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Constitucional+-+Peça+-+06

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EXELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DO ESTADO DE CEARÁ 
 
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES UNIDOS DE CAICÓ, pessoa 
jurídica de direito privado sem fins lucrativos, 
legalmente constituída desde 01.12.2000, já 
qualificada nos autos da Ação Civil Pública em 
epígrafe, neste ato representada por seu 
presidente (estatuto em anexo), com fundamento 
no art. 102, III, ‘a’ da Constituição Federal, 
vem à presença de Vossa Excelência, por 
intermédio de seu advogado adiante assinado, 
conforme procuração em anexo, propor o 
presente RECURSO EXTRAORDINÁRIO Contra o v. 
acórdão de fl s..... dos autos, nos termos que 
seguem 
 
Requer, para tanto, que o recurso seja recebido 
e, após notificada a parte contrária, seja 
determinada a sua remessa ao Egrégio Supremo 
Tribunal Federal, para que dele conheça e 
profira nova decisão. 
Em anexo, segue o comprovante de recolhimento 
das custas recursais a fim de garantir o preparo 
recursal, em observância ao art. 1007 do CPC. 
 
Termos em que, pede deferimento. 
Caicó/CE ...de...de...; 
Advogado 
OAB 
 
RAZÕES RECURSAIS 
AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
Processo N°: xxxxx 
Recorrente: ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES UNIDOS DE 
CAICÓ 
Recorrida: GUARARAPES ADM LTDA E PREFEITURA 
MUNICIPAL DE CAICÓ RAZÕES DE RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO 
 
DOS FATOS 
 
I - A Ação Civil Pública proposta pela Associação 
dos Moradores Unidos de Caicó foi extinta sem 
resolução de mérito pelo juiz de primeiro grau, 
com fundamento no art. 23 da Constituição 
Federal, em suposta ilegitimidade passiva das 
partes. Diante disso, foi interposta Apelação ao 
Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, a fim de 
reformar a decisão que extinguiu a ação sem 
resolução de mérito e proferir outro julgamento. 
II - A fundamentação utilizada pela Defensoria 
Público no recurso de apelação foi baseada na 
repartição constitucional de competências, com 
especial fundamento do art.30 da Carta que trata 
da competência dos municípios. Entretanto, 
apesar disso, a decisão judicial se manteve. 
III - O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará 
proferiu acórdão, publicado em 05/03/2018, 
mantendo o entendimento exarado pela decisão a 
quo, e interpretou os dispositivos 
constitucionais do sentido da obrigatoriedade de 
figurar no polo passivo todos os entes 
responsáveis pela proteção do patrimônio 
histórico e cultural, União, Estado e Munícipio. 
Explicou que esse deve ser o entendimento, 
negando vigência ao art. 30 da Constituição. 
 
DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO 
 
Conforme descreve o art. 1003, § 5°do CPC/15 o 
presente Recurso foi interposto dentro do prazo 
legal. 
 
DO CABIMENTO DO RECURSO 
 
As hipóteses de cabimento estão previstas no 
art. 102, III da Constituição Federal sendo 
elas: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado 
ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local 
contestado em face desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de 
lei federal. 
Conforme o exposto e verificado ofensa ao 
dispositivo constitucional, será caso de 
cabimento de Recurso Extraordinário, preenchidos 
assim os seus requisitos necessários para sua 
admissibilidade. 
 
DAS RAZÕES PARA REFORMA 
Tendo em vista a decisão do acórdão que foi 
proferida pelo Tribunal de Justiça do Ceará, 
resta evidente o equívoco da mesma. Portanto 
ainda que o art. 23, III e IV da CF, anuncie 
competência comum entre união, estado e os 
municípios resta cabível observar a disposição 
do art. 30, IX da CF, versando sobre o município 
em promover a proteção do patrimônio histórico, 
cultural local, observada a legislação e ação 
fiscalizadora federal estadual. 
 
DA REPERCUSSÃO GERAL 
 
Conforme descreve o art. 102, III, §3 da CF e o 
art. 1035 do CPC é notório que a matéria da 
demanda transcende o interesse das partes 
presentes nesta ação, mas acresce toda a 
população local, e aos turistas que se deslocam 
até o monumento para conhecer pessoalmente. 
 
PRÉ-QUESTIONAMENTO 
Súmula 282. É inadmissível o recuso 
extraordinário quando não ventilada, na decisão 
recorrida, a questão federal suscitada. 
Súmula 283. É inadmissível o recurso 
extraordinário quando a decisão recorrida 
assenta em mais de um fundamento suficiente e o 
recurso não abrange a todos. 
A questão suscitada no recurso extraordinário, 
foi proferida no acórdão, sendo assim está em 
consonância com as súmulas citadas acima. 
 
DOS PEDIDOS 
 
I – Requer-se a Vossas Excelências se dignem a 
conhecer o presente recurso, tendo em vista o 
preenchimento de todos os requisitos; 
II - Seja recebido o recurso no seu regular 
efeito devolutivo; 
III – Seja dado provimento, para reformar o v. 
acórdão, a fim de que fique reconhecida a 
legitimidade passiva da Prefeitura Municipal de 
Caicó e Guararapes ADM LTDA, determinando-se que 
outra decisão seja proferida, com a apreciação 
do mérito da causa; 
IV – A intimação do recorrido para apresentar 
contrarrazões dentro do prazo legal. 
 
Termos em que, pede deferimento. 
Caicó/CE ...de...de...; 
Advogado 
OAB

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