Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ciências 1 Ciências 2 SUMÁRIO Fundamentos da Área de Ciências da Natureza .................................................... .03 Unidades Temáticas do Componente Ciências ....................................................... 04 6º ANO .................................................................................................................. 06 7º ANO ............................................................................................................... ... 25 8º ANO .................................................................................................................. 48 9º ANO ................................................................................................................. 77 Ciências 3 Fundamentos da Área de Ciências da Natureza A área de Ciências da Natureza tem como objetivo principal promover a educação científica, cujo papel é propiciar subsídios teóricos e desenvolver competências para a participação cidadã e a tomada de decisões fundamentadas, baseadas na aquisição de conhecimentos científicos contextualizados (fatos, conceitos, teorias...) e também no desenvolvimento de habilidades por meio de procedimentos científicos, resolução de problemas, e, sempre que possível, na aplicação em situações reais do cotidiano. Na Educação Básica, para a Área de Ciências da Natureza, os conhecimentos dos componentes curriculares, Ciências, no Ensino Fundamental, e Química, Física e Biologia no Ensino Médio, necessitam ser abordados considerando o contexto histórico e social, suas tecnologias e as relações dos temas e assuntos apresentados com outras áreas do conhecimento, e com as temáticas transversais, como também precisam apresentar os fundamentos que estruturam o trabalho curricular e que dizem respeito ao desenvolvimento didático e metodológico desses conhecimentos. O ensino da Área de Ciências da Natureza visa, ainda, instrumentalizar o(a)s estudantes para o reconhecimento de que existem diferentes explicações sobre o mundo, os fenômenos da natureza e as transformações produzidas pelos seres humanos. Nesse sentido, entende-se que tais conhecimentos devem ser expostos e comparados, pois contrapor e avaliar diferentes saberes favorece o desenvolvimento de postura reflexiva, crítica, questionadora e investigativa, de não- aceitação a priori de ideias e informações; contribui para o desenvolvimento da capacidade de diferenciar fato de opinião e de crença, possibilitando a percepção dos limites de cada modelo explicativo, inclusive dos científicos, e colaborando para a construção da autonomia de pensamento e ação. O processo de ensino e aprendizagem demanda ressaltar o reconhecimento de que cada membro da comunidade escolar é um componente integrante de todo o conjunto da escola, portanto, o desenvolvimento de trabalhos em parceria, também por meio de projetos interdisciplinares, necessita ser priorizado. Assim, utilizar como estratégia educativa as atividades investigativas, em torno de situações de desafios ou na resolução de problemas, de modo que o estudante possa atuar e se reconhecer como protagonista no processo de sua aprendizagem, Ciências 4 inclusive para o desenvolvimento de projetos colaborativos escolares e atuação cidadã, é um princípio desta área de conhecimento. Nesse sentido, os estudos que envolvem a área de Ciências da Natureza devem primar para o entendimento de que o conhecimento científico, como todo conhecimento, objetiva contribuir para uma aprendizagem significativa, para promover o espírito crítico, a reflexão e a formação da cidadania planetária. Unidades Temáticas do Componente Ciências Para apresentarmos os conteúdos, temáticas e/ou assuntos do componente de Ciências de cada ano do Ensino Fundamental - Anos Finais, no contexto da Educação Integral, que considera a autonomia e a construção da identidade dos estudantes em espaços de articulação entre conhecimento intelectual e as competências socioemocionais, foi organizado um quadro que apresenta os Objetos do Conhecimentos distribuídos nas Unidades Temáticas de Ciências. O Currículo de Ciências do Estado de São Paulo, implementado desde 2008, considerando a política educacional da SEE-SP, apoiado pelo ”Programa São Paulo faz Escola”, estabeleceu a sua estrutura em torno de quatro eixos temáticos: Vida e ambiente, Ciência e tecnologia, Ser humano e saúde e Terra e Universo, que se repetem ao longo dos anos, em espiral, e que por sua vez, cada um desses eixos temáticos estruturam-se em subtemas, de acordo com o seu ano. Atendendo o estabelecido na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Educação Básica- Ensino Fundamental, para o componente curricular de Ciências, o Currículo Paulista, se estrutura em três Unidades Temáticas: Matéria e Energia, Vida e Evolução e Terra e Universo que se repetem ao longo dos anos. Cada uma dessas Unidades temáticas engloba variedades de habilidades, que estão relacionadas aos seus Objetos de Conhecimento. Cada Objeto de Conhecimento deixa de ser o foco central e passa a ser um meio para que as habilidades sejam desenvolvidas. Portanto, a apresentação, a condução, o planejamento e transposição das informações, na escolha de determinado objeto de conhecimento, bem como de suas estratégias e metodologias para o processo ensino aprendizagem, é que poderão garantir a possibilidade do desenvolvimento de uma ou mais habilidades dentro de uma mesma Unidade Temática. Ciências 5 O quadro abaixo apresenta os Objetos de Conhecimento para os Anos Finais do Ensino Fundamental para cada Unidade Temática. Quadro – Apresentação dos Objetos do Conhecimentos das Unidades Temáticas por ano Unidade Temática Matéria e Energia Vida e Evolução Terra e Universo 6º ano Objetos de conhecimento: Misturas homogêneas e heterogêneas Separação de materiais Transformações químicas Materiais sintéticos Objetos de conhecimento: Célula como unidade dos seres vivos Célula como unidade da vida Níveis de organização dos seres vivos Interação entre os sistemas locomotor e nervoso Interação entre os sistemas muscular e nervoso Lentes corretivas Sistema locomotor ou esquelético Objetos de conhecimento: Forma, estrutura e movimentos da Terra 7º ano Objetos de conhecimento: Máquinas simples Formas de propagação do calor História dos combustíveis e das máquinas térmicas Equilíbrio termodinâmico e vida na Terra Objetos de conhecimento: Diversidade de ecossistemas Fenômenos naturais e impactos ambientais Programas e indicadores de saúde pública Objetos de conhecimento: Composição do ar Efeito estufa Camada de ozônio Fenômenos naturais (vulcões, terremotos e tsunamis) Placas tectônicas e deriva continental 8º ano Objetos de conhecimento: Fontes e tipos de energia Transformação de energia Circuitos elétricos Uso consciente de energia elétrica Cálculo de consumo de energia elétrica Objetos de conhecimento: Mecanismos reprodutivos Sexualidade Objetos de conhecimento: Sistema Sol, Terra e Lua Clima 9º ano Objetos de conhecimento: Estrutura da matéria Radiações e suas aplicações na saúde Aspectos quantitativos das transformações químicas Objetos de conhecimento: Hereditariedade Ideias evolucionistas Preservação da biodiversidade Objetos de conhecimento: Composição, estrutura e localização dos Sistema Solar no Universo Astronomiae cultura Vida humana fora da Terra Ordem de grandeza astronômica Evolução estelar Ciências 6 Guia de Transição de Ciências – 6º ano – 2º bimestre Apresentação Professor(a), com o intuito de auxiliá-lo(a) na organização de seus planos de aula, este guia apresenta um conjunto de orientações pedagógicas com sugestões de atividades, que propõem o desenvolvimento de conceitos, conteúdos, habilidades e competências fundamentadas nos princípios da BNCC e na construção colaborativa do Currículo Paulista - Versão 2, e em articulação com o proposto no Currículo Oficial do Estado de São Paulo. Orientações Pedagógicas e Recursos Didáticos A apresentação das orientações desse Guia de Transição - 2º bimestre seguirá a mesma estrutura de organização utilizada no 1º bimestre. Buscou-se a ênfase para o desenvolvimento de atividades que estimulem a pesquisa investigativa, possibilitem reconhecer e aprimorar diferentes níveis do processo ensino aprendizagem, por meio de ações pedagógicas que não se restringem à apresentação e execução de atividades com práticas experimentais e demonstrativas, mas que apresentem, também, espaços para diálogos e rodas de conversa, de modo a proporcionar o desenvolvimento da argumentação e capacidade de escuta. Dessa forma, busca-se proporcionar maior interação nas relações interpessoais dos participantes, tanto entre você, professor(a) e estudantes, quanto entre o(a)s colegas da turma, visando também propiciar análise crítica de situações desafiadoras ou situações-problema, para que todo(a)s se reconheçam como protagonistas das ações, inclusive no e para o