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EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Odete Lopez Lopes 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
O estilo de vida em busca da qualidade de vida e o nível de consumo 
dos países do “Primeiro Mundo” estão comprometendo os estoques naturais de 
matérias-primas. Porém, em nível mundial, a busca é por viver em um mundo 
melhor, mais preservado e com melhor qualidade de vida para todos. Há, 
portanto, necessidade de novos padrões de valores e princípios que irão 
nortear a ação humana no mundo (Berna, 2005). 
Para a construção de uma ética democrática com ordem social em que 
os direitos humanos e vida digna sejam possíveis para todos, são necessárias 
a vontade de toda a sociedade e a participação de todos, o que requer 
mobilização social (Toro; Werneck, 2004). 
Um dos desafios quando temos a intenção de elaborar um projeto ou um 
programa de educação ambiental se constitui em delimitar a área de atuação 
de nossas ações e a localização de exemplos referenciais. Nesta aula vamos 
descrever as principais filosofias de educação ambiental e vamos citar um 
exemplo de atividade que se encaixa em cada uma delas. Iremos também 
abordar de forma geral os princípios de Agenda 21 e da Comissão do Meio 
Ambiente e Qualidade de Vida – COM-VIDA. Por fim, vamos abordar o tema da 
mobilização social. 
TEMA 1 – CORRENTES FILOSÓFICAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
A percepção humana da natureza pode ser natural ou socioambiental. 
Na percepção natural, o ambiente é estritamente biológico, físico, químico e se 
coloca em oposição ao ser humano. Na percepção socioambiental, a natureza 
e o ser humano formam um mundo único, em que sociedade e meio ambiente 
estabelecem relação de interação e cooperação. 
A maneira de promover a ação educativa voltada ao ambiente varia em 
cada uma das diferentes correntes educacionais, influenciada pela forma como 
foi concebida e como é praticada (Zouvi; Albanus, 2013). Na educação 
ambiental, segundo estas autoras, sete correntes são consideradas tradicionais 
em sua concepção de meio ambiente. A naturalista estabelece relações 
cognitivas, experienciais e afetivo-artísticas com a natureza. Envolve atividades 
destinadas a compreender os fenômenos naturais e de desenvolver vínculo 
com ela, como as caminhadas em trilhas. A conservacionista-recursista 
 
 
3 
contempla a conservação e administração dos recursos naturais. Baseia suas 
ações na redução do uso de materiais naturais, reutilização e reciclagem, como 
no artesanato com materiais reciclados. A resolutiva preocupa-se com a 
percepção dos problemas e com a busca por prováveis soluções para a 
escassez de recursos, aquecimento global etc. e estimula os estudos de caso. 
Para a sistêmica, o meio ambiente é a visão ampliada de um sistema 
integrado no qual o meio biofísico se relaciona com o meio social e com o 
econômico. A educação ambiental busca, por meio da interdisciplinaridade, 
identificar as causas e os efeitos dos problemas ambientais, como nos projetos 
de pesquisa descritivos. A humanista estabelece uma aliança entre a criação 
humana, os materiais e a natureza. As dimensões históricas, culturais, políticas 
e econômicas do meio ambiente são consideradas, como em um resgate 
histórico de uma comunidade quilombola. A moral-ética busca 
comportamentos socialmente corretos nas questões ambientais. Propicia o 
confronto entre situações éticas e morais relacionadas com o meio ambiente. 
Oito são as correntes mais recentes da educação ambiental. A holística 
oferece uma visão única e íntima com o meio ambiente e promove aprendizado 
e comprometimento com a natureza nas vivências associadas à natureza. 
Biorregionalista é aquela baseada na premissa “pensar global, agir local”. A 
escola estimula as ações dos pais e da comunidade para a solução dos 
problemas locais em passeios dirigidos ou em exposição de fotos antigas. A 
prática associa ação com reflexão. A ação é meio para o aprendizado e para a 
reflexão. Exemplo: pesquisa-ação. A crítica social é semelhante à corrente 
biorregionalista e busca atuação crítico-social local e na escola e inclui os 
projetos interdisciplinares e comunitários. A feminista integra valores femininos 
como intuição, afetividade, simbolismo, espiritualidade e estética, relacionando-
os com o meio ambiente. Por exemplo: estudos de caso e oficinas de criação. 
Na etnográfica as atividades são voltadas à cultura de determinada população 
e as formas como esta cultura é preservada nas novas gerações. Exemplo: 
educação em regiões indígenas, amazônicas e ribeirinhas. Sustentabilidade 
visa à utilização consciente e racional dos recursos naturais de modo a garantir 
as necessidades das próximas gerações. Utiliza atividades que desenvolvem a 
capacidade de escolha entre os consumidores, incluindo atividades de 
reciclagem e de consumo consciente. 
 
