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153440696-Aula109-Seguranca-e-Saude-No-Trabalho-Aula-06

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CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO 
PROFESSORA: MARA QUEIROGA CAMISASSA 
Prof. Mara Queiroga Camisassa www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA 06 - NR12 
SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 
 
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO DA NR12 ATÉ A DATA DA ELABORAÇÃO DESTA AULA: 
Portaria SIT n.º 293, de 08 de dezembro de 2011 
 
Olá futuros colegas! 
 
Bem vindos à nossa Aula 06! 
 
Estudaremos nesta aula a novíssima NR12 – Segurança no Trabalho em 
Máquinas e Equipamentos. (nova até no título!). 
 
A NR12 é uma norma muitíssimo importante. Os acidentes de trabalho 
envolvendo máquinas podem ter consequências desde as mais simples até as 
mais graves, podendo chegar à amputação de membros ou até mesmo a 
morte. As principais causas destes acidentes são: 
 
• máquinas sem manutenção; 
• máquinas que não possuem dispositivos de proteção; 
• máquinas que possuem dispositivos de proteção, mas são adulteradas 
 
Podem ter certeza de que não é nenhum exagero chamar esta norma de 
novíssima. Desde sua publicação através da nossa famosa Portaria 3.214/78, a 
NR12 sofreu alterações pontuais ao longo dos anos: em 1995 foi incluído o 
anexo de motosserras, em 1996, o de cilindros de massa, e em 1997 houve 
uma pequena alteração neste anexo. 
 
Até dois anos atrás a NR12 tinha apenas cinco páginas. Mas no final de 2010, 
treze anos !!! depois de sua última alteração, foi publicada a Portaria 197 que 
alterou completamente a redação da NR12. Apesar da publicação desta 
portaria ter ocorrido em 17 de dezembro de 2010, nem todos os itens e 
anexos da nova norma entraram em vigor naquela data; os prazos 
previstos para a implementação de determinados itens e anexos constam na 
portaria. 
 
O novo texto da NR12 é o resultado conjunto de um grupo de trabalho que 
reuniu representantes do governo, fabricantes, empregados e empregadores. 
Alguns dos principais motivadores da sua alteração foram: (i) a necessidade de 
atualização de seu texto, que agora traz conceitos fundamentais sobre 
proteções de máquinas já consagradas em outras normas de segurança 
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nacionais e internacionais, (ii) a evolução tecnológica e (iii) a crescente 
entrada no mercado de máquinas e equipamentos extremamente sofisticados. 
 
Agora a NR12 tem oitenta e três páginas e doze anexos que tratam de forma 
detalhada os aspectos relativos à segurança de vários tipos de máquinas 
e equipamentos utilizados em vários processos de trabalho (e não 
somente as motosserras e os cilindros de massa, como na redação anterior) 
das mais diversas atividades econômicas, como por exemplo: 
 
• máquinas para panificação e confeitaria: amassadeira, batedeira, 
cilindro de panificação, modeladora, laminadora, fatiadora de pães e 
moinho para farinha de rosca, 
• máquinas para açougue e mercearia: serra fita, fatiador de bifes, 
amaciador de bifes, moedor de carnes e fatiador de frios 
• prensas e similares, 
• injetora de materiais plásticos, 
• máquinas para fabricação de calçados e afins, e 
• máquinas e implementos para uso agrícola e florestal 
• motosserras 
 
A atual redação traz também uma abordagem mais adaptada à nova realidade 
do mercado, sem muitas “amarras”, como havia na redação anterior. Por 
exemplo, a NR12 antiga determinava que: 
 
“a distância mínima entre máquinas e equipamentos deve ser de 0,60m a 
0,80m, a critério da autoridade competente em segurança e medicina do 
trabalho.” 
 
Na redação atual, a norma determina que: 
 
a distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas características 
e aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores durante sua 
operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação 
dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa. 
 
Estas são as principais alterações da norma: 
 
• Ampliação da abrangência, desde a fase de projeto das máquinas e 
equipamentos 
 
• Descrição detalhada de proteções e diversos dispositivos de 
segurança 
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• Introdução do conceito de falha segura e níveis de categoria de 
segurança 
 
• Obrigatoriedade do profissional habilitado e empregados qualificados, 
capacitados e autorizados (conceito também utilizado na NR10, como 
vimos na aula anterior) 
 
• Maior detalhamento dos manuais de inspeção 
 
• Obrigatoriedade de adoção de medidas de proteção específicas para 
pessoas com deficiência, a cargo do empregador 
 
Ao final da aula vocês encontrarão um quadro comparativo entre a NR12 
atual e sua antiga redação, e em seguida o resumo da aula. (na verdade 
praticamente todo o texto da NR12 é novidade, então este quadro comparativo 
se refere apenas às informações que foram alteradas) 
 
Todos os “exercícios propostos” desta aula se referem a algumas das principais 
novas recomendações. 
 
Uma última observação muito importante: os anexos são bastante técnicos e 
totalizam mais de 60 (sessenta) páginas. Acho que numa preparação para um 
concurso tão concorrido como o de AFT devemos nos preparar para o pior, e o 
pior neste caso, é a ESAF cobrar informações dos anexos. Por isto, elaborei 
também um resumo sobre os seus principais pontos e que na minha opinião 
poderiam ser cobrados no concurso. Sugiro que vocês incluam na sua 
programação de estudos pelo menos uma leitura dos resumos dos anexos que 
estão incluídos nesta aula. 
 
 
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NR 12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 
 
TEORIA 
 
O texto da NR12 está dividido da seguinte maneira: 
 
Parte principal: 19 Títulos: Definições básicas e medidas de ordem geral 
para todas as máquinas 
 
Anexos I, II, III e IV: Informações complementares para atendimento à 
parte principal e aos demais anexos: 
 
• Anexo I: Distâncias de segurança e requisitos para o suo de detectores 
de presença optoeletrônicos 
• Anexo II: Conteúdo programático da capacitação 
 
• Anexo III: Meios de acesso permanentes 
 
• Anexo IV: Glossário 
 
Anexos V a XII: Especificidades sobre determinado tipo de máquina ou 
excepcionalidades 
 
• Anexo V: Motosserras 
 
• Anexo VI: Máquinas para panificação e confeitaria 
 
• Anexo VII: Máquinas para açougue e mercearia 
 
• Anexo VIII: Prensas e similares 
 
• Anexo IX: Injetora de materiais plásticos 
 
• Anexo X: Máquinas para fabricação de calçados e afins 
 
• Anexo XI: Máquinas e implementos para uso agrícola e florestal 
 
• Anexo XII: Equipamentos de guindar para elevação de pessoas e 
realização de trabalho em altura 
 
 
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Obs.: A NR12 não faz distinção entre máquinas e equipamentos, 
tratando-os indistintamente OK? 
 
 
Veremos agora a parte principal da NR12 e em seguida o resumo dos anexos. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS 
 
Logo no primeiro item – Princípios Gerais - a NR12 já traz uma série de 
novidades: O item 12.1 dispõe que a NR12 define referências técnicas, 
princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a 
integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a 
prevenção de acidentes e doenças do trabalho em máquinas e 
equipamentos de todos os tipos e em todas as atividades econômicas, 
nas seguintes fases: 
 
• projeto 
• utilização 
• fabricação 
• importação 
• comercialização 
• exposição 
• cessão a qualquer título 
 
Vejam a importância deste item!!!! Enquanto na redação anterior o foco era 
principalmente na fase na operação e manutenção das máquinas, esta novaredação veio para não deixar dúvidas de que a NR12 contempla todas as fases 
da existência de uma máquina ou equipamento, que começa desde a sua 
concepção (projeto) até o seu eventual desmonte, como veremos a seguir. 
 
O quadro a seguir apresenta estas importantes informações constantes no item 
1.1: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBS.: O item 1.1 ainda determina que também deve ser observado o disposto 
nas demais Normas Regulamentadoras, nas normas técnicas oficiais e, na 
ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis. 
 
Mas quais atividades estão incluídas na fase de UTILIZAÇÃO? 
 
O item 12.1.1 dispõe que a fase de utilização abrange as atividades de: 
 
• construção, 
• transporte, 
• montagem, 
• instalação, 
• ajuste, 
• operação, 
• limpeza, 
• manutenção, 
• inspeção, 
• desativação e 
• desmonte. 
 
As disposições contidas na NR12 se aplicam a máquinas e equipamentos 
novos e usados, exceto naqueles itens em que houver menção específica 
quanto à sua aplicabilidade. 
 
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Os elaboradores da NR12 tiveram grande preocupação com a inclusão social. É 
determinado expressamente que o empregador é o responsável pela efetivação 
de medidas apropriadas sempre que pessoas com deficiência estiverem 
envolvidas direta ou indiretamente no trabalho com máquinas e 
equipamentos. Redação do item 12.3. 
 
O empregador também é o responsável pela adoção de medidas de proteção, 
que devem ser adotadas na seguinte ordem de prioridade: 
 
a) medidas de proteção coletiva 
b) medidas administrativas ou de organização do trabalho 
c) medidas de proteção individual 
 
Princípio da falha Segura 
 
Uma grande novidade da NR12 é a determinação de que a concepção das 
máquinas deve atender ao princípio da falha segura. 
 
