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Processo Penal 1 A 16 casos concretos

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Processual Penal II 
Prof.: Manoel Correia de Oliveira Andrade Neto 
Disciplina: 
CCJ0041 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
1 de 8 
Data: 
01/04/2015 
 
MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
TRABALHO PARA AV1 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-01 
x 
Caso Concreto 1 
 
(Magistratura Federal / 2 Região). 
 
Para provar a sua inocência, o réu subtraiu uma carta de terceira pessoa, juntando-a ao processo. O juiz 
está convencido da veracidade do que está narrado na mencionada carta. Pergunta-se: Como deve proceder o 
magistrado em face da regra do artigo 5º, da Constituição Federal (LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos)? 
 
RESPOSTA-01: Em homenagem à tutela da correspondência, veda-se o lançamento aos autos das cartas 
particulares interceptadas ou obtidas por meios criminosos (art. 233, CPP). Ademais, a interceptação da 
correspondência caracteriza PROVA ILÍCITA, impedindo a utilização para fins processuais. TODAVIA, conforme 
leciona Nestor Távora (in Curso de Direito Processual, Ed. JUSPODIUM), a prova em questão deverá ser 
RECEPCIONADA PELO JUIZ em virtude do Princípio da Proporcionalidade ou Razoabilidade (balancing test 
como é chamado pelo Direito judicial estaduniense). O conflito entre bens jurídicos tutelados pelo ordenamento 
leva o intérprete a dar prevalência àquele bem de maior relevância. Nesta linha, se de um lado está o jus puniendi 
estatal e a legalidade na produção probatória, e o do outro o status libertatis do réu, que objetiva demonstrar a 
inocência, este último bem deve prevalecer, sendo a prova utilizada, mesmo que ilícita, em seu benefício. Como 
assegura Ada Pellegrini, Scarance Fernandes e Magalhães Gomes Filho (in Princípio constitucional da 
proporcionalidade no processo penal, Ed. Atlas, 2007). “Não deixa de ser manifestação da proporcionalidade a 
posição praticamente unânime que reconhece a possibilidade de utilização, no processo penal, da prova favorável 
ao acusado, ainda que colhida com infringência a direitos fundamentais seus ou de terceiros”. Jurisprudência 
Sugerida: HC 52.995, rel. Min. Og Fernandes, j.19/09/2010 (Info 447), STJ. (Atenção: Resposta sugerida pela 
Estácio). 
 
RESPOSTA-02: Deve aceitar a prova, posto que não existem direitos e garantias individuais que sejam absolutos. 
Havendo conflito aparente entre mandamentos constitucionais, há que se fazer uma ponderação para decidir qual 
deles aplicar. Nesse sentido, o direito à liberdade e a presunção de inocência devem prevalecer sobre o 
mandamento constitucional que veda as provas obtidas por meios ilícitos. 
 
Exercício suplementar da semana 01 
 
(OAB FGV 2010.2). 
 
Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O 
promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave 
contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas 
testemunhas que também presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram 
que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas 
para desarmá-lo. 
Já as testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. Nas 
alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia 
ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No 
momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu 
Pedro em situação de legítima defesa. 
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
 
a) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se convenceu 
completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
b) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se convenceu 
completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Processual Penal II 
Prof.: Manoel Correia de Oliveira Andrade Neto 
Disciplina: 
CCJ0041 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
2 de 8 
Data: 
01/04/2015 
 
MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
c) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a 
ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
d) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a sentença. A lei obriga o juiz a 
esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da 
sentença que vier a ser prolatada. 
 
RESPOSTA: C. O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em 
dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
 
Comentário do Professor Flávio Martins 
 
RAZÕES DE RECURSO 
 
Verifica-se que a alternativa tida como correta baseia-se em posição antiga, afastada pela 
doutrina contemporânea. Realmente, antigamente, entendia-se que “ao acionado penalmente, em 
favor de quem milita a presunção relativa de inocência, cabe o ônus de provar os fatos extintivos, 
impeditivos ou modificativos”, como a legítima defesa. Essa era a posição de Adalberto Camargo 
Aranha (Da Prova no Processo Penal. Saraiva. 5 ed. 1999, p. 13). 
Para a doutrina moderna processual penal, não há que se falar em ÔNUS DA PROVA PARA A 
DEFESA. É o que diz, no Rio de Janeiro, Afrânio Silva Jardim: “a ilicitude ou culpabilidade devem ser 
depreendidas das circunstâncias do fato principal, narradas necessariamente na peça acusatória, 
sendo ônus do autor provar suficientemente a existência dessas circunstâncias que afirmou” (Direito 
Processual Penal. Ed. Forense, 9 ed., p. 214). No mesmo sentido, diz ele: “sustentamos 
enfaticamente que a acusação penal deve alegar (rectius, atribuir ao réu) não só um fato típico, mas 
também a sua ilicitude e reprovabilidade. A tipicidade é tomada aqui tanto no seu aspecto objetivo 
como subjetivo” (p. 210). 
No mesmo sentido, em São Paulo, o professor da USP Gustavo Badaró entende que “com 
relação a suas alegações, seja pessoalmente, por meio da autodefesa, seja por meio da defesa 
técnica, as mesmas não podem ser vistas como ônus. (...) Na verdade, tal assertiva equivale a 
afirmar que o ônus da prova pertence ao acusador”. Concluindo, o ilustre professor afirma 
categoricamente: “Embora seja admissível que a atividade do acusado seja regida por um ônus 
probatório, NO PROCESO PENAL EM QUE VIGORA A PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA, TAL 
ENCARGO É ATRIBUÍDO, COM EXCLUSIVIDADE, AO ACUSADOR” (O ônus da Prova no Processo 
Penal. Revista dos Tribunais, p. 240). 
Como se vê, para a doutrina moderna, não há que se falar em ônus da prova para o acusado, 
mas apenas para a acusação. O Código de Processo Penal não traz regra acerca da divisão do ônus 
da prova, como fez o art. 333 do Código de Processo Civil. Portanto, fica a cargo da doutrina a 
especificação de eventual distribuição. A doutrina moderna, como vimos, posiciona-se no sentido de 
que não há ônus da prova para o acusado. Não poderia, pois o Exame da OAB basear-se em tema já 
superado pela doutrina moderna, motivo pelo qual a questão deveria ser anulada. 
 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-02 
x 
Caso Concreto 1 
 
(Exame de Ordem). 
 
