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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ APROVEITAMENTO HIDROELÉTRICO DE SÃO BENTO SUL TRABALHO 8 - GRUPO nº 5 EQUIPE: Otto Naves Monte Raso – 27901 Guilherme Gonçalves Martins -28153 DISCIPLINA: GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA – EME801 ITAJUBÁ Junho/2016 DADOS DO APROVEITAMENTO 1- Resumo da região do projeto Coordenadas: 26º 21’ 57,34”S 49º 18’ 11,35” W; Município: São Bento do Sul; Estado: Santa Catarina; Rio: Natal; Tipo do aproveitamento: Central de Desvio; Queda Bruta: 152,5 [m]; Área de drenagem: 135,31 [km2]; Vazão média das médias: 6,49 [m3/s]; Potencia a ser instalada pelo critério do Máximo Benefício Líquido: 8,02 [MW] 2 2- Seleção de Turbinas Para determinação do tipo de turbina são utlizados os seguintes critérios para as turbinas com rotor tipo Pelton ou Francis visto que o tipo foi determinado anteriormente. 2.1- Rotação Específica Caracteriza o tipo ou a geometria do rotor da turbina, é uma grandeza admensional, que pode ser calculada a partir da seguinte equação: 𝑛𝑞𝐴 = 3 . 𝑛. 𝑄𝑛 0,5 𝐻𝑏 0,75 (1) Onde: 𝑄𝑛= vazão nominal [m³/s]; 𝐻𝑏 = queda bruta[m]; n = rotação [rpm]. Limites (𝑛𝑞𝐴_𝑖 < 𝑛𝑞𝐴 < 𝑛𝑞𝐴_𝑠): TH Pelton 𝑛𝑞𝐴_𝑠 = 2615 𝐻𝑏 0,4915 (2) 𝑛𝑞𝐴_𝑖 = 1000 𝐻𝑏 0,3171 (3) TH Francis 𝑛𝑞𝐴_𝑠 = 3225 𝐻𝑏 0,571 (4) 𝑛𝑞𝐴_𝑖 = 646 𝐻𝑏 0,75 (5) 𝑄𝑛 = 𝑄𝑃 𝑁𝐺𝐺 (6) Onde: 𝑄𝑃= vazão de projeto [m³/s] e 𝑁𝐺𝐺= número de grupo gerador. 2.2- Número De Grupos Geradores Determina-se o número de grupos geradores a partir da equação (8). 𝑄𝑖𝑛𝑓 = 𝑓𝑖 . 𝑄𝑛 (7) 𝑄𝑖𝑛𝑓 ≤ 𝑄𝑚í𝑛 (para quando for a vazão mínima, a turbina ainda possa operar, já que ela tem que ser desligada quando Q=Qinf, assim diminuindo as perdas). 𝑁𝐺𝐺 ≥ 𝑓𝑖 𝑄𝑃 𝑄𝑚í𝑛 (8) 3 Onde: 𝑄𝑖𝑛𝑓= vazão inferior [m³/s]; 𝑄𝑚í𝑛 = vazão mínima [m³/s]; 𝑇𝐻 𝑃𝑒𝑙𝑡𝑜𝑛 fi = 0,25; TH Francisfi = 0,248 + 2,714. 10−3. 𝑛𝑞𝐴 − 3,403. 10 −6. 𝑛𝑞𝐴 2 (9) 2.3- Altura de Sucção É a distância vertical entre do eixo da turbina e o nível a jusante, e pode ser: 𝐻𝑠𝑢 > 0 − Quando o eixo da turbina esta acima do nível a jusante (turbina não afogada); 𝐻𝑠𝑢 < 0 − Quando o eixo da turbina esta abaixo do nível a jusante (turbina afogada). 𝐻𝑠𝑢 = 10 − 0,00122. 𝑧𝑏 − 𝜎𝑚í𝑛. 𝐻𝑏 (10) Onde: 𝑧𝑏= altitude que se encontra em relação ao nível do mar, é o nível a jusante [m]; 𝜎𝑚í𝑛 = coeficiente de cavitação Thoma: 𝑇𝐻 𝑃𝑒𝑙𝑡𝑜𝑛 𝜎𝑚í𝑛 = 1,266. 10 −5. 𝑛𝑞𝐴 1,75 (11) TH Francis 𝜎𝑚í𝑛 = 0,0245 . e 0,0083.𝑛𝑞𝐴 (12) 2.4- Pelton A Tabela 3 representa os cálculos efetuados para a turbina com rotor Pelton. Primeiro foram calculadas a rotação específica superior e inferior utilizando as equações (2) e (3), respectivamente. Como fi possui um valor fixo de 0,25, calculou-se de forma direta o número dos grupos geradores a partir da equação (8). Em seguida, obteve-se Qn e Qinf utilizando as equações (6) e (7). Assim, para diferentes números de polos, encontraram-se as respectivas rotações a partir da equação (13). 𝑛 = 60. 𝑓 𝑝 (13) A partir das equações (1), (11) e (10) resultaram os valores das rotações específicas, dos coeficientes de Thoma e das alturas de sucção, respectivamente. Finalmente, após todos os cálculos verificaram-se quais rotações específicas estão dentro do intervalo desejável 𝑛𝑞𝐴_𝑖 < 𝑛 < 𝑛𝑞𝐴_𝑠, e a partir desta seleção foi necessário aumentar o valor de Qmín de 0,22 [m³/s] para 0,9 [m³/s], resultando em 2 grupos geradores, que é mais viável. 