição em 
fundo marinho, de grandes camadas de material 
calcário, sob a forma de carapaças e esqueletos de 
animais marinhos. Uma proporção menor dessas rochas 
se formam inorganicamente pela precipitação direta de 
carbonato de cálcio em soluções aquosas. O emprego 
mais importante da calcita é na fabricação de cimentos e 
cal para argamassa. Também é usado como corretor de 
pH em solos ácidos. 
 
 Dolomita 
 
A dolomita é um mineral de carbonato de cálcio e 
magnésio CaMg(CO3)2, muito abundante na natureza na forma 
de rochas dolomíticas. Tem dureza 3,0 – 4 e densidade relativa 
2,85. Ocorre principalmente sob a forma de calcário 
dolomítico ou mármore dolomítico em porções rochosas 
extensas, possivelmente formado a partir de calcários pela 
substitução do cálcio pelo magnésio. Ocorre também como 
 
mineral de filão, em veios de zinco ou chumbo em calcários, ocorre também em rochas 
metamórficas. 
 É utilizado como pedra de construção e ornamental, corretivo de solos ácidos, 
fonte de magnésia, usada preparação de revestimentos refratários de conversores, nos 
processos básicos de fabricação de aço, entre outros. 
 
Caulim 
 
É um minério composto de silicatos hidratados 
de alumínio, como a caulinita e a haloisita. Sua 
fórmula química é Al2Si2O5(OH)4. Apresenta dureza 2 
- 2,5 e densidade relativa 2,6 - 2,63.Origina através da 
alteração de feldspatos, feldspatóides e outros silicatos, 
durante o intemperismo químico e também 
hidrotermal. Pode formar-se também por processos 
diagenéticos em bacias sedimentares. Portanto pode 
ser formado a expensas de muitos minerais e rochas e 
em quantidades consideráveis. 
É matéria prima-básica da indústria cerâmica, para a fabricação da porcelana, louça 
sanitária etc., em mistura com outros produtos minerais; é também empregada na 
preparação de pigmentos à base de anilina, veículo inerte para inseticidas, abrasivos 
suaves, endurecedor na indústria têxtil, carga na fabricação de papel, carga e 
revestimento de linóleos e oleados, em sabões e pós dentifrícios, carga para gesso para 
parede, constituinte do cimento Portland branco, em tintas, e outros. Em medicina, 
como absorvente de toxinas do aparelho digestivo e como base para muitos 
desinfetantes. Na fabricação deborracha de alta qualidade, empregada a confecção de 
luvas para fins médicos e de revestimentos de fusíveis. Em cosméticos e certos 
plásticos. Substâncias inertes, como barita e talco, podem ser substituídas pelo caulim, 
em muitos casos. No futuro poderá ser empregado, em escala comercial, como fonte de 
alumina, na produção de alumínio metálico. 
Clorita 
 
É um mineral de silicato de Ferro, Magnésio e Alumínio. 
Sua fórmula química é (Mg,Al,Fe)12(Si, Al)8O20(OH)16. 
Têm dureza 1,5 - 2,5 e densidade relativa de 2,6 -3. Gerada 
por processos secundários, hidrotermais ou metamórficos. 
Pode estar associada a olivina, piroxênio e anfibólios. Pode 
ser usada na fabricação de papel. 
 
Serpentina 
 
Serpentina é o nome dado a um grupo de minerais de 
filossilicato hidratado de magnésio e ferro ((Mg, 
Fe)3Si2O5(OH)4. Pode conter quantidades menores de outros 
elementos como o crómio, manganês, cobalto e níquel. 
Existem três importantes minerais polimorfos da serpentina: 
antigorita, crisotila e lizardita. 
 
