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SEMIOLOGIA DO ABDOMEN

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Habilidades Médicas | Clara Azevedo – Turma XI 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
 
ESTRUTURA 
 Tubo Digestivo (canal alimentar) 
o Tubo musculomembranoso 
o Comprimento: mais ou menos 
9m 
o Limites: boca  ânus 
o Revestimento mucoso 
 Órgãos Acessórios 
o Dentes 
o Glândulas salivares (parótida, 
submandibular, sublingual) 
o Fígado 
o Pâncreas 
 Disposição dos órgãos no abdômen 
o Diferenças entre o sexo 
feminino e masculino 
o Ângulo hepático e ângulo 
(flexura) esplênico 
 
 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO DO ABDÔMEN 
 Colocar-se à direita do paciente 
 Aquecer as mãos e o estetoscópio 
 Paciente em decúbito dorsal com os 
braços ao lado do corpo ou cruzados à 
frente do tórax, com os membros 
inferiores estirados ou com os joelhos 
dobrados 
 Expor somente o abdome (do mamilo 
ao púbis)  ter respeito ao paciente, 
desnudar aos poucos com o lençol, 
respeitar seu pudor 
 Não utilizar termos técnicos (OBS: 
termo popular: tripas) 
 
SEMIOTÉCNICA 
Métodos Semióticos: 
 Inspeção 
 Ausculta 
 Percussão 
 Palpação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades Médicas | Clara Azevedo – Turma XI 
 
DIVISÃO TOPOGRÁFICA 
1) Divisão em 9 partes 
Linhas imaginarias horizontais paralelas 
que passam pelos rebordos costais e cristas 
anterossuperiores 
Linhas paralelas verticais que continuam as 
linhas hemiclaviculares 
 
 
 
 EPI: piloro, duodeno, pâncreas 
 MES: intestino delgado 
 HIP: bexiga, útero (sexo feminino) 
 HE: fundo do estomago, baço, ângulo 
esplênico, capsula renal esquerda 
 FE: rim, cólon descendente 
 FIE: cólon sigmoide, trompa e ovário 
(sexo feminino) 
 FID: ceco, apêndice, íleo, trompa e 
ovário (sexo feminino) 
 FD: rim, cólon ascendente 
 HD: fígado, vesícula biliar, ângulo 
hepático do cólon, capsula renal direita 
 
 
2) Divisão em 4 partes 
 
 QSD: parte do intestino grosso, parte 
direita do fígado, antro gástrico (parte 
distal do estomago), vesícula biliar, rim 
e supra renal direito, duodeno, parte do 
pâncreas 
 QID: apêndice, ovário direito, tuba 
uterina direita, parte do intestino grosso, 
ureter direito 
 QSE: rim e supra-renal esquerdo, baço, 
parte do pâncreas, parte esquerda do 
fígado, estomago (maior parte), parte do 
intestino grosso 
 QIE: tuba uterina esquerda, ovário 
esquerdo, parte do intestino grosso, 
ureter esquerdo 
 
3) Divisão em 2 partes 
a. Abdômen superior 
b. Abdômen inferior 
 
4) Divisão posterior do abdômen: 
a. Lombar direita 
b. Lombar esquerda 
 
PONTOS DE REFERÊNCIA DO ABDÔMEN 
 Processo xifoide 
 Ângulo costal 
 Rebordos costais 
 Cicatriz umbilical 
 Cristas ilíacas anteriores 
 Sínfise púbica 
 
Habilidades Médicas | Clara Azevedo – Turma XI 
 
INSPEÇÃO 
 Cicatrizes, lesões cutâneas, 
depressões 
 Pele do abdome: coloração, lesões, 
cicatrizes, circulação colateral, estrias 
 O examinador deve observar a região 
com visão frontal ou tangencial para 
visualizar pequenos abaulamentos ou 
depressões 
 Abaulamentos (súbito, progressivo; 
localizado, global; idade; conteúdo) 
o Distensão abdominal 
(meteorismo, megacólon 
chagásico), hérnias, 
hepatomegalia, 
esplenomegalia, tumores 
abdominais, onfalocele, 
gastrosquise. 
o Retrações! 
 Forma (normal ou anormal) 
o Normal (simétrico e plano) 
o Escavado 
o Globoso 
o Batráquio (sapo) 
o Avental 
o Pendular 
 Peristaltismo visível (movimentos do 
tubo digestivo) (quadros de oclusão 
intestinal) 
 Local 
 Sentido 
 Frequência 
 Fenômenos acústicos 
 Sintomas acompanhantes 
 
