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Prévia do material em texto

LEGISLAÇÃO COMERCIAL 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Sonia de Oliveira 
 
 
 
2 
 
CONVERSA INICIAL 
 Seja bem-vindo a este encontro, no qual iniciaremos os estudos sobre 
Direito do Consumidor, matéria muito relevante para o exercício da atividade 
comercial. Nesta primeira parte, estudaremos os seguintes temas: 
1. Relação de consumo: conceitos de consumidor, fornecedor, produto e 
serviço; 
2. Direitos básicos do consumidor; 
3. Responsabilidade civil por fato do produto ou serviço; 
4. Responsabilidade civil por vício do produto ou serviço; 
5. Prescrição e decadência. 
 
Vamos iniciar os estudos? Boa Aula! 
 
CONTEXTUALIZANDO 
 A proteção do consumidor no nosso país é fundamentada na Constituição 
de 1988, o que nos faz notar a importância do tema. A lei n. 8.078/1990, que 
trata do Código de Defesa do Consumidor, é a legislação específica acerca da 
matéria e é de conhecimento obrigatório para o gestor comercial, pois, em sua 
atividade, certamente, fornecerá produtos ou serviços ao mercado de consumo. 
 O conhecimento desta legislação é imprescindível para que o bom 
relacionamento com o cliente se concretize. Sua violação pode fazer com que a 
empresa seja alvo de severas críticas e reclamações, tanto em sites da internet, 
específicos para registro de reclamações, cujo alcance é imensurável, quanto 
junto aos órgãos administrativos de proteção do consumidor e ao Poder 
Judiciário. 
 Dessa forma, o sucesso do empreendimento depende do bom 
relacionamento com o consumidor, das práticas comerciais e dos direitos 
básicos deste, sob pena de responsabilidade. Tais temas serão abordados neste 
encontro. 
 
 
 
 
 
3 
TEMA 1 – RELAÇÃO DE CONSUMO: CONSUMIDOR, FORNECEDOR, 
PRODUTO OU SERVIÇO 
 Antes de iniciar os estudos, caso queira ter acesso ao Código de Defesa 
do Consumidor (CDC), acesse 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Este Código será a base 
de estudos deste e do próximo encontro. 
 A proteção da relação de consumo é matéria de interesse público e social, 
sendo que Constituição de 1988, no art. 5º, inciso XXXII, prevê como dever do 
Estado a promoção da defesa do consumidor. Ainda assim, o legislador demorou 
quase dois anos para editar o CDC após a promulgação do texto constitucional 
– Lei n. 8.078/1990. 
 O art. 170 da Constituição está inserido no título da Ordem Econômica e 
Financeira, a qual deve se fundar na valorização do trabalho e na livre iniciativa, 
prevendo, entre os seus princípios, o da defesa do consumidor. Com isso, o 
constituinte originário previu a atividade econômica livre, mas sob a observação 
obrigatória de princípios, evitando abusos em detrimento do consumidor. 
 Mas por que toda esta preocupação em detrimento do consumidor? 
Porque todos somos consumidores em potencial, independentemente da renda 
ou classe social, dos serviços públicos fornecidos pelo Estado. Portanto, não 
poderia esta classe tão significativa de pessoas ficar à mercê de condutas 
abusivas dos consumidores de produtos e serviços. 
 Para iniciar o estudo, vamos aprender a identificar os sujeitos da relação 
de consumo: o consumidor e fornecedor de produtos ou serviços. 
 A definição legal de consumidor está presente no art. 2º do CDC, e assim 
prevê: “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final”. Então, ao contrário do que se poderia 
pensar em um primeiro momento, a pessoa jurídica também pode ser 
considerada consumidora e, por consequência, requerer a aplicação do CDC em 
seu favor. 
 Mas será que a pessoas físicas e jurídicas são consideradas 
consumidoras em qualquer aquisição de produtos ou serviços? A resposta é 
negativa. É preciso atentar para a parte final da definição de consumidor antes 
transcrita, a menciona a necessidade de a aquisição do produto ou serviço ser 
de “destinatário final”, ou seja, para consumo próprio. 
 
