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NR12 SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 1 Eng. José Claudio Moura Benevides 2 ≠ OS ACIDENTES DE TRABALHO ESTÃO, EM SUA GRANDE MAIORIA, RELACIONADOS A: •FATORES HUMANOS -- ATOS INSEGUROS •O AMBIENTE ( CONDIÇÕES INSEGURAS). EM ALGUNS CASOS OCORRE A COMBINAÇÃO DESTES FATORES NA CARACTERIZAÇÃO DE UM ACIDENTE. Eng. José Claudio Moura Benevides 3 ≠CAUSA - FATOR HUMANO - MANEIRA COMO OS TRABALHADORES SE EXPÕEM, CONSCIENTE OU INCONSCIENTEMENTE AOS RISCOS DE ACIDENTES MECÂNICO/ELÉTRICOS, COMO A MAIORIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO •CAUSAS: a) Inadaptação entre homem e função ( sexo, idade, tempo de reação aos estímulos, coordenação motora, agressividade, impulsividade, nível de inteligência, grau de atenção) b) Fatores circunstanciais (problemas familiares, abalos emocionais, discussão com colegas, alcoolismo, estado de fadiga, doença, etc) Eng. José Claudio Moura Benevides 4 •CAUSAS: c) Desajustamento – condições específicas do trabalho (problema com chefia, problema com colegas, políticas salariais/promocionais impróprias, clima de insegurança) d) Personalidade ( o desleixado, o machão, o exibicionista, o desatento, o brincalhão) Eng. José Claudio Moura Benevides 5 • QUANDO PRESENTES NO AMBIENTE DE TRABALHO,PÔEM EM RISCO A INTEGRIDADE FÍSICA OU MENTAL DO TRABALHADOR. • MANIFESTAM-SE: a) Construção e instalações deficientes e/ou inseguras (pisos fracos/irregulares, excesso de ruídos e trepidações, falta de ordem e limpeza, instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização) b) Localização imprópria de máquinas, falta de proteção das partes móveis, pontos de agarramento e elementos energizados, máquinas com defeitos) c) Epi´s/EPC´s ausentes, insuficientes ou com defeitos, ferramental defeituoso ou inadequado Eng. José Claudio Moura Benevides 6 ≠ Falta de cuidado ou de aplicação numa determinada situação, tarefa ou ocorrência, falta de atenção, não tomando as devidas precauções, ausência de reflexão necessária, inação, indolência, inércia e passividade. EXEMPLO Pai de família que deixa uma arma carregada em local inseguro ou de fácil acesso a crianças, podendo causar a morte de alguém, por sua atitude negligente. Eng. José Claudio Moura Benevides 7 ≠ Agir com inaptidão, aparentando falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ou ainda ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão. Incapacidade, a falta de habilidade específica para a realização de uma atividade técnica ou científica, não levando o agente em consideração o que sabe ou deveria saber, ou ainda falta de habilidade ou conhecimento para realizar a contento determinado ato. Exemplo = um menor de idade que não possui CNH (Carteira Nacional de Habilitação) conduzir veículos e motos. Eng. José Claudio Moura Benevides 8 ≠ Ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou precaução. Consiste na violação da regras ou leis, um comportamento de precipitação. Exemplo: um motorista que dirige em velocidade acima da permitida e não consegue parar no sinal vermelho, invadindo a faixa de pedestres e atropelando alguém, agindo assim, com imprudência. Eng. José Claudio Moura Benevides ANTES DEPOIS NR12 TITULO - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS (112.000-0) RESUMO - Estabelece as condições a serem obedecidas nos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos. IMPOSIÇÕES - Obrigatoriedade de obediência a normas técnicas para proteção de riscos na fabricação, importação, venda e funcionamento e manutenção de máquinas e equipamentos INFRAÇÕES - até 5.000 UFIR (calculadas para empresas de médio porte - 50/100 trabalhadores) NR-12 TITULO - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS (112.000-0) RESUMO - Estabelece as condições a serem obedecidas nos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos, enfatizando os conceitos de fase de utilização e sistemas de segurança IMPOSIÇÕES - Obrigatoriedade de obediência a normas técnicas para proteção do trabalhador na utilização de máquinas e equipamentos, priorizando a proteção coletiva e a organização do trabalho e observando as qualificações e a capacitação dos trabalhadores INFRAÇÕES - EMENTAS NÃO PUBLICADAS 9 LEGISLAÇÃO ANTES E DEPOIS DA NOVA NR 12 Eng. José Claudio Moura Benevides PRINCIPAIS OBJETIVOS DA NR 12 Trazer informações sobre boas práticas em segurança de máquinas: Nova geração de máquinas : Concepção com segurança intrínseca da máquina; Adequação das máquinas existentes; Redução das assimetrias regionais quanto a proteção dos trabalhadores; Redução dos acidentes típicos; Prevenção de doenças; 10 Eng. José Claudio Moura Benevides SUMÁRIO DA NR 12 Princípios Gerais Arranjo físico e instalações Instalações e dispositivos elétricos Dispositivos de partida, acionamento e parada Sistemas de segurança Dispositivos de parada de emergência Meios de acesso permanentes Componentes pressurizados Transportadores de materiais Aspectos ergonômicos nos Trabalhos em máquinas e equipamentos Riscos adicionais Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparos Sinalização Procedimentos de segurança Projeto, fabricação, importação,venda, leilão, locação, cessão a qualquer título, exposição, utilização de máquinas e equipamentos Manuais Capacitação Disposições finais Citação de Alguns Anexos da NR 12 11 PRINCÍPIOS GERAIS Saúde e integridade física; Prevenção de acidentes e doenças; Todas as fases: projeto-sucateamento; Para todas atividades econômicas; Link com as demais NR, Normas Nacionais e Internacionais; Importação, uso, exposição, cessão.... Aplicabilidade para novas e usadas. Hierarquia das medidas de proteção: Coletivas; Administrativas e de organização do trabalho; Individual. Medidas complementares para PCD Concepção - principio da falha segura 12 Eng. José Claudio Moura Benevides 13 NR 12 – CASOS DE NÃO APLICAÇÃO Eng. José Claudio Moura Benevides Não se aplica às máquinas e equipamentos: a) movidos ou impulsionados por força humana ou animal; b) expostos em museus, feiras e eventos, para fins históricos ou que sejam considerados como antiguidades e não sejam mais empregados com fins produtivos, desde que sejam adotadas medidas que garantam a preservação da integridade física dos visitantes e expositores; c) classificados como eletrodomésticos. 14 NR 12 – MEDIDAS DE PROTEÇÃO Eng. José Claudio Moura Benevides Medidas de proteção adotadas pelo empregador visando garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores, e medidas apropriadas sempre que houver pessoas com deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho a) medidas de proteção coletiva; b) medidas administrativas ou de organização do trabalho; e c) medidas de proteção individual 15 Eng. José Claudio Moura Benevides Cabe aos trabalhadores: a) cumprir todas as orientações relativas aos procedimentos seguros de operação, alimentação, abastecimento, limpeza, manutenção, inspeção, transporte, desativação, desmonte e descarte das máquinas e equipamentos; b) não realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou dispositivos de segurança de máquinas e equipamentos, de maneira que possa colocar em risco a sua saúde e integridade física ou de terceiros; NR 12 – OBRIGAÇÕES DOSTRABALHADORES 16 NR 12 – OBRIGAÇÕES DOS TRABALHADORES Eng. José Claudio Moura Benevides Cabe aos trabalhadores: c) comunicar seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança foi removido, danificado ou se perdeu sua função; d) participar dos treinamentos fornecidos pelo empregador para atender às exigências/requisitos descritos nesta Norma; e) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma. UMA SIMPLES MUDANÇA NO ARRANJO FÍSICO PODE PROVOCAR EFEITOS SOBRE A PRODUTIVIDADE, O CONFORTO E A SEGURANÇA. 