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Questão Israel-Palestina - Artigo

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QUESTÃO ISRAEL/PALESTINA: OS ENTRAVES FRONTEIRIÇOS BINACIONAIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS SOCIOECONÔMICAS
Carlos André Pereira Gomes
Felipe Domingos Salustiano da Silva
Marvson José da Silva
Pirrony Bandeira Amorim
Raphael Gomes Lins da Silva
Seminário Interdisciplinar – Silvana Moreira Neves
Resumo
O Conflito entre as duas etnias – Israel e Palestina – remonta há tempos antigos, no entanto, esta questão ganhou contornos ainda maiores a partir das primeiras migrações em massa de judeus, por razões de compra de terra, refugiados de pogrom e entre outras circunstâncias. Com a partilha da palestina chancelada pela ONU em 1947, e consequentemente quando David Ben Gurion anuncia a criação do Estado de Israel, o mundo árabe, sobretudo a palestina, apresentaria desde então uma escalada de violência sem precedentes. O conflito Israel/Palestina vai além das reivindicações territoriais, pois outros elementos serão inseridos neste contexto do conflito: a exemplo da questão religiosa, e outros aspectos que orbitam em volta da posse dos recursos vitais para a manutenção dos dois povos. Esta pesquisa impôs o objetivo de divulgar e esclarecer as reais causas que originaram o conflito e que mantem a atual situação conflituosa. As temáticas analisadas para compreender esta questão são: econômica, territorial, identidade, religião, água, geopolítica. Esta pesquisa está fundamentada em consulta de bibliografias e dados, como por exemplo: literaturas que abordem a questão, artigos, sites, jornais, e materiais que constam na internet. O resultado desta pesquisa revela que muitas causas corroboram com os conflitos territoriais e econômicos entre O Estado de Israel e a Cisjordânia, no entanto, é preciso frisar que as informações inseridas nessas pesquisa nos fornece base para conhecer minuciosamente os interesses que as duas nações travam batalhas com a finalidade de afirmar suas posições nesta região.
Palavras-chaves: Conflito, Israel, Palestina, Partilha, Economia, Religião, Território.
Abstract
The conflict between the two ethnic groups - Israel and Palestine - dates back to ancient times, however, this issue has gained even greater contours from the earliest mass migrations of Jews, for reasons of land purchase, pogrom refugees and among other circumstances. With the sharing of the Palestine that was channeled by the UN in 1947, and consequently when David Ben Gurion announces the creation of the State of Israel, the Arab world, mainly the Palestinian one, would present from then on an unprecedented escalation of violence. The Israel / Palestine conflict goes beyond territorial claims because other elements will be inserted in this context of conflict: like the religious question, and other aspects that orbit around the possession of resources vital for the maintenance of the two peoples. This research imposed the objective of divulging and clarifying the real causes that originated the conflict and that maintains the current situation conflicted. The topics analyzed to understand this question are: economic, territorial, identity, religion, water, geopolitics. This research is based on bibliographies and data, such as literature that addresses the issue, articles, websites, newspapers, and materials on the Internet. The result of this research reveals that many causes corroborate with the territorial and economic conflicts between the State of Israel and the West Bank, however, it is necessary to emphasize that the information inserted in these research provides us basis for knowing in detail the interests that the two nations fight battles With the purpose of affirming their positions in this region.
Keywords: Conflict, Israel, Palestine, Sharing, Economy, Religion, Territory.
1 Economia
1.1 Israel
Apesar de não representar tudo, a economia é uma parte essencial na vida de pessoas, cidades, estados, regiões, nações e suas organizações. No contexto árabe-israelense, analisaremos com cautela alguns atores/protagonistas deste quesito. Neste aspecto econômico e suas variáveis, Israel se sobressai em relação a Palestina, como observaremos segundo os dados a seguir:
Grande parte da economia de Israel é baseada em exportações. De acordo com o Índice de Complexidade Econômico (ICE), Israel é a 42º maior economia de exportação no mundo e está em 19º na categoria de economia mais complexa. Em 2015, Israel exportou US $ 65,4 Bilhões e importou US $ 59,9 Bilhões, resultando em um saldo comercial positivo de US $ 5,43 Bilhões. Em 2015, o PIB de Israel foi de US $ 299 Bilhões e seu PIB per capita foi de US $ 36,6 Milhares.