 
 
4 
 O mesmo art. 3º, que define fornecedor, define também produtos e 
serviços. O produto consiste em qualquer bem móvel ou imóvel, material ou 
imaterial; ou seja, qualquer coisa que possa ser licitamente colocada no 
mercado. 
 O serviço, por sua vez, é qualquer atividade colocada à disposição no 
mercado de consumo, inclusive serviços bancários, de natureza financeira, 
crédito e de seguros, desde que haja pagamento. São excluídas dessa relação 
atividades de natureza trabalhista, ou seja, ações em que estejam presentes as 
figuras do empregado e do empregador e em que a Consolidação das Leis do 
Trabalho se aplique. 
 
TEMA 2 – DIREITOS BÁSICOS DOS CONSUMIDORES 
 O CDC, no art. 6º e seguintes, prevê os direitos básicos dos 
consumidores. Não se trata, porém, de um rol taxativo, e sim exemplificativo, já 
que não exclui outros, decorrentes de tratados internacionais de que o país seja 
signatário e da nossa legislação ordinária interna. Os regulamentos são 
expedidos pelas autoridades administrativas ou decorrentes dos princípios 
gerais dos direitos e até mesmo dos costumes. 
 O primeiro direito básico do consumidor, previsto no art. 6º, inciso I, do 
CDC, é o direito à vida, à saúde e à segurança contra riscos que possam ser 
causados pelo fornecimento de produtos e serviços considerados nocivos ou 
perigosos à saúde. Neste caso, o legislador buscou proteger a vida e a 
integridade física do consumidor, bem indisponível e que deve ser protegido. 
 O inciso II do artigo antes mencionado fala sobre o direito à educação e 
divulga o consumo adequado de produtos e serviços, sendo assegurada a 
liberdade de escolha e a igualdade nas contratações. Tais informações visam 
fornecer ao consumidor todos os elementos para que ele possa usufruir do 
produto e do serviço com segurança, bem como estabelecer um equilíbrio entre 
as partes. (Azevedo, 2015, p. 29) 
 Na sequência, o inciso III prevê o seguinte direito básico à “informação 
adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação 
correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos 
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem” (Brasil, 1990). 
Trata-se da especificação correta do produto ou serviço, com todos os seus 
detalhes. Está diretamente relacionado ao direito de informação, pois permite 
 
 
5 
que o consumidor identifique o melhor produto ou serviço de acordo com o seu 
gosto e suas necessidades. 
 A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, contra os métodos 
comerciais coercitivos, desleais e contra cláusulas abusivas impostas quando do 
fornecimento de produtos ou serviços estão previstos no inciso IV, art. 6º, do 
CDC. Trata-se de evitar que o consumidor seja enganado ou tenha que se 
submeter a condições desleais de contratação. É evidente que, muitas vezes, 
somente recorrendo ao Poder Judiciário, o consumidor consegue o 
reconhecimento de que tal direito lhe foi violado, mas isto não retira a importância 
deste direito básico e necessário. Adiante, no CDC, o tema volta a ser abordado, 
tamanha a importância da sua regulamentação, pois apensar de proibidas, são 
práticas habituais dos fornecedores de produtos e serviços. 
 O próximo direito básico do consumidor é a possibilidade de modificação 
ou revisão de cláusulas contratuais que fixem prestações desproporcionais, 
abusivas ou que assim venham a se tornar por fato posterior à contratação. Esta 
previsão busca estabelecer o equilíbrio na relação de consumo, evitando que o 
consumidor seja onerado ilicitamente. É recorrente na revisão de contratos 
bancários ou de financiamento, em que o consumidor busca o judiciário pararever cláusulas de adesão, ou seja, aquelas que não podem ser negociadas no 
momento da contratação, mas que acabam por tornar ilicitamente oneroso o 
contrato. 
 E como não poderia deixar de ser, é direito básico do consumidor a 
prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, que podem ser 
individuais ou coletivos e difusos. A ideia não é apenas indenizar danos 
eventualmente sofridos por defeitos dos produtos ou serviços, mas prevenir para 
que estes não mais ocorram. É este inciso que justifica as ações propostas pelos 
consumidores, identificáveis ou não, e o deferimento das indenizações 
requeridas. 
 Os requerimentos das indenizações podem ser formulados 
administrativamente, juntamente aos órgãos de proteção ao consumidor, como 
o Procon, nas cidades onde ele existe, ou de maneira judicial. É o que prevê o 
inciso VII do art. 6º, quando menciona que deve ser facilitado aos consumidores 
o acesso aos órgãos administrativos e judiciários para prevenção e reparação 
de danos materiais e morais sofridos. 
 