 
o No antro do estômago ou duodeno: 
 Sinal acústico: patinhação 
 Sintoma: vomito de estase 
 Causas: câncer, ulceras 
pépticas, estenosantes 
o No mesogástrio: 
 Sinal acústico: aumenta ruído 
hidroaéreo 
 Sintoma: parada da emissão de 
fezes e gazes 
 Causas: câncer de colón e 
megacólon chagásico 
o No intestino delgado: 
 Sinal acústico: aumenta ruído 
hidroaéreo – timbre metálico 
 Sintoma: vômitos escuros de 
odor fecaloide 
 Causas: anomalias congênitas, 
intussuscepção, divertículo de 
Meckel, bolo de áscaris e 
corpos estranhos 
 Circulação colateral 
 Pulsações da aorta abdominal na 
região abdominal em pessoas magras 
 Respiração: é importante observar os 
movimentos abdominais na inspiração e 
na expiração 
 Umbigo: cicatriz umbilical na linha 
media; plana ou levemente invertida 
 
AUSCULTA 
A percussão e palpação podem estimular o 
peristaltismo e fornecer falsa impressão dos 
ruídos intestinais! Por isso, a ausculta deve ser 
feita primeiramente. 
É feita com o diafragma do estetoscópio  
sons agudos. 
Examinador à direita do paciente em decúbito 
dorsal. 
Medico inicia a ausculta pelo quadrante inferior 
direito, pois é onde está a válvula íleo-cecal, 
região na qual os ruídos hidroaéreos são melhor 
escutados. 
Ausculte o abdome por cerca de 3 minutos! 
 
Habilidades Médicas | Clara Azevedo – Turma XI 
 
 Burburinhos: gases e liquido passando 
por dobras intestinais 
 Peristaltismo da luta: obstrução 
 Pós operatório: retorno dos movimentos 
 Massas: aneurismas arteriais 
 
 Ruídos hidroaéreos e suas variedades: 
vascolejo, patinhação, gargarejo e 
borborigmo 
o Ruídos Hidroaéreos: decorrentes 
da movimentação de ar e liquido 
através do intestino. 
 ↑ - GECA, hemorragias 
digestivas altas, obstrução 
intestinal 
 ↓ ou ausentes – íleo 
paralítico, peritonite, pós 
operatório de cirurgias 
abdominais, processo 
obstrutivo 
 Timbre metálico – obstrução 
intestino delgado 
 O normal é auscultar RHA 
tipo borborigmos: sons 
agudos, em cascata, com 
frequência variável de 5 a 
30x por minuto 
o Variedades dos ruídos 
hidroaéreos: 
 Patinhação: 
 Pesquisa-se 
comprimindo 
rapidamente a parede do 
abdome com a face 
palmar de três dedos 
medianos da mão 
 Estomago e o ceco 
 Aumento do conteúdo 
liquido do estomago, 
como na obstrução de 
antro ou piloro 
 Gargarejo: 
 Percebidos quando é 
feita a palpação 
profunda e deslizante, 
particularmente no ceco 
 Ruído/percepção tátil do 
conteúdo hidroaéreo da 
víscera 
 Borborigmo: 
 Ronco da barriga dado 
pela grande 
predominância de gases 
em relação ao conteúdo 
liquido do órgão 
 Vascolejo: 
 Presença de liquido no 
interior do estomago 
 Sopros abdominais 
 
 
 
o Os ruídos ou sopros vasculares 
estão ausentes em pessoas 
normais, mas devem-se 
auscultar as regiões da aorta, 
das artérias renais, ilíacas e 
femorais à procura de sopros, 
principalmente em hipertensos. 
o Sistólicos: aneurisma da aorta 
abdominal ou artéria hepática 
(aneurisma, cirrose, carcinoma 
hepatocelular...) ou esplênica 
(malária, leucemia, cirrose 
hepática ou tumores esplênicos) 
 Sopro em flancos, que se 
irradia lateralmente no 
mesogástrio: estenose da 
artéria renal 
 Sopro epigástrio: estenose de 
tronco celíaco 
o Contínuos: circulação colateral 
 HP periumbilical 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades Médicas | Clara Azevedo – Turma XI 
 