 
4 
Em Zouvi e Albanus (2013, p. 80-83), as diversas correntes são 
comparadas entre si. Lá você poderá aprofundar seus conhecimentos. 
TEMA 2 – AGENDA 21 
Instrumento de planejamento que concilia métodos de proteção 
ambiental, justiça social e eficiência econômica para a construção de 
sociedades sustentáveis. A Agenda 21 brasileira é um instrumento de 
planejamento participativo e foi entregue à sociedade em 2002. 
As seções da Agenda orientam sobre as dimensões sociais e 
econômicas, a conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento, o 
fortalecimento do papel dos grupos sociais e os meios para sua 
implementação. Zouvi e Albanus (2013, p. 43-45) listam os 40 capítulos e sua 
distribuição nas diversas seções. 
Pode ser construída em diversos níveis da sociedade e em vários níveis 
territoriais, como municípios, bacias hidrográficas etc. É um processo de 
planejamento participativo que envolve a implantação de um Fórum entre o 
governo e a sociedade civil. O Fórum constrói um Plano Local de 
Desenvolvimento Sustentável, que estrutura as prioridades e estimula a 
proposição de projetos e ações de curto, médio e longo prazos (Zouvi; Albanus, 
2013). 
TEMA 3 – COMISSÃO DO MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA – 
COM-VIDA 
Potencializa as ações de educação ambiental nas escolas do ensino 
fundamental (6º ao 9º ano) e de ensino médio. É um espaço democrático e 
participativo criado para reunir a comunidade escolar para a solução de 
problemas e para estimular iniciativas voltadas para a sustentabilidade 
socioambiental e para a melhoria da qualidade de vida na escola e na 
comunidade (BRASIL, 2007). Busca o diálogo sobre temas socioambientais 
contemporâneos, a construção da Agenda 21 na escola e a organização da 
Conferência de Meio Ambiente na escola. Envolve a participação dos 
estudantes, professores, funcionários, diretores e comunidade atendida pela 
instituição educacional. 
 
 
5 
Para mais detalhes acerca da elaboração da COM-VIDA e das 
metodologias sugeridas para sua construção, acesse: 
<http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/com-vida.pdf>. 
TEMA 4 – METODOLOGIA PARTICIPATIVA PARA A CONSTRUÇÃO DA 
COM-VIDA 
O ponto de partida para a elaboração de uma Comissão de Meio 
Ambiente e Qualidade de Vida é a Conferência Nacional de Meio Ambiente. Ela 
irá contribuir para um dia a dia participativo, democrático e saudável, 
promovendo o intercâmbio entre a escola e a comunidade. Na Conferência de 
Meio Ambiente na Escola, os estudantes mostram o que pensam e o que 
querem para o meio ambiente no Brasil. Durante a Conferência, são eleitos 
um(a) delegado(a) e um(a) suplente. 
O delegado da Conferência de Meio Ambiente na Escola e seu suplente, 
auxiliados pelos professores, organizam a COM-VIDA. Seu principalobjetivo é 
construir a Agenda 21 na escola. A Comissão envolverá a comunidade escolar 
nas soluções dos problemas locais. Irá também acompanhar a educação 
ambiental na escola, organizar a Conferência de Meio Ambiente na Escola e 
promover o intercâmbio com as demais COM-VIDAs do município e do estado. 
Participa da COM-VIDA a comunidade escolar em conjunto com os 
participantes da Conferência de Meio Ambiente na Escola e com as pessoas 
ou organizações comprometidas com a sustentabilidade e com melhoria da 
qualidade de vida. 
TEMA 5 – MOBILIZAÇÃO SOCIAL 
Mobilizar é estimular a sociedade agir por um objetivo comum, sob um 
sentido compartilhado. A participação é um exercício de liberdade e passa pela 
escolha individual (Toro; Werneck, 2004). 
Para estruturar um projeto de mobilização, é necessário um propósito 
que una racionalidade à paixão, que reflita certo consenso coletivo e envolva 
diferentes categorias funcionais. 
O produtor social é uma pessoa ou uma instituição que possui 
capacidade econômica, institucional ou técnica e é caracterizado pelo respeito, 
pela confiança e capacidade de decisão. Ele viabiliza o movimento, conduzindo 
 