 A crisotila- fórmula química - Mg3(Si2O5)(OH)4. Tem 
dureza 2,5. Densidade relativa 2,55. Gerada por processos 
secundários, hidrotermais ou metamórficos. 
 A crisotila constitui o mais apreciado tipo de amianto, 
cujas fibras são empregadas na produção de tecidos 
incombustíveis e isolantes, preparo de materiais para isolamento 
elétrico, fabricação de grande número de peças, como gachetas, 
discos de embreagens, lonas para freios, etc., adicionando a outras 
substâncias. A maior quantidade é empregada na fabricação de 
materiais de cimento-amianto. 
 Talco 
 
O talco é um mineral filossilicato, com composição química 
Mg3Si4O10(OH)2. Apresenta-se geralmente em massas fibrosas ou 
foliadas. A sua cor varia de branco a cinzento, verde-maçã a 
amarelada. É um mineral de baixa dureza (dureza 1 na Escala de 
Mohs) e o peso específico varia entre 2,7 a 2,8. 
Gerada em processos de alteração hidrotermal de minerais 
magnesianos, especialmente olivina e ortopiroxênio e metamorfismo 
regional ou de contato sobre calcários magnesianos ou rochas 
ultrabásicas. 
É utilizado na indústria de papel, sabões e cerâmica, moldes 
refratários, bicos de lâmpadas de acetileno, isoladores de alta tensão, 
aparelhos de calefação elétrica, cargas para artigos de borracha, inerte para veículos de 
inseticidas, polimento de arroz, branqueador para algodão, velas para automóveis, 
produtos medicinais etc. 
 Zeólitas 
 
Constituem um grupo numeroso de minerais que possuem 
uma estrutura porosa. São conhecidos 48 tipos de zeólitos naturais 
e mais de 150 artificiais. Basicamente, são minerais de 
aluminosilicatos hidratados que possuem uma estrutura aberta que 
pode acomodar uma grande variedade de íons positivos, como o 
Na+, K+, Ca2+, Mg2+, entre outros. Um exemplo da fórmula química 
de um deste minerais é Na2Al2Si3O10-2H2O, a fórmula da natrolita. 
Esta se apresenta com dureza 5- 5,5 e densidade relativa de 2,2. 
As zeólitas naturais formam-se em locais onde camadas de rochas vulcânicas e 
cinza vulcânica reagem com água alcalina; também ocorrem em 
ambientes pós-deposicionais em que cristalizaram ao longo de 
milhares ou mesmo milhões de anos em bacias marinhas pouco 
profundas. As zeólitas de ocorrência natural muito raramente são 
puros, sendo contaminados em grau variável por outros minerais, 
metais, quartzo ou outras zeólitas. Por esta razão, as zeólitas de 
ocorrência natural são excluídos de muitas das suas aplicações 
comerciais em que a pureza e uniformidade são essenciais. Podem 
ser utilizadas nas indústrias químicas como clarificante e 
absorventes. 
Cristais de Zeólita 
Natrolita 
Variedade: Crisotila 
 
 Fluorita 
 
É um mineral é composto basicamente de fluoreto de cálcio 
(CaF2). Apresenta dureza 4 e densidade relativa 3,01 - 3,25. 
Comumente é encontrado em greisen, granitos, sienitos e como 
cimentos em arenitos. 
É o mineral de minério de flúor mais importante, usado 
diretamente como fundente em metalurgia; como adorno; nas 
fundições de ferro; no tratamento dos minérios de ouro, prata, 
cobre e chumbo e antimônio; como gema etc. 
 
 
Gipsita 
 
É um sulfato de cálcio dihidratado. Sua Fórmula Química 
é CaSO4.2H2O. Apresenta dureza 1,5- 3 e densidade 
relativa 2,32. 
Forma-se nos evaporitos, normalmente como produto de 
hidratação da anidrita, fumarolas, decomposição 
(oxidação) de sulfetos e veios hidrotermais sulfetados de 
baixa temperatura e pressão. Por aquecimento perde água, 
formando a 128ºC o gesso (pasta de Paris). Na natureza, a 
gipsita pode desidratar para anidrita com diminuição de 
volume, ou mesmo reduzir o enxofre. 
Usos: Gesso para moldes cerâmicos, odontológicos, 
estatuetas, estuque etc.; fabricação de ácido sulfúrico, 
cimento Portland, para neutralizar o excesso de cloreto de 
sódio nas terras cultiváveis, para diminuir a rapidez de 
pega do cimento Portland, carga para papel, tintas etc.; 
fundente de minérios de níquel; purificação de água para 
fabricação de cerveja; quando na forma maciça e 
compacta (alabastro) é usado par fins ornamentais, 
incorporado na fabricação do cimento. Também em 
fornos, moldes, ortopedia, construção civil (forros) etc. 
 
