Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ADPF 132 – UNIÃO HOMOAFETIVA Ana Beatriz de Souza Vasconcelos – RGM: 15002322 Esclareça o objeto principal da ação em questão. Trata-se de arguição de descumprimento de preceito fundamental, aparelhada com pedido de medida liminar, proposta pelo Governador do Estado Rio de Janeiro à época, na qual requer o reconhecimento como entidade familiar, da união entre pessoas do mesmo sexo, desde que atendidos os mesmos requisitos exigidos para a constituição da união estável entre homem e mulher, declarando assim os mesmo direitos e deveres. Quais os principais argumentos defendidos pelo voto do Relator? Este foi o foto vencedor? O ministro relator Ayres Brito fez uma linha juridicamente precisa pelos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da igualdade, da vedação de discriminação em razão de sexo ou de qualquer natureza, deixando claro seu posicionamento contrário ao preconceito e sua sensibilidade em relação às situações fáticas ainda não expressamente tuteladas na norma, mas que não poderiam continuar sofrendo sonegações de direitos válidos, como as uniões homoafetivas. Entendeu não haver quesito diferenciador entre família heterossexual e família homossexual. Foi foto vencedor e apesar das divergências entre os Ministros julgadores, a votação foi unanime para a procedência das respectivas ações constitucionais, reconhecendo a união homoafetiva como entidade familiar e aplicando a ela o mesmo regime concernente à união entre homem e mulher, disposta no artigo 1.723 do código civil. Houve divergência? Quais os principais argumentos do voto vencido? Alguns votos possuíram como fundamentação a interpretação conforme a Constituição, art. 226, acordando com o pedido formulado nas petições iniciais de ambas as ações, como o Ministro Lewandowski. Ainda apontou-se que a constitucionalidade da união homoafetiva como entidade familiar possuía sustentáculo nos direitos fundamentais, em todos os seus dispositivos. Argumentou-se também no sentido de existir uma lacuna legislativa, que deveria ser suprida por meio da analogia com o instituto mais aproximado: a união estável e, por fim, ainda existiu entendimento de que se deveria aplicar extensivamente o regime jurídico da união estável. Todos os entendimentos, com a sua variedade de fundamentações, levaram a um mesmo resultado. Qual a sua opinião sobre a decisão do STF? Tendo em vista a evolução social da qual se desprende a ADPF 132, concordo com o voto prolatado pelo Relator Ministro Ayres Brito, e a decisão que equipara os homossexuais ao heterossexuais, pois realmente não existe a mínima diferença entre as duas orientações, devendo então o Estado efetivar ações que reforcem essa igualdade. A ação do Judiciário quanto a omissão e indolência do Legislativo referente ao quadro social em que vivemos hodiernamente, se justifica, pois existem diversos projetos de lei desde meado dos anos 90 que nunca foram ventilados a possibilidade de julgamento. Efetivar medidas para o combate à intolerância e o preconceito é essencial para um Estado Democrático de Direito.
Compartilhar