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Gustavo Reichert

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO 
SUL 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
GUSTAVO REICHERT 
 
 
 
 
 
 
COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM 
CONCRETO ARMADO E EM ALVENARIA ESTRUTURAL COM BLOCOS 
CERÂMICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Rosa 
2018 
 
 
 
2 
GUSTAVO REICHERT 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM 
CONTRECO ARMADO E EM ALVENARIA ESTRUTURAL 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado como 
requisito para aprovação na disciplina de 
Trabalho de Conclusão de curso de Engenharia 
Civil da Universidade Regional do Noroeste do 
Estado do Rio Grande do Sul. 
 
 
 
Orientador: Prof. Me. Diorges Carlos Lopes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Rosa 
2018
GUSTAVO REICHERT 
 
 
 
 
COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM 
CONTRECO ARMADO E EM ALVENARIA ESTRUTURAL 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do 
título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor 
orientador e pelo membro da banca examinadora. 
Santa Rosa, 20 de dezembro de 2018 
Prof. Me. Diorges Carlos Lopes 
Orientador 
Prof. Mauro Fonseca Rodrigues 
Coordenador do Curso de Engenharia Civil/UNIJUÍ 
Banca Examinadora 
 Prof. Me. Cláudia Kraemer Legonde 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos meus pais Lademir e Rosenei, e meu 
irmão Anderson meus sinceros amor e gratidão 
 
 
 
 
5 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço primeiramente a Deus, que me iluminou por mais essa etapa da 
minha vida. 
Aos meus pais Lademir e Rosenei, meu sincero agradecimento pelo apoio, 
motivação e compreensão em todas as etapas da minha vida e nesse desafio, não 
foi diferente. São eles que tornam tudo possível, não medindo esforços para que 
tudo se torne possível. A vocês meu enorme reconhecimento e gratidão. 
Ao meu irmão Anderson pela grande amizade, sabedoria e companhia. 
A todos os professores pelos ensinamentos durante essa jornada. 
Ao professor Diorges Carlos Lopes em especial, pela orientação, 
disponibilidade e ensinamentos na realização desta pesquisa. 
Aos meus avós pelo apoio dado, e toda torcida, não somente neste trabalho, 
mas em todo meu crescimento pessoal. 
Aos meus amigos e colegas pelos conhecimentos compartilhados e outras 
diversas formas me ajudaram nesta jornada. 
A todos o meu muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
RESUMO 
REICHERT Gustavo. Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em 
concreto armado e em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos. 2018. 
Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional 
do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa Rosa, 2018. 
 
A razão quantificar e orçar consiste na relação de avaliação de custos de um 
projeto. A importância do conhecimento dos custos de um produto final auxilia na 
tomada de decisão, quanto ao sistema construtivo melhor a adotar perante as 
alternativas. Esse trabalho objetiva analisar os custos de uma residência unifamiliar, 
adotando o sistema construtivo em concreto armado com vedação de “tijolo 8 furos”, 
e o sistema construtivo em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos. A pesquisa 
desenvolveu-se com o auxilio de um projeto modelo, no qual foram extraídos os 
quantitativos para realização do orçamento comparativo. Visto que alguns serviços 
apresentam custos iguais para ambos os sistemas construtivos, buscou-se 
quantificar e comparar apenas os serviços desiguais. Para realizar o quantitativo 
contou-se com o auxilio das Tabelas de Composição de Preços para Orçamento 
(TPCO). Para a composição das planilhas orçamentárias, utilizou-se o Sistema de 
Preços e Índices (SINAPI) para obtenção dos custos unitários. Sendo assim, conclui-
se que os serviços comparados valendo-se do projeto modelo, utilizando o sistema 
construtivo em concreto armado com vedação de “tijolo 8 furos” será 50,03% mais 
oneroso que o sistema construtivo em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos. 
Visto que o país encontra-se em uma grave crise econômica e há o aumento da 
concorrência no mercado da Construção Civil, alicerçam o papel fundamental do 
processo de levantamento de custos, para escolha do sistema construtivo a ser 
adotado. 
 
Palavras-chave: Sistema construtivo. Quantitativo. Orçamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
ABSTRACT 
REICHERT Gustavo. Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em 
concreto armado e em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos. 2018. 
Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional 
do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa Rosa, 2018. 
 
The reason to quantify and to bud is the cost evaluation relationship of a 
project. The importance of knowledge of the costs of an end product assists in the 
decision making, as to the constructive system better to adopt before the 
alternatives. This work aims to analyze the costs of a single family dwelling, adopting 
the constructive system in reinforced concrete with a "8 hole brick" fence, and the 
construction system in structural masonry with ceramic blocks. The research was 
developed with the help of a model project in which the quantitative data were 
extracted for the realization of the comparative budget. Since some services have 
equal costs for both constructive systems, we have tried to quantify and compare 
only the unequal services. In order to carry out the quantitative, we counted on the 
help of the Tabelas de Composição de Preços para Orçamento (TPCO). For the 
composition of the budget worksheets, the Sistema de Preços e Índices (SINAPI) 
was used to obtain the unit costs. Therefore, it is concluded that the services 
compared using the model design, using the construction system in reinforced 
concrete with "8-hole brick" will be 50.03% more expensive than the structural 
system in structural masonry with ceramic blocks. Since the country is in a serious 
economic crisis and there is an increase in competition in the Civil Construction 
market, they support the fundamental role of the process of raising costs, in order to 
choose the construction system to be adopted. 
 
Key words: Constructive system, quantitative, budget 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Etapas de um orçamento..........................................................................18 
Figura 2 – Alvenaria estrutural...................................................................................24 
Figura 3 – Alvenaria estrutural não armada...............................................................29 
Figura 4 – Alvenaria estrutural armada......................................................................30 
Figura 5 – Blocos de comprimentos 15, 30, 45 cm, largura 15 e altura 20 cm..........31 
Figura 6 – Blocos de comprimentos 20, 40, 35 cm, largura 15 e altura 20 cm..........31 
Figura 7 – Bloco cerâmico estrutural..........................................................................32 
Figura 8 – Estrutura em concreto armado..................................................................35 
Figura 9 – Execução em concreto armado.................................................................36 
Figura 10 – Página inicial CEF...................................................................................38 
Figura 11 – Seleção de estado...................................................................................38Figura 12 – Página download CEF.............................................................................39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1 – Custos totais............................................................................................54 
Gráfico 2 – Percentuais de serviços 1........................................................................55 
Gráfico 3 – Percentuais de serviços 2........................................................................56 
Gráfico 4 – Representatividade dos insumos no sistema construtivo em concreto 
armado.......................................................................................................................56 
Gráfico 5 – Representatividade dos insumos no sistema construtivo em alvenaria 
estrutural.....................................................................................................................57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1 – Produtividade com blocos de vedação....................................................41 
Quadro 2 – Produtividade com blocos estruturais......................................................41 
Quadro 3 – Quantitativos com uso de blocos de vedação.........................................42 
Quadro 4 – Quantitativos com uso de blocos estruturais...........................................42 
Quadro 5 – Quantitativos de insumos para argamassa 1..........................................43 
Quadro 6 – Quantitativos de insumos para argamassa 2..........................................43 
Quadro 7 – Produtividade dos insumos de montagem de formas para pilares.........44 
Quadro 8 – Produtividade dos insumos de montagem de formas para vigas............44 
Quadro 9 – Quantitativo montagem das formas dos pilares......................................44 
Quadro 10 – Quantitativo montagem das formas das vigas......................................45 
Quadro 11 – Produtividade dos insumos para uso de armaduras CA-50 com ꝋ até 
12,5 mm .....................................................................................................................45 
Quadro 12 – Produtividade dos insumos para uso de armaduras CA-50 com ꝋ até 
12,5 mm .....................................................................................................................45 
Quadro 13 – Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nas vigas e pilares do 
sistema construtivo em concreto armado...................................................................46 
Quadro 14 – Quantitativo armadura CA-60 com ꝋ até 8,0 mm nas vigas e pilares do 
sistema construtivo em concreto armado...................................................................46 
Quadro 15 – Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nas vergas e contra 
vergas do sistema construtivo em alvenaria estrutural..............................................46 
Quadro 16 – Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nos pontos de 
grauteamento do sistema construtivo em alvenaria estrutural...................................47 
Quadro 17 – Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nas cintas de 
amarração usadas no sistema construtivo em alvenaria estrutural...........................47 
Quadro 18 – Produtividade dos insumos para concretagem dos pilares...................47 
Quadro 19 – Produtividade dos insumos para concretagem das vigas.....................47 
Quadro 20 – Quantitativo para concretagem dos pilares...........................................48 
Quadro 21 – Quantitativo para concretagem das vigas.............................................48 
Quadro 22 – Quantitativo para concretagem das vergas e contra vergas.................48 
Quadro 23 – Quantitativo para grauteamento dos vazados dos blocos....................49 
Quadro 24 – Quantitativo para concretagem da cinta de amarração........................49 
Quadro 25 – Orçamento para levantamento das paredes........................................ 50 
 