Entre os principais produtos exportados por Israel podemos citar: diamantes, medicamentos embalados, telefones, etc. No quesito importação; carros, petrolíferos refinados e unidades de disco digital merecem destaque. Os principais destinos de exportação de Israel são os Estados Unidos ($24Bilhões), a China ($3,25Bilhões), Hong Kong ($2,89Bilhões), a Palestina ($2,8 Bilhões) – dado no mínimo curioso - e a Índia ($2,13Bilhões). As origens de importação de topo são os Estados Unidos ($8,56Bilhões), a China ($5,86Bilhões), a Suíça ($4,05Bilhões), a Alemanha ($3,8Bilhões) e Bélgica-Luxemburgo ($3,44Bilhões).
O Brasil possui relações comerciais tanto com Israel como com a Palestina, a própósito, o Brasil defende a criação de dois Estados. A nível de informação, brasileiros tem se integrado neste contexto desde a criação do Estado de Israel, afinal, o gaúcho Osvaldo Aranha presidiu a II Assembleia Geral da ONU que votou o Plano da ONU para a partição da Palestina de 1947, que culminou na criação do Estado de Israel. Esforços econômicos e diplomáticos de manter relações com o Oriente Médio foram intensificados nos últimos anos. As relações econômicas entre Brasil e Israel cresceram graças ao acordo de Livre Comércio "MERCOSUL-Israel", em vigor para o Brasil desde 2010. Entre 2002 e 2011, o intercâmbio comercial aumentou 215%, passando de US$ 445 milhões para US$ 1,4 bilhão (Fonte: Itamaraty).
Por Israel ter relações bastante ativas e até mesmo futuramente promissoras, termina sendo alvo de empresas transnacionais como a Intel (estabeleceu seu centro de P&D em Israel há cerca de 40 anos), Apple (Foi uma das últimas empresas a abrir escritórios em Israel), HP, Cisco, Marvell, EMC2, Broadcom, Amazon, Yahoo, entre outras... Essas empresas movimentam bastante a economia do país e contribuem para que esta nação tenha ainda mais perspectivas no cenário das relações comerciais. Outra questão bastante relevante é que algumas destas empresas precisam de mão de obra especializada e altamente qualificada, necessidade que nem sempre é atendida pelos moradores locais, favorecendo a vinda de trabalhadores migrantes e consequentemente, altera um pouco o quadro populacional e sua diversidade étnica.
1.2 Palestina
Pelo fato da Palestina ainda não ser um Estado reconhecido, não disponibilizamos de tantas informações econômicas se for comparado com a nação israelense. No que tange à exportações, segundo dados do Índice de Complexidade Econômico (ICE), a Palestina é a 146º maior economia de exportação no mundo e está na 67º posição na categoria de economia mais complexa. Em 2015, a Palestina exportou US $ 985 Milhões e importou US $ 4,83 Bilhões, resultando em um saldo comercial positivo de US $ 3,84 Bilhões. Em 2015, o PIB da Palestina foi de US $ 12,7 Bilhões e seu PIB per capita foi de US $ 5,02 Milhares. As principais exportações da Palestina são: edifício de pedra, móveis, tampas de plástico, etc. Suas principais importações são: carros, cimento, alimento de animal, etc.
Os principais destinos de exportação da Palestina são: IsHYPERLINK "http://atlas.media.mit.edu/pt/profile/country/isr/"rael ($803 Milhões), a Jordânia ($83,3 Milhões), os Emirados Árabes Unidos ($18,7Milhões), a Arábia Saudita ($15,1Milhões) e o Catar ($10,2 Milhões). As origens de importação de topo são: Israel ($2,86Bilhões), a China ($258 Milhões), a TurqHYPERLINK "http://atlas.media.mit.edu/pt/profile/country/tur/"uia($257 Milhões), a Jordânia ($165 Milhões) e o Egito ($121 Milhões). 
