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2017 Semana 3 20 ——— 24 fevereiro Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Curso Enem Bio. Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Semana 3 Rubens Oda Alexandre Bandeira (Rebeca Khouri) 06/02 13/02 15/02 08/02 20/02 22/02 Método científico e níveis de organizacão em Biologia 08:00 21:00 Populações: Dinâmica e distribuição 08:00 21:00 Sucessão ecológica 11:00 Sucessão ecológica 21:00 Cadeias alimentares e teias tróficas 11:00 Cadeias alimentares e teias tróficas 21:00 Relações Ecológicas 11:00 Relações Ecológicas 21:00 Relações Ecológicas 08:00 21:00 CRONOGRAMA 01. Resumo 02. Exercício de Aula 03. Exercício de Casa 04. Questão Contexto Relações ecológicas 20 fev 5 Bi o. RESUMO EXERCÍCIO DE AULA 1. A Ecologia estuda a relação dos seres vivos com o meio ambiente, chamada de alelobiose, e a relação dos seres vivos entre eles, chamada de ecobiose ou apenas relações ecológicas. Essas relações podem ser → harmônicas, onde nenhum dos indivíduos são prejudicados ou desarmônicas, onde pelo menos um dos indivíduos é prejudicado. Ainda, podem ser → intra específicas, quando os indivíduos perten- cem à mesma espécie, ou interespecíficas, quando os indivíduos pertencem a espécies diferentes. Para falar das relações ecológicas, são utilizados os símbolos: positivo + (para indicar uma vantagem na relação) negativo – (para indicar um prejuízo para o indiví- duo) 0 (representando uma indiferença na relação, ou seja, não se afeta nem positivamente nem nega- tivamente). Veja a seguir uma tabela, resumindo as principais re- lações ecológicas: Um grupo de ecólogos esperava encontrar aumento de tamanho das acácias, árvores preferidas de grandes mamíferos herbívoros africanos, como girafas e elefantes, já que a área estudada era cercada para evitar a entrada desses her- bívoros. Para espanto dos cientistas, as acácias pareciam menos viçosas, o que os levou a compará-las com outras de duas áreas de savana: uma área na qual os herbívoros circulam livremente e fazem podas regulares nas acácias, e outra de onde eles foram retirados há 15 anos. O esquema a seguir mostra os resultados observados nessas duas áreas. 6 Bi o. 2. De acordo com as informações acima, a) a presença de populações de grandes mamíferos herbívoros provoca o declí- nio das acácias. b) os hábitos de alimentação constituem um padrão de comportamento que os herbívoros aprendem pelo uso, mas que esquecem pelo desuso. c) as formigas da espécie 1 e as acácias mantêm uma relação benéfica para am- bas. d) os besouros e as formigas da espécie 2 contribuem para a sobrevivência das acácias. e) a relação entre os animais herbívoros, as formigas e as acácias é a mesma que ocorre entre qualquer predador e sua presa. Os itens abaixo contêm exemplos de diversas relações ecológicas entre os seres vivos: I – A associação entre certos fungos e algas clorofíceas ou cianobactérias costu- ma ser tão íntima que ambos formam um novo tipo de organismo, o líquen; II – Várias espécies de abelhas formam agrupamentos altamente organizados, nas quais, de modo instintivo, cada indivíduo coloca a sobrevivência da colméia acima de sua própria; III – Entre alguns insetos da mesma espécie, os animais mais fracos ou doentes são devorados pelos sadios; IV – A caravela é um cnidário que vive flutuando no mar e é formada por um con- junto de indivíduos da mesma espécie que vivem fisicamente juntos, dividindo o trabalho. 7 Bi o. 3. IV – A caravela é um cnidário que vive flutuando no mar e é formada por um con- junto de indivíduos da mesma espécie que vivem fisicamente juntos, dividindo o trabalho. As relações ecológicas que estão descritas nos itens acima são classificadas, respectivamente, como: a) Sociedade, colônia, canibalismo e mutualismo. b) Mutualismo, sociedade, canibalismo e colônia. c) Comensalismo, sociedade, predatismo e colônia. d) Mutualismo, colônia, canibalismo e sociedade. e) Protocooperação, colônia, predatismo e sociedade. X= número de indivíduos e Y = tempo Considere os gráficos. Após uma aula sobre relações ecológicas, um professor propôs aos seus alunos a identificação de três dessas relações interespecíficas. Espécies diferentes de seres vivos (A, B, C, D, E e F) estão relacionadas nos gráficos. Pode-se concluir que as relações I, II e III correspondem, respectivamente, a) mutualismo, antibiose e competição. b) inquilinismo, protocooperação e mutualismo. c) comensalismo, antibiose e mutualismo. d) antibiose, comensalismo e mutualismo. e) parasitismo, predatismo e competição. 8 Bi o. 4. EXERCÍCIO DE CASA Uma colônia de formigas inicia-se com uma rainha jovem que, após ser fe- cundada pelo macho, voa e escolhe um lugar para cavar um buraco no chão. Ali dará origem a milhares de formigas, constituindo uma nova colônia. As fêmeas geradas poderão ser operárias, vivendo cerca de um ano, ou novas rainhas. Os machos provém de óvulos não fertilizados e vivem aproximada- mente uma semana. As operárias se dividem nos trabalhos do formigueiro. Há formigas forrageadoras que se encarregam da busca por alimentos, for- migas operárias que retiram dejetos da colônia e são responsáveis pela ma- nutenção ou que lidam com o alimento e alimentam as larvas, e as formigas patrulheiras. Uma colônia de formigas pode durar anos e dificilmente uma formiga social consegue sobreviver sozinha. MELO, A. Como funciona uma sociedade de formigas? Uma característica que contribui diretamente para o sucesso da organização so- cial dos formigueiros é a) a divisão de tarefas entre as formigas e a organização funcional da colônia. b) o fato de as formigas machos serem provenientes de óvulos não fertilizados. c) a alta taxa de mortalidade das formigas solitárias ou das que se afastam da colônia. d) a existência de patrulheiras, que protegem o formigueiro do ataque de her- bívoros. e) o fato de as rainhas serem fecundadas antes do estabelecimento de um novo formigueiro. Disponível em: http://www. cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 21 fev. 2009 (adaptado). 1. Sabemos que o mutualismo ocorre quando seres de espécies diferentes mantêm relações em que ambos são beneficiados. Marque a alternativa que indica orga- nismos que estabelecem uma interação mutualística. a) Fungos e algas. b)Tubarão e rêmoras. c) Piolho e ser humano. d) Bromélias e árvores. e) Leões e zebras. 2. Se duas espécies diferentes ocuparem num mesmo ecossistema o mesmo nicho ecológico, é provável que: a) se estabeleça entre elas uma relação harmônica. b) se estabeleça uma competição interespecífica. c) se estabeleça uma competição intraespecífica. d) uma das espécies seja produtora e a outra, consumidora. e) uma das espécies ocupe um nível trófico elevado. 9 Bi o. 5. 3. 4. As orquídeas e a erva de passarinho são plantas que fazem fotossíntese e vivem sobre outras plantas. As orquídeas apenas se apóiam sobre as plantas, enquanto a erva de passarinho retira água e sais minerais das árvores em que vivem. Assinale a alternativa correta quanto às relações da erva de passarinho e das or- quídeas com as plantas hospedeiras, respectivamente. a) amensalismo e parasitismo b) parasitismo e epifitismo c) parasitismo e predatismo d) parasitismo e protocoperação e) protocoperação e epifitismo Populações de Aedes aegypti têm desenvolvido resistência aos inseticidas orga- nofosforados. Desta forma, uma alternativa para o controle destes insetos vem sendo a utilização de inseticida microbiológico. Nova arma contra a dengue Bactéria é a matéria-prima de bioinseticidas que matam larvas do mosquito Aedes. O inseticida aplicado em regiões epidêmicas pormeio de vaporizadores, co- nhecido como fumacê, elimina apenas a forma adulta, mas não tem nenhu- ma eficácia para acabar com as larvas. Para controlar esses criadouros do mosquito pode-se utilizar um bioinseticida líquido que tem como principal componente o Bacillus thuringiensis israelensis. Essa bactéria, inimiga natu- ral do Aedes, produz uma toxina que, ao ser ingerida pela larva, causa danos ao intestino do inseto, provocando sua morte. Assinale a alternativa que classifica corretamente a relação ecológica entre a lar- va do mosquito e a bactéria Bacillus thuringiensis israelensis. a) parasitismo b) predatismo c) inquilinismo d) antibiose e) mutualismo Revista Pesquisa Fapesp, Edição 85, 03/03 Os vaga-lumes machos e fêmeas emitem sinais luminosos para se atraírem para o acasalamento. O macho reconhece a fêmea de sua espécie e, atraído por ela, vai ao seu encontro. Porém, existe um tipo de vaga-lume, o Photu- ris, cuja fêmea engana e atrai os machos de outro tipo, o Photinus fingindo ser desse gênero. Quando o macho Photinus se aproxima da fêmea Photuris, muito maior que ele, é atacado e devorado por ela. BERTOLDI, O. G.; VASCONCELLOS, J. R. Ciência & sociedade: a aventura da vida, a aventura da tecnologia. São Paulo: Scipione, 2000 (adaptado). 10 Bi o. 6. 7. A relação descrita no texto, entre a fêmea do gênero Photuris e o macho do gê- nero Photinus, é um exemplo de: a) comensalismo b) inquilinismo c) cooperação d) predatismo e) mutualismo No Brasil, cerca de 80% da energia elétrica advém de hidrelétricas, cuja construção implica o represamento de rios. A formação de um reservatório para esse fim, por sua vez, pode modificar a ictiofauna local. Um exemplo é o represamento do Rio Paraná, onde se observou o desaparecimento de pei- xes cascudos quase que simultaneamente ao aumento do número de peixes de espécies exóticas introduzidas, como o mapará e a corvina, as três espé- cies com nichos ecológicos semelhantes. PETESSE, M. L.: PETRERE JR., M. Ciência Hoje. São Paulo, n. 293, v. 49. jun, 2012 (adaptado). Nessa modificação da ictiofauna, o desaparecimento de cascudos é explicado pelo(a) a) redução do fluxo gênico da espécie nativa. b) diminuição da competição intraespecífica. c) aumento da competição interespecífica. d) isolamento geográfico dos peixes. e) extinção de nichos ecológicos. A avoante, também conhecida como arribaçã (Zenaida auriculata noronha) é uma ave migratória que se desloca no Nordeste, acompanhando o ritmo das chu- vas, encontrando-se ameaçada de extinção, em decorrência da caça indiscrimi- nada. A relação do homem com esta ave é: a) harmônica, intra-específica e de predação b) desarmônica, intra-específica e de comensalismo c) harmônica, interespecífica e de parasitismo d) desarmônica, interespecífica e de predação 11 Bi o. 10. 8. 9. As figuras 1 e 2 mostram curvas de crescimento de duas espécies de protozoá- rios, A e B. Em 1, as espécies foram cultivadas em tubos de ensaio distintos e, em 2, elas foram cultivadas juntas, em um mesmo tubo de ensaio. Considerando que as condições do meio foram as mesmas em todos os casos, a explicação mais plausível para os resultados mostrados é: a) a espécie A é predadora de B. b) a espécie B é predadora de A. c) a espécie A é comensal de B. d) a espécie B é comensal de A. e) as espécies A e B apresentam mutualismo. http://uol.com.br/niquel/ Assinale a alternativa correta a respeito da relação de parasitismo. a) Os parasitas sempre levam o hospedeiro à morte. b) Os hospedeiros nunca apresentam as formas assexuadas dos parasitas. c) Não existem parasitas no reino vegetal. d) Os parasitas sempre vivem no interior do corpo dos hospedeiros. e) Essa relação sempre traz prejuízos ao hospedeiro. Na aula em que se discutia o assunto relações interespecíficas, a professora apresentou aos alunos, em DVD, as cenas iniciais do filme Procurando Nemo (Walt Disney Pictures e Pixar Animation Studios, 2003). Nessas cenas, um casal de peixes-palhaço (Amphiprion ocellaris) protege seus ovos em uma cavidade na rocha, sobre a qual há inúmeras anêmonas (classe Anthozoa). 12 Bi o. QUESTÃO CONTEXTO Contudo, uma barracuda (Sphyraena barracuda) ataca o casal, devorando a fê- mea e seus ovos. Apenas um ovo sobrevive, que o pai batiza de Nemo. Nemo e seu pai, Marlin, vivem protegidos por entre os tentáculos da anêmona que, se- gundo a explicação da professora, se beneficia dessa relação aproveitando os restos alimentares de pai e filho. Em ecologia, as relações interespecíficas entre o peixe palhaço e a anêmona, e entre a barracuda e o peixe palhaço são chama- das, respectivamente, de a) mutualismo e parasitismo. b) protocooperação e predação. c) comensalismo e predação. d) inquilinismo e parasitismo. e) parasitismo e predação. É possível observar duas relações ecológicas nessa tirinha. Imaginando que os sapos são de espécies diferentes, diga e descreva quais são elas. Cite tam- bém consequências que aparecem para os sapos por causa de uma dessas interações. Níquel Náusea www.niquel.com.br 13 Bi o. 01. Exercício de aula 1. c 2. b 3. c 4. a 02. Exercício de casa 1- a 2- b 3- b 4- d 5- d 6- c 7- d 8- b 9- e 10- b 03. Questão Contexto Predação: Sapo predando o inseto Competição interespecífica: Sapos competindo pelo mesmo recurso (alimento). A competição interespecífica pode causar como consequências: Mudança do nicho de alguns indi- víduos, para evitar essa competição; extinção de uma das espécies, já que ela será mais fraca e não vai conseguir se alimentar; migração de alguns indi- víduos para outra área, onde não haja competição. GABARITO 01. Resumo 02. Exercício de Aula 03. Exercício de Casa 04. Questão Contexto Sucessão ecológica 20|22 fev 15 Bi o. RESUMO EXERCÍCIO DE AULA 1. Sucessão ecológica É a alteração das comunidades ao longo do tempo, em um mesmo espaço. Ao olhar uma comunidade, observa-se os valores de produtividade bruta (taxa de fotossíntese e quantidade de gases produzidos) e produtividade líquida (produtos da fotossíntese me- nos o que é gasto na respiração) Ela se inicia com uma comunidade pioneira (ou ece- se), onde organismos como líquens e gramíneas se estabelecem, e há pouca matéria orgânica e alta va- riabilidade de condições ambientais. A produtivida- de bruta é baixa, mas a líquida é alta. As comunidades intermediárias (ou seriais) já pos- sui um número maior de organismos. Por fim, a comunidade clímax possui um número de organismos e condições climáticas estáveis, com alta matéria orgânica. A produtividade bruta é se torna alta, e a líquida diminui. Na sucessão primária, tem-se a ocupação de um ambiente novo, estéril (ex.: ilhas vulcânicas), en- quanto na sucessão secundária, tem-se a ocupação de um ambiente que já havida sido habitado antes (ex.: área de pasto ou ambiente após uma queima- da). A comunidade clímax constitui a etapa final de uma sucessão ecológica. Consi- dera-se que a comunidade chegou ao clímax quando a) as teias alimentares, menos complexas, são substituídas por cadeias alimen- tares. b) a produção primária bruta é igual ao consumo. c) cessam a competição interespecífica e a competição intraespecífica. d) a produção primária líquida é alta. e) a biomassa vegetal iguala-se à biomassa dos consumidores 2. Considere as seguintes afirmações sobre sucessão ecológica. I - Quando uma comunidade atinge o estágio clímax, a teia alimentar torna-se mais complexa. II - A composição das espécies tende a permanecer constante ao longo da su- cessão. III - Os diferentes organismos dos estágios serais ocasiona modificações nas condições ambientais locais. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 16 Bi o. 3. Considere dois ecossistemas fluviais, ambos em estágio inicial de sucessão, sen- do um deles (I)altamente poluído por detritos orgânicos biodegradáveis e o ou- tro (II) totalmente livre de qualquer tipo de poluição. A relação P/R (P = produção primária bruta e R = respiração) da comunidade é, provavelmente: a) igual a 1 em ambos os ecossistemas; b) menor que 1 em ambos os ecossistemas; c) maior que 1 em ambos os ecossistemas; d) menor e maior que 1 em (I) e (II), respectivamente; e) maior e menor que 1 em (I) e (II), respectivamente. 4. As queimadas, comuns na estação seca em diversas regiões brasileiras, podem provocar a destruição da vegetação natural. Após a ocorrência de queimadas em uma floresta, é CORRETO afirmar que: a) com o passar do tempo, ocorrerá sucessão primária. b) após o estabelecimento dos líquens, ocorrerá a instalação de novas espécies. c) a comunidade clímax será a primeira a se restabelecer. d) somente após o retorno dos animais é que as plantas voltarão a se instalar na área queimada. e) a colonização por espécies pioneiras facilitará o estabelecimento de outras espécies. 5. Vários eventos caracterizam a evolução de uma comunidade biológica durante uma sucessão ecologia. Assinale a alternativa que contém o conjunto correto desses eventos. a) Modificações no microclima de uma comunidade em sucessão causam dimi- nuição da diversidade biológica a aumento da biomassa. b) O aumento da biodiversidade biológica de uma comunidade em sucessão leva ao aumento da biomassa e, à medida que as novas comunidades se sucedem, ocorrem modificações no microclima. c) O aumento da biomassa da comunidade em sucessão leva ao aumento da di- versidade biológica e à estabilização do microclima. d) O aumento da diversidade biológica causa modificações no microclima de uma comunidade em sucessão, o que determina a diminuição da sua biomassa. e) A estabilização do microclima e da biomassa determina o aumento da diversi- dade biológica de uma comunidade em sucessão. 17 Bi o. EXERCÍCIO DE CASA 1. 2. Vários eventos caracterizam a evolução de uma comunidade biológica durante uma sucessão ecológica. Assinale a alternativa que contém o conjunto correto desses eventos. a) Modificações no microclima de uma comunidade em sucessão causam dimi- nuição da diversidade biológica e aumento da biomassa. b) O aumento da diversidade biológica de uma comunidade em sucessão leva ao aumento da biomassa e, à medida que as novas comunidades se sucedem, ocor- rem modificações no microclima. c) O aumento da biomassa da comunidade em sucessão leva ao aumento da di- versidade biológica e à estabilização do microclima. d) O aumento da diversidade biológica causa modificações no microclima de uma comunidade em sucessão, o que determina a diminuição da sua biomassa. e) A estabilização do microclima e da biomassa determina o aumento da diversi- dade biológica de uma comunidade em sucessão. Analise as figuras A figura mostra o processo de ocupação do solo em uma área dos pampas gaú- chos. Considerando a sucessão ecológica, é correto afirmar que: a) na fase 2 temos a sucessão secundária uma vez que, na 1, teve início a suces- são primária. b) ocorre maior competição na fase 3 que na 4, uma vez que capins e liquens ha- bitam a mesma área. c) após as fases representadas, ocorrerá um estágio seguinte, com arbustos de pequeno porte e, depois, o clímax, com árvores. d) depois do estabelecimento da fase 4 surgirão os primeiros animais, dando iní- cio à sucessão zoológica. e) a comunidade atinge o clímax na fase 4, situação em que a diversidade de or- ganismos e a biomassa tendem a se manter constantes. 18 Bi o. 3. A sucessão ecológica pode ser primária ou secundária. Sobre a sucessão primá- ria, assinale a afirmativa correta. a) Tem início em áreas antes desabitadas, como as dunas. b) Ocorre após a derrubada de florestas. c) As mudanças no ambiente são muito rápidas. d) Os organismos já encontram condições favoráveis para seu estabelecimento. e) Os organismos não modificam o ambiente. 4. Assinale a alternativa que aponta corretamente os indícios de que a sucessão ecológica chegou a um estágio de “clímax”: a) Cessam completamente as mudanças na biomassa. A riqueza de espécies atin- ge um patamar e permanece constante por centenas de milhares de anos. b) As proporções da abundância total representadas por cada espécie assumem um valor fixo e cessam as mudanças em tempo geológico. c) As mudanças em todas as propriedades básicas do ecossistema cessam com- pletamente. d) Passa a ser impossível detectar mudanças, por exemplo, na composição de espécies, após poucos anos. e) As únicas mudanças que continuam são a especiação e a evolução. 5. Durante o processo de sucessão ecológica, os ecossistemas sofrem várias mu- danças. Analise as alternativas a seguir e marque aquela que indica uma tendên- cia ao longo da sucessão. a) Diminuição do tamanho dos indivíduos. b) Redução da diversidade de espécies. c) Aumento da produtividade líquida. d) Aumento da complexidade das cadeias alimentares. e) Diminuição da biomassa total. 6. A substituição ordenada e gradual de uma comunidade por outra, até que se che- gue a uma comunidade estável, é chamada de sucessão ecológica. Nesse pro- cesso, pode-se dizer que o que ocorre é a) a constância de biomassa e de espécies. b) a redução de biomassa e maior diversificação de espécies. c) a redução de biomassa e menor diversificação de espécies. d) o aumento de biomassa e menor diversificação de espécies. e) o aumento de biomassa e maior diversificação de espécies. 19 Bi o. 7. 8. Com relação ao número de nichos ecológicos (I) e à taxa de respiração (II), numa sucessão ecológica é correto afirmar que: a) I aumenta e II diminui b) I diminui e II aumenta c) I aumenta e II permanece constante d) ambos aumentam e) ambos diminuem Considere as afirmativas: 1. Sucessão ecológica é o nome que se dá ao processo de transformações gra- duais na constituição das comunidades de organismos. 2. Quando se atinge um estágio de estabilidade em uma sucessão, a comunida- de correspondente é a comunidade clímax. 3. Numa sucessão ecológica, a diversidade de espécies aumenta inicialmente, atingindo o ponto mais alto no clímax estabilizando-se então. 4. Numa sucessão ecológica ocorre aumento de biomassa. Assinale: a) se todas as afirmativas estiverem incorretas; b) se todas as afirmativas estiverem corretas; c) se somente as afirmativas 1 e 4 estiverem corretas; d) se somente as afirmativas 1 e 4 estiverem incorretas; e) se somente a afirmativa 4 estiver correta. Acerca das sucessões ecológicas, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Os conjuntos populacionais passam constantemente por alterações abruptas e descontínuas com o passar do tempo. ( ) O fim da sucessão secundária sempre resulta em uma comunidade clímax composta pelas mesmas populações que existiam antes da derrubada. ( ) A relação entre a produção e o consumo em um ecossistema em sucessão e maior que um. ( ) A presença das espécies pioneiras facilita a retenção da umidade, diminui a temperatura da superfície e a protege contra a ação do vento. ( ) A sucessão primária tem início em ambientes cujas comunidades sofreram grandes perturbações, comprometendo a estabilidade do estágio clímax da su- cessão. A sequência está correta em: a) F, F, F, V, V. b) F, F, V, V, F. c) V, F, F, V, F. d) V, V, V, V, V. 9. 20 Bi o. 10. Podemos caracterizar uma sucessão ecológica como uma substituição lenta e gradual da dominância de uma comunidade sobre outra. A sucessão ecológica permite a formação de uma comunidade clímax, atinge a estabilidade e dificil- mente sofre alterações significativas em sua estrutura. As espécies que iniciam o processo de sucessão são denominadas espécies pioneiras. Ao longo da su- cessão, ocorrem mudanças na estrutura das comunidades. A sucessão pode ser classificada como primária quando tem início em ambientes que nunca foram habitados anteriormente.A sucessão secundária é caracterizada por ter início em ambientes que já foram habitados, cujas comunidades sofreram grandes per- turbações, o que comprometeu o equilíbrio da comunidade clímax. Podemos ci- tar como exemplo de sucessão secundária o repovoamento natural de uma área agrícola que foi abandonada. Durante a sucessão, as comunidades que se insta- lam sofrem mudanças em sua estrutura. Na tabela a seguir estão listadas algu- mas dessas mudanças. Observe: Analisando a tabela e utilizando conhecimentos prévios de ecologia, pode-se concluir que há um erro no seguinte item desta tabela: a) O comportamento da diversidade está correto, pois a comunidade pioneira tem poucas espécies. b) O comportamento da biomassa total está correto, pois com o aumento da di- versidade de espécies haverá aumento populacional e consequente aumento da biomassa. c) A relação produção/consumo está incorreta, pois ela será maior do que 1 no início da sucessão e não menor. d) O comportamento da teia alimentar está correto, pois com o aumento da di- versidade de espécies haverá maior complexidade nas relações tróficas. QUESTÃO CONTEXTO O Havaí se localiza em um arquipélago no Oceano Pacífico, e é um dos estados dos Estados Unidos da América. O arquipélago possui 132 ilhas, e é no sudeste que se encontram as as oito maiores ilhas do Havaí, que são habitadas. Todas as ilhas foram formadas por vulcões, e muitas cadeias de rochas e ilhas principais hoje são vulcões inativos. As ilhas de vulcões são formadas a partir da deposição de lava, que se solidifica quando em contato com a água. Após um período de tempo, forma-se a área de ilha. Este ambiente então fica suscetível para que ocorra o processo de sucessão ecológica. Diga que tipo de sucessão ocorre neste local e descreva-a. 21 Bi o. 01. Exercício de aula 1. b 2. c 3. d 4. e 5. b 02. Exercício de casa 1- b 2- e 3- a 4- d 5- d 6- e 7- d 8- b 9- b 10- c 03. Questão Contexto O tipo de sucessão é uma sucessão primária, onde organismos vão colonizar um ambiente estéril, nun- ca ocupado antes. Ela se inicia com a comunidade pioneira, onde organismos como líquens se estabe- lecem, seguida pela comunidade intermediária e por fim se estabelecendo como comunidade clímax. GABARITO Fil. Semana 3 Lara Rocha (Debora Andrade) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. 