O juiz criminal responsável pelo processamento de determinada ação penal instaurada para a apuração de 
crime contra o patrimônio, cometido em janeiro de 2010, determinou a realizaçãode importante perícia por apenas 
um perito oficial, tendo sido a prova pericial fundamental para justificar a condenação do réu. Considerando essa 
situação hipotética, esclareça, com a devida fundamentação legal, a viabilidade jurídica de se alegar eventual 
nulidade em favor do réu, em razão de a perícia ter sido realizada por apenas um perito. 
 
RESPOSTA: Não há nulidade no caso. Com o advento da Lei n.º 11.690/2008, que alterou dispositivos do Código 
de Processo Penal, o artigo 159 passou a ter a seguinte redação: “O exame de corpo de delito e outras perícias 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Processual Penal II 
Prof.: Manoel Correia de Oliveira Andrade Neto 
Disciplina: 
CCJ0041 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
3 de 8 
Data: 
01/04/2015 
 
MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. § 1.º Na falta de perito oficial, o exame 
será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área 
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.” A inovação 
legislativa dispensou a antiga exigência de dois peritos no mínimo para a produção do laudo pericial, pois, com a 
alteração na redação do art. 159, caput, basta agora que a perícia seja realizada por "perito oficial". Tendo sido a 
expressão empregada no singular, resta clara a intenção do legislador de se contentar, de agora em diante, com a 
perícia realizada por apenas um perito. Nesse contexto, passa a ser regra o que era exceção. Jurisprudência 
Sugerida: AgRg no REsp 978445/ MS; rel. Min. Jorge Mussi; j. em 15/02/2011, STJ. (Atenção: Resposta 
sugerida pela Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 02 
 
(Ministério Público – BA/2010). 
 
À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que: 
 
a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito, ainda que tenham desaparecidos os 
vestígios do crime. 
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do Juiz de Direito, fundado no 
exame das provas em conjunto. 
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem. 
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se, desobrigadas pela parte interessada, 
quiserem dar o seu testemunho; neste caso, porém, não deverão prestar compromisso legal. 
e) Todas as afirmativas estão incorretas. 
 
RESPOSTA: E. Todas as afirmativas estão incorretas. 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-03 
x 
Caso Concreto 1 
 
Mévio Araújo foi denunciado por crime de apropriação indébita de um computador de que tinha a 
precedente posse. No curso da instrução, restou provado que o computador pertencia a uma entidade central de 
direito público e que Mévio desempenhava função por delegação do poder público. A partir daí, o magistrado 
entendeu de sentenciar, com adoção do artigo 383, do CPP, concluindo por condenar Mévio nas penas do artigo 
312 c/c art. 327, CP. Inconformada, a defesa interpôs recurso de apelação sustentando a violação aos princípios 
do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (art. 5, LIV e LV da CF). Com base nisto, responda: 
O recurso da defesa deve ser julgado procedente? Fundamente a sua resposta. 
 
RESPOSTA: No caso em tela, o recurso da defesa deve ser julgado procedente pois o juiz deveria ter aplicado o 
procedimento previsto no artigo 384, CPP, a chamada mutatio libelli. Havendo necessidade de conferir uma nova 
definição jurídica à conduta imputada ao réu, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou 
circunstância da infração penal não contida na acusação, é imprescindível o aditamento acusatório. Registre-se 
que a necessidade do aditamento independe do fato da nova tipificação a ser dada à conduta imputada ao réu 
representar, ou não, majoração da pena. Logo, no caso em exame, a defesa tem razão porque, inequivocamente, 
houve violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Jurisprudência 
Sugerida: HC 145470/MA, rel. Min. Gilson Dipp, j. em 09/11/2010, STJ. (Atenção: Resposta sugerida pela 
Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 3 
 
(Magistratura/PR-2008). 
 
Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa correta: 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Processual Penal II 
Prof.: Manoel Correia de Oliveira Andrade Neto 
Disciplina: 
CCJ0041 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
4 de 8 
Data: 
01/04/2015 
 
MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação processual sem julgamento do mérito 
ou, então, põem termo a uma etapa do procedimento. São exemplos desse tipo de decisão a que recebe a 
denúncia ou queixa ou rejeita pedido de prisão preventiva. 
b) As decisões interlocutórias mistas não se equiparam as decisões interlocutórias simples, pois as primeiras 
servem para solucionar questões controvertidas e que digam respeito ao modus procedendi, sem contudo 
trancar a relação processual. Enquanto que as decisões interlocutórias simples trancam a relação processual 
sem julgar o meritum causae. 
c) A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não pode ser considerada decisão 
interlocutória mista. 
d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que diz respeito ao modus 
procedendi, sem contudo trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um 
plus em relação àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae. 
 
RESPOSTA: D. As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que diz 
respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, 
apresentam um plus em relação àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae. 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-04 
x 
Caso Concreto 1 
 
Proposta ação penal aonde se imputa a prática de crime de estupro a réu preso em outra unidade da 
federação, o juiz natural, analisando a inicial, recebe a mesma e determina a citação do denunciado para que o 
mesmo compareça a audiência de interrogatório designada para 30 dias após. A citação foi realizada 
considerando que o réu está em local incerto e não sabido, aplicando assim a Súmula 351, STF. Na data 
marcada, o réu não comparece e o juiz decreta a revelia, nomeando Defensor Público para defesa. Com base 
nisto, responda: O procedimento utilizado pelo juiz encontra-se em compasso com o ordenamento 
jurídico? Fundamente a sua resposta. 
 