 
11 
Quadro 26 – Orçamento da etapa de montagem e uso de formas............................51 
Quadro 27 – Orçamento da etapa de armação..........................................................51 
Quadro 28 – Orçamento da etapa de concretagem...................................................52 
Quadro 29 – Orçamento da etapa de levantamento de paredes...............................52 
Quadro 30 – Orçamento da etapa de armação..........................................................53 
Quadro 31 – Orçamento da etapa de concretagem e grauteamento.........................53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
LISTA DE SIGLAS E SÍMBOLOS 
CA – Concreto Armado 
CEF – Caixa Econômica Federal 
SINAPI – Sistema de Preços Custos e Índices 
TCPO – Tabelas de Composição de Preços para Orçamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 15 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 17 
2.1 ORÇAMENTO E CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ................................. 17 
2.1.1 Composição de Custos ............................................................................ 19 
2.1.2 Custos Diretos .......................................................................................... 20 
2.1.3 Custos Indiretos ....................................................................................... 21 
2.1.4 Grau de Detalhamento do Orçamento .................................................... 22 
2.2 TÉCNICA, MÉTODO, PROCESSO E SISTEMA CONSTRUTIVO ............... 23 
2.3 ALVENARIA ESTRUTURAL: CARACTERISTICAS BÁSICAS DO SISTEMA 
CONSTRUTIVO ........................................................................................................ 23 
2.3.1 Conceitos .................................................................................................. 23 
2.3.2 Aspectos históricos e desenvolvimento ................................................ 24 
2.3.3 Componentes da alvenaria estrutural .................................................... 27 
2.3.4 Alvenaria Estrutural Não Armada ........................................................... 29 
2.3.5 Alvenaria Estrutural Armada ................................................................... 30 
2.3.6 Blocos usualmente utilizados ................................................................. 30 
2.3.7 Bloco cerâmico estrutural ....................................................................... 31 
2.3.8 Modulação ................................................................................................. 32 
2.4 CONCRETO ARMADO: CARACTERISTICAS BÁSICAS DO SISTEMA 
CONSTRUTIVO ........................................................................................................ 33 
2.4.1 Histórico no Brasil .................................................................................... 33 
2.4.2 Conceitos .................................................................................................. 34 
2.4.3 Elementos estruturais .............................................................................. 35 
2.4.4 Formas....................................................................................................... 35 
2.4.5 Execução ................................................................................................... 36 
3 METODOLOGIA .............................................................................................37 
 
 
14 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ................................................................ 37 
3.2 PLANEJAMENTO DA PESQUISA ................................................................ 37 
3.2.1 Coleta e interpretação dos dados ........................................................... 37 
3.3 LIMITAÇÕES DO TRABALHO ..................................................................... 39 
3.4 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS ....................................................................... 40 
3.4.1 Composição dos custos para assentamento da alvenaria ................... 41 
3.4.2 Composição dos custos para montagem das formas........................... 43 
3.4.3 Composição dos custos para execução de armaduras ........................ 45 
3.4.4 Composição dos custos para concretagem .......................................... 47 
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................... 50 
4.1 PROJETOS .................................................................................................. 50 
4.2 ORÇAMENTO .............................................................................................. 50 
4.2.1 Sistema construtivo em concreto armado ............................................. 50 
4.2.2 Sistema construtivo em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos .. 52 
4.3 COMPARATIVO DE VALORES ................................................................... 53 
5 CONCLUSÃO ................................................................................................. 59 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 60 
ANEXO A .................................................................................................................. 64 
PLANTAS DO PROJETO MODELO DE UMA EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL 
UNIFAMILIAR ........................................................................................................... 64 
APÊNDICE A ............................................................................................................ 70 
PLANILHA ORÇAMENTÁRIA – SISTEMA CONSTRUTIVO EM CONCRETO 
ARMADO .................................................................................................................. 70 
APÊNDICE B ............................................................................................................ 72 
PLANILHA ORÇAMENTÁRIA – SISTEMA CONSTRUTIVO EM ALVENARIA 
ESTRUTURAL .......................................................................................................... 72 
 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
15 
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho realizou um comparativo de custos entre dois sistemas 
construtivos, aplicados a uma residência unifamiliar de 171,9 m². A pesquisa será 
elaborada por Gustavo Reichert, orientado pelo professor Diorges Carlos Lopes. 
Ao efetuar o projeto de uma residência, se torna necessário verificar a 
viabilidade econômica, para saber se o custo deste está de acordo com as 
condições do comprador, ou até mesmo, se esta se encontra em um valor 
competitivo dentro do mercado da construção civil. Então, qual dos dois processos 
construtivos apresentados, compreende ao processo mais viável economicamente 
dentro do mercado da construção civil? 
Segundo Mattos (2006 p. 22) “a preocupação com custos começa cedo, ainda 
antes do inicio da obra, na fase de orçamentação, quando se estabelece o primeiro 
passo de quem se dispõem a realizar um projeto, estimar o quanto ele irá custar”. 
“Independente de localização, recursos, prazo, cliente e tipo de projeto, uma 
obra é eminentemente uma atividade econômica e, como tal, o aspecto custo 
reveste-se de especial importância” (MATTOS, 2006, p. 22). 
Para Limmer (1997, p.86) “um orçamento pode ser definido como a 
determinação dos gastos necessários para a realização de um projeto, de acordo 
com um plano de execução previamente estabelecido, gastos esses traduzidos em 
termos quantitativos”. 
Conforme Limmer (1997, p.86) “O orçamento de um projeto baseia-se na 
previsão de ocorrência de atividade futuras logicamente encadeadas e que 
consomem recursos, ou seja, acarretam custos”. 
Deste modo, para estimar os custos, é necessário saber qual o processo 
construtivo que será utilizado na obra, assim como a especificação dos materiais. 
Para Silva (2002, p.2) “Durante muito tempo, se apresentou a alvenaria 
estrutural como um processo construtivo mais racionalizado, onde sua economia 
frente ao concreto armado era inegável”. 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
16 
De acordo com Silva (2002 p.2) “torna-se indispensável medir os custos dos 
diferentes processos construtivos, para avaliar a real economia que o processo 
construtivo em alvenaria estrutural representa em relação ao processo construtivo 
em concreto armado”. 
Silva (2002 p.2) “observa que na construção civil, há uma carência de dados a 
respeito de custos, o que acaba tornando as decisões sobre valores dos custos em 
obra sendo intuitivos, as quais nem sempre retratam a realidade”. 
Como tema apresenta uma comparação de custos, através da orçamentação 
do projeto considerando a aplicação dos sistemas construtivos em concreto armado 
com vedação de “tijolos 8 furos” de tamanho 9x19x29, e o processo construtivo em 
alvenaria estrutural com blocos cerâmicos de tamanho 14x19x29 cm e resistência de 
4,0 MPA. 
Como objetivo, o trabalho propõe a comparação da economia real em que um 
processo pode representar em relação ao outro, assim como uma melhor avaliação 
dos processos construtivos estudados. 
No cenário atual que se encontra a construção civil, esse projeto de 
estimativa de custos acaba tendo grande valor agregado. A apresentação dos 
custos/benefícios de cada processo construtivo pode auxiliar na tomada de decisões 
quanto à alternativa a adotar como sistema construtivo. Levando em conta a melhor 
alternativa custo/beneficio, que implicaria em uma melhor posição da empresa ou 
engenheiro no mercado da construção civil. 
Justificando a importância do tema, Estrutura (1999) define a escolha de um 
sistema construtivo como uma das mais importantes decisões dentro da obra. 
Essa análise poderia auxiliar o que Mattos (2010, p.24) aponta como 
deficiência das empresas, fenômeno sentido muito mais nas obras de pequeno e 
médio porte, e que se manifesta em graus variados. No geral são frustação de 
prazos, estouro de orçamento, atrasos injustificados e até mesmo litígios judiciais 
para recuperação de perdas e danos. Causados por desconhecimento ou mau uso 
das técnicas de planejamento e orçamentos errôneos. 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
17 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
Neste capítulo apresentam-se alguns tópicos, a partir de referências teóricas, 
com assuntos pertinentes ao tema deste trabalho como: orçamentos e custos na 
construção civil, técnica, método, processo e sistema construtivo, alvenaria 
estrutural: características básicas do sistema construtivo, concreto armado: 
características básicas do sistema construtivo. 
2.1 ORÇAMENTO E CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
Para iniciar um orçamento, antes de qualquer coisa é necessário ter em mãos 
um projeto, onde constam todas as informações e elementos necessários e 
suficientes para o levantamento dos custos e despesas envolvidas (TISAKA, 2011, 
p.51). 
Mattos (2006, p. 22) distingue orçamento (produto) de orçamentação 
(processo de determinação) e ainda acrescenta: [...]“orçar não é um mero exercício 
de futurologia ou jogo de adivinha”. 
Para se determinar um orçamento é preciso somar os custos diretos e os 
custos indiretos, e por fim adicionam-se impostos os lucros desejados para então, se 
alcançar o preço de venda do empreendimento (MATTOS, 2006, p.6). 
A construção é uma atividade econômica que compreende uma grande parte 
do produto interno bruto de qualquer país e tem parcela considerável na 
empregabilidade de pessoas (UNIEMP, 2010). 
Por ser de grande importância, Azevedo R. C. et al. (2011, p.86) afirma que o 
processo de orçar um empreendimento torna-se fator crítico para empresas 
construtoras, antes mesmo que as edificações sejam projetadas em detalhes e que 
contratos de vendas e de fornecimento sejam firmados. 
Um orçamento bem realizado pode reduzir desvios que influenciam 
diretamente na lucratividade do empreendimento ou até mesmo desvios 
significativos, que poderiam inviabilizar a continuidade de uma obra (LOPES; 
LIBRELOTTO; AVILA, 2003). 
Vale destacar, conforme Mattos (2006, p. 23), que quanto maior o 
conhecimento prático de quem realiza o orçamento, maior a probabilidade de o 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
18 
orçamento ser correto e menor a chance de ocorrer frustações. E ainda destaca-se 
que um orçamento realizado por duas diferentes empresas provavelmente chegarão 
a orçamentos distintos, pois a diferença nos processos teóricos utilizados, a 
metodologia de execução, as produtividades e os preços coletados, dentre outros 
fatores irão impactar no valor final. 
Mattos (2006, p. 31), de forma esquemática, apresenta uma sugestão para a 
realização de um orçamento, composto por três etapas: estudo das condicionantes, 
composição de custos e fechamento do orçamento. 
Este processo pode ser observado na Figura 1. 
Figura 1: Etapas de um orçamento 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Mattos (2006) 
 
