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11ª Aula Prática – Efeito do Ambiente na Expressão Gênica e Interação 
Genótipos por Ambientes 
 
1. Dê o significado de: 
a. Fenótipo: formas alternativas da expressão de uma característica. Esta expressão 
depende do Genótipo (G) e do Ambiente (A). 
b. Efeito genético: efeito que determinado genótipo ocasiona no fenótipo. 
c. Efeito do Ambiente: efeito do ambiente no fenótipo de um indivíduo. 
 
d. Efeito da interação genótipos por ambientes: efeito do genótipo juntamente com o 
efeito do ambiente interferindo no fenótipo de um indivíduo. 
 
e. Penetrância: freqüência com que um alelo se expressa fenotipicamente nos indivíduos 
que os possuem. 
 
f. Expressividade: modo de expressão do gene. Pode ser uniforme ou variável. 
 
g. Fenocópia: fenótipo induzido por fatores ambientais e semelhante a outro 
determinado geneticamente. 
 
2. Na sua área de estudos o que é mais importante o genótipo ou o ambiente? Justifique. 
Ambos os fatores são importantes. O genótipo controlará determinadas características 
de um indivíduo ao passo de que o ambiente poderá interferir na expressão do genótipo 
alterando o fenótipo do indivíduo. 
 
3. Três espécies de peixes foram avaliadas em alguns locais do Brasil e foram obtidos os 
seguintes resultados para o ganho de peso (g/animal). 
 
Espécies Lavras Sete Lagoas Rondonópolis Tocantins Média 
Tucunaré 250 450 1350 1450 875 
Tilápia 1250 1450 1050 1150 1225 
Bagre 850 1050 870 970 935 
Média 783 983 1090 1190 1012 
 
a. Comparando apenas as avaliações de Lavras e Sete Lagoas, quais as causas da 
variação na expressão fenotípica do ganho de peso dos peixes? 
Devido ao efeito de genótipos e ambientes. 
 
b. Se a comparação agora fosse entre Lavras e Rondonópolis teria alguma diferença? 
Que implicação tem essa nova fonte de variação para os psicultores? 
Sim. Aqui, as causas da variação são devido ao genótipo, ambiente e a interação 
genótipos x ambientes (GxA). Isso implica que para cada local uma determinada 
espécie de peixe foi mais adaptada, ou seja, é mais indicada, considerando o ganho 
de peso (g/animal), isto é, a Tilápia para Lavras e o Tucunaré para Rondonópolis. 
 
c. Suponha que a avaliação tenha sido realizada também em Palmas no Tocantins. 
Sugira valores para o ganho de peso nesse local, para que não ocorra interação dos 
genótipos x ambientes com Rondonópolis, porém que haja variação dos genótipos e 
dos ambientes. Em Tocantins houve um acréscimo de 100g em todas as espécies. 
 
4. No DBI/UFLA foi avaliado o rendimento de grão (t/ha) dos híbridos de milho BR201 e 
C333B em quatro épocas de semeadura. Os resultados estão apresentados a seguir: 
 
Cultivares Nov./98 Dez./98 Jan./99 Fev./99 Média Totais 
BR201 8 7,5 7 6,5 7,25 29 
C333B 9 7,5 6 4,5 6,75 27 
Média 8,5 7,5 6,5 5,5 7 
 Totais 17 15 13 11 56 
 
a. Quais as causas de variação da produtividade de grãos de milho? 
Genética, ambiental e a interação genótipos x ambientes. 
 
b. Estime as variâncias que explicam a variabilidade observada e comente cada uma. 
SQt = [(8)
2
 + (9)
2
 + (7,5)
2
 +...+ (4,5)
2
 ] – (56)2/8 = 13 
 
SQc = [(29)
2
 + (27)
2
/4] – (56)2/8 = 0,5 
GL: 1; 
QM = 0,5/1; 
QM = 0,5 
 
SQe = [(17)
2
 + (15)
2
 + (13)
2
 + (11)
2
/2] – (56)2/13 = 10 
GL: 3; 
QM = 10/3; 
QM = 3,33 
 
SQce = SQt – SQc – SQe 
SQce = 13 - 0,5 – 10 
SQce =2,5 
GL: 3 
QM = 2,5/3 
QM =0,83 
Observa-se que a variância de épocas (QMe) é a maior de todas as estimadas, ou 
seja, as diferentes épocas de semeadura interferem bastante no rendimento de grãos 
das duas cultivares avaliadas, seguida do efeito da interação e do menor efeito de 
cultivares. 
 
c. Esquematize em um gráfico os dados apresentados na tabela, compare com as 
estimativas do item b e interprete os resultados. 
 
 
 
 
 
Observa-se no gráfico que ocorreu uma interação genótipos x ambientes do tipo complexa, onde 
as cultivares se comportaram diferentes frente às variações de ambiente (épocas de semeadura) 
alterando a classificação dessas nesses diferentes ambientes para a característica rendimento de 
grãos de milho. 
 
d. Quais seriam as produtividades de Jan./99 para que não ocorra interação genótipos 
por ambientes com Nov./98? 
BR 201: 10 t/ha 
C33B: 11 t/ha 
OBS: qualquer valor que varie na mesma magnitude para as duas cultivares sem 
alterar o ranqueamento do ambiente Nov./98 para o ambiente Jan./99. 
 
e. Qual seria a resposta do item d para que não haja diferença genética entre os 
híbridos? 
Nov./98: BR 201 = 8 t/ha e C333B = 8 t/ha 
Jan./99: BR 201 = 9 t/ha e C333B = 9 t/ha. 
OBS: qualquer valor em comum para ambos os híbridos, diferindo para cada 
ambiente 
 
f. Qual seria a resposta do item d para que não haja diferença ambiental entre as duas 
épocas de semeadura? 
Nov./98: BR 201 = 8 t/ha e C33B = 9 t/ha 
Jan./99: BR 201 = 8 t/ha e C33B = 9 t/ha 
OBS: qualquer valor em comum para ambos os ambientes de um híbrido. 
 
