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Guia de Transição - Ciências - 2º Bimestre

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Ciências 1 
 
 
 
 
 
 
 Ciências 2 
 
SUMÁRIO 
 
 
Fundamentos da Área de Ciências da Natureza .................................................... .03 
 
Unidades Temáticas do Componente Ciências ....................................................... 04 
 
6º ANO .................................................................................................................. 06 
 
7º ANO ............................................................................................................... ... 25 
 
8º ANO .................................................................................................................. 48 
 
9º ANO ................................................................................................................. 77 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ciências 3 
 
Fundamentos da Área de Ciências da Natureza 
 
A área de Ciências da Natureza tem como objetivo principal promover a educação científica, 
cujo papel é propiciar subsídios teóricos e desenvolver competências para a participação cidadã e a 
tomada de decisões fundamentadas, baseadas na aquisição de conhecimentos científicos 
contextualizados (fatos, conceitos, teorias...) e também no desenvolvimento de habilidades por 
meio de procedimentos científicos, resolução de problemas, e, sempre que possível, na aplicação 
em situações reais do cotidiano. 
Na Educação Básica, para a Área de Ciências da Natureza, os conhecimentos dos 
componentes curriculares, Ciências, no Ensino Fundamental, e Química, Física e Biologia no Ensino 
Médio, necessitam ser abordados considerando o contexto histórico e social, suas tecnologias e as 
relações dos temas e assuntos apresentados com outras áreas do conhecimento, e com as 
temáticas transversais, como também precisam apresentar os fundamentos que estruturam o 
trabalho curricular e que dizem respeito ao desenvolvimento didático e metodológico desses 
conhecimentos. 
O ensino da Área de Ciências da Natureza visa, ainda, instrumentalizar o(a)s estudantes para 
o reconhecimento de que existem diferentes explicações sobre o mundo, os fenômenos da 
natureza e as transformações produzidas pelos seres humanos. Nesse sentido, entende-se que tais 
conhecimentos devem ser expostos e comparados, pois contrapor e avaliar diferentes saberes 
favorece o desenvolvimento de postura reflexiva, crítica, questionadora e investigativa, de não-
aceitação a priori de ideias e informações; contribui para o desenvolvimento da capacidade de 
diferenciar fato de opinião e de crença, possibilitando a percepção dos limites de cada modelo 
explicativo, inclusive dos científicos, e colaborando para a construção da autonomia de 
pensamento e ação. 
O processo de ensino e aprendizagem demanda ressaltar o reconhecimento de que cada 
membro da comunidade escolar é um componente integrante de todo o conjunto da escola, 
portanto, o desenvolvimento de trabalhos em parceria, também por meio de projetos 
interdisciplinares, necessita ser priorizado. Assim, utilizar como estratégia educativa as atividades 
investigativas, em torno de situações de desafios ou na resolução de problemas, de modo que o 
estudante possa atuar e se reconhecer como protagonista no processo de sua aprendizagem, 
 Ciências 4 
 
inclusive para o desenvolvimento de projetos colaborativos escolares e atuação cidadã, é 
um princípio desta área de conhecimento. 
Nesse sentido, os estudos que envolvem a área de Ciências da Natureza devem primar para 
o entendimento de que o conhecimento científico, como todo conhecimento, objetiva contribuir 
para uma aprendizagem significativa, para promover o espírito crítico, a reflexão e a formação da 
cidadania planetária. 
 
Unidades Temáticas do Componente Ciências 
Para apresentarmos os conteúdos, temáticas e/ou assuntos do componente de Ciências de 
cada ano do Ensino Fundamental - Anos Finais, no contexto da Educação Integral, que considera a 
autonomia e a construção da identidade dos estudantes em espaços de articulação entre 
conhecimento intelectual e as competências socioemocionais, foi organizado um quadro que 
apresenta os Objetos do Conhecimentos distribuídos nas Unidades Temáticas de Ciências. 
O Currículo de Ciências do Estado de São Paulo, implementado desde 2008, considerando a 
política educacional da SEE-SP, apoiado pelo ”Programa São Paulo faz Escola”, estabeleceu a sua 
estrutura em torno de quatro eixos temáticos: Vida e ambiente, Ciência e tecnologia, Ser humano e 
saúde e Terra e Universo, que se repetem ao longo dos anos, em espiral, e que por sua vez, cada 
um desses eixos temáticos estruturam-se em subtemas, de acordo com o seu ano. 
Atendendo o estabelecido na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Educação Básica- 
Ensino Fundamental, para o componente curricular de Ciências, o Currículo Paulista, se estrutura 
em três Unidades Temáticas: Matéria e Energia, Vida e Evolução e Terra e Universo que se 
repetem ao longo dos anos. Cada uma dessas Unidades temáticas engloba variedades de 
habilidades, que estão relacionadas aos seus Objetos de Conhecimento. Cada Objeto de 
Conhecimento deixa de ser o foco central e passa a ser um meio para que as habilidades sejam 
desenvolvidas. Portanto, a apresentação, a condução, o planejamento e transposição das 
informações, na escolha de determinado objeto de conhecimento, bem como de suas estratégias e 
metodologias para o processo ensino aprendizagem, é que poderão garantir a possibilidade do 
desenvolvimento de uma ou mais habilidades dentro de uma mesma Unidade Temática. 
 Ciências 5 
 
O quadro abaixo apresenta os Objetos de Conhecimento para os Anos Finais do Ensino 
Fundamental para cada Unidade Temática. 
Quadro – Apresentação dos Objetos do Conhecimentos das Unidades Temáticas por ano 
 
Unidade Temática 
Matéria e Energia Vida e Evolução Terra e Universo 
6º 
ano 
Objetos de conhecimento: 
 
Misturas homogêneas e 
heterogêneas 
Separação de materiais 
Transformações químicas 
Materiais sintéticos 
Objetos de conhecimento: 
 
Célula como unidade dos seres vivos 
Célula como unidade da vida 
Níveis de organização dos seres vivos 
Interação entre os sistemas locomotor 
e nervoso 
Interação entre os sistemas muscular 
e nervoso 
Lentes corretivas 
Sistema locomotor ou esquelético 
Objetos de conhecimento: 
 
Forma, estrutura e 
movimentos da Terra 
7º 
ano 
Objetos de conhecimento: 
 
Máquinas simples 
Formas de propagação do 
calor 
História dos combustíveis e 
das máquinas térmicas 
Equilíbrio termodinâmico e 
vida na Terra 
Objetos de conhecimento: 
 
Diversidade de ecossistemas 
Fenômenos naturais e impactos 
ambientais 
Programas e indicadores de saúde 
pública 
Objetos de conhecimento: 
 
Composição do ar 
Efeito estufa 
Camada de ozônio 
Fenômenos naturais 
(vulcões, terremotos e 
tsunamis) 
Placas tectônicas e deriva 
continental 
8º 
ano 
Objetos de conhecimento: 
 
Fontes e tipos de energia 
Transformação de energia 
Circuitos elétricos 
Uso consciente de energia 
elétrica 
Cálculo de consumo de 
energia elétrica 
Objetos de conhecimento: 
 
Mecanismos reprodutivos 
Sexualidade 
Objetos de conhecimento: 
 
Sistema Sol, Terra e Lua 
Clima 
9º 
ano 
Objetos de conhecimento: 
 
Estrutura da matéria 
Radiações e suas aplicações 
na saúde 
Aspectos quantitativos das 
transformações químicas 
Objetos de conhecimento: 
 
Hereditariedade 
Ideias evolucionistas 
Preservação da biodiversidade 
Objetos de conhecimento: 
 
Composição, estrutura e 
localização dos Sistema 
Solar no Universo 
Astronomiae cultura 
Vida humana fora da Terra 
Ordem de grandeza 
astronômica 
Evolução estelar 
 
 Ciências 6 
 
Guia de Transição de Ciências – 6º ano – 2º bimestre 
 
Apresentação 
 
 Professor(a), com o intuito de auxiliá-lo(a) na organização de seus planos de aula, este guia 
apresenta um conjunto de orientações pedagógicas com sugestões de atividades, que propõem o 
desenvolvimento de conceitos, conteúdos, habilidades e competências fundamentadas nos princípios da 
BNCC e na construção colaborativa do Currículo Paulista - Versão 2, e em articulação com o proposto 
no Currículo Oficial do Estado de São Paulo. 
 
Orientações Pedagógicas e Recursos Didáticos 
 
A apresentação das orientações desse Guia de Transição - 2º bimestre seguirá a mesma estrutura 
de organização utilizada no 1º bimestre. Buscou-se a ênfase para o desenvolvimento de atividades que 
estimulem a pesquisa investigativa, possibilitem reconhecer e aprimorar diferentes níveis do processo 
ensino aprendizagem, por meio de ações pedagógicas que não se restringem à apresentação e execução 
de atividades com práticas experimentais e demonstrativas, mas que apresentem, também, espaços para 
diálogos e rodas de conversa, de modo a proporcionar o desenvolvimento da argumentação e capacidade 
de escuta. 
Dessa forma, busca-se proporcionar maior interação nas relações interpessoais dos participantes, 
tanto entre você, professor(a) e estudantes, quanto entre o(a)s colegas da turma, visando também 
propiciar análise crítica de situações desafiadoras ou situações-problema, para que todo(a)s se 
reconheçam como protagonistas das ações, inclusive no e para o desenvolvimento de projetos escolares 
e em ações cidadãs. Sendo assim, apresentamos estratégias pedagógicas já conhecidas, e trazendo 
possibilidades diferenciadas e contextualizadas em sua aplicação prática, buscando atender os elementos 
norteadores e estruturantes para a elaboração de planos de aula, propostos em três momentos 
referenciais. 
 