Os orçamentos apresentam diferenças, dependendo do grau de experiência 
dos orçamentistas. Em empresas o setor de orçamento é destino natural dos 
engenheiros e técnicos recém-formados. Os mais antigos estão no campo e acabam 
por inconscientemente por desprezar o trabalho orçamentista (MATTOS, 2006, 
p.23). 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
19 
Assim, acaba por ocorrer a segmentação do escritório e campo, o 
orçamentista não conhece a prática e não recebe informações por parte dos 
engenheiros de produção; estes por sua vez não acreditam no que foi orçado 
(MATTOS, 2006, p.23). 
O ideal é que haja um espírito de equipe e que escritório e campo se 
completem. O orçamentista precisa visitar as obras e receber do pessoal de campo 
os dados acerca dos parâmetros de orçamento (MATTOS, 2006, p.23). 
2.1.1 Composição de Custos 
“Dá-se o nome de composição de custos ao processo de estabelecimento dos 
custos incorridos para a execução de um serviço ou atividade, individualizado por 
insumo e de acordo com certos requisitos pré-estabelecidos” (MATTOS, 2006, p. 
62). 
Esta composição de custos pode ser estimada e classificada para edificações. 
Segundo Larssen (2012, apud Librelotto et al. 1998, p.4), as estimativas 
preliminares de custo podem ser classificadas em: 
 Método da estimativa do custo por área: o custo total é custo por metro 
quadrado multiplicado pela área equivalente da edificação, conforme 
prescreve a NBR 12.721/2006. 
 Método da estimativa do custo por volume: onde o custo total é calculado pelo 
custo por metro cúbico multiplicado pelo volume equivalente da edificação. 
 Método da participação percentual das etapas da construção: os custos são 
estimados por porcentagem que as grandes etapas da obra percorrem. O 
custo é o somatório dos custos de todas essas etapas. 
 Método da estimativa do custo por unidade: o custo total é o custo por cada 
unidade multiplicado pelo número de unidades da edificação. 
 Método A. R. C.: desenvolvido na França, baseia-se na divisão do edifício em 
elementos de construção adequados ao projeto e na medição e cálculo do 
custo de diferentes elementos de construção. 
 Método das quantidades aproximadas: este método pode ser visto como 
sendo um orçamento onde as medições são realizadas por aproximação. 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
20 
 Outros métodos: existem outros métodos de estimativas preliminares de 
custo, como o método das estimativas comparadas e o método da 
interpolação. 
Mas a principal maneira de classificar os custos é em custos diretos e custos 
indiretos: 
2.1.2 Custos Diretos 
Conforme Tisaka (2011, p.74), somando todos os custos dos materiais, 
equipamentos e mão de obra que serão aplicados diretamente em cada um dos 
serviços de uma obra chega-se ao custo direto. 
“Custo direto é aquele obtido pela soma dos insumos que ficam incorporados 
ao produto... através dos consumos dos itens de custo facilmente mensuráveis na 
unidade de medida e pagamento de cada um destes custos unitários” (DIAS, 2003, 
apud. LARSSEN, 2012, p.16). 
Segundo Mattos (2006 p. 62) as categorias de custo envolvidas em um 
serviço são tipicamente: Mão-de-obra, materiais e equipamentos. 
 Mão-de-obra 
Em conformidade com Mattos (2006, p.78) o trabalhador é o elemento 
racional de uma obra, ele tem influência em todas as partes de um projeto de 
construção civil, sendo responsável por dar forma aos serviços, é o trabalho humano 
que gera o produto final. 
Mattos (2006 p.78) ainda afirma, “uma obra pode chegar a ter de 50% a 60% 
de seu custo composto pela mão-de-obra”. 
 Material 
Em concordância com Mattos (2006, p.98) o material está presente na maioria 
absoluta das atividades de uma obra na construção civil, representando muitas 
vezes mais da metade do custo unitário do serviço. 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
21 
Portanto, para que não haja frustações na execução da obra, o orçamento 
deve ser capaz de refletir a realidade e conduzir a um preço justo (MATTOS, 2006, 
p.98). 
Segundo Mattos (2006, p.98), durante o processo de compra, os principais 
aspectos que influenciam no preço de aquisição do insumo são: 
 Especificações técnicas; 
 Unidade e embalagem; 
 Quantidade; 
 Prazo de entrega; 
 Condições de pagamento; 
 Validade da proposta; 
 Local e condições de entrega; 
 Despesas complementares: frete, impostos etc.. 
 Equipamento 
“Pequenos ou grandes, alugados ou próprios, hidráulicos, pneumáticos ou 
elétricos, os equipamentos frequentemente representam grande parcela do custo de 
um serviço – e, por extensão, da obra” (MATTOS, 2006, p.108). 
Mattos (2006, p.108), diz ainda, que a maneira habitual de atribuir valor a um 
equipamento é por hora de utilização, pois é dessa maneira que o equipamento 
aparece nas composições de custo unitário. 
2.1.3 Custos Indiretos 
Conforme Tisaka (2011, p.88) o custo indireto se define como sendo os 
gastos da infraestrutura, necessários para obtenção do objetivo principal, que é a 
realização física do objetivo contratado. 
 “Custo indireto é todo custo que não apareceu como mão-de-obra, material 
ou equipamento nas composições de custos unitários do orçamento” (MATTOS, 
2006, p.200). 
Ainda Mattos (2006, p.200), afirma que, o custo indireto geralmente fica na 
faixa de 5 a 30% do custo total da construção. O percentual oscila em função dos 
seguintes aspectos: 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com).Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
22 
 Localização geográfica 
 Política da empresa 
 Prazo 
 Complexidade 
2.1.4 Grau de Detalhamento do Orçamento 
Mattos (2006, p.34) diz, “a depender do grau de detalhamento de um 
orçamento, ele pode ser classificado como”: 
 Estimativa de custo – avaliação expedita com base em custos históricos e 
comparação com projetos similares. Dá uma ideia aproximada da ordem de 
grandeza do custo do empreendimento; 
 Orçamento preliminar – mais detalhado do que a estimativa de custos 
pressupõe o levantamento de qualidades e requer a pesquisa de preços dos 
principais insumos e serviços. Seu grau de incerteza é menor; 
 Orçamento analítico ou detalhado – elaborado com composição de custos e 
extensa pesquisa de preços dos insumos. Procura chegar a um valor bem 
próximo do custo “real”, com uma reduzida margem de incerteza. 
Tisaka (2011, p.69) classifica da seguinte forma: 
 Estimativa de custo – Avaliação de custo da obra obtida através do exame de 
dados preliminares de uma ideia de projeto em relação à área a ser 
construída, com aplicação de um valor médio por m², para determinar as 
opções de estrutura e acabamento, publicadas em revista especializadas, ou 
outras formas de avaliação sintética baseadas nas experiências de outras 
obras similares. 
 Orçamento preliminar – Avaliação de custo obtida através do levantamento da 
quantidade de serviços, materiais e equipamentos acompanhada de pesquisa 
de mercado dos preços médios dos componentes, normalmente feita a partir 
do anteprojeto da obra. Para ser um orçamento e não apenas custo, deve ser 
incluído também os benefícios e despesas indiretas. 
 Orçamento analítico ou detalhado – Avaliação do preço, com o nível de 
precisão adequado, obtido através do levantamento de quantidades e de 
materiais, serviços e equipamentos acompanhados da composição analítica 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
23 
dos custos unitários realizada na etapa de projeto e/ou projeto executivo, 
incluindo os benefícios e despesas indiretas. 
2.2 TÉCNICA, MÉTODO, PROCESSO E SISTEMA CONSTRUTIVO 
Primeiramente, será apresentada a definição de alguns termos que se 
julgou importante dentro desse trabalho. Segundo Sabbatini (1989, p.23-29 apud 
ARCARI, 2010), se tem as seguintes definições: 
a) Técnica construtiva: conjunto de operações empregadas por um particular 
ofício para produzir parte de uma edificação; 
b) Método construtivo: conjunto de técnicas construtivas interdependentes e 
adequadamente organizadas, empregadas na construção de uma parte 
(subsistema ou elemento) de uma edificação; 
c) Processo construtivo: é um organizado e bem definido modo de se 
produzir um edifício. Um específico processo construtivo se caracteriza 
pelo seu particular conjunto de métodos utilizado na construção da 
estrutura e vedação do edifício; 
d) Sistema construtivo: é um processo construtivo de elevados níveis de 
organização, constituído por um conjunto de elementos e componentes 
inter-relacionados e completamente integrados pelo processo. 
Esta nomenclatura construtiva [...] obedece a uma hierarquia, de tal forma 
que o sistema construtivo depende dos processos empregados, e cada um 
destes dos métodos aplicados, sendo esses identificados pelas técnicas 
utilizadas em cada atividade da construção. (SANTOS, 1998, apud 
ARCARI, 2010). 
 