Exemplos de Aplicações de Minerais na Engenharia Civil 
 
GESSO DE PARIS 
 
O gesso de Paris é o CaSO4.½H2O, obtido pela calcinação da gipsita 
(CaSO4.2H2O). Quando misturado com água forma uma pasta fácil de modelagem e 
endurecimento (reidratação) em 15 a 30 minutos, o que pode ser retardado ou acelerado 
mediante aditivos. 
Na sua fabricação, o gesso natural é britado, beneficiado e classificado a com 
diâmetro de 6mm para calcinação. 
Na calcinação, em fornos verticais ou horizontais, a perda d’água inicia-se a 49° 
C, completando-se a 177°C, com a formação do gesso Paris. A calcinação pode ser 
Variedade: Anidrita 
Variedade: Selenita 
 
continuada até 204° C, com obtenção de anidrita solúvel (mais densa, resistente e menos 
plástica), até 482°C, com obtenção de anidrita insolúvel (usada como carga mineral), 
ou, até cerca de 900° C, com liberação de SO2 ( que pode ser usado na fabricação de 
ácido sulfúrico- H2SO4). 
Para construção, o gesso de Paris é utilizado na fabricação de forros e divisórias 
(com papelão), alisamento de paredes, efeitos decorativos e tijolos especiais. 
CIMENTO AMIANTO 
 
O cimento Amianto é uma mistura de asbesto ou amianto com cimento Portland, 
na proporção média de 15% de amianto (em peso) que é prensada para a fabricação de 
artigos de construção. O amianto tem muitas outras aplicações (tecido, papel, plástico, 
etc), divide-se em fibras com poucas µ de diâmetro. A crisotila (variedade fibrosa da 
serpentina) é o tipo mais comum (95% da produção mundial). É um mineral leve, forte, 
flexível, não inflamável, isolante térmico e quimicamente resistente, propriedades que 
transfere aos seus produtos. 
O cimento Amianto é utilizado em construções, na fabricação de telhas, chapas, 
caixas d’águas, descargas e tubos. 
 
MATERIAIS PARA CERÂMICA 
 
1- Para cerâmica Vermelha 
Em cerâmica vermelha, usa-se a argila vermelha comum (nantronita ou folhelhos): 
que é uma mistura de argilominerais + sílica livre + óxidos de ferro + outros 
componentes: com a presença essencial de Al2 O3, SiO2 e fundentes; com plasticidade 
suficientemente baixa para evitar rachaduras na secagem e queima. 
Entre os argilominerais deve predominar a caolinita e a ilita (K, Al, Si + Ca, Mg e 
Fe como substituintes, Na e Ca como íons trocáveis). A montmorilonita, em 
quantidades maiores, é indesejávelpor ser mais refratária, muito plástica e causar 
rachaduras, assim como as cloritas (incham ao fogo). 
A presença de não argilominerais (sílica livre, feldspato, micas, hidróxidos de Fe e 
carbonatos) é comum e aceitável, desde que em proporções que não comprometam a 
plasticidade e o quimismo. A proporção de argilominerais chega a 50% da argila 
vermelha. 
Deve ser evitada a presença de gipsita, dolomita e sais insolúveis (NaCl) que 
provocam espuma e erupções nas peças cerâmicas. A presença discreta de matéria 
orgânica (até 2%) é benéfica: aumenta a plasticidade da argila e reduz consumo de 
energia. 
A distribuição granulométrica média é de < 2µ (40%), < 20 µ (30%) e < 2 mm 
(30%), em argilas para cerâmica vermelha. 
Uma primeira avaliação de argila para cerâmica vermelha deve ser feita pela medida 
dos seus limites de liquidez (LL0 e limites de plasticidade (LP), plotando-se as medidas 
num gráfico LP X índice de plasticidade (IP = LL – LP). 
 