Momento 1: 
Compreende ações pedagógicas que visam o envolvimento do(a)s estudantes, com a temática e 
aprendizagens que se pretende alcançar, bem como prevê atividades de sensibilização, sempre com o 
intuito de propiciar processos pedagógicos contextualizados e que permitam o desenvolvimento integral 
 Ciências 7 
 
de nosso(a)s educando(a)s. Indicações de avaliação também são apresentadas nesse momento, inclusive a 
autoavaliação. 
Momento 2: 
São apresentadas sugestões de atividades, que incluem indicações de diferentes referenciais para 
organização do planejamento a ser construído e definido pelo(a)s professore(a)s, buscam contribuir com 
o desenvolvimento de conteúdos, habilidades específicas e competências. Essas atividades podem ser 
apresentadas em etapas, considerando sensibilização, sistematização, avaliação com foco na investigação, 
argumentação, na leitura e escrita, nos registros, na comunicação, entre outros. Não visa cobrir todas as 
aulas do bimestre, assim, cada professor e professora poderá incluir outras atividades que julgar 
pertinentes. 
 
Momento 3: 
Visa a sistematização da aprendizagem, também por meio do desenvolvimento de atividades, que 
permitam perceber quais das aprendizagens esperadas o(a)s estudantes se apropriaram, bem como se são 
capazes de estabelecer relações entre os conhecimentos adquiridos e utilizá-los para compreensão e 
interferência na realidade, seja para resolução de problemas, para adoção de atitudes pessoais e coletivas, 
entre outros. Nesse momento é fundamental que se insira uma atividade de autoavaliação sistematizada, 
na qual o(a)s estudantes e o(a) professor(a) possa(m) ter clareza das metas atingidas. Observação: As 
dificuldades devem ser identificadas coletivamente para traçar novas estratégias. 
 
 
Avaliação: 
 
A avaliação deve ocorrer durante todo o processo, inclusive a autoavaliação deve ser estimulada, pois 
coloca o(a) estudante como protagonista do processo de aprendizagem. 
Nesse sentido, entende-se ser importante que os(as) estudantes realizem atividades para diagnóstico dos 
conhecimentos adquiridos, tanto em comparação com os saberes prévios anunciados pelo(a)s 
estudantes, como os analisados durante o processo, parcialmente ou no coletivo da turma. Para que se 
possa avaliar com maior rigor, é importante que as sistematizações sejam feitas por meio de registro 
elaborado pelo(a) aluno(a). Dados e informações sobre a aquisição de conteúdo/assuntos específicos 
e/ou de habilidades poderão nortear a escolha de procedimentos e atividades a serem aplicadas no final 
de um percurso. Ao aplicar atividades de intervenção socioambiental, por exemplo, é possível perceber o 
desenvolvimento de competências (atitudes e valores). 
 
 Ciências 8 
 
ATIVIDADES PEDAGÓGICAS PARA O SEGUNDO BIMESTRE 
 
Iniciando a conversa: apresentação das aprendizagens esperadas 
 
Sugerimos realizar, antes do desenvolvimento das atividades, uma apresentação das 
aprendizagens esperadas, que incluem o quadro de conteúdos, habilidades e competências previstas a 
serem desenvolvidas. A fim de engajar os(as) estudantes no processo de aprendizagem de forma 
participativa e corresponsável, propõe-se, neste momento realizar uma sondagem dos conhecimentos 
que eles possuem sobre os dados do Quadro 1, que contém os conteúdos, assuntos e habilidades 
propostos para o 6º ano _2º bimestre. 
 
Quadro 1 - Articulação entre as competências, habilidades e objetos de conhecimento 
previstos no 6º ano do 2º bimestre – Unidade Temática: Vida e Evolução. 
Objetos de 
Conhecimento 
Habilidades de Ciências 
Currículo Paulista (Versão 2) 
(Transição EF 6º ano) 
Competências Específicas de 
Ciências 
Currículo Paulista (versão 2) 
Competências Gerais Base 
Nacional Curricular Comum 
(BNCC) correspondentes 
Célula como 
unidade dos 
seres vivos 
(EF06CI05) Identificar a 
organização básica da 
célula por meio de imagens 
impressas e digitais, de 
animações 
computadorizadas e de 
instrumentos ópticos, 
reconhecendo-a como 
unidade estrutural e 
funcional dos seres vivos 
unicelulares e pluricelulares, 
na perspectiva da História da 
 Ciência. 
CE nº3. Analisar, compreender e 
explicar características, 
fenômenos e processos relativos 
ao mundo natural, social e 
tecnológico (incluindo o digital), 
como também as relações que se 
estabelecem entre eles, 
exercitando a curiosidade para 
fazer perguntas, buscar respostas 
e criar soluções (inclusive 
tecnológicas) com base nos 
conhecimentos das Ciências da 
Natureza. 
CG 2. Exercitar a curiosidade 
intelectual e recorrer à 
abordagem própria das 
ciências, incluindo a 
investigação, a reflexão, a 
análise crítica, a imaginação e a 
criatividade para investigar 
causas, elaborar e testar 
hipóteses, formular e resolver 
problemas e criar soluções 
(inclusive tecnológicas) com 
base nos conhecimentos nas 
diferentes áreas. 
 Ciências 9 
 
Níveis de 
organização 
dos seres 
vivos. 
(EF06CI06) Concluir com 
base na análise de ilustrações 
e ou modelos (físicos ou 
digitais), que os organismos 
são um complexo arranjo de 
sistemas com diferentes níveis 
de organização. 
CE nº3. Analisar, compreender e 
explicar características, 
fenômenos e processos relativos 
ao mundo natural, social e 
tecnológico (incluindo o digital), 
como também as relações que se 
estabelecem entre eles, 
exercitando a curiosidade para 
fazer perguntas, buscar respostas 
e criar soluções (inclusive 
tecnológicas) com base nos 
conhecimentos das Ciências da 
Natureza. 
CG 2. Exercitara curiosidade 
intelectual e recorrer à 
abordagem própria das 
ciências, incluindo a 
investigação, a reflexão, a 
análise crítica, a imaginação e a 
criatividade para investigar 
causas, elaborar e testar 
hipóteses, formular e resolver 
problemas e criar soluções 
(inclusive tecnológicas) com 
base nos conhecimentos nas 
diferentes áreas. 
 
Promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para ouvir, esclarecer os 
assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas, assim como propor e negociar 
algumas alterações, se necessárias, desde que comprometidas com a aprendizagem a que todos(as) têm 
direito. 
Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, conforme foi orientado no Guia do bimestre 
anterior, é importante que você (re)visite a lista de acordos construídos colaborativamente, com o 
objetivo de estabelecer uma boa gestão de sala de aula no processo ensino-aprendizagem da turma. 
 
Observação: Neste momento de transição curricular, é importante que você, professor(a), realize uma 
análise das aprendizagens já adquiridas por seus(suas) aluno(a)s. Lembramos que as sugestões podem e 
devem ser aprimoradas e adaptadas às possibilidades e necessidades das turmas. 
 
Primeiro Momento 
 
Unidade Temática: Vida e Evolução 
A unidade temática Vida e Evolução propõe o estudo de questões relacionadas aos seres vivos 
(incluindo os seres humanos), suas características e necessidades, e a vida como fenômeno natural e 
social, os elementos essenciais à sua manutenção e à compreensão dos processos evolutivos, que geram a 
diversidade de formas de vida no planeta. Outro foco dessa unidade é a percepção de que o corpo 
humano é um todo dinâmico e articulado, e que a manutenção e o funcionamento harmonioso desse 
 Ciências 10 
 
conjunto dependem da integração entre as funções específicas desempenhadas pelos diferentes sistemas 
que o compõem. 
Fontehttp://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf acesso em 18.04.2019. 
 
Objeto de conhecimento: Célula como unidade dos seres vivos. 
Habilidade (EF06CI05) Identificar a organização básica da célula por meio de imagens impressas e 
digitais, de animações computadorizadas e de instrumentos ópticos, reconhecendo-a como unidade 
estrutural e funcional dos seres vivos unicelulares e pluricelulares, na perspectiva da História da Ciência. 
 
Professor(a), como sensibilização e introdução à temática, sugerimos a realização de uma 
atividade prática, olhando para o nosso entorno, voltada à observação do ambiente, com vistas a 
identificar seus componentes, de maneira especial, seres vivos e fatores não vivos. 
Organize, primeiramente, qual ambiente será visitado. Depois, defina um pequeno roteiro com a 
turma do que é interessante observar nesse ambiente. E não se esqueça de orientá-los a registrar na 
escrita, ou por meio de imagens (fotos e/ou desenhos) no caderno. 
 
Sugestão de Roteiro para Observação 
 
a) Qual é o ambiente que está sendo observado? 
b) Descreva quais são as características encontradas nesse ambiente. 
c) Cite os elementos que você observou. 
d) A partir dos elementos identificados, quais destes são considerados seres vivos? 
e) E os que não são seres vivos? 
f) Como podemos diferenciar os seres vivos dos elementos não vivos? Comente. 
 
Observação: Se for possível, peça que o(a)s estudantes levem para a atividade de observação uma lupa 
escolar, para que possam explorar o máximo possível das observações. 
É importante, professor(a), que os(as) aluno(as) observem também a presença de pequenos seres vivos 
nesse ambiente, como os Líquens por exemplo. 
 
