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Biossegurança - Soro e Vacinas

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SISTEMA DE BIOSSEGURANÇA DE OGM 
CTNBio
CIBio
OERF
CNBS
Normas de 
Biossegurança e 
avaliação de risco
Manutenção da Biossegurança
Registro e Fiscalização
Sócio-econômica e interesse nacional
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COMPOSIÇÃO DA CTNBio 
 12 especialistas de notório saber científico e técnico nas áreas de saúde humana, animal, vegetal e ambiental
 nove representantes ministeriais: MCT, MAPA, MS, MMA, MDA, MDIC, MD, SEAP, MRE
 seis especialistas: defesa do consumidor (MJ), saúde (MS), meio ambiente (MMA), biotecnologia (MAPA), agricultura familiar (MDA) e saúde do trabalhador (MTE)
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estabelecer normas para as pesquisas com OGM e seus derivados 
publicar Certificado de Qualidade em Biossegurança – CQB
autorizar, cadastrar e acompanhar as pesquisas com OGM ou derivado
estabelecer classes de risco para os OGM
definir o nível de biossegurança a ser aplicado aos OGM e os procedimentos e medidas de segurança
COMPETÊNCIAS DA CTNBio (I)
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COMPETÊNCIAS DA CTNBio (II)
proceder à análise da avaliação de risco, caso a caso, para as atividades com OGM
identificar atividades e produtos decorrentes do uso de OGM potencialmente causadores de degradação do meio ambiente ou que possam causar riscos à saúde humana
emitir decisão técnica, caso a caso, sobre a biossegurança de OGM e seus derivados
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Classificação de Risco
Lei 11.115/2005
Art. 14. Compete à CTNBio: 
XIV – classificar os OGM segundo a classe de risco, observados os critérios estabelecidos no regulamento desta Lei;
Decreto 5.591/2005
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Classificação de Risco
Decreto 5.591/2005
Art. 44.  Para a classificação dos OGM de acordo com classes de risco, a CTNBio deverá considerar, entre outros critérios: 
        I - características gerais do OGM;
        II - características do vetor;
        III - características do inserto;
        IV - características dos organismos doador e receptor;
        V - produto da expressão gênica das seqüências inseridas;
        VI - atividade proposta e o meio receptor do OGM;
        VII - uso proposto do OGM;
        VIII - efeitos adversos do OGM à saúde humana e ao meio ambiente.
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Classificação de Risco
Resolução Normativa 02/2006
Art. 8º As classes de risco dos OGM serão assim definidas:
I – Classe de Risco 1 (baixo risco individual e baixo risco para a coletividade): O OGM que contém seqüências de ADN/ARN de organismo doador e receptor que não causem agravos à saúde humana e animal e efeitos adversos aos vegetais e ao meio ambiente;
II – Classe de Risco 2 (moderado risco individual e baixo risco para a coletividade): O OGM que contém seqüências de ADN/ARN de organismo doador ou receptor com moderado risco de agravo à saúde humana e animal, que tenha baixo risco de disseminação e de causar efeitos adversos aos vegetais e ao meio ambiente;
III – Classe de Risco 3 (alto risco individual e risco moderado para a coletividade): O OGM que contém seqüências de ADN/ARN de organismo doador ou receptor, com alto risco de agravo à saúde humana e animal, que tenha baixo ou moderado risco de disseminação e de causar efeitos adversos aos vegetais e ao meio ambiente;
IV – Classe de Risco 4 (alto risco individual e alto risco para a coletividade): O OGM que contém seqüências de ADN/ARN de organismo doador ou receptor com alto risco de agravo à saúde humana e animal, que tenha elevado risco de disseminação e de causar efeitos adversos aos vegetais e ao meio ambiente.
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Classificação de Risco
Resolução Normativa 02/2006:
Art. 8º As classes de risco dos OGM serão assim definidas:
§ 1º. A classe de risco do OGM resultante não poderá ser inferior à classe de risco do organismo receptor, exceto nos casos em que exista redução da virulência e patogenicidade do OGM. 
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Classificação de Risco
Resolução Normativa 02/2006
Art. 8º As classes de risco dos OGM serão assim definidas:
§ 7º. Será utilizada como base de informação dos agentes infecciosos para humanos e animais por classe de risco, a lista publicada pelo Ministério da Saúde, a lista de pragas quarentenárias de plantas por classe de risco, publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a lista de plantas invasoras publicada pelo Ministério do Meio Ambiente.