10/02 24/02 Os pré-socráticos e os sofistas 09:15 19:15 Filósofos da tradição 9:15 19:15 CRONOGRAMA Filósofos da tradição 24 fev 01. Resumo 02. Exercícios de Aula 03. Exercícios de Casa 04. Questão Contexto Sócrates, Platão e Aristóteles 25 Fi l. RESUMO Platão, Sócrates e Aristóteles Sócrates O filósofo ateniense Sócrates (469 – 399 a.C) foi um pensador do período clássico da filosofia grega anti- ga e é considerado o pai da filosofia. Sócrates acre- ditava na superioridade da língua oral sobre a língua escrita, ou seja, considerava que o conhecimento deveria ser construído sempre através do diálogo. Diferentemente dos sofistas, Sócrates acreditava que era possível encontrar o conhecimento verda- deiro, através da diferenciação entre a mera opinião (doxa) e a verdade (episteme). A genialidade do seu pensamento pode ser compre- endida, em linhas gerais, se atentarmos para o mé- todo socrático, que é composto de dois momentos principais: A ironia e a mauêutica. A ironia pode ser entendida como o momento destrutivo do diálogo, onde Sócrates procurava mostrar ao seu interlocu- tor que aquilo que ele considerava ser uma verdade tratava-se apenas de uma opinião. Já no segundo momento do diálogo – a mauêutica – Sócrates fazia o que chamava de parto das ideias, ou seja, levava o seu interlocutor a buscar a verdade por si mesmo através do diálogo. Platão Uma das teorias mais fundamentais para a compre- ensão do pensamento de Platão (428- 347 a. C) é, sem dúvida, a sua famosa teoria das ideias. Ela afir- ma que existem dois mundos, a saber: o mundo sen- sível e o mundo inteligível. O mundo sensível é exa- tamente este mundo que nós habitamos, ou seja, o mundo terreno da matéria, onde estão presentes to- dos os objetos materiais. Todas as coisas do mundo sensível, então, estão sujeitas à geração e à corrup- ção, podendo deixar de ser o que são e se transfor- mar em outra coisa, esse é o mundo da variação, da mudança, da transformação. No entanto, por que Platão nomeia este mundo de habitamos de mun- do sensível? Exatamente porque nós apreendemos esse mundo através de nossos sentidos, ou seja, nós percebemos as coisas desse mundo por intermédio dos cinco sentidos (visão, tato, olfato, paladar, audi- ção). Mas e o que é, então, o mundo inteligível para Platão? O mundo inteligível ou mundo das ideias ou mundo das Formas é um mundo superior, apenas acessível ao nosso Intelecto e não aos nossos sentidos, que nada mais é do que o mundo do conhecimento ou da sabedoria. É contemplando as ideias do mundo inteligível através de nossa alma que podemos co- nhecer as coisas. Assim, o mundo inteligível é com- posto de ideias perfeitas, eternas e imutáveis, que podemos acessar através da nossa razão. Um exem- plo: a Forma ou ideia de cadeira existe no mundo das ideias como um conceito que temos acesso através de nosso Intelecto. É por isso que quando obser- vamos uma cadeira particular (material) no mundo sensível, nós a identificamos como cadeira, dado que acessamos a ideia ou conceito de cadeira que existe no mundo inteligível. Todas as coisas (materiais) que existem aqui no mun- do sensível correspondem a uma ideia ou Forma lá no mundo das ideias. No mundo inteligível estão as essências ou a origem de todas as coisas que ob- servamos no mundo sensível. Assim, a origem das cadeiras que existem no mundo sensível é a ideia de cadeira. O que existe realmente é a ideia, enquanto que a coisa material só existe enquanto participa de ideia dessa coisa. Essa é a teoria da participação em Platão: Uma coisa só existe na medida em que parti- cipa da ideia dessa mesma coisa. Portanto, segundo Platão, a ideia é anterior às próprias coisas. Seguin- do o nosso exemplo, a ideia de cadeira é anterior à existência das cadeiras particulares. Uma teoria que deriva da teoria das ideias é a teoria platônica da reminiscência. Segundo Platão, o ser humano é formado de uma parte mortal, a saber, o corpo; e uma parte imortal, a saber: a alma; antes de habitarmos este mundo, nossa alma habitava o mun- do das ideias. Lá ela possuía todo o conhecimento possível, não era ignorante a respeito de nada. No entanto, quando nossa alma se junta ao corpo, 26 Fi l. 1. EXERCÍCIOS DE AULA ela acaba se esquecendo de tudo aquilo que ela sa- bia lá no mundo das ideias. Assim, o conhecimento para Platão é reminiscência (ou seja, lembrança) da- quilo que nossa alma já viu quando habitava o mun- do inteligível. Conhecer é, portanto, nada mais do que lembrar, trazer de volta à memória aquilo que já vimos em outro mundo. Aristóteles Aristóteles, sem dúvida, foi um dos homens mais bri- lhantes e importantes de todos os tempos. Durante sua vida escreveu diversos tratados sobre filosofia, física, biologia, além de ser responsável pela exis- tência de várias enciclopédias. Embora tenha sido discípulo de Platão, Aristóteles rompeu com o mes- tre e criou sua própria escola, chamando-a de Liceu. Na sua concepção filosófica, o conhecimento sensí- vel e o conhecimento racional também são distintos, porém são interligados. Para Aristóteles, ninguém conhece o racional sem o auxílio dos sentidos. A se- guir veremos algumas das noções mais fundamen- tais de sua metafísica. Primeiramente vamos entender as noções de essên- cia e acidente. Para ele, cada ser que existe é uma substância, istosignifica que não existem dois mun- dos, a ideia e a matéria formam a substancialidade. O conceito de substância diz respeito àquilo que é em si mesmo. Mas, ele pode receber atributos es- senciais ou acidentais. → Essência: é o que dá identidade à substância, de modo que, se lhe faltasse ela, não poderia ser ela mesma. → Acidente: a substância pode ter ou não sem que sua identidade seja alterada por isso. Além das noções de essência e acidente, os concei- tos de matéria e forma são indispensáveis ao pen- samento aristotélico. Todo ser contém as duas re- alidades. → Matéria: Princípio indeterminado que compõe o mundo. → Forma: é o que faz que uma coisa seja o que é. É o que faz que os cachorros sejam cachorros mesmo pertencendo à raças diferentes. A forma é inteligível e faz com que todos que perten- cem à mesma espécie sejam o que são, já a matéria é passividade e tende a realizar a forma e a potência. Aristóteles concilia em sua filosofia os pensamentos de Heráclito e Parmênides com as noções de ato e potência. → Potência: é a capacidade de se tornar alguma coisa, mas para que a mudança ocorra é necessária a ação do ato. → Ato é a essência da coisa (forma). A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encon- tra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância. 27 Fi l. 3. 2. O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer ad- quirir conhecimentos. b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos. c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que esta- belece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos. d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas. Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso esta- belecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivel- mente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente. ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odys- seus, 2012 (adaptado). O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação? a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas. b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles. c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são insepará- veis. d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não. e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão. . A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos es- tão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade. ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010. Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como a) busca por bens materiais e títulos de nobreza. b) plenitude espiritual e ascese pessoal. c) finalidade das ações e condutas humanas. d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público. 28 Fi l. EXERCÍCIOS DE CASA 2. 1. Leia o texto para responder às questões de números 1 e 2. “A caverna (...) é o mundo sensível onde vivemos. O fogo que projeta as som- bras na parede é um reflexo da luz verdadeira (do Bem e das ideias) sobre o mundo sensível. Somos os prisioneiros. As sombras são as coisas sensíveis, que tomamos pelas verdadeiras, e as imagens ou sombras dessas sombras, criadas por artefatos fabricadores de ilusões. Os grilhões são nossos pre- conceitos, nossa confiança em nossos sentidos, nossas paixões e opiniões. O instrumento que quebra os grilhões e permite a escalada do muro é a dialética. O prisioneiro curioso que escapa é o filósofo. A luz que ele vê é a luz plena do ser, isto é, o Bem, que ilumina o mundo inteligível como o Sol ilumina o mundo sensível. O retorno à caverna para convidar os outros a sair dela é o diálogo filosófico, e as maneiras desajeitadas e insólitas do fi- lósofo são compreensíveis, pois quem contemplou a unidade da verdade já não sabe lidar habilmente com a multiplicidade das opiniões nem mover-se com engenho no interior das aparências e ilusões. Os anos despendidos na criação do instrumento para sair da caverna são o esforço da alma para li- bertar-se. Conhecer é, pois, um ato de libertação e de iluminação. A Paideia filosófica é uma conversão da alma voltando-se do sensível para o inteligí- vel. Essa educação não ensina coisas nem nos dá a visão, mas ensina a ver, orienta o olhar, pois a alma, por sua natureza, possui em si mesma a capa- cidade para ver.” [Marilena Chauí] De acordo com o texto, pode-se afirmar que: a) O conhecimento filosófico é o único que pressupõe o acesso ao mundo sen- sível. b) Filosofar é um instrumento de alienação para quem sai da caverna. c) O filósofo, por sua busca, tem uma visão mais abrangente do conhecimento. d) A unidade da verdade não permite divagações metafísicas. Ainda sobre o texto, pode-se afirmar que: a) O processo de esclarecimento por meio da filosofia pressupõe a iluminação das coisas sensíveis pelos fabricadores de ilusões. b) A Paidéia filosófica é um processo de dissolução de preconceitos e de ideias ligadas ao senso comum. c) A alegoria da caverna não se adequa às realidades contemporâneas. d) Convidar as pessoas para saírem da caverna é um contrassenso, pois somente o filósofo pode sair da caverna. 29 Fi l. 3. 4. Leia o texto para responder as questões de número 3 e 4. “Lembremos a figura de Sócrates. Dizem que era um homem feio, mas que, quando falava, exercia estranho fascínio. Procurado pelos jovens, passava horas discutindo na praça pública. Interpelava os transeuntes, dizendo-se ignorante, e fazia perguntas aos que julgavam entender determinado as- sunto: “O que é a coragem e a covardia?”, “O que é a beleza?”, “O que é a justiça?”, “O que é a virtude?”. Desse modo, Sócrates não fazia preleções, mas dialogava. Ao final, o interlocutor concluía não haver saída senão reco- nhecer a própria ignorância. A discussão tomava outro rumo, na tentativa de explicitar melhor o conceito”. (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia, 2009, p.21). . A partir do fragmento acima exposto, é correto afirmar sobre o pensamento socrático: I. que se define enquanto saber inacabado, porque é dinâmico e está em cons- trução; II. que é por natureza dogmático, já que o próprio Sócrates é detentor de um saber; III. que não faz de Sócrates “um ser que ilumina”, já que o caminho por ele pro- posto é o da discussão intersubjetiva e dialogal. É correto o que se afirma em: a) I e III, apenas. b) I, II, e III. c) II e III, apenas. d) I e II, apenas. Por meio do diálogo, Sócrates construía com seus interlocutores uma relação pautada em perguntas, respostas e novas perguntas. Tal método também ficouconhecido como maiêutica, e sobre ele é correto afirmar que: a) tem como finalidade uma conclusão efetiva, ainda que seu interlocutor não abandone a doxa. b) a verdade descoberta por seu interlocutor consiste em uma novidade onto- lógica. c) enquanto dizia saber apenas que não sabia, Sócrates propunha o “não saber” como termo à sua filosofia. d) possibilitava Sócrates ajudar seus interlocutores a dar à luz ideias que já es- tavam neles. 30 Fi l. 5. Em primeiro lugar, é claro que, com a expressão “ser segundo a potência e o ato”, indicam-se dois modos de ser muito diferentes e, em certo sentido, opostos. Aristóteles, de fato, chama o ser da potência até mesmo de não- -ser, no sentido de que, com relação ao ser-em-ato, o ser-em-potência é não-ser-em-ato. REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Vol. II. Trad. de Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994, p. 349. A partir da leitura do trecho acima e em conformidade com a Teoria do Ato e Po- tência de Aristóteles, assinale a alternativa correta. a) Para Aristóteles, ser-em-ato é o ser em sua capacidade de se transformar em algo diferente dele mesmo, como, por exemplo, o mármore (ser-em-ato) em re- lação à estátua (ser-em-potência). b) Segundo Aristóteles, a teoria do ato e potência explica o movimento percebi- do no mundo sensível. Tudo o que possui matéria possui potencialidade (capaci- dade de assumir ou receber uma forma diferente de si), que tende a se atualizar (assumindo ou recebendo aquela forma). c) Para Aristóteles, a bem da verdade, existe apenas o ser-em-ato. Isto ocorre porque o movimento verificado no mundo material é apenas ilusório, e o que existe é sempre imutável e imóvel. d) Segundo Aristóteles, o ato é próprio do mundo sensível (das coisas materiais) e a potência se encontra tão-somente no mundo inteligível, apreendido apenas com o intelecto. QUESTÃO CONTEXTO Há muitos séculos atrás, Platão descrevia em sua obra “ A República”, a alego- ria da caverna, na qual os homens, acorrentados, viviam uma vida ilusória, onde tudo o que conheciam era baseado nas sombras projetadas na parede da caver- na. No século XXI, muitas pessoas ainda vivem acorrentadas, guiadas a partir de representações enganosas difundidas pela mídia. Com base em seus conheci- mentos sobre o mito da caverna e na charge acima, escreva um pequeno texto sobre a possível aplicação do mito da caverna no mundo contemporâneos. 31 Fi l. GABARITO 01. Exercício de aula 1. a 2. d 3. c 02. Exercício de casa 1. c 2. b 3. a 4. d 5. b Fís. Semana 3 Leonardo Gomes (Arthur Vieira) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. 06/02 08/02 13/02 15/02 Introdução à Cinemática 18:00 Introdução à Cinemática 8:00 Movimento retilíneo e uniforme (MU) 11:00 18:00 Gráficos do Movimento retilíneo e uniforme (MU) 18:00 Gráficos do Movimento retilíneo e uniforme (MU) 08:00 Movimento retilíneo uniformemente variado (MUV) 11:00 18:00 CRONOGRAMA 20/02 22/02 Gráficos do Movimento retilíneo uniformemente variado (MUV) 18:00 Gráficos do Movimento retilíneo uniformemente variado (MUV) 08:00 Exercícios de MUV 11:00 18:00 Gráficos do movimento retilíneo unifor- memente varia- do (MUV) 20|22 fev 01. Resumo 02. Exercícios de Aula 03. Exercícios de Casa 04. Questão Contexto 36 Fí s. RESUMO A aceleração (média) é a razão entre a variação de velocidade e o intervalo de tempo necessário para esta variação e seu módulo é dado por e sua unidade é o metro por segundo ao quadrado (m/s2). A aceleração constante produz um movimento cha- mado de uniformemente variado (MUV). Para este tipo de movimento, a velocidade média também pode ser calculada como a média das ve- locidades. onde vf é a velocidade final e v0 a velocidade inicial. Pode-se demonstrar que as equações responsáveis pelo MUV são: Obs.: Para um movimento ser considerado ace- lerado é preciso que o módulo de sua velocidade aumente. E para ser considerado como retarda- do ou desacelerado é preciso que o módulo de sua velocidade diminua. O sinal negativo vai indi- car seu sentido. Assim uma aceleração negativa não significa que o movimento é retardado. O movimento será acelerado quando velocidade e aceleração tiverem mesmo sentido e será re- tardado quando velocidade e aceleração tiverem sentidos opostos. O movimento ainda pode ser classificado como pro- gressivo (quando ocorre no sentido positivo do eixo) e retrógrado (quando ocorre no sentido negativo do eixo). Gráficos Para um movimento retilíneo uniformemente varia- do, os gráficos de posição contra tempo (s x t) são parábolas, possuindo concavidade positiva se a >0 ou negativa se a <0. Para os gráficos de velocidade contra o tempo (v x t), temos retas: Finalmente, para os casos em que a aceleração é constante (praticamente todos os casos): 37 Fí s. EXERCÍCIOS DE AULA 1. Estes gráficos possuem certas peculiaridades van- tajosas: → No gráfico s x t: a tangente do ângulo é igual a velocidade; → No gráfico v x t: a tangente do ângulo é igual a aceleração e a área sob o gráfico é igual a variação de posição. → No gráfico a x t: a área sob o gráfico é igual a va- riação de velocidade. Texto para as duas questões abaixo: Em uma prova de 100m rasos, o desempenho típico de um corredor padrão é representado pelo gráfico a seguir: Baseado no gráfico, em que intervalo de tempo a velocidade do corredor é apro- ximadamente constante? a) Entre 0 e 1 segundo. b) Entre 1 e 5 segundos. c) Entre 5 e 8 segundos. d) Entre 8 e 11 segundos. e) Entre 12 e 15 segundos. 38 Fí s. 3. 2. Em que intervalo de tempo o corredor apresenta aceleração máxima? a) Entre 0 e 1 segundo. b) Entre 8 e 11 segundos. c) Entre 1 e 5 segundos. d) Entre 9 e 15 segundos. e) Entre 5 e 8 segundo No circuito automobilístico de Spa Francorchamps, na Bélgica, um carro de Fór- mula 1 sai da curva Raidillion e, depois de uma longa reta, chega à curva Les Combes. Figura: Circuito automobilístico de Spa Francorchamps A telemetria da velocidade versus tempo do carro foi registrada e é apresentada no gráfico a seguir. Qual das alternativas a seguir contém o gráfico que melhor representa a acelera- ção do carro de F-1 em função deste mesmo intervalo de tempo? a) b) 39 Fí s.4. c) d) e) O gráfico abaixo corresponde ao movimento uniformemente variado de uma partícula: a) Supondo que a trajetória da partícula seja a representada a seguir, copie-a, in- dicando a posição da partícula nos instantes 0, 1 s, 2 s, 3 s, 4 s e 5 s. b) O movimento é acelerado ou retardado para 0 < t < 2 s? E para t > 2 s? 40 Fí s. 5. Como medida de segurança, várias transportadoras estão usando sistemas de comunicação via satélite para rastrear o movimento de seus caminhões. Consi- dere um sistema que transmite, a cada instante, a velocidade do caminhão para uma estação de monitoramento. A figura abaixo mostra o gráfico da velocidade em função do tempo, em unidades arbitrárias, para um caminhão que se desloca entre duas cidades. Consideramos que AB, BC, CD, DE e EF são intervalos de tempo entre os instantes respectivos assinalados no gráfico. Com base no gráfico, analise as seguintes afirmativas: I. Em AB, o caminhão tem aceleração positiva. II. O caminhão atinge a menor velocidade em BC. III. O caminhão atinge a maior velocidade no intervalo DE. IV. O caminhão percorre uma distância maior no intervalo DE que no intervalo EF. V. O caminhão sofre uma desaceleração no intervalo CD. Indique a alternativa que contém apenas afirmativas corretas: a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) IV e V. e) II e V. EXERCÍCIOS PARACASA 1. Em um teste, um automóvel é colocado em movimento retilíneo uniformemente acelerado a partir do repouso até atingir a velocidade máxima. Um técnico cons- trói o gráfico onde se registra a posição x do veículo em função de sua velocida- de v. Através desse gráfico, pode-se afirmar que a aceleração do veículo é a) 1,5 m/s² b) 2,0 m/s² c) 2,5 m/s² d) 3,0 m/s² e) 3,5 m/s² 2. A tabela mostra os valores da velocidade de um atleta da São Silvestre em fun- ção do tempo, nos segundos iniciais da corrida. a) Esboce o gráfico da velocidade do atleta em função do tempo. b) Calcule a aceleração do atleta nos primeiros 5 s da corrida. 41 Fí s. 3. 4. 5. A velocidade escalar de um móvel variou com o tempo conforme o gráfico se- guinte: Calcule: a) a distância percorrida pelo móvel no intervalo de tempo de 0 a 5 s; b) a velocidade escalar média do móvel no mesmo intervalo de tempo. Na figura, estão representadas as velocidades, em função do tempo, desenvolvi- das por um atleta, em dois treinos A e B, para uma corrida de 100 m rasos. Com relação aos tempos gastos pelo atleta para percorrer os 100 m, podemos afirmar que, aproximadamente: a) no B levou 0,4 s a menos que no A. b) no A levou 0,4 s a menos que no B. c) no B levou 1,0 s a menos que no A. d) no A levou 1,0 s a menos que no B. e) no A e no B levou o mesmo tempo. Em certo instante passam pela origem de uma trajetória retilínea os móveis A, em movimento uniforme, e B, em movimento uniformemente variado. A partir desse instante, constrói-se o diagrama abaixo. Em que instante o móvel B está 32 m à frente de A? 42 Fí s. 6. O gráfico representa a velocidade em função do tempo de uma pequena esfera em movimento retilíneo. Em t = 0, a esfera se encontra na origem da trajetória. Qual das alternativas se- guintes apresenta corretamente os gráficos da aceleração (a) em função do tem- po e do espaço (s) em função do tempo (t)? a) b) c) d) e) 43 Fí s. 01. Exercícios para aula 1. c 2. a 3. d 4. a) v = 5 + 2t b) 14 m c) v = 7 m/s d) acelerado 5. c 02. Exercícios para casa 1. b 2. a) b) 1,8 m/s 3. a) d = 100 m b) vm = 20 m/s 4. b 5. 8s 6. d GABARITO Exercícios do movimento retilíneo unifor- memente varia- do (MUV) 22 fev 01. Exercícios de Aula 02. Exercícios de Casa 03. Questão Contexto 45 Fí s. EXERCÍCIOS DE AULA 1. Um móvel se desloca, em movimento uniforme, sobre o eixo x durante o intervalo de tempo de t0=0 a t = 30s. O gráfico representa a posição x, em função do tem- po t, para o intervalo de t=0s a t=5,0s: O instante em que a posição do móvel é –30 m, em segundos, é: a) 10. b) 15. c) 20. d) 25. e) 30. 2. A avenida Pedro Álvares Cabral, localizada numa grande cidade, é plana e retilí- nea. Num trecho, a avenida é cortada por ruas transversais, conforme mostra a figura abaixo: Para permitir a travessia segura de pedestres, os sinais de trânsito existentes nos cruzamentos devem ser fechados, simultaneamente, a cada 1,5min. Um carro, trafegando pela avenida com velocidade constante, chega ao cruzamento com a Rua Pero Vaz de Caminha 10s depois que o sinal abriu. Qual deve ser o módulo dessa velocidade, em km/h, para que ele possa percorrer todo o trecho da ave- nida indicado na figura, desde a Rua Pero Vaz de Caminha até a Rua Fernão de Magalhães, encontrando todos os sinais abertos? 46 Fí s. 3. A figura abaixo ilustra trechos de algumas alamedas de uma região plana da ci- dade. Uma pessoa, que caminha com velocidade escalar constante de 3,6 km/h, necessita ir do ponto A ao ponto B. O menor intervalo de tempo possível para esse deslocamento, ao longo das li- nhas pontilhadas, é de: a) 9,30min. b) 9,50min. c) 10,30min. d) 10,50min. e) 10,67min. 4. Um projetor de filmes gira com uma velocidade de 20 quadros por segundo. Cada quadro mede 1,0 cm de comprimento. Despreze a separação entre os qua- dros. Qual o tempo de projeção, em minutos, de um filme cuja fita tem um com- primento total de 18 m? a) 1,5 b) 3,0 c) 4,5 d) 6,0 e) 7,5 5. Uma pessoa sai de casa a caminhar, em linha reta, afasta-se 4 km, de onde retor- na, chegando em casa 90min após a partida. A figura abaixo mostra como sua posição em relação a casa variou com o tempo, durante a caminhada. Observe a figura e marque a alternativa correta sobre a velocidade dessa pessoa. a) Foi nula nos tempos t = 10min, 30min e 70min. b) Foi crescente nos tempos t = 20min, 30min e 50min. c) Foi decrescente nos tempos t = 50min e 70min. d) Foi crescente no tempo t = 20min. e) Foi constante entre os tempos t = 10min e t = 30min. 47 Fí s. O enunciado a seguir é para as questões 6 e 7: Os gráficos de velocidade (v) e aceleração (a) contra o tempo (t) representam o movimento “ideal” de um elevador que parte do repouso, sobe e para. 6. 