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1 Aplicação da Lei Penal no Tempo

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DIREITO PENAL
PROF. LUZIANE RIBEIRO
APLICAÇÃO DA LEI 
PENAL NO TEMPO
Aplicação da Lei Penal no Tempo
Princípio da Legalidade ou da Reserva Legal
 Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação 
legal.
 CF, art. 5º, XXXIX.
 CP, art. 1º.
Aplicação da Lei Penal no Tempo
Princípio da Legalidade ou da Reserva Legal
 Aspecto político
 Aspecto jurídico
 Lei em sentido estrito
 Medida Provisória – art. 62, §1º, I, “b” (EC nº 32/2001)
 Lei estadual e lei municipal
 Analogia e Interpretação analógica
Aplicação da Lei Penal no Tempo
 “CF, Art. 62. Em caso de relevância e urgência, 
o Presidente da República poderá adotar 
medidas provisórias, com força de lei, 
devendo submetê-las de imediato ao Congresso 
Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas 
provisórias sobre matéria:
I - relativa a:
b) direito penal, processual penal e processual 
civil; ”
Aplicação da Lei Penal no Tempo
Analogia “in bonam partem”
Limite das penas
 Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade 
não pode ser superior a 30 (trinta) anos.
Imposição da medida de segurança para inimputável
 Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua 
internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for 
punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento 
ambulatorial.
Prazo
 § 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo 
indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante 
perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo 
deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos.
Aplicação da Lei Penal no Tempo
Analogia “in mallam partem”
Auto-acusação falsa
 Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de 
crime inexistente ou praticado por outrem:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou 
multa.
Aplicação da Lei Penal no Tempo
Interpretação analógica “in mallam partem”
 Art 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, 
ou por outro motivo torpe;
Aplicação da Lei Penal no Tempo
Princípio da Anterioridade
 Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação 
legal.
 Não há apenas a exigência de lei. Exige-se 
também a anterioridade dessa lei.
 A lei deve estar irradiando seus efeitos.
 Regra – não retroage
 Exceção – Extra-atividade da lei penal
Aplicação da Lei Penal no Tempo
Lei Penal no tempo
 Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei 
posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude 
dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo 
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda 
que decididos por sentença condenatória transitada em 
julgado. 
 Regra – não retroage
 Exceção – Extra-atividade da lei penal
Aplicação da Lei Penal no Tempo
 Efeitos da Extra-atividade da lei penal mais 
benéfica
a) Retroatividade
b) Ultratividade
 Abolitio criminis
 Lei posterior mais benéfica – “novatio legis in 
mellius”
 Lei posterior mais severa – novatio legis in 
pejus”
Aplicação da Lei Penal no Tempo
 Pode uma lei produzir os dois efeitos ao mesmo 
tempo? Pode ser retroativa e ultrativa ao mesmo 
tempo?
 Combinação de leis?
Aplicação da Lei Penal no Tempo
LEI ANTERIOR LEI INTERMEDIÁRIA LEI POSTERIOR
Lei mais grave 
“Lex gravior”
Lei mais branda
Lex mitior
Novatio legis “in mellius”
Lei mais severa
Lex gravior
Novatio legis “in pejus”
Fato
(ainda que já exista 
condenação transitada 
em julgado)
Ultratividade “in mellius”*
Sentença ou Execução 
da Pena
•Efeito carrapato
Lei mais benigna gruda 
no fato cometido durante 
seu período de vigência 
e o acompanha mesmo 
após sua revogação.
Fato
Aplicação da Lei Penal no Tempo
STF Súmula nº 711 - 24/09/2003
Lei Penal Mais Grave - Aplicabilidade - Crime 
Continuado ou Crime Permanente - Vigência 
e Anterioridade
A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua 
vigência é anterior à cessação da continuidade 
ou da permanência.
Aplicação da Lei Penal no Tempo
Lei excepcional ou temporária
 Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora 
decorrido o período de sua duração ou 
cessadas as circunstâncias que a 
determinaram, aplica-se ao fato praticado 
durante sua vigência.
 Lei temporária – o legislador fixa um prazo de vigência.
 Lei excepcional – vincula a uma situação excepcional. 
Ex: calamidade pública.
Aplicação da Lei Penal no Tempo
Características
 Não precisam de outra lei para revogá-las.
 São ultrativas
 Alteração do complemento da norma penal 
em branco 
Aplicação da Lei Penal no Tempo
Tempo do crime
 Art. 4º - Considera-se praticado o crime no 
momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o momento do resultado
 Teoria da Atividade – tempo do crime o 
momento da ação ou omissão.
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