2.3 ALVENARIA ESTRUTURAL: CARACTERISTICAS BÁSICAS DO SISTEMA 
CONSTRUTIVO 
2.3.1 Conceitos 
Para Sabbatini (1984, p.6) alvenaria estrutural se caracteriza como sendo 
uma estrutura de alvenaria dimensionada por cálculo racional. São edificações 
constituídas por paredes resistentes de alvenaria. A Figura 2 ilustra uma obra 
aplicando este sistema construtivo. 
 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
24 
Figura 2: Alvenaria estrutural 
 
Fonte: Arcari (2010) 
 
A alvenaria estrutural é definida como um sistema construtivo em que as 
paredes são elementos resistentes capazes de suportar outras cargas além do seu 
peso próprio (PENTEADO, 2003, p. 53 apud ARCARI 2010). 
Segundo Ramalho e Corrêa (2003), “o principal conceito estrutural ligado à 
utilização da alvenaria estrutural é a transmissão de ações através de tensões de 
compressão”. 
É evidente que se pode admitir a existência de tensões de tração 
em determinadas peças. Entretanto, essas tensões devem 
preferencialmente se restringir a pontos específicos da estrutura, além de 
não apresentarem valores muito elevados. Em caso contrário, se as trações 
ocorrerem de forma generalizada ou seus valores forem muito elevados, a 
estrutura pode ser até mesmo tecnicamente viável, mas dificilmente será 
economicamente adequada (Ramalho e Corrêa, 2003, p.1). 
 
Consoante a Ramalho e Corrêa (2003, p.1) no desenvolver do sistema 
construtivo percebeu-se que para execução dos vãos uma alternativa interessante e 
viável seria os arcos. 
 Ainda Ramalho e Corrêa (2003, p.1) com essa alternativa puderam ser 
executadas pontes e muitas outras obras de grande beleza e durabilidade, 
conquistando um salto de qualidade considerável para o sistema construtivo. 
2.3.2 Aspectos históricos e desenvolvimento 
A alvenaria estrutural deu-se inicio na pré-história, classificando-se com um 
dos mais antigos sistemas de construção da humanidade (CAVALHEIRO, 1996). 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
25 
O emprego do sistema construtivo em alvenaria estrutural teve sua origem 
nas antigas civilizações, quando grandes blocos irregulares de pedra eram utilizados 
na execução de paredes estruturais em pirâmides, catedrais, palácios e fortalezas 
(SANTOS, 1998, p.23). 
O desenvolvimento da técnica e seu uso racional foram impedidos pela pouca 
trabalhabilidade dos blocos de pedra utilizados, como também pela falta de 
conhecimento sobre o comportamento das alvenarias (CAMPOS, 1993 apud 
SANTOS, 1998, p.23). 
Para o entendimento do desenvolvimento do sistema construtivo em análise 
será apresentado um resumo rápido da evolução ao longo do tempo, em destaque 
os seus aspectos estruturais, através de exemplos. 
2.3.2.1 Pirâmides de Guizé 
“São três grandes pirâmides, Quéfren, Queóps e Miquerinos, construídas em 
blocos de pedra que datam de aproximadamente 2600 anos antes de Cristo.” 
(RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.3). 
“Do ponto de vista estrutural, as pirâmides não apresentam nenhuma grande 
inovação, sendo construída através da colocação de blocos, uns sobre os outros, de 
maneira a produzirem a forma piramidal que as caracterizam.” (RAMALHO; 
CORRÊA, 2003, p.3). 
2.3.2.2 Farol de Alexandria 
“Aproximadamente 280 anos antes de Cristo, é o mais famoso e antigo farol 
de orientação. Construído em mármore branco, com 134m de altura, possuía um 
engenhoso sistema de iluminação, baseado em um jogo de espelhos.” (RAMALHO; 
CORRÊA, 2003, p.3). 
“Do ponto de vista estrutural trata-se de uma obra marcante, com altura 
equivalente a um prédio de 45 pavimentos.” (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.3). 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
26 
2.3.2.3 Coliseo 
Com mais de 500m de diâmetro e 50m de altura, construído por volta do ano 
70 depois de Cristo, possuía 80 portais, de forma a facilitar a entrada e saída dos 
espectadores (RAMALHO; CORRÊA, 2003). 
“Os teatros romanos, ao contrário dos teatros gregos que se aproveitavam de 
desníveis naturais de terrenos apropriados, eramsuportados por pórticos formados 
por pilares e arcos. Essa característica estrutural lhes conferia uma maior liberdade 
em termos de localização” (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.4). 
2.3.2.4 Catedral de Reims 
“Construída entre 1211 e 1300 depois de Cristo demonstra a aprimorada 
técnica de se conseguir vãos relativamente grandes utilizando-se apenas estruturas 
comprimidas.” (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.4). 
“Apesar de todas as limitações que os procedimentos empíricos impunham 
aos arquitetos desses edifícios, as técnicas construtivas que foram sendo refinadas 
ao longo de séculos acabam produzindo resultados muito satisfatórios.” (RAMALHO; 
CORRÊA, 2003, p.4). 
2.3.2.5 Edifício Monadnock 
“Foi construído em Chicago de 1889 a 1891 e tornou-se um símbolo clássico 
da moderna alvenaria estrutural. Com seus 16 pavimentos e 65 m de altura.” 
(RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.4). 
“Entretanto, por causa dos métodos empíricos de dimensionamento 
empregados até então, as paredes têm 1,80 m de espessura.” (RAMALHO; 
CORRÊA, 2003, p.4). 
2.3.2.6 Alvenaria Não-Armada na Suíça 
Construído em 1950, por Paul Haller, na Basiléia, Suíça. O edifício, com 13 
pavimentos e 42 m de altura. A espessura da parede é de 15 cm, para paredes 
internas 37,5 cm, para paredes externas. (RAMALHO; CORRÊA, 2003). 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
27 
Considerando-se esses dados e sabendo-se que as paredes internas é que 
recebem a maior parte das cargas da edificação, o dimensionamento foi realizado 
não muito diferente ao utilizado atualmente. (RAMALHO; CORRÊA, 2003). 
2.3.2.7 Hotel Excalibur em Las Vegas 
Segundo Joaquim (1999), é a mais alta estrutura em alvenaria estrutural, 
possuindo quatro torres de 28 andares, foi construída com alvenaria armada de 
resistência à compressão de cerca de 28 Mpa. 
2.3.2.8 Alvenaria estrutural no Brasil 
A alvenaria estrutural para prédios de vários pavimentos tornou-se uma opção 
de construção largamente empregada no mundo, devido a vantagens como: 
flexibilidade de construção, economia, valor estético e velocidade de construção 
(SINHA, 1994 apud SILVA, 2002). 
No Brasil, teve inicio o uso do sistema construtivo no período colonial, com a 
utilização de pedras, tijolos de barro cru e taipas de pilão. Ocorreu um avanço 
significativo no sistema construtivo já no Império, pelo uso de tijolo de barro cozido, 
a partir de 1850, proporcionando construções com maiores vãos e mais resistentes a 
ação das águas (CAVALHEIRO, 1998). 
Hoje, a alvenaria ganha força com o aparecimento de fornecedores de blocos 
cerâmicos com resistência superior a 10 Mpa. Apesar de, no momento, o sistema 
construtivo ser utilizado em maior parte para edificações de poucos pavimentos 
(RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.6). 
2.3.3 Componentes da alvenaria estrutural 
2.3.3.1 Unidades ou Blocos 
É um componente industrializado de dimensões e peso que o tornam 
manuseável, possui formato paralelepipedal e adequado para compor uma alvenaria 
(SABBATINI, 1984, p.6). 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
28 
É o componente básico da alvenaria estrutural, o bloco é o principal 
responsável pela definição das características resistentes da estrutura (RAMALHO; 
CORRÊA, 2003). 
No Brasil para edificações de alvenaria estrutural são, em ordem decrescente 
de utilização: blocos de concreto, blocos cerâmicos e blocos sílico-calcáreas 
(RAMALHO; CORRÊA, 2003). 
2.3.3.2 Argamassa 
Em conformidade com Sabbatini (1984, p.6) a argamassa é um material 
composto, plástico, constituído de agregado miúdo e de uma pasta aglomerante. 
Sua função é aderir materiais porosos e de endurecer após um período de tempo. 
Comumente utilizado nas juntas de argamassa. 
A argamassa de assentamento possui as funções básicas de solidarizar os 
blocos, transmitir e uniformizar as tensões entre blocos de alvenaria, absorvendo 
pequenas deformações e prevenir a entrada de água e de vento nas edificações 
(RAMALHO; CORRÊA, 2003). 
2.3.3.3 Graute 
Definido por Santos (1998, p.21) como um elemento para preencher os vazios 
dos blocos e canaletas, solidificando-os para utilização da armadura, aumentando a 
capacidade portante destes elementos. É composto de cimento, agregado miúdo, 
agregado graúdo, água, cal e aditivos se necessários para conferir algum aspecto 
especifico à mistura. 
O graute se assemelha ao concreto, diferenciando-se na sua composição, 
onde o graute utiliza agregados de pequena dimensão, tornando-o relativamente 
fluido, eventualmente necessário para o preenchimento dos vazios dos blocos. Sua 
função é conceder o aumento da área de seção transversal das unidades, ou 
permitir a solidificação dos blocos com a utilização de armaduras posicionadas em 
seus vazios (RAMALHO; CORRÊA, 2003). 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
29 
2.3.3.4 Armadura 
Segundo Cavalheiro (1996), as armaduras podem até inexistir e quando 
necessárias são retas, sem gancho ou dobras, na sua grande maioria. Necessitam 
estar bem protegidas da corrosão. 
As barras de aço empregadas no sistema construtivo em alvenaria estrutural 
são as mesmas utilizadas no sistema construtivo em concreto armado, porém, neste 
sistema construtivo, elas são cobertas por graute para assegurar o trabalho em 
conjunto com os demais componentes estruturais (RAMALHO; CORRÊA, 2003). 
2.3.4 Alvenaria Estrutural Não Armada 
É aquela constituída de blocos estruturais vazados, utilizando argamassa, e 
que contém armadura com fins construtivos ou de amarração, onde a amarração 
não é considerada na absorção dos esforços calculados (SANTOS, 1998, p.18). 
Cavalheiro (1996) define como sendo alvenaria estrutural não armada, 
quando não há armadura ou as armaduras existentes terem a finalidade construtiva 
ou de amarração, não sendo consideradas na absorção de esforços. Estas 
armaduras ele define que são importantes para os esforços de tração da estrutura, 
evitando ou diminuindo a fissuração em pontos concentrados, além de assegurar 
contra cargas não previstas. 
Na Figura 3 pode ser observado o uso do sistema construtivo em alvenaria 
estrutural não armada. 
Figura 3: Alvenaria Estrutural não armada 
 