7. Sabendo que os intervalos de tempo A e C são ambos de 1,5s, qual é o módulo a0 da aceleração com que o elevador se move durante esses intervalos? a) 3,00 m/s² b) 2,00 m/s² c) 1,50 m/s² d) 0,75 m/s² e) 0,50 m/s² Sabendo que os intervalos de tempo A e C são ambos de 1,5s e que o intervalo B é de 6s, qual a distância total percorrida pelo elevador? a) 13,50 m b) 18,00 m c) 20,25 m d) 22,50 m e) 27,00 m 48 Fí s. 8. 9. 10. Partindo do repouso, um avião percorre a pista de decolagem com aceleração constante e atinge a velocidade de 360 km/h em 25s. Qual o valor da aceleração em m/s²? Um carro está parado diante de um sinal fechado. Quando o sinal abre, o car- ro começa a mover-se com aceleração constante de 2,0 m/s² e, neste instante, passa por ele uma motocicleta com velocidade constante de módulo 14 m/s, mo- vendo-se na mesma direção e sentido. Nos gráficos abaixo, considere a posição inicial do carro como origem dos deslocamentos e o instante em que o sinal abre como origem dos tempos. Em cada gráfico, uma curva refere-se ao movimento do carro e a outra ao movimento da motocicleta. É correto afirmar que: a) o carro alcançará a motocicleta quando suas velocidades forem iguais. b) o carro alcançará a motocicleta no instante t = 14s. c) o carro alcançará a motocicleta na posição x = 64 m. d) as acelerações do carro e da motocicleta, em função do tempo, podem ser representadas pelo gráfico II. e) os deslocamentos do carro e da motocicleta, em função do tempo, podem ser representados pelo gráfico I. f) as velocidades do carro e da motocicleta, em função do tempo, podem ser re- presentadas pelo gráfico III. . No mesmo instante em que um carro A, com MRU, passa pela origem de uma trajetória retilínea, outro, B, parte do repouso desse mesmo ponto com MRUV. Após o tempo ∆t_E, Ae B se encontram. O tempo, contado a partir do início do movimento do carro B, necessário para que ambos apresentem a mesma velo- cidade, é: a) 2∆tE b) (3∆tE)/4 c) ∆tE d) (∆tE)/2 e) (∆tE)/4 49 Fí s. EXERCÍCIOS PARA CASA 1. Dois móveis A e B partem, simultaneamente, do mesmo ponto, com velocidades constantes VA = 6 m/s e VB = 8 m/s. Qual a distância entre eles, em metros, de- pois de 5 s, se eles se movem na mesma direção e no mesmo sentido? a) 10 b) 30 c) 50 d) 70 e) 90 2. 3. Dois barcos partem simultaneamente de um mesmo ponto, seguindo rumos per- pendiculares entre si. Sendo de 30km/h e 40km/h suas velocidades, sua distân- cia após 6min vale: a) 7km b) 1km c) 300km d) 5km e) 420km Numa viagem de automóvel foram anotados os instantes e os marcos quilomé- tricos, durante certo intervalo de tempo, conforme a tabela a seguir. Supõe-se movimento uniforme. Acerca desse movimento, considere a seguinte frase incompleta: “No instante 7h10min, o movimento tem velocidade escalar de .....................”. Os valores mais prováveis para se preencher corretamente as lacunas da frase são, respectivamente, a) 203 km/h e 1,0 km. b) 5 km/h e 1,0 km. c) 1,0 km/min e 1,0 km. d) 1,0 km/min e203 km. e) 5,0 km/min e 203 km. 50 Fí s. 4. 5. Dois ciclistas percorrem, com velocidade constante, uma pista retilínea. No ins- tante t = 0, o primeiro encontra-se a 10 m da origem e o segundo a 15 m. Sabendo-se que suas velocidades escalares são, respectivamente, de 15 m/s e 10 m/s, o intervalo de tempo decorrido e a distância a partir da origem onde se dará o encontro serão: a) 1 s e 15 m. b) 1 s e 25 m. c) 2 s e 25 m. d) 2 s e 50 m. e) 3 s e 25 m. A distância entre dois automóveis é de 225 km. Se eles andam um ao encontro do outro com velocidades de 60 km/h e de 90 km/h, respectivamente, se en- contrarão ao fim de: a) 1 hora. b) 1 hora e 15 minutos. c) 1 hora e meia. d) 1 hora e 50 minutos. e) 2 horas e meia. 6. O gráfico abaixo mostra a posição, em função do tempo, de dois trens que via- jam no mesmo sentido em trilhos paralelos: Assinale a afirmativa correta. a)Na origem do gráfico, ambos os trens estavam parados. b) Os trens aceleraram o tempo todo. c) No instante tB, ambos os trens têm a mesma velocidade. d) Ambos os trens têm a mesma aceleração em algum instante anterior a tB. e) Ambos os trens têm a mesma velocidade em algum instante anterior a tB. 51 Fí s. 7. 8. 9. O gráfico abaixo representa os movimentos de dois móveis A e B: Observando o gráfico, pode-se afirmar que: a) em t = 2s e t = 9s a velocidade do móvel A é igual à velocidade do móvel B. b) a aceleração do móvel A é sempre maior que a do móvel B. c) a velocidade do móvel B em t = 2s é nula. d) a velocidade do móvel A em t = 9s é 7 m/s. e) em t = 0s a aceleração do móvel A é 16 m/s². Um carro está viajando numa estrada retilínea com a velocidade de 72 km/h. Vendo adiante um congestionamento no trânsito, o motorista aplica os freios du- rante 2,5s e reduz a velocidade para 54 km/h. Supondo que a aceleração é cons- tante durante o período de aplicação dos freios, calcule o seu módulo, em m/s². a) 1,0 b) 1,5 c) 2,0 d) 2,5 e) 3,0 As velocidades de crescimento vertical de duas plantas Ae B, de espécies dife- rentes, variaram, em função do tempo decorrido após o plantio de suas semen- tes, como mostra o gráfico a seguir. É possível afirmar que: a) A atinge uma altura final maior do que B. b) B atinge uma altura final maior do que A. c) A e B atingem a mesma altura final. d) A e B atingem a mesma altura no instante t0. e) A e B mantêm altura constante entre os instantes t1 e t2. 52 Fí s.01. Exercícios para aula 1. d 2. v = 36km/h 3. b 4. a 5. d 6. b 7. d 8. a = 4,0m/s2 9. b; f 10. d 02. Exercícios para casa 1. a 2. d 3. d 4. b 5. c 6. d 7. d 8. c 9. b 10. a) a = -3m/s2 b) a = 2,4m/s2 GABARITO 10. . Um automóvel trafega com velocidade constante de 12 m/s por uma avenida e se aproxima de um cruzamento onde há um semáforo com fiscalização eletrôni- ca. Quando o automóvel se encontra a uma distância de 30 m do cruzamento, o sinal muda de verde para amarelo. O motorista deve decidir entre parar o carro antes de chegar ao cruzamento ou acelerar o carro e passar pelo cruzamento antes de o sinal mudar para vermelho. Este sinal permanece amarelo por 2,2s. O tempo de reação do motorista (tempo decorrido entre o momento em que o mo- torista vê a mudança de sinal e o momento em que realiza alguma ação) é 0,5s. a) Determine a mínima aceleração constante que o carro deve ter para parar an- tes de atingir o cruzamento e não ser multado. b) Calcule a menor aceleração constante que o carro deve ter para passar pelo cruzamento sem ser multado. Aproxime 1,72 3,0. Geo. Semana 3 Claudio Hansen Rhanna Leoncio Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. 07/02 09/02 14/02 16/02 Formação do espaço e revoluções industriais 09:15 Formação do espaço e revoluções industriais 19:15 Fordismo e o surgimento do Keynesianismo 09:15 Fordismo e o surgimento do Keynesianismo 19:15 CRONOGRAMA 21/02 23/02 Toyotismo e a Terceira Revolução Industrial 09:15 Toyotismo e a Terceira Revolução Industrial 19:15 Toyotismo e a Terceira Re- volução Indus- trial 21|23 fev 01. Resumo 02. Exercícios de Aula 03. Exercícios de Casa 04. Questão Contexto 57 G eo . RESUMO O modelo Toyotista, também chamado de sistema flexível, surge na fábrica de automóveis da Toyota, no Japão, após a crise do modelo Fordista-Tayloris- ta, visando solucionar os problemas criados por este modelo, tais como, estoques lotados, pressão sindi- cal e produtos muito duráveis e padronizados. Den- tre as soluções encontradas para estes problemas destacam-se: → O aumento dos salários dos trabalhadores para aumentar assim o mercado consumidor. → A desconcentração industrial como forma de di- ficultar o amparo dos sindicatos aos trabalhadores com a saída das indústria dos países ricos para os países mais pobres. Esse aspecto surge da necessi- dade do Japão encontrar espaços para a produção, visto que seu território, em grande maioria, é forma- do por montanhas e florestas. → A produção flexível, ou seja, que se adapta às de- mandas do mercado (Just in time). → Produtos não duráveis (obsolescência progra- mada) e diversificados para possibilitar a renovação dos estoques. Durante o predomínio do Fordismo era correto afir- mar que os países industrializados eram os países ricos, pois eram os que tinham capital para inves- tir na otimização da produção e o faziam nas suas indústrias que até então estavam concentradas em seu território. Com o Toyotismo e a desconcentra- ção industrial isto foi alterado com as indústrias mi- grando para os países pobres e emergentes e a sede se concentrando nos países ricos. Além do modelo Toyotista, a Terceira Revolução In- dustrial tem como características o desenvolvimen- to de alta tecnologia, investimento em pesquisas (Tecnopólos) e o destaque da informação que dão origem ao Meio Técnico Científico Informacional. EXERCÍCIOS DE AULA 1. A expansão da produção capitalista, nos três primeiros quartos do século XX, esteve assentada principalmente no modelo de organização fordista. A partir dos anos 1970, esse modelo sofreu significativas alterações, decorrentes da difi- culdade em enfrentar, através de ganhos de produtividade, a crise que atingiu o sistema capitalista. Impôs-se ao universo da produção a necessidade de profun- da reestruturação econômica, expressa pela introdução de novas tecnologias, flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e dos padrões de consumo. Tais mudanças foram vistas por alguns como ruptu- ra e, por outros, como continuidade do modelo fordista. De qualquer maneira, o mundo do trabalho real do século XXI já não é mais o mesmo. Sobre os impactos concretos que afetaram a produção e o trabalho no Brasil, no quadro das transformações comentadas no texto, é correto afirmar que houve: a) consolidação do assalariamento regulamentado, através da expansão do em- prego com carteira registrada para a totalidade dos trabalhadores. b) fortalecimento do poder de negociação dos sindicatos e elevação contínua da renda dos trabalhadores. 58 G eo . 1. 2. EXERCÍCIOS PARA CASA c) extinção por inteiro das formas antigas de divisão do trabalho baseada na se- paração entre concepção e execução, em decorrência da alta qualificação inte- lectual dos trabalhadores. d) expansão de formas alternativas de organização do trabalho (trabalho infor- mal, doméstico, temporário, por hora e subcontratação) em detrimento do assa- lariamento tradicional. e) redução drástica das jornadas de trabalho e ampliação do tempo de lazer des- frutado pelos trabalhadores. “No tempo em que os sindicatos eram fortes, os trabalhadores podiam se queixar do excesso de velocidade na linha de produção e do índice de aci- dentes sem medo de serem despedidos. Agora, apenas um terçodos funcio- nários da IBP [empresa alimentícia norte-americana] pertence a algum sin- dicato. A maioria dos não sindicalizados é imigrante recente; vários estão no país ilegalmente; e no geral podem ser despedidos sem aviso prévio por seja qual for o motivo. Não é um arranjo que encoraje ninguém a fazer queixa. [...] A velocidade das linhas de produção e o baixo custo trabalhista das fábricas não sindicalizadas da IBP são agora o padrão de toda indústria.” (SCHLOSSER, Eric. País Fast- Food. São Paulo: Ática, 2002. p. 221). No texto, o autor aborda a universalização, no campo industrial, dos empregos do tipo Mcjobs “McEmprego”, comuns em empresas fast-food. Assinale a alter- nativa que apresenta somente características desse tipo de emprego. a) Alta remuneração da força-de-trabalho adequada à especialização exigida pelo processo de produção automatizado. b) Alta informalidade relacionada a um ambiente de estabilidade e solidariedade no espaço da empresa. c) Baixa automatização num sistema de grande responsabilidade e de pequena divisão do trabalho. d) Altas taxas de sindicalização entre os trabalhadores aliadas a grandes oportu- nidades de avanço na carreira. e) Baixa qualificação do trabalhador acompanhada de má remuneração do tra- balho e alta rotatividade. São características das transformações que estão ocorrendo no mundo do tra- balho na sociedade globalizada: I – a principal estratégia das grandes empresas está na dispersão geográfica para outras zonas em que a exploração do trabalho é mais barata; II – a produção, longe da rigidez do fordismo, apóia-se na flexibilização organi- zacional do trabalho e das formas de contratação; III – com as novas tecnologias, o mercado de trabalho se apresenta como um bloco homogêneo, de fácil mobilidade e intercâmbio; IV – a inserção da população feminina no mercado de trabalho se dá de forma ampliada e igualitária. 59 G eo . 4. 3. Assinale a alternativa correta. a) II e III estão corretas. b) I e II estão corretas. c) II, III e IV estão corretas. d) I , II e III estão corretas. A mecanização do processo produtivo assume hoje dimensões nunca vistas, com o desenvolvimento da robótica e, cada vez mais, as fábricas empregam um contingente menor de operários. Em vista disso, podemos observar as seguintes mudanças nas relações de trabalho: I – A concorrência desenfreada entre trabalhadores por empregos reforça um sentimento crescente de individualismo e isolamento. II – Com a transformação na indústria, novas relações de trabalho se organizam -trabalho individual, terceirizado e prestação de serviços – substituindo relações de emprego tradicionais. III – A concorrência desenfreada, entre trabalhadores por emprego, entre em- presas pelo controle dos mercados e entre nações pelos recursos escassos, aba- la antigas alianças e relações tradicionais de solidariedade. IV – Nos países industrializados, surge o desemprego estrutural, com a diminui- ção constante e irreversível dos cargos nas empresas, colocando em disponibili- dade uma parcela cada vez maior da população. a) I, III e IV estão corretas. b) I, II e III estão corretas. c) III e IV estão corretas. d) I, II, III e IV estão corretas. São fatores que hoje introduzem mudanças no mundo do trabalho. I – O uso intensivo de novas tecnologias, como robôs e computadores, e a revo- lução na comunicação, com as redes computadorizadas. II – Uma acirrada competição comercial entre países de industrialização emer- gente, como Brasil, México, China e os chamados Tigres Asiáticos (Coréia do Sul, Hong Kong, Taiwan). III – A busca, em qualquer parte do globo, de mão-de-obra barata, de mercado de matéria prima, pelas empresas multinacionais, decidindo onde, como e quan- do produzir. IV – A diminuição do desemprego, nos países desenvolvidos e em desenvolvi- mento, como parte do cenário globalizado. Selecione a alternativa correta: a) II, III e IV estão corretas. b) I, II e III estão corretas. c) I, III e IV estão corretas. d) II e IV estão corretas. 60 G eo . 5. 6. . O capitalismo já conta com mais de dois séculos de história e, de acordo com alguns estudiosos, vive-se hoje um modelo pós-fordista ou toyotista desse siste- ma econômico. Observe o anúncio publicitário: Uma estratégia própria do capitalismo pós-fordista presente neste anúncio é: a) concentração de capital, viabilizando a automação fabril b) terceirização da produção, massificando o consumo de bens c) flexibilização da indústria, permitindo a produção por demanda d) formação de estoque, aumentando a lucratividade das empresas “Um trabalhador em tempo flexível controla o local do trabalho, mas não adquire maior controle sobre o processo em si. A essa altura, vários estudos sugerem que a supervisão do trabalho é muitas vezes maior para os ausen- tes do escritório do que para os presentes. O trabalho é fisicamente descen- tralizado e o poder sobre o trabalhador, mais direto.” SENNETT R. A corrosão do caráter, consequências pessoais do novo capi- talismo. Rio de Janeiro: Record, 1999 (adaptado). Comparada à organização do trabalho característica do taylorismo e do fordis- mo, a concepção de tempo analisada no texto pressupõe que a) as tecnologias de informação sejam usadas para democratizar as relações la- borais. b) as estruturas burocráticas sejam transferidas da empresa para o espaço do- méstico. c) os procedimentos de terceirização sejam aprimorados pela qualificação pro- fissional. d) as organizações sindicais sejam fortalecidas com a valorização da especiali- zação funcional. e) os mecanismos de controle sejam deslocados dos processos para os resulta- dos do trabalho. 61 G eo . 7. 8. No contexto da revolução técnico-científica, governantes e empresas de países desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França e Japão, têm estimulado a criação de arranjos territoriais chamados tecnopolos, caracteriza- dos por a) centros tecnológicos de pesquisa e desenvolvimento que apresentam concen- tração de mão de obra qualificada capaz de gerar novos produtos de alta tecno- logia que poderão ser absorvidos pelas indústrias. b) centros tecnológicos de pesquisa e desenvolvimento instalados em fazendas que utilizam ferramentas tradicionais e mão de obra intensiva para realizar estu- dos que aumentem a produtividade. c) áreas centrais das grandes cidades que apresentam alta concentração de compra e venda de produtos tecnológicos e serviços de manutenção com mão de obra pouco qualificada. d) conjuntos empresariais voltados para a prestação de serviços avançados a distância com o emprego de mão de obra barata adaptada ao uso de sistemas de comunicação e informação. e) áreas centrais das grandes metrópoles que apresentam elevado dinamismo para a recepção de eventos e congressos especializados em biotecnologia e saúde para soluções de demandas em mercados emergentes. O mapa a seguir apresenta o mais antigo tecnopolo do mundo. 62 G eo . 9. A respeito do surgimento das cidades tecnopolos, é INCORRETO afirmar que a) são regiões que concentram indústrias de alta tecnologia, centros de pesqui- sas e inovações tecnológicas abrigando grandes universidades capazes de ga- rantir a formação de novos pesquisadores. b) o Vale do Silício localiza-se na Costa Oeste dos Estados Unidos no Estado da Califórnia. A concentração industrial estrutura-se em torno da Baía de São Fran- cisco onde foram instaladas centenas de empresas dedicadas à produção de computadores e softwares de alta tecnologia. c) a cidade de Boston, na Costa Leste dos Estados Unidos, também representa um importante tecnopolo do país. Nessa região além da indústria bélica encon- tram-se diversas companhias que produzem tecnologia de ponta. d) no Japão, a ilha de Hokkaido abriga os dois maiores tecnopolos do país,Sa- pporo e Kushiro, especializados em alta tecnologia informacional. e) na Índia , Bangalore representa um tecnopoloespecializado em alta tecnolo- gia e telecomunicações e é classificada como uma das dez cidades mais empre- endedoras do mundo. A imagem retrata um cenário presente na chamada Terceira Revolução Industrial ou Revolução Técnico-Científica, a qual fez surgir novos processos de produção e grandes mudanças nas relações de trabalho dentro das empresas capitalistas. Uma alteração significativa diz respeito à(ao) a) informatização do processo produtivo e à ampliação do emprego de modo geral. b) automação do processo produtivo e à necessidade de mão de obra reduzida, mas qualificada e especializada. c) surgimento do Fordismo, conjunto de métodos para a produção em série, com os quais vários operários produzem mais em menos tempo. d) ausência completa de trabalhadores em todas as fases da produção, visto que as máquinas regulam todo o processo produtivo. Disponível em: http:// autoentusiastas.blogspot. com.br/2012/10/industria- automobilistica-definido-o. html. Acesso em: 21/11/2012 63 G eo . QUESTÃO CONTEXTO 10. Na segunda metade do século XX, o mundo passou a conviver com a chamada “Terceira Revolução Industrial”, fenômeno decorrente da alteração dos meios de produção, em função dos avanços tecnológicos, resultando uma nova plasticida- de da dinâmica capitalista. A respeito da denominada “Terceira Revolução Industrial”, sua definição, carac- terísticas e implicações nas relações políticas e sociais, analise as afirmações a seguir. I. Trata-se da consolidação da “Segunda Revolução Industrial”, caracterizada pelo grande investimento e implementação de novas tecnologias, notadamente por fazer cessar o processo de obsolescência de tecnologias verificado no está- gio antecedente. II. As contínuas e expressivas transformações tecnológicas desta nova realidade têm determinado maciços investimentos na área de capacitação de pessoal em um processo de demanda contínua por mão de obra cada vez mais qualificada. III. Ocorre em substituição ao esgotamento do sistema fordista, conservando, entretanto, o conceito de produção em série, já que é a única maneira possível de atender a um aumento de demanda sempre crescente em função da globali- zação da economia. IV. Processo que culminou com expressivos investimentos em pesquisa tecno- lógica, oferta de incentivos fiscais e de um reordenamento econômico assenta- do nos ideais de competitividade, redução de custos de produção e distribuição para um mercado cada vez mais global. V. Determinou a adoção de uma produção mais flexível, visando atender a mer- cados específicos com bens particularizados e, em consequência, na reorgani- zação do espaço industrial. A instalação de unidades industriais em determinada localidade fica vinculada, além de outros aspectos, à localização de outras in- dústrias fornecedoras de peças, de eventuais incentivos fiscais, de mão de obra qualificada e potencial mercado consumidor. Estão corretas, somente, a) I, II, III e V. b) I, II e IV. c) I, IV e V. d) II, IV e V. e) III, IV e V. Com base no trecho apresentado, desenvolva argumentos que relacionem de maneira coerente o processo de Globalização e o sistema flexível. “Na hierarquia herdada dos valores reconhecidos, a ‘síndrome consumista’ destronou a duração, promoveu a transitoriedade e colocou o valor da novi- dade acima do valor da permanência.” Trecho extraído do livro Vida Líquida de Zygmunt Bauman. 64 G eo . 01. Exercícios para aula 1. d 02. Exercícios para casa 1. e 2. b 3. d 4. b 5. c 6. e 7. a 8. d 9. b 10. d GABARITO Dois dos aspectos mais representativos da Globalização são o avanço dos meios de transporte e dos meios de comunicação, o que levou ao uso da expressão “al- deia global” para se referir ao encurtamento das distâncias físicas e das distân- cias culturais\econômicas. Neste sentido, o sistema flexível, Toyotismo, é o ado- tado no pós 1970 possibilitando a flexibilização da produção industrial de acordo com a demanda e produtos cada vez mais diversificados. His. Semana 3 William Gabriel (Karenn Correa) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. 08/02 15/02 22/02 Do Império Romano ao Feudalismo 09:15 19:15 Formação do Mundo Moderno 09:15 19:15 Expansão Marítima e a conquista do Novo Mundo 09:15 19:15 CRONOGRAMA Expansão Marítima e a conquista do Novo Mundo 22 fev 01. Resumo 02. Exercícios de Aula 03. Exercícios de Casa 04. Questão Contexto 68 H is . Portugal é o país pioneiro quando tratamos de ex- pansão marítima. A centralização governamental com um estado consolidado e Absolutista levou o mesmo a criar estruturas para atuação além mar. O Rei objetivava o poder, novos negócios e rotas comerciais, por exemplo. A Nobreza, como um todo, queria mais terras e coordenava as expedi- ções. Portugal tinha poucos recursos em suas ter- ras, logo, isto também ajudava a incentivar buscas de novas possibilidades. Havia uma dificuldade muito grande em cruzar o mediterrâneo para chegar as Índias devido a co- brança de impostos e pedágios nas cidades italia- nas, logo, o Périplo Africano começa a ser montado por Portugal. Um detalhe é que Lisboa era um porto prático para quem adentrava aos mares nórdicos, isso faz com que os portugueses tenham um conta- to forte com toda cultura náutica. Nau: Embarcação utilizada por Pedro Alvarez Cabral No início do Périplo Africano foi conquistada a cida- de de Ceuta, atual Marrocos, e foram adiante. Na- quela época valeria o “Princípio do Direito Romano”, onde as novas rotas e caminhos encontrados per- tenciam a quem os descobriu. Em 1492 Colombo chega a América. Em 1620 temos início a Companhia das Índias Ocidentais, adminis- trada pela Holanda, dominando o frete dos mares. RESUMO 1. EXERCÍCIOS DE AULA Os portugueses chegaram ao território, depois denominado Brasil, em 1500, mas a administração da terra só foi organizada em 1549. Isso ocorreu porque, até en- tão: a) os índios ferozes trucidavam os portugueses que se aventurassem a desem- barcar no litoral, impedindo assim a criação de núcleos de povoamento. b) a Espanha, com base no Tratado de Tordesilhas, impedia a presença portu- guesa nas Américas, policiando a costa com expedições bélicas. c) as forças e atenções dos portugueses convergiam para o Oriente, onde vitó- rias militares garantiam relações comerciais lucrativas. d) os franceses, aliados dos espanhóis, controlavam as tribos indígenas ao longo do litoral bem como as feitorias da costa sul-atlântica. e) a população de Portugal era pouco numerosa, impossibilitando o recrutamen- to de funcionários administrativos. 