Considera-se que um sistema atende ao princípio da falha segura caso a 
ocorrência de determinada falha não acarrete outra falha ou acidente, ou ainda 
os dispositivos são projetados de modo a “pararem” em situação segura, em 
caso de falha. 
 
Segundo o Glossário, o princípio de falha segura “requer que um sistema entre 
em estado seguro, quando ocorrer falha de um componente relevante à 
segurança.” 
 
A principal pré-condição para a aplicação desse princípio é a existência de um 
estado seguro, em que o sistema pode ser projetado para entrar nesse 
estado quando ocorrerem falhas. 
 
ARRANJO FISICO E INSTALAÇÕES 
 
Este é um dos itens que foi mantido sem alteração, da redação anterior para 
a redação atual. Segundo o item 12.6.1., as vias principais de circulação nos 
locais de trabalho e as que conduzem às saídas devem ter, no mínimo, 
1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura. 
As áreas de circulação devem ser mantidas desobstruídas e devidamente 
demarcadas e em conformidade com as normas técnicas oficiais. 
 
 
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A redação anterior da NR12 especificava a distância mínima entre 
partes móveis das máquinas e equipamentos. Mas a nova redação não 
contém mais esta especificação. A ideia é que a segurança do trabalhador 
seja mantida em todos os casos. 
 
A redação atual da NR12 através do seu item 12.8.1, determina que a 
distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas 
características e aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores 
durante sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a 
movimentação dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa. 
 
Tentem memorizar as informações do quadro a seguir: 
 
 
PRINCIPAIS VIAS DE CIRCULAÇÃO E 
AS QUE CONDUZEM À SAÍDA 
 
 
LARGURA MÍNIMA: 1,20 
 
 
 
DISTÂNCIA ENTRE MÁQUINAS 
 
 
EM FUNÇÃO DA NATUREZA DA 
TAREFA, GARANTIDA A 
SEGURANÇA DOS 
TRABALHADORES 
 
 
Segundo o item 12.12, nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo 
menos dois deles devem possuir travas. A trava impede o deslocamento 
acidental da máquina, evitando acidentes. 
 
As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quaisquer outros 
locais em que possa haver trabalhadores devem ficar posicionados de 
modo que não ocorra transporte e movimentação aérea de materiais 
sobre os trabalhadores. Este é o caso por exemplo das pontes rolantes, que 
fazem a movimentação de grandes peças no interior de galpões industriais. 
Redação do item 12.13. 
 
Vejam a figura a seguir: 
 
 
 
 
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Já as máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à sua 
estabilidade (por exemplo, fixação especial), de modo que não basculem e 
não se desloquem intempestivamente por vibrações, choques, forças 
externas previsíveis, forças dinâmicas internas ou qualquer outro motivo 
acidental. 
 
INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS 
 
A NR12 determina que as determinações contidas na NR10 sejam observadas 
no projeto das instalações elétricas, a fim de se evitar os perigos de choque 
elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de acidentes. 
 
Elementos que não façam parte dos circuitos elétricos como carcaças, 
invólucros, blindagens ou partes condutoras das máquinas que não 
façam parte dos circuitos elétricos devem ser mantidas aterradas. Por 
exemplo, a torre de uma grua (equipamento de transporte de materiais 
utilizado na construção civil), deve ser aterrada. Vejam as figuras a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os quadros de energia das máquinas e equipamentos devem possuir porta de 
acesso que deve ser mantida permanentemente fechada, de forma a 
restringir o acesso de pessoas estranhas. Somente o(s) empregado(s) 
autorizado(s) deve(m) ter acesso a este quadro. 
 
Os quadros de energia devem possuir sinalização quanto ao risco de choque 
elétrico e ter seus circuitos identificados. 
 
DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA. 
 
Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas devem ser 
projetados, selecionados e instalados de modo que: 
a) não se localizem em suas zonas perigosas; 
b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra 
pessoa que não seja o operador; 
c) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou 
por qualquer outra forma 
acidental; 
d) não acarretem riscos adicionais; e 
e) não possam ser burlados. 
 
A redação anterior da NR12 também determinava que estes dispositivos 
fossem acionados ou desligados pelo operador na sua posição de trabalho; tal 
determinação não consta mais na redação atual. 
 
Comando bimanual 
 
O comando bimanual é um dispositivo de acionamento que visa manter as 
mãos do operador fora da zona de perigo da máquina. Este dispositivo exige, 
ao menos, a atuação simultânea de dois botões pela utilização das duas 
mãos, com o objetivo de iniciar e manter a operação da máquina, enquanto 
existir uma condição de perigo, por exemplo, uma prensa enquanto realiza 
uma prensagem. O comando bimanual é medida de proteção apenas para 
a pessoa que o atua. 
 
Pessoal, se vocês me perguntassem qual assunto, dentre aqueles 
incluídos na nova NR12, que poderia ser cobrado no próximo concurso, 
eu diria: comando bimanual! 
 
 
 
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As duasfotos a seguir apresentam um dispositivo de comando bimanual em 
uma indústria. A segunda foto apresenta este dispositivo sendo acionado pelas 
duas mãos do operador (que se posicionou de costas para o dispositivo, o que 
do ponto de vista operacional e ergonômico está totalmente incorreto). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enquanto o operador estiver com as duas mãos sobre os botões do comando 
bimanual ele não deve conseguir se aproximar da zona de perigo da máquina. 
Vejam então que este dispositivo oferece proteção apenas para o operador. 
Assim que ele retirar uma das mãos ou as duas, a máquina deve parar de 
operar. 
 
Os comandos bimanuais devem atender aos seguintes requisitos: 
 
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a) possuir atuação síncrona, ou seja, um sinal de saída deve ser 
gerado somente quando os dois dispositivos de atuação do comando -
botões- forem atuados com um retardo de tempo menor ou igual a 
0,5s (cinco décimos de segundo ou meio segundo): o acionamento dos 
dois botões deve ser sincronizado sendo permitida uma diferença de tempo de 
acionamento de no máximo 0,5s. 
 
b) estar sob monitoramento automático por interface de segurança: o 
funcionamento do próprio comando bimanual deve ser monitorado por 
interface de segurança: guardem isto: a interface de segurança monitora os 
dispositivos de segurança (o e comando bimanual é um dispositivo de 
segurança) 
 
c) ter relação entre os sinais de entrada e saída, de modo que os sinais 
de entrada aplicados a cada um dos dois dispositivos de atuação do 
comando devem juntos se iniciar e manter o sinal de saída do 
dispositivo de comando bimanual somente durante a aplicação dos 
dois sinais: Somente a atuação simultânea dos sinais de entrada 
(acionamento dos dispositivos de atuação) é que deverá iniciar e manter o 
sinal de saída (comando de operação da máquina). O sinal de saída deverá ser 
mantido durante a aplicação dos dois sinais de entrada (enquanto as duas 
mãos do operador estiverem pressionando os botões). 
 
d) o sinal de saída deve terminar quando houver desacionamento de 
qualquer dos dispositivos de atuação de comando: O sinal de saída 
estará presente somente enquanto o operador mantiver 
 
Este sinal de saída deverá cessar quando houver o desacionamento de 
qualquer dos dispositivos de atuação de comando. Resumindo: Se operador 
tirar uma das mãos (mantendo apenas um dos dispositivos de atuação do 
comando acionados com a outra mão), o sinal de saída será interrompido, e se 
ele recolocar a mão novamente, o sinal de saída não poderá ser reiniciado. 
Para isto acontecer (reinício do sinal de saída), o operador deve retirar 
as duas mãos, e colocá-las novamente. 
 
e) possuir dispositivos de comando que exijam uma atuação 
intencional a fim de minimizar a probabilidade de comando acidental: 
Os botões devem estar posicionados e distanciados de tal forma que não seja 
possível o acionamento acidental (por exemplo, com um esbarrão). 
 
 
 
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f) possuir distanciamento e barreiras entre os dispositivos de atuação 
de comando para dificultar a burla do efeito de proteção do dispositivo 
de comando bimanual: Os dispositivos de atuação do comando devem estar 
distanciados de forma que não seja possível o acionamento utilizando-se o 
braço (por exemplo, usando o cotovelo e a mão). Também devem estar 
posicionados de modo a dificultar a burla do efeito de proteção bimanual, 
impedindo, por exemplo, que alguém empregue artifício tal que os mantenha 
“sempre acionados”. Os botões de acionamento também devem possuir uma 
barreira para garantir que o acionamento não será acidental. 
 
Se vocês observarem as figuras anteriores verão que os botões de 
acionamento do comando bimanual que está sendo acionado pelo operador 
não possui esta barreira, como na primeira figura. 
 
g) tornar possível o reinício do sinal de saída somente após a 
desativação dos dois dispositivos de atuação do comando: o reinício do 
sinal de saída deve ocorrer somente após a desativação dos botões de 
acionamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É possível que uma mesma máquina seja operada por dois ou mais 
dispositivos de comando bimanuais. Neste caso a atuação síncrona é 
requerida somente para a atuação dos botões de cada um dos 
dispositivos de comando bimanuais, e não entre dispositivos diferentes 
que devem manter simultaneidade entre si. 
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 ATENÇÃO!!! 
 