desenvolvimento de projetos escolares e em ações cidadãs. Sendo assim, apresentamos estratégias pedagógicas já conhecidas, e trazendo possibilidades diferenciadas e contextualizadas em sua aplicação prática, buscando atender os elementos norteadores e estruturantes para a elaboração de planos de aula, propostos em três momentos referenciais. Momento 1: Compreende ações pedagógicas que visam o envolvimento do(a)s estudantes, com a temática e aprendizagens que se pretende alcançar, bem como prevê atividades de sensibilização, sempre com o intuito de propiciar processos pedagógicos contextualizados e que permitam o desenvolvimento integral Ciências 7 de nosso(a)s educando(a)s. Indicações de avaliação também são apresentadas nesse momento, inclusive a autoavaliação. Momento 2: São apresentadas sugestões de atividades, que incluem indicações de diferentes referenciais para organização do planejamento a ser construído e definido pelo(a)s professore(a)s, buscam contribuir com o desenvolvimento de conteúdos, habilidades específicas e competências. Essas atividades podem ser apresentadas em etapas, considerando sensibilização, sistematização, avaliação com foco na investigação, argumentação, na leitura e escrita, nos registros, na comunicação, entre outros. Não visa cobrir todas as aulas do bimestre, assim, cada professor e professora poderá incluir outras atividades que julgar pertinentes. Momento 3: Visa a sistematização da aprendizagem, também por meio do desenvolvimento de atividades, que permitam perceber quais das aprendizagens esperadas o(a)s estudantes se apropriaram, bem como se são capazes de estabelecer relações entre os conhecimentos adquiridos e utilizá-los para compreensão e interferência na realidade, seja para resolução de problemas, para adoção de atitudes pessoais e coletivas, entre outros. Nesse momento é fundamental que se insira uma atividade de autoavaliação sistematizada, na qual o(a)s estudantes e o(a) professor(a) possa(m) ter clareza das metas atingidas. Observação: As dificuldades devem ser identificadas coletivamente para traçar novas estratégias. Avaliação: A avaliação deve ocorrer durante todo o processo, inclusive a autoavaliação deve ser estimulada, pois coloca o(a) estudante como protagonista do processo de aprendizagem. Nesse sentido, entende-se ser importante que os(as) estudantes realizem atividades para diagnóstico dos conhecimentos adquiridos, tanto em comparação com os saberes prévios anunciados pelo(a)s estudantes, como os analisados durante o processo, parcialmente ou no coletivo da turma. Para que se possa avaliar com maior rigor, é importante que as sistematizações sejam feitas por meio de registro elaborado pelo(a) aluno(a). Dados e informações sobre a aquisição de conteúdo/assuntos específicos e/ou de habilidades poderão nortear a escolha de procedimentos e atividades a serem aplicadas no final de um percurso. Ao aplicar atividades de intervenção socioambiental, por exemplo, é possível perceber o desenvolvimento de competências (atitudes e valores). Ciências 8 ATIVIDADES PEDAGÓGICAS PARA O SEGUNDO BIMESTRE Iniciando a conversa: apresentação das aprendizagens esperadas Sugerimos realizar, antes do desenvolvimento das atividades, uma apresentação das aprendizagens esperadas, que incluem o quadro de conteúdos, habilidades e competências previstas a serem desenvolvidas. A fim de engajar os(as) estudantes no processo de aprendizagem de forma participativa e corresponsável, propõe-se, neste momento realizar uma sondagem dos conhecimentos que eles possuem sobre os dados do Quadro 1, que contém os conteúdos, assuntos e habilidades propostos para o 6º ano _2º bimestre. Quadro 1 - Articulação entre as competências, habilidades e objetos de conhecimento previstos no 6º ano do 2º bimestre – Unidade Temática: Vida e Evolução. Objetos de Conhecimento Habilidades de Ciências Currículo Paulista (Versão 2) (Transição EF 6º ano) Competências Específicas de Ciências Currículo Paulista (versão 2) Competências Gerais Base Nacional Curricular Comum (BNCC) correspondentes Célula como unidade dos seres vivos (EF06CI05) Identificar a organização básica da célula por meio de imagens impressas e digitais, de animações computadorizadas e de instrumentos ópticos, reconhecendo-a como unidade estrutural e funcional dos seres vivos unicelulares e pluricelulares, na perspectiva da História da Ciência. CE nº3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. CG 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos nas diferentes áreas. Ciências 9 Níveis de organização dos seres vivos. (EF06CI06) Concluir com base na análise de ilustrações e ou modelos (físicos ou digitais), que os organismos são um complexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de organização. CE nº3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. CG 2. Exercitara curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos nas diferentes áreas. Promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para ouvir, esclarecer os assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas, assim como propor e negociar algumas alterações, se necessárias, desde que comprometidas com a aprendizagem a que todos(as) têm direito. Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, conforme foi orientado no Guia do bimestre anterior, é importante que você (re)visite a lista de acordos construídos colaborativamente, com o objetivo de estabelecer uma boa gestão de sala de aula no processo ensino-aprendizagem da turma. Observação: Neste momento de transição curricular, é importante que você, professor(a), realize uma análise das aprendizagens já adquiridas por seus(suas) aluno(a)s. Lembramos que as sugestões podem e devem ser aprimoradas e adaptadas às possibilidades e necessidades das turmas. Primeiro Momento Unidade Temática: Vida e Evolução A unidade temática Vida e Evolução propõe o estudo de questões relacionadas aos seres vivos (incluindo os seres humanos), suas características e necessidades, e a vida como fenômeno natural e social, os elementos essenciais à sua manutenção e à compreensão dos processos evolutivos, que geram a diversidade de formas de vida no planeta. Outro foco dessa unidade é a percepção de que o corpo humano é um todo dinâmico e articulado, e que a manutenção e o funcionamento harmonioso desse Ciências 10 conjunto dependem da integração entre as funções específicas desempenhadas pelos diferentes sistemas que o compõem. Fontehttp://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf acesso em 18.04.2019. Objeto de conhecimento: Célula como unidade dos seres vivos. Habilidade (EF06CI05) Identificar a organização básica da célula por meio de imagens impressas e digitais, de animações computadorizadas e de instrumentos ópticos, reconhecendo-a como unidade estrutural e funcional dos seres vivos unicelulares e pluricelulares, na perspectiva da História da Ciência. Professor(a), como sensibilização e introdução à temática, sugerimos a realização de uma atividade prática, olhando para o nosso entorno, voltada à observação do ambiente, com vistas a identificar seus componentes, de maneira especial, seres vivos e fatores não vivos. Organize, primeiramente, qual ambiente será visitado. Depois, defina um pequeno roteiro com a turma do que é interessante observar nesse ambiente. E não se esqueça de orientá-los a registrar na escrita, ou por meio de imagens (fotos e/ou desenhos) no caderno. Sugestão de Roteiro para Observação a) Qual é o ambiente que está sendo observado? b) Descreva quais são as características encontradas nesse ambiente. c) Cite os elementos que você observou. d) A partir dos elementos identificados, quais destes são considerados seres vivos? e) E os que não são seres vivos? f) Como podemos diferenciar os seres vivos dos elementos não vivos? Comente. Observação: Se for possível, peça que o(a)s estudantes levem para a atividade de observação uma lupa escolar, para que possam explorar o máximo possível das observações. É importante, professor(a), que os(as) aluno(as) observem também a presença de pequenos seres vivos nesse ambiente, como os Líquens por exemplo. Sugerimos que, após terem realizado a atividade de observação no ambiente escolar, os alunos(as) observem as imagens apresentadas a seguir, e comentem sobre o que possuem em comum. Solicite que registrem suas ideias no caderno. Ciências 11 1-Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/flores-borboletas-bela-orange-19830/Imagem de LarisaKoshkina por Pixabay 2 - Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Amanita-muscaria-fliegenpilz-b.jpg 3- Fonte:https://pixabay.com/pt/photos/koli-bact%C3%A9rias-escherichia-coli-123081/ Imagem de Gerd Altmann por Pixabay Para dar sequência à atividade, sugerimos apresentar aos(às) aluno(a)s os seguintes questionamentos: É possível perceber semelhanças entre as imagens acima e nos elementos observados na atividade prática? O que há em comum