Sugerimos que, após terem realizado a atividade de observação no ambiente escolar, os 
alunos(as) observem as imagens apresentadas a seguir, e comentem sobre o que possuem em comum. 
Solicite que registrem suas ideias no caderno. 
 Ciências 11 
 
 
1-Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/flores-borboletas-bela-orange-19830/Imagem de LarisaKoshkina por Pixabay 
 2 - Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Amanita-muscaria-fliegenpilz-b.jpg 
 3- Fonte:https://pixabay.com/pt/photos/koli-bact%C3%A9rias-escherichia-coli-123081/ Imagem de Gerd Altmann por Pixabay 
 
 Para dar sequência à atividade, sugerimos apresentar aos(às) aluno(a)s os seguintes 
questionamentos: 
É possível perceber semelhanças entre as imagens acima e nos elementos observados na atividade 
prática? 
O que há em comum entre todos? 
Durante as observações, que realizou na atividade de campo, você identificou semelhanças entre eles? 
 
 Espera-se que, com a “chuva de ideias” obtidas a partir das respostas da turma, o(a)s aluno(a)s 
tenham chegado à conclusão de que as semelhanças entre os elementos observados no ambiente e nas 
imagens, é a de que todos são seres vivos. 
 Para continuar a conversa sobre o tema em questão, sugerimos que realize novamente com sua 
turma alguns questionamentos, exemplificados abaixo, e procure anotar na lousa as diversas respostas 
obtidas. 
 
Do que são constituídos os seres vivos? 
Do que se constituem os animais e vegetais? 
Há diferenças entre as plantas e os animais? E entre plantas e bactérias? 
 
Depois de dialogarem a respeito e do registro das propostas trazidas pelos(as) alunos(as), e para 
que possam responder adequadamente a esses questionamentos, sugerimos que você, professor(a) 
oriente-os a realizarem uma pesquisa em livros ou na internet sobre o tema “Do que são constituídos 
os seres vivos?” 
Em seguida, após a pesquisa dos(as) alunos(as) para a busca de possíveis respostas, organize um 
momento para socializarem os resultados da e, sempre que necessário faça as explicações. 
 Ciências 12 
 
A partir das respostas do(a)s aluno(a)s construídas coletivamente, sugerimos a leitura do texto 
abaixo para complementar as discussões. O texto refere-se aos conceitos de célula e poderá ajudá-lo(a)s a 
entender melhor o assunto que estão estudando. 
 
Texto: Afinal, do que os seres vivos são constituídos? 
 
Muitas respostas poderão surgir após os questionamentos da atividade anterior. Como, por exemplo, 
que os seres vivos são formados de átomos e moléculas. Não está errada a resposta, porém, para os 
biólogos, a resposta mais apropriada é que os seres vivos são constituídos de célula, conforme descrito 
pela Teoria Celular. 
Mas afinal, o que é essa tal teoria celular? 
Significa que, pesquisadores ao estudarem a estrutura de organismos, tais como plantas e outros seres 
vivos, como os animais, perceberam que ambos se constituem de pequenas unidades básicas, que 
denominamos de célula. 
A partir Teoria Celular, pode-se afirmar que: 
1- Todos os seres vivos são formados por células (unidades morfológicas da vida). 
2- As atividades essenciais que caracterizam a vida, ocorrem no interior das células (atividades 
funcionais ou fisiológicas). 
3- Novas células irão se formar a partir das células que já existem. 
 
Então... pessoas, borboletas, o cachorro, o gato, as plantas, as minhocas, as flores, os fungos, as bactérias 
e todos os demais seres vivos existentes no planeta são constituídos por células. 
Porém, as espécies pertencentes a alguns grupos possuem muitas células e, por isso são chamados de 
Pluricelulares e organismos, de diferentes grupos, são constituídas por apenas uma célula, sendo 
denominados Unicelulares. 
Agora, você já pode dizer que há semelhanças entre todos os seres vivos observados, tanto na atividade 
de campo como nas imagens acima, certo? 
E aí perguntamos novamente: Afinal, do que os seres vivos são constituídos? 
(Texto elaborado especialmente para oGuia de Transição 2019). 
 
Professor(a), sugerimos que, após a leitura do texto, solicite aos(às) estudantes que se organizem em 
duplas e façam uma pesquisa em livros didáticos e/ou sites, conforme sua indicação, para responder às 
seguintes questões: 
 Ciências 13 
 
1. Quem foi o autor ou autores e em qual ano foi apresentada a Teoria Celular? 
2. Quais são as atividades essenciais realizadas no interior das células? 
3. Como ocorre a formação de novas células? 
4. Indique três tipos de células presentes no corpo humano. 
 
 Recomendamos solicitar o registro das respostas, no caderno, e preparar uma aula para dialogar 
sobre o assunto a partir das respostas socializadas pelas duplas, esclarecendo as dúvidas. Nesse 
momento, você poderá indicar itens que serão aprofundados posteriormente. 
 
Seres Unicelulares e Pluricelulares 
 
Sugerimos dar continuidade aos trabalhos, reforçando o entendimento de que todos os seres 
vivos são constituídos de células, mas que há diferenças entre a quantidade de células encontradas nos 
diversos grupos. Para facilitar o entendimento, recomendamos apresentar exemplos de organismos uni e 
pluricelulares. 
Se possível, projete imagens de seres unicelulares e pluricelulares e faça questionamentos, 
conforme segue: 
Observem as imagens a seguir e respondam: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Fonte:https://pixabay.com/pt/photos/koli-bact%C3%A9rias-escherichia-coli-123081/ 
Figura 2: Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Archivo:Grupo_de_Paramecium_caudatum.jpg 
 
1. Que seres estão representados na figura 1? E na figura 2? 
2. Como esses seres sobrevivem com uma única célula? Por exemplo, como se alimentam e 
conseguem a energia para viver? 
 
Para dar sequência ao diálogo anterior, sugerimos apresentar as seguintes imagens e questionamentos: 
 Ciências 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Fonte:https://pixabay.com/pt/photos/flores-borboletas-bela-orange-19830/ 
Figura 2: Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Amanita-muscaria- fliegenpilz-b.jpg 
Figura 3: Fonte:https://pixabay.com/pt/photos/anatomia-homem-humano-corpo-pele-254129/ Imagem de GerdAltmann por Pixabay 
 
1. Que seres estão representados nas figuras 1, 2 e 3? 
2. Eles possuem uma ou várias células? Comente. 
3. Todas as células desses organismos desempenham as mesmas funções? Explique. 
 
 Professor(a), com as ideias do(a)s estudantes registradas, recomendamos que, considerando a 
realidade de seus(suas) estudantes, prepare uma aula com muitas imagens esclarecendo possíveis dúvidas, 
de modo que possam prosseguir os estudos sobre as células. 
 
Partes Fundamentais da Célula 
 
 Professor(a), nesse momento, propomos que oriente o(a)s estudantes a realizarem uma busca 
pelos livros didáticos de Ciências e/ou na internet (via celular ou sala de informática, caso tenha), sobre 
o nome e as funções de algumas estruturas, que fazem parte da célula animal. 
 A seguir, apresentamos uma imagem que representa o modelo tridimensional de uma célula 
animal. Sugerimos que use como modelo para orientar a pesquisa do(a)s estudantes. 
Observação: Procure deixar claro para os alunos(as) o conceito de “modelo” e o porquê do uso deles 
para explicar alguns conceitos da Ciência. 
 
Após localizarem exemplos de célula animal, apresente a seguinte questão: 
 Com a ajuda de livros didáticos ou internet, identifique e descreva em seu caderno as funções da 
Membrana plasmática, do Citoplasma, do Núcleo e das Mitocôndrias. 
 Ciências 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Célula 
 
1- Nucléolo 2- Núcleo 3- Ribossomos 4- Vesículas 5- Retículo endoplasmático rugoso 
6- Complexo de Golgi 7- Citoesqueleto 8- Retículo endoplasmático liso 9- Mitocôndrias 
10- Vacúolo 11- Citoplasma 12- Lisossomos 13- Centríolos 14 Membrana plasmática. 
 
 Recomendamos que promova uma roda de diálogo, para que conversem sobre os resultados 
obtidos durante a pesquisa. Nesse momento, é importante tirar dúvidas e complementar com 
explicações sempre que necessário. Solicite que desenhem ou colem uma imagem de célula animal no 
caderno (ou em uma folha sulfite), deixando um espaço ao lado. 
 Depois de terem aprendido um pouco sobre a Célula animal, sugerimos que aproveite esse 
momento da pesquisa, nos livros didáticos ou na internet, e peça que desenhem ou colem uma imagem 
do modelo de uma célula vegetal, ao lado da célula animal. 
 Propomos que verifique se todo(a)s possuem as duas imagens, em seus cadernos, e proponha 
uma atividade para desenvolverem a habilidade de comparação, por meio da análise das duas células: 
1. Peça que analisem as duas células e anotem as semelhanças observadas. 
2. Continuem a análise registrando as diferenças observadas entre os dois tipos de célula e 
registrem. 
Converse a respeito, se possível, por meio de imagens projetadas, de modo a garantir que entendam que, 
apesar das semelhanças, existem diferenças importantes entre esses dois grupos de seres vivos, que são 
demonstradas também em suas células. 
 Ciências 16 
 
Professor(a), é importante os(as) alunos(as) perceberem as diferenças que há entre esses seres 
vivos e que também são muito complexos, estruturalmente. Nesse momento, é esperado que o(a)s 
aluno(a)s citem as diferenças encontradas, tais como: a presença de grandes vacúolos, parede celular e 
cloroplasto nas células vegetais, elementos que são ausentes, ou muito raros, como é o caso dos 
vacúolos, nas dos animais. 
 Para que possam compreender o mecanismo de nutrição dos vegetais, que ocorre por meio da 
fotossíntese, destaque, nesse momento, a presença do Cloroplasto, apenas para entenderem que uma 
das estruturas presentes na célula é importante para a realização deste processo. 
A partir do que o(a)s aluno(a)s pesquisaram da célula vegetal e compararam com a animal, 
aproveite para completarem a pesquisa indicando as funções das estruturas elencadas abaixo: 
• Parede Celular 
• Cloroplastos 
• Vacúolos 
 
Importante: Caso a escola possua microscópios, sugerimos organizar uma aula prática para visualização 
de células vegetais, como, por exemplo, as da cebola. 
 