Problematizando um pouco o conflito árabe-israelense, de acordo com o "Aix Group", um fórum para a cooperação no Mediterrâneo, "... demos conta que a continuação desta situação, na qual não há um acordo (de paz), tem um custo muito mais amplo para o lado palestino", afirmou o professor Josef Zeira (professor de economia da Universidade Hebraica de Jerusalém). O professor afirmou que os "Acordos de Oslo" deviam ter conduzido ao início de uma "rota para paz" com um Estado palestino independente como destino final e cujo fracasso foi constatado com a explosão da segunda intifada em 2000. O acadêmico apostou pela paz como mecanismo para impulsionar não só a economia palestina mas também a israelense, que na sua opinião poderia experimentar "um aumento da produtividade de entre 4,5% e 13% se fossem eliminados os custos diretos e indiretos gerados pelo conflito"... 
Estes fatores, junto a baixíssimos índices de crescimento, desanimam o investimento e fazem com que o desemprego siga aumentando, alcançando 19% na Cisjordânia e 42% em Gaza (dados mostrados em 2016.) Zeira constatou que o PIB em termos de produtividade laboral, "o maior indicador da economia palestina", caiu 30% nas últimas duas décadas, as razões passam pela falta de acúmulo de capital em solo palestino e uma limitada capacidade produtiva. "A solução de dois Estados poderia ser uma fonte de crescimento não só para os palestinos, mas também para Israel", concluiu o acadêmico. A contribuição deste especialista e a de tantos outros, nos mostra os benefícios econômicos e sociais da efetivação da paz na região da Palestina histórica para ambos os lados, questão que infelizmente não é atendida devido à interesse de poderosos, grupos terroristas, disputa por água, rivalidades étnicas e outros motivos que serão caracterizados nos próximos tópicos. 
2 Identidades israelenses e palestinas: questões ideológicas
Para analisar, em uma demagogia o conflito Israel/Palestina, torna-se necessária a compreensão a identidade coletiva de nações, grupos étnicas e religiosas. É importante analisar brevemente a questão de como se articulam, se refletem e, portanto se definem as ideologias sionista/israelense e palestina/árabe. Para isso, devem ser identificadas e traçadas as quatro principais ideologias, com diversas permutações, definiram as identidades coletivas sionista/israelense e árabe/palestina: respectivamente uma definição de grupo nacionalista, de classe e individualista.
2.1 As quatro principais tendências de identidade
Existe, por parte do conflito, um desafio para se entender as questões ideológicas que envolvem israelenses e palestinos. Um conflito entre identidades, com ideologias ligadas a práticas de base socioeconômicas, de poder e demandas territoriais. Essas quatro orientações não são as únicas possíveis, mas tem sido as mais visíveis.
A evolução das culturas judaica-sionista-israelense e da árabe-palestina, então, pode ser entendida como uma série de permutações dessas identidades, na qual uma é sempre dominante:
Religião: Enquanto busca universal, na sua forma negativa, alivia ameaças e medos existenciais: morte, catástrofes incontroláveis, etc. em sua forma positiva responde a necessidade de uma conexão com o universo ou etéreo, e fornece um enfoque para respostas as questões filosóficas. Sociedades pré-modernas eram frequentemente organizadas ao redor de um grupo de crenças de ditados religiosos. Isso é particularmente verdadeiro no judaísmo e islamismo ambos baseados não apenas em relações “históricas” transcendentais, mas constituindo também completos sistemas sociais que, além das crenças especificas, organizam detalhadamente a vida econômica, jurídica e familiar de seus membros. Ambas as religiões tem programas políticos específicos com consequências para os vizinhos “não crentes”, e nenhuma reconhece a separação entre estado e religião. Confrontados, sob condições de modernização intensa, com humilhação, falta de poder e/ou perseguição, tanto judeus quanto mulçumanos voltaram as origens religiosas.
