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Estudo Dirigido Controladoria Juridica e Inovacao

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Tendo dúvida ou sugestão, fale conosco pelo ícone Tutoria no AVA. 
CONTROLADORIA JURÍDICA E INOVAÇÃO 
Estudo Dirigido 
 
Referência: aulas da disciplina e obra-base: 
KAMEL, Antoine Youssef. Controladoria Jurídica e 
Inovação. Uninter, 2018. 
 
Olá, prezado aluno. O estudo dirigido é um pequeno 
resumo de alguns dos temas que podem ser 
cobrados nas avaliações da disciplina. Por se tratar 
de um resumo, ele é apenas um complemento. 
Estude pelas videoaulas, textos e demais materiais 
disponibilizados a você, de acordo com a Rotina de 
Estudos entregue na fase. 
Sumário 
 Controladoria Jurídica e suas funções ..................................................... 2 
 Hierarquia ................................................................................................. 4 
 Softwares de Controladoria jurídica .......................................................... 6 
 Inteligência Artificial .................................................................................. 7 
 Gestão Jurídica, Jurimetria e Logística Jurídica ....................................... 8 
 Gestão do Conhecimento ....................................................................... 10 
 Palavra final ............................................................................................ 14 
 
 
2 
 Controladoria Jurídica e suas funções 
A controladoria jurídica tem a função de gerir escritórios e departamentos 
jurídicos de maneira eficaz para que os outros profissionais da organização 
sócios, advogados, funcionários empregados ou autônomos prestadores de 
serviço possam concentrar sua atenção nas suas atividades primordiais do 
negócio. 
Portanto, o papel da controladoria jurídica é organizar rotinas e 
informações que possibilitem ao corpo técnico jurídico do escritório se concentrar 
em sua tarefa principal que é a dedicação ao estudo dos casos, a elaboração de 
petições, a realização de audiências e o contato com os clientes. Assim, o 
advogado, com o apoio da controladoria jurídica, pode ficar focado na parte 
técnica ao passo que a gestão jurídica fica nas mãos de pessoas especializadas. 
Dentre as tarefas que são próprias da controladoria jurídica de um 
escritório estão: acompanhamento de publicações nos Diários Oficiais, cadastro 
de clientes e processos, o controle do cumprimento de prazos e a assistência 
parajurídica (administrativa) dos advogados, de maneira geral. 
A controladoria jurídica — ou gestão jurídica — pode ser exercida por 
uma equipe multidisciplinar, com formação em áreas diversas (por exemplo, 
graduados em processos gerenciais, gestão de serviços jurídicos e notariais, 
direito), ou ser tarefa de um único indivíduo, que poderá dedicar-se integralmente 
à atividade ou desenvolvê-la paralelamente a outras (por exemplo, um advogado 
que, em metade do expediente, atenda aos clientes e elabore peças 
processuais, enquanto que, na outra metade do tempo, faça a atividade de 
controladoria). 
Pode fazer parte da Controladoria Jurídica uma grande diversidade de 
profissionais, como advogados, tecnólogos em áreas gerenciais e parajurídicas, 
assistentes, assessores, estagiários. Tudo isso vai depender muito do modelo 
de controladoria jurídica, do tamanho do escritório ou do departamento jurídico, 
da matéria tratada na organização e outros fatores. 
Para integrar a equipe da controladoria jurídica de uma organização, 
podem ser contratados: 
 Gestor/Controller; 
 Assistentes jurídicos e ou administrativos; 
 Estagiários. 
A controladoria jurídica é uma atividade de crescente importância nos 
escritórios jurídicos e departamentos jurídicos de empresas, tendo em vista as 
novas tecnologias e a percepção dos administradores da importância de uma 
pessoa especializada. 
3 
Sabemos que as rotinas de uma controladoria jurídica vão variar de 
acordo com o tipo de trabalho: se um departamento jurídico, um cartório, um 
tribunal, ou qualquer órgão jurisdicionado, ou, ainda, se é um escritório. Dentro 
de um escritório também vai variar muito de acordo com o tipo de atividade desta 
banca, por exemplo, se a atuação for mais consultiva ou mais contenciosa. 
Contudo, a maioria das atividades são: 
 Tratamento de publicações; 
 Customização e auxílio na escolha do software de gestão; 
 Relatórios internos e externos; 
 Gestão de arquivo físico e eletrônico (GED, gestão eletrônica de 
documentos); 
 Logística; 
 Cópias, cargas, download, digitalização de processos; 
 Gestão de correspondentes; 
 Protocolos; 
 Cadastros; 
 Confecção de guias. 
 