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Exigido para a realização de qualquer atividade de pesquisa e desenvolvimento de OGM
Emitido para uma ou mais instalações indicadas pelo requerente
Emitido para uma ou mais atividades e OGM indicados pelo requerente
Exige a constituição prévia de uma CIBio
Normatizado pela RN01
O CERTIFICADO DE QUALIDADE EM BIOSSEGURANÇA - CQB
ATÉ O MOMENTO, A CTNBio EMITIU 318 CQB’s.
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CQB: O QUE É E PARA QUE SERVE
“Art. 45.  A instituição de direito público ou privado que pretender realizar pesquisa em laboratório, regime de contenção ou campo, como parte do processo de obtenção de OGM ou de avaliação da biossegurança de OGM, o que engloba, no âmbito experimental, a construção, o cultivo, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a liberação no meio ambiente e o descarte de OGM, deverá requerer, junto à CTNBio, a emissão do CQB.”
 CQB - É o credenciamento de instalações e atividades com OGM nos termos da Lei 11.105/2005 e seu Decreto Regulamentador 5.591/2005.
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A RESOLUÇÃO NORMATIVA 01 
Estabelece critérios e procedimentos para requerimento, emissão, revisão, extensão, suspensão e cancelamento do Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB). 
 Extensão: inclusão de instalações, OGM, finalidades
 Revisão: alteração e exclusão de instalação, OGM ou finalidade
 Suspensão: cancelamento temporário das atividades com OGM
 Cancelamento: deixar de desenvolver atividades e projetos com OGM e derivados
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COMISSÕES INTERNAS DE BIOSSEGURANÇA - CIBio
Todas as instituições de pesquisa com OGM e derivados devem ter uma Comissão Interna de Biossegurança – CIBio e indicar um técnico responsável para cada projeto específico
As CIBio constituem uma rede nacional de biossegurança, cuja constituição e funcionamento seguirão a Lei nº 11.105/05 e demais legislações.
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COMISSÕES INTERNAS DE BIOSSEGURANÇA - CIBio
A instituição que pretender importar OGM e seus derivados para uso em atividades de pesquisa deverá instalar sua CIBio. 
As instituições devem reconhecer o papel legal das CIBio e sua autoridade e assegurar o suporte necessário para o cumprimento de suas obrigações, promover sua capacitação em biossegurança e implementar suas recomendações, garantindo que elas possam supervisionar as atividades com OGM e seus derivados.
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COMISSÕES INTERNAS DE BIOSSEGURANÇA - CIBio
A CIBio deverá ser constituída por pessoas idôneas, com conhecimento científico e experiência comprovados para avaliar e supervisionar os trabalhos com OGM e seus derivados desenvolvidos na instituição, podendo incluir um membro externo à comunidade científica. 
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COMISSÕES INTERNAS DE BIOSSEGURANÇA - CIBio
I - a CIBio será composta por, no mínimo, três especialistas em áreas compatíveis com a atuação da instituição, sendo um deles designado Presidente e os demais membros;
II - o responsável legal da instituição nomeará um presidente entre os membros especialistas da CIBio; 
III – o membro externo à comunidade científica poderá ser funcionário da entidade, desde que preparado para considerar os interesses mais amplos da comunidade; 
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COMISSÕES INTERNAS DE BIOSSEGURANÇA - CIBio
IV - sempre que houver necessidade de alteração do Presidente ou de membros da CIBio, esta Comissão deverá requerer à CTNBio a aprovação de sua nova composição, anexando o documento de nomeação pelo responsável legal da instituição e o currículo do especialista (se não estiver disponível na plataforma Lattes). 
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COMISSÕES INTERNAS DE BIOSSEGURANÇA - CIBio
A CIBio reunir-se-á pelo menos uma vez a cada semestre e promoverá reuniões extraordinárias quando necessário ou sempre que solicitada por um dos membros.Deverá ser elaborada uma ata por reunião (assinada). 
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COMISSÕES INTERNAS DE BIOSSEGURANÇA - CIBio
A CIBio deverá encaminhar anualmente à CTNBio relatório das atividades desenvolvidas no âmbito da unidade operativa, até 31 (trinta e um) de março de cada ano, sob pena de suspensão do CQB e paralisação das atividades. 
 
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COMISSÕES INTERNAS DE BIOSSEGURANÇA - CIBio
O relatório anual deverá conter as aprovações da CIBio para projetos com OGM da classe de risco 1, além das outras informações contidas no anexo da Resolução Normativas nº 01 da CTNBio 
 
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COMPETÊNCIAS DAS CIBio
Resolução Normativa Nº 02 da CTNBio:
Artigo 4º
§ 1º. A CIBio poderá autorizar atividades e projetos que envolvam OGM da Classe de Risco I, definidos no inciso I do art. 8º desta Resolução Normativa. 