Disponível em: http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos Acesso em: 
24/10/2017 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
30 
2.3.5 Alvenaria Estrutural Armada 
Santos (1998, p.18) define como sendo aquela constituída com blocos 
estruturais vazados assentados com argamassa, os vazados são preenchidos com 
graute aonde ainda é adicionado a armadura, em quantidade suficiente para 
absorver os esforços calculados, além das finalidades construtivas e de amarração. 
É uma estrutura de alvenaria utilizando barras de aço, dimensionada por 
cálculos racionais (SABBATINI, 1894, p.1). 
Alvenaria estrutural armada é aquela que possui armadura colocada em 
alguns vazados dos blocos, onde são cobertos por graute, objetivando absorver os 
esforços calculados, além das armaduras construtivas e de amarração 
(CAVALHEIRO, 1996). 
A Figura 4 apresenta o uso do processo de alvenaria estrutural armada. 
Figura 4: Alvenaria estrutural armada 
 
Disponível em: http://www.ecivilnet.com Acesso em:24/10/2017 
2.3.6 Blocos usualmente utilizados 
Há uma variedade de blocos que podem ser utilizados em uma edificação em 
concreto armado. Para cada tipo de bloco a ser utilizado, existem as dimensões 
usualmente utilizadas. No Brasilos blocos com modulação longitudinal de 15 cm e 
20 cm são mais facilmente encontrados. Em regiões específicas como Norte e 
Nordeste é comum utilizar um módulo de 12 cm. A largura, usualmente, é igual ao 
módulo longitudinal do bloco de acordo com a padronização apresentada pela NBR 
6136 (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.14). 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
31 
A NBR 6136 (ABNT, 1994) especifica duas larguras padronizadas: largura 
nominal de 15 cm, designados blocos M-15, e largura nominal de 20 cm, designados 
blocos M-20. Já para os comprimentos e alturas, seguindo as padronizações da 
norma, serão de 20 e 40 cm para comprimento e 10 e 20 cm para altura. 
As Figuras 5 e 6 apresentam amostras de blocos estruturais em concreto. 
 
Figura 5: Blocos de comprimentos 15, 30 e 45 cm, 
largura 15 e altura 20 cm 
 
Fonte: RAMALHO; CORRÊA (2003) 
 
Figura 6: Blocos de comprimentos 20, 40 e 35 cm, 
largura 15 cm e altura 20 cm 
 
Fonte: RAMALHO; CORRÊA (2003) 
2.3.7 Bloco cerâmico estrutural 
Segundo a NBR 15270-2 (ABNT, 2005), é definido como sendo um 
componente da alvenaria estrutural que apresenta furos prismáticos perpendiculares 
às faces que os contém. Os blocos cerâmicos são classificados de acordo com suas 
resistências à compressão, sendo que o material básico de sua fabricação é a argila. 
Na Figura 7 está ilustrado blocos cerâmicos estruturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
32 
Figura 7: Bloco cerâmico estrutural 
 