Diversidade Étnica: é valido salientar a diversidade étnica presente no eixo Palestina/Israel, no lado palestino há sobretudo povos com ascendência judaica, turca, libanesa, jordaniana, egípcia, armênia e iraniana. Na região que inclui Israel, a Cisjordânia e Gaza, em 2004, os árabes palestinos constituíam 49% de todos habitantes. No lado de Israel existe uma predominância ainda de origem hebraica, porem há uma população árabe em Israel, uma população majoritariamente jovem, com uma idade média de 18 anos para o israelense-mulçumano, e 30 para o israelense judeu, estima-se que em 2020, 85% da população árabe de Israel será mulçumana.
Consciência de classe: caracteriza e organiza diferentes grupos socioeconômicos dentro de uma sociedade. Isso pode se manifestar sob forma de acomodação/paz de classes (por exemplo, castas na Índia) ou conflito/lutas de classe (por exemplo, partido de trabalhadores no final do século XIX e no início do século XX na Europa). O conflito de classe formou a base das definições grupais, solidariedade, programas políticos e identidade tanto em sociedades pré-modernas quanto modernas. As identidades coletivas de classes trabalhadoras, após 1917, ganharam muita força com a União Soviética e o socialismo usado como uma religião. As duas comunidades (Israel e Palestina), tiveram encontros diferentes com o fator classe enquanto identidade. Para as massas de judeus europeus do século XIX que se afastavam da religião e ao mesmo tempo sofriam privações econômicas, isso se tornou um ponto de encontro importante. O socialismo europeu do século XIX devia muito aos partidos devia muito aos partidos de trabalhadores predominantemente judeus. Muitos judeus possivelmente influenciados por ideias messiânicas ou proféticas mais antigas viam sua liberação como parte de uma transformação revolucionaria da humanidade. Sua identidade especificamente judaica foi com isso atenuada. Ainda que o sionismo como forma de nacionalismo judeu, tenha rejeitado esse percurso de emancipação judaica. Ainda que há clarezas e semelhanças bastante influenciadas entre o sionismo e socialismo, a ligação socialismo/sionismo reforçou a forma moderna do que desde o começo foi um permanente campo de tensão no judaísmo, ou seja, a discussão universalista vs particularista.
Para os palestinos, essa questão de classe para formação de identidade coletiva permaneceu um fator secundário, menos relevante para o Oriente Médio em geral. As razoes para isso merecem um estudo mais detalhado, e podem ser relacionadas a estreita sobreposição. Apesar de a privação econômica ter tido um papel importante na formação de uma origem classista, elas eram geralmente articuladas em termos de oposição religiosa e/ou nacional ao sionismo e ao imperialismo ocidental, e não tendo como base as questões de classe. O atrativo dos partidos socialista e comunista também permaneceu limitado.
Individualismo: Esta identidade parece ser a mais frágil, e obviamente a menos vinculada à identidade coletiva. Derivado da tradição liberal europeia é, pela faceta negativa, associado aos direitos humanos, a proteção dos cidadãos contra violações arbitrárias das liberdades individuais por autoridades ou por outros indivíduos. Religião, nacionalismo e socialismo tem três pretensões totalizantes: tentam dar um significado a tudo, um ponto de referencia a partir do qual toda sociedade (ou universo), em sua evolução passada, presente e futura pode ser entendida e trabalhada frequentemente com uma teologia embutida. Já a democracia não. Se é tão frágil, por que as pessoas se identificam com a democracia? Uma resposta poderia ser que a democracia age como um denominador comum, permitindo uma série de estilos de vida e atividades econômicas dentro de uma mesma abordagem política. Originalmente a democracia era estranha às identidades coletivas judaico-israelenses e palestino-árabes. Interessantemente, porém, a evolução históricade ambos levou a uma gradual ainda que incompleta incorporação de muitos valores e políticas democráticas. A inserção de Israel e, em menor grau, da economia palestina no mercado mundial criou um público (interno) de alguma forma identificado, ou pelo menos atraído, pelas promessas da democracia liberal.