Controller jurídico é a nomenclatura mais comum para a pessoa que 
exerce a controladoria jurídica, mas ele pode ser conhecido na organização 
apenas como “gestor”. 
A controladoria não é um conceito exclusivamente jurídico; aliás, 
controladoria jurídica é mais recente do que outras já conhecidas, como 
controladoria contábil, tributária. Por exemplo, o compliance é um braço de 
atuação da controladoria em prol da gestão empresarial que vem ganhando 
grande atenção e força nos últimos anos, tanto no governo quanto na iniciativa 
privada. 
Na controladoria jurídica, a tarefa de gerir informações e verificar o 
cumprimento de metas e objetivos envolve também uma gestão do fluxo de 
trabalho como um todo, com a coordenação e o acompanhamento das rotinas 
práticas de funcionamento da organização. 
A controladoria jurídica se presta ao controle, à produção e à prestação 
de informações. Assim, ela é responsável por gerar informações (produção) e 
4 
servir de canal para sua precisa veiculação (prestação), levando a informação 
completa às pessoas corretas, no tempo adequado. 
Para que isso aconteça, a controladoria detém o controle das 
informações, portanto, é responsável pelo gerenciamento delas. Por parte da 
organização, ela recebe o reconhecimento dessa responsabilidade (sendo o 
setor procurado para as informações que detém) e o poder necessário (para 
estabelecer e cobrar metas, prazos e produções). 
 
Controle, produção e prestação de informações fazem parte das tarefas da controladoria jurídica. (Fonte: 
KAMEL, Antoine Youssef. Controladoria Jurídica e Inovação. Uninter, 2018.) 
A produção das informações iniciais pode ser feita em outras áreas da 
organização e então são gerenciadas pela controladoria. Sabemos que a 
controladoria jurídica desempenha papel importante em duas frentes: em relação 
aos clientes, indiretamente, e diretamente com os trabalhadores da organização. 
Portanto, a controladoria possui um papel essencial no departamento ou 
escritório no qual esteja inserida cujos resultados alcançados são a 
produtividade, a qualidade e o foco. 
 Hierarquia 
A controladoria jurídica é um setor ligado diretamente à cúpula da 
organização ou ao seu mais alto setor administrativo, independente dos setores 
Prestação de informações 
precisas e atualizadas
Informação
Informação
Informação
5 
técnicos responsáveis pela atividade-fim prestada. Subordina-se diretamente 
aos sócios ou diretores, não sendo subordinada aos advogados, mas estando 
no mesmo nível que eles. 
Dessa maneira, a pessoa ou equipe responsável pela controladoria 
jurídica está diretamente subordinada à cúpula da organização, ao lado do setor 
de trabalho administrativo geral e do corpo técnico-jurídico, sem subordinação a 
estes. 
 
