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IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 GEOGRAFIA DO BRASIL E REGIONAL A Geografia do Brasil é a área especializada em compreender os aspectos físicos e humanos do espaço brasileiro, envolvendo o seu território, suas regiões, paisagens e lugares. É, portanto, através da Geografia do Brasil que compreendemos melhor a dinâmica de funcionamento das composições territoriais nacionais. O Brasil é considerado um país com dimensões continentais, pois possui uma ampla área territorial, que totaliza 8.514.976 km², o que o torna o quinto maior país existente, atrás de Rússia, Canadá China e Estados Unidos. A título de comparação, a área da Europa (menos a Rússia) é de aproximadamente 6.220.000 km². Apesar de suas amplas dimensões continentais, a população do Brasil historicamente concentrou-se nas áreas litorâneas, sobretudo na região Sudeste, que, desde o período da economia cafeeira, transformou-se no centro econômico do país. Mesmo com as sucessivas “marchas para o oeste”, ainda a maior parte dos mais de 200 milhões de habitantes do país é de áreas relativamente próximas aos litorais. A economia do Brasil é considerada emergente, ou seja, a de um país historicamente subdesenvolvido que apresenta padrões relativamente avançados em comparação com boa parte das demais economias periféricas. O PIB de US$2,25 trilhões é o sétimo maior do mundo, podendo subir algumas posições nos próximos anos. O Brasil está localizado na América do Sul, integrando também o conjunto de países latino-americanos. No geral, o território nacional encontra-se em três hemisférios diferentes: oeste, uma pequena parte no norte e a maior parte no sul. Faz fronteira com todos os países sul-americanos, com exceção do Chile e Equador. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 O fato de o país ser cortado pelo Trópico de Capricórnio e pela Linha do Equador – o que evidencia as variações de latitude – é responsável por uma ampla diversidade climática e, consequentemente, em sua vegetação. O Brasil também abriga a floresta com a maior diversidade do mundo: a Amazônica. Geografia do Brasil (relevo, clima, hidrografia e vegetação) RELEVO: O relevo brasileiro pode ser classificado da seguinte forma: - Planalto: formado a partir de erosões eólicas (pelo vento) ou pela água - Planície: como o próprio nome já diz são áreas planas e baixas. As principais planícies brasileiras são as planícies Amazônica, do Pantanal e litorânea - Depressões: resultado de erosões IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 CLIMA São todas as variações do tempo de um lugar. Através do conceito de massas de ar, podemos entender todas as mudanças no comportamento dos fenômenos atmosféricos, pois elas atuam sobre as temperaturas e índices pluviométricos nas várias regiões do Brasil. Existem massas de ar polares, equatoriais, oceânicas e continentais. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 Existe uma certa movimentação de massas onde cada uma vai empurrando a outra, passando a ocupar o seu lugar. Toda essa dinâmica é responsável pelas alterações do tempo de uma determinada região. Quando duas massas de ar se encontram temos o que chamamos de frente. No território brasileiro ocorrem as seguintes massas de ar: - MASSA EQUATORIAL ATLÂNTICA (mEa): quente e úmida - MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL (mEc): quente e muito úmida - MASSA TROPICAL ATLÂNTICA (mTa): quente e úmida - MASSA TROPICAL CONTINENTAL (mTc): quente e seca - MASSA POLAR ATLÂNTICA (mPa): fria e úmida OS CLIMAS DO BRASIL Clima Equatorial (úmido e semi-úmido): quente e úmido - pouca variação de temperatura durante o ano - compreende a Amazônia brasileira - é um clima dominado pela mEc em quase toda sua extensão e durante todo o ano. Na parte litorânea da Amazônia existe um pouco de influência da mEa, e algumas vezes, durante o inverno a frente fria atinge o sul e o sudoeste dessa região, ocasionando uma queda da temperatura chamada friagem Clima Litorâneo Úmido - influenciado pela mTa - compreende as proximidades do litoral desde o Rio Grande do Norte até a parte setentrional do estado de São Paulo. Clima Tropical (alternadamente úmido e seco) - é o clima predominante na maior parte do Brasil - é um clima quente e semi-úmido com uma estação chuvosa (verão) e outra seca ( inverno)IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 Clima Semiárido - sertão do nordeste - clima quente mais próximo do árido - as chuvas não são regulares e são mal distribuídas Clima Subtropical - abrange a porção do território brasileiro ao sul do Trópico de Capricórnio. - Predomina a mTa, provocando chuvas abundantes, principalmente no verão. No inverno há o predomínio das chuvas frontais - Apesar de chover o ano todo, há uma maior concentração no verão HIDROGRAFIA