3. Questão religiosa
Não é de hoje que existe esse conflito religioso entre palestinos e israelenses, antes do movimento sionista, a religião que predominava na região palestina era o islão, com o movimento sionista e a chegada de judeus ao território palestino, obteve-se um equilíbrio religioso. Com a criação do Estado de Israel, os judeus se tornaram maioria no país, a Palestina nesse momento tinha quase toda sua população seguindo agora o islão. 
Claro que a religião não é o único ponto desse conflito, existe todo um histórico com os árabes, o sentimento de vingança, a questão do Rio Jordão, do território, etc. Atualmente o maior conflito de Israel, não é com a Palestina em si, mas com os grupos que lá se localizam e tem suas bases, principalmente o Hamas. 
O Hamas é considerado um grupo terrorista por vários países, entre eles Estados Unidos, a União Europeia, Reino Unido e Israel. Uma curiosidade, é que o Brasil, e é claro a Rússia, não consideram o Hamas um grupo terrorista. “O Movimento de Resistência Islâmica”, assim como a maioria dos muçulmanos palestinos, o Hamas segue a orientação sunita e se baseiam nos princípios do corão. O Hamas não reconhece o Estado de Israel e tem como objetivo a criação do Estado Islâmico palestino e a extinção de Israel. Atentados, lutas armadas, lançamentos de mísseis... é assim que o Hamas segue seu conflito com Israel.
Outro conflito acontece internamente na palestina, entre o Hamas e o Fatah. O Fatah diferentemente do Hamas, se dizem laicos, é um grupo menos radical, e pregam a reconciliação com o Estado de Israel, um dos pontos para sua aceitação internacional e do conflito com o Hamas.
Essa luta entre Israelenses e palestinos, entre judeus e muçulmanos, entre Israel e o Hamas, além de um conflito por território, por água, por vingança, atualmente também é um conflito religioso, a vinda dos judeus para a “Terra prometida”, no caso a palestina, foi por causa da religião. Hoje além de uma disputa por território, temos uma disputa religiosa.
4. A questão da água no conflito Israelo-palestino
Assim como foi visto antes Israel-palestina vive um conflito por diversos fatores que vem se estendendo a anos e dentre alguns desses fatores pode-se destacar a questão da agua. Região onde demograficamente se tem uma abundância no petróleo que acaba sendo alvos de grandes potências mundiais, porém a água na região do oriente médio é alvo de grande disputa pois a disponibilidade hídrica não é tão grande e ainda se tem a superioridade israelense no uso da água, e esses conflitos acabam sendo respaldados diretamente na econômica, política e a questão social.
Esta região do oriente médio tem um clima meridional com uma maior umidade no inverno e verão período de seca, que atinge diretamente a população em principal o povo palestino. Se tem algumas bacias hidrográficas e aquíferos na região no qual podem se destacar alguns como o caso do rio Jordão, o mar da Galileia, o rio Yarmuk e o baixo Jordão, o aquífero da Montanha o aquífero de Basin e o aquífero costeiro que se estende até gaza. Cerca de 50% do uso da água de Israel vem da Cisjordânia. Esses rios e aquíferos está sobre domínio israelense e aí que começa o conflito pois Israel é a grande detentora da disponibilidade hídrica dessa região tornando outras regiões muitos veneráveis a água como o povo palestino e a síria dentre outros, muitas regiões foram anexadas ao estado de Israel após guerras como o caso da colinas de golã (onde se tem a nascente do rio Jordão) foi tomada da síria e adicionada em Israel, onde se tem vários entraves até os dias atuais entre esses países. No qual essa anexação não é aceita pela ONU já que mesma tem o controle de leis e regras dos estados para regulamentar, entretanto não é respeitada pelo estado de israel.