5. Vacas puras da raça Holandesa Preto e Branco são todas malhadas e a distribuição e 
padrão das malhas é diferente em cada animal. Como você explica este fato? 
Devido ao modo de expressão do alelo (expressividade), ou seja, esse alelo para esse 
determinado caráter apresenta expressão variada (expressividade variável). 
 
6. Abelhas do sexo feminino podem ser operárias ou se desenvolver em rainha. 
Geneticamente elas são semelhantes e possuem dois genomas (2n=2x) sendo um 
herdado da mãe (rainha) e outro do pai (zangão). Como você explica as diferenças 
fenotípicas acentuadas entre operárias e rainha? 
Após o nascimento de várias abelhas, uma determinada (abelha rainha) é alimentada 
com geléia real, que possui substâncias mais ricas e principalmente tem hormônios que 
tornam as rainhas férteis. Já o alimento usado pelas abelhas operárias não tem esses 
hormônios e por isso elas são estéreis. Assim, essa diferença entre abelha rainha e 
operárias é devido ao ambiente por efeito da nutrição. 
 
7. Três cultivares de feijão foram plantadas no Departamento de Biologia/UFLA, no 
período das secas, no inverno e no período das águas. As alturas médias das plantas 
(cm) foram as seguintes: 
 
Cultivares Secas Inverno Águas Média 
ESAL 693 27 29 31 29 
Carioca MG 45 47 60 50,7 
Carioca 48 50 80 59,3 
Médias 40 42 57 46,3 
 
a. Por que as cultivares diferiram mais no porte no período das águas do que no 
das secas? 
Porque a safra das águas é um período chuvoso e a água, que é de extrema 
importância para o crescimento e desenvolvimento das plantas, permite que 
estas cresçam mais em relação às plantas cultivadas na safra das secas. 
 
b. Esquematize em um gráfico os resultados das secas e inverno. Qual a conclusão 
sobre este resultado? 
 
 
 
Para a característica média da altura das plantas, não houve interação genótipos 
x ambientes, pois as três cultivares se comportaram de forma semelhante frente 
às mudanças ambientais, porém, há o efeito de genótipo e de ambiente. 
 
c. Esquematize em um gráfico os resultados das secas e águas. Qual a conclusão 
sobre este resultado? 
 
 
 
Houve uma interação genótipos x ambientes do tipo simples, ou seja, as três 
cultivares se comportaram de modo diferente para a característica altura média das 
plantas frente às duas safras sem alterar o ranqueamento das mesmas e a magnitude 
da diferença de cada cultivar em relação às duas safras foi diferente, além disso, há 
também o efeito de genótipo e de ambiente. 
 
d. Sugira resultados para as águas de forma que não haja interação com as outras 
épocas. Em seguida esquematizetodos os resultados em um gráfico. Qual é a 
sua conclusão? 
Cultivares Secas Inverno Águas 
ESAL 693 27 29 31 
Carioca MG 45 47 49 
Carioca MG 48 50 52 
 
 
 
 
Na ausência de interação genótipos x ambientes, a cultivar carioca apresentou as 
maiores médias de altura de plantas considerando as três safras. Veja nesse caso que 
as causas de variação são apenas as de genótipos e de ambientes. 
 
e. Mantenha os resultados originais e esquematize em um gráfico. Qual é a sua 
conclusão? 
 
Mesmo havendo interação genótipos x ambientes do tipo simples, a cultivar Carioca, foi 
a que apresentou as maiores médias de altura de plantas considerando as três safras. 
 
8.Observe o tipo de pintas vermelhas e da cor de fundo das sementes de feijão da 
amostra (cultivar Pintado). 
a. Qual deve ser a causa da variação da cor da semente? Lembre-se que a cultivar 
analisada é constituída por uma linhagem. 
Expressividade variável. 
 
b. Um estudo do controle genético da cor de fundo da semente determinou que a 
cultivar Pintado possui 10% de sementes com fundo escuro e 90% com fundo claro. O 
cultivar Manteigão Fosco 11 possui 100% das sementes de cor bege uniforme. Na 
geração F1 observou-se que as sementes eram semelhantes ao genitor Pintado. Qual 
explicação para o controle genético da cor do grão? 
Dominância completa do alelo que confere o fenótipo da cor da semente com fundo 
claro (cultivar Pintado), sendo que nessa cultivar Pintado houve Penetrância Incompleta. 
c.Quais são os resultados esperados em F2? 
Se a penetrância fosse completa seria esperado 3pintado:1cor bege uniforme. Porém, 
considerando a penetrância de 90% para fundo claro tem-se: 
75 x 0,9 = 67,5 Pintado; 
32,5 bege. 
d.Quais as implicações do fenômeno envolvido no controle do caráter da cor das 
sementes da cultivar Pintado? 
O alelo que controla o caráter cor das sementes na cultivar de feijão Pintado apresenta 
penetrância incompleta e expressividade variável.