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1. Explicar os princípios:
i) legalidade tributária: Paulo de Barros Carvalho dispõe que “ Por força do
princípio da legalidade (CF, art. 5º II), a ponência de normas jurídicas
inaugurais no sistema há de ser feita, exclusivamente, por intermédio de lei,
compreendido este vocábulo no seu sentido lato. Em qualquer segmento da
conduta social,regulada pelo direito, é a lei o instrumento introdutor dos
preceitos jurídicos que criam direitos e deveres correlatos. Dessa forma,
nota-se que só a lei poderá obrigar alguém a fazer algo, lembrando que o
artigo 5°, inciso II da CF já enuncia que “ ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.” No campo do direito
tributário a cobrança dos tributos é realizada por lei (art. 150, II, “a” da CF).
Os Tributos podem ser estabelecidos, em regra, por lei ordinária, do mesmo
é exigida para majoração de base de cálculo, excetuando-se na majoração
de alíquota que pode ocorrer por meio de decreto ou ato infralegal. (art. 97,
§ 2° do CTN)
i) isonomia tributária: Esse princípio dispõe que a norma tributária deve
ser aplicada de forma igual a todos os contribuintes que estejam em
situações equivalentes independentemente de sua atividade profissional,
tendo como base o princípio da isonomia constitucional (art. 150, II da CF). é
completado com os princípios da personalização e da capacidade produtiva
encontrados no art. 145 § 1° da CF que dispõe que os impostos devem ter
caráter pessoal e ser graduados conforme a capacidade econômica do
contribuinte.
iii) não confisco; também denominado de princípio da proporcionalidade
razoável ou da razoabilidade carga tributária, enuncia que a União,
Estado-membros, Distrito Federal e aos Municípios são vedados de utilizar
tributo com efeito de confisco, de acordo com o art. 150, IV da CF. Assim,
não é possível exigir carga tributária elevada do contribuinte, pois senão
acarreta um confisco. Esse princípio não se aplica a tributos de caráter fiscal
extrafiscal, já que esses visam a regulação da economia.
iv) capacidade contributiva: Os impostos devem respeitar a capacidade do
contribuinte e produzir riquezas sendo efetivado com a aplicação da mesma
alíquota sobre diferentes bases cálculo sobre diferentes bases de
cálculo.(art. 145, § 1° CF). O Supremo Tribunal Federal entende que, muito
embora a Constituição Federal se refira somente a imposto, o princípio da
capacidade tributária deve ser aplicado a todas as espécies de tributo.
v) anterioridade tributária (nonagesimal e de exercício): O princípio da
anterioridade serve como anteparo a ira estatal na medida em que, como
regra, veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. O princípio da
anterioridade comporta duas espécies, a anterioridade genérica e a
anterioridade especial ou nonagesimal. A anterioridade genérica preceitua
que em regra o tributo instituído ou majorado não pode ser exigido no
mesmo exercício financeiro (ano civil) em que foi publicada a lei, dispondo
de assento constitucional no artigo 150, III, “b”. A anterioridade especial
incluída na Constituição pela Emenda Constitucional nº 42/2003, tem
aplicação conjunta com a genérica e veda a cobrança do tributo antes de
noventa dias da publicação da lei que instituiu ou majorou o tributo de tal
forma que em regra o contribuinte saberá em outubro de um ano os tributos
que iniciará o ano recolhendo. Ressalte-se que a fixação da base de cálculo
do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e do
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) não estão sujeitos à
anterioridade nonagesimal devendo obediência somente a anterioridade
comum. Esse princípio é cláusula pétrea segundo o STF (ação direta de
inconstitucionalidade n° 937-distrito federal)
vi) não cumulatividade tributária: A Constituição Federal de 1988 adotou
o princípio da não-cumulatividade no âmbito do Direito Tributário Brasileiro,
inicialmente com relação ao Imposto sobre Produtos Industrializados e ao
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, estendendo-o,
posteriormente, às contribuições sociais PIS/PASEP e COFINS. pode-se
retirar o conceito de não-cumulatividade mediante a interpretação das regras
previstas nos artigos 153, IV, § 3º, II, e 155, II, § 2º, I, ambas da Constituição
Federal. os conceitos de cumulatividade e não-cumulatividade pressupõem
a existência de fatos geradores que componham uma cadeia econômica,
formada por várias operações. Isso porque a não-cumulatividade visa a
evitar o efeito “cascata” da tributação, compensando-se o valor referente ao
tributo recolhido nas operações anteriores com o valor a ser recolhido na
operação ora considerada. Tem por escopo, indubitavelmente, desonerar o
contribuinte da repercussão econômica que um sistema de tributação
cumulativo acarretaria no preço final do produto.Assim, somente se pode
considerar a cumulatividade quando não se estiver tratando de um fato
unicamente considerado, mas sim de um ciclo econômico formado por
várias operações, sejam elas com o mesmo sujeito passivo, sejam com
sujeitos passivos distintos.A não-cumulatividade, nesse aspecto, pode ser
alcançada, entre outras formas, pela tributação sobre o valor agregado no
produto, ou seja, deduzindo-se, do valor da produção aferida em
determinado lapso temporal, o montante gasto na aquisição de
matéria-prima, outros materiais usados no processo de produção, entre
outros. Tal modo de apuração teve origem no ordenamento jurídico francês,
como alternativa a contornar os efeitos da cumulatividade.