2- Para Cerâmica Branca 
Em crâmica branca, a argila utilizada é o caulim branco (caulim primário e caulim 
sedimentar, mais plástico), com pouco Fe e outras impurezas. Quartzo (areia moída a < 
200 mesh = 75 µ, com baixo Fe e outras impurezas, é usado como suplemento de SiO2. 
Os fundentes são supridos por K-feldspato, albita, nefelina sienito, barrilha 
(Na2CO3) e outros, finamente moídos, nos seus estados mais puros. 
 
A proporção da mistura varia; para louça sanitária e ladrilhos vitrificados, por 
exemplo, a proporção dos materiais pode ser: caulim: sílica: feldspato (55: 15: 30). 
Algumas cerâmicas utilizam talco nas suas formulações. 
A argila para cerâmica vermelha é de baixo valor e distribuição relativamente 
abundante, podendo-se recorrer a misturas quando um só depósito não satisfaz às 
necessidades. 
 As fábricas de cerâmica branca localizam-se por uma combinação de fatores 
envolvendo localização de matérias primas, energia e mercado consumidor. 
 
CIMENTO PORTLAND COMUM 
 
Os componentes essenciais são o CaO (obtido do calcário) SiO2 e Al2O3 (obtidos 
de argila, preferencialmente cauliníticas) com pequenas quantidades de Fe2O3 
(proveniente de impurezas da argila). 
Calcário e argila, nas proporções aproximadas de 4:1 são moídos (50 a 200 
mesh) e misturados (via seca ou via úmida) e queimados (em longos formos rotativos) à 
temperatura de até 1450° C. 
Água e CO2 são eliminados formando-se o clinquer, que são pelotas vítreas do 
tamanho de bolas de gude. Ao clinquer é adicionado cerca de 2,5 % de gipsita 
(CaSO4.2H2O), sendo o conjunto moído para construir o cimento. Os principais 
materiais presentes no cimento são: 
 
1- Calcários: preferencialmente puros, fonte de CaO. 
Podem ser silicosos ou aluminosos (argilosos) desde que em proporções regulares. É 
importante que o MgO < 3% (menor que 5% no cimento). Deve ter teor de álcalis 
(Na2O +K2O) < 0,5% Na e K (condensam como sulfatos em partes incovenientes dos 
fornos). Sulfatos (na presença de álcalis), fosfatos, Pb e Zn também são indesejáveis. 
2- Argilas: preferencialmente cauliníticas, fonte de Al2O3 e SiO2. 
As argilas não devem ter Fe (para cimento branco). As cloritas, em grande 
quantidade, são indesejáveis (contém Mg). 
A presença de ilita e montmorilonita (em proporções menores) não é prejudicial 
(aumenta um pouco o teor de álcalis e Fe). Não há restrição para F, sulfato e fosfatos. 
3- Gipsita: (CaSO4.2H2O). 
4- Outros materiais: 
Escórias, resíduos aluminosos, resíduos cálcio silicatados, bauxitas (fonte de Al2O3), 
areias (fonte de SiO2). 
 
 Você Sabia? Água Salgada: 
Dos minerais encontrados nas águas marinhas, o mais abundante é o cloreto de 
sódio comumente conhecido como “sal de cozinha”. Além dele, aparecem outros sais 
em menor quantidade como o cloreto de magnésio, o sulfato de magnésio e o sulfato de 
cálcio. A salinidade varia de um local para outro devido à temperatura, à evaporação, às 
chuvas e ao desaguamento dos rios. O valor médio da salinidade é de 35%, ou seja, 35 
gramas de sais por mil gramas de água. Nas áreas onde a evaporação é mais intensa e 
pequena a quantidade de chuvas, a salinidade apresenta-se mais elevada. Nas regiões 
mais frias, a salinidade é menor devido à pequena intensidade de evaporação e à 
diluição da água do mar pelo derretimento das neves. 
 