17 Eng. José Claudio Moura Benevides ARRANJO FÍSICO E INSTALAÇÕES 18 ARRANJO FÍSICO E INSTALAÇÕES Eng. José Claudio Moura Benevides Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação devem ser devidamente demarcadas e em conformidade com as normas técnicas oficiais. As vias principais de circulação nos locais de trabalho e as que conduzem às saídas devem ter, no mínimo, 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura. As áreas de circulação devem ser mantidas permanentemente desobstruídas. 19 ARRANJO FÍSICO E INSTALAÇÕES Eng. José Claudio Moura Benevides 20 MATERIAIS DO PROCESSO PRODUTIVO Eng. José Claudio Moura Benevides Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados em áreas especificas de armazenamento, devidamente demarcadas com faixas na cor indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de áreas externas. 21 ESPAÇO AO REDOR DE MÁQUINAS / ÁREA DE CIRCULAÇÃO Eng. José Claudio Moura Benevides devem ser adequados ao seu tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes e doenças relacionados ao trabalho. A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas características e aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores durante sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa. As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em torno de máquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de forma que os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais, movimentem-se com segurança. . 22 PISOS Eng. José Claudio Moura Benevides Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos e das áreas de circulação devem: a) ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes; b) ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias e materiais que os tornem escorregadios; e c) ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos. . 23 PISOS Eng. José Claudio Moura Benevides 24 FERRAMENTAS Eng. José Claudio Moura Benevides As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e armazenadas ou dispostas em locais específicos para essa finalidade. . 25 MÁQUINAS ESTACIONÁRIAS Eng. José Claudio Moura Benevides Devem possuir medidas preventivas quanto à sua estabilidade, de modo que não basculem e não se desloquem intempestivamente por vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças dinâmicas internas ou qualquer outro motivo acidental. máquinas estáticas, que não produzem movimento no seu funcionamento. Fazem parte desta categoria os transformadores elétricos . 26 MÁQUINAS ESTACIONÁRIAS - INSTALAÇÃO Eng. José Claudio Moura Benevides Deve respeitar os requisitos necessários fornecidos pelos fabricantes ou, na falta desses, o projeto elaborado por profissional legalmente habilitado, em especial quanto à fundação, fixação, amortecimento, nivelamento, ventilação, alimentação elétrica, pneumática e hidráulica, aterramento e sistemas de refrigeração. Nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo menos dois deles devem possuir travas. As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quaisquer outros locais em que possa haver trabalhadores, devem ficar posicionados de modo que não ocorra transporte e movimentação aérea de materiais sobre os trabalhadores. 27 INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS Eng. José Claudio Moura Benevides As instalações elétricas das máquinas e equipamentos devem ser projetadas e mantidas de modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de acidentes, conforme previsto na NR-10. Devem ser aterrados, conforme as normas técnicas oficiais vigentes, as instalações, carcaças, invólucros, blindagens ou partes condutoras das máquinas e equipamentos que não façam parte dos circuitos elétricos, mas que possam ficar sob tensão. 28 INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS Eng. José Claudio Moura Benevides As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que estejam ou possam estar em contato direto ou indireto com água ou agentes corrosivos devem ser projetadas com meios e dispositivos que garantam sua blindagem, estanqueidade, isolamento e aterramento, de modo a prevenir a ocorrência de acidentes. 29 INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS Eng. José Claudio Moura Benevides Os condutores de alimentação elétrica das máquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança: a) oferecer resistência mecânica compatível com a sua utilização; b) possuir proteção contra a possibilidade de rompimento mecânico, de contatos abrasivos e de contato com lubrificantes, combustíveis e calor; c) localização de forma que nenhum segmento fique em contato com as partes móveis ou cantos vivos; 30 INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS Eng. José Claudio Moura Benevides d) facilitar e não impedir o trânsito de pessoas e materiais ou a operação das máquinas; e) não oferecer quaisquer outros tipos de riscos na sua localização; e f) ser constituídos de materiais que não propaguem o fogo, ou seja, autoextinguíveis, e não emitirem substâncias tóxicas em caso de aquecimento. OS QUADROS DE ENERGIA DEVEM: 31 Eng. José Claudio Moura Benevides a) Possuir porta de acesso, mantida permanentemente fechada; b) Possuir sinalização quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de acesso por pessoas não autorizadas; c) Ser mantidos em bom estado de conservação, limpos e livres de objetos e ferramentas; d) Possuir proteção e identificação dos circuitos. e e) Atender ao grau de proteção adequado INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS 32 Eng. José Claudio Moura Benevides Fornecimento externo de energia As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que utilizem energia elétrica fornecida por fonte externa devem possuir dispositivo protetor contra sobrecorrente, dimensionado conforme a demanda de consumo do circuito. ** As máquinas e equipamentos devem possuir dispositivo protetor contra sobretensão quando a elevação da tensão puder ocasionar risco de acidentes. INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS 33 Eng. José Claudio Moura Benevides Chaves e Baterias =São proibidas nas máquinas e equipamentos: a) a utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada; b) a utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e c) a existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia elétrica. . INSTALAÇÕESE DISPOSITIVOS ELÉTRICOS 34 Eng. José Claudio Moura Benevides **As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança: a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas facilmente a partir do solo ou de uma plataforma de apoio; b) constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental; e c) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-circuito. • Os serviços e substituições de Baterias devem ser realizados conforme indicação constante do manual de operação. INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas devem ser projetados, selecionados e instalados de modo que: a) não se localizem em suas zonas perigosas; b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador; c) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental; d) não acarretem riscos adicionais; e e) não possam ser burlados. 35 Eng. José Claudio Moura Benevides Os comandos de partida ou acionamento das máquinas devem possuir dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizadas. 36 Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA 37 Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA Quando forem utilizados dispositivos de acionamento do tipo comando bimanual, visando a manter as mãos do operador fora da zona de perigo, esses devem atender aos seguintes requisitos mínimos do comando: a) possuir atuação síncrona, ou seja, um sinal de saída deve ser gerado somente quando os dois dispositivos de atuação do comando -botões- forem atuados com um retardo de tempo menor ou igual a 0,5 s (meio segundo); b) estar sob monitoramento automático por interface de segurança; 38 Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA c) ter relação entre os sinais de entrada e saída, de modo que os sinais de entrada aplicados a cada um dos dois dispositivos de atuação do comando devem juntos se iniciar e manter o sinal de saída do dispositivo de comando bimanual somente durante a aplicação dos dois sinais; d) o sinal de saída deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos dispositivos de atuação de comando; e) possuir dispositivos de comando que exijam uma atuação intencional a fim de minimizar a probabilidade de comando acidental; 39 Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA f) possuir distanciamento e barreiras entre os dispositivos de atuação de comando para dificultar a burla do efeito de proteção do dispositivo de comando bimanual; e g) tornar possível o reinício do sinal de saída somente após a desativação dos dois dispositivos de atuação do comando. 