Mão na massa 
 
 A proposta agora é deixar a aula mais dinâmica! 
 A partir do que foi estudado na atividade anterior, sugerimos a realização de uma atividade 
prática com a sua turma, na qual todo(a)s poderão participar da construção de um modelo de célula 
animal. A seguir, apresentamos as orientações para o(a)s estudantes. 
 
Construção de um modelo tridimensional de uma célula animal 
Nesse momento, convido você a construir um modelo simples de célula com algumas de suas organelas. 
Para isso você poderá usar massa de modelar, papel celofane transparente, plástico filme, tampinhas de 
garrafa pet, bolinhas de gude, macarrão, missangas e outros materiais que poderão representar as 
organelas. O importante é trabalhar com o reaproveitamento de materiais. 
 
Elaboração da membrana plasmática: 
Para a representação da membrana plasmática, usaremos uma bexiga, jornais picados, cola e água. 
Encha a bexiga até o tamanho aproximado de uma bola de tamanho médio. 
 Ciências 17 
 
Misture um pouco de cola branca com água, até ficar bem diluída e mergulhe os pedaços de jornal 
picado nessa solução. 
Em seguida cole-os na parte inferior da bexiga (aproximadamente 5 camadas), de modo que fique 
semelhante a uma cuba. Espere secar por volta de 24horas e depois fure a bexiga. Pronto! Sua 
Membrana Plasmática já poderá ser preenchida. 
 
Preenchimento da membrana plasmática: 
Tenha em mãos uma imagemde célula animal e, a partir da observação, utilize os materiais citados para 
representar as principais organelas da célula. O(A) professor(a) irá orientá-lo(a)s nessa construção. 
 
 
Apresentamos alguns exemplos de trabalhos produzidos com materiais reutilizáveis, por 
estudantes do Professor Pedro Urbano – EE Prof. Manoel da Costa Neves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
***Essa aula poderá ser compartilhada com o(a) professor(a)da disciplina de Arte, que poderá 
contribuir com outras sugestões e orientações. 
 
 Professor(a), para trabalhar com a questão da microscopia e como podemos enxergar as células, 
sugerimos que utilize o texto a seguir, que pode ser apresentado aos(às) estudantes como um “Você 
sabia”. 
 
 
 Você sabia... 
 
Que o instrumento usado para ampliar imagens muito pequenas, dificilmente observadas a olho nu é o 
 Ciências 18 
 
Microscópio? Que esse instrumento possibilitou a descoberta das células, as unidades microscópicas 
que constituem os seres vivos? 
 
Acredita-se que o primeiro microscópio tenha sido construído por volta de 1591, por Zacharias Janssen 
(1580-1638) e seu pai, que trabalhava com a fabricação de óculos. Porém foi Antonie Van Leeuwenhoek 
(1632-1723) quem realizou os primeiros registros de observações microscópicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Microscópio Óptico, assim chamado, utiliza a luz e um sistema de lentes de vidro que amplia as 
imagens das amostras. Com o passar do tempo, e com as novas descobertas, o microscópio óptico foi 
sendo aperfeiçoado e hoje pode ampliar uma imagem entre 100 e 1.500 vezes. Assim, um objeto de 0,01 
mm de diâmetro e invisível a olho nu, poderá chegar a uma ampliação de até 1000 vezes. 
 
Fonte:<https://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Microsc%C3%B3pio_%C3%93ptico>, acesso em 18.04.2019. 
 
 (Texto Adaptado Especialmente para o Guia de Transição Curricular). 
 
Sugerimos, como atividade prática complementar, realizar a construção de um microscópio caseiro, por 
exemplo o sugerido no link: <https://www.youtube.com/watch?v=HwHJhti5fLs>, (acesso em 
19.04.2019), com o título: “Faça um MICROSCÓPIO caseiro com CELULAR” 
 
Diferentes tipos de células do nosso corpo 
 
 Para abordar os diferentes tipos de células, sugerimos apresentar a seguinte informação: 
“Nosso corpo é muito complexo, somos seres pluricelulares, e, portanto, temos incontáveis 
números de células que interagem entre si o tempo todo, formando grupos especializados em 
desempenhar determinadas funções”. 
 Ciências 19 
 
 A partir dessa informação, solicite que deem exemplo de tipos de células do corpo humano que 
ele(a)s conhecem e registre as ideias na lousa. Peça que copiem, no caderno, para comparar com as 
informações obtidas após a pesquisa em livros didáticos e/ou sites. Se possível, peça para recortarem 
e/ou fotografarem imagens dos tipos de células para construírem um arquivo pessoal. 
 É importante que os estudantes visualizem diferentes tipos celulares e utilizem, se possível, os 
recursos audiovisuais para ajudá-los nesse sentido. As imagens a seguir referem-se a dois exemplos de 
diferentes tipos de células do nosso corpo, como as células do sangue (hemácias), e células que 
compõem o tecido nervoso, os neurônios. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/sangue Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_nervoso 
 
 Após as pesquisas, cujos resultados devem ser registrados no caderno pessoal do(a)s estudantes, 
promova um espaço para socialização e verificação das respostas dadas anteriormente e corrija, se 
necessário. Avalie se todos(a)s compreenderam que cada tipo de célula possui uma função diferente no 
corpo, permitindo seu pleno funcionamento. 
 
Terceiro Momento 
Sistematização do aprendizado 
 
Professor(a), chegamos ao fim das atividades previstas para o desenvolvimento das habilidade 
citada no início deste material orientador. O assunto não se esgota e você poderá trabalhar com outros 
materiais, para aprimorar o processo de construção do conhecimento com sua turma. 
 Sugerimos, para finalizar o trabalho com o tema, apresentar aos(às) alunos(as) um vídeo 
explicativo para que você possa sistematizar o assunto e todo o conhecimento aprendido por ele(a)s 
durante o processo. Ao final, propomos que os oriente a produzir um texto, relatando tudo o que 
aprenderam sobre o tema e o que ainda tem de dúvidas para que possam ser sanadas. 
 
 Ciências 20 
 
Sugestão de vídeo: Corpo Humano_ células, órgãos, tecidos disponível 
em:<https://www.youtube.com/watch?v=e2CTn6WtRN8>, apresenta, de uma maneira lúdica e 
criativa, o tema Célula em uma linguagem muito próxima da faixa etária do(a)s alunos(a) dos 6º anos. 
 
Observação: professor(a), caso opte por apresentar o vídeo aos(às) estudantes, corrija a palavra 
epitelial, a qual é apresentada como eptelial (com p mudo). Comente com a turma que isso pode 
acontecer, por isso é muito importante verificar bem as fontes de pesquisa. Caso questionem o uso do 
vídeo, com esse equívoco, informe que a escolha foi proposital, pois trata-se de algo bastante sutil, mas 
que exemplifica bem essa questão. 
Observação: optamos em manter, pois apresenta boa parte do que foi trabalhado e usar o erro da 
professora do vídeo pode ser uma forma de demonstrar a importância de termos muita atenção a tudo 
que apresentamos aos(às)s estudantes. 
Considerando o exposto, indicamos que não indique o vídeo para assistirem sozinhos, sem sua 
interferência. 
 
Objeto do Conhecimento: Níveis de Organização dos Seres Vivos 
Habilidade (EF06CI06) Concluir com base na análise de ilustrações e ou modelos (físicos ou 
digitais), que os organismos são um complexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de 
organização. 
 
A seguir apresentamos propostas para desenvolver a habilidade indicada, por meio de três 
momentos de aprendizagem. 
 
Primeiro Momento 
 
 Professor(a), nós sabemos que a organização dos seres vivos pluricelulares acontece da seguinte 
forma: Células - tecidos- órgãos - sistemas e organismo. Mas, para que o(a) aluno(a) entenda, 
teremos que usar de estratégias diferenciadas que possam facilitar a compreensão. 
 
Sugerimos, nesse sentido, que inicie a atividade com a apresentação da imagem a seguir e 
pergunte para seus alunos(as): Que imagem é essa e que função desempenha o órgão apresentado? 
 
 
 Ciências 21 
 
 
 
 
 
https://gl.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo_card%C3%ADaco#/media/File:Blausen_0470_HeartWall_gl.png 
 
“Espera-se que os alunos reconheçam que é a imagem de um coração humano e que o órgão 
é um dos mais importantes do nosso corpo, sendo responsável em bombear nosso sangue pelo 
corpo todo e desse modo, oxigenar todos os tecidos.” 
 
Novamente retornando à imagem do coração, peça para relatarem a constituição do órgão 
apresentado. Pergunte também: por que a imagem está recortada? 
 “Espera-se que os(as) alunos(as) respondam que a imagem foi recortada para poder 
observar as camadas que compõem esse órgão.” 
Destaque que a parte ampliada está dividida em camadas denominadas de Pericárdio, Miocárdio 
e Endocárdio justamente para compreendermos sua constituição. 
Recomendamos que oriente o(a)s estudantes a registrarem as ideias no caderno, que serão 
retomadas após os estudos de aprofundamento, sugeridos a seguir. 
 