4 Pela análise da curva de permanência, e considerando o fato de que a turbina pode trabalhar até 400 horas em um ano fora das condições nominais (5% das vezes), poderíamos aumentar a vazão mínima para até 7,95 [m3/s] (vazão Q95%) que não ultrapassaria este limite. Tabela 3: Turbina Pelton Dentre os valores possíveis para a Pelton, optamos pelo que está destacado em amarelo, pois é o maior valor de velocidade (o que diminui o custo da turbina) para a altura de sucção entre 3 e -3 [m], limites adequados para uma pequena central hidrelétrica. 5 2.5- Francis A Tabela 4 representa os cálculos efetuados para a turbina com rotor Francis. Primeiro foram calculadas a rotação específica superior e inferior utilizando as equações (4) e (5), respectivamente. Como fi é calculado pela equação (9), que depende da rotação específica, que por sua vez depende da vazão nominal que precisa do número de grupos geradores, assim há a necessidade de calcular de forma iterativa. Adotou-se fi = 0,4, como estimativa inicial, e obtiveram-se os valores NGG, Qn e Qinf a partir das equações (8), (6) e (7), respectivamente. Conforme para turbina Kaplan encontraram-se ns, ni, n e Hsu. E o coeficiente de Thoma utilizou- se a equação (12). Após todos os cálculos verificaram-se quais rotações específicas estão dentro do intervalo desejável 𝑛𝑞𝐴_𝑖 < 𝑛 < 𝑛𝑞𝐴_𝑠, e a partir desta seleção foi necessário aumentar o valor de Qmín de 1,71 [m³/s] para 6,2 [m³/s] para diminuir o número de grupos geradores, e novos valores de fi foram obtidos com a equação (9). Posteriormente foi substituído o valor de fi e efetuado novamente os cálculos, até convergir os valores de fi_0 e fi_1. 6 Tabelala 4: Turbina Francis Pode-se observar que o número de grupos geradores foi muito alto, o inviabiliza o projeto. Isso era esperado, pois é um projeto de baixa queda. 7 3.Tempo Fora de Operação Utilizando o grupo gerador do tipo Pelton se faz necessário calcular o tempo fora de operação, ou seja, o tempo durante um ano que a grupo gerador trabaha fora da condição especificada. Esse trabalho é limitado a um trabalho de 5% fora do tempo de funcionamento nominal (400 horas por ano). Sabendo QN1=3,25m 3/s , Qi1=0,81m 3/s , logo, QN2=6,25m 3/s e Qi2=1,62m3/s. Analisando a curva de duração pode-se perceber que entre QN2 e Qi1 não haverá operação fora das condições nominais, isso se deve pelo fato de que acima de QN1 a outra turbina é acionada dividindo a vazão, essa divisão dividida é sempre superior a 0,81 m3/s. Ou seja as turbinas estão sempre trabalhando dentro da sua condição nominal. 000 005 010 015 020 025 030 000% 020% 040% 060% 080% 100% 120% Q (m ³/ s) d(%) Curva de Duração 8 REFERÊNCIAS [1] Hacker. Disponível em:<http://www.hacker.ind.br> Acesso em: 17/05/2014. [2] BORTONI, Edson da C, Turbinas Hidráulicas: Aplicação e Seleção. [3] SOUZA, Zulcyde; SANTOS, Afonso H. M.; BORTONI, Edson da C. Centrais Hidrelétricas: Estudos para Implementação. Rio de Janeiro: Eletrobrás, 1999. [4] BORTONI, Edson da C, Arranjos de Centrais Hidrelétricas.
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