Representação da hierarquia em uma organização (escritório ou departamento jurídico). (Fonte: KAMEL, 
Antoine Youssef. Controladoria Jurídica e Inovação. Uninter, 2018.) 
A cadeia hierárquica revela duas visões que o gestor deve ter muito 
claras para si, em seu pensar e agir: Responsabilidade e Subordinação. 
Ao pensar na controladoriajurídica de uma organização, três coisas 
devem estar muito claras: a) há pessoas que estão acima de você; b) há pessoas 
que estão abaixo de você; e c) há uma responsabilidade que cabe a você, 
independentemente de quem esteja acima ou abaixo na hierarquia. 
Ao pensar na controladoria jurídica de uma organização, três coisas 
devem estar muito claras: a) há pessoas que estão acima de você; b) há pessoas 
que estão abaixo de você; e c) há uma responsabilidade que cabe a você, 
independentemente de quem esteja acima ou abaixo na hierarquia. 
A hierarquia revela não só a quem se deve obedecer ou a quem se 
reportar quanto aos problemas e aos resultados, mas que existe uma tarefa que 
não cabe a nenhuma outra pessoa, senão àquela que está designada no 
organograma. Dessa maneira, se não houvesse uma necessidade a ser atendida 
por alguém, com competências e habilidades diferenciadas, não seria criada 
uma função ou cargo determinado. Portanto, ao se observar a cadeia 
hierárquica, o primeiro ponto a se ter em mente, ao encontrar o seu cargo ou o 
Cúpula: sócios (e 
gerentes e diretores 
por eles designados 
como superiores)
Administrativo:
departamento 
financeiro, 
departamento de 
pessoal
Técnico-jurídico: 
advogados e seus 
auxiliares diretos
Controladoria 
jurídica
6 
seu setor nesse gráfico, é que a organização tem uma necessidade e você é o 
responsável por atendê-la; não aquele que está abaixo de nem aquele que está 
acima, por melhores que sejam. Com esse pensamento claro, por consequência 
seu trabalho terá maior significação aos seus próprios olhos e não permitirá que 
os resultados, bons ou ruins, sejam atribuídos a outros, uma vez que passa a 
conhecer sua esfera de responsabilidade. 
A hierarquia desvela uma segunda visão: a de subordinação. Ser 
subordinado é um fato a ser aceito quando há pessoas em posição mais elevada 
do que outra, mas é possível ser um colaborador que recusa a subordinação, 
sendo desrespeitoso e seguindo os seus parâmetros, não as ordens do seu 
superior. Essa pessoa tem a posição de subordinada, mas seu andar não é 
condizente. 
 Softwares de Controladoria jurídica 
A tecnologia está presente em praticamente tudo, desde o cadastro de 
um novo cliente até indicadores de gestão e elaboração de relatórios que nada 
mais são do que o apoio de toda a atividade da controladoria jurídica. Por isso, 
alguns escritórios de advocacia optam pela aquisição de um software de gestão 
jurídica devemos considerar alguns pontos importantes nessa escolha. 
Para a escolha do software de gestão jurídica devem ser levados em 
consideração alguns pontos importantes como: facilidade de uso, 
compatibilidade com diversos sistemas, trabalho online e off-line, número de 
usuários e personalização do acesso de cada um, possibilidade de executar 
backup de dados em servidor confiável (backup na nuvem), suporte, consulta de 
intimações, integração com outros setores, integração com os sistemas de 
processo eletrônico, capacidade de exportar a base de dados para um formato 
amplamente aceito (por exemplo; exportação da base de dados de clientes e 
processos para uma planilha de Excel) e geração automática de relatórios. 
Sabemos que escolha do software de gestão jurídica é algo muito 
particular, mas as funções têm que servir de forma ampla para a gestão do 
departamento jurídico ou escritório. Entre as funções de qualquer software desse 
gênero, elas devem ser básicas e essenciais, são eles: 
 Agenda; 
 Calendário; 
 Cadastro em geral: de usuários, de processos, de tarefas; 
 Relatórios customizáveis; 
 Gerenciador Eletrônico de Documentos – GED; 
7 
 Facilidade de uso, entre outras. 
 