 
6 
 Na defesa dos direitos dos consumidores, esta deve ser facilitada, 
inclusive com a inversão do ônus da prova a favor destes. Alegando, pois, que o 
consumidor sofreu um dano, se verossímil a alegação, o juiz pode impor ao 
fornecedor a obrigação de provar que as alegações do consumidor não 
procedem, e não este de provar o que alega. Trata-se de algo muito eficiente, 
que estabelece um equilíbrio entre as partes, já que o consumidor pode estar em 
desvantagem face ao poder econômico do fornecedor. 
 Por fim, é direito básico do consumidor a adequada e eficaz prestação dos 
serviços públicos em geral, os quais podem ser prestados diretamente pelo 
Estado ou por empresas permissionárias ou concessionárias. É o caso dos 
serviços de saúde, educação, fornecimento de medicamentos, água, luz, 
pedágio, transporte, etc. Nota-se que vários destes direitos já foram por nós 
estudados como sendo direitos sociais básicos dos cidadãos, os quais, portanto, 
também são protegidos pela legislação consumerista. 
 
Vídeo 
Assista à reportagem do STJ sobre práticas abusivas dos bancos ao enviar 
cartão de crédito sem requerimento do consumidor, disponível em 
<https://www.youtube.com/watch?v=TuZJbPcnYos>. 
 
TEMA 3 – RESPONSABILIDADE POR FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO 
 Como visto no item anterior, é direito básico do consumidor a proteção de 
sua saúde e segurança, de modo que ele pode recorrer aos órgãos 
administrativos competentes, ou ao Judiciário, para evitar ou ser ressarcido de 
danos materiais ou morais eventualmente sofridos pelo produto ou serviço 
adquirido. 
 No intuito de melhor especificar a responsabilidade dos fornecedores de 
produtos e serviços, o CDC, do art. 12 até o 17, tratou especificamente da 
responsabilidade do fornecedor por fato do produto ou do serviço. 
 A responsabilidade do fornecedor por fato do produto ou serviço é 
decorrente do vício de segurança, conhecido como “acidente de consumo”, ou 
seja, decorrente de um evento danoso em que tenha colocado em risco o 
consumidor. O fato do produto ou serviço é aquele que o transcende, atingindo 
quem está a sua volta. 
 São responsáveis pelo fato do produto, conforme art. 12 do CDC: 
 
 
7 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, 
e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, 
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos 
decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, 
manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, 
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua 
utilização e riscos. (Brasil, 1990) 
É considerado defeituoso o produto que não oferecer a segurança 
esperada, considerando a sua apresentação, o uso o risco que razoavelmente 
se espera dele e a época em que foi colocado em circulação. O fato de um 
produto melhor ser colocado no mercado não faz com que o anterior seja 
considerado defeituoso. 
O art. 12, parágrafo 3º, do CDC, prevê as possibilidades de exclusão da 
responsabilidade do fabricante, construtor, produtor e importador, quais sejam: 
a. Comprovar que não colocaram o produto no mercado. 
b. Caso se tenha colocado o produto no mercado, que o defeito não existe. 
c. Comprovar ter havido culpa exclusiva do consumidor ou de terceiros. 
 
Nota-se que o artigo não menciona o comerciante como responsável pelo 
fato do produto, salvo se: 
a. O fabricante, construtor, produtor ou importador não puderem ser 
identificados. 
b. O produto for fornecido sem a clara identificação de quem o fabricou, 
construiu, produziu ou importou. 
c. Se não tiver conservado corretamente os produtos perecíveis. 
 