vii) progressividade tributária: O princípio da progressividade é um
princípio jurídico constitucional tributário, uma orientação geral de caráter
diretivo sobre as normas tributárias, que tem como característica a elevação
dos tributos de maneira gradual, segundo critérios estabelecidos em lei.
Decorre do princípio da capacidade contributiva e da igualdade,
fundamentando-se nos mesmos.O referido princípio pode ser usado para
atendimento de finalidades fiscais, elevando-se a exigência tributária à
medida que aumenta a capacidade contributiva do contribuinte. Também
pode ser usado com conotação extrafiscal, de forma que, com a elevação de
alíquotas, se possa estimular ou desestimular determinados
comportamentos.O conceito de "progressividade" tem total correlação com a
clássica distinção entre impostos fixos, proporcionais e progressivos. Pela
sua relevância, importa melhor explicar tal classificação
2. Identificar, nas situações a seguir, se algum princípio foi
desrespeitado e, em caso afirmativo, indicar qual: i) instituição de
dever instrumental por meio de instrução normativa; ii) criação de
tributo por meio de medida provisória; iii) multas sancionatórias na
percentagem de 300%; iv) imposto de importação com alíquota de
150%; v) lei municipal que prevê a cobrança imediata de tributo com a
publicação da lei.
II) As medidas provisórias criam ou majoram tributos, a não ser os que
precisam ser inseridos por lei complementar. Quando houver cobrança de
impostos instituídos por MP. Necessário que já tenha sido convertido em lei
antes do exercício financeiro, caso contrário, pode ir contra o princípio da
legalidade
III) Sim, multa no percentual de 300% fere o princípio do não confisco.
V) O princípio da legalidade e da anterioridade tributária são feridos.
3. A alteração do prazo de pagamento deve respeitar o princípio da
anterioridade? E a instituição de responsabilidade de crédito tributário
à terceira pessoa?
R: De acordo com a súmula do STF n° 669 “ Norma legal que altera o prazo
para recolhimento da obrigação tributária não não sei se sujeita ao princípio
da anterioridade. Entende-se que a instituição de responsabilidade de
crédito tributária a terceira pessoa deve respeitar o princípio da anterioridade
e incluir diretamente o responsável pelo pagamento tributário, assim não
ferirá nenhum princípio.
Prefeitura Municipalde Itumambé, Decreto Municipal 3.708 de 10/10/02
(DOM 13/10/02)
Art. 1o Fica instituído tributo sobre a operação de venda e prestação de
serviços realizados dentro do território municipal, cuja receita será destinada
a manutenção do FCPMI (fundo de combate à pobreza do município de
Iumambé). Art. 2o O tributo tem como fato gerador a efetiva prestação do
serviço.
Art. 2 A base de cálculo é o valor da fatura do serviço prestado.
§ 1o A alíquota é de 0,5% para os serviços prestados na região
metropolitana e de 0,7% para os realizados fora da região metropolitana.
§ 2o Os estabelecimentos comerciais situados na zona de central de
comércio do município terão a alíquota reduzida para 0,2% no mês de
dezembro.
Art. 3o Contribuinte é o estabelecimento comercial que realiza a operação de
venda e prestação de serviços.
Art. 4o Compete à Secretaria de Finanças fiscalizar a cobrança do tributo,
bem como modificar a legislação que regulamenta sua instituição.
Art. 5o A importância devida a título desse tributo deve ser paga até o último
dia do mês subseqüente à operação de venda.
Parágrafo único. O não-pagamento do tributo, implica multa de 150 UFIRs.
Art. 6o Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, devendo produzir
todos os seus efeitos a partir do dia 01/11/02.
R: O princípio constitucional ferido é o da anterioridade tributária, que
dispõe que se uma lei criar, aumentar um tributo deverá fazer anteriormente
ao exercício financeiro em que o tributo será cobrado. Está associado ao
princípio da não surpresa. No exemplo supracitado, a lei diz em seu artigo 6°
que deverá produzir efeitos logo no mês seguinte, não respeitando assim o
princípio da anterioridade.

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