Características da Rede Hidrografia Brasileira - Rica em rios e pobre em lagos - Os rios brasileiros dependem das chuvas para se “alimentarem”. O Rio Amazonas embora precise das chuvas ele também se alimenta do derretimento da neve da Cordilheira dos Andes, onde nasce - A maior parte dos rios é perene (nunca seca totalmente) - As águas fluviais deságuam no mar, porém podem desaguar também em depressões no interior do continente ou se infiltrarem no subsolo - A hidrografia brasileira é utilizada como fonte de energia (hidrelétricas) e muito pouco para navegação. BACIAS HIDROGRÁFICAS É a área compreendida por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. Principais Bacias Hidrográficas do Brasil: - Bacia Amazônica: considerada a maior do planeta, ela abrange na América do Sul, uma área de 6 milhões de km. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 - Bacia do Tocantins: ocupa quase 10% do território nacional. É a maior bacia localizada inteiramente dentro do território brasileiro. - Bacia do São Francisco: também é totalmente brasileira, juntamente com a Bacia do Tocantins. - Bacia do Paraná: essa bacia é usada na construção de usinas hidrelétricas, dentre elas, Furnas, Marimbondo e a maior hidrelétrica do mundo – Itaipu – (entre o Brasil e Paraguai). - Bacia do Uruguai: apesar de não ser muito usada para a fabricação de usinas hidrelétricas podemos destacar as usinas Garibaldi, Socorro, Irai, Pinheiro e Machadinho. - Bacias secundárias: formada por rios que não pertencem a nenhuma bacia principal, porém foram reunidas em 3 grupos de bacias isoladas devido a sua localização: - Bacia do Norte-Nordeste - Bacia do Leste - Bacia do Sudeste-Sul IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 VEGETAÇÃO Vários fatores como luz, calor e tipo de solo contribuem para o desenvolvimento da vegetação de um dado local. A Floresta Amazônica - milhares de espécies vegetais - não perde suas folhas no outono, ou seja, está sempre verde - é dividida em 3 tipos de matas: Igapó, Várzea, Terra Firme - vive do seu próprio material orgânico - a fauna é rica e variada - espécies ameaçadas: mogno (tipo de madeira) e a onça-pintada - Desmatamento da Amazônia A Mata Atlântica - é menos densa que a Floresta Amazônica - quase 100% dela já foi destruída, porém, antes podíamos encontrar o pau-brasil, cedro, peroba e o jacarandá (leia mais sobre o desmatamento da Mata Atlântica). - os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o tatu-canastra e a arara azul pintada são originários da Mata Atlântica, porém estão ameaçados de extinção vivem ainda na mata, os gambás, tamanduás, preguiça, mas estão fora do perigo das extinção. - Em razão da Mata Atlântica tenha sido muito utilizada no passado para a fabricação de móveis, hoje calcula-se que apenas 5% de sua área ainda permaneça. Caatinga - vegetação típica do clima semi-árido do sertão nordestino - vegetação pobre, com plantas que são adaptadas à aridez, são as chamadas plantas xerófilas (mandacaru, xiquexique, faveiro), elas possuem folhas atrofiadas, caules grossos e raízes profundas para suportar o longo período de estiagem - arbustos e pequenas árvores (juazeiro, aroeira e braúna) também fazem parte da paisagem IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 Mata de Araucária - corresponde às áreas de clima subtropical, é uma mata homogênea, pois há o predomínio de pinheiros, erva-mate, imbuia, canela, cedros e ipês - Quanto a fauna, destacam-se a cutia e o garimpeiro (espécie de ave) Cerrado Típica da região centro-oeste do Brasil é formada por plantas tropófilas, ou seja, plantas adaptadas a uma estação seca e outra úmida. Há também o predomínio de arbustos com galhos retorcidos, cascas grossas e raízes profundas, para ajudar a suportar o período de seca. Quase 50% da vegetação dos cerrados foi destruída devido o crescimento da agropecuária no Brasil. O cerrado é cortado por 3 grandes bacias hidrográficas (Tocantins, São Franciscoe Prata) contribuindo muito para a biodiversidade da região que é realmente surpreendente, por exemplo, existem mais de 700 espécies de aves, quase 200 espécies de répteis e mais de 190 mamíferos. Pantanal Vegetação heterogênea: plantas higrófilas (em áreas alagadas pelo rio) e plantas xerófilas (em áreas altas e secas), palmeiras, gramíneas. O Pantanal sofre a influência de vários ecossistemas (cerrado, Amazônia, chaco e Mata Atlântica), ou seja, o Pantanal é a união de diferentes formações vegetais. Por causa da sua localização e também às temporadas de seca e cheia com altas temperaturas, o Pantanal é o local com a maior reunião de fauna do continente americano, encontramos jacarés, araraunas, papagaios, tucanos e tuiuiú. Quase todas as espécies de plantas e animais dependem do fluxo das águas. Durante um período de 6 meses (de outubro a abril) as chuvas aumentam o volume dos rios que inundam a planície, por esta razão muitos animais buscam abrigo nas terra “firmes” ocupando todas as áreas que não foram inundadas, assim vários peixes se reproduzem e as plantas aquáticas entram em processo de floração. