Buscar

PROVAS trabalho

Prévia do material em texto

PROVAS: TESTEMUNHAL, DEPOIMENTO PESSOAL E CONFISSÃO
Antes que se inicie substancialmente o objeto específico deste trabalho, que será uma análise circunspecta e bem articulada no que se tange às provas testemunhal, depoimento pessoal e confissão, é importante darmos um panorama cognitivo acerca da prova em si. 
Temos, em Direito, a figura da prova como o meio capaz de determinar uma então pretensa verdade, ou seja, estabelecer na seara cognitivo-judicial, um parâmetro pelo qual se erigirá a razão de uma parte em face de outra. 
Nesse sentido, trazemos a brilhante conceitualização de prova, pelo Eminente Jurista Cassio Scarpinella Bueno
“tudo que puder influenciar, de alguma maneira, na formação da convicção do magistrado para decidir de uma forma ou de outra, acolhendo, no todo ou em parte, ou rejeitando o pedido do autor”
Uma outra análise de relevo, é quanto ao recair das provas, que será, salvo exceções que agora não vem ao caso maiores destrinças, sobre fatos, tomando por base, que o direito não precisa ser provado, pois nos moldes do positivismo que rege nosso ordenamento, este está expresso e inconteste. 
Lição basilar do arcabouço jurídico, se concerne ao ônus da prova, isto é, a quem cabe provar. O Diploma Processual Civil, em seu art. 373, incisos I e II, nos aclara sobre o tema, senão vejamos: 
Art. 373 - O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Dessa forma, percebemos que tanto autor como réu, possuem, dada a natureza de suas pretensões o ônus probatório. Elemento muito em voga na realidade processual, é o instituto da inversão do ônus da prova, que em regra se admite em pontuais circunstâncias, tais como nas relações consumeristas, quando claramente demonstrada as situações curiais para tanto.
Por fim, o ônus da prova ainda pode ser invertido, em outras situações, que inclusive o Novo Diploma, em seu art. 373, parágrafo 1º, vem elucidar. Aí erige-se a chamada distribuição dinâmica do ônus da prova. Como não é o nosso objetivo nesse momento, não entraremos mais nesse mérito.
Após essa açodada e perfunctória apresentação da prova em si, é cediõ que passemos a uma análise mais acurada de nosso tema, pelo que vejamos:
PROVA TESTEMUNHAL 
Na modalidade prova oral, temos a famigerada prova testemunhal, talvez uma das mais importantes provas, pois em tese, é capaz de elucidar fatos controversos, e trazer à tona uma realidade então obumbrada, partindo de um elemento humano, pessoal e muitas vezes ocular de fatos.
Trata-se de verdadeiro interrogatório de terceiros não atrelados e não interessados ao processo. Saliente-se que a observação não atrelados e não interessados no processo, denota uma condição “sine qua nom” para sua validade e eficácia.
Assim, aquele que servir como testemunha em um processo, compulsoriamente, não poderá ter interesses, obter vantagens ou qualquer outro meio de participação na lide processual. Caso se verifique tal condição, o terceiro não poderá compor o bojo probatório como testemunha.
Nesse plexo, não poderíamos deixar de mencionar a figura do informante. Quando, por circunstâncias variadas, a testemunha não preencher as condições necessárias para o “ofício”, sua oitiva não ficará prejudicada, apenas não poderá ser considerada prova em sentido estrito, todavia o depoimento poderá servir de elemento de convicção do magistrado.
Acerca de tais ponderações, evocamos os eminentes dizeres de..... 
Ainda nesse planipédio, temos as magníficas instruções de..... 
Outro ponto importantíssimo, e que não poderíamos nos olvidar, é acerca do momento da concretização da prova testemunhal, isto é, quando será efetivada a oitiva de testemunhas. 
Em regra, as testemunhas deverão prestar seus depoimentos em Audiência de Instrução e Julgamento, entretanto será possível, em causas excepcionais e justificada necessidade, sua oitiva em ato apartado, sendo tal possibilidade sempre ser decidida pelo Juíz do caso. 
Em se tratando do momento das oitivas, bem como suas exceções, temos as lições de.....
Como observado, muitas nuances circundam a prova testemunhal, portanto podemos concluir ser uma prova extremamente sensível sob o prisma da imparcialidade, altamente relevante ao processo sob a ótica da elucidação de fatos e robustamente determinante para o deslinde processual, quando necessária e cabível sua implementação.

Continue navegando