Disponível em: http://brasil.incerpaz.com/linha-de-blocos-estruturais Acesso em:26/10/2017 
2.3.8 Modulação 
É um mecanismo destinado a organizar as dimensões dos componentes de 
uma obra, produzida como unidades independentes, tendo como objetivo principal a 
racionalização da construção, do projeto à construção (MAMEDE, 2006, p.23). 
Segundo Mamede (2006, p.23), a utilização dos princípios da modulação, traz 
algumas vantagens, como: 
a) Simplificação da elaboração do projeto; 
b) Padronização das dimensões, reduzindo o número de formatos dos 
componentes e construção; 
c) Otimização na execução da obra com facilidade de montagem; 
d) Redução de quebrados materiais, e consequentemente, redução de 
perdas. 
A NBR 5706 (ABNT, 1977), estabelece o módulo como a distância entre dois 
pontos consecutivos do sistema que origina o reticulado espacial modular de 
referência. 
Rosso (1966) interpreta a modulação como a unidade de medida corrente 
adotada para determinar dimensões, proporções e ordenar. Passando a exercer o 
papel de divisor comum a todas ou algumas dimensões de uma obra. 
A modulação é um procedimento completamente essencial para que uma 
edificação em alvenaria estrutural possa obter resultados positivos economicamente. 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
33 
Se as dimensões não forem moduladas, como os blocos não devem ser cortados, os 
enchimentos resultantes certamente resultarão a um custo maior e uma 
racionalidade menor para a obra (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.14). 
Segundo Ramalho e Corrêa (2003), uma correta modulação evitaria uma 
série de problemas comuns, em especial na ligação de duas paredes, tanto em 
canto quanto em bordas. 
Para a escolha do modulo horizontal, além da largura do bloco, também é 
considerado, as dimensões internas dos ambientes, para ambientes com módulos 
de 15 cm, por exemplo, as dimensões internas devem ser múltiplas de 15. Já quanto 
à modulação vertical, a situação é normalmente bem mais simples. Trata-se apenas 
de ajustar a distancia de piso a teto para que seja um múltiplo do modulo vertical. 
(RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.16). 
2.4 CONCRETO ARMADO: CARACTERISTICAS BÁSICAS DO SISTEMA 
CONSTRUTIVO 
No Brasil, dos diversos sistemas construtivos habitualmente usados, o 
chamado sistema construtivo em concreto armado é, sem duvidas, o mais utilizado. 
O concreto está no cerne da consolidação de um dos poucos sistemas tecnológicos 
genuinamente desenvolvidos no Brasil e é a peça chave na estruturação do campo 
da arquitetura e da engenharia (SANTOS, 2008, p. 15). 
Mesmo sendo sem sombras de dúvidas o mais utilizado sistema construtivo 
no Brasil, em um contexto geral, de acordo com Carvalho (2008) o concreto armado 
é um material novo, onde até o final do século XIX os sistemas construtivos usuais 
eram as estruturas de madeira e em alvenaria. 
2.4.1 Histórico no Brasil 
Segundo Marcolin (2006) a primeira referência sobre concreto no Brasil é de 
1904. Quando um professor da Escola Politécnica do Rio de Janeiro publicou um 
trabalho no qual cita a execução de seis prédios projetados e um reservatório de 
água em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro. 
Para Santos (2008, p.13) o sistema construtivo em concreto armado teve sua 
origem no Brasil na primeira década do século XX. De inicio demonstrado como um 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
34 
produto aplicado somente para obras especiais, como pontes e viadutos. Com a 
evolução das cimenteiras, em torno dos anos 1920, começou o processo de difusão 
da tecnologia do concreto determinando um período crítico de instalação dessa 
tecnologia no Brasil ao longo dos anos 1930. 
Para Santos (2008, p.16), o concreto é um material fundamental para a 
arquitetura e a engenharia nacional, ao longo do século XX tornou-se formal, 
legalizado e normalizado, e se infiltra em todas as etapas da produção de 
edificações: 
 Concepção de projetos; 
 Organização do trabalho dos operários no canteiro; 
 Comércio de materiais de construção. 
Para Santos (2008, p.16), o concreto é um material fundamental para a 
arquitetura e a engenharia nacional, ao longo do século XX tornou-se formal, 
legalizado e normalizado, e se infiltra em todas as etapas da produção de 
edificações: 
Em 2006 o Brasil ocupou a décima posição do quesito produção de concreto, 
chegando a uma produção em torno de 42,4 milhões de toneladas (CIMENTO, 
2009). 
2.4.2 Conceitos 
Concreto armado entende-se como sendo o concreto com barras de aço 
imersas nele. Compreende a um material de composição composta, no qual a 
ligação entre concreto e a armadura de aço ocorre pelo processo de aderência do 
cimento e a efeitos de natureza mecânica (LEONHARDT; MÖNNIG, 2008, p.1). 
Para Araújo (2003, p.1) o concreto armado se caracteriza pela associação do 
concreto com barras de aço, onde o funcionamento desse produto só é possível 
quando há aderência. 
O concreto é um conglomerado composto por cimento Portland, agregado 
miúdo, agregado graúdo e água, sendo atualmente “o segundo material mais 
consumido pelo homem, superado apenas pela água.” (GRAZIANO, 2005, p.15). 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
35 
A seguir a Figura 8 apresenta uma estrutura em concreto armado. 
Figura 8: Estrutura em concreto armado 
 
Fonte: Arcari (2010) 
O aço é empregado nas estruturas de concreto armado devido à baixa 
resistência à tração do concreto, sendo cerca de 10% da sua resistência à 
compressão, cumprindo a tarefa de absorver os esforços de tração na 
estrutura e aumentar a capacidade de carga dos elementos comprimidos 
(ARAÚJO, 2003 apud ARCARI, 2010, p.27). 
 
É produzido em barras, obtido através do processo de laminação, sendo que 
as bitolas, em milímetros, padronizadas pela NBR 7480 são: 5; 6,3; 8; 10; 12,5; 16; 
20; 25; 32 e 40(FUSCO, 1995, p.3). 
2.4.3 Elementos estruturais 
Segundo a NBR 6118, os pilares são elementos lineares de eixo reto, 
dispostos na vertical que recebem basicamente esforços de compressão, oriundos 
do peso próprio da estrutura além de outras cargas. Já as vigas são elementos 
lineares basicamente dispostos na horizontal nas quais o esforço preponderante é o 
de flexão. Por fim a laje ou placa é um elemento estrutural laminar de superfície 
plana sujeito principalmente a ações normais ao seu plano e normalmente 
constituem os pisos dos edifícios (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2003, p.74-75). 
2.4.4 Formas 
Para Assahi (2005, apud ARCARI, 2010, p.30) devido às fôrmas 
representarem entre 25% e 40% do custo da estrutura de concreto armado, 
equivalente a 5% a 8% do custo total do empreendimento, este item merece atenção 
especial, não só pela sua representatividade, mas principalmente, pela sua 
suscetibilidade. Ressalta também que “[...] na maioria das vezes torna-se o único 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
36 
fator significativo de competitividade na execução de estrutura, uma vez que os itens 
armação e concreto são pouco variáveis, independente da metodologia de 
execução.”. 
As formas possuem papel fundamental na qualidade e acabamento 
final da estrutura. Atualmente observa-se que, devido o seu elevado custo, 
algumas construtoras às utilizam além da capacidade do material, podendo 
nestes casos, resultar em estruturas com desníveis e desaprumos, que 
geram altos custos para a correção e podendo apresentar manifestações 
patológicas no futuro (ARCARI, 2010, p.30). 
2.4.5 Execução 
A execução da estrutura convencional de concreto armado, segundo Freire 
(2001 apud THOMAZ 2005, p. 535) segue basicamente a sequencia indicada na 
Figura 9: 
Figura 9: Execução em concreto armado 
 
Fonte: Arcari (2010) 
 
Percebe-se a grande quantidade de etapas e a necessidade de algumas 
serem executadas ao mesmo tempo, também se pode verificar a interligação entre 
as etapas, o que torna possível ocorrência de interferências nos processos. 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
37 
3 METODOLOGIA 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA 
O trabalho consiste em um estudo de caso descritivo, pois a pesquisa é 
realizada através da coleta de dados. 
A pesquisa de acordo com a forma de abordagem classifica-se como uma 
análise quantitativa, onde foram levantadas as quantidades e custos de materiais e 
mão de obra necessária para cada etapa. 
Com a atual situação do nosso país é necessário que se realize uma analise 
sobre a viabilidade dos sistemas construtivos já em uso, e as novas tecnologias na 
construção civil. Um exemplo é a utilização do processo construtivo em concreto 
armado em relação ao processo construtivo em alvenaria estrutural com blocos 
cerâmicos. 
Em razão destes questionamentos é que se realizou a presente pesquisa, que 
teve por objetivo comparar os custos entre uma residência unifamiliar executada em 
concreto armado com vedação de “tijolo 8 furos” e a mesma executada em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos. 
3.2 PLANEJAMENTO DA PESQUISA 
O projeto residencial modelo, possui dois pavimentos com um total de 171,9 
m², foi fornecido pelo orientador, professor Diorges Carlos Lopes. Em seguida coleta 
de quantitativos do projeto, para a aplicação dos dois sistemas construtivos 
aplicados. Realizou-se o orçamento com pesquisa de valores no SINAPI. 
Subsequentemente corporificou-se a análise comparativa dos resultados obtidos. 
3.2.1 Coleta e interpretação dos dados 
Para atingir os custos do projeto modelo em ambos os sistemas construtivos 
utilizou-se o apoio do programa Microsoft EXCEL, para geração de planilhas 
orçamentárias objetivando á comparação dos custos das composições de cada 
sistema construtivo. 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
38 
A fim de apropriar os custos foi efetuada a consulta ao SINAPI, assim como 
as produtividades variáveis para cada serviço foi realizada seguindo as Tabelas de 
Composição de Preços para Orçamentos (TCPO). 
Em seguida será apresentado um passo a passo de como foram atingidos os 
valores para cada serviço e insumo considerado no projeto. 
Na Figura 10 é possível visualizar a página inicial da Caixa Econômica 
Federal, e no campo em destaque pode-se ter acesso aos preços e custos 
necessários para realizar uma planilha orçamentaria. 
Figura 10 - Página inicial CEF 
 
Fonte: CEF (2018) 
 
A Figura 11 apresenta um campo onde é possível selecionar o estado para 
obter os preços e custos para cada estado. 
Figura 11 - Seleção de estado 
 
Fonte: CEF (2018) 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
39 
Na Figura 12 é demonstrada a etapa onde se tem acesso a todos os 
downloads disponíveis pela CEF. 
Figura 12 - Página download CEF 
 
Fonte: CEF (2018) 
 