69 H is . 2. Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à vontade. Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado). O documento permite identificar um interesse econômico espanhol na coloniza- ção da América a partir do século XV. A implicação desse interesse na ocupação do espaço americano está indicada na: a) expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico. b) promoção das guerras justas para conquistar o território c) imposição da catequese para explorar o trabalho africano. d) opção pela policultura para garantir o povoamento ibérico. e) fundação de cidades para controlar a circulação de riquezas. 3. No final do século XVI, na Bahia, Guiomar de Oliveira denunciou Antônia Nóbrega à Inquisição. Segundo o depoimento, esta lhe dava “uns pós não sabe de quê, e outros pós de osso de finado, os quais pós ela confessante deua beber em vinho ao dito seu marido para ser seu amigo e serem bem- -casados, e que todas estas coisas fez tendo-lhe dito a dita Antônia e ensi- nado que eram coisas diabólicas e que os diabos lha ensinaram”. (ARAÚJO, E. O teatro dos vícios. Transgressão e transigência na sociedade urbana colonial. Brasília: UnB/José Olympio, 1997.) Do ponto de vista da Inquisição: a) o problema dos métodos citados no trecho residia na dissimulação, que aca- bava por enganar o enfeitiçado. b) o diabo era um concorrente poderoso da autoridade da Igreja e somente a jus- tiça do fogo poderia eliminá-lo. c) os ingredientes em decomposição das poções mágicas eram condenados por- que afetavam a saúde da população. d) as feiticeiras representavam séria ameaça à sociedade, pois eram perceptíveis suas tendências feministas. e) os cristãos deviam preservar a instituição do casamento recorrendo exclusiva- mente aos ensinamentos da Igreja. 70 H is . 5. 4. “As grandes mudanças que se verificam na arte náutica durante a segun- da metade do século XV levam a crer na possibilidade de chegar-se, con- tornando o continente africano, às terras do Oriente. Não se pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir por via marítima esses países de fábula presidissem as navegações do período henriquino, animada por objetivos estritamente mercantis. (...) Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) Da mesma viagem procede o pri- meiro ouro em pó, ainda que escasso, resgatado naquelas partes. O marfim, cujo comércio se achava até então em mãos de mercadores árabes, come- çam a transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de 1447.” Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos descobrimentos portugueses. Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do trecho acima: a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e depois, por portugue- ses, revela o grande anseio dos navegadores ibéricos por chegar às riquezas do Oriente através de uma rota pelo Ocidente. b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de descoberta para o Oriente através do Atlântico, visto que lhes bastavam as riquezas alcançadas na África, ou seja, ouro, marfim e escravos. c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse para os por- tugueses, algo cada vez mais realizável em razão dos avanços técnicos, foi a ex- ploração comercial da costa africana o que, de fato, impulsionou as viagens do período. d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram motivadas, acima de tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; secundariamente, contudo, dedica- vam-se os portugueses ao comércio de escravos, ouro e marfim, sobretudo na costa africana. e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoamentos técnicos na arte náutica permitiram aos portugueses chegar ao Oriente contornando o continen- te africano. “Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela posição geográfica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa da África. Dada a tecnologia da época, era importante contar com correntes marítimas favoráveis, e elas começavam exatamente nos portos portugueses... Mas há outros fatores da história portuguesa tão ou mais importantes.” Assinale a alternativa que apresenta outros fatores da participação portuguesa na expansão marítima e comercial europeia, além da posição geográfica: a) O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei de Portugal, já visava tanto à expansão econômica quanto à religiosa, que a expansão marítima iria concretizar. b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os negócios, superando a crise do século. Para o Estado, trazia maiores rendas; para a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja Católica, maior cristianização dos “povos bárbaros”. c) O pioneirismo português deve-se mais ao atraso dos seus rivais, envolvidos em disputas dinásticas, do que a fatores próprios do processo histórico, econô- mico, político e social de Portugal. 71 H is . 1. EXERCÍCIOS PARA CASA d) Desde o seu início, a expansão marítima, embora contasse com o apoio entu- siasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos proprietários agrícolas, para quem os dispêndios com o comércio eram perdulários. e) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, a burguesia manteve a inde- pendência de Portugal, centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse específico na expansão. De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo ser- tão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001 A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo: a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos. b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa. c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico exis- tente. d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade eu- ropeia. e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho. 2. O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras. CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Pau- lo: Atual, 1996. 72 H is . 3. 4. Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto es- colhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso. b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente. d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto. e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante. “A conquista de Ceuta foi o primeiro passo na execução de um vasto plano, a um tempo religioso, político e econômico. A posição de Ceuta facilitava a repressão da pirataria mourisca nos mares vizinhos; e sua posse, seguida de outras áreas marroquinas, permitiria aos portugueses desafiar os ataques muçulmanos à cristandade da Península Ibérica.” João Lúcio de Azevedo. “Época de Portugal econômico: esboços históri- cos” De acordo com o texto, é correto interpretar que: a) a expansão marítima portuguesa teve como objetivo expulsar os muçulmanos da Península Ibérica. b) a influência do poder econômico marroquino foi decisiva para o desenvolvi- mento das navegações portuguesas. c) o domínio dos portugueses sobre Ceuta era parte de um vasto plano para ex- pulsar os muçulmanos do comércio africano e indiano. d) a expansão marítima ibérica visava cristianizar o mundo muçulmano para do- minar as rotas comerciais africanas. e) o domínio de territórios ao norte da África foi uma etapa fundamental para a expansão comercial e religiosa de Portugal. Ao longo dos séculos XV e XVI desenvolveram-se na Europa as Grandes Navega- ções, que lançaram algumas nações à descoberta de novas terras e continentes. A expansão ultramarina acarretou o(a): a) fortalecimento do comércio mediterrâneo e das rotas terrestres para o oriente.b) fim dos monopólios reais na exploração de diversas atividades econômicas, tais como o sal e o diamante. c) declínio das monarquias nacionais apoiadas por segmentos citadinos burgue- ses. d) superação dos entraves medievais com o desenvolvimento da economia mer- cantil. e) consolidação política e econômica da nobreza provincial ligada aos senhorios e à propriedade fundiária. 73 H is . 5. 6. Portugal e Espanha foram, no século XV, as nações modernas da Europa, portan- to pioneiras nos grandes descobrimentos marítimos. Identifique as realizações portuguesas e as espanholas, no que diz respeito a esses descobrimentos. 1. Os espanhóis, navegando para o Ocidente, descobriram, em 1492, as terras do Canadá. 2. Os portugueses chegaram ao Cabo das Tormentas, na África, em 1488. 3. Os portugueses completaram o caminho para as Índias, navegando para o Oriente, em 1498. 4. A coroa espanhola foi responsável pela primeira circunavegação da Terra ini- ciada em 1519, por Fernão de Magalhães. Sebastião El Cano chegou de volta à Espanha em 1522. 5. Os portugueses chegaram às Antilhas em 1492, confundindo o Continente Americano com as Índias. Estão corretos apenas os itens: a) 2, 3 e 4; b) 1, 2 e 3; c) 3, 4 e 5; d) 1, 3 e 4; e) 2, 4 e 5. No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supre- macia comercial na Europa. Todavia “em meio da aparente prosperidade, a nação empobrecia. Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem para alguns particulares (...) Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássi- ca Editora, pág.180 Ao analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal concluímos que: a) a falta de unidade política e territorial em Portugal determinava a fragilidade econômica interna. b) a expansão do império acarretava crescentes despesas para o Estado, queda da produtividade agrícola, diminuição da mão-de-obra, falta de investimentos industriais, afetando a economia nacional. c) a luta para expulsar os muçulmanos do reino português, que durou até o final do século XV, empobreceu a economia nacional que ficou carente de capitais. d) a liberdade comercial praticada pelo Estado português no século XV levou ao escoamento dos lucros para a Espanha, impedindo seu reinvestimento em Por- tugal. e) o empreendimento marítimo português revelou-se tímido, permanecendo Ve- neza como o principal centro redistribuidor dos produtos asiáticos, durante todo o século XVI. 74 H is . 8. 7. “Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer pas- sar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu”. Fernando Pessoa O significado de “passar além do Bojador”, nas primeiras décadas do século XV, é: a) Ultrapassar a “barreira” que, segundo a tradição grega, era o limite máximo para navegar sem o perigo de ser atacado por monstros marinhos, permitindo aos navegantes portugueses atingir a Costa da Guiné. b) Conquistar Ceuta e encontrar o “Eldorado”, lendária terra repleta de prazeres e riquezas, superando os mitos vinculados ao longo da Idade Média. c) Conquistar a cidade africana de Calicute, importante feitoria espanhola res- ponsável por abastecer o mercado oriental de produtos de luxo. d) Suportar o escaldante sol equatorial, as constantes tempestades marítimas e o “mar tenebroso” das ilhas da América Central. e) “Dobrar” o Cabo da Boa Esperança, por Vasco da Gama, aventura marítima coberta de mitos e lendas sobre a existência do “Paraíso” ou “Éden”. O processo de expansão marítima da Península Ibérica iniciou-se ainda nos fins da Idade Média. A Espanha, ainda dividida e tendo parte de seu território ocupa- do pelos mouros “andou atrás” de Portugal. Podemos afirmar que foram fatores decisivos do pioneirismo português em termos expansionistas EXCETO: a) o processo de centralização política e administrativa precoce do país, a partir da Revolução de Aviz b) a presença de uma nobreza fortalecida que, a partir dos impostos feudais, propiciou o capital necessário à empreitada expansionista c) a formação de quadros preparados para as grandes aventuras marítimas na Escola de Sagres d) o contato e o aproveitamento da cultura moura por parte dos portugueses e) o incentivo governamental à expansão 9. Foram inúmeras as consequências da expansão ultramarina dos europeus, ge- rando uma radical transformação no panorama da história da humanidade. So- bressai como UMA importante consequência: a) a constituição de impérios coloniais embasados pelo espírito mercantil. b) a manutenção do eixo econômico do Mar Mediterrâneo com acesso fácil ao Oceano Atlântico. c) a dependência do comércio com o Oriente, fornecedor de produtos de luxo como sândalo, porcelanas e pedras preciosas. d) o pioneirismo de Portugal, explicado pela posição geográfica favorável. e) a manutenção dos níveis de afluxo de metais preciosos para a Europa. 75 H is . “Cinco espécies marinhas podem ser vendidas com esse nome. Existe, porém, o chamado “bacalhau legítimo”: o peixe Gadus morhua, considerado o melhor de todos. Ele também é conhecido como cod ou bacalhau do Porto – uma refe- rência à cidade portuguesa, apesar de não haver bacalhau em águas lusitanas.” Gadus morhua – Bacalhau Norueguês O “Bacalhau Legítimo”, o mais antigo peixe colocado no formato de “peixe-seco” não existe em águas portuguesas, apenas nos mares nórdicos, em especial na Noruega. Isso mostra que os portugueses tinham recursos para explorar mares distantes. Comente sobre as capacidades náuticas do país no século XV e como isso influenciou na Expansão Marítima. QUESTÃO CONTEXTO 76 H is . GABARITO 01. Exercício de aula 1. c 2. e 3. e 4. c 5. b 02. Exercício de casa 1. a 2. a 3. e 4. d 5. a 6. b 7. a 8. b 9. a 03. Questão Contexto Pontos favoráveis para a capacidade náutica de Por- tugal: ótima localização geográfica; expulsão dos mouros; unificação e centralização administrativa; contato com a cultura árabe e falta de recursos ge- rais, que os colocavam na perspectiva de estar sem- pre procurando algo para preenchê-los. Lit. Semana 3 Diogo Mendes (Maria Carolina) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. 10/02 17/02 24/02 Literatura e arte: conceitos iniciais 11:00 21:00 Gêneros literários: épico/narrativo e dramático 11:00 21:00 Gêneros literários: lírico e ensaístico 11:00 21:00 CRONOGRAMA Gêneros Literários 01. Resumo 02. Exercício de Aula 03. Exercício de Casa 04. Questão Contexto 24 fev Lírico e ensaístico 80 Li t. RESUMO Gênero Lírico O gênero lírico é o mais poético dos gêneros. Os textos possuem expressividade e as palavras, geral- mente, trazem marcas de musicalidade, além disso, há um forte direcionamento às emoções do eu lírico, que representa a voz do texto. É comum a presen- ça de figuras de linguagens, verbos e pronomes na 1ª pessoa, a subjetividade e o sentido conotativo da linguagem. Leia, abaixo, um poema de Álvares de Azevedo e ob- serve a sensibilidade do eu lírico: “Adeus, Meus Sonhos! Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro! Não levo da existência uma saudade! E tanta vida que meu peito enchia Morreu na minha triste mocidade! Misérrimo! votei meus pobres dias À sina doida de um amor sem fruto... E minh’alma na treva agora dorme Como um olhar que a morte envolve em luto. Que me resta, meu Deus?!... morra comigo A estrela de meus cândidos amores, Já que não levo no meu peito morto Um punhado sequer de murchas flores!” Gênero Ensaístico O ensaio é um tipo de gênero literário em que o au- tor apresenta suas reflexões e impressões acerca de um determinado tema. Por ser um texto de cunho opinativo,faz-se preciso defender uma tese e utili- zar estratégias argumentativas que validem as ideias apresentadas. Utiliza-se uma linguagem simples, há diversos temas que podem ser abordados, sua escri- ta é menos formal e o autor deve explorar a autoria e a criatividade para fundamentar as suas reflexões. Em geral, é um texto mais explorado no meio acadê- mico, pois visa avaliar a maneira que o produtor do texto apresenta seu ponto de vista sobre um deter- minado tema. Para entender melhor, leia abaixo, um pequeno tre- cho de um texto acadêmico do autor Paulo Cezar Konzen, que realizou um ensaio intitulado “Ensaios sobre a arte da Palavra”. O trecho a seguir apresen- ta a construção da fundamentação do autor sobre o carnaval: “O carnaval, apesar de não se constituir especifica- mente num fato literário, possui implicações com a literatura na medida em que se apresenta como es- petáculo de forma sincrética, de caráter ritual, apre- sentando diversas variantes, segundo os povos e as épocas. Nesse espetáculo, geralmente sem palco e sem se- paração entre atores e espectadores, todos parti- cipam ativamente. Quando as leis do carnaval es- tão em vigor, todos se submetem a elas, aceitando uma forma de vida inabitual, espaço propício para o questionamento das mais dimensões dos valores nas sociedades.” Fonte: http://www.unioeste.br/editora/pdf/ paulo_konzen_palavra_thesis_protegido.pdf 81 Li t. EXERCÍCIO DE AULA 1. 2. Primeira lição Os gêneros de poesia são: lírico, satírico, didático, épico, ligeiro. O gênero lírico compreende o lirismo. Lirismo é a tradução de um sentimento subjetivo, sincero e pessoal. É a linguagem do coração, do amor. O lirismo é assim denominado porque em outros tempos os versos sentimen- tais eram declamados ao som da lira. O lirismo pode ser: a) Elegíaco, quando trata de assuntos tristes, quase sempre a morte. b) Bucólico, quando versa sobre assuntos campestres. c) Erótico, quando versa sobre o amor. O lirismo elegíaco compreende a elegia, a nênia, a endecha, o epitáfio e o epicédio. Elegia é uma poesia que trata de assuntos tristes. Nênia é uma poesia em homenagem a uma pessoa morta. Era declamada junto à fogueira onde o cadáver era incinerado. Endecha é uma poesia que revela as dores do coração. Epitáfio é um pequeno verso gravado em pedras tumulares. Epicédio é uma poesia onde o poeta relata a vida de uma pessoa morta. CESAR, A. C. Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. No poema de Ana Cristina Cesar, a relação entre as definições apresentadas e o processo de construção do texto indica que o(a) a) caráter descritivo dos versos assinala uma concepção irônica de lirismo. b) tom explicativo e contido constitui uma forma peculiar de expressão poética. c) seleção e o recorte do tema revelam uma visão pessimista da criação artística. d) enumeração de distintas manifestações líricas produz um efeito de impesso- alidade. e) referência a gêneros poéticos clássicos expressa a adesão do eu lírico às tra- dições literárias. Os poemas “Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam vôo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, 82 Li t. 3. no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...” Mario Quintana. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 2005. O texto é todo construído por meio do emprego de uma figura de estilo. Essa fi- gura é denominada de: a) elipse b) metáfora c) metonímia d) personificação Anoitecer A Dolores É a hora em que o sino toca, mas aqui não há sinos; há somente buzinas, sirenes roucas, apitos aflitos, pungentes, trágicos, uivando escuro segredo; desta hora tenho medo. [...] É a hora do descanso, mas o descanso vem tarde, o corpo não pede sono, depois de tanto rodar; pede paz – morte – mergulho no poço mais ermo e quedo; desta hora tenho medo. Hora de delicadeza, agasalho, sombra, silêncio. Haverá disso no mundo? É antes a hora dos corvos, bicando em mim, meu passado, meu futuro, meu degredo; desta hora, sim, tenho medo. ANDRADE, C. D. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 2005 (fragmento). Com base no contexto da Segunda Guerra Mundial, o livro “A rosa do povo” re- vela desdobramentos da visão poética. No fragmento, a expressividade lírica de- monstra um(a) a) defesa da esperança como forma de superação das atrocidades da guerra. b) desejo de resistência às formas de opressão e medo produzidas pela guerra. c) olhar pessimista das instituições humanas e sociais submetidas ao conflito ar- mado. d) exortação à solidariedade para a reconstrução dos espaços urbanos bombar- deados. e) espírito de contestação capaz de subverter a condição de vítima dos povos afetados. 83 Li t. EXERCÍCIO DE CASA 1. Esses chopes dourados [...] quando a geração de meu pai batia na minha a minha achava que era normal que a geração de cima só podia educar a de baixo batendo quando a minha geração batia na de vocês ainda não sabia que estava errado mas a geração de vocês já sabia e cresceu odiando a geração de cima aí chegou esta hora em que todas as gerações já sabem de tudo e é péssimo ter pertencido à geração do meio tendo errado quando apanhou da de cima e errado quando bateu na de baixo e sabendo que apesar de amaldiçoados éramos todos inocentes. WANDERLEY, J. In: MORICONI, I. (Org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (fragmento). Ao expressar uma percepção de atitudes e valores situados na passagem do tempo, o eu lírico manifesta uma angústia sintetizada na a) compreensão da efemeridade das convicções antes vistas como sólidas. b) consciência das imperfeições aceitas na construção do senso comum. c) revolta das novas gerações contra modelos tradicionais de educação. d) incerteza da expectativa de mudança por parte das futuras gerações. e) crueldade atribuída à forma de punição praticada pelos mais velhos. 2. Soneto de fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. 84 Li t. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. [Vinicius de Moraes] Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta: a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas. b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor. c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas. d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza. e) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor. 3. Casamento Há mulheres que dizem: Meu marido, se quiser pescar, pesque, mas que limpe os peixes. Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, de vez em quando os cotovelos se esbarram, ele fala coisas como “este foi difícil” “prateou no ar dando rabanadas” e faz o gesto com a mão. O silêncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo. Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir. Coisas prateadas espocam: somos noivo e noiva. PRADO, A. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991. O poema de Adélia Prado, que segue a proposta moderna de tematização de fatos cotidianos,apresenta a prosaica ação de limpar peixes na qual a voz lírica reconhece uma a) expectativa do marido em relação à esposa. b) imposição dos afazeres conjugais. c) disposição para realizar tarefas masculinas. d) dissonância entre as vozes masculina e feminina. e) forma de consagração da cumplicidade no casamento. 85 Li t. 4. 5. “No decênio de 1870, Franklin Távora defendeu a tese de que no Brasil ha- via duas literaturas independentes dentro da mesma língua: uma do Norte e outra do Sul, regiões segundo ele muito diferentes por formação histórica, composição étnica, costumes, modismos linguísticos etc. Por isso, deu aos romances regionais que publicou o título geral de Literatura do Norte. Em nossos dias, um escritor gaúcho, Viana Moog, procurou mostrar com bas- tante engenho que no Brasil há, em verdade, literaturas setoriais diversas, refletindo as características locais.” CANDIDO, A. A nova narrativa. A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, 2003. Com relação à valorização, no romance regionalista brasileiro, do homem e da paisagem de determinadas regiões nacionais, sabe-se que: a) o romance do Sul do Brasil se caracteriza pela temática essencialmente urba- na, colocando em relevo a formação do homem por meio da mescla de caracte- rísticas locais e dos aspectos culturais trazidos de fora pela imigração europeia. b) José de Alencar, representante, sobretudo, do romance urbano, retrata a te- mática da urbanização das cidades brasileiras e das relações conflituosas entre as raças. c) o romance do Nordeste caracteriza-se pelo acentuado realismo no uso do vo- cabulário, pelo temário local, expressando a vida do homem em face da nature- za agreste, e assume frequentemente o ponto de vista dos menos favorecidos. d) a literatura urbana brasileira, da qual um dos expoentes é Machado de Assis, põe em relevo a formação do homem brasileiro, o sincretismo religioso, as raízes africanas e indígenas que caracterizam o nosso povo. e) Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Simões Lopes Neto e Jorge Amado são romancistas das décadas de 30 e 40 do século XX, cuja obra retrata a proble- mática do homem urbano em confronto com a modernização do país promovida pelo Estado Novo. Leia o poema abaixo, de Cecília Meireles: Reinvenção “A vida só é possível Reinventada. Anda o sol pelas Campinas E passeia a mão dourada Pelas águas, pelas folhas... Ah! Tudo bolhas Que vêm de fundas piscinas De ilusionismo... - mais nada. Mas a vida, a vida, a vida, A vida só é possível Reinventada. Vem a lua, vem, retira As algemas dos meus braços. Projeto-me por espaços Cheios da tua Figura. Tudo mentira! 