CAPÍTULO 7 - ROCHAS 
 
São agregados de uma ou mais espécies de minerais e constituem unidades mais 
ou menos definidas da crosta terrestre. As lavas vulcânicas fogem um pouco a essa 
definição, pois são constituídas de material vítreo, amorfo e de variadas cores. 
A agregação dos minerais da formação das rochas não se da ao acaso, mas 
obedece as leis físicas, químicas ou físico-químicas definidas. 
Não é necessário que a rocha seja consolidada. Em Geologia, refere-se à rocha 
sem levar em consideração a dureza ou estado de coesão, diferentemente da Engenharia. 
Assim em Geologia, as areias, as argilas, etc, desde que representam corpos 
independentes, individualizados e extensos, são consideradas rochas. 
 
Para a Engenharia 
Solo é todo material da crosta terrestre escavável por meio de pá, picareta, 
escavadeira, etc. sem a necessidade de explosivos; e rocha é toda matéria que necessite 
de explosivos para seu desmonte. 
Segundo Milton Vargas; em Engenharia Civil, solo é todo material da crosta 
terrestre que não oferece resistência intransponível à escavação mecânica e que perdesse 
totalmente toda resistência, quando em contato prolongado com a água. Já as Rochas 
são aqueles materiais cuja resistência ao desmonte, além de ser permanente, a não ser 
quando em processo geológico de decomposição, só fosse vencida por meio de 
explosivos. 
Para a engenharia as rochas podem ser divididas entre: 
 Rocha simples ou uniminerálicas: 
Formadas de um só mineral. Ex: mármores (calcita); quartzito (quartzo). 
 Rochas compostas ou pluriminerálicas: 
Formadas de mais de um mineral. Ex: granito (quartzo, feldspato e 
micas); diabásio (feldspato, plagioclásio, piroxênio e magnetita). 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS QUANTO À SUA GÊNESE 
Rochas magmáticas ou ígneas (endógenas) 
São aquelas formadas a partir do resfriamento e consolidação do magma que é uma 
mistura complexa, em estado de fusão, com predominância de silicatos, e contendo 
algumas substâncias voláteis. Pode ser considerado como rocha fundida. 
Uma rocha magmática expressa às condições geológicas em que se formou graças à 
sua textura. A textura diz principalmente do tamanho e disposição dos minerais que 
constituem a rocha. A natureza mineralógica dos cristais diz da composição química 
aproximada do magma. 
 
Rochas Sedimentares (exógenas) 
São aquelas formadas a partir do material originado da destruição erosiva de 
qualquer tipo de rocha, material este que deverá ser transportado e posteriormente 
depositado ou precipitado em regiões de topografia mais baixa como bacias, vales e 
depressões. Depois pelo peso das camadas superiores ou pela ação cimentante da água 
 
consolidam-se. No senso lato incluem também qualquer material proveniente das 
atividades biológicas. 
 
Rochas Metamórficas 
São aquelas originadas pela ação da pressão, temperatura e de soluções químicas 
em outra rocha qualquer (magmáticas ou sedimentares). 
Estas novas condições de temperatura e pressão podem determinar a instabilidade dos 
minerais preexistentes, estáveis nas antigas condições em que foram formados. 
Através da ação da pressão e temperatura as rochas podem sofrer dois tipos de 
alterações básicas: 
 Sob ação da pressão que irá orientar os minerais ou pela ação da temperatura que 
irá recristalizá-los (processos físicos); 
 Na sua composição mineralógica pela ação conjunta daqueles dois fatores,e de 
soluções químicas. 
Dependendo do caso, poderá ou não mudar a composição mineralógica, mas a 
textura muda obrigatoriamente. 
 