entre todos? Durante as observações, que realizou na atividade de campo, você identificou semelhanças entre eles? Espera-se que, com a “chuva de ideias” obtidas a partir das respostas da turma, o(a)s aluno(a)s tenham chegado à conclusão de que as semelhanças entre os elementos observados no ambiente e nas imagens, é a de que todos são seres vivos. Para continuar a conversa sobre o tema em questão, sugerimos que realize novamente com sua turma alguns questionamentos, exemplificados abaixo, e procure anotar na lousa as diversas respostas obtidas. Do que são constituídos os seres vivos? Do que se constituem os animais e vegetais? Há diferenças entre as plantas e os animais? E entre plantas e bactérias? Depois de dialogarem a respeito e do registro das propostas trazidas pelos(as) alunos(as), e para que possam responder adequadamente a esses questionamentos, sugerimos que você, professor(a) oriente-os a realizarem uma pesquisa em livros ou na internet sobre o tema “Do que são constituídos os seres vivos?” Em seguida, após a pesquisa dos(as) alunos(as) para a busca de possíveis respostas, organize um momento para socializarem os resultados da e, sempre que necessário faça as explicações. Ciências 12 A partir das respostas do(a)s aluno(a)s construídas coletivamente, sugerimos a leitura do texto abaixo para complementar as discussões. O texto refere-se aos conceitos de célula e poderá ajudá-lo(a)s a entender melhor o assunto que estão estudando. Texto: Afinal, do que os seres vivos são constituídos? Muitas respostas poderão surgir após os questionamentos da atividade anterior. Como, por exemplo, que os seres vivos são formados de átomos e moléculas. Não está errada a resposta, porém, para os biólogos, a resposta mais apropriada é que os seres vivos são constituídos de célula, conforme descrito pela Teoria Celular. Mas afinal, o que é essa tal teoria celular? Significa que, pesquisadores ao estudarem a estrutura de organismos, tais como plantas e outros seres vivos, como os animais, perceberam que ambos se constituem de pequenas unidades básicas, que denominamos de célula. A partir Teoria Celular, pode-se afirmar que: 1- Todos os seres vivos são formados por células (unidades morfológicas da vida). 2- As atividades essenciais que caracterizam a vida, ocorrem no interior das células (atividades funcionais ou fisiológicas). 3- Novas células irão se formar a partir das células que já existem. Então... pessoas, borboletas, o cachorro, o gato, as plantas, as minhocas, as flores, os fungos, as bactérias e todos os demais seres vivos existentes no planeta são constituídos por células. Porém, as espécies pertencentes a alguns grupos possuem muitas células e, por isso são chamados de Pluricelulares e organismos, de diferentes grupos, são constituídas por apenas uma célula, sendo denominados Unicelulares. Agora, você já pode dizer que há semelhanças entre todos os seres vivos observados, tanto na atividade de campo como nas imagens acima, certo? E aí perguntamos novamente: Afinal, do que os seres vivos são constituídos? (Texto elaborado especialmente para oGuia de Transição 2019). Professor(a), sugerimos que, após a leitura do texto, solicite aos(às) estudantes que se organizem em duplas e façam uma pesquisa em livros didáticos e/ou sites, conforme sua indicação, para responder às seguintes questões: Ciências 13 1. Quem foi o autor ou autores e em qual ano foi apresentada a Teoria Celular? 2. Quais são as atividades essenciais realizadas no interior das células? 3. Como ocorre a formação de novas células? 4. Indique três tipos de células presentes no corpo humano. Recomendamos solicitar o registro das respostas, no caderno, e preparar uma aula para dialogar sobre o assunto a partir das respostas socializadas pelas duplas, esclarecendo as dúvidas. Nesse momento, você poderá indicar itens que serão aprofundados posteriormente. Seres Unicelulares e Pluricelulares Sugerimos dar continuidade aos trabalhos, reforçando o entendimento de que todos os seres vivos são constituídos de células, mas que há diferenças entre a quantidade de células encontradas nos diversos grupos. Para facilitar o entendimento, recomendamos apresentar exemplos de organismos uni e pluricelulares. Se possível, projete imagens de seres unicelulares e pluricelulares e faça questionamentos, conforme segue: Observem as imagens a seguir e respondam: Figura 1: Fonte:https://pixabay.com/pt/photos/koli-bact%C3%A9rias-escherichia-coli-123081/ Figura 2: Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Archivo:Grupo_de_Paramecium_caudatum.jpg 1. Que seres estão representados na figura 1? E na figura 2? 2. Como esses seres sobrevivem com uma única célula? Por exemplo, como se alimentam e conseguem a energia para viver? Para dar sequência ao diálogo anterior, sugerimos apresentar as seguintes imagens e questionamentos: Ciências 14 Figura 1: Fonte:https://pixabay.com/pt/photos/flores-borboletas-bela-orange-19830/ Figura 2: Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Amanita-muscaria- fliegenpilz-b.jpg Figura 3: Fonte:https://pixabay.com/pt/photos/anatomia-homem-humano-corpo-pele-254129/ Imagem de GerdAltmann por Pixabay 1. Que seres estão representados nas figuras 1, 2 e 3? 2. Eles possuem uma ou várias células? Comente. 3. Todas as células desses organismos desempenham as mesmas funções? Explique. Professor(a), com as ideias do(a)s estudantes registradas, recomendamos que, considerando a realidade de seus(suas) estudantes, prepare uma aula com muitas imagens esclarecendo possíveis dúvidas, de modo que possam prosseguir os estudos sobre as células. Partes Fundamentais da Célula Professor(a), nesse momento, propomos que oriente o(a)s estudantes a realizarem uma busca pelos livros didáticos de Ciências e/ou na internet (via celular ou sala de informática, caso tenha), sobre o nome e as funções de algumas estruturas, que fazem parte da célula animal. A seguir, apresentamos uma imagem que representa o modelo tridimensional de uma célula animal. Sugerimos que use como modelo para orientar a pesquisa do(a)s estudantes. Observação: Procure deixar claro para os alunos(as) o conceito de “modelo” e o porquê do uso deles para explicar alguns conceitos da Ciência. Após localizarem exemplos de célula animal, apresente a seguinte questão: Com a ajuda de livros didáticos ou internet, identifique e descreva em seu caderno as funções da Membrana plasmática, do Citoplasma, do Núcleo e das Mitocôndrias. Ciências 15 Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Célula 1- Nucléolo 2- Núcleo 3- Ribossomos 4- Vesículas 5- Retículo endoplasmático rugoso 6- Complexo de Golgi 7- Citoesqueleto 8- Retículo endoplasmático liso 9- Mitocôndrias 10- Vacúolo 11- Citoplasma 12- Lisossomos 13- Centríolos 14 Membrana plasmática. Recomendamos que promova uma roda de diálogo, para que conversem sobre os resultados obtidos durante a pesquisa. Nesse momento, é importante tirar dúvidas e complementar com explicações sempre que necessário. Solicite que desenhem ou colem uma imagem de célula animal no caderno (ou em uma folha sulfite), deixando um espaço ao lado. Depois de terem aprendido um pouco sobre a Célula animal, sugerimos que aproveite esse momento da pesquisa, nos livros didáticos ou na internet, e peça que desenhem ou colem uma imagem do modelo de uma célula vegetal, ao lado da célula animal. Propomos que verifique se todo(a)s possuem as duas imagens, em seus cadernos, e proponha uma atividade para desenvolverem a habilidade de comparação, por meio da análise das duas células: 1. Peça que analisem as duas células e anotem as semelhanças observadas. 