A atuação entre os botões do comando bimanual 
deve ser SÍNCRONA (com tempo de retardo 
menor que 0,5s) 
 
A atuação entre dois ou mais comandos 
bimanuais deve ser simultânea, neste caso não 
há exigência de tempo de retardo mínimo 
 
Conforme o disposto no item 12.25., os comandos de partida ou acionamento 
das máquinas devem possuir dispositivos que impeçam seu funcionamento 
automático ao serem energizadas. Ou seja, no momento em que a máquina ou 
equipamento for energizado, os dispositivos de partida e acionamento não 
devem ser ativados. A energização da máquina é ação independente de sua 
partida ou acionamento. 
 
Segundo o item 12.35. as máquinas e equipamentos comandados por 
radiofrequência devem possuir proteção contra interferências eletromagnéticas 
acidentais. Este requisito busca evitar que máquinas e equipamentos que 
sejam comandados remotamente, sejam acionados ou desligados 
indevidamente, devido a interferências eletromagnéticas. 
 
 
 
 
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SISTEMAS DE SEGURANÇA 
 
Sistemas de segurança são compostos por: 
 
- Proteções fixas 
- Proteções móveis 
- Dispositivos de segurança 
 
 
PROTEÇÕES (FIXAS E MÓVEIS) 
+ 
 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA 
= 
SISTEMAS DE SEGURANÇA 
 
 
As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de 
segurança caracterizados por proteções fixas, proteções móveis e dispositivos 
de segurança interligados, que garantam proteção a saúde e a integridade 
física dos trabalhadores. 
 
Mas qual a diferença entre proteção e dispositivo de segurança? 
 
Proteção: Elemento especificamente utilizado para prover segurança por meio 
de barreira física. A proteção pode ser: 
 
a) proteção fixa: mantida em sua posição de maneira permanente ou por 
meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com 
o uso de ferramentas especificas 
 
b) proteção móvel: pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente é 
ligada por elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo 
próximo, e deve se associar a dispositivos de intertravamento. 
 
Em quais situações deve-se usar a proteção móvel? 
 
Esta resposta está no item 12.44. A proteção deverá ser móvel quando o 
acesso a uma zona de perigo for requerido uma ou mais vezes por 
turno de trabalho, observando-se que: 
 
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a) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando 
sua abertura não possibilitar o acesso a zona de perigo antes da eliminação do 
risco; e 
 
b) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com 
bloqueio quando sua abertura possibilitar o 
acesso a zona de perigo antes da eliminação do risco. 
 
As figuras a seguir apresentam um exemplo de proteção móvel com 
intertravamento de batedeiras da indústria da panificação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O intertravamentose refere ao seguinte: assim que a proteção móvel for 
levantada a máquina para de operar. 
 
A NR12 ainda se refere à proteção móvel intertravada com bloqueio. Este tipo 
de proteção é utilizado quando a transmissão de força possua inércia. Por 
exemplo, no caso da batedeira, a proteção móvel só poderia ser aberta após a 
parada total do batedor. 
 
Obs: Transmissão de força é qualquer componente de um sistema mecânico 
que transmite energia para as partes da máquina que executam o trabalho. 
Estes componentes incluem correias, polias, conexões de eixos, junções, 
engates, correntes e engrenagens dentre outros. 
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Voltando à proteção móvel intertravada: Um exemplo bem prático é a lavadora 
de roupas que temos em casa. Bom pelo menos a lavadora da minha casa 
funciona assim: quando em operação, caso a tampa seja levantada, ela para 
de operar, porém o rotor (que é um dispositivo de transmissão de força) 
continua girando até sua parada total. Isto corresponde a um dispositivo de 
intertravamento. Seria dispositivo de intertravamento com bloqueio caso a 
tampa se levantasse somente após a parada total do rotor (pode ser que as 
máquinas lavadoras mais novas já funcionem assim!..) 
 
Vejam a redação do item 12.46: 
 
Os dispositivos de intertravamento com bloqueio associados as proteções 
móveis das máquinas e equipamentos devem: 
 
a) permitir a operação somente enquanto a proteção estiver fechada e 
bloqueada; 
b) manter a proteção fechada e bloqueada ate que tenha sido eliminado o risco 
de lesão devido as funções perigosas da 
maquina ou do equipamento; e 
c) garantir que o fechamento e bloqueio da proteção por si só não possa dar 
inicio as funções perigosas da maquina ou do equipamento. 
 
E também o item 12.47.1: 
 
12.47.1. Quando utilizadas proteções móveis para o enclausuramento de 
transmissões de forca que possuam inércia, devem ser utilizados dispositivos 
de intertravamento com bloqueio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A figura anterior mostra uma batedeira (muuuuito antiga, mas que ainda 
estava em operação!) em total desconformidade com a norma. Esta máquina 
deve ser interditada. 
 
Dispositivos de Segurança 
 
Os dispositivos de segurança são componentes que, por si só ou 
interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos de acidentes 
e de outros agravos a saúde, sendo classificados em: 
 
Dispositivo de 
Segurança 
Descrição Exemplo Obs 
 
 
Comandos elétricos ou 
interfaces de 
segurança 
Realizam o 
monitoramento, que 
verificam a interligação, 
posição e funcionamento 
de outros dispositivos do 
sistema e impedem a 
ocorrência de falha 
que provoque a perda da 
função de segurança 
Reles de segurança, 
controladores 
configuráveis de 
segurança e 
controlador logico 
programável - CLP de 
segurança; 
 
 
Realizam o 
monitoramento 
do próprio 
sistema de 
segurança 
Dispositivos de 
intertravamento 
Impedem o 
funcionamento de 
elementos da máquina 
sob condições específicas 
 
 
 
 
Chaves de segurança 
eletromecânicas, com 
ação e ruptura 
positiva, magnéticas 
e eletrônicas 
codificadas, 
optoeletrônicas, 
sensores indutivos de 
segurança 
 
Sensores de 
segurança: 
Dispositivos detectores 
de presença mecânicos e 
não mecânicos, que 
atuam quando uma 
pessoa ou parte do seu 
corpo adentra a zona de 
perigo de uma maquina 
ou equipamento, 
enviando um sinal para 
interromper ou impedir o 
inicio de funções 
perigosas, 
 
Cortinas de luz, 
detectores de 
presença 
optoeletrônicos, 
laser de múltiplos 
feixes, barreiras 
ópticas, monitores de 
área, ou scanners, 
batentes, tapetes e 
sensores de posição 
A atuação da 
cortina de luz é 
bidimensional e 
do scanner é 
tridimensional 
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Dispositivo de 
Segurança 
Descrição Exemplo Obs 
Válvulas e blocos de 
segurança ou sistemas 
pneumáticos e 
hidráulicos de mesma 
eficácia; 
Componentes conectados 
à máquina ou 
equipamento com a 
finalidade de 
permitir ou bloquear, 
quando acionado, a 
passagem de fluidos 
líquidos ou gasosos, 
como ar comprimido e 
fluidos hidráulicos, de 
modo a iniciar ou cessar 
as funções da máquina 
ou equipamento. Deve 
possuir monitoramento 
para a verificação de sua 
interligação, posição e 
funcionamento, 
impedindo a ocorrência 
de falha que provoque a 
perda da função de 
segurança 
 
Dispositivos mecânicos 
 
 Dispositivos de 
retenção, limitadores, 
separadores, 
empurradores, 
inibidores, 
defletores e retrateis 
 
Dispositivos de 
validação 
Dispositivos 
suplementares de 
comando operados 
manualmente, que, 
quando aplicados de 
modo permanente, 
habilitam o dispositivo de 
acionamento, como 
chaves seletoras 
bloqueáveis e 
dispositivos bloqueáveis. 
 Seleciona modos 
de operação 
manual, 
operação 
automática, , 
manutenção, 
ajuste, etc 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os sistemas de segurança devem ser selecionados e instalados de 
modo a atender aos seguintes requisitos: 
 
a) ter categoria de segurança conforme prévia análise de riscos 
prevista nas normas técnicas oficiais vigentes; 
 
Pessoal, vamos entender este item. Para as máquinas constantes nos Anexos 
da NR12, a própria norma já definiu previamente os dispositivos de proteção 
que elas deverão conter. Mas é claro que existe uma infinidade de outras 
máquinas não previstas na norma, e seria impossível que um único documento 
previsse todas as proteções necessárias para todas as máquinas existentes. 
Então, nestes casos, ou seja, nos casos de máquinas cujas proteções não 
estejam previamente definidas na NR12, a empresa deverá realizar análise de 
riscos para identificar a categoria de segurança, e a partir daí, identificar as 
proteções necessárias. 
 
Vejam que a NR12 não determina qual análise de risco deve ser 
implementada, cabendo à empresa utilizar a que entender mais adequada 
(APR – Análise Preliminar de Risco, HAZOP – Hazard and Operability Study, 
dentre outras). 
 