O uso da água se torna preponderante para o homem em qualquer região da terra seja para uso doméstico seja para agricultura ou indústria ela está presente ou pelo menos tem que está e ela envolve várias questões como economia, política, social porem acaba que invés de se torna uma solução vem se tornando problemas com conflitos na região do oriente médio mais que passa para nível global já que outras nações atuam sobre o Israel, palestina, Egito, síria por meio de “auxiliar” cada qual com seus objetivos. E pelo fato da palestina ainda não ser considerado uma nação se torna outra dificuldade para negociar com Israel, até se tem o órgão ANP (Autoridade Nacional Palestiniana) que controla assuntos palestinos, porém não vem resultando muito nos últimos anos, pois não se tem um equilíbrio dentro da região seja política, econômico.
O consumo da agua em Israel e palestina se torna mais nítido em números, Israel consume cerca de 350 de litro de água por dia enquanto a palestina consome cerca de 70 litros de água por dia segundo organização não governamental B’tselem, dados que são negados por israel. 
 
 
Figura 1 - Abaixo se tem um mapa da bacia do rio Jordão
Fonte: Libiszewski, 1995. Tradução do autor/Mapa fácil.
 
Fica mais claro quando visto no mapa a predominância de Israel no oriente médio, onde seu território vem aumentando estrategicamente para a regiões onde se tem uma maior disponibilidade hídrica, isso porque se tem um poderio bélico grande e organizado e através de guerras antepassadas foram agregada ao seu território, guerras essas que não foram com a palestina mais com Egito e síria dentre essas guerras podem se destacar guerra dos seis dias e a guerra do yom kippur, porém a agua foi um fator para os conflitos e não o motivo. 
 
 
Figura 2 - Tabela do Percentual do uso da água para agricultura
Nessa tabela pode-se observa o quanto a agricultura consome agua no pais de Israel no qual com o passar dos anos se teve declínios devidos muitas vezes por motivos técnicos como gotejamento e dessalinização da água, porém o número ainda é alto mais da metade é destinado a agricultura. 
E com isso se dá um dos motivos para o problema que são conhecidos stress e escassez devido a essa agricultura intensiva que a economia estar voltada, ocasionando esse desequilíbrio na distribuição da água. E regiões como é o caso da palestina que depende do estado israelense para a distribuição de água e que a palestina tem acesso a penas a 10% dos recursos hídricos em relação a Israel lembrando que Israel privatiza agua do território palestino, ocorre uma gama de dificuldade para o povo palestino como eles alegam, dentre eles o racionamento no período do verão, má qualidade da água, preço da água bastante alta, não se pode explorar dos poços ou reabilitar sem a permissão de israel. E todos esses fatores mostram a superioridade israelense seja ela bélica, política ou econômica.
E com todo esse predomínio israelense em 2004 é construído muro no qual separa Israel do território da Cisjordânia por fatores de segurança nacional e que também envolve a água já que considerada como um fator de segurança nacional e com isso torna mais distante a paz entre as regiões onde os conflitos tendem a continuar com medidas como essas.
Acordos de paz foram tentados ser estabelecidos entre os povos começando por Camp David, plano elaborado no ano de 1978 com a participação de Israel e Egito para que houvesse uma paz entre os países vizinhos mais que houvesse uma visão sobre a palestina, porem o mesmo não participou do acordo; em 1991 ocorre a conferência de Madri que também não teve muito sucesso havendo um tratado de paz entre Israel e Jordânia mais que não seguiu em frente com Líbano e síria; em 1993 ocorre o acordo de Oslo I no qual teve um papel importante no acordo de paz de Israel e o povo palestino, no qual a agua teve um papel fundamental nesse período já que oterritório se teve alterações; em 1995 ocorre Oslo II no qual buscava ampliar autonomia dos palestino do território da Cisjordânia, e uma maior distribuição da água para o povo palestino. Porém nunca chegou a um comum acordo de paz já que cada um tem seus objetivos. Esses últimos dois acordos o estado unido teve um papel importante, isso porque ele busca benefícios próprios, já que aquela região é detentora de grandes jazidas de petróleo.