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CONSELHO NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA - CNBS
Ministro Chefe da Casa Civil da Presidência da República (Presidente)
MCT, MDA, MAPA, MJ, MS, MMA, MDIC, MRE, MD E SEAP
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analisar, a pedido da CTNBio, quanto aos aspectos da conveniência e oportunidade socioeconômica e do interesse nacional, os pedidos de liberação comercial de OGM
avocar os processos relativos a atividades que envolvam o uso comercial de OGM para análise em última e definitiva instância.
analisar os recursos dos OERF à decisão da CTNBio, em casos de liberação comercial de OGM, apresentados até 30 dias após a publicação da decisão da CTNBio.
COMPETÊNCIAS DO CNBS
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Destinados ao uso animal, na agricultura, pecuária, agroindústria e áreas afins
Destinados ao uso humano, farmacológico, domissanitário e áreas afins
A serem liberados em ecosssistemas naturais
Destinados ao uso na pesca e aquicultura
ÓRGÃOS E ENTIDADES DE REGISTRO E FISCALIZAÇÃO
PESCA
Ministério da Pesca e Aquicultura
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Compete aos OERF, no campo de sua área de atuação:
subsidiar a CTNBio na definição de quesitos de avaliação de biossegurança
fiscalizar as atividades de pesquisa de OGM e seus derivados
registrar e fiscalizar a liberação comercial de OGM e seus derivados
COMPETÊNCIAS DOS OERF
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§ 3º, Art. 14. Em caso de decisão técnica favorável sobre a biossegurança no âmbito da atividade de pesquisa, a CTNBio remeterá o processo respectivo aos órgãos e entidades de registro e fiscalização, para o exercício de suas atribuições. 
FISCALIZAÇÃO
VINCULAÇÃO DA DECISÃO TÉCNICA DA CTNBio
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Produção de vacinas
Soros, vacinas e vacinas de DNA
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Histórico
Nos últimos 200 anos a vacinação controlou 9 principais doenças em algumas partes do mundo: varíola, difteria, tétano, febre amarela, coqueluche (pertussis), poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola.
Varíola – considerada pela OMS erradicada em 09/12/1979
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Histórico
Vacinações contra gripe (influenza), hepatite B, pneumococos e Haemophilus influenza tipo B, ainda precisam ser mais desenvolvidas.
Primeiras tentativas de vacinação contra a varíola: século VI na China.
Antígenos: natureza protéica, polissacarídica ou outros componentes ligados às proteínas, presentes no microrganismos que estimulam a produção de anticorpos.
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Histórico
Edward Jenner 1798 – observando ordenhadeiras.
Pasteur – em homenagem a Jenner designou todos os tipos de antígenos por vacinas (derivada do latim vacca).
Antígeno contra a varíola (vírus mutado) – vírus da vacínia.
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Tipos de imunidade conferidas
Imunização ativa artificialmente adquirida: induzir a formação de anticorpos através da introdução artificial do antígeno (de natureza humana ou animal) – VACINA.
IA naturalmente adquirida: introdução acidental do antígeno (ferimento cutâneo, via oral*, respiratória) com formação de quantidade suficiente de anticorpos para evitar a instalação da doença.
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Tipos de imunidade conferidas
Imunização passiva naturalmente adquirida: transferência de anticorpos maternos através da placenta para o feto.
IPAA: anticorpos produzidos por um indivíduo injetados em outro indivíduo – SORO.
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Imunização
A imunidade ativa depende da imunidade celular, que é conferida pela sensibilidade de linfócitos T, e da imunidade humoral, que se baseia na resposta aos linfócitos B.
O mecanismo de imunidade adquirida através da vacinação é semelhante àquele utilizado pelo organismo para lutar contra as infecções virais ou bacterianas. O antígeno, ao entrar no organismo, estimula uma resposta imune, a qual pode ser de natureza humoral, celular ou de ambas.
O processo de imunização ocorre após a administração de uma vacina. Podem ocorrer dois tipos de resposta: primárias e secundárias.
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Resposta primária
Período de latência: é o período entre a injeção da vacina e o aparecimento dos anticorpos séricos. Varia de acordo com o desenvolvimento de sistema imunitário da pessoa, da natureza e da forma da vacina (antígeno) utilizada.
Período de crescimento: é o período em que ocorre o aumento da taxa de anticorpos, que cresce de modo exponencial, atingindo o seu máximo no tempo mais variado. Varia de quatro dias a quatro semanas. Ex.: aproximadamente três semanas para toxóides tetânico e diftérico.
Período de diminuição: é o período em que, depois de atingir a concentração máxima, a taxa de anticorpos tende a cair rápida e depois lentamente. Período longo, depende da taxa de síntese dos anticorpos e de sua degradação, bem como da qualidade e quantidade do antígeno. 