PERCUSSÃO 
 Digito digital e punho lombar 
 Paciente em decúbito dorsal 
Função: delimitação/localização de vísceras (ex: 
fígado – hepatimetria, baço, tumores, ...), avaliar 
a densidade dos conteúdos abdominais, 
perceber a presença de líquidos ou massas 
anormais 
 Timpânico 
 Hipertimpânico 
 Maciço 
 Submaciço 
Deve-se percutir suavementetodos os 
quadrantes do abdome. 
O som timpânico deve predominar pois o ar 
intestinal sobe para a superfície quando o 
paciente está em decúbito dorsal 
Locais de macicez na percussão podem 
significar presença de massas ou de líquidos, e 
hipertimpanismo podem revelar distensão 
gasosa intestinal. 
 
 Definir o tamanho do fígado: 
Para definir o seu limite superior, o 
examinador percute a partir do tórax, próximo à 
linha hemiclavicular direita, no sentido crânio-
caudal, até o ponto em que o som claro 
pulmonar se torna maciço. A mudança de som 
geralmente ocorre no 5 espaço intercostal 
direito. 
 Para definir o limite inferior, o 
examinador percute a partir do quadrante 
inferior direito, de baixo para cima, até o local 
em que o som timpânico abdominal se torna 
maciço. Esse ponto está geralmente no rebordo 
costal direito e corresponde ao limite inferior do 
fígado. 
 A distância entre os limites mede entre 
6 a 12cm normalmente 
 
 
 
 Definir o tamanho do baço: 
Para definir o tamanho do baço, o 
examinador percute a partir do tórax, no sentido 
crânio-caudal, até o som claro pulmonar se 
tornar maciço e, posteriormente, se tornar 
timpânico. 
A distância entre os limites superior e 
inferior do baço, normalmente, mede de 5 a 7cm 
 
 Pesquisa de Ascite (acumulo de liquido 
na cavidade abdominal – barriga d’água): 
 Sinal do Piparote: o examinador 
posiciona sua mão esquerda no flanco esquerdo 
do paciente. Com a mão direita, no flanco direito, 
o médico promove um golpe firme na parede 
abdominal. Havendo ascite, o golpe gerará uma 
onda liquida, a percorrer o abdome, e o médico 
sentirá um golpe distinto em sua mão esquerda, 
que é o sinal do piparote. Você deve utilizar a 
borda ulnar da mão de outro examinador ou do 
próprio paciente colocada firmemente sobre a 
linha mediana do abdome para sensibilizar o 
teste. 
 Semicírculo de Skoda: Paciente em 
decúbito dorsal. Da parte cranial da região 
epigástrica percute-se o abdome radialmente até 
semicírculo formado pela sínfise púbica e 
espinhas ilíacas antero-superiores. Quando há 
ascite, o timpanismo é substituído gradualmente 
por submacicez e macicez pois o líquido ascítico 
se acumula na região mais caudal. 
 Macicez móvel: ao percutir, percebe-se 
som maciço onde tem liquido, e quando o 
paciente muda de posição, o local em que está 
maciço (com liquido) também se move. 
 
 Pesquisa de hipersensibilidade no ângulo 
costo-vertebral 
Sinal de Giordano: Golpeia o dorso do 
paciente sob a 12ª costela no ângulo costo-
vertebral, com o punho fechado ou com a borda 
ulnar da mão. A manobra deve sempre ser feita 
de ambos os lados. Utilizada para avaliar os 
rins. É positivo quando o paciente sente dor ao 
golpe. 
Habilidades Médicas | Clara Azevedo – Turma XI 
 
PALPAÇÃO 
O médico identifica as regiões dolorosas, 
deixando-as para serem palpadas por último, a 
fim de tranquilizar o paciente. 
Para relaxar a musculatura abdominal, é 
importante distrair a atenção do paciente, 
solicitando que faça respirações profundas. 
Utilize voz baixa e tranquilizadora, ou mantenha 
um diálogo com o paciente. 
A posição do paciente muda de acordo com a 
região a ser palpada. 
 
Palpação Superficial do Abdome 
Objetivo: ter impressão global da superfície 
cutânea e da musculatura superficial 
 Tonicidade (abdome em tabua) 
 Sensibilidade (pontos dolorosos) 
 Alterações na cavidade abdominal ou 
pélvica (hepato ou esplenomegalias, 
tumores, cistos, ascite...) 
 