Categoria de Segurança: Segundo a norma ABNT NBR 14153, o 
desempenho com relação à ocorrência de defeitos, de uma parte de um 
sistema de comando, relacionado à segurança, é dividido em cinco categorias 
de segurança (B, 1, 2, 3 e 4), onde B é o nível mais baixo de segurança e 4 o 
nível mais alto. 
 
b) estar sob a responsabilidade técnica de profissional legalmente 
habilitado; 
c) possuir conformidade técnica com o sistema de comando a que são 
integrados; 
d) instalação de modo que não possam ser neutralizados ou burlados; 
e) manterem-se sob vigilância automática, ou seja, sob monitoramento, de 
acordo com a categoria de segurança requerida, exceto para dispositivos de 
segurança exclusivamente mecânicos; e 
f) paralisação dos movimentos perigosos e demais riscos quando ocorrerem 
falhas ou situações anormais de trabalho: independente do trabalho que está 
sendo realizado 
 
 
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Segundo o item 12.54, as proteções, dispositivos e sistemas de 
segurança devem integrar as máquinas e equipamentos, e não podem ser 
considerados itens opcionais para qualquer fim. 
 
Segundo o item 12.47, as transmissões de força e os componentes 
móveis a elas interligados, acessíveis ou expostos, devem possuir 
proteções fixas, ou móveis com dispositivos de intertravamento, que 
impeçam o acesso por todos os lados. Vejama figura a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA 
 
Os botões ou dispositivos de parada de emergência devem permitir que, uma 
vez acionados, a operação da máquina ou equipamento seja interrompida, 
evitando desta forma situações de perigo latentes e existentes. (item 12.56). 
 
Uma vez pressionado o botão, seu acionador deve ser mantido retido, até 
que seja voluntariamente desacionado, ou seja, tal desacionamento deve ser 
possível apenas como resultado de uma ação manual intencional sobre o 
acionador, por meio de manobra apropriada. Está é a redação dos itens 12.60 
e 12.60.1. 
 
Os dispositivos de emergência devem prevalecer sobre todos os outros 
comandos e devem ser projetados de tal forma que suportem as condições de 
operação dos dispositivos correspondentes bem como as condições do 
ambiente no qual irão operar, por exemplo, condições de calor extremo ou frio 
extremo. 
 
 
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O rearme ou reset manual do dispositivo de emergência deve ser realizado 
somente após a correção do evento que motivou o acionamento da parada de 
emergência, conforme determina o item 12.63. 
 
MEIOS DE ACESSO PERMANENTES 
 
Segundo o item 12.64.1 todos os meios citados: 
 
- elevadores, 
- rampas, 
- passarelas, 
- plataformas 
- escadas de degraus, 
 
são considerados meios de acesso à máquinas e equipamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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No caso de impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos, poderá ser 
utilizada escada fixa tipo marinheiro. 
 
O Glossário nos apresenta as seguintes definições relativas às escadas: 
 
Escada de degraus com espelho: meio de acesso permanente com um 
ângulo de lance de 20° (vinte graus) a 45° (quarenta e cinco graus), cujos 
elementos horizontais são degraus com espelho. 
 
Escada de degraus sem espelho: meio de acesso com um ângulo de lance 
de 45° (quarenta e cinco graus) a 75° (setenta e cinco graus), cujos 
elementos horizontais são degraus sem espelho. 
 
Escada do tipo marinheiro: meio permanente de acesso com um ângulo de 
lance de 75° (setenta e cinco graus) a 90° (noventa graus), cujos elementos 
horizontais são barras ou travessas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O item 12.70 da norma determina que os meios de acesso, exceto escada 
fixa do tipo marinheiro e elevador, devem possuir sistema de proteção 
contra quedas com as seguintes características: 
 
a) ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de 
forma a suportar os esforços solicitantes; 
b) ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão; 
c) possuir travessão superior de 1,10 m a 1,20 m de alturaem relação ao piso 
ao longo de toda a extensão, em ambos os lados; 
d) o travessão superior não deve possuir superfície plana, a fim de evitar a 
colocação de objetos; 
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e) possuir rodapé de, no mínimo, 0,20 m de altura e travessão intermediário a 
0,70 m de altura em relação ao piso, localizado entre o rodapé e o travessão 
superior 
 
O sistema de proteção contra quedas não se aplica à escada tipo marinheiro e 
elevador, em função das características construtivas destes. 
 
COMPONENTES PRESSURIZADOS 
 
Como medida de proteção para o operador e terceiros, as mangueiras dos 
sistemas pressurizados devem possuir indicação da pressão máxima de 
trabalho admissível especificada pelo fabricante. 
 
Nas atividades de montagem e desmontagem de pneumáticos das rodas das 
máquinas e equipamentos não estacionários, que ofereçam riscos de 
acidentes, devem ser observadas as seguintes condições: 
 
• os pneumáticos devem ser completamente despressurizados, 
removendo o núcleo da válvula de calibragem antes da desmontagem e 
de qualquer intervenção que possa acarretar acidentes. 
 
• o enchimento de pneumáticos só poderá ser executado dentro de 
dispositivo de clausura ou gaiola adequadamente dimensionada, até 
que seja alcançada uma pressão suficiente para forçar o talão sobre o 
aro e criar uma vedação pneumática. 
 
Obs.: Os dispositivos pneumáticos são elementos que transformam a energia 
do ar comprimido em trabalho mecânico através de movimentos lineares e/ou 
giratórios. 
 
Segundo o item 12.78 as mangueiras, tubulações e demais componentes 
pressurizados devem ser localizados ou protegidos de tal forma que uma 
situação de ruptura destes componentes e vazamentos de fluidos, não possa 
ocasionar acidentes de trabalho. 
 
TRANSPORTADORES DE MATERIAIS 
 
Este item trata dos transportadores contínuos de materiais. Transportador 
contínuo é aquele sistema de transporte que utiliza por exemplo, esteiras ou 
roletes para movimentação dos produtos no processo produtivo. Vejam a 
figura a seguir que mostra um transportador de uma indústria de bebidas que 
utiliza roletes: 
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Transportador contínuo acessível aos trabalhadores é aquele que está ao 
alcance do trabalhador. 
 
O item 12.90.2 dispõe que a permanência e circulação de pessoas SOBRE os 
transportadores contínuos é permitida desde que sejam realizadas por meio 
de passarelas com sistema de proteção contra quedas. 
 
Também é permitida a permanência e a circulação de pessoas SOB os 
transportadores contínuos somente em locais protegidos que ofereçam 
resistência e dimensões adequadas contra quedas de materiais. 
Redação do item 12.90.3. 
 
 
 
ATENÇÃO!!!!! Não vamos confundir a redação dos 
itens 12.90.2 e 12.90.3 que permitem a permanência e 
circulação de pessoas SOBRE e SOB os 
transportadores contínuos, desde que devidamente 
protegidos, com a proibição de transporte e 
movimentação aérea de materiais sobre os 
trabalhadores, da redação do item 12.13. 
 
 
Segundo o item 12.91 os transportadores contínuos acessíveis aos 
trabalhadores devem dispor, ao longo de sua extensão, de dispositivos de 
parada de emergência, de modo que possam ser acionados em todas as 
posições de trabalho. Entretanto, tais transportadores podem ser 
dispensados desta exigência, se a análise de risco assim indicar. 
 
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Conforme disposto no item 12.88, os cabos de aço, correntes, eslingas, 
ganchos e outros elementos de suspensão ou tração e suas conexões devem 
ser adequados ao tipo de material e dimensionados para suportar os esforços 
solicitantes, ou seja, o peso das cargas que irão transportar. Pessoal, eslinga 
(também chamada de linga) é um tipo de cinta utilizada para içar, tal como 
cabos de aço ou correntes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O item 12.86 determina que os transportadores contínuos de correia, cuja 
altura da borda da correia que transporta a carga esteja superior a 2,70 m 
(dois metros e setenta centímetros) do piso devem possuir, em toda a 
sua extensão, passarelas em ambos os lados, atendidos os requisitos do 
item 12.66. (que diz que as plataformas devem ser estáveis e seguras). 
 
ASPECTOS ERGONÔMICOS 
 
Apesar de existir uma norma específica que trata de ergonomia (NR17), os 
elaboradores da NR12 optaram por também tratar desta matéria, trazendo 
requisitos ergonômicos específicos que devem ser atendidos pelas máquinas e 
equipamentos. 
 
Os postos de trabalho devem ser projetados para permitir a alternância de 
postura e a movimentação adequada dos segmentos corporais, garantindoespaço suficiente para operação dos controles nele instalados. 
 
Os postos de trabalho das máquinas e equipamentos devem permitir o apoio 
integral das plantas dos pés no piso, e deve ser fornecido apoio para os 
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pés quando os pés do operador não alcançarem o piso, mesmo após a 
regulagem do assento. 
 
As superfícies dos postos de trabalho não devem possuir cantos vivos, 
superfícies ásperas, cortantes e quinas em ângulos agudos ou 
rebarbas nos pontos de contato com segmentos do corpo do operador. 
 
Além disso, os elementos de fixação (pregos, rebites e parafusos), não devem 
oferecer riscos adicionais. 
 
A instalação dos elementos de acionamento manual ou a pedal deve ser feita 
de forma a facilitar a execução da manobra levando em consideração as 
características biomecânicas e antropométricas dos operadores. 
 
