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Principio da Anterioridade Tributária-

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Principio da Anterioridade Tributária
O principio da anterioridade tributária, está expresso no art. 150, alíneas “b” e “c” da Constituição Federal de 1988, e destaca-se como um postulado tipicamente tributário cujos efeitos irão surtir na esfera federal, municipal ou distrital. 
A alínea “b” sempre esteve presente no texto constitucional, esta diz respeito a “anterioridade anual”. A alínea “c” foi instituída na CRFB/88 em razão da ementa constitucional 42/2003, esta diz respeito à “anterioridade nonagesimal”.
A partir da introdução da anterioridade nonagesimal, a qual instituiu-se por meio da EC 42/2003, passou-se a exigir a aplicação cumulativa do disposto na alínea “b” e “c”. Esta exigência deu-se no ano seguinte a publicação da EC 42/2003, ou seja, em 2004. 
O texto constitucional demonstra que é vedado a União, Estados, DF e Municípios cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;    deste modo, percebe-se que o disposto na alínea “b” diz que a Constituição exige que a lei que crie ou aumente tributos seja anterior ao exercício financeiro em que o tributo será cobrado. 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;    (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003); e ainda, deverá ser observado o prazo de 90 dias decorridos da data da publicação da lei que criou ou aumentou tributos, conforme alínea “c” da CRFB/88. 
O Principio da Anterioridade Anual
O principio da anterioridade anual determina que os entes tributantes não podem cobrar tributos nos mesmo exercício financeiro que tenha sido publicado a lei que criou ou aumentou tributos.
Neste viés, nota-se que exercício financeiro diz respeito ao ano fiscal, período compreendido entre 1° de Janeiro e 31° de Dezembro, nos termos do artigo 34 da lei 4320/64.
Com o advento da ementa constitucional 42/2003 é possível uma postergação da eficácia da lei tributaria para o primeiro dia do exercício financeiro subsecutivo ao daquele que tenha havido a publicação da lei instituidora ou majoradora da exação tributaria.
Também está inserido no art. 104 do CTN, o qual dita que “entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte aquele tributo em que ocorra a sua publicação, sendo assim, de acordo com o código tributário e o artigo 150, III, “b”, CRFB/88, a lei que criou ou aumentou impostos ficara suspensa até o inicio do ano posterior, na qual irá incidir os tributos.
As exceções ao Principio da Anterioridade Anual e a EC 33/01:
As exceções da anterioridade anual compreendem a não aplicação da regra para os tributos Impostos sobre Importação (II); Impostos sobre Exportação (IE); Impostos sobre industrializados (IPI); Impostos sobre Operações Financeiras (IOF); Impostos Extraordinário de Guerra (IEG); Empréstimo compulsório para calamidade publica ou guerra externa (EC/Calamidade/Guerra Externa); E as duas últimas exceções, instituídas pela EC 33/01, sendo elas o “CIDE- Combustível e ICMS-Combustível”.
O Principio da Anterioridade Nonagesimal
O principio da anterioridade nonagesimal passou a vigorar com o advento da EC 42/2003, a qual passou vedar a cobrança de tributos antes de decorridos 90 dias da data da publicação da lei que criou ou aumentou tributos.
A novidade que passou a vigorar a partir de 2004 vem exigir a aplicação cumulativa da anterioridade anual e nonagesimal (90 dias). 
Sendo assim, deverá observar-se o principio da anualidade e o principio nonagesimal, sendo que os prazos para a cobrança dos tributos deverá ser somado nestas perspectivas. 
As exceções ao Principio da Anterioridade Nonagesimal:
As exceções da anterioridade anual compreendem a não aplicação da regra para os tributos Impostos sobre Importação (II); Impostos sobre Exportação (IE); Impostos sobre Operações Financeiras (IOF); Impostos Extraordinário de Guerra (IEG); Empréstimo compulsório para calamidade publica ou guerra externa (EC/Calamidade/Guerra Externa); Imposto sobre a Renda, e as alterações na base de cálculo do IPTU e IPVA.

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