RESPOSTA: Preliminarmente, o fato do réu estar preso em unidade diversa da comarca do juiz do feito não 
desobriga o Estado a realizar a citação pessoal, na forma do artigo 360, CPP; logo, conclui-se que a Súmula 351, 
STF não teria aplicabilidade pois, uma vez analisada a contrario sensu, induz a uma interpretação errônea. 
Ademais, se o Juiz tinha considerado que o réu estava em local incerto e não sabido, a citação deveria ser 
realizada por edital. O não comparecimento do réu acarretaria na aplicação do artigo 366, CPP. Finalmente, a 
citação não visa o comparecimento para audiência de interrogatório. Tratando-se de procedimento ordinário 
(artigo 394, parágrafo 1, inciso I), a citação completa a formação processual e abre-se prazo para o réu apresentar 
resposta preliminar obrigatória (artigo 396, CPP). Jurisprudência Sugerida: HC 65744/MS; rel. Min. Laurita Vaz; 
j. em 24/03/2009; STJ. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
Exercício suplementarda semana 4 
 
Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta: 
 
a) No processo penal, o réu que se oculta para não ser citado poderá ser citado por hora certa, na forma 
estabelecida no Código de Processo Civil. 
b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por carta ou qualquer meio hábil de 
comunicação. 
c) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o 
curso do prazo prescricional. 
d) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar 
de comparecer sem motivo justificado. 
e) A citação do militar dar-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço, respeitando assim à hierarquia 
militar bem como a inviolabilidade do quartel. 
 
RESPOSTA: B. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por carta ou qualquer meio 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Processual Penal II 
Prof.: Manoel Correia de Oliveira Andrade Neto 
Disciplina: 
CCJ0041 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
5 de 8 
Data: 
01/04/2015 
 
MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
hábil de comunicação. 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-05 
x 
Caso Concreto 1 
 
Em denúncia pela prática de crime de homicídio culposo, que teve como base da materialidade o laudo de 
exame cadavérico, a acusada é citada e apresenta resposta através de seu advogado constituído, recebendo o 
juiz a inicial após esta fase. Como a acusada residia em outro estado da federação, o juiz expediu carta precatória 
para que a mesma fosse interrogada. Cumprido a precatória, designou audiência de instrução e julgamento que 
teve a participação de advogado dativo, ante a ausência da defesa, apesar de devidamente intimada e, ao final, o 
juiz condena a acusada considerando as provas testemunhais sobre a materialidade e autoria. Intimada da 
sentença, a acusada interpõe recurso argüindo nulidade do procedimento a partir do recebimento da inicial. Com 
base nisto responda: O argumento da defesa deve ser julgado procedente? Fundamente a sua resposta, 
apontando eventuais violações à princípios constitucionais: 
 
RESPOSTA: Com o advento da Lei 11.719/2008, que alterou o procedimento comum, reforçou-se a natureza de 
meio de defesa do interrogatório. Isto porque a nova reforma processual penal instituiu, no procedimento ordinário 
e sumário, a audiência única (art. 400, CPP), em que se concentram todos os atos instrutórios (tomada de 
declarações do ofendido, inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, etc.), passando o 
interrogatório a ser realizado após todos os atos da instrução probatória. Caso esta ordem de realização dos atos 
seja invertida/alterada, estará prejudicando a defesa do réu; afinal, como poderia o réu exercer a sua autodefesa 
sem ter acesso as demais provas dos autos. Assim, vislumbra-se, no caso concreto, violação aos princípios 
constitucionais da ampla defesa e do devido processo legal. Importante destacar que, em alguns procedimentos 
especiais, o interrogatório continua a constituir o primeiro ato de instrução (Exemplos: Leis n. 8038/90 e 
11343/2006). Entretanto, em face do disposto no artigo 394, parágrafo 5, CPP que prevê a aplicação subsidiária 
do procedimento ordinário ao rito especial, “haverá quem sustente que nos procedimentos especiais o 
interrogatório também deverá ser posterior à instrução probatória” (in Curso de Processo Penal, Fernando Capez, 
18 edição, 2011, Ed. Saraiva). Jurisprudência Sugerida: HC 83513/MS, rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta 
Turma, STJ. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 5 
 
(OAB-FGV). 
 
Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o advogado requer a absolvição 
sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz, rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa 
audiência de instrução e julgamento, destinada à inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e 
ao interrogatório do réu. Ao final da audiência, o advogado requer a oitiva de duas testemunhas de defesa e que o 
juiz designe nova data para que sejam inquiridas. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
 
a) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol das testemunhas de defesa pode ser feita até o encerramento 
da prova de acusação. 
b) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento da audiência una causa nulidade absoluta. 
c) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente ao momento da 
apresentação da resposta escrita se ficar demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de 
circunstâncias ou fatos apurados na instrução. 
d) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol de testemunhas da defesa não ter sido feita no 
momento correto, em nenhuma hipótese do processo penal, o juiz deve indeferir diligências requeridas pela 
defesa. 
 
RESPOSTA: C. O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente ao momento da 
apresentação da resposta escrita se ficar demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias 
ou fatos apurados na instrução. 
x 
 
Curso de Direito 
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Prof.: Manoel Correia de Oliveira Andrade Neto 
Disciplina: 
CCJ0041 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
6 de 8 
Data: 
01/04/2015 
 
MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-06 
x 
Caso Concreto 1 
 
Daniele Duarte, fazendeira de vultosas posses, em virtude de uma viagem de longa data que fará para o 
exterior, resolve deixar, no terreno de seu vizinho Sandro Santos, sem o conhecimento deste, 2 (dois) cavalos da 
raça Mangalarga para que o vizinho os cuidasse. Todavia, Sandro Santos percebeu que os referidos animais 
acabaram danificando toda sua coleção de orquídeas raras, gerando assim evidente prejuízo econômico. Ante o 
exposto, Sandro comunicou o fato à autoridade policial circunscricional e uma vez lavrado o termo respectivo, foi 
encaminhado ao Juizado Criminal competente. Durante a primeira audiência, e presentes ambas as partes, não foi 
possível a conciliação entre as mesmas. Com base nos fatos apresentados, responda, de forma justificada: No 
caso em tela, é possível o oferecimento de transação penal? 
 