Semiotécnica 
A palpação superficial é a primeira a ser 
realizada em um exame de abdômen. 
 O examinador usa os 4 primeiros 
dedos de sua mão, deprimindo a pele 
cerca de 1cm. 
 Em seguida, fazer movimentos 
rotatórios e suaves, deslizando os 
dedos sob a pele do paciente. 
 O examinador deve levantar os dedos 
ao movê-los sob o abdômen, evitando 
arrasta-los na pele. 
 Realizar movimentos no sentido 
horário para explorar todo o abdome 
 
Palpação Profunda do Abdome 
Medico utiliza os 4 primeiros dedos da 
mão, comprimindo a pele cerca de 5 a 8cm, em 
seguida faz movimentos rotatórios e suaves, 
deslizando os dedos sobre a pele do paciente. 
É importante levantar os dedos e não 
arrasta-los na parede abdominal. 
Na palpação bimanual, a mão que fica 
por baixo é responsável pelo tato, e a por cima, 
pela pressão que se imprime durante a 
palpação. 
O movimento da mão é feito no sentido 
horário, procurando explorar todo o abdome. 
O objetivo dessa palpação é observar a 
localização, tamanho, consistência e mobilidade 
de órgãos palpáveis, e perceber presença de 
abaulamentos, hipersensibilidade ou massas 
anormais. 
 
Funções: 
 Identificar segmentos do tubo digestivo, 
examináveis por essa técnica. 
Descrever sensibilidade, consistência, diâmetro, 
forma e mobilidade, pulsação. 
 Grande curvatura do estomago – linha 
mediana, sobre a coluna vertebral 
 Cólons ascendente e descendente – 
flancos 
 Ceco, transverso e sigmoide – sobre os 
ossos ilíacos 
 
 Identificar tumorações abdominais 
 Localização 
 Sensibilidade dolorosa 
 Dimensão 
 Forma 
 Consistência 
 Superfície 
 Pulsação 
 
 Identificar órgãos 
Vários órgãos não são palpáveis normalmente, 
mas o ceco, o colón transverso e sigmoide e a 
bexiga quando cheia, são órgãos que podem 
ser palpáveis em pessoas magras. 
 
Habilidades Médicas | Clara Azevedo – Turma XI 
 
PALPAÇÃO DO FÍGADO 
 Paciente em decúbito dorsal, faz-se 
palpação profunda abaixo do bradil 
costal 
Medico coloca a mão direita no quadrante 
superior direito do paciente com os dedos 
paralelos à linha médio abdominal. Com a mão 
espalmada, pressiona a região abaixo do 
rebordo costal direito, de forma a sentir a borda 
do fígado. Deve solicitar o paciente a respirar 
profundamente, para facilitar a manobra. 
 
 Palpação em garra: faz-se uma garra 
com as mãos por debaixo do bradil 
costal 
O examinador fica de pé à altura do ombro 
do paciente, virando seu corpo levemente para 
a direita. Então, o médico coloca as mãos em 
garra com os dedos em baixo do rebordo costal, 
fazendo um movimento de baixo para cima, 
pedindo para o paciente respirar 
profundamente. A tentativa é de palpar a borda 
hepática com as pontas dos dedos. 
 
Geralmente o fígado é impalpável, mas 
pode ser palpável a 1cm do rebordo costal 
direito, sem significado patológico 
Para facilitar, pede-se para o paciente 
respirar profundamente  É normal sentir a 
borda hepática com os dedos enquanto o 
diafragma é empurrado para baixo durante a 
inspiração 
Características do fígado: borda, superfície, 
sensibilidade, consistência  A sensação 
obtida na palpação de um fígado normal é de 
uma superfície hepática lisa, regular e indolor 
 
PALPAÇÃO DO BAÇO 
Tamanho, forma, consistência, superfície e 
sensibilidade 
Igual à do fígado, mas no lado esquerdo. Em 
condições normais, o baço é impalpável. 
Método palpatório: 
 Decúbito dorsal 
Paciente em decúbito dorsal, o 
examinador de pé coloca sua mão direita no 
quadrante superior esquerdo, com os dedos da 
mão obliquamente apontando no sentido da axila 
esquerda do paciente. Assim, o médico 
pressiona para dentro a região abaixo do rebordo 
costal esquerdo, de baixo para cima, com a mão 
espalmada, e pede para o paciente inspirar na 
tentativa de palpar o baço. 
 Posição intermediaria de Schuster (deitar 
o paciente em decúbito lateral direito e 
fazer a palpação do hipocôndrio esquerdo 
profundamente):Paciente em decúbito lateral direito, 
com o membro inferior direito estendido e a coxa 
esquerda fletida em um ângulo de 90º com o 
tronco. O examinador apoia sua mão esquerda 
no flanco esquerdo do paciente, e pressiona a 
região abaixo do rebordo costal esquerdo, de 
baixo para cima, com sua mão direita espalmada, 
na tentativa de palpar o baço 
 