Por isso, não se deixe enganar quando alguém afirmar que nunca podem 
ser responsabilizados os comerciantes pelo fato de produto! Fique atento(a)! 
 Em relação aos serviços, o fornecedor responderá, mesmo sem ter culpa, 
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos oriundos da 
prestação do serviço, de informação insuficiente ou inadequada ao consumidor 
em relação à fruição e aos riscos. 
 Algumas circunstâncias relevantes devem ser levadas em consideração 
quando analisado o serviço defeituoso, ou seja, aquele que não confere 
segurança que o consumidor dele espera: 
a. O modo de fornecimento do serviço. 
b. O resultado e o risco que dele naturalmente se espera. 
c. A época do fornecimento. 
 
 
8 
 
Semelhante ao caso dos produtos, os serviços não podem ser 
considerados defeituosos caso se passe a adotar novas técnicas para sua 
realização. Ainda, quanto à responsabilidade do fornecedor de serviços, esta 
somente pode ser afastada quando houver comprovação de que o defeito 
inexistiu no serviço prestado ou que a culpa foi exclusivamente do consumidor 
ou de um terceiro. 
 Sabemos que serviços podem ser prestados por profissionais liberais, 
como médicos, dentistas, fisioterapeutas, advogados etc. No entanto, para estes 
profissionais, deve ser investigada a existência de culpa pelo dano causado com 
a prestação do serviço (responsabilidade objetiva). Assim, a eles não se aplica 
a responsabilidade, independentemente de culpa, também conhecida como 
responsabilidade objetiva. 
 Quem é, então, considerado consumidor no caso de responsabilidade 
pelo fato do produto ou serviço? O assunto foi abordado rapidamente acima. 
Vamos estudar mais detalhadamente o tema? Assista ao vídeo abaixo e 
descubra a resposta para a pergunta. 
 
TEMA 4 – RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO OU SERVIÇO 
 A responsabilidade dos fornecedores de produtos ou serviços pelo vício 
destes está regulamentada entre os arts. 18 e 25 do CDC. 
 O produto (bens de consumo duráveis ou não duráveis) é considerado 
com vício quando apresenta defeito de qualidade ou quantidade capaz de torná-
lo impróprio ou inadequado para o consumo a que se destina e, deste modo, 
resulte em redução do valor, ou quando exista disparidade entre ele e o que 
consta no recipiente, na embalagem, no rótulo ou na mensagem publicitária. 
 Constatado vício no produto, o consumidor deve procurar o fornecedor, 
que tem o dever em sanar o vício no prazo de 30 dias, podendo outro menor ou 
maior ser convencionado pelas partes, mas nunca inferior a 7 dias ou superior a 
180 dias. 
 Caso não se resolva o vício do produto, o CDC confere ao consumidor as 
seguintes opções, que cabe a ele escolher: substituição do produto por outro da 
mesma espécie; devolução da quantia paga, atualizada monetariamente; e 
abatimento no preço proporcional ao vício, caso o bem ainda funcione 
 
 
9 
parcialmente. Frisa-se que o fato de o fornecedor devolvero valor pago não o 
desobriga ao pagamento de eventuais perdas e danos sofridos pelo consumidor. 
 Se a extensão do vício do produto ou a substituição de partes viciadas 
comprometer sua qualidade, suas características ou lhe reduzir o valor, poderá 
o consumidor, imediatamente, optar pela substituição do produto, devolução da 
quantia paga ou pelo abatimento no preço. 
 Caso o consumidor opte pela substituição do produto e isso não for 
possível, pode ser realizada a substituição por outro da mesma espécie, marca 
ou modelo diversos, sendo complementado pagamento do preço se mais caro 
ou devolvido valores caso mais barato. 
 A legislação considera impróprios para o consumo os produtos com as 
seguintes características: 
a. Com prazo de validade vencido. 
b. Produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, 
corrompidos, fraudados, nocivos à vida e à saúde, os perigosos ou que 
não atendem as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou 
apresentação. 
c. Produtos inadequados ao fim a que se destinam. 
 