É evidente que o profissional que vai auxiliar na escolha da ferramenta 
deve também levar em conta quanto pode investir aquele que está adquirindo, 
uma vez que, assim como as funções, os valores variam muito. 
A escolha do software irá impactar no trabalho efetivo da controladoria 
jurídica. Por meio de suas funções, podem ser tomadas decisões estratégicas 
que podem garantir o sucesso ou a derrota da organização nos quesitos 
efetividade e eficiência. 
 Inteligência Artificial 
O avanço tecnológico, e particularmente a inteligência artificial, está 
também se desenvolvendo no campo jurídico. Ainda não está tão avançada 
quanto em outras áreas, principalmente porque envolve o conhecimento da 
linguagem humana, mas já está disponível com êxito para utilização por aqueles 
que têm recursos para adquirir esses produtos e necessidade deles. 
No mercado jurídico, ROSS e Watson são sistemas baseados em 
inteligência artificial que se destacam. 
O ROSS é uma ferramenta de inteligência artificial que entende a 
linguagem natural e, a partir de questões elaboradas, traz resultados pertinentes 
de respostas, bem como casos semelhantes e seus resultados. 
O Watson é outra ferramenta de inteligência artificial, desenvolvido pela 
IBM como uma plataforma de reconhecimento de voz e interação com seres 
humanos para utilização em qualquer esfera para a qual ganhe uma 
programação específica, como atendimento em call center, chatbot (diálogo 
textual, por ferramentas de chat), inteligência de vendas (para conhecimento da 
necessidade do cliente e oferta oportuna de produtos e serviços) e diversas 
outras aplicações, de respostas a perguntas triviais até diagnóstico de doenças 
e sugestões de tratamento médico. 
A gestão de departamento jurídico, de um escritório de advocacia ou de 
um órgão jurisdicionado passa pela análise das tarefas, da rotina da equipe, 
separando o que exige uma análise intelectual do que é mecânico. Por exemplo, 
elaboração de petições é intelectual, definição de metas e acompanhamento 
delas é intelectual. Inserir uma defesa em um sistema de um cliente é mecânico. 
Baixar um processo de um sistema do Tribunal é mecânico. Entre as tarefas que 
atualmente podem ser realizadas de forma autônoma e completa por robôs, 
podemos incluir a busca de novos processos; a baixa de guias; a busca de dados 
8 
de processos (consulta de processos) e a busca de andamentos processuais e 
intimações. 
Em alguns países e no Brasil, a inteligência artificial vem sendo utilizada 
para melhorar a produtividade, atender melhor o cliente, medir riscos, pesquisar. 
 Gestão Jurídica, Jurimetria e Logística 
Jurídica 
A gestão jurídica tem pilares que constituem o fundamento da atividade. 
A controladoria jurídica é o setor ou pessoa incumbida desses pilares e das 
responsabilidades que deles decorrem, na medida em que a cúpula da 
organização lhe outorga funções e delega responsabilidades. Assim, os pilares 
que fundamentam uma gestão jurídica eficaz, são: controladoria jurídica; 
software de gestão e o manual de procedimentos. 
A controladoria jurídica é o setor ou pessoa incumbida de todas as 
responsabilidades delineadas em nosso estudo. O software de gestão, é a 
ferramenta da informática capaz de auxiliar o gestor jurídico em suas atividades 
na organização em que trabalha. Já o manual de procedimentos é o resultado 
formalização dos processos e atos que devem ser adotados pelo controller e 
outras pessoas que usam e operam o sistema, a fim de que as informações 
sejam sempre atuais e confiáveis. 
A “ferramenta” controladoria jurídica é algo ainda muito novo no mercado 
da gestão legal. A maioria dos profissionais ligados às atividades jurídicas ainda 
trabalha da forma antiga, podemos dizer, com todas atividades concentradas 
para o advogado e estagiários, do começo ao fim de uma operação. 
Acerca de conceitos envolvidos na gestão jurídica, temos a produção 
jurídica e a gestão da produção jurídica. A produção jurídica consiste em todotrabalho técnico jurídico mais o trabalho jurídico administrativo. Já a gestão da 
produção jurídica seria todo o fluxo de trabalho técnico jurídico e jurídico 
administrativo desde a chegada de uma demanda até a sua conclusão. Assim, 
é trabalho pré-jurídico, jurídico ou paralegal realizado em escritórios, 
departamentos jurídicos ou entidades públicas, tanto consultivo quanto 
contencioso. 
Na gestão jurídica, há a prática que diz respeito à organização dos 
processos por critérios estratégicos. Podemos classificar os processos em 
comuns, especiais ou estratégicos: 
 Comuns: Via de regras, os processos se enquadram nesta 
categoria, se não tiverem nenhum diferencial. 
9 
 
 Especiais: Apresentam um retorno provável superior a 
determinado patamar que a organização considere (por exemplo, 
R$ 40.000,00). 
 Estratégicos: São os processos com um retorno esperado muito 
elevado de acordo com critério definido pela organização. 
Também podem ser enquadrados como estratégicos processos 
nos quais esteja sendo discutida uma nova tese jurídica ou nos 
quais possa haver novos processos em decorrência do fato 
discutido nele, devido ao retorno positivo que essas 
características podem trazer. 
A gestão da produção jurídica por meio de fluxos nasceu da mesma 
utilização em outros modelos de negócios, como na indústria e em outros tipos 
de corporações. Neste modelo, principalmente por ser confeccionado de forma 
departamentalizada, consegue-se visualizar quando existe retrabalho na 
produção, por exemplo. (Aqui, uma dica: convém conhecer os modelos de fluxos 
tratados nas aulas da disciplina.) 
Não podemos esquecer da jurimetria, que consiste na aplicação de 
inteligência para a otimização da gestão dos processos jurídicos, é a análise dos 
dados judicializados para a tomada de decisões de forma estratégica. 
Analisando o nome, “juri” remete ao Direito, e “metria”, a medida. 
Conceitualmente, jurimetria é a utilização de métodos de mensuração e 
estatística em processos judiciais. Ela é um método que utiliza a tecnologia da 
informação para extrair dados a serem utilizados na gestão legal. A principal 
metodologia aplicada a jurimetria é a estatística. 
A aplicação da jurimetria é custosa não apenas em termos de tecnologia, 
com a contratação de serviços auxiliares de informações, mas principalmente 
em recursos humanos, pois envolve muito conhecimento, pesquisa e esforço. 
No âmbito da prática da gestão jurídica, dados jurimétricos diversos 
podem ser coletados e trabalhados para os chamados “3C”: Conhecer, 
Conceber e Conceder. 
10 
0 
 
Fonte: KAMEL, Antoine Youssef. Controladoria Jurídica e Inovação. Uninter, 2018. 
 