40 Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA 41 Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA * Nas máquinas operadas por dois ou mais dispositivos de comando bimanuais, a atuação síncrona é requerida somente para cada um dos dispositivos de comando bimanuais e não entre dispositivos diferentes que devem manter simultaneidade entre si. * Os dispositivos de comando bimanual devem ser posicionados a uma distância segura da zona de perigo, levando em consideração: a) a forma, a disposição e o tempo de resposta do dispositivo de comando bimanual; b) o tempo máximo necessário para a paralisação da máquina ou para a remoção do perigo, após o término do sinal de saída do dispositivo de comando bimanual; e c) a utilização projetada para a máquina. 42 Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA * Os comandos bimanuais móveis instalados em pedestais devem: a) manter-se estáveis em sua posição de trabalho; e b) possuir altura compatível com o posto de trabalho para ficar ao alcance do operador em sua posição de trabalho. Nas máquinas e equipamentos cuja operação requeira a participação de mais de uma pessoa, o número de dispositivos de acionamento simultâneos deve corresponder ao número de operadores expostos aos perigos decorrentes de seu acionamento, de modo que o nível de proteção seja o mesmo para cada trabalhador. 43 Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA 44 Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA As máquinas e equipamentos, cujo acionamento por pessoas não autorizadas possam oferecer risco à saúde ou integridade física de qualquer pessoa, devem possuir sistema que possibilite o bloqueio de seus dispositivos de acionamento. O acionamento e o desligamento simultâneo por um único comando de um conjunto de máquinas e equipamentos ou de máquinas e equipamentos de grande dimensão devem ser precedidos de sinal sonoro de alarme. Devem ser adotadas, quando necessárias, medidas adicionais de alerta, como sinal visual e dispositivos de telecomunicação, considerando as características do processo produtivo e dos trabalhadores. 45 Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA Os componentes de partida, parada, acionamento e controles que compõem a interface de operação das máquinas e equipamentos fabricados até 24 de Março de 2012 devem: a) possibilitar a instalação e funcionamento do sistema de parada de emergência, quando aplicável, conforme itens e subitens do capítulo dispositivos de parada de emergência, desta norma; e b) quando a apreciação de risco indicar a necessidade de proteções contra choques elétricos, operar em extrabaixa tensão de ate ́ 25VCA (vinte e cinco volts em corrente alternada) ou de até 60VCC (sessenta volts em corrente contínua), ou ser adotada outra medida de proteção, conforme Normas Técnicas oficiais vigentes. 46 Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA SISTEMAS DE SEGURANÇA: 47 * As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurança, caracterizados por proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de segurança interligados, que garantam proteção à saúde e à integridade física dos trabalhadores. * Os sistemas de segurança devem estar sob a responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado Eng. José Claudio Moura Benevides SISTEMAS DE SEGURANÇA: REQUISÍTOS A ATENDER 48 a) ter categoria de segurança conforme prévia análise de riscos prevista nas normas técnicas oficiais vigentes; b) estar sob a responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado; c) possuir conformidade técnica com o sistema de comando a que são integrados; d) instalação de modo que não possam ser neutralizados ou burlados; Eng. José Claudio Moura Benevides SISTEMAS DE SEGURANÇA: REQUISÍTOS A ATENDER 49 e) manterem-se sob vigilância automática, ou seja, monitoramento, de acordo com a categoria de segurança requerida, exceto para dispositivos de segurança exclusivamente mecânicos; e f) paralisação dos movimentos perigosos e demais riscos quando ocorrerem falhas ou situações anormais de trabalho. Eng. José Claudio Moura Benevides SISTEMAS DE SEGURANÇA: REQUISÍTOS A ATENDER 50 * Os sistemas de segurança, de acordo com a categoria de segurança requerida, devem exigir rearme, ou reset manual, após a correção da falha ou situação anormal de trabalho queprovocou a paralisação da máquina. Eng. José Claudio Moura Benevides SISTEMAS DE SEGURANÇA: PROTEÇÕES FIXAS E MÓVEIS 51 * Considera-se proteção o elemento especificamente utilizado para prover segurança por meio de barreira física, podendo ser: a) proteção fixa, que deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou por meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de ferramentas; b) proteção móvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada por elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se associar a dispositivos de intertravamento. Eng. José Claudio Moura Benevides 52 SISTEMAS DE SEGURANÇA: PROTEÇÕES FIXAS E MÓVEIS SISTEMAS DE SEGURANÇA: DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA 53 Eng. José Claudio Moura Benevides • Consideram-se dispositivos de segurança os componentes que, por si só ou interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos de acidentes e de outros agravos à saúde, sendo classificados em: a) comandos elétricos ou interfaces de segurança: dispositivos responsáveis por realizar o monitoramento, que verificam a interligação, posição e funcionamento de outros dispositivos do sistema e impedem a ocorrência de falha que provoque a perda da função de segurança, como relés de segurança, controladores configuráveis de segurança e controlador lógico programável - CLP de segurança; 54 Eng. José Claudio Moura Benevides b) dispositivos de intertravamento: chaves de segurança eletromecânicas, com ação e ruptura positiva, magnéticas e eletrônicas codificadas, optoeletrônicas, sensores indutivos de segurança e outros dispositivos de segurança que possuem a finalidade de impedir o funcionamento de elementos da máquina sob condições específicas; c) sensores de segurança: dispositivos detectores de presença mecânicos e não mecânicos, que atuam quando uma pessoa ou parte do seu corpo adentra a zona de perigo de uma máquina ou equipamento, enviando um sinal para interromper ou impedir o início de funções perigosas, como cortinas de luz, detectores de presença optoeletrônicos, laser de múltiplos feixes, barreiras óticas, monitores de área, ou scanners, batentes, tapetes e sensores de posição; SISTEMAS DE SEGURANÇA: DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA 55 Eng. José Claudio Moura Benevides d) válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e hidráulicos de mesma eficácia; e) dispositivos mecânicos, como: dispositivos de retenção, limitadores, separadores, empurradores, inibidores, defletores e retráteis; e f) dispositivos de validação: dispositivos suplementares de comando operados manualmente, que, quando aplicados de modo permanente, habilitam o dispositivo de acionamento, como chaves seletoras bloqueáveis e dispositivos bloqueáveis. SISTEMAS DE SEGURANÇA: DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA 56 