O art. 19 do CDC trata especificamente da responsabilidade dos 
fornecedores, que é solidária, no caso de os vícios de quantidade de produtos 
líquidos forem inferiores ao constante nos rótulos e embalagens; hipótese em 
que o consumidor pode optar por: 
a. Abatimento no preço. 
b. Complementação do peso ou da medida. 
c. Substituição por outro da mesma espécie, marca e modelo, sem os 
mesmos vícios. 
d. Restituição da quantia paga, corrigida monetariamente, sem prejuízo a 
perdas e danos; 
 
Vamos conhecer algumas decisões do Superior Tribunal de Justiça 
acerca da matéria até aqui estudada? 
AGRAVO INTERNO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CIVIL. 
REPARO DE VEÍCULO. DEMORA ANORMAL E INJUSTIFICADA. 
DANO MORAL. VÍCIO DO PRODUTO. FORNECEDOR E 
FABRICANTE. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. 
 
 
10 
FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. SÚMULA N. 284/STF. 1. O 
atraso injustificado na reparação de veículo pode caracterizar dano 
moral decorrente da má prestação do serviço ao consumidor. 
Precedentes. 2. 
A jurisprudência do STJ se firmou no sentido de que são 
solidariamente responsáveis o fabricante e o comerciante que 
aliena o veículo automotor, e a demanda pode ser direcionada 
contra qualquer dos coobrigados. 
3. Não se conhece do recurso especial quando a deficiência de sua 
fundamentação impedir a exata compreensão da controvérsia (Súmula 
284 do STF). 
4. Agravo interno a que se nega provimento. 
(Agint no AREsp 490.543/AM, Rel. Ministra MARIA ISABEL 
GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 06 abr. 2017, DJe 18 abr. 
2017) 
 
RECURSOS ESPECIAIS. DIREITO DO CONSUMIDOR. VEÍCULO 
ZERO. VÍCIOS DE QUALIDADE. NÃO SANADOS NO PRAZO. 
OPÇÕES ASSEGURADAS AO CONSUMIDOR. 
SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO POR OUTRO DA MESMA ESPÉCIE. 
ESCOLHA QUE CABE AO CONSUMIDOR. REEXAME DE PROVAS. 
IMPOSSIBILIDADE. DANO MORAL. 
RECONHECIMENTO. PRECEDENTES. 
1. Ação ajuizada em 07/12/2009. Recursos especiais interpostos em 
05/02/2014 e atribuídos a este gabinete em 25/08/2016. 
2. Não é possível alterar a conclusão assentada pelo Tribunal local com 
base na análise das provas nos autos, ante o óbice da Súmula 7 do 
STJ. 
3. Na hipótese dos autos, o Tribunal de origem afirmou de forma 
categórica a existência de vício no produto, tendo sido o veículo 
encaminhado diversas vezes para conserto e não sanado o defeito no 
prazo de 30 (trinta) dias. Rever essa conclusão esbarra no óbice 
supramencionado. 
4. Configura dano moral, suscetível de indenização, quando o 
consumidor de veículo zero quilômetro necessita retornar à 
concessionária por diversas vezes para reparo de defeitos 
apresentados no veículo adquirido. 
5. O valor fixado a título de danos morais, quando razoável e 
proporcional, não enseja a possibilidade de revisão, no âmbito do 
recurso especial, ante o óbice da Súmula 7 do STJ. 
6. Recursos especiais parcialmente conhecidos e, nessa parte, não 
providos. 
(REsp 1632762/AP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 14 mar. 2017, DJe 21 mar. 2017) 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR. 
RECURSO ESPECIAL. 
DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. 
NÃO OCORRÊNCIA. 
REVESTIMENTO DE PISO EM PORCELANATO. VÍCIO DO 
PRODUTO. AÇÃO CONDENATÓRIA. DECADÊNCIA. 
1. Inexiste ofensa aos arts. 165 e 458 do CPC quando o decisum se 
manifesta, de modo claro e objetivo, acerca da matéria submetida a 
sua apreciação. 
2. O Código de Defesa do Consumidor estabelece dois regimes 
jurídicos para a responsabilidade civil do fornecedor: a 
responsabilidade por fato do produto ou serviço (arts. 12 a 17) e a 
responsabilidade por vício do produto ou serviço (arts. 18 a 25). 
Basicamente, a distinção entre ambas reside em que, na primeira, 
além da desconformidade do produto ou serviço com uma 
expectativa legítima do consumidor, há um acontecimento 
externo (acidente de consumo) que causa dano material ou moral 
 