Segundo o item 12.96 as máquinas e equipamentos devem ser projetados, 
construídos e operados levando em consideração (1) a necessidade de 
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores e (2) a natureza dos trabalhos a executar, oferecendo 
condições de conforto e segurança no trabalho, observado o disposto na NR 
17. 
 
RISCOS ADICIONAIS 
 
A NR12 determina que devem ser considerados os seguintes riscos adicionais: 
 
a) substâncias perigosas quaisquer, sejam agentes biológicos ou agentes 
químicos em estado sólido, líquido ou gasoso, que apresentem riscos à saúde 
ou integridade física dos trabalhadores por meio de inalação, ingestão ou 
contato com a pele, olhos ou mucosas; 
 
b) radiações ionizantes geradas pelas máquinas e equipamentos ou 
provenientes de substâncias radiativas por eles utilizadas, processadas ou 
produzidas; 
 
c) radiações não ionizantes com potencial de causar danos à saúde ou 
integridade física dos trabalhadores; 
 
d) vibrações; 
 
e) ruído; 
 
f) calor; 
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g) combustíveis, inflamáveis, explosivos e substâncias que reagem 
perigosamente; e 
 
h) superfícies aquecidas acessíveis que apresentem risco de queimaduras 
causadas pelo contato com a pele. 
 
A norma define que a adoção de medidas de controle dos riscos adicionais 
provenientes da emissão ou liberação de agentes químicos, físicos e biológicos 
pelas máquinas e equipamentos, deve seguir a seguinte ordem de prioridade: 
 
• Eliminação 
• Redução de sua emissão ou liberação 
• Redução da exposição dos trabalhadores 
 
As máquinas e equipamentos que utilizem, processem ou produzam 
combustíveis, inflamáveis, explosivos ou substâncias que reagem 
perigosamente devem oferecer medidas de proteção contra sua emissão, 
liberação, combustão, explosão e reação acidentais, bem como proteção contra 
ocorrência de incêndio. 
 
Também devem ser previstas a adoção de medidas de proteção contra 
queimaduras causadas pelo contato da pele com superfícies aquecidas de 
máquinas e equipamentos, tais como: 
 
• Redução da temperatura superficial 
• Isolação com materiais apropriados e barreiras, sempre que a 
temperatura da superfície for maior do que o limiar de queimaduras do 
material do qual é constituída, para um determinado período de contato. 
 
MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO, PREPARAÇÃO, AJUSTES E REPAROS 
 
As máquinas e equipamentos devem ser submetidos a manutenções 
preventiva e corretiva. 
 
A forma destas manutenções e sua periodicidade devem ser determinadas pelo 
fabricante, conforme as normas técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta 
destas, as normas técnicas internacionais. 
 
As manutenções preventivas que tenham potencial de causar acidentes do 
trabalho devem ser objeto de planejamento e gerenciamento efetuado por 
profissional legalmente habilitado. 
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A nova redação da NR12 também exige o registro em livro próprio, ficha ou 
sistema informatizado, das manutenções preventivas e corretivas, 
devendo este registro conter os seguintes dados: 
 
a) cronograma de manutenção; 
b) intervenções realizadas; 
c) data da realização de cada intervenção; 
d) serviço realizado; 
e) peças reparadas ou substituídas; 
f) condições de segurança do equipamento; 
g) indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina; e 
h) nome do responsável pela execução das intervenções 
 
SINALIZAÇÃO 
 
As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se encontram, 
devem possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e 
terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e 
manutenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física 
e a saúde dos trabalhadores. 
 
A sinalização de segurança compreende os símbolos, as inscrições e os sinais 
luminosos e sonoros. 
 
As inscrições devem indicar claramente o risco e a parte da maquina ou 
equipamento a que se referem, não devendo ser utilizada somente a 
inscrição de “perigo”. 
 
Exceto quando houver previsão em outras Normas Regulamentadoras, devem 
ser adotadas as seguintes cores para a sinalização de segurança das máquinas 
e equipamentos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a) amarelo: 
1. proteções fixas e móveis – exceto quando os movimentos perigosos 
estiverem enclausurados na própria carenagem ou estrutura da maquina ou 
equipamento, ou quando tecnicamente inviável; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. componentes mecânicos de retenção, dispositivos e outras partes 
destinadas a segurança; e 
 
3. gaiolas das escadas, corrimão e sistemas de guarda-corpo e rodapé 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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b) azul: comunicação de paralisação e bloqueio de segurança para manutenção 
 
 
MANUAIS 
 
As máquinas e equipamentos devem possuir manual de instruções que deverá 
ser fornecido pelo fabricante ou importador. 
 
O manual deve conter instruções relativas à segurança em todas as fases de 
utilização da máquina. 
 
Reconstituição do manual: Caso o manual da máquina ou equipamento, 
que apresente risco, não exista ou tenha sido extraviado, ele deverá ser 
reconstituído pelo empregador (e não pelo fornecedor). 
 
É claro que para esta reconstituição, o empregador poderá contar com 
informações obtidas junto ao fornecedor, mas a responsabilidade final desta 
reconstituição é mesmo do empregador, e deve ser feita sob a 
responsabilidade de profissional legalmente habilitado. 
 
 
 Fornecimento do manual de instruções: 
responsabilidade do fabricante ou importador 
 
Reconstituição do manual de instruções: (no caso 
de inexistência ou extravio): responsabilidade do 
empregador 
 
CAPACITAÇÃO 
 
Os procedimentos de operação, manutenção, inspeção e demais intervenções 
em máquinas e equipamentos devem ser realizadas por trabalhadores 
habilitados, qualificados, capacitados ou autorizados para este fim. 
A capacitação deve ser providenciada pelo empregador e compatível com as 
respectivas funções, e deverá abordar os riscos aos quais os trabalhadores 
estão expostos e as medidas de proteção existentes e necessárias. 
 
Requisitos da capacitação: 
 
a) ocorrer antes que o trabalhador assuma a sua função; 
b) ser realizada pelo empregador, sem ônus para o trabalhador; 
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c) ter carga horária mínima que garanta aos trabalhadores executarem suas 
atividades com segurança, sendo distribuída em no máximo oito horas diárias 
(durante o horário normal de trabalho); 
d) ter conteúdo programático conforme o estabelecido no Anexo II desta 
Norma; e 
e) ser ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados para este fim, 
com supervisão de profissional legalmente habilitado 
 
Segundo o glossário: 
 
Profissional habilitado para a supervisão da capacitação: profissional 
que comprove conclusão de curso específico na área de atuação, compatível 
com o curso a ser ministrado, com registro no competente conselho de classe, 
se necessário. 
 
Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e 
com registro no competente conselho de classe, se necessário. 
 
Profissional ou trabalhador capacitado: aquele que recebeu capacitação 
sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado. 
 
Profissional ou trabalhador qualificado: aquele que comprove conclusão 
de curso específico na sua área de atuação e reconhecido pelo sistema oficial 
de ensino. 
 
 REGRA: 
A capacitação só terá validade para o empregador 
que a realizou e nas condições estabelecidas pelo 
profissional legalmente habilitado responsável 
pela supervisão da capacitação. 
EXCEÇÃO: 
Os operadores de injetoras com capacitação 
conforme o previsto no item 12.147 (e subitens) 
estão dispensados desta exigência. 
 
São considerados autorizados os trabalhadores qualificados, capacitados ou 
profissionais legalmente habilitados, com autorização dada por meio de 
documento formal do empregador. 
 
A capacitação de reciclagem deve ser realizada sempre que ocorrerem 
modificações significativas nas instalações e na operação de máquinas 
ou troca de métodos, processos e organização do trabalho. 
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O quadro a seguir apresenta uma comparação entre alguns itens da redação 
antiga e da nova: 
 
 Redação anterior Nova redação 
 
 
 
Abrangência 
 
Tratava, basicamente, da 
segurança na operação 
manutenção das 
máquinas e equipamentos 
de forma genérica 
Abrangência desde a fase 
do projeto e utilização* 
de máquinas e 
equipamentos, incluindo 
também a fabricação, 
importação, 
comercialização, 
exposição e cessão a 
qualquer título 
Novos conceitos 
utilizados 
-- Falha segura 
Níveis de categoria de 
segurança 
 
 
 
 
Anexos – 
Detalhamentos de 
máquinas e 
equipamentos 
 
 
 
 
 
Cilindros de massa e 
motosserras 
- Máquinas para 
panificação e confeitaria 
- Máquinas para açougue e 
mercearia 
- Prensas e similares, 
- Injetora de materiais 
plásticos, 
- Máquinas para fabricação 
de calçados e afins 
- Máquinas e implementos 
para uso agrícola e 
florestal 
- Motoserras 
 
Segurança do operador 
e de terceiros 
 
Contemplava apenas 
disposições de segurança 
relativa ao operador 
 
Contempla disposições de 
segurança relativas ao 
operador e a terceiros 
 
Detalhamento dos 
dispositivos de 
segurança 
De motosserras e 
Cilindros de massa 
Apresenta detalhamento 
dos dispositivos de 
segurança a serem 
utilizados, como por 
exemplo, dispositivos 
ópticos utilizados em 
controle de acesso, como 
cortina de luz e monitor de 
área a laser 
 
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Capacitação 
 
 
 
Previa apenas treinamento 
obrigatório para os 
operadores de motosserra 
Todos os trabalhadores 
envolvidos em 
intervenções em 
máquinas e equipamentos 
devem receber 
capacitação. Utiliza o 
conceito de 
trabalhadores 
habilitados, 
qualificados, 
capacitados ou 
autorizados 
 
 
 
Manuais 
Previa a obrigatoriedade 
de Manual de Instruções 
para motosserras com 
quatro itens obrigatórios 
(não previa expressamente 
a necessidade de manual 
em português!!!) 
 