Eng. José Claudio Moura Benevides * Os componentes relacionados aos sistemas de segurança e comandos de acionamento e parada das máquinas, inclusive de emergência, devem garantir a manutenção do estado seguro da máquina ou equipamento quando ocorrerem flutuações no nível de energia além dos limites considerados no projeto, incluindo o corte e restabelecimento do fornecimento de energia. SISTEMAS DE SEGURANÇA: DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA 57 SISTEMAS DE SEGURANÇA: DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA 58 SISTEMAS DE SEGURANÇA: DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA 59 SISTEMAS DE SEGURANÇA: DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA 60 SISTEMAS DE SEGURANÇA: DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA SISTEMAS DE SEGURANÇA: PROTEÇÕES FIXAS E MÓVEIS 61 Eng. José Claudio Moura Benevides * A proteção deve ser móvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido uma ou mais vezes por turno de trabalho, observando-se que: a) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando sua abertura não possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco; e b) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com bloqueio quando sua abertura possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco. SISTEMAS DE SEGURANÇA: PROTEÇÕES MÓVEIS / INTERTRAVAMENTO 62 Eng. José Claudio Moura Benevides * As máquinas e equipamentos dotados de proteções móveis associadas a dispositivos de intertravamento devem: a) operar somente quando as proteções estiverem fechadas; b) paralisar suas funções perigosas quando as proteções forem abertas durante a operação; e c) garantir que o fechamento das proteções por si só não possa dar inicio às funções perigosas SISTEMAS DE SEGURANÇA: DISPOSITIVOS DE INTERTRAVAMENTO 63 Eng. José Claudio Moura Benevides * Os dispositivos de intertravamento com bloqueio associados às proteções móveis das máquinas e equipamentos devem: a) permitir a operação somente enquanto a proteção estiver fechada e bloqueada; b) manter a proteção fechada e bloqueada até que tenha sido eliminado o risco de lesão devido às funções perigosas da máquina ou do equipamento; e c) garantir que o fechamento e bloqueio da proteção por si só não possa dar inicio às funções perigosas da máquina ou do equipamento. SISTEMAS DE SEGURANÇA: TRANSMISSÕES DE FORÇAS 64 Eng. José Claudio Moura Benevides * As transmissões de força e os componentes móveis a elas interligados, acessíveis ou expostos, devem possuir proteções fixas, ou móveis com dispositivos de intertravamento, que impeçam o acesso por todos os lados. * Quando utilizadas proteções móveis para o enclausuramento de transmissões de força que possuam inércia, devem ser utilizados dispositivos de intertravamento com bloqueio. * O eixo cardã deve possuir proteção adequada, em perfeito estado de conservação em toda a sua extensão, fixada na tomada de força da máquina desde a cruzeta até o acoplamento do implemento ou equipamento. 65 Eng. José Claudio Moura Benevides SISTEMAS DE SEGURANÇA: TRANSMISSÕES DE FORÇAS SISTEMAS DE SEGURANÇA: 66 * Equipamentos sem Proteção das zonas de perigo Eng. José Claudio Moura Benevides SISTEMAS DE SEGURANÇA: 67 * Equipamentos com Proteção das zonas de perigo Eng. José Claudio Moura Benevides SISTEMAS DE SEGURANÇA: Durante a utilização de proteções distantes da máquina ou equipamento com possibilidade de alguma pessoa ficar na zona de perigo, devem ser adotadas medidas adicionais de proteção coletiva para impedir a partida da máquina enquanto houver pessoas nessa zona. Em função do risco, poderá ser exigido projeto, diagrama ou representação esquemática dos sistemas de segurança de máquinas, com respectivas especificações técnicas em língua portuguesa. 68 Eng. José Claudio Moura Benevides SISTEMAS DE SEGURANÇA: Quando a máquina não possuir a documentação técnica exigida, o seu proprietário deve constituí-la, sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado e com respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – ART/CREA. 69 Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA 70 Os dispositivos de parada de emergência são elementos que permitem ao trabalhador parar um dispositivo durante uma emergência, apertando um botão ou puxando uma corda Eng. José Claudio Moura Benevides DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA 71 Os dispositivos de parada de emergência são elementos que permitem ao trabalhador parar um dispositivo durante uma emergência, apertando um botão ou puxando uma corda Eng. José Claudio MouraBenevides MEIOS DE ACESSO PERMANENTES 72 Legenda: A: rampa. B: rampa com peças transversais para evitar o escorregamento. C: escada com espelho. D: escada sem espelho. E: escada do tipo marinheiro. Eng. José Claudio Moura Benevides LEGENDA: W: LARGURA DA ESCADA H: ALTURA ENTRE DEGRAUS R : PROJEÇÃO ENTRE DEGRAUS G : PROFUNDIDADE LIVRE DO DEGRAU Α : INCLINAÇÃO DA ESCADA - ÂNGULO DE LANCE L : COMPRIMENTO DA PLATAFORMA DE DESCANSO H: ALTURA DA ESCADA T: PROFUNDIDADE TOTAL DO DEGRAU 73 Escada sem Espelho Escada com Espelho Eng. José Claudio Moura Benevides 74 Exemplo de escada fixa do tipo marinheiro Exemplo de detalhe da gaiola da escada fixa do tipo marinheiro Eng. José Claudio Moura Benevides 75 Legenda: H: altura barra superior, entre 1000mm e 1100mm 1 : plataforma 2 : barra-rodapé 3 : barra intermediária 4 : barra superior corrimão Eng. José Claudio Moura Benevides COMPONENTES PRESSURIZADOS 76 Eng. José Claudio Moura Benevides Os componentes pressurizados são as mangueiras, dutos, tubulações, pneus que contêm fluido ou ar sob pressão. Tais componentes devem ser localizados ou protegidos de tal forma que uma situação de ruptura e vazamentos de fluidos não possa ocasionar acidentes de trabalho. Como medida de proteção para o operador e terceiros, as mangueiras dos sistemas pressurizados devem possuir indicação da pressão máxima de trabalho admissível especificada pelo fabricante. COMPONENTES PRESSURIZADOS 77 Eng. José Claudio Moura Benevides Nas atividades de montagem e desmontagem de pneumáticos das rodas das máquinas e equipamentos não estacionários, que ofereçam riscos de acidentes, devem ser observadas as seguintes condições: Os pneumáticos devem ser completamente despressurizados, removendo o núcleo da válvula de calibragem antes da desmontagem e de qualquer intervenção que possa acarretar acidentes; O enchimento de pneumáticos só poderá ser executado dentro de dispositivo de clausura ou gaiola adequadamente dimensionada, até que seja alcançada uma pressão suficiente para forçar o talão sobre o aro e criar uma vedação pneumática. COMPONENTES PRESSURIZADOS Exemplos de componentes pressurizados: 78 Compressor de Ar Prensa Enfardadeira Sistema de Oxigênio Eng. José Claudio Moura Benevides 79 Componentes Pressurizados Informações e Segurança, exemplo: Eng. José Claudio Moura Benevides 80 Componentes Pressurizados Informações e Segurança, exemplo: TRANSPORTADORES Transportadores Contínuos Transportador contínuo é o sistema de transporte que utiliza, por exemplo, esteiras ou roletes para movimentação da matéria-prima ou dos produtos acabados. Transportador contínuo acessível aos trabalhadores é aquele cuja zona de movimentação está ao alcance do trabalhador. Esses transportadores devem dispor, ao longo de sua extensão, de dispositivos de parada de emergência, de modo que possam ser acionados em todas as posições de trabalho. Entretanto, alguns transportadores poderão ser dispensados dessa exigência, se a análise de risco assim indicar. 81 TRANSPORTADORES Transportadores Contínuos A permanência e circulação de pessoas SOBRE os transportadores contínuos são permitidas desde que sejam realizadas por meio de passarelas com sistema de proteção contra quedas. A permanência e a circulação de pessoas SOB os transportadores contínuos são permitidas somente em locais protegidos que ofereçam resistência e dimensões adequadas contra quedas de materiais. Os transportadores contínuos de correia, cuja altura da borda da correia que transporta a carga esteja superior a 2,70 m do piso devem possuir, em toda a sua extensão, passarelas em ambos os lados, estáveis e seguras. 