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CLASSIFICACAO_DAS_CONSTITUICOES

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CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES – aula do dia 25.02.2019. 
São os critérios adotados para classificar as Constituições; 
Quanto à forma: 
Constituições Escritas – São formadas por um conjunto de normas de direito positivo constante de um só código (codificada) ou de diversas leis (não-codificadas); 
Constituições Não Escritas – Também conhecidas como inorgânicas, costumeiras ou consuetudinárias – São aquelas normas que se originam, sobretudo, dos precedentes judiciais, das tradições e dos costumes. O modelo mais conhecido é o da Inglaterra que, apesar de não adotar uma constituição escrita possui vários documentos de valor constitucional. Como a Magna Charta Libertatum (1215), o Petition Of Rights (1628), o Habeas Corpus Act (1679), o Bill of Right (1689), o Act of Settlement (1701); 
Quanto à sistemática
Codificadas – (orgânicas ou unitextuais) são as constituições cujas normas se encontram inteiramente contidas em um só texto, formando um único corpo com princípios e regras sistematicamente ordenados e articulados em títulos; 
Não Codificadas – São as constituições escritas formadas por normas esparsas ou fragmentadas em vários textos. 
Quanto à origem
Constituição Outorgada (ou imposta) – Representa uma limitação à autoridade do governante (Reis, Príncipes ou Chefes de Estado) que, diante da ascensão do poder popular, acaba por ceder uma parcela de suas prerrogativas, então absolutas, em proveito do povo; 
Constituição Cesarista – As constituições cesaristas são submetidas a plebiscito ou referendo na tentativa de aparentarem legitimidade são denominadas de constituições cesaristas. 
Constituição Pactuadas (ou pactuais) – Substituíram o modelo de constituição outorgada, marcando a transição da monarquia hereditária para a monarquia representativa. São constituições por meio das quais se efetiva um compromisso entre o soberano (Rei) e a representação nacional (Assembleia), exprimindo o compromisso instável de duas forças politicamente opostas: de um lado, a realeza absoluta debilitada; do outro, a nobreza e a burguesia, em franca ascensão. Ex.: Carta Constituição Francesa de 1830, concebida como um pacto entre Rei e a sociedade. 
Constituições democráticas – Também denominadas populares, votadas ou promulgadas – surgiram como fruto da afirmação vitoriosa do princípio democrático, resultante do enfraquecimento da monarquia e ascendência da democracia. São constituições elaboradas por um órgão constituinte composto de representantes do povo, eleitos para esse específico fim (Assembleias Constituintes), expressando a ideia de que todo governo deve se apoiar no consentimento dos governados e traduzir a vontade popular. 
Quanto ao modo de elaboração
Constituições históricas – São formadas lentamente, por meio da gradativa incorporação dos usos, costumes, precedentes e documentos escritos à vida estatal. São as constituições consuetudinárias vistas sob o ângulo de sua gênese como, por exemplo, a da Inglaterra. 
Constituições dogmáticas – Resultam dos trabalhos de um órgão constituinte sistematizador das ideias e princípios fundamentais da teoria política e do direito dominante em determinado momento. São constituições necessariamente escritas, que “partem de teorias preconcebidas, de planos e sistemas prévios, de ideologias bem declaradas, de dogmas políticos. 
Quanto à identificação das normas constitucionais
Constituição em sentido material – É identificada por consagrar um conjunto de normas estruturais de uma dada sociedade política. São consideradas normas materialmente constitucionais as que tratam de materiais típicas de uma constituição, quais sejam, estrutura do Estado, organização dos poderes e direitos e garantias fundamentais. 
Constituição em sentido formal – Compreende o conjunto de normas jurídicas formalizadas de modo diverso do processo legislativo ordinário, o que só é possível no caso de constituições escritas. 
Quanto à estabilidade 
O critério utilizado na classificação das constituições quanto à sua estabilidade (mutabilidade ou plasticidade) é a consistência das normas constitucionais, aferida com base na complexidade do processo de sua alteração em comparação com o processo legislativo ordinário. Possui relação direta com a distinção entre constituição em sentido material e formal. 
Imutáveis – São as leis fundamentais antigas criadas com a pretensão de eternidade, tidas como imodificáveis sob pena de maldição dos deuses. Dessa espécie Código de Hamurabi e a Lei das XII Tábuas; 
Constituições fixas – Só poderiam ser modificadas pelo mesmo poder constituinte responsável por sua elaboração, quando convocado para isso. É o caso das constituições francesas da época de Napoleão I. Tanto as constituições imutáveis e as fixas têm apenas valor histórico. 
Constituições rígidas – Somente podem ser modificadas mediante procedimentos mais solenes e complexos que o processo legislativo ordinário. Possuem exigências formas especiais, como debates mais amplos, prazos mais dilatados e quórum qualificado, podendo conter matérias insuscetíveis de serem livremente alteradas pelo Poder Constituinte Derivado Reformador (“cláusulas pétreas”). Adotada pela maioria dos Estados modernos, esta espécie é própria de constituições escritas; 
Constituições Semirrígidas – Contêm uma parte rígida e outra flexível. É o caso, por exemplo, da Constituição imperial brasileira de 1824, que assim preceituava em seu artigo 178. “É só Constitucional o que diz respeito aos limites, e atribuições respectivas dos Poderes Políticos, e aos Direitos Políticos e individuais dos Cidadãos. Tudo, o que não é Constitucional, pode ser alterado sem as formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinárias. 
Constituições Flexíveis – Promanam da mesma autoridade responsável pela criação das leis ordinárias e permitem a modificação de suas normas por um processo idêntico ao das demais leis. As normas de uma Constituição flexível reduzem-se a normas legais, não possuindo nenhuma supremacia sobre as demais.

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