86 Li t. 6. Mentira Da lua, na noite escura. Não te encontro, não te alcanço... Só - no tempo equilibrada, Desprendo-me do balanço Que além do tempo me leva. Só - na treva, Fico: recebida e dada. Porque a vida, a vida, A vida só é possível Reinventada.” Nesse poema aparece expressa a seguinte oposição fundamental: a) vida versus morte. b) realidade versus ficção. c) presença versus ausência. d) dia versus noite. e) liberdade versus prisão. Cântico VI Tu tens um medo de Acabar. Não vês que acabas todo o dia. Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que te renovas todo dia. No amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que és sempre outro. Que és sempre o mesmo. Que morrerás por idades imensas Até não teres medo de morrer. E então serás eterno. MEIRELES, C. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1963 (fragmento). A poesia de Cecília Meireles revela concepções sobre o homem em seu aspecto existencial. Em Cântico VI, o eu lírico exorta seu interlocutor a perceber, como inerente à condição humana, a) a sublimação espiritual graças ao poder de se emocionar. b) o desalento irremediável em face do cotidiano repetitivo. c) o questionamento cético sobre o rumo das atitudes humanas. d) a vontade inconsciente de perpetuar-se em estado adolescente. e) um receio ancestral de confrontar a imprevisibilidade das coisas. 87 Li t. QUESTÃO CONTEXTO Recentemente, em dezembro de 2016, tivemos uma perda lastimável: Ferreira Gullar, um dos maiores nomes da literatura brasileira, morreu aos 86 anos de ida- de. No entanto, seu talento, visão crítica sobre o âmbito social e a sua importân- cia lírica permanecem preservadas no acervo literário. (Ferreira Gullar) Leia abaixo, um dos poemas do autor e, a partir de suas impressões, explique o posicionamento da voz lírica em relação à temática abordada. Poema Brasileiro “No Piauí de cada 100 crianças que nascem 78 morrem antes de completar 8 anos de idade No Piauí de cada 100 crianças que nascem 78 morrem antes de completar 8 anos de idade No Piauí de cada 100 crianças que nascem 78 morrem antes de completar 8 anos de idade Antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade.” 88 Li t. 01. Exercício de aula 1. b 2. b 3. c 02. Exercício de casa 1. b 2. d 3. e 4. c 5. b 6. a 03. Questão Contexto O poema de Ferreira Gullar faz uma forte crítica às mazelas sociais da região Nordeste, uma vez que a voz lírica enfatiza a condição das crianças, que mor- rem antes de completarem 8 anos de idade, denun- ciando a desigualdade, a falta de mobilização políti- ca para transformar esse cenário e a pobreza. GABARITO Mat.Semana 3 PC Sampaio Alex Amaral Gabriel Ritter (Allan Pinho) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. 09/02 10/02 16/02 17/02 Operações com números naturais, racionais e irracionais 08:00 18:00 Introdução ao Estudo de Conjuntos 8:00 18:00 Problemas Envolvendo Operações com Conjuntos 08:00 18:00 Grandezas Proporcionais e Escala 08:00 18:00 CRONOGRAMA Operações com números naturais, racionais e irracionais - continuação 11:00 21:00 Conjuntos Númericos 11:00 21:00 23/02 24/02 Grandezas Proporcionais e Escala - Continuação 08:00 18:00 Regra de Três Composta 08:00 18:00 Regra de Três Simples 11:00 21:00 Revisão de grandezas proporcionais e escala 23 fev 01. Exercícios de Aula 02. Exercícios de Casa 03. Questão Contexto 93 M at . EXERCÍCIOS DE AULA 1. 2. 3. Para a construção de isolamento acústico numa parede cuja área mede 9 m², sa- be-se que, se a fonte sonora estiver a 3 m do plano da parede, o custo é de R$ 500,00. Nesse tipo de isolamento, a espessura do material que reveste a parede é inversamente proporcional ao quadrado da distância até a fonte sonora, e o custo é diretamente proporcional ao volume do material do revestimento. Uma expressão que fornece o custo para revestir uma parede de área A (em metro quadrado), situada a D metros da fonte sonora, é a) 500.81/(A.D²) b) (500.A)/D² c) (500.D²)/A d) (500.A.D)/81 e) (500.3.D²)/A Em uma empresa de móveis, um cliente encomenda um guarda-roupa nas di- mensões 220 cm de altura, 120 cm de largura e 50 cm de profundidade. Alguns dias depois, o projetista, com o desenho elaborado na escala 1 : 8, entra em con- tato com o cliente para fazer sua apresentação. No momento da impressão, o profissional percebe que o desenho não caberia na folha de papel que costuma- va usar. Para resolver o problema, configurou a impressora para que a figura fos- se reduzida em 20%. A altura, a largura e a profundidade do desenho impresso para a apresentação serão, respectivamente, a) 22,00 cm, 12,00 cm e 5,00 cm. b) 27,50 cm, 15,00 cm e 6,25 cm. c) 34,37 cm, 18,75 cm e 7,81 cm. d) 35,20 cm, 19,20 cm e 8,00 cm. e) 44,00 cm, 24,00 cm e 10,00 cm A resistência elétrica e as dimensões do condutor A relação da resistência elétrica com as dimensões do condutor foi estudada por um grupo de cientistas por meio de vários experimentos de eletricidade.Eles ve- rificaram que existe proporcionalidade entre resistência (R) e comprimento (ℓ ), dada a mesma secção transversal (A) resistência (R) e área da secção transversal (A), dado o mesmo comprimento (ℓ) comprimento (ℓ) e área da secção transversal (A), dada a mesma resistência (R). Considerando os resistores como fios, pode-se exemplificar o estudo das gran- dezas que influem na resistência elétrica utilizando as figuras seguintes 94 M at . 4. As figuras mostram que as proporcionalidades existentes entre resistência (R) e comprimento (ℓ), resistência (R) e área da secção transversal (A), e entre compri- mento (ℓ) e área da secção transversal (A) são, respectivamente, a) direta, direta e direta. b) direta, direta e inversa. c) direta, inversa e direta. d) inversa, direta e direta. e) inversa, direta e inversa. Sabe-se que a distância real, em linha reta, de uma cidade A, localizada no esta- do de São Paulo, a uma cidade B, localizada no estado de Alagoas, é igual a 2 000 km. Um estudante, ao analisar um mapa, verificou com sua régua que a distância entre essas duas cidades, A e B, era 8 cm. Os dados nos indicam que o mapa observado pelo estudante está na escala de a) 1 : 250. b) 1 : 2 500. c) 1 : 25 000. d) 1 : 250 000. e) 1 : 25 000 000. 5. A resistência mecânica S de uma viga de madeira, em forma de um paralelepípe- do retângulo, é diretamente proporcional à sua largura (b) e ao quadrado de sua altura (d) e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os supor- tes da viga, que coincide com o seu comprimento (x), conforme ilustra a figura. A constante de proporcionalidade k é chamada de resistência da viga. A expressão que traduz a resistência S dessa viga de madeira é a) b) c) BUSHAW, D. et al. Aplicações da matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997.(Foto: Reprodução/ Enem) . . ² ² k b dS x = . . ² k b dS x = . . ²k b dS x = 95 M at . d) e) . ².k b dS x = . .2 2 k b dS x = 6. . O veículo terrestre mais veloz já fabricado até hoje é o Sonic Wind LSRV, que está sendo preparado para atingir a velocidade de 3 000 km/h. Ele é mais veloz do que o Concorde, um dos aviões de passageiros mais rápidos já feitos, que al- cança 2 330 km/h. Para uma distância fixa, a velocidade e o tempo são inversamente proporcionais. BASILIO, A. Galileu, mar. 2012 (adaptado). Para percorrer uma distância de 1 000 km, o valor mais próximo da diferença, em minuto, entre os tempos gastos pelo Sonic Wind LSRV e pelo Concorde, em suas velocidades máximas, é a)0,1. b) 0,7. c) 6,0. d)11,2. e) 40,2. 7. Na construção de um conjunto habitacional de casas populares, todas serão fei- tas num mesmo modelo, ocupando, cada uma delas, terrenos cujas dimensões são iguais a 20 m de comprimento por 8 m de largura. Visando a comercialização dessas casas, antes do início das obras, a empresa resolveu apresentá-las por meio de maquetes construídas numa escala de 1 : 200. As medidas do comprimento e da largura dos terrenos, respectivamente, em centímetros, na maquete construída, foram de a) 4 e 10. b) 5 e 2. c) 10 e 4. d) 20 e 8. e) 50 e 20. 96 M at . Há um novo impulso para produzir combustível a partir de gordura animal. Em abril, a High Plains Bioenergy inaugurou uma biorrefinaria próxima a uma fábrica de processamento de carne suína em Guymon, Oklahoma. A refinaria converte a gordura do porco, juntamente com o o óleo vegetal, em biodiesel. A expectativa da fábrica é transformar 14 milhões de quilogramas de banha em 112 milhões de litros de biodiesel. Revista Scientific American. Brasil, ago. 2009 (adaptado). Considere que haja uma proporção direta entre a massa de banha transformada e o volume de biodiesel produzido. Para produzir 48 milhões de litros de biodie- sel, a massa de banha necessária, em quilogramas, será de, aproximadamente: a) 6 milhões. b) 33 milhões. c) 78 milhões. d) 146 milhões. e) 384 milhões. 8. 9. Um biólogo mediu a altura de cinco árvores distintas e representou-as em uma mesma malha quadriculada, utilizando escalas diferentes, conforme indicações na figura a seguir. Qual é a árvore que apresenta a maior altura real? a)I b)II c)III d)IV e) V A suspeita de que haveria uma relação causal entre tabagismo e câncer de pul- mão foi levantada pela primeira vez a partir de observações clinicas. Para testar essa possível associação, foram conduzidos inúmeros estudos epidemiológicos. Dentre esses, houve o estudo do número de casos de câncer em relação ao nú- mero de cigarros consumidos por dia, cujos resultados são mostrados no gráfico a seguir. 10. 97 M at . 1. 2. EXERCÍCIOS PARA CASA De acordo com as informações do gráfico, a) o consumo diário de cigarros e o número de casos de câncer de pulmão são grandezas inversamente proporcionais. b) o consumo diário de cigarros e o número de casos de câncer de pulmão são grandezas que não se relacionam. c)o consumo diário de cigarros e o número de casos de câncer de pulmão são grandezas diretamente proporcionais. d)uma pessoa não fumante certamente nunca será́ diagnosticada com câncer de pulmão. e)o consumo diário de cigarros e o número de casos de câncer de pulmão são grandezas que estão relacionadas, mas sem proporcionalidade. O hábito de comer um prato de folhas todo dia faz proezas para o corpo. Uma das formas de variar o sabor das saladas é experimentar diferentes molhos. Um molho de iogurte com mostarda contém 2 colheres de sopa de iogurte desnata- do, 1 colher de sopa de mostarda, 4 colheres de sopa de água, 2 colheres de sopa de azeite.Considerando que uma colher de sopa equivale a aproximadamente 15 mL, qual é o número máximo de doses desse molho que se faz utilizando 1,5 L de azeite e mantendo a proporcionalidade das quantidades dos demais ingre- dientes? a)5 b)20 c)50 d)200 e)500 Um jornaleiro irá receber 21 revistas. Cada uma terá um carrinho na escala de 1:43 do tamanho real acompanhando-a em caixinha à parte. Os carrinhos são embalados com folga de 0,5 cm nas laterais, como indicado na figura. Assim, o jornaleiro reservou três prateleiras com 95 cm de comprimento por 7 cm de lar- gura, onde as caixas serão acomodadas de forma a caberem inteiramente dentro de cada prateleira. Além disso, sabe-se que os carrinhos são cópias dos modelos reais que possuem 387 cm de comprimento por 172 cm de largura. 98 M at . 4. 3. Quantos carrinhos, no máximo, cabem em cada uma das prateleiras? a) 2 b) 3 c) 7 d) 9 e) 10 José, Carlos e Paulo devem transportar em suas bicicletas uma certa quantidade de laranjas. Decidiram dividir o trajeto a ser percorrido em duas partes, sendo que ao final da primeira parte eles redistribuiriam a quantidade de laranjas que cada um carregava dependendo do cansaço de cada um. Na primeira parte do trajeto José, Carlos e Paulo dividiram as laranjas na proporção 6:5:4, respectiva- mente. Na segunda parte do trajeto José, Carlos e Paulo dividiram as laranjas na proporção 4:4:2, respectivamente. Sabendo-se que um deles levou 50 laranjas a mais no segundo trajeto, qual a quantidade de laranjas que José, Carlos e Paulo, nessa ordem, transportaram na segunda parte do trajeto? a) 600, 550, 350 b) 300, 300, 150 c) 300, 250, 200 d) 200, 200, 100 e) 100, 100, 50 Pedro ganhou R$ 360 000,00 em uma loteria federal e resolveu dividir integral- mente o prêmio entre os seus três filhos, Ana, Renato e Carlos, de forma que cada um receba uma quantia que seja inversamente proporcional às suas idades. Sabendo que Ana tem 4 anos, Renato, 5 anos e Carlos, 20 anos, eles receberão, respectivamente: a) R$ 54 000,00; R$ 216 000,00 e R$ 90 000,00. b) R$ 90 000,00; R$ 54 000,00 e R$ 216 000,00. c) R$ 216 000,00; R$ 90 000,00 e R$ 54 000,00. d) R$ 180 000,00; R$ 144 000,00 e R$ 36 000,00. e) R$ 180 000,00; R$ 120 000,00 e R$ 60 000,00. 99 M at . 6. 7. 5. Toda a esferavisível ao longo do ano, nos hemisférios celestes Norte e Sul, está dividida em 88 partes, incluindo, cada uma delas, um número variável de estre- las. A unidade de medida utilizada pelos astrônomos para calcular a área de uma constelação é o grau quadrado. Algumas constelações são imensas, como Erída- no, o rio celeste, localizada no hemisfério celeste Sul e ocupa uma área de 1 138 graus quadrados. Em contraponto, a constelação Norma, localizada no mesmo hemisfério, não passa de 165 graus quadrados. Em um mapa do hemisfério ce- lestial feito em uma escala de 1:1 000, as constelações Erídano e Norma ocupa- rão, respectivamente, uma área, em graus quadrados, de: a) 0,1138 e 0,0165. b) 0,1138 e 0,165. c) 1,138 e 0,165. d) 11380 e 1 650. e) 1138 000 e 165 000. Sabe-se que o valor cobrado na conta de energia elétrica correspondente ao uso de cada eletrodoméstico é diretamente proporcional à potência utilizada pelo aparelho, medida em watts (W), e também ao tempo que esse aparelho perma- nece ligado durante o mês. Certo consumidor possui um chuveiro elétrico com potência máxima de 3 600 W e um televisor com potência máxima de 100 W. Em certo mês, a família do consumidor utilizou esse chuveiro elétrico durante um tempo total de 5 horas e esse televisor durante um tempo total de 60 horas, ambos em suas potências máximas. Qual a razão entre o valor cobrado pelo uso do chuveiro e o valor cobrado pelo uso do televisor? a) 1 : 1 200 b) 1 : 12 c) 3 : 1 d) 36 : 1 e) 432 : 1 Uma fábrica vende pizzas congeladas de tamanhos médio e grande, cujos diâ- metros são respectivamente 30 cm e 40 cm. Fabricam-se apenas pizzas de sa- bor muçarela. Sabe-se que o custo com os ingredientes para a preparação é di- retamente proporcional ao quadrado do diâmetro da pizza, e que na de tamanho médio esse custo é R$ 1,80. Além disso, todas possuem um custo fixo de R$3,80, referente às demais despesas da fábrica. Sabe-se ainda que a fábrica deseja lu- crar R$ 2,50 em cada pizza grande. Qual é o preço que a fábrica deve cobrar pela pizza grande, a fim de obter o lu- cro desejado? a) R$ 5,70 b) R$ 6,20 c) R$ 7,30 d) R$ 7,90 e) R$ 8,70 10 0 M at . 8. A Figura 1 representa uma gravura retangular com 8 m de comprimento e 6 m de altura. Deseja-se reproduzi-la numa folha de papel retangular com 42 cm de compri- mento e 30 cm de altura, deixando livres 3 cm em cada margem, conforme a Figura 2 A reprodução da gravura deve ocupar o máximo possível da região disponível, mantendo-se as proporções da Figura 1. PRADO, A. C. Superinteressante, ed. 301, fev. 2012 (adaptado). A escala da gravura reproduzida na folha de papel é a) 1:3 b) 1:4 c) 1:20 d) 1:25 e) 1 : 32 10 1 M at . QUESTÃO CONTEXTO Estrela da Morte custaria US$ 7,7 octilhões para operar por dia RIO — É de se esperar que uma estação espacial capaz de destruir planetas inteiros seja cara. E, inspirada na proximidade da estreia de “Rogue One: Uma história Star Wars”, uma empresa britânica de energia resolveu fazer uma estimativa de qual seria o custo de manutenção da Estrela da Morte, a arma definitiva do Império em “Guerra nas Estrelas”. De acordo com a es- timativa da Ovo Energy, o custo seria de US$ 7,7 octilhões por dia, um valor que não vale nem a pena converter para real. Para se ter uma ideia do tamanho desse número, ele representa 30 trilhões de vezes todo o dinheiro que existe no planeta Terra (cerca de US$ 200 tri- lhões). “Rogue One”, um prólogo de “Guerra nas Estrelas”, conta a história de um grupo de rebeldes que se reúne para roubar os planos de construção da Estrela da Morte. Para chegar a esse número, a Ovo Energy chamou Alexander Barnett, pro- fessor de matemática da Universidade de Dartmouth, e Stephen Skolnick, editor do “Physics Central”. Para o cálculo, eles levaram em conta uma equi- pe de 2,,06 milhões de funcionários, sendo quase 26 mil stormtroopers. A partir daí, pensaram em detalhes como alimentação de todo esse pessoal, iluminação, lavanderia e reciclagem de lixo. Se apenas para deixar as luzes acessas a Estrela da Morte custaria mais de US$ 50 bilhões por dia, os custos chegam à estratosfera quando eles in- cluem o laser com capacidade de destruir planetas e a capacidade da esta- ção de viajar no hiperspespaço. Na época do lançamento do filme uma rede de cinemas lançou um balde de pi- poca com 19,8 x 10-2 metros de diâmetro no formato da estrela da morte. Sa- bendo que estima-se que a estrela da morte tenha 420 km de diâmetro podemos afirmar caso seja feito em escala, 1 km da estrela da morte equivale a aproxima- damente: a)0,047 x 10-2 km da réplica b)0,024 x 10-2 km da réplica c)0,047 x 10-5 km da réplica d)0,024 x 10-5km da réplica http://oglobo.globo. com/cultura/filmes/ estrela-da-morte- custaria-us-77-octilhoes- para-operar-por-dia-1- 20571991#ixzz4YPCKKtqN 10 2 M at . GABARITO 01. Exercícios para aula 1. b 2. a 3. c 4. e 5. a 6. c 7. c 8. a 9. d 10. e 02. Exercícios para casa 1. c 2. d 3. b 4. d 5. c 6. c 7. e 8. d 03. Questão contexto c Regra de três simples 23 fev 01. Resumo 02. Exercícios de Aula 03. Exercícios de Casa 04. Questão Contexto 10 4 M at . EXERCÍCIOS DE AULA 1. 2. RESUMO A regra de três é o processo pelo qual podemos re- lacionar duas grandezas, sejam elas diretamente ou inversamente proporcionais. É comum termos 3 va- lores e precisarmos encontrar o quarto valor. Exemplo. Se em uma banca de jornal vende em uma semana 20 revistas em duas semanas venderá quan- tas? Para resolvermos o problema precisamos analisar as grandezas. Quanto mais tempo passar mais revista venderá logo as grandezas são diretamente propor- cionais assim: multiplicando cruzado Logo terá vendido 40 revistas. 1 20 2 x → → 2.20 40x x= ⇒ = Uma mãe recorreu à bula para verificar a dosagem de um remédio que precisava dar a seu filho. Na bula, recomendava-se a seguinte dosagem: 5 gotas para cada 2 kg de massa corporal a cada 8 horas. Se a mãe ministrou corretamente 30 gotas do remédio a seu filho a cada 8 horas, então a massa corporal dele é de a) 12 kg b) 16 kg c) 24 kg d) 36 kg e) 75 kg Cinco marcas de pão integral apresentam as seguintes concentrações de fibras (massa de fibra por massa de pão): → Marca A: 2 g de fibras a cada 50 g de pão; → Marca B: 5 g de fibras a cada 40 g de pão; → Marca C: 5 g de fibras a cada 100 g de pão; → Marca D: 6 g de fibras a cada 90 g de pão; → Marca E: 7 g de fibras a cada 70 g de pão. Recomenda-se a ingestão do pão que possui a maior concentração de fibras. A marca a ser escolhida é a) A b) B c) C d) D e) E 10 5 M at . 4. 3. A London Eye é uma enorme roda-gigante na capital inglesa. Por ser um dos mo- numentos construídos para celebrar a entrada do terceiro milênio, ela também é conhecida como Roda do Milênio. Um turista brasileiro, em visita à Inglaterra, perguntou a um londrino o diâmetro (destacado na imagem) da Roda do Milênio e ele respondeu que ele tem 443 pés. Não habituado com a unidade pé, e querendo satisfazer sua curiosidade, esse turista consultou um manual de unidades de medidas e constatou que 1 pé equi- vale a 12 polegadas, e que 1 polegada equivale a 2,54 cm. Após alguns cálculos de conversão, o turista ficou surpreendido com o resultado obtido em metros. Qual a medida que mais se aproxima do diâmetro da Roda do Milênio, em metro? a) 3 b) 94 c) 113 d) 135 e) 145 Um banco de sangue recebe 450 mL de sangue de cada doador. Após separar o plasma sanguíneo das hemácias, o primeiro é armazenado em bolsas de 250 mL de capacidade. O banco de sangue aluga refrigeradores de uma empresa para estocagem das bolsas de plasma, segundo a sua necessidade. Cada refrigerador tem uma capacidade de estocagem de 50 bolsas. Ao longo de uma semana, 100 pessoas doaram sangue àquele banco. Admita que, de cada 60 mL de sangue, extraem-se 40 mL de plasma.O número mínimo de congeladores que o banco precisou alugar, para estocar todas as bolsas de plasma dessa semana, foi a)2 b)3 c)4 d)6 e)8 10 6 M at . 5. Um produtor de maracujá usa uma caixa-d’água, com volume V, para alimentar o sistema de irrigação de seu pomar. O sistema capta água através de um furo no fundo da caixa a uma vazão constante. Com a caixa-d’água cheia, o sistema foi acionado às 7 h da manhã de segunda-feira. Às 13 h do mesmo dia, verificou-se que já haviam sido usados 15% do volume da água existente na caixa. Um dispo- sitivo eletrônico interrompe o funcionamento do sistema quando o volume res- tante na caixa é de 5% do volume total, para reabastecimento. Supondo que o sistema funcione sem falhas, a que horas o dispositivo eletrônico interromperá o funcionamento? a) Às 15 h de segunda-feira. b) Às 11 h de terça-feira. c) Às 14 h de terça-feira. d) Às 4 h de quarta-feira. e) Às 21 h de terça-feira. 1. EXERCÍCIOS PARA CASA O veículo terrestre mais veloz já fabricado até hoje é o Sonic Wind LSRV, que está sendo preparado para atingir a velocidade de 3 000 km/h. Ele é mais veloz do que o Concorde, um dos aviões de passageiros mais rápidos já fei- tos, que alcança 2 330 km/h. Para uma distância fixa, a velocidade e o tempo são inversamente propor- cionais. BASILIO, A. Galileu, mar. 2012 (adaptado). Para percorrer uma distância de 1 000 km, o valor mais próximo da diferença, em minuto, entre os tempos gastos pelo Sonic Wind LSRV e pelo Concorde, em suas velocidades máximas, é a) 0,1. b) 0,7. c) 6,0. d) 11,2. e) 40,2. 10 7 M at . 2. A insulina é utilizada no tratamento de pacientes com diabetes para o contro- le glicêmico. Para facilitar sua aplicação, foi desenvolvida uma “caneta” na qual pode ser inserido um refil contendo 3mL de insulina como mostra a imagem. Para controle das aplicações, definiu-se a unidade de insulina como 0,01 mL. An- tes de cada aplicação, é necessário descartar 2 unidades de insulina, de forma a retirar possíveis bolhas de ar. A um paciente foram prescritas duas aplicações diárias: 10 unidades de insulina pela manhã e 10 à noite. Qual o número máximo de aplicações por refil que o paciente poderá utilizar com a dosagem prescrita? a) 25 b) 15 c) 13 d) 12 e) 8 3. Alguns medicamentos para felinos são administrados com base na superfície corporal do animal. Foi receitado a um felino pesando 3,0 kg um medicamento na dosagem diária de 250 mg por metro quadrado de superfície corporal. O quadro apresenta a relação entre a massa do felino, em quilogramas, e a área de sua superfície corporal, em metros quadrados. A dose diária, em miligramas, que esse felino deverá receber é de a) 0,624. b) 52,0. c) 156,0. d) 750,0. e) 1 201,9. 10 8 M at . 4. Um anel contém 15 gramas de ouro 16 quilates. Isso significa que o anel contém 10 g de ouro puro e 5 g de uma liga metálica. Sabe-se que o ouro é considera- do 18 quilates se há a proporção de 3 g de ouro puro para 1 g de liga metálica. Para transformar esse anel de ouro 16 quilates em outro de 18 quilates, é preciso acrescentar a seguinte quantidade, em gramas, de ouro puro: a) 6 b) 5 c) 4 d) 3 5. Uma empresa tem 750 empregados e comprou marmitas individuais congeladas suficientes para o almoço deles durante 25 dias. Se essa empresa tivesse mais 500 empregados, a quantidade de marmitas já adquiridas seria suficiente para um número de dias igual a: a) 10 b) 12 c) 15 d) 18 6. Diariamente, uma residência consome 20 160 Wh. Essa residência possui 100 células solares retangulares (dispositivos capazes de converter a luz solar em energia elétrica) de dimensões 6 cm x 8 cm. Cada uma das tais células produz, ao longo do dia, 24 Wh por centímetro de diagonal. O proprietário dessa resi- dência quer produzir, por dia, exatamente a mesma quantidade de energia que sua casa consome. Qual deve ser a ação desse proprietário para que ele atinja o seu objetivo? a) Retirar 16 células. b) Retirar 40 células. c) Acrescentar 5 células. d) Acrescentar 20 células. e) Acrescentar 40 células. 7. Durante uma epidemia de uma gripe viral, o secretário de saúde de um municí- pio comprou 16 galões de álcool em gel, com 4 litros de capacidade cada um, para distribuir igualmente em recipientes para 10 escolas públicas do município. O fornecedor dispõe à venda diversos tipos de recipientes, com suas respectivas capacidades listadas: I) Recipiente I: 0,125 litro; II) Recipiente II: 0,250 litro; III) Recipiente III: 0,320 litro; IV) Recipiente IV: 0,500 litro; V) Recipiente V: 0,800 litro. 