82 TRANSPORTADORES Transportadores Contínuos São mecanismos destinados ao transporte de graneis e volumes em percursos horizontais, verticais ou inclinados, fazendo curvas ou não e com posição de operação fixa. São formados por um leito, onde o material desliza em um sistema de correias ou correntes sem fim acionadas por tambores ou polias. Os principais tipos são: Correias planas ou côncavas, elemento rolantes: rodízios, rolos ou esferas, correntes : aéreas ou sob piso, taliscas e elevador de caçamba contínuo. São utilizados onde haja grande fluxo de material a ser transportado em percursos fixos. 83 TRANSPORTADORES DE MATERIAIS Veículos Industriais São equipamentos, motorizados ou não, usados para movimentar cargas intermitentes, em percursos variáveis com superfícies e espaços apropriados, onde a função primaria é transportar e ou manobrar. Os tipos mais comuns são: Carrinhos industriais, empilhadeiras, rebocadores, autocarrinhos (AGV) e guindastes autopropelidos. São utilizados tanto junto ao processo de produção como no de armazenagem para não só transportar cargas, mas também colocá-las em posição conveniente. Sua principal característica é a flexibilidade de percurso e de carga e descarga. 84 85 Equipamentos de elevação e transferência São equipamentos destinados a mover cargas variadas para qualquer ponto dentro de uma área fixa, onde a função principal é transferir. Os tipos mais comuns são: talhas, guindastes fixos, Pontes rolantes, pórticos e semi- pórticos. São aplicados onde se deseje transferir materiais pesados, volumosos e desajeitados em curtas distâncias dentro de uma fábrica. ASPECTOS ERGONÔMICOS: As Máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos e operados levando em consideração a necessidade de adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza dos trabalhos a executar, oferecendo condições de conforto e segurança no trabalho, observado o disposto na NR 17. Os assentos utilizados na operação de máquinas devem possuir estofamento e ser ajustáveis à natureza do trabalho executado, além do previsto no subitem 17.3.3 da NR 17. 86 ASPECTOS ERGONÔMICOS: Os postos de trabalho devem ser projetados para permitir a alternância de postura e a movimentação adequada dos segmentos corporais, garantindo espaço suficiente para operação dos controles nele instalados. O ritmo de trabalho e a velocidade das máquinas e equipamentos devem ser compatíveis com a capacidade física dos operadores, de modo a evitar agravos à saúde. 87 RISCOS ADICIONAIS: 88 a) substâncias perigosas quaisquer, sejam agentes biológicos ou agentes químicos em estado sólido, líquido ou gasoso, que apresentem riscos à saúde ou integridade física dos trabalhadores por meio de inalação, ingestão ou contato com a pele, olhos ou mucosas; b) radiações ionizantes geradas pelas máquinas e equipamentos ou provenientes de substâncias radiativas por eles utilizadas, processadas ou produzidas; c) radiações não ionizantes com potencial de causar danos à saúde ou integridade física dos trabalhadores; 89 d) vibrações; e) ruído; f) calor; g) combustíveis, inflamáveis, explosivos e substâncias que reagem perigosamente; e h) superfícies aquecidas acessíveis que apresentem risco de queimaduras causadas pelo contato com a pele. RISCOS ADICIONAIS: 90 Devem ser adotadas medidas de controle dos riscos adicionais provenientes da emissão ou liberação de agentes químicos, físicos ebiológicos pelas máquinas e equipamentos, com prioridade à sua eliminação, redução de sua emissão ou liberação e redução da exposição dos trabalhadores, nessa ordem. RISCOS ADICIONAIS: MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO, PREPARAÇÃO, AJUSTES E REPAROS: 91 As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva e corretiva, na forma e periodicidade determinada pelo fabricante, conforme as normas técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais. As manutenções preventivas com potencial de causar acidentes do trabalho devem ser objeto de planejamento e gerenciamento efetuado por profissional legalmente habilitado. 92 As manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro próprio, ficha ou sistema informatizado, com os seguintes dados: a) cronograma de manutenção; b) intervenções realizadas; c) data da realização de cada intervenção; d) serviço realizado; e) peças reparadas ou substituídas; f) condições de segurança do equipamento; g) indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina; e h) nome do responsável pela execução das intervenções. MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO, PREPARAÇÃO, AJUSTES E REPAROS: SINALIZAÇÃO : As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se encontram, devem possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e manutenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores. As inscrições das máquinas e equipamentos devem: a) ser escritas na língua portuguesa - Brasil; e b) ser legíveis. 93 SINALIZAÇÃO : As máquinas e equipamentos fabricados a partir da vigência desta Norma devem possuir em local visível as informações indeléveis, contendo no mínimo: a) razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador; b) informação sobre tipo, modelo e capacidade; c) número de série ou identificação, e ano de fabricação; d) número de registro do fabricante ou importador no CREA; e e) peso da máquina ou equipamento. 94 95 Projeto, Fabricação, Importação, Venda, Locação, Leilão, Cessão a qualquer título, Exposição e Utilização. É proibida a fabricação, importação, comercialização, leilão, locação, cessão a qualquer título, exposição e utilização de máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto nesta Norma. Manuais: As máquinas e equipamentos devem possuir manual de instruções fornecido pelo fabricante ou importador, com informações relativas à segurança em todas as fases de utilização. Entende-se como fase de utilização a construção, transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e desmonte da máquina ou equipamento. 96 As máquinas e equipamentos devem possuir manual de instruções fornecido pelo fabricante ou importador, com informações relativas à segurança em todas as fases de utilização. Quando inexistente ou extraviado, o manual de máquinas ou equipamentos que apresentem riscos deve ser reconstituído pelo empregador, sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado. A NR especifica quais as informações mínimas que o manual deve ter. Manuais: Projeto, Fabricação, Importação, Venda, Locação, Leilão, Cessão a qualquer título, Exposição e Utilização. 97 Capacitação: A operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em máquinas e equipamentos devem ser realizadas por trabalhadores habilitados, qualificados, capacitados ou autorizados para este fim. Projeto, Fabricação, Importação, Venda, Locação, Leilão, Cessão a qualquer título, Exposição e Utilização. Profissional legalmente habilitado para a supervisão da capacitação: aquele que comprovar conclusão de curso específico na área de atuação, compatível com o curso a ser ministrado, com registro no competente conselho de classe, se necessário. Trabalhador ou profissional qualificado: aquele que comprovar conclusão de curso específico na área de atuação, reconhecido pelo sistema oficial de ensino, compatível com o curso a ser ministrado. 98 Capacitação: Trabalhador ou profissional capacitado: aquele que recebeu capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado (ou tenha pelo menos dois anos de experiência na atividade e que receba reciclagem – sempre que ocorrerem modificações significativas nas instalações e na operação de máquinas ou troca de métodos, processos e organização do trabalho) Trabalhador autorizado: os trabalhadores qualificados, capacitados ou profissionais legalmente habilitados, com autorização dada por meio de documento formal do empregador. Obs: A capacitação só terá validade para o empregador que a realizou e nas condições estabelecidas pelo profissional legalmente habilitado responsável pela supervisão da capacitação. 