Determina em detalhes o 
conteúdo dos manuais com 
informações relativas à 
segurança em todas as 
fases de utilização. 
 
 
 
Partes móveis 
Entre partes móveis de 
máquinas e/ou 
equipamentos deve haver 
uma faixa livre variável de 
0,70m a 1,30m, a critério 
da autoridade 
competente em segurança 
e medicina do 
trabalho. 
 
 
Não tem esta 
determinação expressa. A 
idéia é que seja garantida 
a segurança 
dos trabalhadores. 
 
 
 
Distância mínima entre 
máquinas 
 
 
 
Entre 0,60m a 0,80m a 
critério da autoridade 
competente em segurança 
e medicina do trabalho 
Distância mínima entre 
máquinas, em 
conformidade com suas 
características e 
aplicações, deve garantir 
a segurança dos 
trabalhadores durante sua 
operação, manutenção, 
ajuste, limpeza e inspeção, 
e permitir a movimentação 
dos segmentos corporais, 
em face da natureza da 
tarefa. 
Largura das principais 
vias de circulação e as 
que conduzem às saídas 
 
1,20m 
(mínimo) 
 
1,20m 
(mínimo) 
 
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RESUMO DOS ANEXOS 
 
ANEXO I 
DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA E REQUISITOS PARA O USO DE 
DETECTORES DE PRESENÇA OPTOELETRÔNICOS 
 
O Anexo I apresenta as distâncias de segurança (horizontais e verticais) para 
impedir o acesso a zonas de perigo quando for utilizada barreira física. 
 
É também apresentado o cálculo das distâncias mínimas de segurança para 
instalação de detectores de presença optoeletrônicos - ESPS usando cortina de 
luz - AOPD. 
 
AOPD (Active Opto-electronic Protective Device): dispositivo com função 
de detectar interrupção da emissão óptica por um objeto opaco presente na 
zona de detecção especificada, como cortina de luz, detector de presença laser 
múltiplos feixes, monitor de área a laser, fotocélulas de segurança para 
controle de acesso. Sua função é realizada por elementos sensores e 
receptores optoeletrônicos. 
 
As distâncias mínimas na qual os detectores de presença usando cortina de luz 
- AOPD devem ser posicionados em relação à zona de perigo, deve observar o 
cálculo de acordo com norma internacional. 
 
As cortinas devem ser instaladas de forma que sua área de detecção cubra o 
acesso à zona de risco, com o cuidado de não se oferecer espaços de zona 
morta, ou seja, espaço entre a cortina e o corpo da máquina onde pode 
permanecer um trabalhador sem ser detectado. 
 
Outras características de instalação de cortina de luz, tais como aproximação 
paralela, aproximação em ângulo e equipamentos de dupla posição devem 
atender às condições específicas previstas em norma internacional. 
 
E por último o Anexo I especifica os requisitos para uso de detectores de 
presença optoeletrônicos laser - AOPD em dobradeiras hidráulicas. 
 
As dobradeiras hidráulicas podem possuir AOPD laser de múltiplos feixes desde 
que acompanhado de procedimento de trabalho detalhado que atenda às 
recomendações do fabricante, de norma internacional e dos testes previstos no 
Anexo I. 
 
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Os testes devem ser realizados pelo trabalhador encarregado da manutenção 
ou pela troca de ferramenta e repetidos pelo próprio operador a cada troca de 
ferramenta ou qualquer manutenção, e ser 
realizados pelo operador a cada início de turno de trabalho e afastamento 
prolongado da máquina. 
 
ANEXO II 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA CAPACITAÇÃO. 
 
Este anexo apresenta o conteúdo programático de dois tipos de capacitação: 
 
1. Capacitação para a operação segura de máquinas. 
 
Objetivo: permitir habilitação adequada do operador para trabalho seguro 
Inclui etapas teórica e prática. 
 
2. Capacitação de operadores de máquinas automotrizes ou 
autopropelidas 
 
Inclui etapas teórica eprática. 
 
Além do conteúdo programático mínimo do item anterior, esta capacitação 
possui também um conteúdo específico para estes operadores, que abrange 
inclusive legislação de trânsito. 
 
 
ANEXO III 
MEIOS DE ACESSO PERMANENTES 
 
Este anexo apresenta como deve ser feita a escolha do meio de acesso (rampa 
ou escada) e do seu tipo, de acordo com a inclinação entre os níveis a serem 
alcançados. Vejam a figura a seguir: 
 
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Este anexo apresenta também detalhes do sistema de proteção contra quedas 
em plataforma. 
 
ANEXO IV 
GLOSSÁRIO 
 
A seguir as definições que considero mais importantes do Glossário: 
 
Dispositivo de comando bimanual: dispositivo que exige, ao menos, a 
atuação simultânea pela utilização das duas mãos, com o objetivo de iniciar e 
manter, enquanto existir uma condição de perigo, qualquer operação da 
máquina, propiciando uma medida de proteção apenas para a pessoa que o 
atua. 
 
Dispositivo de intertravamento: chave de segurança mecânica, 
eletromecânica, magnética ou óptica projetada para este fim e sensor indutivo 
de segurança, que atuam enviando um sinal para a fonte de 
alimentação do perigo e interrompendo o movimento de perigo toda a vez que 
a proteção for retirada ou aberta. 
 
Dispositivo limitador: dispositivo que impede que uma máquina ou elemento 
de uma máquina ultrapasse um dado limite, por exemplo, limite no espaço, 
limite de pressão etc. 
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Distância de segurança: distância que protege as pessoas do alcance das 
zonas de perigo, sob condições específicas para diferentes situações de acesso. 
 
Engate mecânico por chaveta ou similar: tipo de acoplamento que, uma 
vez colocado em funcionamento ou ativado, não pode ser desengatado até que 
o martelo tenha realizado um ciclo completo. O conceito inclui ainda certos 
tipos de acoplamento que somente podem ser desengatados em certas 
posições do ciclo de funcionamento. Prensas com esse tipo de acoplamento são 
extremamente perigosas, e sua fabricação é proibida. 
 
Falha segura: o princípio de falha segura requer que um sistema entre em 
estado seguro, quando ocorrer falha de um componente relevante à 
segurança. A principal pré-condição para a aplicação desse princípio é a 
existência de um estado seguro em que o sistema pode ser projetado para 
entrar nesse estado quando ocorrerem falhas. O exemplo típico é o sistema de 
proteção de trens (estado seguro = trem parado). Um sistema pode não ter 
um estado seguro como, por exemplo, um avião. Nesse caso, deve ser usado o 
princípio de vida segura, que requer a aplicação de redundância e de 
componentes de alta confiabilidade para se ter a certeza de que o sistema 
sempre funcione. 
 
Intertravamento com bloqueio: proteção associada a um dispositivo de 
intertravamento com dispositivo de bloqueio, de tal forma que: 
- as funções perigosas cobertas pela proteção não possam operar enquanto a 
máquina não estiver fechada e bloqueada; 
- a proteção permanece bloqueada na posição fechada até que tenha 
desaparecido o risco de acidente devido às funções perigosas da máquina; e 
- quando a proteção estiver bloqueada na posição fechada, as funções 
perigosas da máquina possam operar, mas o fechamento e o bloqueio da 
proteção não iniciem por si próprios a operação dessas 
funções. 
 
Geralmente apresenta-se sob a forma de chave de segurança eletromecânica 
de duas partes: corpo e atuador - lingüeta. 
 
Zona perigosa: Qualquer zona dentro ou ao redor de uma máquina ou 
equipamento, onde uma pessoa possa ficar exposta a risco de lesão ou dano à 
saúde. 
 
 
 
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ANEXO V 
MOTOSSERRAS 
 
1. Dispositivos de segurança obrigatórios para motosserras (e também para 
motopodas e similares, no que couber): 
 
a) freio manual ou automático de corrente; 
b) pino pega-corrente; 
c) protetor da mão direita; 
d) protetor da mão esquerda; e 
e) trava de segurança do acelerador. 
 
2. Informações obrigatórias dos catálogos e manuais de instruções (fornecidas 
por fabricantes e importadores): 
 
• os níveis de ruído e vibração 
• a metodologia utilizada para a referida aferição. 
 
3. Manual de instruções deve conter também: 
 
a) riscos relativos à segurança e a saúde durante o seu manuseio; 
b) instruções de segurança no trabalho com o equipamento, de acordo com o 
previsto nas Recomendações Práticas da Organização Internacional do 
Trabalho – OIT; 
c) especificações de ruído e vibração; e 
d) advertências sobre o uso inadequado. 
 