 
11 
ao consumidor. Na segunda, o prejuízo do consumidor decorre do 
defeito interno do produto ou serviço (incidente de consumo). 
3. Para cada um dos regimes jurídicos, o CDC estabeleceu limites 
temporais próprios para a responsabilidade civil do fornecedor: 
prescrição de 5 anos (art. 27) para a pretensão indenizatória pelos 
acidentes de consumo; e decadência de 30 ou 90 dias (art. 26) para 
a reclamação pelo consumidor, conforme se trate de produtos ou 
serviços não duráveis ou duráveis. 
4. Tratando-se de vício oculto do produto, o prazo decadencial tem 
início no momento em que evidenciado o defeito, e a reclamação do 
consumidor formulada diretamente ao fornecedor obsta o prazo de 
decadência até a resposta negativa deste. 
5. Inexistindo, no caso, prova da resposta negativa, o ajuizamento de 
cautelar preparatória de produção antecipada de provas evidencia o 
exaurimento das tratativas negociais, contando-se o prazo decadencial 
a partir do trânsito em julgado da respectiva sentença, que reconheceu 
a existência de vício do produto. Ocorrido o trânsito em julgado em 
11.4.2002, a ação condenatória, ajuizada em 21.4.2003, cujo pedido 
se circunscreve ao prejuízo diretamente relacionado ao vício do 
produto, não abrangendo danos a ele exteriores, encontra-se atingida 
pela decadência do direito do consumidor. 
6. Recurso especial conhecido e desprovido. 
(REsp 1303510/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 03 nov. 2015, DJe 06 nov. 2015) 
 
Saiba mais 
Citamos essas ementas para ilustrar como a matéria é tratada no STJ. Caso 
você tenha interesse em pesquisar outras decisões, acesse 
<http://www.stj.jus.br/SCON/>. 
 
É importante saber que o tema é habitualmente analisado pelos tribunais 
pátrios em razão do grande número de demandas envolvendo fato ou vício do 
produto. 
 
TEMA 5 – DA DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO 
 O CDC prevê a hipótese de prescrição e decadência aplicáveis à relação 
de consumo. Mas você sabe o que significam e quais as diferenças entre esses 
institutos? 
 Quando nasce um direito para a pessoa, seja ela física ou jurídica, cabe 
a ela exercê-lo ou não, o que deve ocorrer dentro de prazo determinado, sob 
pena de configurar insegurança jurídica. Caso a pessoa, ciente do direito, se 
mantenha inerte no tempo legal fixado ou convencionado pelas partes, aplica-se 
a decadência, ou seja, o direito decai, não podendo mais ser exercido. É a perda 
efetiva de um direito protestativo (direito que confere ao titular de direitos um 
poder de provocar mudanças de forma unilateral). 
 
 
12 
 Por outro lado, a prescrição se trata do decurso do prazo para exercer 
uma pretensão nascida a partir de uma lesão sofrida pelo consumidor, ou seja, 
em uma linguagem simples, de promover ação contra o causador do dano.No CDC, são previstos os prazos de decadência e de prescrição aplicados 
especificamente na matéria. Assista ao vídeo e os conheça: 
 