99 Capacitação: PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA: Devem ser elaborados procedimentos de trabalho e segurança específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, a partir da análise de risco. Os procedimentos de trabalho e segurança não podem ser as únicas medidas de proteção adotadas para se prevenir acidentes, sendo considerados complementos e não substitutos das medidas de proteção coletivas necessárias para a garantia da segurança e saúde dos trabalhadores. Ao inicio de cada turno de trabalho ou após nova preparação da máquina ou equipamento, o operador deve efetuar inspeção rotineira das condições de operacionalidade e segurança. 100 Os serviços em máquinas e equipamentos que envolvam risco de acidentes de trabalho devem ser precedidos de ordens de serviço, planejados e realizados em conformidade com os procedimentos de trabalho e segurança, sob supervisão e anuência expressa de profissional habilitado ou qualificado, desde que autorizados. Permissão para o trabalho – Ordem de serviço: documento escrito, específico e auditável, que contenha, no mínimo, a descrição do serviço, a data, o local, nome e a função dos trabalhadores e dos responsáveis pelo serviço e por sua emissão e os procedimentos de trabalho e segurança. 101 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA: DISPOSIÇÕES FINAIS: O empregador deve manter inventário atualizado das máquinas e equipamentos com identificação por tipo, capacidade, sistemas de segurança e localização em planta baixa, elaborado por profissional qualificado ou legalmente habilitado. As informações do inventário devem subsidiar as ações de gestão para aplicação desta Norma. Toda a documentação referida nesta norma, inclusive o inventário previsto no item 12.153, deve ficar disponível para o SESMT, CIPA ou Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Mineração – CIPAMIN, sindicatos representantes da categoria profissional e fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. 102 REQUISITOS ESPECÍFICOS DE SEGURANÇA Motosserras Máquinas para panificação e confeitaria Máquinas para açougue e mercearia Prensas e similares Injetoras de materiais plásticos Máquinas para calçados e afins Máquinas e implementos para uso agrícola e florestal 103 Alguns Anexos da NR 12 SEGURANÇA EM PRENSAS PRENSA MECÂNICA EXCENTRICA DE ENGATE PRENSA HIDRÁULICA PRENSA MECÃNICA EXCENTRICA COM FREIO PRENSA DE FRICÇÃO COM ACION. POR FUSO OUTRAS PRENSAS SEGURANÇA EM PRENSAS EQUIPAMENTOS SIMILARES • MARTELODE QUEDA • MARTELO PNEUNÁTICO • DOBRADEIRA • ROLA LAMINADOR • GUILHOTINA/TESOURA/CISALHADORA • ORBITAL FERRAMENTA FECHADA ENCLAUSURAMENTO DA ZONA DE PRENSAGEM (FRESTA QUE PERMITA APENAS O INGRESSO DE MATERIAL E NÃO A MÃO DO OPERADOR) MÃO MECANICA SISTEMA GAVETA SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO POR GRAVIDADE SISTEMA DE BANDEJA ROTATIVA TRANSPORTADOR DE ALIMENTAÇÃO OU ROBOTICA CORTINA DE LUZ COM AUTO TESTE COMANDO BIMANUAL COM SIMULTANEIDADE E AUTO TESTE SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS FERRAMENTA FECHADA SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS ENCLAUSURAMENTO DA ZONA DE PRENSAGEM (FRESTA QUE PERMITA APENAS O INGRESSO DE MATERIAL E NÃO A MÃO DO OPERADOR) SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS MÃO MECÂNICA (PINÇA) SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS SISTEMA GAVETA SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS SISTEMA BASCULANTE SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO POR GRAVIDADE SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS SISTEMA DE BANDEJA ROTATIVA SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS PPRPS Banimento das prensas de engate por chaveta nas normas internacionais NBR 13930/ 97 item 3.8 - proíbe engate de chaveta Brasil 70% das prensas são por engate de chaveta = 20.000 (empresas pequeno e médio porte) NR 12- proteção adequada ??? PPRPS - PRENSAS: Prensa mecânica excêntrica de engate por chaveta Prensa hidráulica Prensa mecânica excêntrica com freio/fricção pneumático Prensa de fricção com acionamento por fuso PPRPS - SIMILARES: Martelo de queda Martelo pneumático Martelete Dobradeira Rolo laminador e desbobinadeira Guilhotina/tesoura/cisalhadora Recalcadora PRENSA EXCÊNTRICA DE ENGATE POR CHAVETA Transforma o movimento rotativo do excêntrico em movimento linear através de sistema de bielas o movimento é liberado pelo engate da chaveta que fará o eixo girar solidário ao volante uma vez iniciado o movimento ele completa o ciclo sem que se possa interrompê-lo PRENSA DE ENGATE POR CHAVETA CHAVETA EIXO EXCÊNTRICO E BIELA BIELA BIELA PRENSA DE ENGATE POR CHAVETA FONTE DE RISCO . . . PROTEÇÕES MECÂNICAS SUMÁRIO 1.- Terminologia – Definições 2.- Identificação dos riscos 3.- Distâncias de segurança 4.- Proteções mecânicas 5.- Dispositivos eletro-eletrônicos 6.- Manutenção preventiva e preditiva. TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES Máquina “Conjunto de peças ou de órgãos ligados entre eles, em que pelo menos um é móvel, e se for o caso, acionadores, circuitos de comando e de potência, etc., reunidos de maneira solidária em vista de uma aplicação definida, notadamente para a transformação, o tratamento, o deslocamento e o acondicionamento de um material. É igualmente considerado como “máquina” um conjunto de máquinas que, afim de concorrer à um único e mesmo resultado, são dispostos e comandados de maneira à ser solidários em seu funcionamento.” Prevenção intrínseca “Medidas de segurança que consistem à: - evitar ou reduzir o máximo possível fenômenos perigosos, escolhendo convenientemente certas características de concepção e, - limitar a exposição das pessoas aos fenômenos perigosos que não podem ser suficientemente reduzidos; isso é obtido reduzindo a necessidade, pelo operador, de intervir em zonas perigosas.” Segurança positiva “Situação teórica que seria realizada se uma função de segurança fosse garantida em caso de falha do sistema de alimentação de energia, ou de todo componente que contribua à realização dessa situação”. Função de segurança “Funções de uma máquina em que o “não funcionamento” aumentaria imediatamente o risco de lesão ou de atingir a saúde. Dispositivos de travamento “Dispositivo de proteção mecânica, elétrica ou de uma outra tecnologia, destinado a impedir certos elementos da máquina funcionarem em certas condições (geralmente quando um protetor não está fechado).” Auto-vigilância Existem duas categorias de auto-vigilância : - auto-vigilância “contínua”, pela qual uma medida de segurança é imediatamente desencadeada quando se produz um defeito. - auto-vigilância “descontínua”, pela qual uma medida de segurança é desencadeada durante um ciclo posterior ao funcionamento da máquina se um defeito acontecer.” Risco mecânico Denominamos riscos mecânico ao conjunto de fatores físicos que podem dar lugar a uma lesão pela ação mecânica de componentes da máquina ou equipamento, ferramentas, peças a serem trabalhadas ou até materiais projetados contra o operador, na forma sólida ou líquida. IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS O objetivo é eliminar/neutralizar, na medida do possível, por meios técnicos, todos os fenômenos perigosos de origem mecânica via meios de proteção mais adequados . . O perigo mecânico gerado por partes, ou componentes da máquina, está condicionada principalmente pela: forma (arestas, rebarbas, partes pontiagudas); posição relativa (zonas de contato iminente); a massa e a estabilidade (energia potencial); a massa e a velocidade (energia cinética); resistência mecânica