ROCHAS MAGMÁTICAS 
As Rochas ígneas, nome que deriva do latim ignis 
que significa fogo, podem também chamadas de rochas 
magmáticas ou rochas eruptivas têm origem a partir do 
magma, nome dado a rocha fundida debaixo da superfície 
da terra que, quando espelida por um vulcão, dá origem à 
lava. É constituído por uma mistura complexa de 
silicatos, óxidos, fósoforo e titanatos líquidos e por 
solidificação formam as rochas. 
A textura, ou seja, o tamanho e o arranjo dos 
grãos da rocha magmática traduz as condições geológicas 
em que a rocha se formou. A natureza mineralógica dos 
cristais diz da composição química aproximada do 
magma. 
As rochas magmáticas ocorrem na Crosta 
Terrestre de duas maneiras: 
Rochas Vulcânicas, Extrusivas ou Efusivas 
Ocorre quando o magma é expeido e esparramando-
se na superfície da Crosta forma um corpo de resfriamento 
rápido chamado derrame. Quando isto ocorre o magma passa 
bruscamente do estado líquido para o sólido. Isto implica na 
formação de textura vítra, pois não há a cristalização dos 
minerais devido à falta de suoerfície. Desta maneira rochas 
extrusivas não possuem estrutura cristalina consolidada. 
Se ja houver um início de cristalização no interior das 
câmaras onde se acha o magma, esses cristais em via de 
formação serão arrastados para a superfície pelo magma ainda 
no estado de fusão. À superfície a lava consolida-se 
rapidamente e teremos uma textura porfirítica, caracterizada por cristais bem formados, 
nadando numa massa vítrea ou de granulação fina (carater afanitica, não se podendo 
distinguir os mineais à vista desarmada). 
Lava- Hawai. 
Estrutura esponjosa 
 
 Em certos casos, o despreendimento de 
gases contidos na lava resulta na textura vesicular 
ou esponjosa. 
Os derrames podem se classificados de 
acordo com a acidez do magma que é expelido. Se o 
magma for pobre em silica e rico em ferro é dito 
básico e costuma encobrir grandes áreas. Já se for 
rico em sílica e pobre em ferro são ditos acidos são 
mais viscosos e cobrem áreas menores. 
 
Rochas Plutônicas, Intrusivas ou Abissais 
Ocorrem quando o magma não consegue atingir a superfície da crosta. O 
resfriamento ocorre de forma lenta dando a possibilidade dos cristaiis se desenvolverem 
sucessivamente formando uma textura cristalina. As rochas intrusivas possuem formas 
que dependem da estrutura geológica e da natureza das rochas que elas intrudiram. 
 No Brasil as formas mais comuns de ocorrencia da rochas intursivas são: 
Sills 
Camadas de rochas de forma tabular, 
proveniente da consolidação de um magma que 
penetrou as camadas da rocha encaixante, em posição 
aproximadamente horizontal. A distância atingida por 
uma camada de sill e sua espesura dependem da força 
com que o magma é injetado, da sua temperatura, do seu 
grau de fluidez (viscosidade) e do peso das camadas que 
o magma deve levantar para produzir o espaçõ 
necessário à sua acomodação. 
 
 
Diques 
São estruturas mais ou menos tabulares 
normalmente verticais que cortam angularmente 
as camadas de rochas invadidas. A espessura dos 
diques varia de poucos centímetros até centenas 
de metros. Muitas vezes a rocha encaixante é mais 
resistente que o dique e vice-versa. No estado do 
Paraná, os diques de diabásio cortam rochas 
sedimentares e, sendo menos erodidos, formam 
verdadeiros muros na topografia da região. 
 
 
 
Batólito: 
São grandes massas magmáticas 
consolidadas internamente, de constituição granítica. 
As formas de ocorrência das rochas magmáticas 
podem aparecer em separado ou em conjunto 
 
 
Dique diabásico 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS: 
 
Porcentagem de Sílica: 
As rochas são classificadas de acordo com sua acidez são ditas rochas ácidas se o 
percentual de sílica for superior a 65%. Neste caso a quantidade de SiO2 é tal que 
formam os silicatos e ainda sobra e cristaliza em quartzo. São ditas rochas 
intermediárias ou neutras aquelas que apresentam percentual de sílica entre 65% e 52%. 
Neste caso ocorre pouco ou nenhum quartzo. Já as rochas básicas são aquelas cujo 
percentual de sílica abaixo de 52%. Neste caso há ausência de quartzo. 
 
