Atividade Estruturada Orçamento Empresarial - Paulo André Gonçalves

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Análise de Simulações Orçamentárias usando um contexto de mercado: Geração de um relatório de ações
Trabalho de Atividade Estruturada apresentado por Paulo André Gonçalves, Matrícula: 201201773491 ao Professor André de Jesus Menezes, da disciplina Orçamento Empresarial, do curso de Ciências Contábeis – EAD. 
Rio de Janeiro
Junho/2015
SUMÁRIO
	1.
	Introdução ...........................................................................................
	2
	1.1.
	Área de Negócio ...................................................................................
	2
	1.2.
	Dados Coletados ..................................................................................
	2
	1.3.
	Orçamento de vendas previstas ..........................................................
	3
	2.
	Apresentação e discussão das informações coletadas ...............
	4
	2.1.
	Simulação com aumento de 20% nas vendas previstas ....................
	5
	2.2.
	Simulação com aumento de 50% nas vendas previstas ....................
	6
	2.3.
	Simulação com redução de 30% nas vendas previstas .....................
	7
	2.4.
	Simulação com aumento de 5% no preço de venda estimado ...........
	9
	2.5.
	Simulação com aumento de 10% no preço de venda estimado .........
	10
	2.6.
	Simulação com aumento de 25% no preço de venda estimado .........
	11
	2.7.
	Simulação com redução de 20% no preço de venda estimado ..........
	12
	3.
	Conclusão ..........................................................................................
	14
	3.1.
	Impacto no resultado em função das variações no volume de vendas
	14
	3.2.
	Impacto no resultado em função das variações no preço de vendas .
	15
	
	Referências ........................................................................................ 
	15
INTRODUÇÃO
Esse estudo se refere à elaboração de orçamento de vendas estimadas para o período de um ano de uma indústria do ramo alimentício, na qual se produz um único produto.
Nele, serão realizadas estimativas de variações, tanto positiva quanto negativa, em relação a volume e preço de vendas.
Com isso se obterá projeções com a relação custo x volume x lucro, importante instrumento para projetar o lucro que seria obtido em diferentes níveis possíveis de produção e vendas, bem como para analisar o impacto sobre o lucro em função de modificações no preço de venda, determinando a quantidade mínima de venda para atingir o ponto de equilíbrio.
A projeção dos diferentes níveis e atividade otimiza a capacidade produtiva instalada servindo de base para que não haja ociosidade, seja de matéria prima, mão de obra, estoque ou maquinário e tampouco falta do produto para abastecer o mercado.
ÁREA DO NEGÓCIO
Esse trabalho consiste na estimativa de vendas no atacado de uma fábrica de amendoim confeitado, baseados em dados históricos.
Seu público alvo são lojas atacadistas que comercializam doces em geral.
Nesse ramo alimentício as vendas são baixas nos três primeiros meses e no último trimestre do ano, devido à estação de altas temperaturas, entretanto, com as temperaturas as amenas nos 2º e 3º trimestres favorecem o consumo, elevando consideravelmente as vendas. 
Em razão dessa sazonalidade e do prazo de validade ser curto, os níveis de estoque variam conforme as vendas, impossibilitando uma produção constante, além do comprometimento do capital de giro por estoque excessivo.
DADOS COLETADOS
O produto analisado nesse estudo é apresentado ao consumidor final em pacotes de 50g, porém a unidade de estoque que a fábrica comercializa é em fardos contendo 300 pacotes.
Estimadas por trimestre de vendas considerando 22 dias úteis no mês:
- Vendas dia (2º e 3º trimestres): 100 fardos x 22dias = 2200 fardos/mês x 3 meses = 6600 fardos/trimestre.
- Vendas dia (1º e 4º trimestres): 70 fardos x 22dias = 1540 fardos/mês x 3 = 4620 fardos/trimestre.
O preço do fardo é de R$ 120,00.
As análises são realizadas trimestralmente, com isso temos que a capacidade produtiva instalada (Mão de obra, máquinas, espaço físico) diária da fábrica é:
- 130 fardos/dia, ou seja, 8580 fardos/Trimestre, considerando o período de dois turnos: 8 às 17h e 13 às 22 horas.
- 90 fardos/dia, ou seja, 5940 fardos/Trimestre, em um turno com redução de pessoal contratado temporariamente, nos períodos de baixa.
A empresa é enquadrada no Simples Nacional para cálculo dos tributos, variando a alíquota conforme a receita de vendas
A capacidade de produção é de 130 fardos/dia.
 ORÇAMENTO DE VENDAS PREVISTAS
A empresa trabalha com estoque mínimo para vendas por uma semana, ou seja, 5 dias, então deve manter em estoque 70 x 5 dias = 350 fardos nos 1º e 4º trimestres, e 100 x 5 dias = 500 fardos nos 2º e 3º trimestres, então temos:
Apresenta um resultado líquido no período de R$ 267.884,54.
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DAS INFORMAÇÕES COLETADAS
Nesse ponto serão realizadas as simulações propostas e seus impactos nos resultados em função das variações no volume e preço de venda.
SIMULAÇÃO COM AUMENTO DE 20% NAS VENDAS PREVISTAS
Obtemos, ao aumentar em 20% o volume de vendas, variação positiva de 74,56% no resultado líquido, positiva de 0,65% nos custos operacionais, positiva de 1,38% nas despesas administrativas e positiva de 21,2% nos tributos.
Os demais orçamentos acompanham o percentual de variação no volume de vendas.
SIMULAÇÃO COM AUMENTO DE 50% NAS VENDAS PREVISTAS
Obtemos, ao aumentar em 50% o volume de vendas, variação positiva de 135% no resultado líquido, positiva de 18,21% nos custos operacionais, positiva de 1,38% nas despesas administrativas e positiva de 58% nos tributos.
Os demais orçamentos acompanham o percentual de variação no volume de vendas.
SIMULAÇÃO COM REDUÇÃO DE 30% NAS VENDAS PREVISTAS
Obtemos, ao reduzir em 30% o volume de vendas, variação negativa de 105,70% no resultado líquido, negativa de 1% nos custos operacionais e negativa de 37,44% nos tributos.
Os demais orçamentos acompanham o percentual de variação no volume de vendas.
SIMULAÇÃO COM AUMENTO DE 5% NO PREÇO DE VENDA ESTIMADO
Obtemos, ao aumentar em 5% o preço de venda, variação positiva de 42,9% no resultado líquido, positiva de 1% nas despesas com vendas e positiva de 5,58% nos tributos.
Nos demais orçamentos não houve alterações.
SIMULAÇÃO COM AUMENTO DE 10% NO PREÇO DE VENDA ESTIMADO
Obtemos, ao aumentar em 10% o preço de venda, variação positiva de 85,37% no resultado líquido, positiva de 1,95% nas despesas com vendas e positiva de 11,48% nos tributos.
Nos demais orçamentos não houve alterações.
SIMULAÇÃO COM AUMENTO DE 25% NO PREÇO DE VENDA ESTIMADO
 