a ruptura ou deformação e acumulação de energia, etc. EXEMPLOS ILUSTRATIVOS DOS DIFERENTES RISCOS DE ORIGEM MECÂNICA Esquema Risco Considerar Ocorrência Arrastamento Conexão; Diâmetro; Inércia (massa); Forma, estado da superfície Acessibilidade Diversos tipos de mecanismos de máquinas. Impacto, Esmagamento, Impacto, Arrastamento, Seccionamento, Cisalhamento. Conexão; Diâmetro; Inércia (massa); Forma, dimensão das aberturas e das saliências, Distância entre parte rotativa e fixa Acessibilidade. Polias; Volantes; Ventiladores . . . Esquema Risco Considerar Ocorrência Arrastamento, Corte, Esmagamento, Seccionamento, Cisalhamento. Conexão; Diâmetro; Inércia (massa); Forma, dimensão das aberturas e das saliências, Distância entre parte rotativa e fixa Acessibilidade. Tupias; Serra Circular; Fresas . . . Arrastamento, Seccionamento, Queimadura, Projeção. Conexão; Inércia (massa); Excentricidade; Distância entre parte rotativa e fixa Acessibilidade. Retificadoras; Moinhos . . . EXEMPLOS ILUSTRATIVOS DOS DIFERENTES RISCOS DE ORIGEM MECÂNICA Esquema Risco Considerar Ocorrência Arrastamento; Cisalhamento Conexões, Inércia; Dimensões; Giro. Centrífugas; Câmaras rotativas de secagem . . . Impacto; Arrastamento; Seccionamento. Conexões; Inércia; Dimensões; Giro; Acessibilidade. Trituradores; Moedores; Misturadores . . . EXEMPLOS ILUSTRATIVOS DOS DIFERENTES RISCOS DE ORIGEM MECÂNICA Esquema Risco Considerar Ocorrência Esmagamento; Arrastamento; Queimadura. Conexões; Inércia; Material; Forma da superfície; Temperatura; Dimensões; Acessibilidade. Engrenagens; Cremalheiras; Laminadoras; Máquinas de impressão . . . Esmagamento; Cisalhamento; Impacto. Inércia; Força; Afastamentos; Máquinas para madeira; Prensas; Máquinas de moer; Unidade de avanço . . . EXEMPLOS ILUSTRATIVOS DOS DIFERENTES RISCOS DE ORIGEM MECÂNICA Esquema Risco Considerar Ocorrência Cisalhamento; Seccionamento; Arrastamento; Esmagamento; Impacto. Inércia; Força; Avanço min./máx. Acessibilidade.Dobradeiras; Unidades de avanço . . . Corte; Seccionamento. Forma da peça; Gravidade do dano. Serra fita . . . EXEMPLOS ILUSTRATIVOS DOS DIFERENTES RISCOS DE ORIGEM MECÂNICA Esquema Risco Considerar Ocorrência Impacto; Perfuração. Força; Freqüência; Máquina costura; Máquina pregadora; Grampeadeira . . . Arrastamento; Queimadura; Corte. Força; Forma, estado da superfície, Emendas. Transporte por banda; Deslocamentos por correias . . . EXEMPLOS ILUSTRATIVOS DOS DIFERENTES RISCOS DE ORIGEM MECÂNICA Esquema Risco Considerar Ocorrência Arrastamento; Impacto; Conexões; Inércia; Diâmetro; Forma, estado da superfície; Acessibilidade. Mandril; Retíficas; Furadeiras verticais e horizontais; Impacto; Esmagamento; Arrastamento. Disposição relativa; Freqüência do movimento; Força; Amplitude; Dimensões das aberturas e ou da parte que gira. Árvore de cames; Excêntricos . . . EXEMPLOS ILUSTRATIVOS DOS DIFERENTES RISCOS DE ORIGEM MECÂNICA Esquema Risco Considerar Ocorrência Esmagamento; Arrastamento; Seccionamento; Impacto; Queimaduras. Conexões; Tensão; Dimensões; Força; Forma. Transportadores de banda; Polias e correias; Correntes de transmissão . . . Impacto; Cisalhamento; Esmagamento; Seccionamento; Conexões; Tensão; Dimensões; Força; Forma. Manivelas; Bielas . . . EXEMPLOS ILUSTRATIVOS DOS DIFERENTES RISCOS DE ORIGEM MECÂNICA Esquema Risco Considerar Ocorrência Impacto; Projeção. Material (coesão e homogeneidade); Inércia; Excentricidade; Pressão. Discos de corte; Discos de amolar; Rebolos . . . Queimaduras; Arrastamento; Impacto; Projeção; Perfuração. Inércia; Volume; Temperatura; Material; Pressão. Rebolos; Lixadeiras; Retíficas . . . EXEMPLOS ILUSTRATIVOS DOS DIFERENTES RISCOS DE ORIGEM MECÂNICA Descrição e estimação do risco A identificação dos fenômenos perigosos é insuficiente para descrever por si só o risco. É necessário conhecer um certo número de elementos complementares tais como . . . . A Gravidade do dano possível: Pode ser estimada pela: Natureza do que se quer proteger (pessoas, bens etc). Gravidade das lesões (no caso de pessoas vão das mais leves até o óbito). Importância do dano (por cada máquina). No caso das pessoas: uma pessoa ou várias pessoas. A Probabilidade da ocorrência do dano A freqüência e duração da exposição das pessoas ao fenômeno perigoso; A probabilidade da ocorrência de evento perigoso; A possibilidade de evitar,o dano, com a intervenção técnica ou humana. Exemplo de esquema de determinação de um índice de risco Índice de risco ---- 1 1 2 3 4 ---- 1 2 3 4 5 Possível em certos casos Raramente possível Possibilidade de evitar Início Probabilidade de ocorrência do evento perigoso Exposição Gravidade 1: Ferimentos Leves (reversível) 2: Ferimentos Graves (irreversíveis) 1: Pouco freqüente 2: media 3: grande ou freqüente 1: baixa 2: media 3: grande ou freqüente 1: baixa 2: media 3: grande ou freqüente 2: freqüente e ou de longa duração 1: baixa DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA A neutralização das fontes de risco pode ser dada pela adoção da distância como forma de manter, as pessoas, afastadas das fontes do risco, impedindo a exposição do corpo ou partes do corpo ao fenômeno perigoso. Normalmente estes elementos são conhecidos como “barreiras de proteção”. A determinação da distância de segurança versus a altura da “barreira de proteção” é feita em função da avaliação do risco e a posição da fonte de perigo. h Zona de perigo Para dimensionar a “barreira”, devem ser considerados 3 parâmetros . . . a.- distância de um ponto de perigo até o plano inferior (chão) . . . b.- altura da borda da barreira . . . c.- distância horizontal desde o ponto de perigo à “barreira” . . . a.- distância de um ponto de perigo até o plano inferior (chão) . . . b.- altura da borda da barreira . . . c.- distância horizontal desde o ponto de perigo à “barreira” . . . Ponto de perigo Tabela de dimensionamentos: Tabela que representa, para zona de perigo abaixo de 2,50m, os valores mínimos dos parâmetros (a, b , c) a fim de garantir inacessibilidade ao ponto de risco, fixando como critério de aplicação que não deve ser feita interpolação a partir dos valores desta tabela. Assim, quando os valores de a, b ou c estiverem situados entre os valores da tabela, deve ser eleito o valor que signifique maior nível de proteção. NBR’s NM DISTANCIAS DE UN PUNTO DE PELIGRO DESDE EL SUELO mm (a) ALTURA DEL BORDE DE LA BARRERA mm (b) 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 DISTANCIA HORIZONTAL DESDE EL PUNTO DE PELIGRO mm (c) 2400 100 100 100 100 100 100 100 100 2200 - 250 350 400 500 500 600 600 2000 - - 350 500 600 700 900 1100 1800 - - - 600 900 900 1000 1100 1600 - - - 500 900 900 1000 1300 1400 - - - 100 800 900 1000 1300 1200 - - - - 500 900 1000 1400 1000 - - - - 300 900 1000 1400 800 - - - - - 600 900 1300 600 - - - - - - 500 1200 400 - - - - - - 300 1200 200 - - - - - - 200 1100 0 - - - - - - 200 1100 Ex.. a = 1.400 mm b= 1.200 mm c=? (qual a distância?) DISTANCIAS DE UN PUNTO DE PELIGRO DESDE EL SUELO mm (a) ALTURA DEL BORDE DE LA BARRERA mm (b) 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 DISTANCIA HORIZONTAL DESDE EL PUNTO DE PELIGRO mm (c) 2400 100 100 100 100 100 100 100 100 2200 - 250 350 400 500 500 600 600 2000 - - 350 500 600 700 900 1100 1800 - - - 600 900 900 1000 1100 1600 - - - 500 900 900 1000 1300 1400 - - - 100 800 900 1000 1300 1200 - - - - 500 900 1000 1400 1000 - - - - 300 900 1000 1400 800 - - - - - 600 900 1300 600 - - - - - - 500 1200 400 - - - - - - 300 1200 200 - - - - - - 200 1100 0 - - - - - - 200 1100 a = 1.400 mm b= 1.200 mm Resposta: c= 1.000 mm Dimensões de segurança para impedir o contato, dos membros superiores, com o ponto de perigo através das aberturas da proteção . . (ds=distância segura) Dimensões de segurança para impedir o contato, dos membros inferiores, com o ponto de perigo através das aberturas da proteção . . (ds=distância segura) PROTEÇÕES MECÂNICAS Definição “Parte da máquina