RESPOSTA: O crime em tela é o do artigo 164, CP (Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia); 
crime este cuja ação penal é privada. Assim, a discussão no caso é quanto à possibilidade de transação penal nos 
crimes que autorizam queixa -crime. Embora haja entendimento minoritário no sentido de interpretar literalmente o 
artigo 76, Lei 9099/95, não admitindo a transação penal nos crimes de ação privada (in Lei dos Juizados Especiais 
Criminais anotada, Damásio de Jesus, Ed. Saraiva), o entendimento majoritário é pela aplicação analógica do 
artigo 76 aos crimes de iniciativa privada pois deve-se permitir "que a faculdade de transacionar, em matéria 
penal, se estenda ao ofendido, titular da queixa-crime (...)", isso porque "como somente deste é a legitimidade 
ativa à ação, ainda que a título de substituição processual, somente a ele caberia transacionar em matéria penal, 
devendo o Ministério Público, nesses casos, limitar-se a opinar" (in Juizados Especiais Criminais, Ada Pellegrini 
Grinover, Editora RT). Importante destacar posição do STJ de que "Na ação penal de iniciativa privada, desde que 
não haja formal oposição do querelante, o Ministério Público poderá, validamente, formular proposta de transação 
que, uma vez aceita pelo querelado e homologada peloJuiz, é definitiva e irretratável" (RHC n. 8.123/AP, rel. Min. 
Fernando Gonçalves, j. em 16.4.1999, DJ de 21.6.1999). Jurisprudência Sugerida: HC 34085/SP, rel. Min. 
Laurita Vaz, j. Em 8-6-2004, STJ. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 6 
 
Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considere as seguintes assertivas: 
 
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena máxima não seja superior a 2 (dois) 
anos, e a suspensão do processo nos delitos cuja pena mínima for igual ou inferior a 1 (um) ano. 
II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, admite-se a suspensão condicional do 
processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de 
um sexto for superior a um ano. 
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos crimes previstos no Estatuto do Idoso nas 
hipóteses em que a pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse a 4 (quatro) anos, a transação penal e 
a suspensão do processo não lhes são aplicáveis. 
 
Quais estão corretas? 
 
a) I. 
b) I e II. 
c) III. 
d) I e III. 
e) II e III. 
 
RESPOSTA: D. I e III. 
 
 
x 
 
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Turma A – Manhã - 2012.1 
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MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-07 
x 
Caso Concreto 1 
 
Gisela Mocarsel está sendo processada por crime de calúnia praticado na presença de várias pessoas 
(artigo 138 c/c 141 III, ambos do CP). O ofendido / querelante, regularmente intimado para audiência de 
conciliação (artigo 519 CPP), não comparece de forma injustificada. Pergunta-se: 
 
A) Qual a consequência da referida ausência injustificada do querelante? 
 
RESPOSTA: Para entendimento majoritário, a ausência neste caso importará em extinção da punibilidade pela 
perempção (artigo 60, III, CPP). Em sentido contrário, há entendimento de que não haverá conseqüências 
processuais tendo em vista que o querelante, em tal caso, não quer a reconciliação, desejando a instauração do 
processo. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
B) E se a ausência fosse da querelada? 
 
RESPOSTA: A querelada, ao não comparecer a audiência de reconciliação, apenas manifesta o seu desinteresse 
em se conciliar com o querelante. A ação deve ser instaurada, não havendo qualquer sanção. Jurisprudência 
Sugerida – REsp 605871/SP, rel. Min. Felix Fischer, j. Em 14/06/2004, STJ. (Atenção: Resposta sugerida pela 
Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 7 
 
Sobre os crimes contra a propriedade intelectual, assinale a opção INCORRETA: 
 
a) Nos crimes contra a propriedade imaterial de ação penal de iniciativa privada, o exercício do direito de queixa 
será precedido da medida cautelar de busca, apreensão e perícia dos objetos que constituem o corpo de delito. 
b) O exame de corpo de delito constitui verdadeira condição de procedibilidade. 
c) Nos crimes de ação privativa do ofendido, não será admitida a queixa com fundamento em apreensão e em 
perícia, se decorrido o prazo de 15 dias, após a homologação do laudo. 
d) Quando encerradas todas as diligências pertinentes, os autos deverão ser conclusos ao juiz para homologação 
do laudo 
 
RESPOSTA: C. Nos crimes de ação privativa do ofendido, não será admitida a queixa com fundamento em 
apreensão e em perícia, se decorrido o prazo de 15 dias, após a homologação do laudo. 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-08 
x 
Caso Concreto 1 
 
(OAB). 
 
Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, guiava seu 
automóvel tendo Madalena, sua namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, o casal começa a discutir 
asperamente, o que faz com que Caio empreenda altíssima velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena 
pede insistentemente para Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidade não seria possível controlar o 
automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando qualquer 
possibilidade de perder o controle do carro. Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade 
empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas que estavam na calçada, vitimando-as 
fatalmente. Realizada perícia de local, que constatou o excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que 
relataram à autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi denunciado pelo Ministério Público pela 
prática do crime de homicídio na modalidade de dolo eventual, três vezes em concurso formal. Realizada 
Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou pela pronúncia de Caio, nos 
exatos termos da inicial. 
 
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MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando 
os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso: 
 
a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu constituinte? 
 
RESPOSTA: Incompetência do juízo, uma vez que Caio praticou homicídio culposo, pois agiu com culpa 
consciente, na medida em que, embora tenha previsto o resultado, acreditou que o evento não fosse ocorrer em 
razão de sua perícia. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
b) Qual pedido deveria ser realizado? 
 
RESPOSTA: Desclassificação da imputação para homicídio culposo e declínio de competência, conforme 
previsão do artigo 419 do CPP. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de interposição deveria ser 
dirigida? 
 
RESPOSTA: Recurso em sentido estrito, conforme previsão do artigo 581, IV, do CPP. A peça de interposição 
deveria ser dirigida ao juiz de direito da vara criminal vinculada ao tribunal do júri, prolator da decisão atacada. 
Jurisprudência Sugerida: REsp 1224263, rel. Min. Jorge Mussi, j. Em 12/04/2011, STJ. (Atenção: Resposta 
sugerida pela Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 8 
 
(OAB). 
 
Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal do Júri. 
 
a) São princípios que informa o Tribunal do Júri: a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos 
veredictos e a competência exclusiva para julgamento dos crimes dolosos contra a vida. 
b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se convence da existência material do fato criminoso e 
de indícios suficientes de autoria) é de decisão interlocutória mista não terminativa. 
c) O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se desenvolve em duas fases: judicium causae e judicium 
accusacionis. O judicium accusacionis se inicia com a intimação das partes para indicação das provas que 
pretendem produzir e tem fim com o trânsito em julgado da decisão do Tribunal do Júri. 
d) Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz poderá exarar quatro espécies de decisão, a saber: 
pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e condenação. 
 
RESPOSTA: B. A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se convence da existência material do fato 
criminoso e de indícios suficientes de autoria) é de decisão interlocutória mista não terminativa. 
 
 
____________________________________ 
 
Waldeck Lemos de Arruda Junior==XXX== 
 
 
 
 
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1 de 8 
Data: 
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MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV2/WLAJ/DP 
TRABALHO PARA AV2 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-09 
x 
Caso Concreto 1 
 
Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado por 4X3. Após o julgamento, 
descobriu-se que integrou o Conselho de Sentença o jurado Marcelo, que havia participado do julgamento de 
Pedro, co-réu no mesmo processo, condenado por crime de roubo conexo ao delito pelo qual Antônio foi 
condenado. Pergunta-se: Qual a defesa que poderá ser apresentada pelo Defensor de Antônio em eventual 
recurso interposto? Justifique a sua resposta: 
 
RESPOSTA: A defesa poderá alegar a nulidade do julgamento, com base na Súmula 206, STF, que dispõe: “É 
nulo o julgamento ulterior pelo júri com a participação de jurado que funcionou em julgamento anterior do mesmo 
processo.”. Ainda que se considere essa nulidade como relativa, no caso apresentado, a nulidade será absoluta 
porque réu foi condenado por 4X3 e o prejuízo está evidente. Sendo assim, não pode servir no Conselho quem 
tiver tomado parte, como jurado, em anterior julgamento do mesmo feito, inclusive de co-réu. Jurisprudência 
Sugerida: RE 105481/MT, rel, Min. Aldir Passarinho, STF. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 9 
 
(Magistratura/RS/2009). 
 
Acerca de processo e julgamento dos crimes dolosos contra a vida, assinale a assertiva CORRETA: 
 
a) Diante das respostas aos quesitos, os jurados condenaram o acusado por homicídio doloso qualificado. Ao 
proferir a sentença condenatória e fixar a pena, o magistrado não poderá reconhecer as agravantes que não 
foram objeto dos quesitos. 
b) Poderá haver recusa ao serviço do Júri, fundada em convicção religiosa, filosófica ou política. 
c) Os jurados poderão perguntar diretamente ao ofendido e às testemunhas, sem a intermediação do Juiz 
Presidente do Tribunal do Júri. 
d) Em um processo onde o réu foi pronunciado por homicídio consumado e tráfico de entorpecentes, após terem 
os jurados afastado o dolo direto e o dolo eventual, na votação dos quesitos acerca do homicídio consumado, 
serão questionados sobre o delito conexo de tráfico de entorpecentes. 
e) Durante os debates, no plenário do Tribunal do Júri, aos jurados é vedado, mesmo por intermédio do juiz-
presidente, pedir ao promotor de justiça que indique a folha do processo onde se encontra o depoimento da 
testemunha a que está fazendo referência em seu pedido de condenação. 
 
RESPOSTA: B. Poderá haver recusa ao serviço do Júri, fundada em convicção religiosa, filosófica ou política. 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-10 
x 
Caso Concreto 1 
 
(Ministério Público – PR / 2008). 
 
Tício foi condenado à pena privativa de liberdade de 06 (seis) anos de reclusão por violação ao artigo 157, 
parágrafo 2, incisos I e II do Código Penal. Da sentença condenatória, Tício foi intimado em 09/05/2008 (sexta-
feira), oportunidade em que manifestou o interesse de não recorrer da decisão condenatória. O advogado de Tício, 
defensor devidamente constituído, fora intimado da decisão condenatória em 08/05/2008 (quinta-feira). No dia 
16/05/2008, o advogado de Tício interpôs recurso de apelação. O recurso é tempestivo ou não? Justifique a sua 
resposta. 
 
RESPOSTA: Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, em observância ao Princípio Constitucional 
 
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2 de 8 
Data: 
01/06/2015 
 
MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV2/WLAJ/DP 
da ampla defesa, a intimação deve ser feita em face do réu e também de seu defensor constituído, contando-se o 
prazo a partir daquela que ocorreu em último lugar. Assim, no caso em tela, se a última intimação se deu em 
09/05 (sexta -feira), o prazo final para o oferecimento da apelação (prazo: 5 dias) seria em 16/05 (sexta -feira), 
sendo tempestivo o recurso. Jurisprudência Sugerida: HC 71228/RJ, rel. Min. Néri da Silveira, STF. (Atenção: 
Resposta sugerida pela Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 10 
 
Quantos aos recursos em geral, dispõe o Código de Processo Penal, dentre outras hipóteses, que: 
 
a) No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivo de 
caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros. 
b) Excetuando-se dentre outros o da sentença que denegar habeas corpus, hipótese em que deverá ser interposto, 
de ofício, pelo juiz, os recursos serão voluntários. 
c) Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro e se o juiz, 
desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com 
o rito do recurso cabível. 
d) A qualquer tempo, o Ministério Público poderá desistir de recurso que haja interposto. 
e) Interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por 05 a 60 dias, fará conclusos os autos ao 
juiz, até o quinto dia seguinte ao último do prazo. 
 
RESPOSTA: C. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro 
e se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de 
acordo com o rito do recurso cabível. 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-11 
x 
Caso Concreto 1 
 
(OAB). 
 
Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de fogo, acertando-o na região 
toráxica. José vem a falecer, entretanto, não em razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, 
havia ingerido dose letal de veneno momentos antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante instrução 
processual. Ainda assim, Pedro foi pronunciado nos termos do previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. Na 
condição de Advogado de Pedro: 
 
Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais. 
 
I. Indique o recurso cabível: 
 
RESPOSTA: O recurso cabível para o caso é o Recurso em Sentido Estrito, fundamentado no artigo 581, IV, do 
Código de Processo Penal. (Atenção: Gabarito Oficial OAB). 
 
II. O prazo de interposição: 
 
RESPOSTA: O prazo de interposição do recurso no juízo a quo é de 5 dias, conforme o disposto no artigo 586, do 
Código de Processo Penal. (Atenção: Gabarito Oficial OAB). 
 
III. A argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido: 
 
RESPOSTA-01: Pedro foi pronunciado nos termos do art. 121, caput, do Código Penal. Ocorre que a classificação 
do delito deve ser modificada para tentativa de homicídio. Isso porque, estamos diante de uma causa 
absolutamente independente preexistente, uma vez que quando o tiro foi desferido por Pedro contra José, este já 
havia ingerido veneno e morreu em razão disso. Assim, diante de causas concorrentes, especificamente da causa 
 
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3 de 8 
Data: 
01/06/2015 
 
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absolutamente independente preexistente, o acusado deverá responder pelo crime de homicídio na sua forma 
tentada. Neste caso deveria ser requerida a desclassificação de crime consumado para tentado, já que a ação dePedro não deu origem a morte de José. Trata-se de hipótese de concausa absolutamente independente pré- 
existente. Artigo 13, do Código Penal. (Atenção: Gabarito Oficial OAB). 
 
Exercício suplementar da semana 11 
 
(Magistratura PR – 2010). 
 
Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
 
I. Que pronunciar ou impronunciar o réu. 
II. Que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição. 
III. Que absolver sumariamente o réu. 
IV. Da decisão que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem. 
 
a) Apenas a assertiva I está correta. 
b) Apenas a assertiva II está correta. 
c) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. 
d) Todas as assertivas estão corretas. 
 
RESPOSTA: B. Apenas a assertiva II está correta. 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-12 
x 
Caso Concreto 1 
 
Em 11/1/2008, Celso foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no artigo 213, CP. Regularmente 
processado, foi condenado a uma pena de 6 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Somente a defesa 
recorreu da decisão e, logo após a interposição do recurso, Celso fugiu da prisão. Considerando essa situação 
hipotética, mencione: 
 
a) Qual foi o recurso interposto pela defesa (mencionar também dispositivo legal pertinente). 
 
RESPOSTA: A questão em debate consiste na vigência (ou não) da regra contida no artigo 595, CPP. A previsão 
de pressuposto recursal relacionado à exigência da prisão do condenado para poder apelar se revela violadora dos 
princípios constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa eis que somente se admite 
a prisão cautelar quando houver a presença dos pressupostos e condições da prisão preventiva (artigo 312, CPP); 
tanto que o artigo 594, CPP foi revogado. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
b) Qual a possibilidade de conhecimento e julgamento do recurso interposto em face da fuga de Celso. 
 
RESPOSTA: O mesmo raciocínio é válido na leitura interpretativa do art. 595, CPP eis que, se reconhecida a 
inconstitucionalidade da exigência de recolhimento do condenado à prisão para poder apelar, também o será a 
norma que repute a fuga como causa para a deserção da apelação interposta. Jurisprudência Sugerida – HC 
91945/SP, rel. Min. Ellen Gracie, STF. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 12 
 
(Magistratura DF/2007). 
 
Técio, submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri de Brasília, foi condenado, por incursão no artigo 121, 
§ 2º, II, do Código Penal (homicídio qualificado por motivo fútil), à pena privativa de liberdade mínima, vale dizer, 
de 12 (doze) anos de reclusão. Com fundamento no artigo 593, III, "d", do Código de Processo Penal, interpôs 
recurso de apelação para uma das Turmas Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, limitando-se a 
 
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4 de 8 
Data: 
01/06/2015 
 
MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV2/WLAJ/DP 
sustentar que a decisão dos jurados, no que concerne ao motivo fútil, foi manifestamente contrária à prova dos 
autos. A posição prevalente é a de que, reconhecendo que, efetivamente, a decisão dos jurados é manifestamente 
contrária à prova dos autos, que não ampara o motivo fútil, a Turma Criminal: 
 
a) Deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão de Técio a novo 
julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado 
pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, não se admitirá, pelo mesmo motivo, segunda 
apelação. 
b) Deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão de Técio a novo 
julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado 
pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, se admitirá, pelo mesmo motivo, segunda 
apelação. 
c) Deve dar provimento ao recurso para anular a sentença condenatória do juiz presidente do Tribunal do Júri, 
determinando que ele profira nova, excluído o motivo fútil. 
d) Deve dar provimento ao recurso, excluindo o motivo fútil, desde logo condenando Técio por incursão no artigo 
121, caput, do Código Penal, homicídio, fixando a pena mínima privativa de liberdade de 6 (seis) anos de 
reclusão. 
 
RESPOSTA: A. Deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão de Técio a 
novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado 
pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, não se admitirá, pelo mesmo motivo, segunda 
apelação. 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-13 
x 
Caso Concreto 1 
 
Mefistóteles foi condenado a 20 anos de reclusão pela prática de latrocínio. Na sentença condenatória, o 
juiz demonstra clara contradição entre as razões de sua fundamentação com sua decisão, principalmente ao 
acolher os depoimentos favoráveis das testemunhas de defesa bem como ao considerar boa a tese de 
desclassificação apresentada em alegações finais orais sob o argumento de violação de princípio constitucional 
(prova obtida por meio ilícito). Sabendo que a decisão foi prolatada em AIJ (audiência de instrução e julgamento), 
dia 03/06/2011 (sexta-feira), pergunta-se: 
 
a) Qual o instrumento cabível, no caso em tela, para obter o esclarecimento da contradição? 
 