Segundo Momento 
 
A partir das explanações prévias do(a)s alunos(as), que poderá vir com concepções equivocadas, 
apresentamos um texto que poderá contribuir com as discussões já ocorridas com sua mediação e que 
poderá complementar as explicações.Ciências 22 
 
Imagem representativa do Sistema 
Digestório. 
 
 
TEXTO: Organizando os seres vivos 
 
Assim como o coração, todos os demais órgãos do nosso 
corpo são constituídos de várias camadas de células, organizadas em 
tecidos. Por exemplo, o tecido cardíaco é formado por células 
especializadas para desempenhar suas funções. Podemos dizer que 
as células trabalham “em grupo”, constituindo os tecidos e que cada 
órgão tem seus grupos de tecidos, que por sua vez, ao se unirem, 
formarão os sistemas do nosso corpo. 
Por exemplo, o sistema digestório, que é formado pelos órgãos: boca 
– faringe - esôfago - estômago - intestino (delgado e grosso) - reto e 
ânus. Cada qual tem uma função para que possamos nos alimentar e 
obter os nutrientes necessários no nosso organismo. Mas os 
sistemas não trabalham isolados, eles se comunicam. Para que os 
nutrientes cheguem a nossas células, o sangue irá ajudar no 
transporte, não só dos nutrientes, como também do gás carbônico e 
do oxigênio. 
 
Fonte da imagem:<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cf/Digestive_system_diagram_es.svg> acesso em 19.04.2019 
 
Professor(a), sugerimos que faça a leitura coletiva do texto e aproveite para dar esclarecimentos e 
solicitar que respondam às questões propostas a seguir: 
1. Segundo o texto, as células e tecidos de nosso corpo estão isolados entre si? Explique. 
2. É possível perceber relações entre os sistemas citados no texto? Indique quais são. 
 
Aprofundando conhecimentos 
 
Oriente seus(suas) alunos(as) a efetuar uma pesquisa sobre o sistema circulatório e seus 
componentes, como no modelo do texto acima: 
E já que estamos falando de sangue, aproveite para pesquisar do que é formado e qual 
sistema ele comporá. Faça o registro em seu caderno. (A mesma proposta poderá ser realizada com 
outros sistemas). 
 
 Ciências 23 
 
 Espera-se que, ao final, o(a)s estudantes compreendam que, ao unirmos todos os nossos sistemas 
notamos que teremos formado um organismo complexo. Pois bem, o nosso organismo se constitui de 
diversos sistemas, organizados em órgãos que se constituem de várias camadas de tecidos, formados de 
inúmeras unidades microscópicas chamadas de célula. 
 
Terceiro Momento 
Sistematizando o que aprendeu 
 
Para sistematizar os conhecimentos, propomos duas atividades, de modo a resgatar as 
aprendizagens relacionadas às habilidades previstas para o bimestre. 
 Sugerimos, agora, que você apresente as imagens a seguir, que se compõem de estruturas 
celulares (hemácias), seres unicelulares (protozoário e bactérias) e seres pluricelulares (fungos, caramujo e 
foca), com o objetivo de que possam retomar os estudos e verificar se compreenderam que há diferenças 
entre todos, porém muitas semelhanças entre eles. 
 A seguir, orientações direcionadas ao(à) estudante para realização da atividade: 
 1. Observe as imagens apresentadas a seguir e, de acordo com os conhecimentos adquiridos e das 
observações feitas, redija um pequeno texto explicando sobre as diferenças e semelhanças que os seres 
e/ou estruturas apresentam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1-Fonte: Células Hemácias vista ao microscópio óptico. Imagem cedida pelo Pesquisador Felipe do Nascimento. 
2-Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_da_conserva%C3%A7%C3%A3o#/media/File:Caramujo_africano_(Achatina_fulica).jpg 
3-Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pholiota_aurivella.jpg (Fungos) 
4-Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/selo-praia-ondas-%C3%A1gua-surf-2243104/ (Foca) 
5-Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Paramecium_caudatum_Ehrenberg,_1833.jpg 
6-Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/bact%C3%A9rias-esp%C3%A9cies-bacterianas-108896/ 
 Ciências 24 
 
2. Apresente aos(às) estudantes as seguintes afirmações: 
 
Níveis de organização dos seres vivos: 
• Células: são as menores unidades vivas de um ser vivo. Juntas, formam tecidos. Exemplos de 
tecidos: epitelial, nervoso etc. 
• Tecidos se unem para formar um órgão, que geralmente são formados por vários tecidos. 
Exemplos de órgãos: olho, coração. 
• Órgãos: se unem para formar um sistema. Exemplos de sistemas: sistema digestório, 
respiratório, nervoso. 
• Sistemas: se unem para formar um organismo. Exemplos: ser humano, pássaros. 
 
A partir dessas informações, solicite que o(a)s estudantes se reúnam em grupos para atender ao 
seguinte desafio: 
 Cada grupo irá escolher um organismo animal (gato, ser humano, coelho, sapo, cobra etc.) e, a 
partir desse organismo, apresentar, por meio de ilustrações, pelo menos um exemplo de cada nível de 
organização apresentado no quadro. Para tanto, poderão pesquisar na internet e em livros da área. 
 
Observação: Professor(a), oriente os grupos e auxilie nas pesquisas. 
 
 Recomendamos que promova a organização de um painel a ser construído coletivamente, a partir 
das imagens e informações pesquisadas e utilize esse produto como um dos instrumentos de avaliação 
das aprendizagens. 
 
 Lembramos que as dificuldades encontradas deverão nortear retomadas e/ou ações de 
recuperação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ciências 25 
 
Guia de Transição de Ciências – 7º ano – 2º bimestre 
 
Apresentação 
 
 Professor(a), com o intuito de auxiliá-lo(a) na organização de seus planos de aula, este guia 
apresenta um conjunto de orientações pedagógicas com sugestões de atividades, que propõem o 
desenvolvimento de conceitos, conteúdos, habilidades e competências, fundamentadas nos princípios da 
BNCC, na construção colaborativa do Currículo Paulista - Versão 2 em articulação com o proposto no 
Currículo Oficial do Estado de São Paulo. 
 
Orientações Pedagógicas e Recursos Didáticos 
 
A apresentação das orientações desse Guia de Transição - 2º bimestre seguirá a mesma estrutura 
de organização utilizada no 1º bimestre. Buscou-se a ênfase para o desenvolvimento de atividades, que 
estimulem a pesquisa investigativa e que possibilitem reconhecer e aprimorar diferentes níveis do 
processo ensino aprendizagem, por meio de ações pedagógicas que não se restringem à apresentação e 
execução de atividades com práticas experimentais e demonstrativas, mas que apresentem, também, 
espaços para diálogos e rodas de conversa, de modo a proporcionar o desenvolvimento da argumentação 
e capacidade de escuta. 
Dessa forma, busca-se proporcionar maior interação nas relações interpessoais dos participantes, 
tanto entre você, professor(a) e estudantes, quanto entre o(a)s colegas da turma, visando também 
propiciar análise crítica de situações desafiadoras ou situações-problema, para que todo(a)s se 
reconheçam como protagonistas das ações, inclusive no e para o desenvolvimento de projetos escolares 
e em ações cidadãs. Sendo assim, apresentamos estratégias pedagógicas já conhecidas, e trazendo 
possibilidades diferenciadas e contextualizadas em sua aplicação prática, buscando atender os elementos 
norteadores e estruturantes para a elaboração de planos de aula, propostos em três momentos 
referenciais. 
 
Momento 1: 
Compreende ações pedagógicas que visam o envolvimento do(a)s estudantes, com a temática e 
aprendizagens que se pretende alcançar, bem como prevê atividades de sensibilização, sempre com o 
intuito de propiciar processos pedagógicos contextualizados e que permitam o desenvolvimento integral 
 Ciências 26 
 
de nosso(a)s educando(a)s. Indicações de avaliação diagnóstica também são apresentadas nesse 
momento. 
 
Momento 2: 
São apresentadas sugestões de atividades, que incluem indicações de diferentes referenciais para 
organização do planejamentoa ser construído e definido pelo(a)s professore(a)s, e que buscam 
contribuir com o desenvolvimento de conteúdos, habilidades específicas e competências. Essas 
atividades podem ser apresentadas em etapas, considerando sensibilização, sistematização, avaliação com 
foco na investigação, argumentação, na leitura e escrita, nos registros, na comunicação, entre outros. 
Não visa cobrir todas as aulas do bimestre, assim, cada professor e professora poderá incluir outras 
atividades que julgar pertinentes. 
 
Momento 3: 
Visa a sistematização da aprendizagem, também por meio do desenvolvimento de atividades, que 
permitam perceber quais das aprendizagens esperadas o(a)s estudantes se apropriaram, bem como se são 
capazes de estabelecer relações entre os conhecimentos adquiridos e utilizá-los para compreensão e 
interferência na realidade, seja para resolução de problemas, para adoção de atitudes pessoais e coletivas, 
entre outros. Nesse momento, é fundamental que se insira uma atividade de autoavaliação sistematizada, 
na qual o(a)s estudantes e o(a) professor(a) possa(m) ter clareza das metas atingidas. Observação: As 
dificuldades devem ser identificadas coletivamente para traçar novas estratégias de aprendizagem. 
 