4. Treinamento e material didático para usuários: 
 
Deve ser disponibilizado pelos fabricantes e importadores de motosserras e 
similares, por meio de seus revendedores 
 
Conteúdo: conforme conteúdo programático relativo à utilização constante no 
manual de instruções. 
 
Os treinamentos devem ser promovidos pelos empregadores a todos os 
operadores de motosserra e similares 
 
Objetivo: utilização segura da máquina 
Carga horária mínima: oito horas e conforme conteúdo 
 
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Certificados de garantia: devem ter campo específico, a ser assinado pelo 
consumidor, confirmando a disponibilidade do treinamento ou 
responsabilizando-se pelo treinamento dos trabalhadores que utilizarão a 
máquina. 
 
Sinalização de advertência: 
• Obrigatória para todos os modelos de motosserra e similares 
• Indelével e resistente 
• Local de fácil leitura e visualização 
• Deve conter a seguinte informação: o uso inadequado pode provocar 
acidentes graves e danos à saúde. 
 
É proibido o uso de motosserras e similares à combustão interna em 
lugares fechados ou insuficientemente ventilados. 
 
ANEXO VI 
MÁQUINAS PARA PANIFICAÇAO E CONFEITARIA 
 
Este anexo trata das seguintes máquinas: 
• Amassadeiras 
• Batedeiras 
• Cilindros 
• Modeladoras 
• Laminadoras 
• Fatiadoras para pães 
• Moinho para farinha de rosca 
 
Amassadeiras 
 
• Função: obter mistura homogênea para massas alimentícias 
• Componentes básicos: estrutura, acionamento, batedor, bacia e 
proteções 
• Funcionamento: 
� O sistema de acionamento transmite potência para o batedor 
que realiza movimento de rotação sem movimento de 
translação, fazendo-o girar e misturar os ingredientes da 
massa 
� O sistema de acionamento pode transmitir potência para o 
batedor e a bacia simultaneamente, mantendo ambos em 
movimento de rotação (em certos casos a bacia gira pela 
ação mecânica do batedor sobre a massa) 
 
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• Zona do batedor: 
� O acesso à zona do perigosa do batedor deve ser impedido 
por meio de proteção móvel intertravada 
• Zona da bacia: 
� O acesso à zona perigosa da bacia deve ser impedido por 
meio de proteções fixas ou proteções móveis intertratavadas 
• O acesso à zona do batedor e à zona da bacia só deve ser 
possível quando o movimento do batedor e da bacia tenham 
cessado completamente 
 
Batedeiras 
 
• Função: obter mistura homogênea para massas ou cremes, de 
consistência média ou leve 
• Componentes básicos: estrutura, acionamento, batedores 
intercambiáveis (de diversas geometrias), bacia e proteções 
• Funcionamento: 
� O motor (sistema de acionamento) transmite potência para o 
batedor fazendo-o girar e misturar os ingredientes para 
produção da massa, mantendo a bacia fixa. Durante a 
operação, o batedor realiza movimento derotação sobre 
seu eixo, podendo também ter movimento de 
translação circular, denominado planetário, enquanto a 
bacia permanece fixa 
� O sistema de acionamento pode transmitir potência para o 
batedor e a bacia simultaneamente, mantendo ambos em 
movimento de rotação (em certos casos a bacia gira pela 
ação mecânica do batedor sobre a massa) 
• Zona do batedor: 
� O acesso à zona do perigosa do batedor deve ser impedido 
por meio de proteção móvel intertravada 
• Zona da bacia: 
� O acesso à zona perigosa da bacia deve ser impedido por 
meio de proteções fixas ou proteções móveis intertravadas 
 
• O acesso à zona do batedor e à zona da bacia só deve ser 
possível quando o movimento do batedor e da bacia tenham 
cessado completamente 
 
 
 
 
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Cilindro de panificação 
 
• Máquina de uso não doméstico, independente da capacidade, 
comprimento e diâmetro dos rolos cilíndricos, concebido para sovar 
a massa de fazer pães. 
 
• Consiste principalmente de dois cilindros paralelos tracionados que 
giram em sentido de rotação inversa, mesa baixa, prancha de 
extensão traseira, motor e polias. 
 
• Os conceitos e definições empregados na norma levam em conta a 
atual tecnologia empregada no segmento, ou seja, alimentação 
manual (colocação da massa) 
 
• Para cilindros dotados de esteira que conduz a massa para a zona 
de cilindragem, as definições e proteções necessárias são as 
mesmas das modeladoras de pães, entendendo-se que o acesso a 
zona perigosa dos rolos, previsto no subitem 5.2.1.2(do Anexo) 
deve ser isento de movimento de inércia por meio de 
sistema mecânico de frenagem: isto significa que no momento 
no momento de parada não deverá haver movimento residual até a 
parada definitiva dos cilindros, pois o sistema de frenagem deverá 
ser responsável pela para imediata. Vejam o próximo item: 
 
• O acesso a zona de trabalho entre o rolete obstrutivo e o cilindro 
tracionado superior - chapa de fechamento do vão entre cilindros - 
somente deve ser possível quando o movimento do cilindro 
tracionado superior tenha cessado totalmente por meio de 
sistema mecânico de frenagem, que garanta a parada imediata 
quando aberta a proteção móvel intertravada, ou acionado o 
dispositivo de parada de emergência. 
 
Modeladora: 
 
• Máquina concebida para uso na indústria alimentícia, para modelar 
massa para pães por passagem entre rolos rotativos, que achatam 
a porção de massa a ser modelada. A porção de massa achatada e 
enrolada pela passagem entre duas superfícies, que podem ser 
duas correias transportadoras ou uma correia transportadora e 
uma placa fixa e, por fim, é alongada pela passagem entre correias 
transportadoras. 
 
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• Zona perigosa dos rolos: região na qual o movimento dos rolos 
oferece risco de aprisionamento ou esmagamento ao trabalhador. 
 
• O acesso a zona perigosa dos rolos, bem como aos elementos de 
transmissão das correias transportadoras, deve ser impedido por 
todos os lados por meio de proteções exceto a entrada e saída da 
massa, em que se devem respeitar as distâncias de segurança, de 
modo a impedir que as mãos e dedos dos trabalhadores alcancem 
as zonas de perigo 
 
• O acesso à zona perigosa dos rolos somente deve ser possível 
quando seus movimentos tenham cessado totalmente. 
 
• Quando a máquina não possuir sistema de frenagem, deve ser 
atendido ao disposto no item 12.44, alinea “b”, desta Norma (que 
trata do intertravamento com bloqueio) 
 
ANEXO VII 
MÁQUINAS PARA AÇOUGUE E MERCEARIA 
 
Serra Fita 
 
• Máquina utilizada em açougue para corte de carnes, principalmente 
com osso. 
• É constituída por duas polias que guiam a fita serrilhada, sendo que 
o movimento da polia inferior e tracionado. É operada por um único 
trabalhador localizado em frente à máquina, deixando as partes 
laterais e traseiras livres. Há constante exposição do operador à 
zona de corte ao manipular a peça de carne a ser cortada. 
• Proteções: vejam a figura a seguir 
• As mesas de corte das máquinas fabricadas a partir da vigência 
desta Norma devem possuir uma parte mvel para facilitar o 
deslocamento da carne. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO VIII 
PRENSAS E SIMILARES 
 
1 - Prensas são máquinas utilizadas na conformação e corte de materiais 
diversos, nas quais o movimento do martelo (que faz a punção) é proveniente 
de um sistema hidráulico ou pneumático - ou de um sistema mecânico, em 
que o movimento rotativo se transforma em linear por meio de sistemas 
de bielas, manivelas, conjunto de alavancas ou fusos. 
 
2 - As prensas são divididas em: 
� mecânicas excêntricas de engate por chaveta ou acoplamento 
equivalente; 
� mecânicas excêntricas com freio ou embreagem; 
� de fricção com acionamento por fuso; 
� servoacionadas; 
� hidráulicas; 
� pneumáticas; 
� hidropneumáticas; e 
� outros tipos 
 
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3 - Os sistemas de segurança nas zonas de prensagem ou trabalho aceitáveis 
são: 
� enclausuramento da zona de prensagem, com frestas ou 
passagens que não permitem o ingresso dos dedos e mãos 
� nas zonas de perigo, conforme item A, do Anexo I, e podem 
ser constituídos de proteções fixas ou móveis dotadas de 
intertravamento 
� ferramenta fechada, que significa o enclausuramento do par 
de ferramentas, com frestas ou passagens que não permitem 
o ingresso dos dedos e mãos nas zonas de perigo 
� cortina de luz com redundância e autoteste, monitorada por 
interface de segurança, adequadamente dimensionada e 
instalada, conjugada com comando bimanual, atendidas as 
disposições 
 
ANEXO IX 
INJETORA DE MATERIAIS PLÁSTICOS 
 
 
1 - Máquina utilizada para a fabricação descontínua de produtos moldados, por 
meio de injeção de material no molde, que contém uma ou mais cavidades em 
que o produto é formado, consistindo essencialmente na unidade de 
fechamento - área do molde e mecanismo de fechamento, unidade de injeção 
e sistemas de acionamento e controle 
 
2 - O acesso à área do molde onde o ciclo e comandado, ou frontal, deve ser 
impedido por meio de proteções móveis intertravadas - portas, dotadas de 
duas chaves de segurança eletromecânicas monitoradas por interface de 
segurança. 
 