Como ficou perceptível a relação Israel com a palestina entorno da água é de conflito, região que se tem “pouca” disponibilidade hídrica acaba ocasionando combate entre os povos, entretanto outro grande problema a vim a ser resolvido não é apenas o pouco recurso hídrico mais o mal-uso e má distribuição, onde Israel é detentora e controladora devido a processos históricos que tornaram ela esse agente poderoso no oriente médio. A água não pode ser vista com um fator para um conflito mais como uma solução dos problemas, porém isso ocorre quando se tem uma administração eficiente com objetivos e técnicas em comum, o que infelizmente vem ocorrendo é o inverso, e cada dia que se passa pessoas assassinam pessoas devido fatores como economia, política ou até mesmo ideologias.
5 Uma breve análise histórica na qual modelou o atual cenário geopolítico envolvendo Israel e a Palestina.
As relações políticas, econômicas, religiosas e entre outros fatores que circundam o Estado de Israel, a Palestina e seus territórios fragmentados e as potências ocidentais, vem perpetuando um ambiente de instabilidade regional que só prejudicam a paz entre os Estados envolvidos. O motivo dessa conflituosa relação entre estes atores vêm bem antes da criação do Estado de Israel; obviamente nesta parte da pesquisa não será evidenciado as relações dos países envolvidos nesta questão da geopolítica de Israel e seus vizinhos, sobretudo a Palestina. Frisando que será abordado as relações geopolíticas quanto a afirmação de Israel como Estado-Nação.
O surgimento de todos os problemas geopolíticos envolvendo Israel e a Palestina ganhou forma a partir da partilha da Região da Palestina – nome no qual foi designado pelo Império Romano com intuito de descaracterizar qualquer relação dos judeus com a sua terra natal – no dia 29 de novembro de 1947, partilha esta que foi desempenhada pela à Assembleia Geral das Nações Unidas. A partilha proposta pela ONU criava um Estado Judaico e um Estado árabe; como pode ser visto no mapa 1.
Figura 3 – Divisão da Palestina proposta pela ONU em 1947
Fonte: Google imagens.
Após esta partilha, as nações árabes concomitante com o povo palestino repudiou a criação de um Estado judeu, e isto seria motivo viável para um eminente conflito na região. Ben Gurion no ano de 1948, anunciava a criação do Estado de Israel, e assim, com essa atitude, os Estados árabes, decidiram no mesmo dia atacar o recém Estado judeu – Israel foi atacado por uma coalizão árabe, dentre elas o Líbano, Síria, Transjordânia e Iraque – porém, o Estado de Israel recebeu aporte militar das duas maiores superpotências da época – EUA e URSS –. Com esta ajuda significante, Israel conseguiu vencer os exércitos árabes. O Resultado da guerra afetou diretamente a população palestina, devido ao conflito, o número de refugiados foi de aproximadamente 350 mil; Israel teve o seu território ampliados na palestina de 7, 23% para 77%. Este foi um dos primeiros conflitos geopolíticos desencadeados após a criação do Estado israelense.
Figura 4 – Comparação do tamanho do território de Israel antes e depois da Guerra de Independência.
Fonte: Google imagens.
Outros conflitos sucederam-se após a Guerra de Independência, como por exemplo: a Guerra dos Seis Dias, Guerra do Yom Kippur, a primeira e segunda Intifada, Guerras de Atrito e entre outros pequenos conflitos bélicos. Esses conflitos só agravaram ainda mais a instabilidade da região, em especial, a Guerra dos Seis Dias em 1967 – tecnicamente quem começou a guerra foi Israel, onde o mesmo afirma que foi uma ação preventiva em face de um possível ataque da coalização árabe –, cuja guerra resultou na ampliação de seus território e ocupando áreas que resultariam em problemas posteriores. “Em quase seis dias de combates e a um preço de 764 mortos, as tropas israelenses ocupavam as colinas de Golã, o Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e toda Jerusalém.” (BRENER, 1997, p.44).”