Avaliação: 
 
A avaliação deve ocorrer durante todo o processo, inclusive a autoavaliação deve ser estimulada, pois 
coloca o(a) estudante como protagonista do processo de aprendizagem. 
Nesse sentido, entende-se ser importante que os(as) estudantes realizem atividades para diagnóstico dos 
conhecimentos adquiridos, tanto em comparação com os saberes prévios anunciados pelos estudantes, 
como os analisados durante o processo, parcialmente ou no coletivo da turma. Para que se possa avaliar, 
com maior rigor, é importante que as sistematizações sejam feitas por meio de registro elaborado pelo(a) 
aluno(a). Dados e informações sobre a aquisição de conteúdo/assuntos específicos e/ou de habilidades 
poderão nortear a escolha de procedimentos e atividades, a serem aplicadas no final de um percurso. Ao 
aplicar atividades de intervenção socioambiental, por exemplo, é possível perceber o desenvolvimento de 
competências (atitudes e valores). 
 
 Ciências 27 
 
ATIVIDADES PEDAGÓGICAS PARA O SEGUNDO BIMESTRE 
 
Iniciando a conversa: apresentação das aprendizagens esperadas 
 
Sugerimos realizar, antes do desenvolvimento das atividades, uma apresentação das 
aprendizagens esperadas, que incluem o quadro de conteúdos, habilidades e competências previstas a 
serem desenvolvidas. A fim de engajar os(as) estudantes no processo de aprendizagem de forma 
participativa e corresponsável, propõe-se, neste momento, realizar uma sondagem dos conhecimentos 
que eles possuem sobre os dados do Quadro 1, que contém os conteúdos, assuntos e habilidades 
propostos para o 7º ano _2º bimestre. 
 
Quadro 1 - Articulação entre as competências, habilidades e objetos de conhecimento previstos 
no 7o ano_2º bimestre 
Unidade Temática: Vida e Evolução 
Objetos de 
Conhecimento 
Habilidades de Ciências 
 (Currículo Paulista versão 2 – 
EF 7º ano) 
Competências 
Específicas de 
Ciências (BNCC) 
 
Competências Gerais 
Base Nacional 
Curricular Comum 
(BNCC) 
correspondentes 
Diversidade de 
Ecossistemas. 
 
 
 
 
 
 
 
Conservação, 
preservação e uso 
sustentável. 
 
 (EF07CI07A) Caracterizar os 
principais ecossistemas brasileiros 
quanto à paisagem, à quantidade 
de água, ao tipo de solo, à 
disponibilidade de luz solar, à 
temperatura etc. Correlacionando 
essas características à flora e 
fauna específicas. 
 
(EF07CI7B) Investigar o 
território paulista para identificar 
em sua extensão as Unidades de 
Conservação da Natureza e 
argumentar sobre suas 
características e importâncias em 
relação à preservação, à 
CEnº5 construir 
argumentos com base 
em dados, evidências e 
informações confiáveis e 
negociar e defender 
ideias e pontos de vista 
que promovam a 
consciência 
socioambiental e o 
respeito a si próprio e ao 
outro, acolhendo e 
valorizando a 
diversidade de 
indivíduos e de grupos 
sociais, sem 
preconceitos de 
CGBNCC nº 2 
Exercitar a curiosidade 
intelectual e recorrer à 
abordagem própria das 
ciências, incluindo a 
investigação, a reflexão, 
a análise crítica, a 
imaginação e a 
criatividade, para 
investigar causas, 
elaborar e testar 
hipóteses, formular e 
resolver problemas e 
criar soluções (inclusive 
tecnológicas) com base 
nos conhecimentos das 
 Ciências 28 
 
conservação e o uso sustentável. 
 
qualquer natureza. diferentes áreas. 
Fenômenos naturais e 
Impactos ambientais 
(EF07CI08) 
Identificar e reconhecer possíveis 
impactos provocados pela 
ocorrência de 
catástrofes naturais ou alterações 
nos componentes físicos, 
biológicos ou sociais de 
um ecossistema e avaliar de que 
maneira podem afetar suas 
populações quanto às 
possibilidades de extinção de 
espécies, alteração de hábitos, 
migração, entre outras. 
CEnº4 
 Avaliar aplicações e 
implicações políticas, 
socioambientais e 
culturais da ciência e de 
suas tecnologias para 
propor alternativas aos 
desafios do mundo 
contemporâneo, 
incluindo aqueles 
relativos ao mundo do 
trabalho. 
 
CGBNCC nº 7 
 Argumentar com base 
em fatos, dados e 
informações confiáveis, 
para formular, negociar 
e defender ideias, 
pontos de vista e 
decisões comuns que 
respeitem e promovam 
os direitos humanos, a 
consciência 
socioambiental e o 
consumo responsável 
em âmbito local, 
regional e global, com 
posicionamento ético 
em relação ao cuidado 
de si mesmo, dos 
outros e do planeta. 
 
Propomos que promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para ouvir, 
esclarecer os assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas, assim como 
propor e negociar adequações e/ou alterações no planejamento do bimestre, desde que comprometidas 
com a aprendizagem a que todos(as) têm direito. 
Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, conforme foi orientado no Guia do bimestre 
anterior, é importante que você (re)visite a lista de acordos construídos colaborativamente, com o 
objetivo de estabelecer uma boa gestão de sala de aula no processo ensino-aprendizagem da turma. 
 
Observação: Neste momento de transição curricular, é importante que você professor(a), realize uma 
análise das aprendizagens já adquiridas de seus(suas) aluno(a)s. Lembramos que as sugestões podem e 
devem ser aprimoradas e adaptadas às possibilidades e necessidades das turmas, a critério de cada 
docente. 
 
 Ciências 29 
 
Ciências e a BNCC: Unidade Temática Vida e Evolução 
A unidade temática Vida e Evolução propõe o estudo de questões relacionadas aos seres vivos 
(incluindo os seres humanos), suas características e necessidades, a vida como fenômeno natural e 
social, os elementos essenciais à sua manutenção e à compreensão dos processos evolutivos, que geram 
a diversidade de formas de vida no planeta. Estudam-se características dos ecossistemas destacando-se 
as interações dos seres vivos com outros seres vivos e com os fatores não vivos do ambiente, com 
destaque para as interações que os seres humanos estabelecem entre si e com os demais seres vivos e 
com o ambiente físico. Abordam-se, ainda, a importância da preservação da biodiversidade e como ela 
se distribui nos principais ecossistemas brasileiros. 
Fonte: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf> acesso em 26.03.2019Primeiro Momento 
Sensibilização à temática 
 
Professor (a), sugerimos investigar num primeiro momento o que o(a)s estudantes conhecem a 
respeito da importância dos recursos naturais do Planeta Terra. 
Como sensibilização e introdução à temática, sugerimos a exibição da animação “MAN” 
(“homem”, em português) que mostra o impacto da ação descontrolada do ser humano sobre o 
ambiente, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=17&v=WfGMYdalClU> ou 
<https://www.akatu.org.br/noticia/veja-animacao-mostra-o-impacto-da-acao-descontrolada-do-homem-2/> 
(acesso em 19.04.2019) 
 
O ilustrador e animador Steve Cutts sintetizou na animação “MAN” o quão prejudicial e descuidado o ser 
humano pode ser ao lidar com os recursos naturais do planeta, sem levar em consideração 
a sustentabilidade dele. São pouco mais de 3 minutos, nos quais Cutts brinca com o desprezo das pessoas 
em relação à preservação do meio ambiente e mostra atos descontrolados de industrialização e 
urbanização, passando também pelo desprezo quanto ao bem-estar dos animais. 
 
Propomos apresentar o vídeo aos(às) estudantes e solicitar que, durante a exibição, observem e 
façam anotações nos seus cadernos, a partir dos seguintes questionamentos: 
Que emoções você sentiu com o comportamento da personagem da animação? 
Você concorda com esse comportamento? O que você achou? 
 Ciências 30 
 
Se você pudesse ter um diálogo com a personagem do vídeo, o que conversaria com ela 
considerando as questões ambientais? 
E como tem sido, na nossa realidade atual, a relação entre o ser humano e os recursos do 
Planeta Terra? Diferente ou igual à animação? Qual sua opinião? 
 
Após a exibição do vídeo, sugerimos fazer uma roda de diálogo para conversar com os(as) 
alunos(as) sobre as observações que fizeram e as ideias principais do vídeo. Não se preocupe com os 
erros e acertos, já que as ideias equivocadas deverão ser retomadas durante o desenvolvimento das 
atividades, à medida que a turma for construindo o conhecimento, e ao final do bimestre, levando cada 
estudante a perceber o quanto aprendeu no decorrer do percurso. Para isso, organize o grupo de modo 
que todos(as) possam explicitar suas percepções e o(a)s oriente para que registrem, em seus cadernos, as 
discussões e as conclusões apresentadas na roda de diálogo. 
 
Segundo Momento 
Sugestões de atividades 
 
A seguir, indicamos atividades que buscam contribuir com o desenvolvimento de algumas 
habilidades propostas para o segundo bimestre. As sugestões podem e devem ser aprimoradas e 
adaptadas às possibilidades e necessidades de cada turma, ficando a seu critério incluir outras atividades 
que julgar pertinentes. 
Professor(a), para esclarecer a importância do desenvolvimento dos objetos de conhecimento 
“Diversidade de Ecossistemas / Conservação, Preservação e Uso Sustentável” e das habilidades 
desta unidade temática disponibilizamos, no quadro a seguir, as sugestões da Versão 2 do Currículo 
Paulista de modo a contribuir para a elaboração do planejamento de suas aulas, conforme segue. 
 