 Para reforçar, leia o julgado abaixo que evidencia a diferença entre os 
institutos da prescrição e da decadência aplicáveis ao CDC: 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR. 
RECURSO ESPECIAL. 
DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. 
NÃO OCORRÊNCIA. 
REVESTIMENTO DE PISO EM PORCELANATO. VÍCIO DO 
PRODUTO. AÇÃO CONDENATÓRIA. DECADÊNCIA. 
1. Inexiste ofensa aos arts. 165 e 458 do CPC quando o decisum se 
manifesta, de modo claro e objetivo, acerca da matéria submetida a 
sua apreciação. 
2. O Código de Defesa do Consumidor estabelece dois regimes 
jurídicos para a responsabilidade civil do fornecedor: a 
responsabilidade por fato do produto ou serviço (arts. 12 a 17) e a 
responsabilidade por vício do produto ou serviço (arts. 18 a 25). 
Basicamente, a distinção entre ambas reside em que, na primeira, 
além da desconformidade do produto ou serviço com uma 
expectativa legítima do consumidor, há um acontecimento 
externo (acidente de consumo) que causa dano material ou moral 
ao consumidor. Na segunda, o prejuízo do consumidor decorre do 
defeito interno do produto ou serviço (incidente de consumo). 
3. Para cada um dos regimes jurídicos, o CDC estabeleceu limites 
temporais próprios para a responsabilidade civil do fornecedor: 
prescrição de 5 anos (art. 27) para a pretensão indenizatória pelos 
acidentes de consumo; e decadência de 30 ou 90 dias (art. 26) para 
a reclamação pelo consumidor, conforme se trate de produtos ou 
serviços não duráveis ou duráveis. 
4. Tratando-se de vício oculto do produto, o prazo decadencial tem 
início no momento em que evidenciado o defeito, e a reclamação 
do consumidor formulada diretamente ao fornecedor obsta o 
prazo de decadência até a resposta negativa deste. 
5. Inexistindo, no caso, prova da resposta negativa, o ajuizamento de 
cautelar preparatória de produção antecipada de provas evidencia o 
exaurimento das tratativas negociais, contando-se o prazo decadencial 
a partir do trânsito em julgado da respectiva sentença, que reconheceu 
a existência de vício do produto. Ocorrido o trânsito em julgado em 
11.4.2002, a ação condenatória, ajuizada em 21.4.2003, cujo pedido 
se circunscreve ao prejuízo diretamente relacionado ao vício do 
produto, não abrangendo danos a ele exteriores, encontra-se atingida 
pela decadência do direito do consumidor. 
6. Recurso especial conhecido e desprovido. 
(REsp 1303510/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 03 nov. 2015, DJe 06 nov. 2015) 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE PRECEITO COMINATORIO. 
SUBSTITUIÇÃO DE MOBILIARIO ENTREGUE COM DEFEITO. VICIO 
APARENTE. BEM DURAVEL. OCORRENCIA DE DECADENCIA. 
PRAZO DE NOVENTA DIAS. 
ART. 26, II, DA LEI 8.078/1990. DOUTRINA. PRECEDENTE DA 
TURMA. 
RECURSO PROVIDO. 
 
 
13 
I - EXISTINDO VICIO APARENTE, DE FACIL CONSTATAÇÃO NO 
PRODUTO, NÃO HA QUE SE FALAR EM PRESCRIÇÃO 
QUINQUENAL, MAS, SIM, EM DECADENCIA DO DIREITO DO 
CONSUMIDOR DE RECLAMAR PELA DESCONFORMIDADE DO 
PACTUADO, INCIDINDO O ART. 26 DO CODIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR. 
II - O ART. 27 DO MESMO DIPLOMA LEGAL CUIDA SOMENTE DAS 
HIPOTESES EM QUE ESTÃO PRESENTES VICIOS DE QUALIDADE 
DO PRODUTO POR INSEGURANÇA, OU SEJA, CASOS EM QUE 
PRODUTO TRAZ UM VICIO INTRINSECO QUE POTENCIALIZA UM 
ACIDENTE DE CONSUMO, SUJEITANDO-SE O CONSUMIDOR A 
UM PERIGO IMINENTE. 
III - ENTENDE-SE POR PRODUTOS NÃO-DURAVEIS AQUELES 
QUE SE EXAUREM NO PRIMEIRO USO OU LOGO APOS SUA 
AQUISIÇÃO, ENQUANTO QUE OS DURAVEIS, DEFINIDOS POR 
EXCLUSÃO, SERIAM AQUELES DE VIDA UTIL NÃO-EFÉMERA. 
(REsp 114.473/RJ, Rel. Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, 
QUARTA TURMA, julgado em 24 mar. 1997, DJ 5 maio 1997, p. 17060) 
 