2. Continuem a análise registrando as diferenças observadas entre os dois tipos de célula e registrem. Converse a respeito, se possível, por meio de imagens projetadas, de modo a garantir que entendam que, apesar das semelhanças, existem diferenças importantes entre esses dois grupos de seres vivos, que são demonstradas também em suas células. Ciências 16 Professor(a), é importante os(as) alunos(as) perceberem as diferenças que há entre esses seres vivos e que também são muito complexos, estruturalmente. Nesse momento, é esperado que o(a)s aluno(a)s citem as diferenças encontradas, tais como: a presença de grandes vacúolos, parede celular e cloroplasto nas células vegetais, elementos que são ausentes, ou muito raros, como é o caso dos vacúolos, nas dos animais. Para que possam compreender o mecanismo de nutrição dos vegetais, que ocorre por meio da fotossíntese, destaque, nesse momento, a presença do Cloroplasto, apenas para entenderem que uma das estruturas presentes na célula é importante para a realização deste processo. A partir do que o(a)s aluno(a)s pesquisaram da célula vegetal e compararam com a animal, aproveite para completarem a pesquisa indicando as funções das estruturas elencadas abaixo: • Parede Celular • Cloroplastos • Vacúolos Importante: Caso a escola possua microscópios, sugerimos organizar uma aula prática para visualização de células vegetais, como, por exemplo, as da cebola. Mão na massa A proposta agora é deixar a aula mais dinâmica! A partir do que foi estudado na atividade anterior, sugerimos a realização de uma atividade prática com a sua turma, na qual todo(a)s poderão participar da construção de um modelo de célula animal. A seguir, apresentamos as orientações para o(a)s estudantes. Construção de um modelo tridimensional de uma célula animal Nesse momento, convido você a construir um modelo simples de célula com algumas de suas organelas. Para isso você poderá usar massa de modelar, papel celofane transparente, plástico filme, tampinhas de garrafa pet, bolinhas de gude, macarrão, missangas e outros materiais que poderão representar as organelas. O importante é trabalhar com o reaproveitamento de materiais. Elaboração da membrana plasmática: Para a representação da membrana plasmática, usaremos uma bexiga, jornais picados, cola e água. Encha a bexiga até o tamanho aproximado de uma bola de tamanho médio. Ciências 17 Misture um pouco de cola branca com água, até ficar bem diluída e mergulhe os pedaços de jornal picado nessa solução. Em seguida cole-os na parte inferior da bexiga (aproximadamente 5 camadas), de modo que fique semelhante a uma cuba. Espere secar por volta de 24horas e depois fure a bexiga. Pronto! Sua Membrana Plasmática já poderá ser preenchida. Preenchimento da membrana plasmática: Tenha em mãos uma imagemde célula animal e, a partir da observação, utilize os materiais citados para representar as principais organelas da célula. O(A) professor(a) irá orientá-lo(a)s nessa construção. Apresentamos alguns exemplos de trabalhos produzidos com materiais reutilizáveis, por estudantes do Professor Pedro Urbano – EE Prof. Manoel da Costa Neves. ***Essa aula poderá ser compartilhada com o(a) professor(a)da disciplina de Arte, que poderá contribuir com outras sugestões e orientações. Professor(a), para trabalhar com a questão da microscopia e como podemos enxergar as células, sugerimos que utilize o texto a seguir, que pode ser apresentado aos(às) estudantes como um “Você sabia”. Você sabia... Que o instrumento usado para ampliar imagens muito pequenas, dificilmente observadas a olho nu é o Ciências 18 Microscópio? Que esse instrumento possibilitou a descoberta das células, as unidades microscópicas que constituem os seres vivos? Acredita-se que o primeiro microscópio tenha sido construído por volta de 1591, por Zacharias Janssen (1580-1638) e seu pai, que trabalhava com a fabricação de óculos. Porém foi Antonie Van Leeuwenhoek (1632-1723) quem realizou os primeiros registros de observações microscópicas. O Microscópio Óptico, assim chamado, utiliza a luz e um sistema de lentes de vidro que amplia as imagens das amostras. Com o passar do tempo, e com as novas descobertas, o microscópio óptico foi sendo aperfeiçoado e hoje pode ampliar uma imagem entre 100 e 1.500 vezes. Assim, um objeto de 0,01 mm de diâmetro e invisível a olho nu, poderá chegar a uma ampliação de até 1000 vezes. Fonte:<https://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Microsc%C3%B3pio_%C3%93ptico>, acesso em 18.04.2019. (Texto Adaptado Especialmente para o Guia de Transição Curricular). Sugerimos, como atividade prática complementar, realizar a construção de um microscópio caseiro, por exemplo o sugerido no link: <https://www.youtube.com/watch?v=HwHJhti5fLs>, (acesso em 19.04.2019), com o título: “Faça um MICROSCÓPIO caseiro com CELULAR” Diferentes tipos de células do nosso corpo Para abordar os diferentes tipos de células, sugerimos apresentar a seguinte informação: “Nosso corpo é muito complexo, somos seres pluricelulares, e, portanto, temos incontáveis números de células que interagem entre si o tempo todo, formando grupos especializados em desempenhar determinadas funções”. Ciências 19 A partir dessa informação, solicite que deem exemplo de tipos de células do corpo humano que ele(a)s conhecem e registre as ideias na lousa. Peça que copiem, no caderno, para comparar com as informações obtidas após a pesquisa em livros didáticos e/ou sites. Se possível, peça para recortarem e/ou fotografarem imagens dos tipos de células para construírem um arquivo pessoal. É importante que os estudantes visualizem diferentes tipos celulares e utilizem, se possível, os recursos audiovisuais para ajudá-los nesse sentido. As imagens a seguir referem-se a dois exemplos de diferentes tipos de células do nosso corpo, como as células do sangue (hemácias), e células que compõem o tecido nervoso, os neurônios. Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/sangue Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_nervoso Após as pesquisas, cujos resultados devem ser registrados no caderno pessoal do(a)s estudantes, promova um espaço para socialização e verificação das respostas dadas anteriormente e corrija, se necessário. Avalie se todos(a)s compreenderam que cada tipo de célula possui uma função diferente no corpo, permitindo seu pleno funcionamento. Terceiro Momento Sistematização do aprendizado Professor(a), chegamos ao fim das atividades previstas para o desenvolvimento das habilidade citada no início deste material orientador. O assunto não se esgota e você poderá trabalhar com outros materiais, para aprimorar o processo de construção do conhecimento com sua turma. Sugerimos, para finalizar o trabalho com o tema, apresentar aos(às) alunos(as) um vídeo explicativo para que você possa sistematizar o assunto e todo o conhecimento aprendido por ele(a)s durante o processo. Ao final, propomos que os oriente a produzir um texto, relatando tudo o que aprenderam sobre o tema e o que ainda tem de dúvidas para que possam ser sanadas. Ciências 20 Sugestão de vídeo: Corpo Humano_ células, órgãos, tecidos disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=e2CTn6WtRN8>, apresenta, de uma maneira lúdica e criativa, o tema Célula em uma linguagem muito próxima da faixa etária do(a)s alunos(a) dos 6º anos. Observação: professor(a), caso opte por apresentar o vídeo aos(às) estudantes, corrija a palavra epitelial, a qual é apresentada como eptelial (com p mudo). Comente com a turma que isso pode acontecer, por isso é muito importante verificar bem as fontes de pesquisa. Caso questionem o uso do vídeo, com esse equívoco, informe que a escolha foi proposital, pois trata-se de algo bastante sutil, mas que exemplifica bem essa questão. Observação: optamos em manter, pois apresenta boa parte do que foi trabalhado e usar o erro da professora do vídeo pode ser uma forma de demonstrar a importância de termos muita atenção a tudo que apresentamos aos(às)s estudantes. Considerando o exposto, indicamos que não indique o vídeo para assistirem sozinhos, sem sua interferência. Objeto do Conhecimento: Níveis de Organização dos Seres Vivos Habilidade (EF06CI06) Concluir com base na análise de ilustrações e ou modelos (físicos ou digitais), que os organismos são um complexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de organização. A seguir apresentamos propostas para desenvolver a habilidade indicada, por meio de três momentos de aprendizagem. Primeiro Momento Professor(a), nós sabemos que a organização dos seres vivos pluricelulares acontece da seguinte forma: Células - tecidos- órgãos - sistemas e organismo. Mas, para que o(a) aluno(a) entenda, teremos que usar de estratégias diferenciadas que possam facilitar a compreensão. Sugerimos, nesse sentido, que inicie a atividade com a apresentação da imagem a seguir e pergunte para seus alunos(as): Que imagem é essa e que função desempenha o órgão apresentado? Ciências 21 https://gl.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo_card%C3%ADaco#/media/File:Blausen_0470_HeartWall_gl.png “Espera-se que os alunos reconheçam que é a imagem de um coração humano e que o órgão é um dos mais importantes do nosso corpo, sendo responsável em bombear nosso sangue pelo corpo todo e desse modo, oxigenar todos os tecidos.” Novamente retornando à imagem do coração, peça para relatarem a constituição do órgão apresentado. Pergunte também: por que a imagem está recortada? “Espera-se que os(as) alunos(as) respondam que a imagem foi recortada para poder observar as camadas que compõem esse órgão.” Destaque que a parte ampliada está dividida em camadas denominadas de Pericárdio, Miocárdio e Endocárdio justamente para compreendermos sua constituição. Recomendamos que oriente o(a)s estudantes a registrarem as ideias no caderno, que serão retomadas após os estudos de aprofundamento, sugeridos a seguir. Segundo Momento A partir das explanações prévias do(a)s alunos(as), que poderá vir com concepções equivocadas, apresentamos um texto que poderá contribuir com as discussões já ocorridas com sua mediação e que poderá complementar as explicações.Ciências 22 Imagem representativa do Sistema Digestório. TEXTO: Organizando os seres vivos Assim como o coração, todos os demais órgãos do nosso corpo são constituídos de várias camadas de células, organizadas em tecidos. Por exemplo, o tecido cardíaco é formado por células especializadas para desempenhar suas funções. Podemos dizer que as células trabalham “em grupo”, constituindo os tecidos e que cada órgão tem seus grupos de tecidos, que por sua vez, ao se unirem, formarão os sistemas do nosso corpo. Por exemplo, o sistema digestório, que é formado pelos órgãos: boca – faringe - esôfago - estômago - intestino (delgado e grosso) - reto e ânus. Cada qual tem uma função para que possamos nos alimentar e obter os nutrientes necessários no nosso organismo. Mas os sistemas não trabalham isolados, eles se comunicam. Para que os nutrientes cheguem a nossas células, o sangue irá ajudar no transporte, não só dos nutrientes, como também do gás carbônico e do oxigênio. Fonte da imagem:<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cf/Digestive_system_diagram_es.svg> acesso em 19.04.2019 Professor(a), sugerimos que faça a leitura coletiva do texto e aproveite para dar esclarecimentos e solicitar que respondam às questões propostas a seguir: 1. Segundo o texto, as células e tecidos de nosso corpo estão isolados entre si? Explique. 