Com os arquivos em formato PDF é possível a visualização dos valores de 
todos os insumos, para o mês selecionado. 
3.3 LIMITAÇÕES DO TRABALHO 
O custo da infraestrutura do projeto modelo não é influenciado pelo sistema 
construtivo, sendo assim, não será considerado no trabalho. Somente os serviços 
que retratam mudanças no custo da obra em virtude dos diferentes sistemas 
construtivos irão ser avaliados. 
Para baixo da viga baldrame foi considerado o mesmo custo para ambos os 
sistemas construtivos estudados, assim como, as lajes de entrepiso e laje de forro. 
Apesar de apresentarem distinções referende a mão de obra do eletricista e 
encanador, não foi possível medir esta diferença, e, portanto considerado os 
insumos e serviços de instalação elétrica e hidráulica como iguais nos sistemas 
construtivos analisados. 
Como não há em posse o projeto estrutural do sistema construtivo em 
alvenaria estrutural, foi considerado o preenchimento de graute nos mesmos locais 
onde existem os pilares no projeto original, esse projeto é apenas para fins de 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
40 
quantificar dados, e não seria possível executar o mesmo. Para que fosse possível 
executar o projeto seria necessário consultar um profissional especializado em 
calculo de projeto. 
3.4 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS 
Para se chegar à composição dos custos segundo Mattos (2006) são 
necessárias cinco colunas: 
Insumo: cada um dos materiais, mão de obra e equipamentos que entram na 
execução direta dos serviços; 
Unidade: é a unidade usada para medir cada insumo. Quando se trata de 
mão de obra, a unidade é sempre hora (mais precisamente, homem-hora); para 
materiais pode ser Kg, m³, m², m, un entre outras; para equipamento, hora (de 
máquina); 
Índice: é a incidência de cada insumo na execução de uma unida; 
Custo unitário: é o custo para aquisição ou emprego de uma unidade do 
insumo; 
Custo total: é o custo total do insumo e é obtido pela multiplicação da 
quantidade pelo índice pelo custo unitário. A somatória dessa coluna é o custo total 
unitário do serviço. 
Tendo em vista que o projeto modelo foi desenvolvido para ser executado no 
sistema convencional de concreto armado, e não há o projeto de modulação para 
que seja executado em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos, portanto as 
medidas dos cômodos do projeto foram consideradas iguais ao projeto original 
executado pelo sistema convencional. Este projeto não seria possívelexecutar, seria 
necessário um profissional executar a parte estrutural. O projeto será utilizado 
apenas com objetivos de coleta de dados. 
Para a adequação dos custos dos insumos foi efetuada a consulta ao Sistema 
de Preços Custos e Índices (SINAPI) referente a localidade de Porto Alegre em 
Setembro de 2018, que corresponde a data mais atualizada no momento da análise. 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
41 
A demonstração dos dados para composição dos custos está apresentada em 
forma de quadros, feita com o auxílio do programa EXCEL, para melhor organização 
e visualização. 
3.4.1 Composição dos custos para assentamento da alvenaria 
Para composição dos custos foi necessário à análise da produtividade dos 
insumos para assentamento de alvenaria. No caso do sistema construtivo em 
concreto armado analisou-se a produtividade para o assentamento de alvenaria com 
o uso de blocos de vedação, apresentados no Quadro 1. 
Quadro 1: Produtividade com blocos de vedação 
Pedreiro 0,64 Hh/m²
Servente 0,38 Hh/m²
Argamassa de assentamento 13,8 l/m²
Bloco de vedação (29x19x9) 18,5 un/m²
PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS DE ASSENTAMENTO DE 
ALVENARIA
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Para o sistema construtivo em alvenaria estrutural observou-se a 
produtividade para o assentamento de alvenaria com o uso de blocos estruturais, 
conforme o Quadro 2. 
Quadro 2: Produtividade com blocos estruturais 
Pedreiro 0,71 Hh/m²
Servente 0,43 Hh/m²
Argamassa de assentamento 14,7 l/m²
Blocos para alvenaria estrutural 17,17 un/m²
PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS DE ASSENTAMENTO DE 
ALVENARIA
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Para ambos os quadros, na primeira coluna são apresentados os insumos a 
serem executados, na segunda coluna estão os seus índices, e na terceira coluna 
estão indicadas as unidades para cada um dos insumos. 
No projeto modelo foi encontrado um total de 427,47 m² de paredes, fazendo 
a multiplicação desses metros quadrados pelos índices de cada insumo, resultam 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
42 
nas quantidades necessárias. Os valores encontram se representados nos Quadros 
3 e 4 apresentados logo a seguir. 
Quadro 3: Quantitativos com uso de blocos de vedação 
Argamassa de assentamento 5,90 m³
Bloco de vedação (29x19x9) 7908 un
Pedreiro 273,58 h
Servente 162,44 h
ALVENARIA COM BLOCOS DE VEDAÇÃO
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Quadro 4: Quantitativos com uso de blocos estruturais 
Argamassa de assentamento 6,28 m³
Pedreiro 303,50 h
Servente 183,81 h
Blocos para alvenaria estrutural 7338 un
ALVENARIA COM BLOCOS ESTRUTURAIS CERÂMICO 
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Ambos os quadros, na primeira coluna são apresentados os insumos a serem 
executados, na segunda coluna estão às quantidades necessárias para cada 
insumo, e na terceira coluna estão indicadas as unidades. 
A argamassa de assentamento utilizada possui o índice e suas respectivas 
quantidades de insumos indicadas nos quadros abaixo. O Quadro 5 apresenta o 
quantitativo dos insumos da argamassa para a aplicação no sistema construtivo em 
concreto armado. Já o Quadro 6 demonstra o quantitativo para o uso no sistema 
construtivo em alvenaria estrutural. 
Quadro 5: Quantitativo de insumos para argamassa 1 
Insumos Índices Quantidades Unidades
Cimento portland composto CPII-32 224 1321,6 kg
Areia média 1,25 7,4 m³
Cal hidratada CH-I para argamassa 128 755,2 kg
Servente 8 47,2 h
ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
43 
Quadro 6: Quantitativo de insumos para argamassa 2 
Insumos Índices Quantidades Unidades
Cimento portland composto CPII-32 224 1407,6 kg
Areia média 1,25 7,9 m³
Cal hidratada CH-I para argamassa 128 804,3 kg
Servente 8 50,3 h
ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Os quadros acima apresentam na primeira coluna os insumos a serem 
quantificados, na segunda coluna estão os índices, na terceira coluna as 
quantidades necessárias para cada serviço, que nada mais são do que os índices 
multiplicados pelo volume de argamassa, já apresentado anteriormente. Na quarta 
coluna estão indicadas as unidades correspondentes. 
3.4.2 Composição dos custos para montagem das formas 
Na composição dos custos para montagem das formas, as produtividades de 
cada um dos insumos está representada nos Quadros 7 e 8. Os quadros se 
diferenciam, pois em cada um deles está indicado os insumos para distintos 
elementos estruturais, o primeiro quadro apresenta a produtividade dos insumos 
para pilares e o segundo para vigas. 
Nos quadros abaixo é representada, na primeira coluna os elementos 
necessários para os serviços de montagem de formas de pilares e vigas 
respectivamente, a segunda coluna possui os índices de produtividade e a terceira 
coluna as suas unidades. 
Quadro 7: Produtividade dos insumos de montagem de formas para pilares 
Pregos 0,2 kg
Guia 2,5 x 10 cm 0,2 kg
Sarrafo 2,5 x 5 cm 2,44 m
Sarrafo 2,5 x 7,5 cm 1,95 m
Chapa Compens. Resinada 14mm 0,37 m²
Carpinteiro 2,5 h
Servente 1 h
PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PARA REALIZAÇÃO DE FORMAS 
COMPENSADAS RESINADAS PARA PILARES
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
44 
Quadro 8: Produtividade dos insumos de montagem de formas para vigas 
Escora de Eucalipto h=3m, d=12 a 15 cm 2,8 m
Pregos 0,2 kg
Caibro 5 x 5 cm 2 m
Sarrafo 2,5 x 5 cm 2,44 m
Sarrafo 2,5 x 7,5 cm 1,95 m
Chapa Compens. Resinada 14mm 0,37 m²
Carpinteiro 2,5 h
Servente 1 h
PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PARA REALIZAÇÃO DE FORMAS 
COMPENSADAS RESINADAS PARA VIGAS
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
O projeto modelo apresenta 203,82 m² de área de forma para vigas e 63,56 
m² de área de forma para pilares. Esses valores multiplicados pelos índices 
apresentados acima, resultam nos Quadros 9 e 10. 
Quadro 9: Quantitativo montagem das formas dos pilares 
Pregos 12,71 kg
Guia 2,5 x 10 cm 127,12 kg
Sarrafo 2,5 x 5 cm 88,98 m
Sarrafo 2,5 x 7,5 cm 174,15 m
Chapa Compens. Resinada 14mm 23,52 m²
Carpinteiro 158,90 h
Servente 63,56 h
 FORMA COMPENSADA RESINADA PARA PILAR
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Quadro 10: Quantitativo montagem das formas das vigas 
Escora de Eucalipto h=3m, d=12 a 15 cm 570,70 m
Pregos 40,76 kg
Caibro 5 x 5 cm 407,64 m
Sarrafo 2,5 x 5 cm 497,32 m
Sarrafo 2,5 x 7,5 cm 397,45 m
Chapa Compens. Resinada 14mm 75,41 m²
Carpinteiro 509,55 h
Servente 203,82 h
 FORMA COMPENSADA RESINADA PARA VIGA
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
Para cada um dos quadros representados acima, na primeira coluna indicam-
se os insumos para os serviços descritos, a segunda coluna indicam as quantidades 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
45 
de cada insumo, que nada mais é, que a multiplicação da quantidade desse serviço 
solicitado pelo índice do insumo. Na terceira coluna está representada sua unidade. 
3.4.3 Composição dos custos para execução de armaduras 
Na análise da armação, os Quadros 11 e 12 apresentam as produtividades de 
cada insumo para o serviço. 
Quadro 11: Produtividade dos insumos para uso de armaduras CA-50 com ꝋ até 12,5 mm 
Aço CA-50 até 12,5 mm 1,07 kg
Arame Recozido 18 BWG 0,02 kg
Ferreiro 0,1 h
Ajudante deFerreiro 0,1 h
PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PARA REALIZAÇÃO DA ARMAÇÃO COM O 
USO DE ARMADURA CA-50 ATÉ 12,5 MM
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Quadro 12: Produtividade dos insumos para uso de armaduras CA-60 com ꝋ até 8,0 mm 
Aço CA-60 até 8,0 mm 1,07 kg
Arame Recozido 18 BWG 0,02 kg
Ferreiro 0,1 h
Ajudante de Ferreiro 0,1 h
PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PARA REALIZAÇÃO DA ARMAÇÃO COM O 
USO DE ARMADURA CA-60 ATÉ 8,0 MM
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Na primeira coluna dos quadros apresentados acima são representados os 
elementos necessários para a execução das armaduras, tanto como para armaduras 
utilizando aço CA-50 quanto para armaduras empregando aço CA-60. A segunda 
coluna possui os índices de produtividade e a terceira coluna as suas unidades. 
O sistema construtivo em concreto armado apresenta um total de aço 
correspondente a, 1251,1 kg de aço CA-50 e 307,6 kg de aço CA-60. Já o sistema 
construtivo em alvenaria estrutural com uso de blocos cerâmicos possui um total de 
374,6 kg de aço CA-50. A seguir, nos Quadros 13, 14, 15, 16 e 17 são apresentados 
os quantitativos de aço requeridos para cada serviço, em ambos os sistemas 
construtivos. 
 