Objetos de conhecimento: 
“Diversidade de Ecossistemas / Conservação, Preservação e Uso Sustentável” 
 
Orientamos, para o desenvolvimento das habilidades relacionadas aos objetos de conhecimento citados, 
a aplicação de atividades que promovam estudos e pesquisas sobre as características dos ecossistemas 
brasileiros e representantes da fauna e flora, construindo uma tabela comparativa. Importante utilizar 
mapas, imagens, vídeos e outros materiais ilustrativos, fundamentais para a compreensão dessa temática. 
Caso realize atividades de campo, em que o(a)s estudantes tenham a possibilidade de conhecer e 
 Ciências 31 
 
analisar as características da flora ou fauna do ecossistema de sua região, estas poderão articular-se com 
a visita a uma Unidade de Conservação, na qual o(a)s estudantes poderão conhecer a função e a 
importância da manutenção desses territórios, tanto para a preservação das espécies, quanto para a 
garantia de um ambiente mais equilibrado e que possibilite a existência humana. 
A realização de rodas de conversa sobre a importância da conservação de áreas naturais do Estado 
poderá permitir a verificação do desenvolvimento das habilidades pretendidas. 
 
Objeto de conhecimento: Diversidade de Ecossistemas 
Habilidade (EF07CI07A) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à 
quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando 
essas características à flora e fauna específicas. 
 
Professor(a), pretende-se, com as atividades aqui sugeridas, promover junto aos(às) estudantes a 
consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, de modo que possam acolher e valorizar 
a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, inclusive das demais espécies com as quais 
compartilhamos o planeta, sem preconceitos de qualquer natureza. 
 
Ecossistemas Brasileiros 
 
Professor(a), para incentivar sua turma e aprofundar o conhecimento e o desenvolvimento do 
objeto de conhecimento “Diversidade dos Ecossistemas”, sugerimos que organize sua turma em 6 
(seis) grupos produtivos, para a realização de pesquisa sobre os Ecossistemas Brasileiros. 
 Combine e explique que cada grupo será responsável pela pesquisa de um Ecossistema Brasileiro. 
Sugerimos um sorteio dos temas entre os grupos, caso não consigam chegar a um acordo coletivo. 
 Apresente previamente, para contextualização, algumas imagens dos Ecossistemas Brasileiros 
disponíveis no link: 
https://drive.google.com/drive/folders/1rQKIQXCRDAquzGqEP69EerxSkCJw5GdL?usp=sharing> 
(acesso em 19.04.2019). 
 
A pesquisa visa a obtenção de informações que permitam a caracterização dos principais 
Ecossistemas Brasileiros, conforme itens indicados abaixo: 
● Relacionar a denominação do Ecossistema com suas principais características 
● Investigar a vegetação dominante, indicando exemplos importantes da flora local e espécies 
endêmicas 
 Ciências 32 
 
● Investigar os animais típicos e seus hábitos, pertencentes a diferentes grupos, indicando quais 
espécies são endêmicas 
● Tipos e caracterização do solo 
● Clima predominante, indicando estação das chuvas, período de seca, cheias, conforme o caso 
● Localização geográfica do Ecossistema 
● Principais impactos ambientais provocados pela ação antrópica 
● Indicar principais soluções para os problemas socioambientais 
● Bibliografia 
Observação: inserir fotos e outras ilustrações. 
 
 Importante também orientar o(a)s aluno(a)s para a elaboração de um mapa com a localização 
do Ecossistema pesquisado pelo grupo, de preferência num trabalho articulado com o(a) professor(a) 
de Geografia. Pode ser uma oportunidade dos(as)estudantes compreenderem as conexões entre as áreas. 
Para confeccionar o mapa, sugerimos que cada grupo desenhe os limites do território brasileiro e dos 
Estados. Oriente para pintarem, com uma cor específica, a área de ocorrência do ecossistema pesquisado 
e para que colem figuras da fauna e flora que representam o ecossistema em questão. 
 É importante ressaltar aos(às) alunos que o mapa, na verdade, deve ser considerado como um 
croqui (esquema), já que será uma representação que não obedecerá às proporções de escala. Aproveite 
também para reforçar a ideia de que há íntima correlação entre os fatores não vivos e os seres vivos de 
determinado ecossistema. 
Sugerimos que organize uma exposição, se possível para toda a escola, com os resultados das 
pesquisas para a socialização e apresentação dos grupos, de modo que todos os(as) alunos(as) 
reconheçam as características dos diferentes ecossistemas brasileiros.Ecossistemas e Biomas 
 
 Para ampliar o conhecimento do(a)s estudantes sobre a temática da Diversidade de Ecossistemas 
é importante que saibam diferenciar os conceitos e características de Ecossistema e Bioma. Sugerimos 
realizar essa atividade por meio da leitura de um texto de divulgação científica, como o sugerido a seguir: 
 Ciências 33 
 
 
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/549484/ 
1- Propomos a leitura do texto “O que é um Ecossistema e um Bioma”, publicado no Dicionário 
Ambiental. ((o)) eco, Rio de Janeiro, jul. 2014. Disponível em: 
<>http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28516-o-que-e-um-ecossistema-e-um-bioma/ 
 (acesso em: 26.03.2019). 
 
Professor(a), propicie a realização de uma leitura coletiva do texto e solicite que façam as atividades 
propostas, conforme segue: 
 
1. Considerando as informações contidas no artigo, complete as lacunas do quadro I. 
 
QUADRO I: ______________________________ 
 
 
Ecossistemas Bioma 
Definição 
 
 
 
 
Características 
 
 
 
 
Diferenciação 
 
 
 
 
 
Indicar as fontes pesquisadas: ________________________________________________________ 
 Ciências 34 
 
O quadro tem o objetivo de facilitar a compreensão do assunto pesquisado, por meio da apresentação de 
informações de modo resumido, oferecendo uma visão geral do conteúdo em questão. Importante dar 
um título ao quadro que traduza a informação principal do assunto pesquisado, e no rodapé, incluir a 
fonte e data que localizou a informação. 
 
2. Apresentando exemplo(s) de Biomas e Ecossistemas: 
 Em duplas ou grupos produtivos, construam uma sugestão de quadro com os exemplos de 
biomas e de ecossistemas e socializem com os demais grupos de sua turma. Seu(sua) professor(a) irá 
orientá-lo(a)s e, coletivamente, vocês decidirão pelo quadro que apresentou e traduziu de forma mais 
clara as informações solicitadas. 
 
Objeto de conhecimento: Conservação, preservação e uso sustentável 
Habilidade (EF07CI7B) Investigar o território paulista para identificar em sua extensão as Unidades 
de Conservação da Natureza e argumentar sobre suas características e importâncias em relação à 
preservação, à conservação e o uso sustentável. 
 
Para iniciar a discussão sobre Conservação, Preservação e Uso Sustentável dos recursos 
naturais, indicamos a animação: “Floresta”, disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=106&v=CQsr7dScBlU> (acesso em 19.04.2019). 
 Recomendamos que, antes da exibição do vídeo, oriente sua turma para que anotem em seus 
cadernos os pontos que acharem relevantes e explique que, posteriormente, irão responder a algumas 
questões em roda de diálogo. 
Propomos, após a exibição, que solicite ao(a)s alunos traduzirem, em poucas palavras, a 
mensagem mais marcante do vídeo. Anote as falas para que todo(a)s possam visualizar e inicie uma 
discussão, a partir das seguintes questões: 
 
Por que as florestas são importantes para os seres vivos? 
Por que o manejo sustentável dos recursos naturais é fundamental para a sobrevivência das 
florestas? 
As demandas crescentes da sociedade por produtos florestais, prejudicam a preservação da 
saúde das florestas e da diversidade? 
 
 Ciências 35 
 
Importante que, com sua mediação, fique claro para os(as) estudantes que o uso sustentável da 
floresta consiste em fazer uso de recursos de determinada área florestal, de forma que mantenha o 
equilíbrio do ecossistema e a conservação da saúde das florestas, bem como da sua biodiversidade, para 
o presente e futuro, em nível local, nacional e global. Ou seja, utilizar os recursos sem causar danos e 
desequilíbrio aos ecossistemas. 
Durante esta conversa, você poderá corrigir os possíveis erros e ampliar os conceitos estudados. 
 
Para dar continuidade aos trabalhos e atender a habilidade proposta, sugerimos investigar no 
território paulista as Unidades de Conservação da Natureza, onde os(as) estudantes reconhecerão as funções e 
a importância da manutenção desses territórios, tanto para a preservação das espécies quanto para a 
garantia de um ambiente mais equilibrado e que possibilite a existência humana. 
Importante orientar sua turma que, ao longo da história, muitos povos e civilizações 
reconheceram a necessidade de proteger áreas naturais pelos mais diversos motivos, sendo associadas a 
questões socioculturais, mitos ou a fatos históricos marcantes, e por aspectos de importância 
socioambientais como: a proteção de fontes de água, reserva de caça e outros recursos naturais. 
Para provocar os(as) estudantes a refletirem sobre o assunto, sugerimos apresentar a frase a 
seguir, disponível no site do Ministério do Meio Ambiente: 
 
“Unidade de Conservação é vida, é diversidade, é riqueza, é patrimônio nacional!” 
Você está de acordo com essa afirmação? 
 
 Professor(a), individualmente ou em grupo, oriente os (as) estudantes para localizarem em livros 
didáticos, atlas ou outras fontes, informações sobre as Unidades de Conservação da Natureza e 
responderem às questões, conforme segue. 
 