A jurimetria aplicada à gestão de escritórios e departamentos jurídicos 
permite conhecer o entendimento do Poder Judiciário (ou de determinado 
órgão desse poder); esse conhecimento concede maior previsibilidade do 
gestor quanto aos possíveis desdobramentos do caso e fornece subsídios para 
conceber um plano de ação, uma estratégia para o cliente com fundamento em 
dados concretos. 
Adentrando na logística jurídica, hoje é inviável o deslocamento de um 
advogado para realizar uma audiência, ou a extração de cópias, protocolos etc. 
Nestes casos, os escritórios ou departamentos jurídicos contratam os chamados 
correspondentes jurídicos, que realizam estas tarefas diretamente do local. 
Atualmente, mesmo com a digitalização dos processos, com a facilidade de 
acesso aos scanners, smartphones e outras ferramentas, a gestão destes 
correspondentes ainda é um desafio. 
Atualmente, a maneira mais avançada para ser feito o controle dos 
prazos e da qualidade é por meio softwares que auxiliam nesses controles. Em 
alguns deles o próprio correspondente (previamente cadastrado), se loga via e-
mail e insere ele mesmo os arquivos no GED do sistema, poupando o trabalho 
da Controladoria Interna, que neste caso iria somente conferir, dando o “ok” para 
o financeiro efetivar o pagamento ao correspondente. 
 Gestão do Conhecimento 
Para a tomada de boas decisões é necessário possuir informações. Uma 
decisão que se baseia apenas em suposições pode ser útil para uma pessoa 
visionária e em casos excepcionais, porém, em estratégias para o dia a dia de 
uma organização, é necessário conhecimento do negócio e obtenção de 
informações. 
11 
1 
Na gestão do conhecimento, trabalha-se com quatro conceitos, que na 
verdade são uma evolução de um para outro; são eles: 
1. DADO: É a informação pura. Pode nada representar para algumas 
pessoas, pois o dado depende do contexto ou situação em que é utilizado e 
precisa ser interpretado. 
2. INFORMAÇÃO: Podemos dizer que a informação é um conjunto de 
dados processados. As informações podem fornecer aos gestores parâmetros 
mais adequados para tomadas de decisão, para a caracterização mais precisa 
do mercado e para a definição de estratégias. 
3. CONHECIMENTO: O conhecimento consiste na capacidade de saber 
utilizar as informações para poder tomar medidas que melhorem o desempenho 
organizacional 
4. GESTÃO DO CONHECIMENTO: Se a empresa dispõe desse 
conhecimento, não pode permitir que ele se perca. Assim, precisa armazená-lo 
para que várias pessoas e departamentos possam utilizá-lo quando precisarem. 
De maneira simplificada, afirmamos que as informações advêm 
principalmente de duas fontes: 
 Dados isolados: obtidos do sistema interno da organização ou de 
fontes externas; 
 Dados consolidados: compilados e organizados, apresentados na 
forma de relatórios. 
A frequência de consulta a uma ou outra dessas fontes varia conforme 
a organização e o nível de trabalho de cada colaborador. Por exemplo, a alta 
gerência de um grande escritório, que precisa ter uma visão clara do todo da 
organização a fim de tomar decisões estratégicas, se valerá mais 
frequentemente de relatórios, que conterão uma síntese organizada das 
informações que necessitam. 
Sempre que o trabalho não é realizado por uma única pessoa 
responsável, ou seja, quando há uma equipe, é necessário haver pelo menos 
um relatório periódico que traga as informações essenciais do trabalho conjunto. 
Estes relatórios devem, ainda, ser armazenados e organizados segundo uma 
política de gestão do conhecimento. A elaboração de relatórios periódicos não é 
um acessório, mas uma necessidade de qualquer equipe de trabalho, quanto 
mais de uma organização profissional. 
12 
2 
 