3 - Deve existir proteção na área de descarga de peças, de modo a impedir 
que segmentos corporais alcancem as zonas de perigo 
 
4 - As proteções móveis devem ser projetadas de modo que não seja possível 
a permanência de uma pessoa entre elas e a área do molde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO X 
MÁQUINAS PARA FABRICAÇÃO DE CALÇADOS E AFINS 
 
1 - Balancim de braço móvel manual - balancim jacaré: máquina destinada ao 
corte de couro e materiais similares, operada por um trabalhador, dotada de 
uma superfície de corte não móvel correspondente a área útil total disponível e 
de um braço que contem a superfície de impacto móvel, ou seja, base 
prensora, que e capaz de se deslocar em um movimento de arco horizontal 
sobre a superfície de corte. 
 
2 - Balancim tipo ponte manual - balancim ponte: maquina destinada ao corte 
de couro e materiais similares, operada por um trabalhador, na qual a 
superfície de impacto fica conectada ou presa a ponte que se desloca 
horizontal e verticalmente sobre uma superfície de corte não móvel.ANEXO XI 
MÁQUINAS E IMPLEMENTOS PARA USO AGRÍCOLA E FLORESTAL 
 
1 - Este anexo se aplica às máquinas estacionárias ou não e implementos para 
uso agrícola e florestal, e ainda a máquinas e equipamentos de 
armazenagem e secagem e seus transportadores, tais como silos e 
secadores. 
 
2 - As proteções, dispositivos e sistemas de segurança previstos neste Anexo 
devem integrar as máquinas desde a sua fabricação, não podendo ser 
considerados itens opcionais para quaisquer fins. 
 
3 - Os componentes funcionais das áreas de processo e trabalho das máquinas 
autopropelidas e implementos, que necessitem ficar expostos para correta 
operação, devem ser protegidos adequadamente ate a extensao máxima 
possível de forma a permitir a funcionalidade operacional a que se destinam, 
atendendo as normas técnicas vigentes e as exceções constantes do Quadro II 
do Anexo XI. 
 
ANEXO XII 
 
EQUIPAMENTOS DE GUINDAR PARA ELEVAÇÃO DE PESSOAS E 
REALIZAÇÃO DE TRABALHO EM ALTURA 
 
Este anexo apresenta os requisitos de proteção e dispositivos de segurança 
dos equipamentos de guindar do tipo Cesta Aérea, Cesto Acoplado e Cesto 
Suspenso. Pessoal acho que vale a pena conhecermos a definição de cada um 
destes equipamentos: 
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CESTA AÉREA: Equipamento veicular destinado à elevação de pessoas para 
execução de trabalho em altura, dotado de braço móvel, articulado, telescópico 
ou misto, com caçamba ou plataforma, com ou sem isolamento elétrico, 
podendo, desde que projetado para este fim, também elevar material por meio 
de guincho e de lança complementar, respeitadas as especificações do 
fabricante. 
 
CESTO ACOPLADO: Caçamba ou plataforma acoplada a um guindaste veicular 
para elevação de pessoas e execução de trabalho em altura, com ou sem 
isolamento elétrico, podendo também elevar material de apoio indispensável 
para realização do serviço. 
 
CESTO SUSPENSO: Conjunto formado pelo sistema de suspensão e a 
caçamba ou plataforma suspensa por equipamento de guindar que atenda aos 
requisitos de segurança deste anexo, para utilização em trabalhos em altura. O 
cesto suspenso deve ser utilizado somente nas atividades onde tecnicamente 
for inviável o uso de Plataforma de trabalho aéreo - PTA, cesta aérea ou cesto 
acoplado, e em que não haja possibilidade de contato ou proximidade com 
redes energizadas ou com possibilidade de energização, poderá ser utilizado 
cesto suspenso içado por equipamento de guindar. 
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LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
QUESTÃO 1 – AFT/MTE/ESAF/2006 - ALTERADA 
Assinale a opção que completa, de forma incorreta, a proposição: As máquinas 
e os equipamentos devem ter dispositivos de partida, acionamento e parada 
projetados, selecionados e instalados de modo que, EXCETO : 
 
A) Não possam ser burlados 
 
B) Não se localize na zona perigosa da máquina ou do equipamento. 
 
C) Possa ser acionado ou desligado em caso de emergência, por outra pessoa 
que não seja o operador. 
 
D) Não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador, ou 
de qualquer outra forma acidental. 
 
E) Não acarrete riscos adicionais, salvo as exceções previstas no PPRA. 
 
QUESTÃO 2 – EXERCÍCIO PROPOSTO 
A NR12 estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes no 
trabalho em máquinas e equipamentos, abrangendo as seguintes fases: 
 
A) fabricação, operação e manutenção, não incluindo atividades de projeto 
 
B) projeto, utilização, fabricação, importação, comercialização, não incluindo 
atividades de exposição e nem cessão a qualquer título 
 
C) projeto, utilização, fabricação, importação, comercialização e cessão a 
qualquer título, não incluindo atividades de exposição 
 
D) projeto, utilização, fabricação, não incluindo as atividades de importação e 
comercialização 
 
E) projeto, utilização, fabricação, importação, comercialização e exposição e 
cessão a qualquer título 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 3 – EXERCÍCIO PROPOSTO 
De acordo com a nova redação da NR12, a fase de UTILIZAÇÃO contempla a 
realização de diversas atividades. Analise as atividades apresentadas na lista 
abaixo e em seguida marque a opção que contém aquelas abrangidas por esta 
fase: 
1 – Construção 
2 – Projeto 
3 - Transporte 
4 – Montagem 
5 – Instalação 
6 – Ajustes 
7 – Operação 
8 – Limpeza 
9 – Manutenção 
10 – Inspeção 
11 – Desativação 
12 – Desmonte 
13 – Comercialização 
 
A) 1-2-4-5-6-7-8-9-10 
B) 1-3-6-7-8-9-10-13 
C) 2-4-6-8-9-10-11-12-13 
D) 1-3-4-5-6-7-8-9-10-11-12 
E) 1-2-3-4-6-7-8-9-10-11-12-13 
 
QUESTÃO 4 – EXERCÍCIO PROPOSTO 
Analise as assertivas a seguir e em seguida marque a opção correta, nos 
termos do disposto na NR12: 
 
I - As disposições desta norma referem-se somente a máquinas e 
equipamentos novos, e devem ser observadas a partir da sua data de vigência 
 
II - O empregador deve adotar medidas apropriadas sempre que houver 
pessoas com deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho 
 
III – A concepção de máquinas deve atender ao princípio da falha segura. 
 
A) V-V-F 
B) V-V-V 
C) V-F-V 
D) F-V-V 
E) F-F-F 
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO 
PROFESSORA: MARA QUEIROGA CAMISASSA 
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QUESTÃO 5 - TEC SEG/PREF PONTA GROSSA/FAUEL/2010 
Segundo a NR-12, as vias principais de circulação, no interior dos locais de 
trabalho, e as que conduzem às saídas devem ter largura mínima de: 
 
A) 0,80m (oitenta centímetros) 
B) 1,00m (um metro) 
C) 1,20m (um metro e vinte centímetros) 
D) 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) 
 
QUESTÃO 6 – EXERCÍCIO PROPOSTO 
Analise as assertivas abaixo, em seguida marque a opção correta, nos 
termos da NR12: 
 
I - Nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo menos um deles deve 
possuir travas 
 
II - As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quaisquer 
outros locais em que possa haver trabalhadores devem ficar posicionados de 
modo ocorra transporte e movimentação aérea de materiais sobre os 
trabalhadores somente durante o dia 
 
III - As máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à 
sua estabilidade, de modo que basculem ou não se desloquem 
intempestivamente por vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças 
dinâmicas internas ou qualquer outro motivo acidental. 
 
A) F-F-F 
B) F-F-V 
C) F-V-F 
D) V-F-F 
E) V-V-V 
 
QUESTÃO 7 – EXERCÍCIO PROPOSTO 
De acordo com a NR12, os quadros de energia das máquinas e equipamentos 
devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança, exceto: 
 
A) ser mantidos em bom estado de conservação, limpos e livres de objetos e 
ferramentas; 
 
B) possuir sinalização quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de 
acesso por pessoas não autorizadas; 
 
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C) possuir porta de acesso, mantida permanentemente aberta 
 
D) possuir proteção e identificação dos circuitos 
 
E) atender ao grau de proteção adequado em função do ambiente de uso 
 
QUESTÃO 8 - ENG SEG/PREF. FLORIANOPOLIS/FEPESE/2007 
Assinale a alternativa correta: O acionamento e o desligamento simultâneo, 
por um único comando, de um conjunto de máquinas ou de máquina de 
grande dimensão, devem ser: 
 
A) Evitado pelo operador. 
B) Controlado pelo operador. 
C) Precedido de sinal de alarme. 
D) Proibido pela autoridade competente. 
E) Autorizado pela autoridade competente. 
 
QUESTÃO 9 – EXERCÍCIO PROPOSTO 
Analise as assertivas

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