1. O que é o SNUC? 
2. O que são Unidades de Conservação? Cite três exemplos. 
3. Considerando os objetivos do SNUC, responda: 
a) Há alguma relação entre SNUC, proteção da biodiversidade e dos ecossistemas? Justifique. 
b) É possível utilizar recursos naturais provenientes de Unidades de Conservação (UC)? Quais 
atividades podem ser desenvolvidas em UCs? Explique. 
4. Considerando as Categorias de Proteção Integral e de Uso Sustentável, construa, em seu caderno 
pessoal, dois quadros e os preencha, seguindo o modelo apresentado a seguir: 
 
 Ciências 36 
 
Quadro 1: Unidades de Conservação de Proteção Integral 
Unidade de 
Conservação 
Objetivos Exemplos 
 
 
Quadro 2: Unidades de Conservação de Uso Sustentável 
Unidade de 
Conservação 
Objetivos Exemplos 
 
 
Proposta de elaboração de um Seminário sobre Unidade de Conservação 
 
Professor(a), organize sua turma em grupos produtivos e oriente-os a realizarem um seminário 
sobre Unidades de Conservação no território paulista. Para tanto, poderão pesquisar em livros 
didáticos, internet, atlas e ou outras fontes disponíveis, a partir do roteiro sugerido a seguir. 
 
1. Denominação da Unidade de Conservação e classificação conforme a categoria. 
2. Principais características. 
3. Importância em relação à preservação, à conservação e o uso sustentável. 
4. Localização no Estado de São Paulo (município(s)). 
5. Flora e Fauna predominantes. 
6. Fotos e ilustrações. 
7. Bibliografia. 
 
Organize as apresentações dos grupos para que toda turma identifique as Unidades de 
Conservação da Natureza no território paulista e argumentem sobre suas características e importâncias 
em relação à preservação, à conservação e o uso sustentável dos recursos, quando for o caso. 
Os dados obtidos também poderão ser organizados em um painel para exposição no espaço 
escolar. 
 Caso haja possibilidade, realize uma atividade de campo, como uma visita a uma Unidade de 
Conservação da Natureza de sua região, em que os(as) estudantes poderão conhecer o que estudaram in 
loco e, assim reconhecer, por experiência, os objetivos e a importância da manutenção desses territórios 
 Ciências 37 
 
tanto para a preservação das espécies quanto para a garantia de um ambiente mais equilibrado, que 
possibilite a existência humana. 
 
Elaboração de um Debate sobre o Código Florestal 
 
Indicamos a leitura do texto “Agricultura e Floresta: o desafio do equilíbrio” com sua turma, 
para aprofundar os estudos e oferecer subsídios à elaboração de um debate sobreo Código Florestal. 
 
Agricultura e Floresta: o desafio do equilíbrio 
 (...) Uma forma de introduzir o tema é perguntar se os educandos já ouviram falar sobre o Código 
Florestal e dar explicações sobre esta lei, que determina que toda propriedade rural preserva uma parte 
de vegetação natural, constituindo as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais 
(RLs).O primeiro Código Florestal Brasileiro foi instituído pelo Decreto nº 23.793, de 23 de janeiro de 
1934, revogado posteriormente pela Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, a qual foi substituída pela 
Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Esse código estabelece as Áreas de Preservação Permanente 
(APPs), que correspondem às margens de cursos d’água e de nascentes, aos topos de morro e outras 
elevações, às encostas com declive superior a 45 graus, às restingas, dunas e mangues, às bordas de 
tabuleiros e chapadas etc. Porém, quando se trata de obras de interesse público, é permitida a retirada da 
vegetação para sua execução (desde que com licenciamento ambiental e execução das medidas 
ambientais indicadas). Além das APPs, outros tipos de áreas de preservação são estabelecidos, como as 
Reservas Legais (RLs), que são partes da propriedade que devem ser mantidas em sua forma nativa, mas 
que podem ser exploradas dentro de certos limites. Para o estado de São Paulo e outras regiões do Brasil 
(exceto a Amazônia Legal), as RLs correspondem a 20% da propriedade rural. O Código Florestal 
determina, ainda, que empresas que utilizam matéria-prima oriunda de florestas devem manter áreas de 
reflorestamento, bem como estipula as penalidades por agressão a áreas preservadas, com agravante 
quando a infração ocorrer no período de dispersão das sementes. Agora, entremos no ponto crítico: 
estamos vendo há algum tempo uma grande movimentação em relação à alteração do Código Florestal. 
Isso porque foram propostas algumas alterações para que se criasse um Código Florestal Brasileiro, o 
qual foi aprovado por meio da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 201213. E quais foram as alterações? 
Você, educador(a), pode ter acompanhado e já conhecê-las, mas vamos relembrá-las? O Novo Código 
Florestal trouxe mudanças relativas à extensão das APPs que precisam ser recompostas, a qual passou a 
ser variável conforme o tamanho da propriedade, ao uso, composição e extensão das RLs (as APPs 
passaram a ser computadas nas RLs e foram criadas regras mais flexíveis para as RLs na Amazônia 
Legal, comparando-se com a antiga lei), à legislação ambiental em áreas urbanas (as regras foram 
 Ciências 38 
 
flexibilizadas), à compensação da RL fora da propriedade rural (que antes só era admitida na mesma 
microbacia e hoje pode ser no mesmo bioma), entre outras. Também prevê o Cadastro Ambiental 
Rural, que deveria ser feito até dia 6 de maio de 2015, por todos os proprietários rurais para 
regularizarem suas propriedades. Um dos questionamentos mais levantados se refere às bases científicas 
em que se criou o antigo e o novo Código Florestal. Alguns trabalhos acadêmicos 14 mostram que 
existe base científica para a formulação e para as posteriores alterações desta lei até agora, o que não 
parece ter ocorrido para essa última proposta aprovada. Apesar dos avanços nos conhecimentos 
biológicos e tecnológicos, segundo os autores citados, essa alteração do código parece ignorá-los. De 
acordo com tais trabalhos, algumas mudanças são necessárias, mas não essas que foram aprovadas. Por 
exemplo, sobre a alteração da extensão das APPs, o autor diz que faltam conhecimentos científicos 
tanto no código antigo, quando se fala de uma APP com no mínimo trinta metros para rios de até dez 
metros de largura, quanto no novo, que prevê a obrigatoriedade de recomposição de até quinze metros 
nesses casos. Os trabalhos citados indicam que as recentes alterações deste Código, em particular a 
mudança na extensão e as regras de uso das Reservas Legais, podem trazer graves prejuízos ao 
patrimônio biológico e genético brasileiro. Na mídia, têm aparecido termos como “ambientalistas” e 
“ruralistas”. Seria interessante o(a) educador(a) esclarecer esses termos aos educandos. Os chamados 
“ambientalistas” são tidos como aqueles que defendem o antigo código ou alterações mais voltadas à 
proteção do meio ambiente, geralmente formados por pesquisadores, estudantes de biologia e áreas 
afins, representantes de ONGs da área ambiental, entre outros. São tidos como “ruralistas” os 
agricultores, que têm seu espaço de produção a princípio diminuído ao cumprir a lei e pela preocupação 
com seus lucros não querem cumpri-la. É preciso analisar essas denominações utilizadas pela mídia com 
senso crítico, pois elas trazem em si certo reducionismo e não abarcam a complexidade do tema. Não se 
trata de ser “contra” ou “a favor” das mudanças, mas sim discuti-las e buscar alternativas de conciliação 
entre a proteção ambiental e a produção agropecuária. 
Autores: Aline Campos Harissis, Maria Luísa Bonazzi Palmieri e Rosa Maria Galera Gonçalves 
 
A Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, na íntegra, pode ser consultada em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20112014/2012/Lei/L12651.htm.> 
A publicação “O Código Florestal e a Ciência: contribuições para o diálogo” de 2011, elaborado pela Sociedade 
Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) está disponível em 
http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-547.pdf 
O artigo “O Código Florestal tem base científica?” de autoria de Jean Paul Metzger, publicado em 2010 (disponível em 
http://www.lerf.esalq.usp.br/divulgacao/recomendados/artigos/metzger2010.pdf) e http://iflorestal.sp.gov.br/2015/04/16/educatupi-sugestoes-de-atividades-para-as-escolas-que-
visitam-a-estacao-experimental-de-tupi/ 
 
 Ciências 39 
 
Professor (a), este é um assunto que pode ser trabalhado em diferentes áreas do conhecimento, 
pois trata de um tema transversal. Uma forma indicada de abordá-lo é organizar um debate com a 
classe dividida em grupos de 5 ou 6 pessoas. 
Como preparação para o debate, apresente ou oriente o(a)s estudantes a realizar uma pesquisa 
sobre as alterações do Novo Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012), em relação ao 
antigo (Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965). Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12651.htm 
Para que a atividade seja bem-sucedida, recomenda-se que o(a)s educando(a)s sejam 
orientado(a)s a dividirem seus papéis dentro do grupo (por exemplo, quem vai ser o orador, quem vai 
pesquisar cada assunto, quem vai ser o relator e fazer o resumo escrito do que deve ser abordado etc.). 
Assim obtém-se uma melhor organização do trabalho. 
Supondo que a sala tenha seis grupos no total, três podem ser a favor das alterações e três se 
posicionarem contra. Antes de começar o debate, os grupos de opiniões afins se reúnem, trocam 
informações e se preparam. 
A partir da pesquisa realizada e da experiência com o debate, uma sugestão é montar murais na 
escola com o fruto dessas discussões e convidar pessoas envolvidas com o tema, para participar de uma 
mesa-redonda sobre o assunto. 
Nesse dia, é importante deixar um tempo de debate suficiente para que toda a comunidade 
escolar possa participar ativamente das discussões, apresentando informações, reflexões e dúvidas. 
 
É importante que todo(a)s entendam que a ideia difundida em alguns grupos sociais, de que a 
conservação de ambientes naturais é um empecilho para o desenvolvimento da sociedade, é errônea. 
 
É de conhecimento geral, que os ecossistemas naturais geram importantes “serviços ambientais” 
para nós. Além de água, madeira, alimentos, recursos ornamentais e produtos farmacêuticos, os 
ecossistemas regulam

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