 
6 
as negociações que dão legitimidade política e social ao movimento. Ele deve 
transformar ações reativas em ações proativas, em que os problemas surgem 
como situação a ser trabalhada em busca de soluções. Deve ter a capacidade 
de interpretar a realidade social e de orientar um editor na produção de 
materiais de comunicação adequados. O reeditor social adequa mensagens 
com credibilidade e legitimidade e contribui para a modificação das formas de 
pensar, sentir e atuar. Os educadores, os párocos, os pastores e os líderes 
comunitários são reeditores. O editor é uma pessoa ou uma instituição e deve 
estruturar a comunicação das mensagens para ser compreendida pelo reeditor. 
O êxito da mobilização depende da forma como a mensagem chega até o 
reeditor. 
O produtor social inicia o processo localizando os reeditores e identifica 
quem pode contribuir para as metas da mobilização. Conhecido o campo de 
atuação de cada um deles, a transmissão dos conhecimentos e de 
metodologias de ação são adequados para a atuação em seu cotidiano. Além 
de divulgar as ideias do movimento, materiais gráficos legitimam o discurso do 
reeditor perante a comunidade. Para se obter mobilização social, é necessário 
que as pessoas tenham informações claras sobre os objetivos, as metas, a 
situação atual e as prioridades da mobilização a cada momento. Para 
possibilitar a ação de cada participante, cada projeto deve fornecer explicações 
sólidas sobre os problemas a resolver e obter explicação de como pode 
contribuir no processo. As informações devem ser claras, abertas e 
estimulantes. 
NA PRÁTICA 
Esta aula estimula a prática de atividades participativas e mobilizadoras. 
Para uma exemplificação prática, sugerimos a leitura do estudo de caso “O 
óleo e o mico: o triste fim do lubrificante queimado”, publicada em 1999 na 
Folha do Meio Ambiente, em Brasília. O texto foi transcrito e analisado em 
Berté (2013, p. 76-88). 
 
 
 
7 
FINALIZANDO 
Nesta aula comentamos sobre as principais correntes filosóficas da 
educação ambiental e citamos alguns exemplos de atividades comuns a cada 
uma delas. 
Abordamos de forma geral o conteúdo da Agenda 21 e conhecemos a 
COM-VIDA, a Comissão que aplica metodologia participativa na construção da 
Agenda 21 local. 
Por fim, discorremos sobre as etapas da elaboração de um projeto de 
mobilização social. 
A leitura do estudo de caso ilustra uma ação participativa em uma 
comunidade. 
 
 
 
 
8 
REFERÊNCIAS 
BERNA, V. S. D. Pensamento ecológico: reflexões críticas sobre o meio 
ambiente, desenvolvimento sustentável e responsabilidade social. São Paulo, 
Paulinas, 2005. 
BERTÉ, R. Gestão socioambiental no Brasil, uma análise ecocêntrica. 
Curitiba, Intersaberes, 2013. 
BRASIL. Ministério da Educação. Formando COM-VIDA, Comissão de Meio 
Ambiente e Qualidade de Vida na Escola: construindo Agenda 21 na Escola. 
2. ed. Brasília, MMA, MEC, 2007. 
TORO, J. B.; WERNECK, N. M. D. F. Mobilização social: um modo de 
construir a democracia e a participação. Belo Horizonte, Autêntica, 2004. 
ZOUVI, C. L.; ALBANUS, L. L. F. Ecopedagogia: educação e meio ambiente. 
Curitiba, Intersaberes, 2013.

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