10 9 M at . O secretário de saúde comprará recipientes de um mesmo tipo, de modo a ins- talar 20 deles em cada escola, abastecidos com álcool em gel na sua capacidade máxima, de forma a utilizar todo o gel dos galões de uma só vez. Que tipo de recipiente o secretário de saúde deve comprar? a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V. 8. Um paciente necessita de reidratação endovenosa feita por meio de cinco fras- cos de soro durante 24 h. Cada frasco tem um volume de 800 mL de soro. Nas primeiras quatro horas, deverá receber 40% do total a ser aplicado. Cada milili- tro de soro corresponde a 12 gotas. O número de gotas por minuto que o pacien- te deverá receber após as quatro primeiras horas será a) 16. b) 20. c) 24. d) 34. e) 40. QUESTÃO CONTEXTO Calvin está empenhado em ser o maior matemático da sua sala. Para isso, sabe que precisará fazer muitos exercícios. Sua professora disse que para conseguir o feito ele terá que acertar mais questões que seus colegas, que costumam acer- tar 85% dos exercícios. Sabendo que Calvin atualmente acerta 40% dos exercí- cios estudando 2 horas por dia e que a relação entre estudo e acertos seja direta- mente proporcional, pelos menos quantas horas a mais Calvin precisará estudar para acertar 90% dos exercícios? 11 0 M at . GABARITO 01. Exercícios para aula 1. a 2. b 3. d 4. b 5. e 02. Exercícios para casa 1. c 2. a 3. b 4. b 5. c 6. a 7. c 8. c 03. Questão contexto 2 horas e meia a mais. Regra de três composta 24 fev 01. Resumo 02. Exercícios de Aula 03. Exercícios de Casa 04. Questão Contexto 11 2 M at . RESUMO Para entender sobre regra de três composta veja- mos o exemplo a seguir : Esse é um problema que envolve uma grande- za (quantidade de fio) proporcional as outras duas (comprimento do tecido e largura do tecido). Para resolver esse problema, vamos utilizar a regra de três composta. Ex:Para confeccionar 1.600 metros de tecido com largura de 1,80m a tecelagem Nortefabril S.A. consome 320kg de fio. Qual é a quantidade de fio necessária para produzir 2.100 metros do mesmo tecido com largura de 1,50 m? Precisamos calcular a grandeza A(quantidade de fio), que depende das grandezas B(comprimento do tecido) e C(largura do tecido). Podemos verificar que : → A é diretamente proporcional a B. (pois se au- mentarmos o comprimento, precisamos de mais quantidade de fio). → A é diretamente proporcional a C. (pois se au- mentarmos a largura, precisamos de mais quan- tidade de fio). Portanto : No exemplo acima, todas as grandezas eram direta- mente proporcionais. Vamos estudar agora quando existem grandezas que são inversamente proporcio- nais . Ex: Para alimentar 12 porcos durante 20 dias são ne- cessários 400 kilos de farelo. Quantos porcos po- dem ser alimentados com 600 kg de farelo durante 24 dias ? Temos que: Podemos concluir que : → A é diretamente proporcional a B. (Pois se aumen- tarmos a quantidade de farelo mais porcos poderão se alimentar) → A é inversamente proporcional a C.(Pois se au- mentarmos o número de dias menos porcos pode- rão se alimentar). Portanto temos que inverter a ra- zão de número de dias). Então : 320 1600 1,80 . 2100 1,50 320 2880 . 3150 3150.320 2880 350 x x x x = → → = → = 12 400 24 . 600 2012 9600 15 12000 x x x = → = ∴ = 11 3 M at . 3. EXERCÍCIOS DE AULA 1. 2. Uma escola lançou uma campanha para seus alunos arrecadarem, durante 30 dias, alimentos não perecíveis para doar a uma comunidade carente da região. Vinte alunos aceitaram a tarefa e nos primeiros 10 dias trabalharam 3 horas di- árias, arrecadando 12 kg de alimentos por dia. Animados com os resultados, 30 novos alunos somaram-se ao grupo, e passaram a trabalhar 4 horas por dia nos dias seguintes até o término da campanha. Admitindo-se que o ritmo de coleta tenha se mantido constante, a quantidade de alimentos arrecadados ao final do prazo estipulado seria de a) 920 kg. b) 800 kg. c) 720 kg. d) 600 kg. e) 570 kg. Uma indústria tem um reservatório de água com capacidade para 900 m³. Quan- do há necessidade de limpeza do reservatório, toda a água precisa ser escoada. O escoamento da água é feito por seis ralos, e dura 6 horas quando o reservató- rio está cheio. Esta indústria construirá um novo reservatório, com capacidade de 500 m³, cujo escoamento da água deverá ser realizado em 4 horas, quando o reservatório estiver cheio. Os ralos utilizados no novo reservatório deverão ser idênticos aos do já existente. A quantidade de ralos do novo reservatório deverá ser igual a a) 2. b) 4. c) 5. d) 8. e) 9. Sabe-se que 4 máquinas, operando 4 horas por dia, durante 4 dias, produzem 4 toneladas de certo produto Quantas toneladas do mesmo produto seriam pro- duzidas por 6 máquinas daquele tipo, operando 6 horas por dia, durante 6 dias? a) 8 b) 15 c) 10,5 d) 13,5 11 4 M at . 5. 1. EXERCÍCIOS PARA CASA 4. Os desabamentos, em sua maioria, são causados por grande acúmulo de lixo nas encostas dos morros. Se 10 pessoas retiram 135 toneladas de lixo em 9 dias, quantas toneladas serão retiradas por 40 pessoas em 30 dias ? a) 1500 toneladas b) 1800 toneladas c) 2000 toneladas d) 2200 toneladas Em uma fábrica, constatou-se que eram necessários 8 dias para produzir certo nº de aparelhos, utilizando-se os serviços de 7 operários, trabalhando 3 horas a cada dia. Para reduzir a dois dias o tempo de produção, é necessário: a) triplicar o nº de operários b) triplicar o nº de horas trabalhadas por dia c) triplicar o nº de horas trabalhadas por dia e o nº de operários d) duplicar o nº de operários e) duplicar o nº de operários e o número de horas trabalhadas por dia. Operando 12 horas por dia horas, 20 máquinas produzem 6000 peças em 6 dias. Com 4 horas a menos de trabalho diário, 15 daquelas máquinas produzirão 4.000 peças em: a) 8 dias b) 9 dias c) 9 dias e 6 horas. d) 8 dias e 12 horas. 2. Uma obra será executada por 13 operários (de mesma capacidade de trabalho) trabalhando durante 11 dias com jornada de trabalho de 6 horas por dia. Decorri- dos 8 dias do início da obra 3 operários adoeceram e a obra deverá ser concluída pelos operários restantes no prazo estabelecido anteriormente. Qual deverá ser a jornada diária de trabalho dos operários restantes nos dias que faltam para a conclusão da obra no prazo previsto? a) 7h 42 min b) 7h 44 min c) 7h 46 min d) 7h 48 min e) 7h 50 min 11 5 M at . 3. Com 16 máquinas de costura aprontaram 720 uniformes em 6 dias de trabalho. Quantas máquinas serão necessárias para confeccionar 2.160 uniformes em 24 dias? a) 12 máquinas b) 15 máquinas c) 18 máquinas d) 20 máquinas 4. Três máquinas imprimem 9.000 cartazes em uma dúzia de dias. Em quantos dias 8/3 dessas máquinas imprimem 4/3 dos cartazes, trabalhando o mesmo número de horas por dia? a) 4 dias. b) 6 dias. c) 9 dias. d) 12 dias 5. Em um prédio, 6 pintores pintam uma área de 300m² em 2 horas. Quantos pinto- res, trabalhando no mesmo ritmo que os outros, são necessários para pintar uma área de 400m² em 1 hora? 6. 7. Lúcia viajou de automóvel durante 6 dias, dirigindo 6 horas por dia, com veloci- dade média de 80km/h. determine quantos dias duraria a viagem de Lúcia se ela dirigisse durante 8 horas por dia à velocidade média de 90km/h. Uma loja dispõe de 20 balconistas que trabalham 8 horas por dia. Os salários mensais desses balconistas perfazem o total de R$28.000,00. Quanto a loja gas- tará por mês, se passar a ter 30 balconistas trabalhando 5 horas por dia? 8. Um feirante tinha uma cesta de ovos para vender e atendeu sucessivamente três fregueses. Cada freguês levou a metade dos ovos e mais meio ovo do total de ovos existentes na cesta. Se o feirante não precisou quebrar nenhum ovo e so- braram 10 ovos na cesta, quantos ovos havia inicialmente? 11 6 M at . QUESTÃO CONTEXTO O halterofilismo ou a halterofilia, levantamento de peso(s), ou ainda, levan- tamento de peso olímpico (LPO), é um desporto cujo objetivo é levantar a maior quantidade de peso possível, do chão até sobre a cabeça, numa barra em que são fixados pesos. Compete-se em duas modalidades: o arranco e o arremesso. Seu objetivo é desenvolver a potência (força rápida, explosiva) e também exige técnica, flexibilidade, coordenação equilíbrio. No halterofilismo existe uma relação de proporcionalidade entre as medidas fí- sicas de um atleta e quanto de peso máximo ele é capaz de levantar, além de ter outros fatores como gênero e idade do atleta. Jang Mi-ran é uma atleta sul-core- ana, com 1,70 de altura, 118kg e com 85cm de diâmetro de cintura com este físico ela consegue competir na categoria de levantamento de até 75 kg. Digamos que Jang Mi-ran queira agora competir na categoria de até 90kg e terá 95 cm de diâ- metro. Quantos Kg esta atleta deverá ganhar para conseguir competir? (https://pt.wikipedia.org/ wiki/Halterofilismo#cite_ note-1) GABARITO 01. Exercícios para aula 1. a 2. c 3. d 4. b 5. e 02. Exercícios para casa 1. a 2. d 3. a 4. b 5. 16 pintores 6. 4 dias 7. R$26.250,00 8. 87 ovos 03. Questão contexto Aproximadamente 158 kg Por. Semana 3 Eduardo Valladares (Bernardo Soares) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. 06/02 13/02 20/02 Linguagem e suas funções 09:15 19:15 Análise de Texto e Fenômenos Linguísticos Marcadores de pressuposição, polifonia, modali- zadores e relações entre textos 09:15 19:15 Análise de Texto e Fenômenos Linguísticos Ambiguidade, polissemia, tipos de discurso e intertextualidade. 09:15 19:15 CRONOGRAMA Análise de Texto e Fenô- menos Linguís- ticos 01. Resumo 02. Exercício de Aula 03. Exercício de Casa 04. Questão Contexto 20 fev Ambiguidade, polissemia, tipos de discurso e intertextualidade 12 0 Po r. RESUMO Ambiguidade e Polissemia A ambiguidade acontece quando ocorre um du- plo sentido na frase. Por exemplo, “O computa- dor tornou-se um aliado do homem, mas esse nem sempre realiza todas as suas tarefas.” (as palavras “esse” e “suas” podem referir-se tanto a “computador” quanto a “homem”) A polissemia é a pluralidade significativa de um mesmo significante, isto é, a capacidade que o próprio vocábulo possui de assumir várias signi- ficações, somente definidas dentro de um deter- minado contexto. Por exemplo: “No meio do caminho tinha uma pedra” (Carlos Drummond de Andrade) PEDRA = fragmento mineral ou problema, con- tratempo. Tipos de discurso Discurso direto: a fala do personagem é reprodu- zida de forma fiel e literal. Exemplo: Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar: — Alô, quem fala? — Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia. Discurso indireto: o narrador interfere na fala do personagem, não reproduzindo-a de forma lite- ral; aqui são as palavras do narrador contando a fala do personagem. Exemplo: Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus semelhantes com firme- za e honestidade. Discursoindireto livre: mescla o discurso indire- to com o direto. Exemplo: Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano resmun- gou, franziu a testa, achando a frase extravagan- te. Aves matarem bois e cabras, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela es- tivesse tresvariando. (Graciliano Ramos, Vidas secas) Intertextualidade É a influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida; utilização de uma multiplicidade de textos ou de partes de textos preexistentes de um ou mais autores, de que resulta a elaboração de um novo texto lite- rário. Por exemplo, as propagandas da Hortifruti que utilizam nomes de filmes, ou trechos de mú- sica para elaborarem a publicidade da empresa. 12 1 Po r. Veja os diferentes tipos de intertextualidade: → Citação: é uma transcrição do outro texto marca- da por aspas ou itálico para mostrar que o trecho ou o texto citado foi tirado de outra fonte. → Epígrafe: (do grego epi = posição superior + gra- phé = escrita): é uma citação que inicia um texto. → Paráfrase: é a reprodução das ideias de um texto. Na paráfrase, sempre se mantêm os conteúdos do texto original, mas elas são acrescidas de comentá- rios e impressões. Pode-se dizer que parafrasear é dizer com outras palavras o que um texto transmitiu. → Paródia: é uma forma de intertextualidade em que se observa a manutenção de estruturas e ex- pressões do texto original, acompanhada por altera- ção de sentido, com intuito crítico, irônico. → Hipertexto: é a leitura não linear, intimamente relacionada ao mundo tecnológico. Em uma página na internet, por exemplo, podemos ser remetidos a uma outra, através de um link, já que a tecnologia nos permite uma outra forma de ler. EXERCÍCIO DE AULA 1. O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida re- corre à a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular. b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”. c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da população rica. d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico. e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da família 12 2 Po r. 3. 2. O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não sequencial e não linear, que se bifurca e permite ao leitor o acesso a um número praticamente ilimitado de outros textos a partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real. As- sim, o leitor tem condições de definir interativamente o fluxo de sua leitura a partir de assuntos tratados no texto sem se prender a uma sequência fixa ou a tópicos estabelecidos por um autor. Trata-se de uma forma de estru- turação textual que faz do leitor simultaneamente coautor do texto final. O hipertexto se caracteriza, pois, como um processo de escritura / leitura ele- trônica multilinearizado, multisequencial e indeterminado, realizado em um novo espaço de escrita. Assim, ao permitir vários níveis de tratamento de um tema, o hipertexto oferece a possibilidade de múltiplos graus de profundida- de simultaneamente, já que não tem sequência definida, mas liga textos não necessariamente correlacionados. MARCUSCHI, L. A. Disponível em: http://www.pucsp.br. Acesso em: 29 jun. 2011. O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e o hipertexto pode ser considerado como um novo espaço de escrita e leitura. Definido como um con- junto de blocos autônomos de texto, apresentado em meio eletrônico compu- tadorizado e no qual há remissões associando entre si diversos elementos, o hi- pertexto a) é uma estratégia que, ao possibilitar caminhos totalmente abertos, desfavore- ce o leitor, ao confundir os conceitos cristalizados tradicionalmente. b) é uma forma artificial de produção da escrita, que, ao desviar o foco da leitura, pode ter como consequência o menosprezo pela escrita tradicional. c) exige do leitor um maior grau de conhecimentos prévios, por isso deve ser evi- tado pelos estudantes nas suas pesquisas escolares. d) facilita a pesquisa, pois proporciona uma informação específica, segura e ver- dadeira, em qualquer site de busca ou blog oferecidos na internet. e) possibilita ao leitor escolher seu próprio percurso de leitura, sem seguir sequ- ência predeterminada, constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborati- va. Texto 1 No meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 2000. (fragmento). 12 3 Po r. 4. DAVOS, J. Garfiels, um charme de gato – 7; Trad. Da Agência Internacional Press. Porto Alegre. L&PM, 2000. A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos re- vela que a) o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado por histórias em quadrinho. b) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tor- nam uma réplica do texto 1. c) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como pertencentes ao mesmo gênero. d) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, fo- ram elaborados com finalidades distintas. e) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá- -los como pertencentes ao mesmo gênero. Texto 2 Fraudador é preso por emitir atestados com erro de português Mais um erro de português leva um criminoso às mãos da polícia. Desde 2003, M.O.P., de 37 anos, administrava a empresa MM, que falsificava bo- letins de ocorrência, carteiras profissionais e atestados de óbito, tudo para anular multas de trânsito. Amparado pela documentação fajuta de M.O.P., um motorista poderia alegar às Juntas Administrativas de Recursos de In- frações que ultrapassou o limite de velocidade para levar uma parente que passou mal e morreu a caminho do hospital. O esquema funcionou até setembro, quando M.O.P. foi indiciado. Atrope- lara a gramática. Havia emitido, por exemplo, um atestado de abril do ano passado em que estava escrito aneurisma “celebral” (com l no lugar de r) e “insulficiência” múltipla de órgãos (com um I desnecessário em “insuficiên- cia” — além do fato de a expressão médica adequada ser “falência múltipla de órgãos”). M.O.P. foi indiciado pela 2a Delegacia de Divisão de Crimes de Trânsito. Na casa do acusado, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, a polícia encontrou um computador com modelos de documentos. Língua Portuguesa, n. 12, set. 2006 (adaptado) 12 4 Po r. 5. O texto apresentado trata da prisão de um fraudador que emitia documentos com erros de escrita. Tendo em vista o assunto, a organização, bem como os re- cursos linguísticos, depreende-se que esse texto é um(a) a) conto, porque discute problemas existenciais e sociais de um fraudador. b) notícia, porque relata fatos que resultaram no indiciamento de um fraudador. c) crônica, porque narra o imprevisto que levou a polícia a prender um fraudador. d) editorial, porque opina sobre aspectos linguísticos dos documentos redigidos por um fraudador. e) piada, porque narra o fato engraçado de um fraudador descoberto pela polícia por causa de erros de grafia. Certa vez, eu jogava uma partida de sinuca, e só havia a bola sete na mesa. De modo que a mastiguei lentamente saboreando-lhe os bocados com pra- zer. Refiro-me à refeição que havia pedido ao garçom. Dei-lhe duas taca- das na cara. Estou me referindo à bola. Em seguida, saí montando nela e a égua, de que estou falando agora, chegou calmamente à fazenda de minha mãe. Fui encontrá-la morta na mesa, meu irmão comia-lhe uma perna com prazere ofereceu-me um pedaço: “Obrigado”, disse eu, “já comi galinha no almoço”. Logo em seguida, chegou minha mulher e deu-me na cara. Um beijo, digo. Dei-lhe um abraço. Fazia calor. Daí a pouco minha camisa estava inteira- mente molhada. Refiro-me a que estava na corda secando, quando começou a chover. Minha sogra apareceu para apanhar a camisa. Não tive remédio senão esmagá-la com o pé. Estou falando da barata que ia trepando na cadeira. Malaquias, meu primo, vivia com uma velha de oitenta anos. A velha era sua avó, esclareço. Malaquias tinha dezoito filhos, mas nunca se casou. Isto é, nunca se casou com uma mulher que durasse mais de um ano. Agora, senta- do à nossa frente, Malaquias fura o coração com uma faca. Depois corta as pernas e o sangue do porco enche a bacia. Nos bons tempos passeávamos juntos. Eu tinha um carro. Malaquias tinha uma namorada. Um dia rolou a ribanceira. Me refiro a Malaquias. Entrou pela pretoria adentro arrebentando porta e parou resfolegante junto do juiz pálido de susto. Me refiro ao carro. E a Malaquias. FERNANDES, M. Trinta anos de mim mesmo. São Paulo: Abril Cultural, 1973 Nesse texto, o autor reorienta o leitor no processo de leitura, usando como recur- so expressões como “refiro-me/me refiro”, “estou me referindo”, “de que estou falando agora”, “digo”, “estou falando da”, “esclareço”, “isto é”. Todas elas são ex- pressões linguísticas introdutoras de paráfrases, que servem para a) confirmar. b) contradizer. c) destacar. d) retificar. e) sintetizar. 12 5 Po r. EXERCÍCIO DE CASA 1. TEXTO A Canção do exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas tem mais flores, Nossos bosques tem mais vida, Nossa vida mais amores. [...] Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, a noite - Mais prazer eu encontro la; Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras Onde canta o Sabiá. DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998. TEXTO B Canto de regresso à Pátria Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase tem mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que eu veja a rua 15 E o progresso de São Paulo. ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald. São Paulo: Cfrculo do Livro. s/d. 12 6 Po r. Os textos A e B, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisan- do-os, conclui-se que: a) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em que nas- ceu, é o tom de que se revestem os dois textos. b) a exaltação da natureza é a principal característica do texto B, que valoriza a paisagem tropical realçada no texto A. c) o texto B aborda o tema da nação, como o texto A, mas sem perder a visão crí- tica da realidade brasileira. d) o texto B, em oposição ao texto A, revela distanciamento geográfico do poeta em relação à pátria. e) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira. 2. Jornal Zero Hora, 2 mar. 2006. Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os hor- rores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Es- panha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a figura do carro, elemento introduzido por lotti no intertexto. Além dessa figura, a lin- guagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a charge, ao explorar a) uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o referen- te tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso. b) uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evi- denciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro. c) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de mundo caótico presente tanto em Guernica quanto na charge. d) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias retratadas tanto em Guernica quanto na charge. e) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro. 12 7 Po r. 3. DELEGADO – Então desce ele. Vê o que arrancam desse sacana. SARARÁ – Só que tem um porém. Ele é menor. DELEGADO – Então vai com jeito. Depois a gente entrega pro juiz. (Luz apaga no delegado e acende no repórter, que se dirige ao público.) REPÓRTER – E o Querô foi espremido, empilhado, esmagado de corpo e alma num cubículo imundo, com outros meninos. Meninos todos espremidos, empilhados, esmagados de corpo e alma, alucinados pelos seus desesperos, cegados por muitas aflições. Muitos meninos, com seus desesperos e seus ódios, empilhados, espremi - dos, esmagados de corpo e alma no imundo cubículo do reformatório. E foi lá que o Querô cresceu. MARCOS, P. Melhor teatro. São Paulo:. Global, 2003 (fragmento). No discurso do repórter, a repetição causa um efeito de sentido de intensifica- ção, construindo a ideia de a) opressão física e moral, que gera rancor nos meninos. b) repressão policial e social, que gera apatia nos meninos. c) polêmica judicial e midiática, que gera confusão entre os meninos. d) concepção educacional e carcerária, que gera comoção nos meninos. e) informação crítica e jornalística, que gera indignação entre os meninos. 4. Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo cons- tante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos: TEXTO 1 Quando nasci, um anjo torto Desses que vivem na sombra Disse: Vai Carlos! Ser “gauche na vida” ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. TEXTO 2 Quando nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim Já de saída a minha estrada entortou Mas vou até o fim. BUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986 Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade em relação a Car- los Drummond de Andrade por: 12 8 Po r. TEXTO 3 Quando nasci um anjo esbelto Desses que tocam trombeta, anunciou: Vai carregar bandeira. Carga muito pesada pra mulher Essa espécie ainda envergonhada. PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986 Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade em relação a Car- los Drummond de Andrade por: a) reiteração de imagens b) oposição de ideias c) falta de criatividade d) negação dos versos e) ausência de recursos 5. O efeito humorístico da tirinha foi produzido: a) Pela pergunta que Hagar fez a Dirk. b) Pela resposta de Dirk a Hagar. c) Pelo efeito sonoro provocado pela onomatopeia “POW”. d) Pelo jogo de sentidos provocados pelo uso da palavra “sujo”, fazendo com que a palavra assumisse um efeito polissêmico. e) pela displicência de Hagar ao fazer o questionamento ao amigo. 12 9 Po r. 6. Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo? Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo. Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nos- so cliente? Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco. Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cêtá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente con- versar com calma. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Pará- bola, 2004 (adaptado). Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela infor- malidade. b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco. c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais). d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio. 7. O hipertexto permite – ou, de certo modo, em alguns casos, até mesmo exi- ge – a participação de diversos autores na sua construção, a redefinição dos papéis de autor e leitor e a revisão dos modelos tradicionais de leitura e de escrita. Por seu enorme potencial para se estabelecerem conexões, ele facilita o desenvolvimento de trabalhos coletivamente, o estabelecimento da comunicação e a aquisição de informação de maneira cooperativa. Embora haja quem identifique o hipertexto exclusivamente com os textos eletrônicos, produzidos em determinado tipo de meio ou de tecnologia, ele não deve ser limitado a isso, já que consiste numa forma organizacional que tanto pode ser concebida para o papel como para os ambientes digitais. É claro que o texto virtual permite concretizar certos aspectos que, no papel, são praticamente inviáveis: a conexão imediata, a comparação de trechos de textos na mesma tela, o “mergulho” nos diversos aprofundamentos de um tema, como se o texto tivesse camadas, dimensões ou planos. RAMAL, A. C. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002. Considerando-se a linguagem específica de cada sistema de comunicação, como rádio, jornal, TV, internet, segundo o texto, a hipertextualidade configu- ra-se como um(a) a) elemento originário dos textos eletrônicos. b) conexão imediata e reduzida ao texto digital. c) novo modo de leitura e de organização da escrita. d) estratégia de manutenção do papel do leitor com perfil definido. e) modelo de leitura baseado nas informações da superfície do texto. 13 0 Po r. 8. Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. [...] Art 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportuni- dades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Art 4° É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos refe- rentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convi- vência familiar e comunitária. [...] BRASIL. Lei n. 8 069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente. Disponível em: www.planalto.gov.br (fragmento) Para cumprir sua função social, o Estatuto da criança e do adolescente apresenta características próprias desse gênero quanto ao uso da língua e quanto à compo- sição textual. Entre essas características, destaca-se o emprego de a) repetição vocabular para facilitar o entendimento. b) palavras e construções que evitem ambiguidade. c) expressões informais para apresentar os direitos. d) frases na ordem direta para apresentar as informações mais relevantes. e) exemplificações que auxiliem a compreensão dos conceitos formulados. QUESTÃO CONTEXTO A polissemia é a multiplicidade de sentidos de uma palavra e para entendermos seu significado real, precisamos entender o contexto em que está inserida. A ti- rinha abaixo é um caso de polissemia por causa da palavra “vendo”. Explique os dois sentidos possíveis para essa palavra e como poderia ser desfeito. 13 1 Po r. 01. Exercício de aula 1. a 2. e 3. d 4. b 5. d 02. Exercício de casa 1. c 2. e 3. a 4. a 5. d 6. a 7. c 8. b 03. Questão Contexto A palavra “vendo” tem o sentido de ver, observar o pôr do sol ou do verbo vender, comercializar o pôr do sol. Dessa forma, para desfazer a polissemia do “vendo”, a frase poderia ser reescrita da seguinte maneira: “Observo o pôr do sol”. GABARITO Qui. Semana 3 Allan Rodrigues Xandão Victor Pontes Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. 07/02 14/02 Propriedades da matéria, substância, mistura e sistema 08:00 Propriedades da matéria, substância, mistura e sistema 18:00 Métodos de separação de mistura heterogêneas 08:00 Estados físicos da matéria e gráfcos de mudança de fase 11:00 Estados físicos da matéria e gráfcos de mudança de fase 21:00 22:00 Métodos de separação de misturas homogêneas 11:00 CRONOGRAMA Métodos de separação de misturas heterogêneas 18:00 Métodos de separação de misturas homogêneas, tratamento de água e esgoto 21:00 21/02 Evolução dos modelos atômicos 08:00 Evolução dos modelos atômicos - De Demócrito a Sommerfield 18:00 Atomística 11:00 Atomística: Estrutura atômica 21:00 Atomística 21 fev 01. Resumo 02. Exercício de Aula 03. Exercício de Casa 04. Questão Contexto 13 6 Q ui . RESUMO Representação de um ele- mento químico ZEA Número de Massa (A) é a soma de prótons e nêu- trons no núcleo de um átomo. A=p+ n Número Atômico (Z) é o número de prótons pre- sentes no núcleo de um átomo. Z=p Quando um átomo está em seu estado fundamen- tal (eletricamente neutro), o seu número de prótons (cargas positivas) é igual ao seu número de elétrons (cargas negativas). p=e– Portanto, para um átomo, o número de prótons é também igual ao número de elétrons. Z=p=e– Íons Quando um átomo eletricamente neutro, ou seja, no estado fundamental perde ou recebe elétrons, ele se transforma em um ÍON. Quando perde elétrons → íon positivo → Cátion Quando ganha elétrons → íon negativo → Aniôn Íons isoeletrônicos Exemplo: 11Na+ ; 12Mg++, 8O -- ; 9F- ; 13Al+++ Todos os exemplos acima tem 10 elétrons em sua camada de valência! Isótopos, isóbaros e isótonos 13 7 Q ui . EXERCÍCIO DE AULA 1. Dados os átomos: 26X 54; 24Y 54; 26Z52; 25W 55; 24T 52, são isótopos: a) X e Z; Y e T b) X e Z; Y e W c) X e Z; X e Y d) Y e T; Z e W e) X e Y; Z e W 2. Os íons representados a seguir apresentam mesmo(a) 19K39 + e 20Ca40 2+ a) massa b) raio iônico c) carga nuclear d) número de elétrons e) energia de ionização 3. É INCORRETO afirmar que o ânion monovalente 9F19 1- apresenta: a) número de massa igual a dezenove. b) dez nêutrons. c) dez partículas com carga negativa na eletrosfera. d) nove prótons. e) um número de elétrons menor que o cátion trivalente 27Aℓ13 3+. 4. Dados os átomos neutros A: número atômico 7, número de massa 14 B: 8 prótons, 8 nêutrons C: número de massa 16, 9 nêutrons D: 6 elétrons, 6 nêutrons Pertencem ao mesmo elemento químico a) A e B b) A e C c) B e C d) A, B e C e) C e D 13 8 Q ui . EXERCÍCIOS PARA CASA 1. 5. O elemento Químico B possui 20 nêutron, é isótopo do elemento A, que possui x prótons, é isóbaro de elemento químico C, que tem 16 nêutrons. O número de massa de C é 2x+2. Sabendo-se que A e C são isótonos, pode-se afirmar que o somatório do número de massa, do número atômico e de número de nêutrons dos elementos A, B, C respectivamente, está relacionadona alternativa: a) 109, 56 e 53 b) 112, 54 e 48 c) 110, 58 e 52 d) 118, 62 e 56 Considere os elementos a seguir e assinale a opção correta: (I) 19K40 (II) 8O 16 (III) 18Ar40 (IV) 8O 17 (V) 17Cℓ37 (VI) 8O 18 (VII) 20Ca40 a) I e III são isótopos; II, IV e VI são isóbaros. b) III e VII são isóbaros; V e VII são isótonos. c) II, IV e VI são isótopos; III e VII são isótonos. d) II e III são isótonos; IV e VI são isóbaros. e) II e IV são isótonos; V e VII são isóbaros. 2. A água pesada, utilizada em certos tipos de reatores nucleares, é composta por dois átomos de deutério (número de massa 2) e pelo isótopo 16 de oxigênio. O número total de nêutrons na molécula da água pesada é a) 10 b) 12 c) 16 d) 18 e) 20 13 9 Q ui . 3. 4. Comparando-se as espécies químicas Fe2+ e Fe3+, é correto afirmar que a) Fe3+ possui menos elétrons que Fe2+. b) Fe2+ tem menor raio iônico. c) Fe3+ possui mais prótons que Fe2+. d) Fe3+ tem massa maior que Fe2+. e) a transformação de Fe2+ em Fe3+ altera a composição do núcleo. Dentre os números atômicos 23, 31, 34, 38, 54, os que correspondem a elemen- tos químicos com dois elétrons de valência são: a) 23 e 38 b) 31 e 34 c) 31 e 38 d) 34 e 54 e) 38 e 54 5. O silício, elemento químico mais abundante na natureza depois do oxigênio, tem grande aplicação na indústria eletrônica. Por outro lado, o enxofre é de impor- tância fundamental na obtenção do ácido sulfúrico. Sabendo-se que o átomo 14Si28 é isótono de uma das variedades isotópicas do enxofre, 16S, pode-se afir- mar que este átomo tem número de massa a) 14 b) 16 c) 30 d) 32 e) 34 6. Os átomos isóbaros X e Y pertencem a metal alcalino e alcalino-terroso do mes- mo período da classificação periódica. Sabendo-se que X é formado por 37 pró- tons e 51 nêutrons, pode-se afirmar que os números atômicos e de massa de Y são, respectivamente, a) 36 e 87 b) 37 e 87 c) 38 e 87 d) 38 e 88 e) 39 e 88 14 0 Q ui . 7. 8. 9. As alternativas referem-se ao número de partículas constituintes de espécies atômicas. A afirmativa FALSA é a) dois átomos neutros com o mesmo número atômico têm o mesmo número de elétrons. b) um ânion com 52 elétrons e número de massa 116 tem 64 nêutrons. c) um átomo neutro com 31 elétrons tem número atômico igual a 31. d) um átomo neutro, ao perder três elétrons, mantém inalterado seu número atômico. e) um cátion com carga 3+, 47 elétrons e 62 nêutrons tem número de massa igual a 112. São dadas as seguintes informações relativas aos átomos X, Y e Z: I. X é isóbaro de Y e o isótono de Z. II. Y tem número atômico 56, número de massa 137 e é isótopo de Z. III. O número de massa de Z é 138. O número atômico de X é: a) 53 b) 54 c) 55 d) 56 e) 57 Sejam os átomos A, B, C e D, sendo que: A possui 20 prótons e 19 nêutrons. B possui 19 prótons e 20 nêutrons. C possui 20 prótons e 20 nêutrons. D possui 18 prótons e 20 nêutrons. São isótopos: a) B e C; b) A, B e D; c) A e C d) A e B e) A, B, C. 14 1 Q ui . QUESTÃO CONTEXTO Qual é o potencial de destruição da bomba H que a Coreia do Norte diz ter testado? Até hoje, nenhuma explosão superou a potência da “Bomba-Czar”, uma bomba de hidrogênio de 50 megatons (o equivalente a 50 milhões de to- neladas de dinamite) detonada durante um teste do governo soviético em outubro de 1961. As bombas de hidrogêni funcionam seguindo um processo de fusão nuclear, oposto ao da bomba de fissão: em vez de partir ou quebrar, diversos áto- mos - nesse caso, os de isótopos do hidrogênio deutério e trítio - se juntam formando núcleos maiores antes de explodir. A primeira explosão nuclear se encarrega de gerar a elevadíssima temperatura necessária para que os isótopos de hidrogênio se fundam, o que explica porque a bomba H também é chamada de termonuclear.A potência final é determinada pelo volume de hidrogênio, mais precisamente seus dois isótopos radioativos, o deutério e o trítio. O hidrogênio, o deutério e o trítio são representados, respectivamente: (1H1), (1H2) e (1H3). Analisando o numero atômico e massa desses elementos é INCOR- RETO afirmar que: a) são isótopos b) eles possuem e o mesmo numero de elétrons c) o deutério possui um próton a mais que o hidrogênio d) o deutério e o trítio são mais pesados que o hidrogênio e) o trítio possui o dobro de nêutrons em relação ao deutério. Justifique a(s) incorreta(s). http://www.bbc. com/portuguese/ noticias/2016/01/160106_ bomba_hidrogenio_coreia_ lab 14 2 Q ui . 01. Exercícios para aula 1. a 2. d 3. e 4. b 5. c 02. Exercícios para casa 1. b 2. a 3. a 4. a 5. c 6. d 7. b 8. c 9. c 03. Questão contexto a) Verdadeira, pois estes possuem o mesmo número atômico (prótons). b) Verdadeira, estes possuem o mesmo número de elétrons (o numero de elétrons é igual ao numero de prótons). c)FALSA, ele não possui um próton a mais, o D₂O (deutério), possui 1 nêutron a mais que o hidrogênio. d)Verdadeira, ambos tem massa maior que o hidro- gênio (Massa = Prótons + Nêutrons). e)Verdadeira, o deutério, possui 1 nêutron e 1 próton (massa = 2), já o trítio possui 2 nêutrons e 1 próton (massa = 3), portanto, é o dobro de nêutrons (2x1 = 2). GABARITO 14 3 Q ui . Evolução dos Modelos Atômicos 21 fev 01. Resumo 02. Exercício de Aula 03. Exercício de Casa 04. Questão Contexto 14 6 Q ui . RESUMO Essa ideia de átomo não corresponde à que se tem hoje. No século V a.C., o filósofo grego Leucipo e seu discípulo Demócrito imaginaram que a matéria não poderia ser infinitamente divisível, dai a palavra “átomo”, a = negação e tomo = divisível. Se partida variadas vezes, chegaria a uma partícula muito pe- quena, indivisível e impenetrável, e assim conclu- íram que toda matéria era constituída por peque- nas partículas indivisíveis, os átomos. Essa teoria se manteve por longos anos. Somente no século XIX, um novo modelo para explicar de que se constituía a matéria foi apresentado. O Modelo atômico de Dalton – 1803 John Dalton (1766 – 1844), cientista britânico reto- mou a ideia do átomo como constituinte básico da matéria. Dalton considerou os átomos como partí- culas pequenas, indivisíveis e indestrutíveis. Seu modelo ficou conhecido como “Bola de Bilhar”. Esse modelo foi considerado por cerca de 100 anos, até que um novo modelo surgiu. Representação do modelo atômico de Dalton: A bola de bilhar O Modelo atômico de Thom- son – 1903 O físico britânico Joseph John Thomson (1856 – 1940) concluiu, após um estudo com raios catódi- cos(emitidos de uma fonte de cátions), que o átomo não era apenas uma esfera indivisível como tinha dito Dalton. Em seu estudo, percebeu a existência de partículas carregadas negativamente, determi- nando sua relação entre a carga dessas partículas (que foram denominados inicialmente como corpús- culos) e a massa. Experimento de Thomson com raios catódicos: Para medir a razão entre a carga e a massa do elé- tron, um feixe de raios catódicos (elétrons) passa através de um campo elétrico e de um campo mag- nético. De modo que o campo elétrico provoca des- vio em um sentido, enquanto o campo magnético desvia o feixe no sentido oposto. Posteriormente, deduziu a existência de uma carga positiva. Seu mo- delo consistia em uma esfera maciça carregada po- sitivamente, na qual se encontravam, incrustados, as cargas negativas. Se modelo foi conhecido como pudim de passas. 14 7 Q ui . O Modelo atômico de Ruther- ford – 1911 Após a descoberta da Radioatividade, em 1911, o físi- co da Nova Zelândia Ernest Rutherford (1871 – 1937) e seus colaboradores realizaram, dentre outras, uma experiência cujo objetivo era determinar as proprie- dades das partículas alfa e sua interação com a ma- téria. O experimento consistiu em bombardearuma finíssima lâmina de ouro com partículas alfa, emiti- das por polônio radioativo em uma chapa fotográfi- ca. Com o experimento, ele percebeu que algumas partículas atravessavam a lâmina sem sofrer desvio, enquanto outras eram desviadas e uma parte delas era ricocheteada. Experimento de Rutherford Partículas alfa (emitidas por Polônio radioativo) bombardeando uma fina lâmina de ouro para uma chapa fotográfica (detector de partículas). O físico chegou à conclusão de que a maioria das partículas atravessou a lâmina sem desviar, pois o átomo é constituído em grande parte por espaço va- zio. As outras partículas que sofreram desvio pro- vavelmente foram repelidas pelo núcleo, devido à positividade de suas cargas. E, por fim, as que rico- chetearam foram também repelidas pelo núcleo. Conclusões de Rutherford a respeito do desvia de algumas partículas. Baseado nesta experiência, Rutherford elaborou um modelo que ficou conhecido como “Modelo plane- tário”, em que o átomo possuía um núcleo, onde es- taria concentrada a maior parte da massa do átomo, e era envolto por elétrons girando em elipses (a ele- trosfera, isto é, a maior parte de volume atômico). Modelo planetário de Rutherford O átomo com um núcleo, onde está concentrada a maior parte de sua massa, envolto por elétrons gi- rando na eletrosfera. A principal falha no modelo de Rutherford foi não considerar que os elétrons, como partículas carregadas girando ao redor do núcleo, gradativamente perderiam energia e atingiriam o núcleo. O próximo modelo estava baseado nesta hi- pótese e em estudos da teoria quântica. O Modelo atômico de Bohr – 1913 O físico dinamarquês, Neils Bohr (1885-1962) propôs um modelo que seria formado por um núcleo posi- tivo com uma parte periférica, onde giravam os elé- trons. Ainda semelhante ao modelo de Rutherford, a diferença entre estes era que para Bohr, os elétrons giravam, sem emitir ou absorver energia, em órbitas circulares, as quais ele denominou níveis de energia ou camadas. Modelo atômico de Bohr: um núcleo positivo com uma parte periférica, onde os elétrons, sem emissão ou absorção de energia giravam em órbitas circulares (camadas ou níveis de energia). 14 8 Q ui . O Modelo atômico de Som- merfeld – 1915 O físico alemão Arnold Johannes Wilhelm Sommer- feld, em 1915, estudando os espectros de emissão de átomos mais complexos que o hidrogênio, ad- mitiu que em cada camada eletrônica (n) havia 1 ór- bita circular e (n-1) órbitas elípticas com diferentes características. Essas órbitas elípticas foram então chamadas de subníveis ou subcamadas e caracteri- zadas por l,onde l=0, l=1, l=2 e l=3 são respectiva- mente os subníveis s, p, d e f. Por exemplo, na 4ª ca- mada há uma órbita circular e três elípticas. Modelo dos orbitais atômicos → Princípio da dualidade partícula-onda (De Bro- glie) → Princípio da incerteza de Heisenberg – não é possível calcular a posição e a velocidade de um elé- tron, num mesmo instante. → Orbital – região do espaço ao redor do núcleo onde é máxima a probabilidade de encontrar um elé- tron. Ele propôs este modelo através na teoria da relati- vidade de Einstein e da teoria quântica, assim po- dendo explicar detalhes dos espectros. Como ele complementou o que Bohr não conseguia explicar satisfatoriamente para átomos além dos hidrogenói- des, o modelo ficou conhecido como Bohr-Sommer- feld. A energia do elétron seria determinada pela distância em que se encontrava do núcleo e pelo tipo de órbita que descreve. EXERCÍCIO DE AULA No fim do século XIX, o físico neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937) foi con- vencido por J. J. Thomson a trabalhar com o fenômeno então recentemente descoberto: a radioatividade. Seu trabalho permitiu a elaboração de um mode- lo atômico que possibilitou o entendimento da radiação emitida pelos átomos de urânio, polônio e rádio. Aos 26 anos de idade, Rutherford fez sua maior des- coberta. Estudando a emissão de radiação de urânio e do tório, observou que existem dois tipos distintos de radiação: uma que é rapidamente absorvida, que denominamos radiação alfa ( ), ́ e uma com maior poder de penetração, que denominamos radiação beta ( ). ́ Sobre a descoberta de Rutherford podemos afirmar ainda: I. A radiação alfa é atraída pelo polo negativo de um campo elétrico. II. O baixo poder de penetração das radiações alfa decorre de sua elevada massa. III. A radiação beta é constituída por partículas positivas, pois se desviam para o polo negativo do campo elétrico. IV. As partículas alfa são iguais a átomos de hélio que perderam os elétrons. Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões): a) I, apenas b) I e II c) III, apenas d) I, II e IV e) II e IV 1. 14 9 Q ui . 2. 3. 4. A eletricidade (do grego elétron, que significa “âmbar”) é um fenômeno físico originado por cargas elétricas. Há dois tipos de cargas elétricas: positivas e ne- gativas. As cargas de nomes iguais (mesmo sinal) se repelem e as de nomes distintos (sinais diferentes) se atraem. De acordo com a informação, assinale a alternativa correta. a) O fenômeno descrito acima não pode ser explicado utilizando-se o modelo atômico de Dalton. b) O fenômeno descrito acima não pode ser explicado utilizando-se o modelo atômico de Thomson. c) Os prótons possuem carga elétrica negativa. d) O fenômeno descrito acima não pode ser explicado utilizando-se o modelo atômico de Rutherford. e) Os elétrons possuem carga elétrica positiva. Considere as seguintes afirmações, referentes à evolução dos modelos atômi- cos: I. No modelo de Dalton, o átomo é dividido em prótons e elétrons. II. No modelo de Rutherford, os átomos são constituídos por um núcleo muito pequeno e denso e carregado positivamente. Ao redor do núcleo estão distribu- ídos os elétrons, como planetas em torno do Sol. III. O físico inglês Thomson afirma, em seu modelo atômico, que um elétron, ao passar de uma órbita para outra, absorve ou emite um quantum (fóton) de ener- gia. Das afirmações feitas, está(ão) correta(s): a) apenas III. b) apenas I e II. c) apenas II e III. d) apenas II. e) todas. Assinale a afirmativa que descreve ADEQUADAMENTE a teoria atômica de Dal- ton. Toda matéria é constituída de átomos: a) os quais são formados por partículas positivas e negativas. b) e todos os átomos de um mesmo elemento são idênticos. c) os quais são formados por um núcleo positivo e por elétrons que gravitam em diferentes camadas eletrônicas. d) os quais são formados por um núcleo positivo e por elétrons que gravitam li- vremente em torno desse núcleo. 15 0 Q ui . EXERCÍCIOS PARA CASA 1. Relacione os nomes dos cientistas e filósofos apresentados na coluna à esquerda com suas descobertas na coluna à direita: a) Demócrito b) Thomson c) Rutherford d) Dalton e) Chadwick ( ) Descobridor do nêutron. ( ) Seu modelo atômico era semelhante a uma bola de bilhar. ( ) Seu modelo atômico era semelhante a um “pudim de passas”. ( ) Foi o primeiro a utilizar a palavra átomo. ( ) Criou um modelo para o átomo semelhante 5. Os fundamentos da estrutura da matéria e da atomística baseados em resultados experimentais tiveram sua origem com John Dalton, no início do século XIX. Des- de então, no transcorrer de aproximadamente 100 anos, outros cientistas, tais como J. J. Thomson, E. Rutherford e N. Bohr, deram contribuições marcantes de como possivelmente o átomo estaria estruturado. Com base nas ideias propos- tas por esses cientistas, marque (V) para verdadeira e (F) para falsa. (_____) Rutherford foi o primeiro cientista a propor a ideia de que os átomos eram, na verdade, grandes espaços vazios constituídos por um centro pequeno, positivo e denso com elétrons girando ao seu redor. (_____) Thomson utilizou uma analogia inusitada ao comparar um átomo com um “pudim de passas”, em que estas seriamprótons incrustados em uma massa uniforme de elétrons dando origem à atual eletrosfera. (_____) Dalton comparou os átomos a esferas maciças, perfeitas e indivisíveis, tais como “bolas de bilhar”. A partir deste estudo surgiu o termo “átomo” que sig- nifica “sem partes” ou “indivisível”. (_____) O modelo atômico de Bohr foi o primeiro a envolver conceitos de mecâ- nica quântica, em que a eletrosfera possuía apenas algumas regiões acessíveis denominadas níveis de energia, sendo ao elétron proibido a movimentação entre estas regiões. (_____) Rutherford utilizou em seu famoso experimento uma fonte radioativa que emitia descargas elétricas em uma fina folha de ouro, além de um anteparo para detectar a direção tomada pelos elétrons. Assinale a alternativa correta, de cima para baixo. a) F - V - V - V - F b) V - V - F - V - F c) V - F - F - F - F d) F - V - V - F - V e) V - F - F - F - V 15 1 Q ui . 3. O conhecimento sobre estrutura atômica evoluiu à medida que determinados fatos experimentais eram observados, gerando a necessidade de proposição de modelos atômicos com características que os explicassem. Fatos Observados Características do Modelo Atômico I. Investigações sobre a natureza elétri- ca da matéria e descargas elétricas em tubos de gases rarefeitos. II. Determinação das Leis Ponderais das Combinações Químicas III. Análise dos espectros atômicos (emissão de luz com cores característi- cas para cada elemento) IV. Estudos sobre radioatividades e dis- persão de partículas alfa 1. Átomos maciços, indivisíveis e in- destrutíveis 2. Atómos com núcleo denso e positi- vo, rodeado pelos elétrons negativos. 3. Átomos como uma esfera positi- va onde estão distribuídas, uniforme- mente, as partículas negativas. 4. Átomos com elétrons movimentan- do-se ao redor do núcleo em trajetó- rias circulares - denominadas níveis - com valor determinado de energia A associação correta entre o fato observado e o modelo atômico proposto, a par- tir deste subsídio, é: a) I – 3; II – 1; III – 2; IV – 4 b) I – 1; II – 2; III – 4; IV – 3 c) I – 3; II – 1; III – 4; IV – 2 d) I – 4; II – 2; III – 1; IV – 3 e) I – 1; II – 3; III – 4; IV – 2 4. Uma importante contribuição do modelo de Rutherford foi considerar o átomo constituído de: a) elétrons mergulhados numa massa homogênea de carga positiva. b) uma estrutura altamente compactada de prótons e elétrons. c) um núcleo de massa desprezível comparada com a massa do elétron. d) uma região central com carga negativa chamada núcleo. e) um núcleo muito pequeno de carga positiva, cercada por elétrons. Fogos de artifício utilizam sais de diferentes íons metálicos misturados com um material explosivo. Quando incendiados, emitem diferentes colorações. Por exemplo: sais de sódio emitem cor amarela, de bário, cor verde, e de cobre, cor azul. Essas cores são produzidas quando os elétrons excitados dos íons metáli- cos retornam para níveis de menor energia. O modelo atômico mais adequado para explicar esse fenômeno é o modelo de: a) Rutherford b) Rutherford-Bohr c) Thomson d) Dalton 2. 