2. É possível perceber relações entre os sistemas citados no texto? Indique quais são. Aprofundando conhecimentos Oriente seus(suas) alunos(as) a efetuar uma pesquisa sobre o sistema circulatório e seus componentes, como no modelo do texto acima: E já que estamos falando de sangue, aproveite para pesquisar do que é formado e qual sistema ele comporá. Faça o registro em seu caderno. (A mesma proposta poderá ser realizada com outros sistemas). Ciências 23 Espera-se que, ao final, o(a)s estudantes compreendam que, ao unirmos todos os nossos sistemas notamos que teremos formado um organismo complexo. Pois bem, o nosso organismo se constitui de diversos sistemas, organizados em órgãos que se constituem de várias camadas de tecidos, formados de inúmeras unidades microscópicas chamadas de célula. Terceiro Momento Sistematizando o que aprendeu Para sistematizar os conhecimentos, propomos duas atividades, de modo a resgatar as aprendizagens relacionadas às habilidades previstas para o bimestre. Sugerimos, agora, que você apresente as imagens a seguir, que se compõem de estruturas celulares (hemácias), seres unicelulares (protozoário e bactérias) e seres pluricelulares (fungos, caramujo e foca), com o objetivo de que possam retomar os estudos e verificar se compreenderam que há diferenças entre todos, porém muitas semelhanças entre eles. A seguir, orientações direcionadas ao(à) estudante para realização da atividade: 1. Observe as imagens apresentadas a seguir e, de acordo com os conhecimentos adquiridos e das observações feitas, redija um pequeno texto explicando sobre as diferenças e semelhanças que os seres e/ou estruturas apresentam. 1-Fonte: Células Hemácias vista ao microscópio óptico. Imagem cedida pelo Pesquisador Felipe do Nascimento. 2-Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_da_conserva%C3%A7%C3%A3o#/media/File:Caramujo_africano_(Achatina_fulica).jpg 3-Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pholiota_aurivella.jpg (Fungos) 4-Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/selo-praia-ondas-%C3%A1gua-surf-2243104/ (Foca) 5-Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Paramecium_caudatum_Ehrenberg,_1833.jpg 6-Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/bact%C3%A9rias-esp%C3%A9cies-bacterianas-108896/ Ciências 24 2. Apresente aos(às) estudantes as seguintes afirmações: Níveis de organização dos seres vivos: • Células: são as menores unidades vivas de um ser vivo. Juntas, formam tecidos. Exemplos de tecidos: epitelial, nervoso etc. • Tecidos se unem para formar um órgão, que geralmente são formados por vários tecidos. Exemplos de órgãos: olho, coração. • Órgãos: se unem para formar um sistema. Exemplos de sistemas: sistema digestório, respiratório, nervoso. • Sistemas: se unem para formar um organismo. Exemplos: ser humano, pássaros. A partir dessas informações, solicite que o(a)s estudantes se reúnam em grupos para atender ao seguinte desafio: Cada grupo irá escolher um organismo animal (gato, ser humano, coelho, sapo, cobra etc.) e, a partir desse organismo, apresentar, por meio de ilustrações, pelo menos um exemplo de cada nível de organização apresentado no quadro. Para tanto, poderão pesquisar na internet e em livros da área. Observação: Professor(a), oriente os grupos e auxilie nas pesquisas. Recomendamos que promova a organização de um painel a ser construído coletivamente, a partir das imagens e informações pesquisadas e utilize esse produto como um dos instrumentos de avaliação das aprendizagens. Lembramos que as dificuldades encontradas deverão nortear retomadas e/ou ações de recuperação. Ciências 25 Guia de Transição de Ciências – 7º ano – 2º bimestre Apresentação Professor(a), com o intuito de auxiliá-lo(a) na organização de seus planos de aula, este guia apresenta um conjunto de orientações pedagógicas com sugestões de atividades, que propõem o desenvolvimento de conceitos, conteúdos, habilidades e competências, fundamentadas nos princípios da BNCC, na construção colaborativa do Currículo Paulista - Versão 2 em articulação com o proposto no Currículo Oficial do Estado de São Paulo. Orientações Pedagógicas e Recursos Didáticos A apresentação das orientações desse Guia de Transição - 2º bimestre seguirá a mesma estrutura de organização utilizada no 1º bimestre. Buscou-se a ênfase para o desenvolvimento de atividades, que estimulem a pesquisa investigativa e que possibilitem reconhecer e aprimorar diferentes níveis do processo ensino aprendizagem, por meio de ações pedagógicas que não se restringem à apresentação e execução de atividades com práticas experimentais e demonstrativas, mas que apresentem, também, espaços para diálogos e rodas de conversa, de modo a proporcionar o desenvolvimento da argumentação e capacidade de escuta. Dessa forma, busca-se proporcionar maior interação nas relações interpessoais dos participantes, tanto entre você, professor(a) e estudantes, quanto entre o(a)s colegas da turma, visando também propiciar análise crítica de situações desafiadoras ou situações-problema, para que todo(a)s se reconheçam como protagonistas das ações, inclusive no e para o desenvolvimento de projetos escolares e em ações cidadãs. Sendo assim, apresentamos estratégias pedagógicas já conhecidas, e trazendo possibilidades diferenciadas e contextualizadas em sua aplicação prática, buscando atender os elementos norteadores e estruturantes para a elaboração de planos de aula, propostos em três momentos referenciais. Momento 1: Compreende ações pedagógicas que visam o envolvimento do(a)s estudantes, com a temática e aprendizagens que se pretende alcançar, bem como prevê atividades de sensibilização, sempre com o intuito de propiciar processos pedagógicos contextualizados e que permitam o desenvolvimento integral Ciências 26 de nosso(a)s educando(a)s. Indicações de avaliação diagnóstica também são apresentadas nesse momento. Momento 2: São apresentadas sugestões de atividades, que incluem indicações de diferentes referenciais para organização do planejamentoa ser construído e definido pelo(a)s professore(a)s, e que buscam contribuir com o desenvolvimento de conteúdos, habilidades específicas e competências. Essas atividades podem ser apresentadas em etapas, considerando sensibilização, sistematização, avaliação com foco na investigação, argumentação, na leitura e escrita, nos registros, na comunicação, entre outros. Não visa cobrir todas as aulas do bimestre, assim, cada professor e professora poderá incluir outras atividades que julgar pertinentes. Momento 3: Visa a sistematização da aprendizagem, também por meio do desenvolvimento de atividades, que permitam perceber quais das aprendizagens esperadas o(a)s estudantes se apropriaram, bem como se são capazes de estabelecer relações entre os conhecimentos adquiridos e utilizá-los para compreensão e interferência na realidade, seja para resolução de problemas, para adoção de atitudes pessoais e coletivas, entre outros. Nesse momento, é fundamental que se insira uma atividade de autoavaliação sistematizada, na qual o(a)s estudantes e o(a) professor(a) possa(m) ter clareza das metas atingidas. Observação: As dificuldades devem ser identificadas coletivamente para traçar novas estratégias de aprendizagem. Avaliação: A avaliação deve ocorrer durante todo o processo, inclusive a autoavaliação deve ser estimulada, pois coloca o(a) estudante como protagonista do processo de aprendizagem. Nesse sentido, entende-se ser importante que os(as) estudantes realizem atividades para diagnóstico dos conhecimentos adquiridos, tanto em comparação com os saberes prévios anunciados pelos estudantes, como os analisados durante o processo, parcialmente