Para Luz, “informação é uma combinação de dados ou quaisquer 
elementos que, isoladamente, não induzem o gestor a uma ação. [...]. Quando a 
informação cumpre determinados requisitos que a tornam útil para uma decisão, 
dizemos que é uma informação gerencial. Nesse caso, ela conduz o decisor a 
uma ação que agrega valor à empresa. 
O autor trata de basicamente três requisitos que podemos aplicar aqui 
para que uma informação seja digna de ser levada aos decisores, ou, em outras 
palavras, requisitos para que uma informação seja gerencial. Os três requisitos 
são: 
1. Benefício > custo: o benefício de uma informação deve ser maior 
do que o custo para gerar e distribuir essa informação. 
2. Compreensibilidade: o usuário deve poder entender a 
informação. 
3. Utilidade: uma informação compreensível poderá ser útil na 
tomada de decisões, desde que seja segura e eficaz para motivar 
adequadamente uma decisão. A utilidade se desdobra em: 
a) Relevância: há relevância quando a informação é 
oportuna. Esse requisito é também chamado de 
tempestividade, porque denota que a informação deve 
estar disponível no momento adequado para a decisão. 
b) Confiabilidade: uma informação é confiável quando 
pode ser verificada, testada. “Nisso reside aimportância 
de que as informações sejam produtos de sistemas 
estruturados de informações, possibilitando o acesso e a 
reconstrução destas no momento em que desejarmos. 
Uma informação só é importante quando atende conjuntamente a dois 
critérios: relevância e pertinência. Ao elaborar um relatório que envolva a 
disponibilidade de muitos dados, cuidado para não misturar dados úteis com 
dados. Pouco úteis ou sem serventia alguma para o propósito do relatório, cuja 
presença mais poderá atrapalhar do que ajudar. 
13 
3 
Para Schier as principais características dos relatórios gerenciais são: 
 As informações devem ser contidas num sistema definido de 
relatórios periódicos; 
 As informações devem ser oportunas, antecipando-se ao 
momento da tomada de decisão; 
 As informações devem ainda ser econômicas, isto é, não 
ter um custo de apuração maior que o benefício 
disponibilizado; 
 Devem ter um nível de detalhamento que proporcione a leitura 
da situação com consistência. 
Em relação ao público a que é direcionado, o relatório pode ser de dois 
tipos: o relatório interno e o relatório externo. 
Normalmente, os relatórios internos possuem informações estratégicas. 
Os próprios dados extraídos da análise do time sheet constituem um relatório 
interno, utilizado para cobrar o cliente ou para precificar um serviço. 
São relatórios internos: entradas e saídas de demandas, acordos 
efetuados, efetividade das demandas. 
Os relatórios externos normalmente são os relatórios confeccionados 
para envio aos clientes, sejam pessoas físicas (um grande desafio da gestão da 
produção legal) ou jurídicas. 
As práticas e ferramentas da gestão jurídica são inúmeras, podendo ser 
adotado o conhecimento da administração de modo geral. Estudamos algumas 
tidas como essenciais ao bom andamento da gestão de uma organização 
jurídica. 
No tocante à gestão do conhecimento, a utilidade das informações 
obedece a alguns requisitos mínimos: seu custo–benefício, sua 
compreensibilidade e sua utilidade (esta, traduzida em relevância e 
confiabilidade). Dados que não sejam pertinentes e relevantes não devem 
compor relatórios nem de outro modo ocupar desnecessariamente o tempo dos 
gestores. 
 
14 
4 
 Palavra final 
O controller jurídico, é certo, deve ter conhecimentos de gestão 
estratégica, gestão de pessoas e do Direito, especialmente das áreas atendidas 
pela organização. Com todo o seu saber, adquirido ao longo do ensino formal ou 
de outra forma de estudo e experiência, é possível que tenha sugestões de 
correção e de melhoria que podem auxiliar a organização. 
Assim, o trabalho da controladoria jurídica permite que os demais 
profissionais técnicos se dediquem às suas atividades primordiais. Este setor ou 
indivíduo realiza o trabalho administrativo do escritório, mantendo um sistema de 
gestão de qualidade. Esperamos, assim, que você muito possa contribuir na vida 
de outras pessoas caso venha a trabalhar nessa área! 
 
Por aqui terminamos nosso estudo dirigido. 
Desejo sucesso! 
 
Daniele Assad 
Tutora do Curso Superior de Gestão de Serviços Jurídicos e Notariais

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