especificamente utilizada para prover proteção por meio de uma barreira física. Dependendo da sua construção, uma proteção pode ser chamada de carenagem, cobertura, tela, porta, enclausuramento, etc.” Proteção fixa: Proteção mantida em sua posição (isto é fechada), permanentemente (por solda, etc) ou por meio de fixadores (parafusos, porcas, etc) tornando sua remoção ou abertura impossível, sem o uso de ferramentas. Proteção Móvel: Geralmente vinculada à estrutura da máquina ou elemento de fixação adjacente, por meios mecânicos, (por exemplo, basculantes ou deslizantes) que pode ser aberta sem o auxilio de ferramentas. Proteção ajustável Proteção fixa ou móvel que é totalmente ajustável ou que incorpora parte(s) ajustável(is). Oajuste permanece fixo durante uma operação particular. Proteção com intertravamento Proteção associada a um dispositivo de intertravamento . Critérios para os Projetos de Proteções: Deve ser dada consideração apropriada na fase de projeto a todos os aspectos previsíveis de operação de uma proteção, para assegurar que o projeto e a sua construção, não criem, por si só, futuros pontos de perigo. As proteções devem contemplar aspectos de: Distâncias de segurança; Controle de acesso à uma zona de perigo; Visibilidade; Ergonomia; Eficácia; Durabilidade; Higiene; Limpeza. EXISTEM PARTES MÓVEIS EXPOSTAS? NÃO HÁ NECESSIDADE DE PROTEÇÃO NÃO HAVERÁ ACESSO OCASIONAL PARA AJUSTES, MANUTENÇÃO, ETC? ESTAS OPERAÇÕES SÃO FREQÜENTES? HÁ PARADA TOTAL E IMEDIATA, DA PARTE MÓVEL, QUANDO A PROTEÇÃO É ABERTA ? PROTEÇÃO MÓVEL COM DISPOSITIVO DE INTERTRAVAMENTO. SIM HAVERÁ ACESSO DURANTE O CICLO DE OPERAÇÃO DA MÁQUINA? O ACESSO SERÁ CONTÍNUO AO REALIZAR A ALIMENTAÇÃO MANUAL DA PEÇA OU MATERIAL A SER TRABALHADO? O ACESSO DEVE SER FEITO AO INÍCIO/FINAL DE CADA CICLO OPERATIVO, EM REALIZANDO A ALIMENTAÇÃO MANUAL? HÁ PARADA TOTAL E IMEDIATA, DA PARTE MÓVEL, QUANDO A PROTEÇÃO É ABERTA? • PROTEÇÃO FIXA • PROTEÇÃO MÓVEL COM INTERTRAVAMENTO • RESGUARDO MÓVEL COM INTERTRAVAMENTO • PROTEÇÃO FIXA • PROTEÇÃO AUTORREGULÁVEL • PROTEÇÃO MÓVEL COM INTERTRAVAMENTO SIM SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO • PROTEÇÃO MÓVEL COM INTERTRAVAMENTO • PROTEÇÃO ASSOCIADA AO COMANDO SIM DIAGRAMA PARA SELEÇÃO DE PROTEÇÃO AMOSTRA DE PROTEÇÕES FÍSICAS DISPOSITIVOS ELETRO-ELETRÔNICOS “Os dispositivos eletro-eletrônicos, são muito importantes e podem atuar isoladamente ou combinadamente com as proteções mecânicas de maneira a garantir eficiência dos sistemas de proteção . . .” BOTOEIRAS ELETRÔNICAS Botões eletrônicos que substituem os mecânicos utilizados para acionamento de maquinas. Por serem ergonômicos reduzem a ocorrência de doenças profissionais. CORTINA DE LUZ Supervisiona a área útil entre o Transmissor e Receptor. Se esta área for invadida, uma saída em duplo canal comandará a interrupção da operação da máquina. Existem modelos com alturas de proteção entre 250 a 1600 mm. COMANDO BIMANUAL Utilizado no acionamento seguro de máquinas com o intuito de aumentar a eficiência e garantir a segurança do operador. RELÉS DE SEGURANÇA Dispositivos responsáveis pelo acionamento seguro de máquinas. São dotados de sistema auto-check, supervisão de contatos e sistema de duplo canal Controle de simultaneidade Rele auxiliar Controle de parada MANUTENÇÃO PREVENTIVA E PREDITIVA “ Além de aumentar o tempo de vida da máquina, a manutenção preventiva e preditiva (que se baseia no tempo de vida útil dos componentes) é fundamental para assegurar a efetividade dos dispositivos de segurança”. “A manutenção expõe, ao profissional da manutenção, a riscos que não são de rotina. Eventualmente pode estar com todo o corpo dentro da máquina, assim ele deve possuir total controle sobre as fontes de energia como elétrica, fluidos hidráulicos, ar comprimido, que podem gerar movimento mecânico inesperado” “Quando forem realizados testes que necessitam da energização da máquina, medidas adicionais como calços ou barreiras mecânicas provisórias podem ser necessárias para o ingresso do profissional à zona de risco . . .” Bibliografia Sécurité des machines et des équipements de travail – INRS; NR’s; NBR’s; Acidentes de trabalho com máquinas – identificação de riscos e prevenção – Rodolfo Andrade Gouveia Vilela Nota técnica do MTe; Metodologia do PRAT- Volume I Proteção de Máquinas e Equipamentos; Material do PPRPS – Inpame. Na operação e também na manutenção de máquinas e equipamentos, o risco de acidentes manifesta-se substancialmente em dois pontos1: No ponto de operação, em que se processa a transformação da peça trabalhada, seja corte, dobra, moldagem, outros; Sistemas de transmissão, nos quais há a transferência de energia mecânica para os elementos da máquina realizarem a operação, tais como: roldanas, polias, correias, volantes, acoplamentos, correntes e engrenagens. 192 RISCOS DE ACIDENTES NAS OPERAÇÕES COM MÁQUNAS E EQUIPAMENTOS Há ainda outras partes que podem ser importantes na geração de fator de risco de natureza mecânica, como elementos de movimento transversal e de rotação e outros mecanismos que, embora não se enquadrem nas categorias citadas, integram o funcionamento das máquinas. 193 RISCOS DE ACIDENTES NAS OPERAÇÕES COM MÁQUNAS E EQUIPAMENTOS Maior detalhamento dos manuais de inspeção; Obrigatoriedade de o empregador manter inventário atualizado das máquinas e equipamentos; Inclusão social, com obrigatoriedade de adoção de medidas de proteção específicas para pessoas com deficiência, a cargo do empregador. 194 RISCOS DE ACIDENTES NAS OPERAÇÕES COM MÁQUNAS E EQUIPAMENTOS A redação da norma é dividida da seguinte maneira: Parte principal: 19 Títulos: Definições básicas e medidas de ordem geral para todas as máquinas. Anexos I a IV: Informações complementares para atendimento à parte principal e aos demais anexos. Anexo I: Distâncias de segurança e requisitos para o uso de detectores de presença optoeletrônicos Anexo II: Conteúdo programático da capacitação Anexo III: Meios de acesso permanentes Anexo IV: Glossário 195 Anexos V a XII: Especificidades ou excepcionalidades sobre determinado tipo de máquina Anexo V: Motosserras Anexo VI: Máquinas para panificação e confeitaria Anexo VII: Máquinas para açougue e mercearia Anexo VIII: Prensas e similares Anexo IX: Injetora de materiais plásticos Anexo X: Máquinas para fabricação de calçados e afins Anexo XI: Máquinas e implementos para uso agrícola e florestal Anexo XII: Equipamentos de guindar para elevação de pessoas e realização de trabalho em altura 196 Os elaboradores da NR12 tiveram grande preocupação com a inclusão social. A norma determina expressamente que o empregador é responsável pela efetivação de medidas apropriadas sempre que pessoas com deficiência estiverem envolvidas direta ou indiretamente no trabalho com máquinas e equipamentos. 197 Outra importante determinação da norma se refere ao distanciamento dos botões. Estes devem estar posicionados e distanciados de tal forma que não seja possível o acionamento acidental, por exemplo, com um esbarrão. Também não deve ser possível o acionamento utilizando-se o braço, por exemplo, usando o cotovelo e a mão ou até mesmo uma única mão (botões de acionamento muito próximos um do outro). Ademais, os botões devem estar posicionados de modo a dificultar a burla do efeito de proteção bimanual, impedindo, por exemplo, que alguém empregue artifício tal que os mantenha “sempre acionados”. 198 Segundo o item 12.35, as máquinas e equipamentos comandados por radiofrequência devem possuir proteção contra interferências eletromagnéticas acidentais. Esse requisito busca evitar que máquinas e equipamentos comandados remotamente sejam acionados ou desligados indevidamente, em virtude de interferências eletromagnéticas. 199 Máquinase equipamentos comandados por radiofrequência Prevenir é melhor que remediar, já dizia o antigo reclame, tão antigo quanto a CLT! Obrigado ! 200
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