TROCANDO IDEIAS 
 A legislação prevê a inversão do ônus da prova em favor do consumidor. 
Ou seja, se o consumidor alegar algum defeito no produto ou serviço, caberá ao 
fornecedor demonstrar que o defeito não existiu ou que houve culpa exclusiva 
do consumidor (má utilização). 
 Mas e se o consumidor estiver agindo de má-fé? 
 Muitas vezes, a prova que isenta o fornecedor da responsabilidade não é 
fácil de ser produzida, tanto mais para o fornecedor que pertencer a uma 
empresa de pequeno porte ou for um microempreendedor, para quem os custos 
desta prova podem ser elevados. 
 Neste caso, você acha que a legislação consumerista é falha ou os 
abusos dos fornecedores contra o consumidor ainda justificam a previsão de 
responsabilidade objetiva no CDC? 
 
Vídeo 
Assista à palestra da Profa. Claudia Lima Marques no X Congresso Brasileiro de 
Direito do Consumidor, disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=WBpIXygkBzE>. 
Saiba mais 
Você sabia que existe um Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor? É uma 
associação civil voltada à defesa dos consumidores. Acesse 
<http://www.idec.org.br/o-idec/quem-somos> e conheça. 
 
 
 
14 
NA PRÁTICA 
ENADE 2015 – Gestão Comercial 
Fornecimento defeituoso é aquele em que o produto ou serviço apresenta 
alguma impropriedade danosa ao consumidor. Porém, neste caso, o dano não 
se origina da má utilização do produto ou serviço, ocasionada pela insuficiência 
ou inadequação das informações sobre os seus riscos, mas em razão de 
problema intrínseco ao fornecimento. 
(Coelho, F. U. Manual de direito comercial: direito de empresa. 23 ed. São Paulo: Saraiva, 
2011. Adaptado.) 
 
Com base no Direito do Consumidor, avalie as afirmações a seguir (a resposta 
encontra-se ao final deste documento): 
I. O consumidor somente terá direito ao ressarcimento ou à troca do produto 
caso comprove a responsabilidade do fornecedor. 
II. A responsabilidade objetiva determina ao fornecedor do produto defeituoso o 
ressarcimento ao consumidor ou a troca do produto. 
III. A utilização incorreta do produto pelo cliente, em razão da falta de informação 
no rótulo, não é de responsabilidade do fornecedor. 
É correto o que se afirma em: 
a. II, apenas. 
b. III, apenas. 
c. I e II, apenas. 
d. I e III, apenas; 
e. I, II e III. 
 
FINALIZANDO 
 Chegamos ao fim desta aula, na qual conversamos sobre o estudo do 
Direito do Consumidor, tema extremamente relevante para o exercício da gestão 
comercial. 
 Foram abordados os temas: 
 Relação de Consumo, no qual estudamos os conceitos de consumidor, 
fornecedor, produto e serviço. 
 Direitos básicos do consumidor. 
 Responsabilidade pelo fato do produto ou serviço. 
 Responsabilidade pelo vício do produto ou serviço. 
 
 
15 
 Decadência e prescrição. 
 
 O estudo do Direito do Consumidor continua na próxima aula, por isso, 
não se preocupe caso o tema que procura não tenha sido abordado neste 
encontro. 
 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
AZEVEDO, N. Q. de. Direito do consumidor. [livro eletrônico] Curitiba: 
Intersaberes, 2015. 
BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. 
Acesso em: 12 jan. 2017. 
BRASIL. Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do 
consumidor e dá outras providencias. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em: 12 jan. 2017. 
Coelho, F.U. Manual de direito comercial: direito de empresa. 23 ed. São 
Paulo: Saraiva, 2011. 
VENERAL, D.; ALCANTARA, S. A. Direito aplicado. Curitiba: Intersaberes, 
2014. 
 
 
 
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RESPOSTAS 
Resposta: a. 
Comentários: 
I. Errada: a responsabilidade do fornecedor é objetiva, ou seja, ele é quem 
deve provar que o defeito não existia ou que houve culpa exclusiva do 
consumidor. 
II. Correta.São as suas opções dadas ao consumidor e que o fornecedor deve 
atender. 
III. Errada. Sim, a má utilização do produto pelo consumidor é uma das causas 
que afasta a responsabilidade do fornecedor, mas cabe a este comprovar 
que isto aconteceu.

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