PALPAÇÃO DO RIM 
 Rim direito: examinador coloca as mãos 
juntas, em posição de bico de pato, no 
flanco direito do paciente. Faz-se 
compressão firme e profunda. 
Normalmente não é palpável. 
 Rim esquerdo: examinador coloca sua 
mão esquerda atravessando o abdômen, e 
por trás do flanco esquerdo do paciente 
como suporte. Com sua mão direita, faz 
compressão firme e profunda na região. 
Normalmente não é palpável. 
 
PALPAÇÃO DA AORTA 
Consegue palpar quando há problemas ou em 
pacientes magros 
Linha mediana, mesogástrio, mas pode palpar 
em todo o abdome 
NL < 2,5cm de largura 
Habilidades Médicas | Clara Azevedo – Turma XI 
 
PALPAÇÃO DA VESÍCULA BILIAR 
Localização: borda inferior do fígado x borda 
externa do musculo reto abdominal  ponto 
cístico, no hipocôndrio direito (ponto de Murphy) 
 linha imaginaria do bradil costal à cicatriz 
umbilical, no meio do terço superior 
Característica: maior e tensa: forma 
arredondada, superfície lisa e consistência 
elástica 
Sinal de Murphy: quando o paciente inspira e 
faz-se a compressão do ponto cístico, se ele 
interromper a respiração por sentir dor, é o sinal 
de Murphy positivo, que indica problemas na 
vesícula (litíase, colecistite aguda). 
 
SINAIS ESPECIAIS 
Sinal de Murphy: quando o paciente inspira e faz-
se a compressão do ponto cístico, se houver 
interrupção do movimento respiratório ao sinal de 
dor, é o sinal de Murphy positivo, que indica 
problemas na vesícula (litíase, colecistite aguda). 
Sinal de Blumberg: palpação profunda seguida 
de descompressão súbita. Dor a descompressão 
súbita é o sinal positivo, que indica irritação 
peritoneal (ex: apendicite, peritonite). 
 Sinal de McBurney: considerado 
positivo quando o sinal de Blumberg é positivo no 
ponto apendicular (ex: apendicite). 
Sinal de Giordano: testar a sensibilidade dos rins 
pela percussão dos ângulos costo-vertebrais. É 
positivo quando há dor à percussão punho 
lombar, ocorrendo nos casos de nefrite e 
pielonefrite (problemas renais, litíase urinária, 
infecção urinaria, glomerulonefrite aguda...). 
Sinal de Rovsing: dor referida na fossa ilíaca 
direita quando se comprime o flanco e 
hipocôndrio esquerdo. Aparece nas apendicites. 
Sinal de Torris Homini: dor à percussão da loja 
hepática na presença de abcesso hepático. É 
uma dor localizada na região do abcesso. No 
Murphy é quando o paciente respira, no Torris é 
naturalmente. 
Sinal de Jobert: timpanismo na percussão da 
loja hepática (HD) por ruptura de víscera oca. 
Aparece em ulcera, divertículo, tumor do 
sigmoide... 
 
PONTOS DOLOROSOS DO ABDÔMEN 
 
 Ponto xifoidiano: abaixo do apêndice 
xifoide. A dor à compressão desse local 
é relacionada a cólica biliar, e afecções 
do estomago e duodeno 
 Ponto epigástrico: no meio da linha 
xifo-umbilical. A dor à palpação desse 
local é frequente nas afecções de 
estomago 
 Ponto cístico/biliar: encontro da borda 
lateral do musculo reto abdominal com 
o rebordo costal direito. Dor à palpação 
desse ponto pode representar quadro 
de colecistite aguda 
 Ponto apendicular: ao nível dos dois 
terços laterais da linha que une a 
cicatriz umbilical à espinha ilíaca 
anterossuperior. Dor nesse local 
representa apendicite. 
 Ponto esplênico: encontro da borda 
lateral do musculo reto abdominal com 
o rebordo costal esquerdo. Quando 
doloroso, pode representar infarto 
esplênico.

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