ou no coletivo da turma. Para que se possa avaliar, com maior rigor, é importante que as sistematizações sejam feitas por meio de registro elaborado pelo(a) aluno(a). Dados e informações sobre a aquisição de conteúdo/assuntos específicos e/ou de habilidades poderão nortear a escolha de procedimentos e atividades, a serem aplicadas no final de um percurso. Ao aplicar atividades de intervenção socioambiental, por exemplo, é possível perceber o desenvolvimento de competências (atitudes e valores). Ciências 27 ATIVIDADES PEDAGÓGICAS PARA O SEGUNDO BIMESTRE Iniciando a conversa: apresentação das aprendizagens esperadas Sugerimos realizar, antes do desenvolvimento das atividades, uma apresentação das aprendizagens esperadas, que incluem o quadro de conteúdos, habilidades e competências previstas a serem desenvolvidas. A fim de engajar os(as) estudantes no processo de aprendizagem de forma participativa e corresponsável, propõe-se, neste momento, realizar uma sondagem dos conhecimentos que eles possuem sobre os dados do Quadro 1, que contém os conteúdos, assuntos e habilidades propostos para o 7º ano _2º bimestre. Quadro 1 - Articulação entre as competências, habilidades e objetos de conhecimento previstos no 7o ano_2º bimestre Unidade Temática: Vida e Evolução Objetos de Conhecimento Habilidades de Ciências (Currículo Paulista versão 2 – EF 7º ano) Competências Específicas de Ciências (BNCC) Competências Gerais Base Nacional Curricular Comum (BNCC) correspondentes Diversidade de Ecossistemas. Conservação, preservação e uso sustentável. (EF07CI07A) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc. Correlacionando essas características à flora e fauna específicas. (EF07CI7B) Investigar o território paulista para identificar em sua extensão as Unidades de Conservação da Natureza e argumentar sobre suas características e importâncias em relação à preservação, à CEnº5 construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de CGBNCC nº 2 Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências 28 conservação e o uso sustentável. qualquer natureza. diferentes áreas. Fenômenos naturais e Impactos ambientais (EF07CI08) Identificar e reconhecer possíveis impactos provocados pela ocorrência de catástrofes naturais ou alterações nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema e avaliar de que maneira podem afetar suas populações quanto às possibilidades de extinção de espécies, alteração de hábitos, migração, entre outras. CEnº4 Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. CGBNCC nº 7 Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. Propomos que promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para ouvir, esclarecer os assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas, assim como propor e negociar adequações e/ou alterações no planejamento do bimestre, desde que comprometidas com a aprendizagem a que todos(as) têm direito. Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, conforme foi orientado no Guia do bimestre anterior, é importante que você (re)visite a lista de acordos construídos colaborativamente, com o objetivo de estabelecer uma boa gestão de sala de aula no processo ensino-aprendizagem da turma. Observação: Neste momento de transição curricular, é importante que você professor(a), realize uma análise das aprendizagens já adquiridas de seus(suas) aluno(a)s. Lembramos que as sugestões podem e devem ser aprimoradas e adaptadas às possibilidades e necessidades das turmas, a critério de cada docente. Ciências 29 Ciências e a BNCC: Unidade Temática Vida e Evolução A unidade temática Vida e Evolução propõe o estudo de questões relacionadas aos seres vivos (incluindo os seres humanos), suas características e necessidades, a vida como fenômeno natural e social, os elementos essenciais à sua manutenção e à compreensão dos processos evolutivos, que geram a diversidade de formas de vida no planeta. Estudam-se características dos ecossistemas destacando-se as interações dos seres vivos com outros seres vivos e com os fatores não vivos do ambiente, com destaque para as interações que os seres humanos estabelecem entre si e com os demais seres vivos e com o ambiente físico. Abordam-se, ainda, a importância da preservação da biodiversidade e como ela se distribui nos principais ecossistemas brasileiros. Fonte: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf> acesso em 26.03.2019Primeiro Momento Sensibilização à temática Professor (a), sugerimos investigar num primeiro momento o que o(a)s estudantes conhecem a respeito da importância dos recursos naturais do Planeta Terra. Como sensibilização e introdução à temática, sugerimos a exibição da animação “MAN” (“homem”, em português) que mostra o impacto da ação descontrolada do ser humano sobre o ambiente, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=17&v=WfGMYdalClU> ou <https://www.akatu.org.br/noticia/veja-animacao-mostra-o-impacto-da-acao-descontrolada-do-homem-2/> (acesso em 19.04.2019) O ilustrador e animador Steve Cutts sintetizou na animação “MAN” o quão prejudicial e descuidado o ser humano pode ser ao lidar com os recursos naturais do planeta, sem levar em consideração a sustentabilidade dele. São pouco mais de 3 minutos, nos quais Cutts brinca com o desprezo das pessoas em relação à preservação do meio ambiente e mostra atos descontrolados de industrialização e urbanização, passando também pelo desprezo quanto ao bem-estar dos animais. Propomos apresentar o vídeo aos(às) estudantes e solicitar que, durante a exibição, observem e façam anotações nos seus cadernos, a partir dos seguintes questionamentos: Que emoções você sentiu com o comportamento da personagem da animação? Você concorda com esse comportamento? O que você achou? Ciências 30 Se você pudesse ter um diálogo com a personagem do vídeo, o que conversaria com ela considerando as questões ambientais? E como tem sido, na nossa realidade atual, a relação entre o ser humano e os recursos do Planeta Terra? Diferente ou igual à animação? Qual sua opinião? Após a exibição do vídeo, sugerimos fazer uma roda de diálogo para conversar com os(as) alunos(as) sobre as observações que fizeram e as ideias principais do vídeo. Não se preocupe com os erros e acertos, já que as ideias equivocadas deverão ser retomadas durante o desenvolvimento das atividades, à medida que a turma for construindo o conhecimento, e ao final do bimestre, levando cada estudante a perceber o quanto aprendeu no decorrer do percurso. Para isso, organize o grupo de modo que todos(as) possam explicitar suas percepções e o(a)s oriente para que registrem, em seus cadernos, as discussões e as conclusões apresentadas na roda de diálogo. Segundo Momento Sugestões de atividades A seguir, indicamos atividades que buscam contribuir com o desenvolvimento de algumas habilidades propostas para o segundo bimestre. As sugestões podem e devem ser aprimoradas e adaptadas às possibilidades e necessidades de cada turma, ficando a seu critério incluir outras atividades que julgar pertinentes. Professor(a), para esclarecer a importância do desenvolvimento dos objetos de conhecimento “Diversidade de Ecossistemas / Conservação, Preservação e Uso Sustentável” e das habilidades desta unidade temática disponibilizamos, no quadro a seguir, as sugestões da Versão 2 do Currículo Paulista de modo a contribuir para a elaboração do planejamento de suas aulas, conforme segue. Objetos de conhecimento: “Diversidade de Ecossistemas / Conservação, Preservação e Uso Sustentável” Orientamos, para o desenvolvimento das habilidades relacionadas aos objetos de conhecimento citados, a aplicação de atividades que promovam estudos e pesquisas sobre as características dos ecossistemas brasileiros e representantes da fauna e flora, construindo uma tabela comparativa. Importante utilizar mapas, imagens, vídeos e outros materiais ilustrativos, fundamentais para a compreensão dessa temática. Caso realize atividades de campo, em que o(a)s estudantes tenham a possibilidade de conhecer e Ciências 31 analisar as características da flora ou fauna do ecossistema de sua região, estas poderão articular-se com a visita a uma Unidade de Conservação, na qual o(a)s estudantes poderão conhecer a função e a importância da manutenção desses territórios, tanto para a preservação das espécies, quanto para a garantia de um ambiente mais equilibrado e que possibilite a existência humana. A realização de rodas de conversa sobre a importância da conservação de áreas naturais do Estado poderá permitir a verificação do desenvolvimento das habilidades pretendidas. Objeto de conhecimento: Diversidade de Ecossistemas Habilidade (EF07CI07A) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas. Professor(a), pretende-se, com as atividades aqui sugeridas, promover junto aos(às) estudantes a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, de modo que possam acolher e valorizar