Cor dos Minerais: 
As rochas podem ser classificadas em leucocráticas quando possuem menos de 30% de 
minerais escuros, estas rochas são ricas em minerais claros como feldspato, quartzo ou 
muscovita, rochas mesocráticas: possuem entre 30% e 60% de minerais escuros e 
rochas melanocráticas possuem mais que 60% de minerais escuros como biotita, 
anfibólio, piroxênio ou olivina. 
 
Granulação: 
 Granulação Grossa: minerais > 5 mm (rocha de grandes profundidades). 
 Granulação Média: 5 mm > minerais > 1 mm (profundidade média). 
 Granulação Fina: minerais < 1 mm (rocha da superfície). 
 
 
EM GEOLOGIA DE ENGENHARIA 
 
 
 
MINERAIS (SÉRIE DE BOWEN) 
A classificação das rochas ígneas baseia-se amplamente nas espécies e na 
quantidade de feldspato presente. De regra, tanto maior a porcentagem de sílica em uma 
rocha, tanto menor a quantidade dos minerais escuros, tanto maior a quantidade de 
feldspato potássico e mais sódico o plagioclásio, é inversamente, tanto mais baixa a 
percentagem de sílica, tanto maior a de minerais escuros e mais cálcico o plagioclásio. 
Classificação Rocha Granulação Modo de Ocorrência Cor mais comum
Pegmatito Muito Grossa Diques Clara
Granito Grossa à média Grandes massas (batólitos) Tons de cinza-róseo
Granodiorito Média à fina Massas e diques Cinza
Aplito fina Diques Cinza-clara e rósea
Gabro Grossa Massa de rocha e Diques Preta-cinza-esverdeada
Diabásio Média à fina Diques Preta
Basalto Maciço fina Derrames Preta Cinza-esverdadeada
Basalto Vesicular Fina, com cavidades Derrames Marrom
Nefelina-Sienito Média à Grossa Intrusões Tons de cinza
Diabásio Fina à média, com cristais maiores. Intrusões Verde-escura preta
Ácidas
Básicas
Intermediaárias
 
Os feldspatos plagioclásios estão mais amplamente distribuídos e são mais abundantes 
do que os feldspatos potássicos. São encontrados nas rochas ígneas, metamórficas e, 
mais raramente, nas sedimentares. A albita esta incluída com o ortoclásio e o 
microclínio no que se conhece como feldspatos alcalinos, todos eles tendo uma 
ocorrência semelhante. Usualmente, encontram-se juntos nos granitos, sienitos, riolitos 
e traquitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROCHAS SEDIMENTARES 
Também chamadas de secundárias ou exógenas as rochas sedimentares são o 
resultado do acúmulo do produto da decomposição e desintegração de todas as rochas 
presentes na crosta terrestre. Esses produtos da decomposição ou desintegração são 
muitas vezes, deixados no próprio local onde se deu a transformação, mas normalmente 
são transportadas pelo vento ou pela água e depositados em regiões mais baixas, nas 
terras ou nos mares e lagos. 
As áreas onde há a ocorrência de rochas sedimentares sao chamadas bacias 
sedimentares para que haja a formação de tais rochas algumas condições são 
necessárias. Podemos citar: 
 Presença de rochas que deverão ser a fonte dos materiais (rocha-mãe); 
 Presença de agentes que desagreguem ou desintegrem as rochas; 
 Presença de um agente transportador; 
 Deposição desse material numa bacia de acumulação; 
 Consolidação desses sedimentos através do peso das próprias camadas 
sobrejacentes e/ou por meio de soluções cimentantes (argila, óxidos de Fe, 
carbonatos e silicatos). 
 
INTEMPERISMO 
O intemperismo constitui o conjunto

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