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COMENTÁRIO ANALÍTICO 
Texto de Referência: 
CIDADE, E. C.; et Tal. Pesquisa e intervenção a partir da realidade social: Desvelar das implicações psicossociais da pobreza. In: STELLA, C. (Org.). Psicologia comunitária: contribuições teóricas, encontros e experiências. Petrópolis: Vozes, 2014. 
GUZZO, R. S. L.; OLIVEIRA, L. B. Vida e a Obra de Ignácio Martín-Baró e o Paradigma da Libertação. Trabalho desenvolvido dentro do Grupo de Pesquisa “Avaliação e Intervenção psicossocial: prevenção, comunidade e libertação”. 
A psicologia comunitária, segundo Góís e Monteiro, 2015, citado por autores, tem fundamentado uma concepção de homem como fruto da relação dialética indivíduo/sociedade. Nesse contexto, o intuito de formular um campo de conhecimento psicológico que pudesse ser capaz de olhar para a realidade do sujeito e possibilitasse uma integração entre teoria, pratica e compromisso com a transformação social e consequente afirmação da práxis são bases da Psicologia Comunitária. O intuito seria o de contribuir para o aprofundamento teórico e metodológico de ações que adotem como referencial a realidade do povo latino-americano, trabalhando, dessa maneira, para congregar novos conceitos e instrumentos que ajudem a subsidiar intervenções em Psicologia Comunitária. 
A Psicologia Comunitária tem seu alicerce a partir da década de 50 e 60, principalmente na América Latina num cenário de pobreza e exclusão social, surgido assim, em meio a crítica para uma nova definição de sujeito no âmbito das ciências sociais e humanas. Dessa maneira, discutia-se a realidade vivida pela maioria da população que deveria ser o foco primordial de analise e objetivo dos conhecimentos nas áreas da Filosofia, Sociologia, Psicologia, Pedagogia, e dentre outras. Assim, nascia a Teoria da Libertação. 
Em contrapartida, a Teoria da Libertação tem seu alicerce marcado pela luta a exclusão, opressão do Estado e desigualdade consequente de uma sociedade capitalista no cenário Latino-Americano, ao defender o estabelecimento do cristianismo da libertação, advindos da Igreja Católica que enfatizava o compromisso com as necessidades das maiorias populares e a incorporação do materialismo histórico dialético, como fundamento de analise da realidade. Sílvia Lane já dizia, portanto, segundo Maria das Graças Gonçalves, em texto (Anais) publicado na página da ABRAPSO, que era necessária uma nova concepção de homem na psicologia: um homem social e histórico. E, para compreender esse homem e como as determinações históricas estão em relação com ele, seria necessário outro método. O materialismo histórico e dialético será o método que ela vai adotar e desenvolver na psicologia social.
Comentário Analítico: 
Podemos pensar que nunca fora tão importante pensarmos na responsabilidade que a psicologia comunitária e social tem nos dias atuais. Numa conjuntura política, econômica e social em que cada vez mais há a perda e ruptura de direitos fundamentais, tais como: segurança, saúde, e educação, bem como a falta de implementação e de desenvolvimento de politicas públicas que sejam de fato efetivas e direcionadas ao reasseguramento das minorias sociais, que deveria pelo menos em tese num pais democrático e de direito ser dever e obrigação do Estado.
Ao contrario, assistimos um “Estado” que assume e desempenha um papel ineficiente as demais sociais, de negligência, descaso e muitas vezes operando em sua estrutura de forma violenta, autoritária e segregatícia, preferencialmente para os sujeitos que se encontram marginalizados, e numa situação histórica de extrema pobreza e opressão. 
Nesse sentido, é necessário e cabe para a psicologia comunitária e social discutir a compreensão de subjetividade bem como politicas de subjetivação ao buscar contrapor uma concepção já institucionalizada de violência e opressão oposto a dimensão de realidade social que vivemos, não só compreendendo o processo histórico, politico e ideológico da constituição da pobreza mas partindo da necessidade de que a Psicologia rompa com seu passado de orientação para os interesses elitistas e burguês.

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