a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, inclusive das demais espécies com as quais compartilhamos o planeta, sem preconceitos de qualquer natureza. Ecossistemas Brasileiros Professor(a), para incentivar sua turma e aprofundar o conhecimento e o desenvolvimento do objeto de conhecimento “Diversidade dos Ecossistemas”, sugerimos que organize sua turma em 6 (seis) grupos produtivos, para a realização de pesquisa sobre os Ecossistemas Brasileiros. Combine e explique que cada grupo será responsável pela pesquisa de um Ecossistema Brasileiro. Sugerimos um sorteio dos temas entre os grupos, caso não consigam chegar a um acordo coletivo. Apresente previamente, para contextualização, algumas imagens dos Ecossistemas Brasileiros disponíveis no link: https://drive.google.com/drive/folders/1rQKIQXCRDAquzGqEP69EerxSkCJw5GdL?usp=sharing> (acesso em 19.04.2019). A pesquisa visa a obtenção de informações que permitam a caracterização dos principais Ecossistemas Brasileiros, conforme itens indicados abaixo: ● Relacionar a denominação do Ecossistema com suas principais características ● Investigar a vegetação dominante, indicando exemplos importantes da flora local e espécies endêmicas Ciências 32 ● Investigar os animais típicos e seus hábitos, pertencentes a diferentes grupos, indicando quais espécies são endêmicas ● Tipos e caracterização do solo ● Clima predominante, indicando estação das chuvas, período de seca, cheias, conforme o caso ● Localização geográfica do Ecossistema ● Principais impactos ambientais provocados pela ação antrópica ● Indicar principais soluções para os problemas socioambientais ● Bibliografia Observação: inserir fotos e outras ilustrações. Importante também orientar o(a)s aluno(a)s para a elaboração de um mapa com a localização do Ecossistema pesquisado pelo grupo, de preferência num trabalho articulado com o(a) professor(a) de Geografia. Pode ser uma oportunidade dos(as)estudantes compreenderem as conexões entre as áreas. Para confeccionar o mapa, sugerimos que cada grupo desenhe os limites do território brasileiro e dos Estados. Oriente para pintarem, com uma cor específica, a área de ocorrência do ecossistema pesquisado e para que colem figuras da fauna e flora que representam o ecossistema em questão. É importante ressaltar aos(às) alunos que o mapa, na verdade, deve ser considerado como um croqui (esquema), já que será uma representação que não obedecerá às proporções de escala. Aproveite também para reforçar a ideia de que há íntima correlação entre os fatores não vivos e os seres vivos de determinado ecossistema. Sugerimos que organize uma exposição, se possível para toda a escola, com os resultados das pesquisas para a socialização e apresentação dos grupos, de modo que todos os(as) alunos(as) reconheçam as características dos diferentes ecossistemas brasileiros.Ecossistemas e Biomas Para ampliar o conhecimento do(a)s estudantes sobre a temática da Diversidade de Ecossistemas é importante que saibam diferenciar os conceitos e características de Ecossistema e Bioma. Sugerimos realizar essa atividade por meio da leitura de um texto de divulgação científica, como o sugerido a seguir: Ciências 33 Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/549484/ 1- Propomos a leitura do texto “O que é um Ecossistema e um Bioma”, publicado no Dicionário Ambiental. ((o)) eco, Rio de Janeiro, jul. 2014. Disponível em: <>http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28516-o-que-e-um-ecossistema-e-um-bioma/ (acesso em: 26.03.2019). Professor(a), propicie a realização de uma leitura coletiva do texto e solicite que façam as atividades propostas, conforme segue: 1. Considerando as informações contidas no artigo, complete as lacunas do quadro I. QUADRO I: ______________________________ Ecossistemas Bioma Definição Características Diferenciação Indicar as fontes pesquisadas: ________________________________________________________ Ciências 34 O quadro tem o objetivo de facilitar a compreensão do assunto pesquisado, por meio da apresentação de informações de modo resumido, oferecendo uma visão geral do conteúdo em questão. Importante dar um título ao quadro que traduza a informação principal do assunto pesquisado, e no rodapé, incluir a fonte e data que localizou a informação. 2. Apresentando exemplo(s) de Biomas e Ecossistemas: Em duplas ou grupos produtivos, construam uma sugestão de quadro com os exemplos de biomas e de ecossistemas e socializem com os demais grupos de sua turma. Seu(sua) professor(a) irá orientá-lo(a)s e, coletivamente, vocês decidirão pelo quadro que apresentou e traduziu de forma mais clara as informações solicitadas. Objeto de conhecimento: Conservação, preservação e uso sustentável Habilidade (EF07CI7B) Investigar o território paulista para identificar em sua extensão as Unidades de Conservação da Natureza e argumentar sobre suas características e importâncias em relação à preservação, à conservação e o uso sustentável. Para iniciar a discussão sobre Conservação, Preservação e Uso Sustentável dos recursos naturais, indicamos a animação: “Floresta”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=106&v=CQsr7dScBlU> (acesso em 19.04.2019). Recomendamos que, antes da exibição do vídeo, oriente sua turma para que anotem em seus cadernos os pontos que acharem relevantes e explique que, posteriormente, irão responder a algumas questões em roda de diálogo. Propomos, após a exibição, que solicite ao(a)s alunos traduzirem, em poucas palavras, a mensagem mais marcante do vídeo. Anote as falas para que todo(a)s possam visualizar e inicie uma discussão, a partir das seguintes questões: Por que as florestas são importantes para os seres vivos? Por que o manejo sustentável dos recursos naturais é fundamental para a sobrevivência das florestas? As demandas crescentes da sociedade por produtos florestais, prejudicam a preservação da saúde das florestas e da diversidade? Ciências 35 Importante que, com sua mediação, fique claro para os(as) estudantes que o uso sustentável da floresta consiste em fazer uso de recursos de determinada área florestal, de forma que mantenha o equilíbrio do ecossistema e a conservação da saúde das florestas, bem como da sua biodiversidade, para o presente e futuro, em nível local, nacional e global. Ou seja, utilizar os recursos sem causar danos e desequilíbrio aos ecossistemas. Durante esta conversa, você poderá corrigir os possíveis erros e ampliar os conceitos estudados. Para dar continuidade aos trabalhos e atender a habilidade proposta, sugerimos investigar no território paulista as Unidades de Conservação da Natureza, onde os(as) estudantes reconhecerão as funções e a importância da manutenção desses territórios, tanto para a preservação das espécies quanto para a garantia de um ambiente mais equilibrado e que possibilite a existência humana. Importante orientar sua turma que, ao longo da história, muitos povos e civilizações reconheceram a necessidade de proteger áreas naturais pelos mais diversos motivos, sendo associadas a questões socioculturais, mitos ou a fatos históricos marcantes, e por aspectos de importância socioambientais como: a proteção de fontes de água, reserva de caça e outros recursos naturais. Para provocar os(as) estudantes a refletirem sobre o assunto, sugerimos apresentar a frase a seguir, disponível no site do Ministério do Meio Ambiente: “Unidade de Conservação é vida, é diversidade, é riqueza, é patrimônio nacional!” Você está de acordo com essa afirmação? Professor(a), individualmente ou em grupo, oriente os (as) estudantes para localizarem em livros didáticos, atlas ou outras fontes, informações sobre as Unidades de Conservação da Natureza e responderem às questões, conforme segue. 1. O que é o SNUC? 2. O que são Unidades de Conservação? Cite três exemplos. 3. Considerando os objetivos do SNUC, responda: a) Há alguma relação entre SNUC, proteção da biodiversidade e dos ecossistemas? Justifique. b) É possível utilizar recursos naturais provenientes de Unidades de Conservação (UC)? Quais atividades podem ser desenvolvidas em UCs? Explique. 4. Considerando as Categorias de Proteção Integral e de Uso Sustentável, construa, em seu caderno pessoal, dois quadros e os preencha, seguindo o modelo apresentado a seguir: Ciências 36 Quadro 1: Unidades de Conservação de Proteção Integral Unidade de Conservação Objetivos Exemplos Quadro 2: Unidades de Conservação de Uso Sustentável Unidade de Conservação Objetivos Exemplos Proposta de elaboração de um Seminário sobre Unidade de Conservação Professor(a), organize sua turma em grupos produtivos e oriente-os a realizarem um seminário sobre Unidades de Conservação no território paulista. Para tanto, poderão pesquisar em livros didáticos, internet, atlas e ou outras fontes disponíveis, a partir do roteiro sugerido a seguir. 1. Denominação da Unidade de Conservação e classificação conforme a categoria. 2. Principais características. 