Obtemos, ao aumentar em 25% o preço de venda, variação positiva de 210,5% no resultado líquido, positiva de 4,88% nas despesas com vendas e positiva de 31,19% nos tributos.
Nos demais orçamentos não houve alterações.
SIMULAÇÃO COM REDUÇÃO DE 20% NO PREÇO DE VENDA ESTIMADO
Obtemos, ao reduzir em 20% o preço de venda, variação negativa de 165,58% no resultado líquido, negativa de 4% nas despesas com vendas e negativa de 27,4% nos tributos.
Nos demais orçamentos não houve alterações.
CONCLUSÃO
Nas variações de volume concluímos que os aumentos de 20% e 50% proporcionam melhores resultados para a empresa, entretanto, a redução de 30%, torna-se inviável, pois a margem de contribuição não é suficiente para cobrir os custos operacionais e despesas, devendo-se obter formas para que minimize essa redução ou providenciar a redução dos custos, principalmente de mão de obra.
Nas variações de preço de venda quanto maior o preço melhor será o resultado, entretanto, deve-se tomar cuidado para que não se perca mercado em razão de preçosnão competitivos. Já uma grande redução no preço também pode comprometer o equilíbrio financeiro, não conseguindo arcar com os compromissos necessários para manter as atividades da empresa.
IMPACTO NO RESULTADO EM FUNÇÃO DAS VARIAÇÕES NO VOLUME DE VENDAS
Podemos verificar nas simulações de variação no volume de vendas que ao aumentar em 20% o volume de vendas obtêm-se uma variação positiva de 74,56% no resultado líquido, que se dá em virtude da capacidade instalada absorver esse aumento no volume, como pode ser visto no orçamento de produção, o que se explica pela baixa variação nos custos operacionais e despesas administrativas, sendo de 0,65% e 1,38% respectivamente. 
Ao aumentar em 50% o volume de vendas previstas obtêm-se uma variação positiva de 135% no resultado líquido, entretanto, como a capacidade instalada não é capaz de absorver esse aumento no volume, faz-se necessário a contratação de mão de obra o que resulta em aumento nos custos operacionais e despesas administrativas, de 18,21% e 1,38% respectivamente, além de um impacto de 58% nos tributos em função das alíquotas maiores.
Em ambos os casos concluímos que os aumentos de volume de vendas previstos proporcionam melhores resultados para a empresa, em virtude de melhor aproveitamento da capacidade produtiva instalada e da mão de obra contratada, mesmo que na situação de aumento de 50%, serem necessárias algumas contratações.
Quanto à redução no volume de vendas previstas de 30%, obtêm-se um resultado líquido negativo de 105,7%, em virtude dos custos operacionais e despesas administrativas não acompanharem a redução do volume, tornando inviável a operação nesse nível de vendas, onde não é alcançando o ponto de equilíbrio. 
IMPACTO NO RESULTADO EM FUNÇÃO DAS VARIAÇÕES NO PREÇO DE VENDAS
Com o aumento de 5% no preço de venda estimado e sem alterações nos orçamentos de matéria prima e embalagem, nos custos operacionais e nas despesas administrativas e apesar da pequena variação nas despesas com vendas e tributos, 1% e 5,5% respectivamente, houve, naturalmente, aumento na margem de contribuição, impactando em crescimento de 42,9% no resultado líquido projetado.
O mesmo raciocínio se aplica para as variações com aumento de 10% e 25% no preço de vendas, conferindo aumento no resultado líquido de 85,37% e 210,5% respectivamente.
Quanto à redução no preço de vendas estimado de 20%, obtêm-se um resultado líquido negativo de 165,58%, em virtude preço de venda, nesse patamar, não alcançar o ponto de equilíbrio financeiro, ou seja, não é capaz de cobrir os custos operacionais e despesas administrativas, tornando inviável a operação nesse nível de preço.
REFERÊNCIAS
MOREIRA, José Carlos. Orçamento Empresarial: Manual de Elaboração. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010. 205 p.
TEMPLAR, Richard; BALEKJIAN, Maria do Carmo (tradução). Como fazer Orçamentos. São Paulo: 2009, Prentice Hall. 93 p. (Série Pense Rápido!)
www.receita.fazenda.gov.br
www.administradores.com.br