 
 
 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
46 
Quadro 13: Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nas vigas e pilares do sistema 
construtivo em concreto armado 
Aço CA-50 até 12,5 mm 1338,68 kg
Arame Recozido 18 BWG 25,02 kg
Ferreiro 125,11 h
Ajudante de Ferreiro 125,11 h
ARMADURA CA-50 ATÉ 12,5 MM
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Quadro 14: Quantidades armadura CA-60 com ꝋ até 8,0 mm nas vigas e pilares do sistema 
construtivo em concreto armado 
Aço CA-60 até 8,0 mm 329,24 kg
Arame Recozido 18 BWG 6,15 kg
Ferreiro 30,77 h
Ajudante de Ferreiro 30,77 h
 ARMADURA CA-60 ATÉ 8,0 MM
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Quadro 15: Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nas vergas e contra vergas do 
sistema construtivo em alvenaria estrutural 
Aço CA-50 até 12,5 mm 33,60 kg
Arame Recozido 18 BWG 0,63 kg
Ferreiro 3,14 h
Ajudante de Ferreiro 3,14 h
 ARMADURA CA-50 ATÉ 12,5 MM
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Quadro 16: Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nos pontos de grauteamento do 
sistema construtivo em alvenaria estrutural 
Aço CA-50 até 12,5 mm 72,12 kg
Arame Recozido 18 BWG 1,35 kg
Ferreiro 6,74 h
Ajudante de Ferreiro 6,74 h
 ARMADURA CA-50 ATÉ 12,5 MM
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
 
 
 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
47 
Quadro 17: Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nas cintas de amarração usadas 
no sistema construtivo em alvenaria estrutural 
Aço CA-50 até 12,5 mm 295,11 kg
Arame Recozido 18 BWG 5,52 kg
Ferreiro 27,58 h
Ajudante de Ferreiro 27,58 h
 ARMADURA CA-50 ATÉ 12,5 MM
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Os quadros indicados, nas suas primeiras colunas apresentam os insumos 
necessários para o serviço, na segunda coluna são os índices multiplicados pelas 
quantidades solicitadas desse serviço, e a terceira coluna apresenta suas unidades. 
3.4.4 Composição dos custos para concretagem 
Os custos para a concretagem necessitam primeiramente das produtividades 
dos insumos para o serviço, as produtividades são apresentadas nos Quadros 18 e 
19 a seguir. 
Quadro 18: Produtividade dos insumos para concretagem dos pilares 
Pedreiro 2 h
PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PARA REALIZAÇÃO DA CONCRETAGEM 
DOS PILARES
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Quadro 19: Produtividade dos insumos para concretagem das vigas 
Pedreiro 1,54 h
PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PARA REALIZAÇÃO DA CONCRETAGEM 
DAS VIGAS
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
A primeira coluna indica os elementos necessários para os serviços de 
concretagem de pilares e vigas respectivamente, a segunda coluna possui os 
índices de produtividade que segundo o TCPO corresponde 50% oficiais e 50% 
ajudantes e a terceira coluna as suas unidades. Como não foram encontrados 
índices para o uso de graute, os índices foram considerados iguais aos da 
concretagem. Para os vazados de graute, utilizou-se o índice dos pilares e para as 
cintas de amarração, os índices das vigas. O índice da mão de obra para 
concretagem das vergas e contra vergas foi utilizado o mesmo das vigas. 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
48 
Esse índice é multiplicado pelos valores em m³ de concreto ou graute 
retirados do projeto modelo, o volume de concreto para pilares e vigas no sistema 
construtivo em concreto armado é 2,98 m³ e 13,86 m³ respectivamente. Para os 
volumes de concreto das vergas e contra vergas foi encontrado o valor de 0,81 m³ e 
para as cintas encontrou-se um valor de 4,1 m³. O volume de graute utilizado nos 
vazados dos blocos é de 2,98 m³. Chegou-se então aos quantitativos dos Quadros 
20, 21, 22, 23 e 24 abaixo. 
Quadro 20: Quantitativo para concretagem dos pilares 
Pedreiro 2,98 h
Servente 2,98 h
 CONCRETAGEM DOS PILARES
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Quadro 21: Quantitativo para concretagem das vigas 
Pedreiro 10,67 h
Servente 10,67 h
 CONCRETAGEM DAS VIGAS
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Quadro 22: Quantitativo para concretagem das vergas e contra vergas 
Pedreiro 0,62 h
Servente 0,62 h
CONCRETAGEM DAS VERGAS E CONTRA VERGAS
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Quadro 23: Quantitativo para grauteamento dos vazados dos blocos 
Pedreiro 2,98 h
Servente 2,98 h
GRAUTEAMENTO DO VAZADO DOS BLOCOS
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Quadro 24: Quantitativo para concretagem da cinta de amarração 
Pedreiro 3,16 h
Servente 3,16 h
CONCRETAGEM DA CINTA DE AMARRAÇÃO
 
Fonte: Próprio autor (2018) 
 
Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em concreto armado e em alvenaria 
estrutural com blocos cerâmicos 
49 
Os quadros indicados, nas suas primeiras colunas apresentam os insumos 
necessários para o serviço, na segunda coluna são os índices multiplicados pelas 
quantidades necessárias desse serviço, e a terceira coluna apresenta suas 
unidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUI 2018 
 
50 
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 
Neste capítulo será apresentado o projeto modelo que serviu de base para a 
análise e comparação dos sistemas construtivos aplicados, as planilhas 
orçamentárias, e análises sobre os resultados obtidos. 
4.1 PROJETOS 
As plantas do projeto modelo utilizadas na análise para realização do trabalho, 
encontram-se no ANEXO A. 
4.2 ORÇAMENTO 
Os orçamentos serão apresentados em uma divisão por etapas, para melhor 
compreensão da representatividade dessa etapa dentro do orçamento total 
encontrado. Os orçamentos finais encontram-se nos APÊNDICES A e B. 
4.2.1 Sistema construtivo em concreto armado 
Neste subtítulo será apresentado o orçamento das etapas constituintes do 
sistema construtivo em concreto armado, os Quadros 25, 26, 27 e 28 ajudam na 
apresentação dos valores. 
Quadro 25: Orçamento para execução das paredes 
R$12.888,65
CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CPII-32 1379 kg 1321,6 R$0,58 R$766,53
AREIA MÉDIA 370 m³ 7,38 R$60,00 R$442,80
TOTAL
CAL HIDRATADA CH-I PARA ARGAMASSA 1106 kg 755,2 R$0,60 R$453,12
h 273,58 R$13,13 R$3.592,11
AUXILIAR DE PEDREIRO 6127 h 209,64 R$10,01

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