3. Importância em relação à preservação, à conservação e o uso sustentável. 4. Localização no Estado de São Paulo (município(s)). 5. Flora e Fauna predominantes. 6. Fotos e ilustrações. 7. Bibliografia. Organize as apresentações dos grupos para que toda turma identifique as Unidades de Conservação da Natureza no território paulista e argumentem sobre suas características e importâncias em relação à preservação, à conservação e o uso sustentável dos recursos, quando for o caso. Os dados obtidos também poderão ser organizados em um painel para exposição no espaço escolar. Caso haja possibilidade, realize uma atividade de campo, como uma visita a uma Unidade de Conservação da Natureza de sua região, em que os(as) estudantes poderão conhecer o que estudaram in loco e, assim reconhecer, por experiência, os objetivos e a importância da manutenção desses territórios Ciências 37 tanto para a preservação das espécies quanto para a garantia de um ambiente mais equilibrado, que possibilite a existência humana. Elaboração de um Debate sobre o Código Florestal Indicamos a leitura do texto “Agricultura e Floresta: o desafio do equilíbrio” com sua turma, para aprofundar os estudos e oferecer subsídios à elaboração de um debate sobreo Código Florestal. Agricultura e Floresta: o desafio do equilíbrio (...) Uma forma de introduzir o tema é perguntar se os educandos já ouviram falar sobre o Código Florestal e dar explicações sobre esta lei, que determina que toda propriedade rural preserva uma parte de vegetação natural, constituindo as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RLs).O primeiro Código Florestal Brasileiro foi instituído pelo Decreto nº 23.793, de 23 de janeiro de 1934, revogado posteriormente pela Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, a qual foi substituída pela Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Esse código estabelece as Áreas de Preservação Permanente (APPs), que correspondem às margens de cursos d’água e de nascentes, aos topos de morro e outras elevações, às encostas com declive superior a 45 graus, às restingas, dunas e mangues, às bordas de tabuleiros e chapadas etc. Porém, quando se trata de obras de interesse público, é permitida a retirada da vegetação para sua execução (desde que com licenciamento ambiental e execução das medidas ambientais indicadas). Além das APPs, outros tipos de áreas de preservação são estabelecidos, como as Reservas Legais (RLs), que são partes da propriedade que devem ser mantidas em sua forma nativa, mas que podem ser exploradas dentro de certos limites. Para o estado de São Paulo e outras regiões do Brasil (exceto a Amazônia Legal), as RLs correspondem a 20% da propriedade rural. O Código Florestal determina, ainda, que empresas que utilizam matéria-prima oriunda de florestas devem manter áreas de reflorestamento, bem como estipula as penalidades por agressão a áreas preservadas, com agravante quando a infração ocorrer no período de dispersão das sementes. Agora, entremos no ponto crítico: estamos vendo há algum tempo uma grande movimentação em relação à alteração do Código Florestal. Isso porque foram propostas algumas alterações para que se criasse um Código Florestal Brasileiro, o qual foi aprovado por meio da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 201213. E quais foram as alterações? Você, educador(a), pode ter acompanhado e já conhecê-las, mas vamos relembrá-las? O Novo Código Florestal trouxe mudanças relativas à extensão das APPs que precisam ser recompostas, a qual passou a ser variável conforme o tamanho da propriedade, ao uso, composição e extensão das RLs (as APPs passaram a ser computadas nas RLs e foram criadas regras mais flexíveis para as RLs na Amazônia Legal, comparando-se com a antiga lei), à legislação ambiental em áreas urbanas (as regras foram Ciências 38 flexibilizadas), à compensação da RL fora da propriedade rural (que antes só era admitida na mesma microbacia e hoje pode ser no mesmo bioma), entre outras. Também prevê o Cadastro Ambiental Rural, que deveria ser feito até dia 6 de maio de 2015, por todos os proprietários rurais para regularizarem suas propriedades. Um dos questionamentos mais levantados se refere às bases científicas em que se criou o antigo e o novo Código Florestal. Alguns trabalhos acadêmicos 14 mostram que existe base científica para a formulação e para as posteriores alterações desta lei até agora, o que não parece ter ocorrido para essa última proposta aprovada. Apesar dos avanços nos conhecimentos biológicos e tecnológicos, segundo os autores citados, essa alteração do código parece ignorá-los. De acordo com tais trabalhos, algumas mudanças são necessárias, mas não essas que foram aprovadas. Por exemplo, sobre a alteração da extensão das APPs, o autor diz que faltam conhecimentos científicos tanto no código antigo, quando se fala de uma APP com no mínimo trinta metros para rios de até dez metros de largura, quanto no novo, que prevê a obrigatoriedade de recomposição de até quinze metros nesses casos. Os trabalhos citados indicam que as recentes alterações deste Código, em particular a mudança na extensão e as regras de uso das Reservas Legais, podem trazer graves prejuízos ao patrimônio biológico e genético brasileiro. Na mídia, têm aparecido termos como “ambientalistas” e “ruralistas”. Seria interessante o(a) educador(a) esclarecer esses termos aos educandos. Os chamados “ambientalistas” são tidos como aqueles que defendem o antigo código ou alterações mais voltadas à proteção do meio ambiente, geralmente formados por pesquisadores, estudantes de biologia e áreas afins, representantes de ONGs da área ambiental, entre outros. São tidos como “ruralistas” os agricultores, que têm seu espaço de produção a princípio diminuído ao cumprir a lei e pela preocupação com seus lucros não querem cumpri-la. É preciso analisar essas denominações utilizadas pela mídia com senso crítico, pois elas trazem em si certo reducionismo e não abarcam a complexidade do tema. Não se trata de ser “contra” ou “a favor” das mudanças, mas sim discuti-las e buscar alternativas de conciliação entre a proteção ambiental e a produção agropecuária. Autores: Aline Campos Harissis, Maria Luísa Bonazzi Palmieri e Rosa Maria Galera Gonçalves A Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, na íntegra, pode ser consultada em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20112014/2012/Lei/L12651.htm.> A publicação “O Código Florestal e a Ciência: contribuições para o diálogo” de 2011, elaborado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) está disponível em http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-547.pdf O artigo “O Código Florestal tem base científica?” de autoria de Jean Paul Metzger, publicado em 2010 (disponível em http://www.lerf.esalq.usp.br/divulgacao/recomendados/artigos/metzger2010.pdf) e http://iflorestal.sp.gov.br/2015/04/16/educatupi-sugestoes-de-atividades-para-as-escolas-que- visitam-a-estacao-experimental-de-tupi/ Ciências 39 Professor (a), este é um assunto que pode ser trabalhado em diferentes áreas do conhecimento, pois trata de um tema transversal. Uma forma indicada de abordá-lo é organizar um debate com a classe dividida em grupos de 5 ou 6 pessoas. Como preparação para o debate, apresente ou oriente o(a)s estudantes a realizar uma pesquisa sobre as alterações do Novo Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012), em relação ao antigo (Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965). Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2012/lei/l12651.htm Para que a atividade seja bem-sucedida, recomenda-se que o(a)s educando(a)s sejam orientado(a)s a dividirem seus papéis dentro do grupo (por exemplo, quem vai ser o orador, quem vai pesquisar cada assunto, quem vai ser o relator e fazer o resumo escrito do que deve ser abordado etc.). Assim obtém-se uma melhor organização do trabalho. Supondo que a sala tenha seis grupos no total, três podem ser a favor das alterações e três se posicionarem contra. Antes de começar o debate, os grupos de opiniões afins se reúnem, trocam informações e se preparam. A partir da pesquisa realizada e da experiência com o debate, uma sugestão é montar murais na escola com o fruto dessas discussões e convidar pessoas envolvidas com o tema, para participar de uma mesa-redonda sobre o assunto. Nesse dia, é importante deixar um tempo de debate suficiente para que toda a comunidade escolar possa participar ativamente das discussões, apresentando informações, reflexões e dúvidas. É importante que todo(a)s entendam que a ideia difundida em alguns grupos sociais, de que a conservação de ambientes naturais é um empecilho para o desenvolvimento da sociedade, é errônea. É de conhecimento geral, que os ecossistemas naturais geram importantes “serviços ambientais” para nós. Além de água, madeira, alimentos, recursos ornamentais e produtos farmacêuticos, os ecossistemas regulam
Compartilhar