RESPOSTA: Embargos de Declaração (art. 382, CPP). A doutrina entende que não cabe efeito infringente ou 
modificador da decisão salvo quando a modificação figure conseqüência inarredável da sanação de vício da 
omissão, obscuridade ou contradição do ato embargado. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
b) Qual o último dia para interposição do instrumento citado na questão anterior? 
 
RESPOSTA: Prazo de 2 dias. Sendo a intimação no dia 03/06/2011 (sexta-feira), o prazo máximo seria em 
07/06/2011 (terça-feira). (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
c) Sendo uma decisão condenatória, qual a data máxima para interposição de recurso de apelação, considerando 
a interposição do instrumento citado no item a acima? 
 
RESPOSTA: Deve ser questionado se a interposição dos embargos de declaração suspendem ou interrompem o 
curso do prazo para interposição de apelação. Há divergência na doutrina quanto à aplicação analógica do artigo 
538, CPC (interrupção – STJ) ou artigo 83, parágrafo 2 da Lei 9.099/95 – suspensivo). (Atenção: Resposta 
sugerida pela Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 13 
 
 
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Data: 
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(Juiz – TO/Cespe). 
 
Com relação aos embargos infringentes, assinale a opção CORRETA: 
 
a) Tais embargos são cabíveis em relação a decisão não unânime proferida em habeas corpus. 
b) Esses embargos têm caráter pro et contra, isto é, podem ser interpostos pela defesa ou pela acusação, no 
prazo de 10 dias. 
c) A divergência nesses recursos pode ser apurada tanto em relação à conclusão do voto quanto em relação à sua 
fundamentação 
d) O relator e o revisor de tais embargos não podem ter participado do primeiro julgamento do réu. 
 
RESPOSTA: D. O relator e o revisor de tais embargos não podem ter participado do primeiro julgamento do réu. 
Jurisprudência Sugerida – Ext-Qo-Ed 775 (Emb. Decl. na questão de ordem na extradição);Relator Min. Cezar 
Peluso; j. Em 14/02/2008; STF. 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-14 
x 
Caso Concreto 1 
 
Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão pela prática do crime de estupro (artigo 213, caput, 
CP). Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, Aristóteles, através de seu advogado, ajuíza pedido de 
revisão criminal da sentença que lhe fora desfavorável, sustentando vício processual insanável consistente na 
ausência da intimação de seu então patrono para a apresentação de resposta preliminar obrigatória (art. 396, 
CPP). O Tribunal de Justiça competente acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido processo. Nesta 
hipótese, pergunta-se: Seria juridicamente possível que, após a anulação, por meio de revisão criminal, do 
primeiro julgamento de Aristóteles, seja proferida, em um segundo julgamento pelo juízo de primeiro grau, 
sentença condenatória com imposição de sanção penal mais gravosa do que aquela que lhe fora 
anteriormente imposta? Justifique a sua resposta: 
 
RESPOSTA: A vedação constante no parágrafo único do artigo 626, CPP diz respeito tanto à reformatio in pejus 
como também a reformatio in pejus indireta, de sorte que, se depois de declarada nula a sentença em sede de 
revisão criminal, por algum vício insanável, é vedado que o juiz prolate nova decisão com pena exasperada, isto 
é, com pena mais grave, mais exacerbada do que a fixada anteriormente, no juízo da condenação. Há 
entendimento diverso (Magalhães Noronha) no sentido de que no novo processo, poderá o juiz aplicar uma pena 
superior à primeira, sustentando que o parágrafo único do artigo 626 impede é que a pena seja aumentada no 
juízo de revisão, e que, portanto, pode ser aumentada no juízo revisado. (Atenção: Resposta sugerida pela 
Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 14 
 
(CESPE). 
 
Assinale a opção correta em relação ao instituto da revisão criminal. 
 
a) O pleito de revisão criminal pode constituir mera reiteração de recurso de apelação anteriormente interposto 
pelo condenado. 
b) Não cabe revisão criminal para rever sentença proferida contra pessoa que, em momento posterior, se sabe 
não ter cometido o crime objeto da condenação. É parte ilegítima para ajuizá-la a pessoa que tem seu nome 
lançado como réu na sentença condenatória proferida com erro na identificação do agente do delito. 
c) Aplicando-se o princípio da fungibilidade entre o habeas corpus e a revisão criminal, é possível desconstituir 
decisão transitada em julgado por meio de habeas corpus, se verificada a existência de flagrante ilegalidade. 
d) O ajuizamento de revisão criminal obsta a execução da sentença condenatória transitada em julgado, tendo em 
vista que o pedido revisional possui efeito suspensivo. 
 
RESPOSTA: C. Aplicando-se o princípio da fungibilidade entre o habeas corpus e a revisão criminal, é possível 
 
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Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Processual Penal II 
Prof.: Manoel Correia de Oliveira Andrade Neto 
Disciplina: 
CCJ0041 
TRAB: 
002 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
6 de 8 
Data: 
01/06/2015 
 
MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV2/WLAJ/DP 
desconstituir decisão transitada em julgado por meio de habeas corpus, se verificada a existência de flagrante 
ilegalidade. Jurisprudência Sugerida – HC 65409-SP, Min. Laurita Vaz, j. em 28/11/2006, STJ. 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-15 
x 
Caso Concreto 1 
 
(OAB). 
 
Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de fornecimento de material de 
informática, se apropriou das contribuições previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta 
descontadas, utilizando o dinheiro para financiar um automóvel de luxo. A partir de comunicação feita por Adolfo, 
empregado da referida empresa, tal fato chegou ao conhecimento da Polícia Federal, dando ensejo à instauração 
de inquérito para apurar o crime previsto no artigo 168-A do Código Penal. No curso do aludido procedimento 
investigatório, a autoridade policial apurou que Caio também havia praticado o crime de sonegação fiscal, uma 
vez que deixara de recolher ICMS relativamente às operações da mesma empresa. Ao final do inquérito policial, 
os fatos ficaram comprovados, também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa ocasião, ele afirmou estar 
arrependido e apresentou comprovante de pagamento exclusivamente das contribuições previdenciárias devidas 
ao INSS, pagamento realizado após a instauração da investigação, ficando não paga a dívida relativa ao ICMS. 
Assim, o delegado encaminhou os autos ao Ministério Público Federal, que denunciou Caio pelos crimes previstos 
nos artigos 168-A do Código Penal e 1º, I, da Lei 8.137/90, tendo a inicial acusatória sido recebida pelo juiz da 
vara federal da localidade. Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo advogado de Caio, o aludido 
magistrado entendeu não ser o caso de absolvição sumária, tendo designado audiência de instrução e julgamento. 
Com base nos fatos narrados no enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos 
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
 
a) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o absolvera sumariamente? 
 
RESPOSTA: Habeas Corpus, uma vez que não há previsão de recurso contra a decisão que não absolvera 
sumariamente o acusado, sendo cabível a ação mandamental, conforme estabelecem os artigos 647 e seguintes 
do CPP. No caso, não seria admissível o recurso em sentido estrito, uma vez que o enunciado não traz qualquer 
informação acerca da fundamentação utilizada pelo magistrado para deixar de absolver sumariamente o réu, não 
podendo o candidato deduzir que teria sido realizado e indeferido pedido expresso de reconhecimento de extinção 
da punibilidade. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
b) A quem a impugnação deve ser endereçada? 
 
RESPOSTA: Ao Tribunal Regional Federal. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
c) Quais fundamentos devem ser utilizados? 
 
RESPOSTA: Extinção da punibilidade pelo pagamento do débito quanto ao delito previsto no artigo 168-A, do CP, 
e, após, restando apenas acusação pertinente à sonegação de tributo de natureza estadual, incompetência 
absoluta – em razão da matéria – do juízo federal para processar e julgar a matéria. Quanto à Súmula Vinculante 
nº 24, o enunciado não traz qualquer informação no sentido de que a via administrativa ainda não teria se 
esgotado, não podendo o aluno deduzir tal fato. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 15 
 
(MP-PR). 
 
Sobre habeas corpus, analise as assertivas abaixo e responda: 
 
I. O habeas corpus destina-se apenas a proteger a liberdade de locomoção, o direito de ir e vir, não se presta à 
tutela de outros direitos. 
 
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MD/Direito/Estácio/Período-07/CCJ0041/Trabalho AV2/WLAJ/DP 
II. Não cabe habeas corpus para trancamento de inquérito policial, pois não se trata de direito de locomoção. 
III. O habeas corpus requer prova pré-constituída, pois não admite dilação probatória. Assim, fundamentada na 
inocência do paciente a ordem de habeas corpus somente pode ser concedida quando a alegada inocência 
estiver comprovada de plano e cabalmente. 
IV. O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, ainda que sem capacidade postulatória, ou pelo 
próprio Ministério Público. 
 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I, II e IV estão corretas. 
c) Apenas I, III e IV estão corretas. 
d) Apenas II, III e IV estão corretas.e) Apenas I e II estão corretas. 
 
RESPOSTA: C. Apenas I, III e IV estão corretas. Jurisprudência Sugerida – HC 81929-RJ; Min. Sepúlveda 
Pertence; STF. 
x 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-16 
x 
Caso Concreto 1 
 
(OAB). 
 
Em 22 de julho de 2008, Caio foi condenado à pena de 10 (dez) anos de reclusão, a ser cumprida em 
regime inicialmente fechado, pela prática, no dia 10 de novembro de 2006, do crime de tráfico de drogas, previsto 
no artigo 33 da Lei 11.343/2006. Iniciada a execução da sua pena em 7 de janeiro de 2009, a Defensoria Pública, 
em 10 de fevereiro de 2011, requereu a progressão do cumprimento da sua pena para o regime semiaberto, tendo 
o pedido sido indeferido pelo juízo de execuções penais ao argumento de que, para tanto, seria necessário o 
cumprimento de 2/5 da pena. 
Considerando ter sido procurado pela família de Caio para advogar em sua defesa, responda aos itens a 
seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
 
a) Qual(is) o(s) meio(s) de impugnação da decisão que indeferiu o pedido da Defensoria Pública? 
 
RESPOSTA: Habeas Corpus e agravo em execução penal. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
b) Qual(is) argumento(s) jurídico(s) poderia(m) ser usado(s) em defesa da progressão de regime de Caio? 
 
RESPOSTA: Tendo em vista que a norma que alterou as regras relativas à progressão de regime possui natureza 
penal e é mais gravosa ao réu, não pode retroagir de modo a abarcar fatos que lhe são anteriores. No caso, o 
delito foi praticado antes da edição da lei, devendo, em consequência, ser aplicada a fração de 1/6 para a 
progressão de regime. (Atenção: Resposta sugerida pela Estácio). 
 
Exercício suplementar da semana 16 
 
(Defensor Público – SP). 
 
De acordo com a redação dada ao art. 112 da Lei de Execução Penal pela Lei nº 10.792, de 1º de 
dezembro de 2003: 
 
a) A pena privativa de liberdade não será mais executada de forma progressiva. 
b) Para progredir de regime de cumprimento de pena é necessário, se primário, cumprir 1/3 e se reincidente, 
cumprir 1/2 da pena no regime anterior. 
c) Para progredir de regime de cumprimento de pena é necessário cumprir 1/6 da pena no regime anterior e ter 
bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento prisional. 
d) Para progredir de regime de cumprimento de pena, é necessário cumprir 1/3 da pena no regime anterior e ter 
 
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mérito que indique a progressão. 
e) As regras para obtenção de livramento condicional, inclusive os prazos, são as mesmas que para a obtenção de 
progressão de regime de cumprimento de pena. 
 
RESPOSTA: C. Para progredir de regime de cumprimento de pena é necessário cumprir 1/6 da pena no regime 
anterior e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento prisional. 
Jurisprudência Sugerida: HC 92.477-8/SP; Min. Relator Gilmar Mendes; j. em 17.09.2007; STF. 
 
 
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