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Resposta secundária
Observa-se ao introduzir uma segunda ou mais doses posteriores. Para produzir anticorpos são necessários alguns dias. 
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SORO x VACINA
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Produção de Soros
Veneno (peçonha) liofilizado, toxóides (botulismo, tétano e difteria), vírus inativado (vírus rábico) e células do timo (anti-timocitário).
Hiperimunização em cavalos (40 dias).
Sangria (15L): purificação e concentração do plasma (anticorpos) e devolução das hemácias ao animal.
Alguns estudos para produção através de sangue humana (anti-rábico e anti-tetânico) – hipersensibilidade (eqüinos).
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Principais tipos de Vacinas
2 grupos: bacterianas e virais (diferem na forma de produção).
A imunização pode ser feita individualizada ou também de forma combinada como: difteria-tétano-coqueluche (DTP), DTP-pólio, meningite meningocócica B e C.
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A fermentação na produção
Os volumes de cultivo necessário para a produção de uma dose humana total de vacina dependem principalmente da condução do processo fermentativo ([ ] de antígenos ou microrganismos obtidos).
Também dependem da via de aplicação e das etapas de purificação do antígenos
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Ampliação da escala
Alguns processos ainda são realizados em escala laboratorial, devido a:
Desenvolvimento com apoio governamental ou organizações sem fins lucrativos
Volumes de produção reduzidos (fermentador piloto)
Matérias-primas usadas (peles de bezerro, ovos, etc)
Condições complexas de cultivo de vírus e bactérias patogênicas
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Produção como processo unitário
Grupos comuns de procedimentos:
Temperaturas de cultivo (37ºC)
Meios de cultura com composição complexa
Volumes de cultivo pequenos
Estrita assepsia e proteção especial do operador.
Antígenos não constituem o produto metabólico principal
Minimização de efeitos colaterais (alta pureza)
Impossível obter valores de potência da vacina durante a produção
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Vacinas bacterianas – classificação e produção
Do ponto de vista da localização do antígeno (no corpo bacteriano ou no meio) as vacinas podem ser classificadas em particuladas e não-particuladas
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Pertussis (coqueluche)
Bordetella pertussis – bacilo gram-negativo.
Produção da vacina: preparo do inóculo (5%), fermentação, filtração tangencial e destoxificação com formaldeído das bactérias. Armazenamento entre 2 a 8ºC para posterior mistura com toxóides tetânico e diftérico.
Testes de “esterilidade”, toxidez, potência e número de unidades protetoras internacionais.
Adição de antiespumante não recomendada – aumenta a toxidez – introduçãode ar na superfície do vórtice formado
pH aumenta de 7,0 e 7,5 até 8,0 a 8,6 – íons amônio 
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Pertussis acelular
Efeitos colaterais da vacina celular: vermelhidão, dores e febre na maioria das crianças vacinadas, morte de 0,1 a 1%.
Grande estímulo a pesquisa por novas vacinas
Vacina acelular – isolamento do grupo de substâncias antigênicas das demais no meio de cultura
Purificação das toxinas imunogênicas através de cromatografia do meio filtrado.
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Cólera e febre tifóide
Bactérias gram-negativas, transmitidas homem/homem por alimentos e água causando doenças sérias no trato gastro-intestinal
Vacina contra a cólera – cepas atenuadas de Vibrio cholerae Inaba e Ogawa.
Salmonella typhi atinge a corrente sanguínea.
Vacina contra febre tifóide – bactérias de S. typhi inativadas pelo calor (53ºC/1h) e conservadas em fenol 0,5% ou pela adição de acetona ou álcool com posterior liofilização.
Adição parcelada de glicose durante a fermentação, se não ambas podem tornar-se avirulentas
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B.C.G.
Mycobacterium tuberculosis (tipo humano), Koch tentou uma vacina com microrganismos inativados pelo calor e algumas substâncias químicas mas sem sucesso. Em 1921 Calmette e Guérin conseguiram uma cepa atenuada de Mycobacterium bovis após 250 passagens, este foi chamado de Bacilo de Calmette-Guérin (BCG).
Cultivo estático (forma película) – quantidade de bactérias pequeno / volume, desagregação em moinho de bolas (morte de bactérias).
Cultivo em meio submerso – add Tween-80 (pode ser tóxico), 7x mais bactérias viáveis, mais resistentes a liofilização, menor imunogenicidade em camundongos e cobaias frente ao cultivo estático.
Condições de assepsia (durante 8 dias), pH 7,5.
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Vacinas bacterianas
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Vacinas Virais
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bacilo de Calmette-Guérin

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