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 Quando as chuvas começam a parar (entre junho e setembro), as águas voltam ao seu curso natural, deixando no solo todos os nutrientes necessários que fertilizarão o solo. Os Campos - é uma vegetação rasteira e está localizada em diversas áreas do Brasil - a paisagem é marcada pelos banhados (ecossistemas alagados) - predomínio da vegetação de juncos, gravatas e aguapés que propiciam um habitat ideal para as várias espécies de animais (garças, marrecos, veados, onças-pintadas, lontras e capivaras) De todos os banhados, o banhado do Taim, considerado ótimo para a pastagem rural, é o mais importante, devido a riqueza do seu solo. Vegetações Litorâneas São características das terras baixas e planícies do litoral. Formam vários tipos de vegetação: mangues ou manguezais, a vegetação de praias, a vegetação das dunas e a vegetação das restingas. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 DIVISÃO REGIONAL BRASILEIRA A divisão regional brasileira atual foi definida em 1970, mas inúmeras outras divisões foram realizadas ao longo da história do Brasil. O território do Brasil já passou por diversas divisões regionais. A primeira proposta de regionalização foi realizada em 1913 e depois dela outras propostas surgiram, tentando adaptar a divisão regional às características econômicas, culturais, físicas e sociais dos estados. A regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em razão das alterações da Constituição de 1988. O órgão responsável pela divisão regional do Brasil é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Veja o processo brasileiro de regionalização: 1913 - Divisão Regional de 1913 IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 A primeira proposta de divisão regional do Brasil surgiu em 1913, para ser utilizada no ensino de geografia. Os critérios utilizados para esse processo foram apenas aspectos físicos – clima, vegetação e relevo. Dividia o país em cinco regiões: Setentrional, Norte Oriental, Oriental, Meridional. 1940 Em 1940, o IBGE elaborou uma nova proposta de divisão para o país que, além dos aspectos físicos, levou em consideração aspectos socioeconômicos. A região Norte era composta pelos estados de Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e o território do Acre. Goiás e Mato Grosso formavam com Minas Gerais a região Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo formavam a região Leste. O Nordeste era composto por Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à região Sul. 1945 Divisão regional de 1945 IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 Conforme a divisão regional de 1945, o Brasil possuía sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul. Na porção norte do Amazonas foi criado o território de Rio Branco, atual estado de Roraima; no norte do Pará foi criado o estado do Amapá. Mato Grosso perdeu uma porção a noroeste (batizado como território de Guaporé) e outra ao sul (chamado território de Ponta Porã). No Sul, Paraná e Santa Catariana foram cortados a oeste eo território de Iguaçu foi criado. 1950 Os territórios de Ponta Porã e Iguaçu foram extintos e os estados do Maranhão e do Piauí passaram a integrar a região Nordeste. Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro formavam a região Leste. Em 1960, Brasília foi criada e o Distrito Federal, capital do país, foi transferido do Sudeste para o Centro-Oeste. Em 1962, o Acre tornou-se estado autônomo e o território de Rio Branco ganhou o nome de Roraima. 1970 Em 1970, o Brasil ganhou o desenho regional atual. Nasceu o Sudeste, com São Paulo e Rio de Janeiro sendo agrupados a Minas Gerais e Espírito Santo. O Nordeste recebeu Bahia e Sergipe. Todo o território de Goiás, ainda não dividido, pertencia ao Centro-Oeste. Mato Grosso foi dividido alguns anos depois, dando origem ao estado de Mato Grosso do Sul. Divisão regional atual IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 1990 Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os dias atuais. O estado do Tocantins foi criado a partir da divisão de Goiás e incorporado à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tornaram-se estados autônomos; Fernando de Noronha deixou de ser federal e foi incorporado a Pernambuco. A Regionalização do Mundo Na ciência geográfica o conceito de região está ligado à idéia de diferenciação de áreas. As regiões podem ser estabelecidas de acordo com critérios naturais, abordando as diferenças de vegetação, clima, relevo, hidrografia, fauna e etc., e sociocultural que corresponde à avaliação das condições sociais e culturais que insere neste contexto o índice de desenvolvimento humano para explicitar como vivem as pessoas em determinado lugar. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 Para uma melhor análise dos dados e das diferenças existentes no mundo, e para não generalizar as informações, faz-se necessário a regionalização de áreas de abordagens, oferecendo várias vantagens aos estudos geográficos. A partir das considerações, em 1960, o mundo foi regionalizado e/ou classificado em Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo. A expressão Terceiro Mundo foi utilizada pela primeira vez pelo economista Francê Alfred Sauvy, em 1952, ele construiu essa expressão observando as desigualdades econômicas, sociais e políticas, verificou que os países industrializados eram desenvolvidos, sua população vivia melhor, enquanto os outros países enfrentam muitos problemas de ordem econômica, sua população vivia em condição não muito satisfatória. Além de receber essas denominações o mundo foi regionalizado e/ou classificado em países ricos e pobres ou centrais e periféricos; os ricos (centrais) são países que estão no centro das decisões mundiais, são desenvolvidos, industrializados, avançados tecnologicamente, com economia estável, os países pobres (periféricos) são países subdesenvolvidos, pouco industrializados, com produção primária, dependente economicamente e de economia instável com grande incidência de crises. E por último o mundo pode ser regionalizado ou denominado de desenvolvidos e subdesenvolvidos. Desenvolvidos são aqueles países que além de ter um grande crescimento econômico e industrial, oferece para seu cidadão uma boa qualidade de vida, como saúde, preocupação com os idosos, acesso ao conhecimento, a cultura, segurança, boa renda pra maioria da população etc., em contrapartida, os países subdesenvolvidos possuem características inversas, como não oferece boa condição de vida à sua população, economia dependente, grande concentração de renda, educação deficiente assim como a saúde. Em suma, pode-se constatar que não basta mudar as denominações, pois as diferenças são sempre as mesmas, a classificação não transforma suas características somente pela mudança de nomes: desenvolvidos, ricos, centrais, subdesenvolvidos, pobres e periféricos, pois as suas particularidades permanecem. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 A Teoria da Regionalização Mundial tem por objetivo identificar grandes áreas do planeta com características próximas, no que diz respeito à população e a economia, ou ainda, semelhanças na Formação Sócio-Econômica-Espacial. As Ciências Sociais buscam criar uma metodologia apropriada para lidar com a enorme diversidade e também para compreender as diferentes realidades encontradas no planeta. Para compreender um texto, em especial um Clássico, deve- se inicialmente analisar o momento histórico a que ele se refere e/ou foi escrito; só a partir daí seus conceitos podem ser interpretados. Esta observação sobre diferentes metodologias e conceitos ao longo da história é de grande utilidade em todas as aulas, a principiar pelas diferentes formas de regionalização propostas até a atualidade. Não se pode esquecer que com o decorrer da história, novas metodologias surgem e novos conceitos são lançados para diagnosticar com maior propriedade a dinâmica realidade das sociedades. Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos O economista Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) foi um dos precursores desta proposta de regionalização. Ele propôs o conceito de desenvolvimento econômico condicionado às idéias de inovação tecnológica e da ruptura do “fluxo circular”. Schumpeter privilegioua atuação do empreendedor, do inovador na superação da condição de pobreza, da precariedade. Assim estabeleceu a divisão do mundo entre aqueles que se desenvolveram e os que supostamente poderiam se desenvolver. Entre as diversas escolas do pensamento econômico se destacam as seguintes idéias: Liberalismo - o subdesenvolvimento é sinônimo de estagnação econômica. Neoliberalismo - criou os rótulos “países em desenvolvimento” e “países emergentes”, e posicionou os antigos “subdesenvolvidos” dentro de uma fase do desenvolvimento. Estruturalismo - estabeleceu que, além das razões econômicas, o subdesenvolvimento era resultante da fragilidade das instituições próprias de cada Estado. Keynesianismo - determinou o subdesenvolvimento como fruto da ausência de um Estado forte, capaz de impor medidas reguladoras, subsídios e protecionismo alfandegário. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 Teoria da Dependência - argumentou que o subdesenvolvimento é resultado de trocas internacionais desiguais e não da ausência do desenvolvimento, portanto, é produto do desenvolvimento desigual de outros países. Países Centrais e Periféricos Rosa Luxemburgo (1870-1919), filósofa marxista e militante revolucionária cuja bandeira era “Socialismo ou barbárie”, foi grande defensora desta proposta de regionalização. No sistema capitalista, segundo esta concepção, os países centrais e os países periféricos travam um conflito desigual, no qual não há espaço para que os menos abastados alcancem qualquer forma de progresso, seja social ou econômico. Cada país ocupa um espaço e desempenha seu papel no mundo capitalista, assim a periferia jamais chegará ao centro. No início do século XX, esta visão de mundo foi adotada por inúmeros movimentos revolucionários, depois esquecida por algumas décadas. Na atualidade voltou a ganhar espaço nos meios acadêmicos. Em 1949, o economista argentino Raul Prebish apresentou a tese O Desenvolvimento Econômico da América Latina e seus Principais Problemas. Nesta obra, a difusão do progresso técnico e a distribuição dos seus ganhos na economia mundial aconteciam de forma desigual. No centro, a difusão do progresso técnico teria sido mais rápida e homogênea, enquanto na periferia, o progresso só atingiria setores ligados à exportação em direção ao centro. A CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas), criada também em 1949, adotou esta linha em seus estudos. PRIMEIRO, SEGUNDO E TERCEIRO MUNDOS Em 1952, o demógrafo francês Alfred Sauvy (1898-1990), cunhou a expressão “Terceiro Mundo” para classificar as novas nações da Ásia e da África que surgiam durante o processo de descolonização, após a Segunda Guerra Mundial (1939- 1945). Sauvy notou semelhanças entre as aspirações dessas nações com as do “terceiro estado” antes da Revolução Francesa. Em 1789, o “terceiro estado” representava 95% da população, porém somente o primeiro e segundo estados (clero e nobreza) tinham real representatividade política, privilégios jurídicos e fiscais, o “terceiro estado” arcava com a carga tributária. Na sua concepção, IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta, São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 os países que se opunham às metrópoles imperialistas formavam o “Terceiro Mundo”, isto é, um bloco de países capitalistas jovens, desprovidos de capital e crédito, entre outras formas de precariedade. O “Segundo Mundo” era constituído pelos países socialistas, o “Primeiro Mundo” pelos países capitalistas dominantes. Em 1955, na primeira Conferência entre os países “Não Alinhados”, realizada em Bandung, na Indonésia, esta proposta de regionalização ganhou espaço na mídia e se popularizou nos anos da Guerra Fria. De forma equivocada esta proposta de 2 regionalização ainda é utilizada, mesmo não existindo países socialistas (Segundo Mundo), pelo menos em sua concepção original. Nos seus últimos anos de vida, Sauvy declarou que tal denominação deveria ser abolida. Para ele, o “Terceiro Mundo” deveria ser um bloco politicamente oposto ao “Primeiro Mundo” e não somente um agrupamento de países de grande precariedade econômica. Além disso, os países designados como “Terceiro Mundo” não poderiam servir ao interesses dos países dominantes. Países do Norte e do Sul Diferente das demais propostas de regionalização, esta não apresenta um autor precursor, mas cabe destacar o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, como um dos responsáveis pela popularização dessa representação. Após décadas de Guerra Fria, o enfrentamento ideológico entre Socialismo e Capitalismo (Leste x Oeste) perdeu espaço para a disputa econômica entre Ricos e Pobres (Norte x Sul). A idéia ganhou força no início da década de 1990, a partir da dissolução da União Soviética, principal representante do “Segundo Mundo”. Com relação a essas representações, deve ficar claro que são simplificações arbitrárias, convenientes para a maior parte da mídia e para os Estados que as endossam. Em nenhum momento o Leste foi totalmente socialista nem o Oeste plenamente Capitalista. A divisão entre Norte e Sul também é uma representação simbólica, que desrespeita a Linha do Equador. A desigualdade entre Norte e Sul já existia, mas não se evidenciou após a Segunda Guerra Mundial devido ao predomínio da Guerra Fria. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123 CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br Rua Moscou 46 Site: http://www.iecef.com.br Jardim Augusta,São Jose dos Campos – São Paulo CEP 12216-700 BIBLIOGRAFIA http://brasilescola.uol.com.br/brasil/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_regional http://brasilescola.uol.com.br/geografia/geral.htm http://brasilescola.uol.com.br/geografia/geral.htm http://www.suapesquisa.com/geografia_do_brasil/ Sugestões de vídeo aulas https://www.youtube.com/watch?v=aaEKfTShW4Y https://www.youtube.com/watch?v=psbXrVKw7gM https://www.youtube.com/watch?v=J3XZjmFwpMk https://www.youtube.com/watch?v=_buMLYDc5kU
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