Figura 5 – Territórios ocupados após 1967.
Fonte: Google Imagens
O governo israelense após este conflito, devolveu boa parte dos territórios ocupados, como o caso da Península do Sinai, que ora foi conquistada do Egito em 1967 e que Israel devolveu em troca de paz na chamada política de “Terra por Paz”; assim, Israel através da diplomacia conquistou um acordo de paz com o Egito que perdura até hoje – o Egito foi a a primeira nação do mundo árabe a reconhecer o Estado de Israel –.
6 A atual geopolítica das relações entre Israel e a palestina
Atualmente, a situação entre israelenses e palestinos não mudou muito. Como visto anteriormente, Israel ocupa territórios pertencentes ao povo palestino de acordo com o que foi previsto mediante a Resolução No. 181 de 28 de novembro de 1947. O Estado judeu vem ocupando desde a Guerra dos Seis Dias: a Faixa de Gaza, 77% da Cisjordânia, Jerusalém oriental – territórios palestino – e as Colinas de Golã.
Obviamente, que essas ocupações do ponto de vista do Direito Internacional são ilegais e que submete o povo palestino ao não reconhecimento da autodeterminação do seu território. O reflexo destas ocupações gerou uma série de revoltas por parte dos palestinos; organizações surgiram devido a atual circunstância dos palestinos, a exemplo do Hamas, Al Fatah, Hezbollah, OLP, ANP e outras organizações políticas e paramilitares dos palestinos.
Esses grupos, em suma maioria, reagem por meio político como a ANP, que é uma organização que representa internacionalmente a palestina, ou usma vias radicais, como por exemplo o grupo armado do Hamas, que pratica atentados terroristas contra a população israelense.
Israel também usa sua força militar para reprimir, bombardear, se defender e na medida do possível, desmantelar essas facções terroristas. A geopolítica de ambos os povos, acaba intensificando à escalada da violência.
Existem várias problemáticas que agravam a situação entre estas duas etnias, uma delas é a criação de assentamentos israelenses em territórios palestinos, sobretudo na Cisjordânia, que no caso, já tem 77% do seu território ocupado por Israel. Marvan Bishara, autor do livro: Palestina/Israel: Paz ou Apartheid, afirma:
“Esses assentamentos agravaram a situação e contribuíram grandemente para a explosão da segunda intifada. Com o seu prosseguimento, foram totalmente infringidas as Resoluções das Nações Unidas e a IV Convenção de Genebra(1949), assinada por Israel e pelos Estados Unidos, relativa à proteção dos civis em tempo de guerra e que proíbe que o vencedor estabeleça populações nos territórios conquistados pela força.” (Marvan Bishara, 2003, p.129).
Figura 6 – Assentamentos judeus na Cisjordânia
Fonte: Google imagens.
No entanto, o governo de Israel não retirou suas ocupações na Cisjordânia mediante as Resoluções emitidas pela ONU, ou tampouco as manifestações das grandes Potências – EUA e União Europeia –. 
Outra grande problemática é a questão de Jerusalém oriental, que está sob jugo de Israel desde a Guerra dos Seis Dias. Esta cidade Santa, que é um reduto da fé das grandes religiões monoteístas – Cristianismo, Judaísmo e Islâmica –, vem gerando desconforto na população palestina, pois este território também foi dividido durante a partilha da ONU em 1947. Ambas as nações, israelense e palestina, tem ambição em controlar este teriitório, e transformar em sua capital, atualmente a capital de Israel se concentra em Jerusalém, no entanto, os palestinos ainda não instalaram a sua administração no solo sagrado de Jerusalém.
A faixa de Gaza ainda é um problema para se atingir a paz nesta região, atualmente é uma regiãoautônoma, que é controlada pelo Hamas, contudo, Israel concomitante com o Governo Egípcio, fecharam todas as rotas marítima, aérea e terrestre, no intuito de enfraquecer esta facção terrorista no poder que periodicamente ataca o Estado de Israel e cria instabilidades na fronteira entre Gaza e Israel.
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