15 2 Q ui . Modelo Atômico: Rutherford Características: elétron, de carga negativa, em órbita em torno de um núcleo central, de carga positiva. Não há restrição quanto aos valores dos raios das ór- bitas e das energias do elétron. Modelo Atômico: Bohr Características: elétron, de carga negativa, em órbita em torno de um núcleo central, de carga positiva. Apenas certos valores dos raios das órbitas e das ener- gias do elétron são possíveis. O número de erros cometidos pelo estudante é: a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 5. Ao resumir as características de cada um dos sucessivos modelos do átomo de hidrogênio, um estudante elaborou o seguinte resumo: Modelo Atômico: Dalton Características: Átomos maciços e indivisíveis. Modelo Atômico: Thomson Características: elétron, de carga negativa, incrustado em uma esfera de carga Assinale a alternativa que completa melhor os espaços apresentados na frase abaixo: “O modelo de Rutherford propõe que o átomo seria composto por um núcleo muito pequeno e de carga elétrica ..., que seria equilibrado por …, de carga elé- trica …, que ficavam girando ao redor do núcleo, numa região periférica deno- minada ...” a) neutra, prótons, positiva e núcleo. b) positiva, elétrons, positiva, eletrosfera. c) negativa, prótons, negativa, eletrosfera. d) positiva, elétrons, negativa, eletrosfera. e) negativa, prótons, negativa, núcleo. 6. 15 3 Q ui . Em relação ao modelo atômico de Rutherford, julgue os itens a seguir como ver- dadeiros ou falsos: a) Esse modelo baseia-se em experimentos com eletrólise de soluções de sais de ouro. b) Ele apresenta a matéria constituída por elétrons em contato direto com os prótons. c) O modelo foi elaborado a partir de experimentos em que uma fina lâmina de ouro era bombardeada com partículas ́. d) Segundo esse modelo, só é permitido ao elétron ocupar níveis energéticos nos quais ele se apresenta com valores de energia múltiplos inteiros de um fóton. e) Esse modelo é semelhante a um sistema planetário, em que os elétrons distri- buem-se ao redor do núcleo, assim como os planetas em torno do Sol. 7. QUESTÃO CONTEXTO O “Homem de Ferro 2” retrata a como Tony Stark luta para substituir o metal pa- ládio, que faz parte do reator de seu peito, por um metal atóxico. Depois de inter- pretar informações deixadas por seu pai, nosso Iron man projeta um holograma do elemento que poderia vir a substituir o paládio, cuja imagem se assemelha à figura abaixo. Qual dos modelos atômicos a imagem acima representa? 15 4 Q ui . 01. Exercícios para aula 1. d 2. a 3. d 4. b 5. c 02. Exercícios para casa 1. e; d; b; a; c; 2. b 3. c 4. e 5. a 6. d 7. a) Falso. O modelo atômico de Rutherford baseia-se em experimentos de bombardeio de finas lâminas de um metal por partículas. b) Falso. Segundo o modelo atômico de Rutherford, os elétrons estão na região periférica do átomo (eletrosfera). c) Verdadeiro. d) Falso. Essa proposição foi feita por Bohr, e não por Rutherford. e) Verdadeiro. 03. Questão contexto Rutherford imaginou que o átomo seria composto por um núcleo positivo e muito pequeno. Ele tam- bém acreditava que os elétrons giravam ao redor do núcleo e neutralizavam a carga positiva do núcleo. Este modelo foi difundido no meio científico em 1911. Rutherford sugeriu que o átomo pareceria com o nosso sistema solar no qual o Sol seria o núcleo e os planetas seriam os elétrons. GABARITO 15 5 Q ui . Red. Semana 3 Rafael Cunha (Bernardo Soares) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por 07/02 09/02 14/02 16/02 Conceito de Texto e suas Classificações, Variações Linguísticas e de Registro 19:15 Tipos e Gêneros Textuais 19:15 CRONOGRAMA Conceito de Texto e suas Classificações, Variações Linguísticas e de Registro 09:15 Tipos e Gêneros Textuais 09:15 21/02 23/02 Textos Argumentativos: Carta, Artigo de Opinião, Editorial e Dissertação Argumentativa 19:15 Textos Argumentativos: Carta, Artigo de Opinião, Editorial e Dissertação Argumentativa 09:15 Textos argu- mentativos: 21|23 fev 01. Resumo 02. Exercícios de Aula 03. Exercícios de Casa 04. Questão Contexto carta, artigo de opinião, editorial e dissertação ar- gumentativa 16 1 Re d. Na última aula, destacamos as principais diferenças entre os tipos e os gêneros textuais, entendendo, inclusive, todas as suas classificações. Agora, con- siderando a variedade de gêneros na língua portu- guesa, detalharemos alguns que, nos últimos anos, apareceram com frequência não só na prova de Lin- guagens do ENEM, mas também como propostas de redação em vestibulares específicos. São eles: car- ta, artigo de opinião, editorial e dissertação argu- mentativa. Vamos conhecê-los? A carta É provávelque você já tenha lido - ou até enviado - uma carta e reconheça facilmente a sua estrutura. Não é difícil perceber algumas marcas, uma vez que esse gênero - com traços argumentativos ou não - tem características bem específicas. Observe um exemplo: Não se preocupe com a tradução do texto. Na verda- de, a escolha do inglês é proposital, já que o objeti- vo, aqui, é analisar a estrutura do gênero. A imagem reproduzida é de uma carta, recentemente liberada para divulgação, deixada pelo ex-presidente George Bush ao passar o cargo para o também ex-presiden- te Bill Clinton, em 1993. Nos Estados Unidos, a práti- ca é comum. No texto, o antecessor deseja um bom governo e, principalmente, dá dicas sobre como li- dar com críticas durante o mandato. É um documen- to histórico e merece seu destaque. Estamos falando de uma carta; há, então, algumas características básicas que, no texto reproduzido aqui, são bem comuns nesse gênero textual: → Local e data: Perceba que, logo no início da carta, há informações do local em que foi redigida (Washington, sede do governo norte-americano) e de sua data de envio. Neste gênero, é essencial que você leve em consideração essas informações e, principalmente, que sejam fieis ao momento e local da produção, já que estamos falando de um docu- mento - que, inclusive, no caso da imagem, como já dissemos, faz parte da história. → Saudação: Ao começar o texto com “dear Bill” (em tradução livre, “caro Bill”), George Bush apre- senta o que chamamos de saudação. Este é o mo- mento de usar os pronomes de tratamento que você aprende nas aulas de classes gramaticais. →Despedida: O “good luck” (em tradução livre, “boa sorte”) de Bush pode ser classificado como uma despedida. Assim como na saudação, o trata- mento dado depende de quem está produzindo e, mais ainda, de quem está lendo o documento. Se é uma carta para um parente ou amigo, você pode mandar um beijo; se, porém, você estiver falando com o diretor de uma escola, talvez o “atenciosa- mente” seja a melhor escolha. → Assinatura: Estamos falando de um texto que, obrigatoriamente, apresenta um emissor e um re- ceptor - alguém que envia e alguém que recebe a carta. É necessário, então, deixar claro quem está escrevendo o documento. A assinatura torna-se es- sencial, aqui. RESUMO 16 2 Re d. Sobre a carta, uma última informação: a presença do remetente e do destinatário também fica clara durante o texto. É comum a utilização de vocativos - evidenciando uma conversa com o destinatário - e referências à primeira pessoa, o autor da carta. Por ser muito curto, o texto de Bush não faz tantas cons- truções como essas, mas uma carta mais elabora- da precisa criar esse vínculo entre quem escreve e quem lê. Artigo de opinião e editorial No mundo dos gêneros textuais, é comum encon- trarmos uma variedade de textos que se encaixam na classificação de textos jornalísticos. São eles: notícia, reportagem, carta do leitor, carta ao leitor, charge, tirinha, nota de óbito, crônica, entre ou- tros. Suas características são muito comuns, pou- co complexas, o que permite uma fácil identificação em qualquer leitura breve. Há, porém, dois gêneros um pouco mais opinativos que merecem destaque, muito pela frequência de cobrança nos vestibula- res e, é claro, por suas marcas, mais incomuns nos textos que costumamos ler: o artigo de opinião e o editorial. Como muitas de suas características são comuns - trabalham com fatos, defendem opiniões com dados, exemplos, argumentos de autoridade, etc. -, vamos manter nossa atenção nas diferenças, muito presentes nas questões sobre esses gêneros. O artigo de opinião defende, prioritariamente, a opi- nião do autor. Isso significa que, em um mesmo ve- ículo de comunicação - um jornal, por exemplo -, diferentes autores podem ter posicionamentos con- trários. O ponto de vista do articulista, normalmen- te responsável por uma coluna em jornal ou revis- ta, independe, então, da forma como o veículo se posiciona. Nesse sentido, marcas como a primeira pessoa do singular são bem presentes nesses tex- tos, uma vez que a opinião defendida é do próprio autor do artigo. Vamos ver um exemplo? Sobre visões e tons Foi Fernando Sabino em “Martini seco” (1987) quem propôs a reflexão. “Qual a cor do tabu- leiro de damas?”, indagou o escrivão, um dos personagens, após vencer o amigo comissário de polícia numa partida. Seria branco com qua- drados pretos ou preto com quadrados bran- cos? O comissário tentou as duas opções e er- rou a resposta. Ao fim, o escrivão sentenciou: “É de outra cor, com quadrados pretos e bran- cos”. A lembrança do episódio literário, que acabou dando nome à autobiografia (“O tabu- leiro de damas”, 1999) do escritor mineiro morto há dez anos, emergiu da polêmica da semana nas redes sociais — a essa altura, já enterrada. De que cor seria o vestido da escocesa: branco e dourado ou preto e azul? O tolo questiona- mento se presta a explicar os dias de hoje, da vida em plebiscito permanente. Por 24 horas, o mundo virtual se ocupou do enigma. A imagem do vestido foi alvo de de- zenas de milhões de visualizações. Jornalistas se ocuparam da pauta. Oftalmologistas, neuro- cientistas e psicólogos foram convocados a ex- plicar o Fla-Flu da ocasião. Os tensos perderam o sono. Os indiferentes foram dormir. Os debo- chados fizeram piada. Os ocupados esculham- baram o falso drama. Os radicais desqualifica- ram a opinião contrária. Sinal dos tempos. E assim o dilema do vestido virou metáfora des- sa época repleta de certezas fugazes, avessa à tolerância. Uma cor é uma cor. E pronto. Sen- tença emitida, hora da polêmica seguinte. Im- porta pouco se 10%, um quarto ou dois terços enxergam a peça (ou a vida) em outros tons. Fernando Sabino, certa vez, explicou assim o diálogo sobre o tabuleiro de damas: “Quis suge- rir que, por baixo da realidade que se apresenta aos nossos olhos, existe outra”. Do lado da ci- ência, o médico Luis Fernando Correia ensinou que a visão humana não é objetiva como pare- ce: “Há mais interpretação que certeza. Cada cérebro interpreta as cores de um jeito próprio. E tudo bem”. Na ausência dessa compreensão, reside a in- tolerância despudorada, de cores fortes e sem filtro, das redes sociais, que tanto mal faz ao debate democrático. Facebook e Twitter são torcidas organizadas de times rivais. Não bas- ta torcer pelo próprio clube; é preciso humilhar, destruir os fãs adversários. Em segundo plano fica o esporte, paixão nacional a caminho da vala. Na política, idem. O mundo virtual se divide en- tre os que enxergam o Brasil como irremediável fracasso ou sucesso em gestação. É tudo bran- co ou preto. Não há espaço nem para 50 tons de cinza, para usar a referência cinematográfi- ca da vez, nem para a outra cor de Sabino. 16 3 Re d. E na agenda dos direitos civis, há quem sobre- ponha classificação de gênero ao afeto nas re- lações familiares. Daí o presidente da Câmara dos Deputados desarquivar uma proposta de legislação que limita a homem, mulher e des- cendentes a definição de família. É mais que di- ferença de visão, é falta dela. Na loja virtual da varejista britânica, as vendas do vestido preto e azul quase quadruplicaram com o dilema das cores. A empresa, agora, es- tuda lançar o modelo branco e dourado. Fica aqui a sugestão que a peça venha também em outra cor, coberta de branco, dourado, preto e azul. Salve o tabuleiro de Sabino! Flávia Oliveira. Jornal O Globo, 01/03/2015 Perceba, no texto da jornalista, que a opinião de- fendida faz referência, exclusivamente, ao seu posi- cionamento individual, e não ao que o jornal aponta como ponto de vista editorial. Trata-se, então, de um artigo de opinião. O editorial, por sua vez, defende uma opinião muito mais corporativa. Aqui, quem se posiciona é o pró- prio veículo, de acordo com a linhaque escolhe se- guir - chamada, também, de linha editorial. As re- ferências, neste gênero, não são feitas à primeira pessoa do singular, mas à primeira pessoa do plural e, muitas vezes, à terceira pessoa, tratando o pró- prio veículo como responsável por aquelas posições (“A Folha defende que...” é um exemplo). Normal- mente, os editoriais são apresentados em colunas com títulos próximos a “Nossa opinião”. Observe um exemplo: Distorções na educação Linha tênue separa as consequências antagô- nicas a que estão sujeitos os estudantes que optam pelo Fundo de Financiamento Estudan- til (Fies). Por um lado, o financiamento parcial ou até total das mensalidades em universidade particular representa a oportunidade de reali- zar o sonho de obter ensino superior. Por outro, o aluno já deixa a faculdade com dívida consi- derável e, em muitos casos, não consegue ar- rumar emprego facilmente, ainda mais nesse período de grave recessão econômica. Assim, inadimplência continua aumentando e já al- cança metade do total de financiamentos auto- rizados no País. Há, sem dúvida, distorções que precisam ser corrigidas. O tema merece debate mais amplo envolven- do profissionais da área da educação e nossos parlamentares, que devem cobrar mudanças. Há de se considerar a revelevância do progra- ma criado pelo Ministério da Educação, que entrou em vigor ainda em 2010. As vagas dis- poníveis nas universidades públicas são insufi- cientes para atender a demanda de estudantes que conclui o Ensino Médio. Muitas acabam ocupadas por alunos que têm oportunidade de permanecer longo tempo em cursinhos particu- lares para obter bons resultados, principalmen- te nos cursos mais concorridos. Há, também, aqueles que saíram de escola pública, esforça- ram-se e conseguiram atingir essa meta. É a li- vre concorrência, num sistema que se mostra incapaz de contemplar todos. De alguma forma, seria preciso começar a cor- rigir as históricas diferenças sociais. O Fies tornou-se oportunidade para que pessoas de baixa renda pudessem ingressar na universi- dade. Mas há falhas graves e precedentes pre- ocupantes. Reportagem divulgada hoje pelo Correio do Estado mostra casos de jovens que saem do curso com dívida altíssima, bem supe- rior ao montante que pagariam no decorrer do curso. Caso consigam arrumar emprego - con- siderando as circunstâncias atuais de crise - te- rão grande parte da renda comprometida para quitar o financiamento, algo que pode levar mais de 10 anos. Estudantes contam ainda com o Programa Uni- versidade Para Todos (ProUni), que garante bol- sas de estudo e os valores não precisam ser res- tituídos pelos beneficiados. As universidades particulares recebem isenções fiscais em troca das vagas concedidas. As duas opções citadas acabam representando garantia de boa quan- tidade de matriculados nas instituições de en- sino superior privadas, que contam com lucro praticamente garantido desse grupo, já que os valores são “bancados” pelo Governo Federal, por meio das isenções ou pelo sistema de finan- ciamento. Os valores dos cursos continuam su- bindo consideravelmente todos os anos. Surge, portanto, outra distorção no modelo vi- gente atualmente. As universidades públicas acabam depreciadas, precisando de mais in- vestimentos do Governo Federal. Há, sem dú- vida, méritos em garantir acesso ao ensino 16 4 Re d. superior a jovens de baixa renda. As instituições privadas cumprem papel importante, conside- rando que durante anos as instituições públicas não tiveram melhorias necessárias. Há eviden- te necessidade, porém, de aperfeiçoar critérios que incluem exigências de qualidade, além de coerência nos valores cobrados. São mudanças essenciais para evitar as armadilhas existentes atualmente. Editorial do jornal Correio do Estado, MS, 22 de janeiro de 2017 Note que a opinião apresentada, neste caso, não é de alguém em específico, mas do próprio jornal, que, inclusive, menciona reportagens produzidas pelo próprio veículo na defesa de opiniões. Se o po- sicionamento é do jornal, por exemplo, e não de um autor em específico, estamos falando de um edito- rial. Dissertação expositiva e ar- gumentativa Por fim, antes de começarmos, de fato, o nosso cur- so de produção textual, precisamos conhecer as es- trelas das nossas próximas aulas: a dissertação ex- positiva e a argumentativa. Como já vimos na aula anterior, o objetivo desses gêneros se resume a, ba- sicamente, mostrar posicionamentos e defendê-los ao longo do texto. Há, porém, algumas diferenças que precisam ser mostradas aqui. A dissertação expositiva, como o nome já diz, preo- cupa-se, apenas, com a exposição de informações - sejam fatos, sejam posicionamentos. Não há uma opinião central, defendida ao longo de todo o texto, com unhas e dentes, buscando convencer um pos- sível leitor. Um texto sobre a redução da maioridade penal, por exemplo, que mostra os dois lados da mo- eda - opiniões favoráveis e contrárias - é dissertativo expositivo. O objetivo, aqui, é apenas deixar o leitor informado sobre fatos e opiniões a respeito do tema - sem, necessariamente, buscar convencê-lo de al- guma coisa. A dissertação argumentativa, por sua vez, tem como principal objetivo convencer o leitor. O posiciona- mento defendido é central no texto e é conhecido como tese, uma opinião global que, durante os pa- rágrafos, será defendida com exemplos, dados esta- tísticos, argumentos de autoridade e outras estraté- gias que conheceremos em outro momento. Aqui, é importante que você saiba diferenciar os dois gêne- ros, a fim de, no vestibular, não produzir algo dife- rente do proposto pela Banca. Características da disserta- ção argumentativa O texto dissertativo-argumentativo, como já vimos, defende uma tese. Dessa maneira, é importante que os argumentos construídos sejam apresentados de forma bem específica, a fim de conseguirmos, em poucas linhas, convencer o receptor da mensagem. Há, então, algumas características importantíssimas para a construção desse texto. Vamos vê-las? → Objetividade e impessoalidade: Nesse gênero textual, é essencial que as opiniões sejam mostradas de forma objetiva, ou seja, evitando trazer informa- ções muito subjetivas, baseadas em convicções in- dividuais e argumentos pouco racionais, e buscando uma impessoalidade. Isso quer dizer que, na disser- tação argumentativa, o uso da primeira pessoa não vai ser sempre a melhor opção. Trabalhar com a ter- ceira pessoa, neste caso, pode distanciar melhor o autor das opiniões apresentadas e, assim, deixá-las mais próximas de verdades absolutas. → Estrutura específica: Você já deve ter ouvido falar sobre a estruturação dos parágrafos de uma dissertação. Basicamente, é importante que, nes- se gênero textual, estejam presentes uma introdu- ção, parágrafos de desenvolvimento que defendam a opinião global do texto e uma conclusão. Em outro momento, detalharemos as características de cada parágrafo. → Coerência e coesão: Na construção de qual- quer texto, a produção de sentido, tanto de maneira abstrata quanto formal (com palavras) é essencial. Dessa forma, a coerência, responsável por essas relações no campo das ideias, e a coesão, que usa palavras nessa construção, precisam ser trabalha- das de maneira bem rica na dissertação. Teremos, em outro momento, uma aula específica sobre isso, mas não se esqueça dessa regra: seu texto precisa ter sentido. 16 5 Re d. É muito importante que você conheça e entenda todas as características desse gênero textual. Isso porque, levando em consideração apenas o ENEM, a dissertação argumentativa é texto obrigatório na prova de Redação e tema de questões em sua prova de Linguagens. Nas próximas aulas, detalharemos melhor a estrutura desse texto a fim de facilitar a sua produção. De qualquer forma, não deixe de aprovei- tar os exercícios selecionadospara esta matéria e praticar as suas especificidades, ok? EXERCÍCIOS DE AULA 1. 2. Carta ao Tom 74 Rua Nascimento Silva, cento e sete Você ensinando pra Elizete As canções de canção do amor demais Lembra que tempo feliz Ah, que saudade, Ipanema era só felicidade Era como se o amor doesse em paz Nossa famosa garota nem sabia A que ponto a cidade turvaria Esse Rio de amor que se perdeu Mesmo a tristeza da gente era mais bela E além disso se via da janela Um cantinho de céu e o Redentor É, meu amigo, só resta uma certeza, É preciso acabar com essa tristeza É preciso inventar de novo o amor MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente. São Paulo: Universal; Philips,1975 (fragmento). O trecho da canção de Toquinho e Vinícius de Moraes apresenta marcas do gê- nero textual carta, possibilitando que o eu poético e o interlocutor a) compartilhem uma visão realista sobre o amor em sintonia com o meio urbano. b) troquem notícias em tom nostálgico sobre as mudanças ocorridas na cidade. c) façam confidências, uma vez que não se encontram mais no Rio de Janeiro. d) tratem pragmaticamente sobre os destinos do amor e da vida citadina. e) aceitem as transformações ocorridas em pontos turísticos específicos. Grupo transforma pele humana em neurônios Um grupo de pesquisadores dos EUA conseguiu alterar células extraídas da pele de uma mulher de 82 anos sofrendo de uma doença nervosa degene- rativa e conseguiu transformá-las em células capazes de se transformarem virtualmente em qualquer tipo de órgão do corpo. Em outras palavras, ga- nharam os poderes das células-tronco pluripotentes, normalmente obtidas a partir da destruição de embriões. 16 6 Re d. 3. O método usado na pesquisa, descrita hoje na revista Science, existe desde o ano passado, quando um grupo liderado pelo japonês Shinya Yamanaka criou as chamadas iPS (células-tronco de pluripotência induzida). O novo es- tudo, porem, mostra pela primeira vez que é possível aplicá-lo a células de pessoas doentes, portadoras de esclerose lateral amiotrófica (ELA), mal que destrói o sistema nervoso progressivamente. “Pela primeira vez, seremos capazes de observar células com ELA ao mi- croscópio e ver como elas morrem”, disse Valerie Estess, diretora do Projeto ALS (ELA, em inglês), que financiou parte da pesquisa. Observar em deta- lhes a degeneração pode sugerir novos métodos para tratar a ELA. KOLNERKEVIC, I. Folha de S.Paulo. 1 ago. 2008 (adaptado). A análise dos elementos constitutivos do texto e a identificação de seu gênero permitem ao leitor inferir que o objetivo do autor é a) apresentar a opinião da diretora do Projeto ALS. b) expor a sua opinião como um especialista no tema. c) descrever os procedimentos de uma experiência científica. d) defender a pesquisa e a opinião dos pesquisadores dos EUA. e) informar os resultados de uma nova pesquisa feita nos EUA. A última edição deste periódico apresenta mais uma vez tema relacionado ao tratamento dado ao lixo caseiro, aquele que produzimos no dia a dia. A informação agora passa pelo problema do material jogado na estrada vici- nal que liga o município de Rio Claro ao distrito de Ajapi. Infelizmente, no local em questão, a reportagem encontrou mais uma forma errada de des- tinação do lixo: material atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal. Muitos moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residências e, em vez de um destino correto, procuram dispensá-lo em outras regiões. Uma situ- ação no mínimo incômoda. Se você sai de casa para jogar o lixo em outra localidade, por que não o fazer no local ideal? É muita falta de educação achar que aquilo que não é correto para sua região possa ser para outra. A reciclagem do lixo doméstico é um passo inteligente e de consciência. Olha o exemplo que passamos aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em prática o errado. Um perigo! Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia veiculada no jornal. Tal diferença traz à tona uma das funções sociais desse gênero textual, que é a) apresentar fatos que tenham sido noticiados pelo próprio veículo. b) chamar a atenção do leitor para temas raramente abordados no jornal. c) provocar a indignação dos cidadãos por força dos argumentos apresentados. d) interpretar criticamente fatos noticiados e considerados relevantes para a opi- nião pública. e) trabalhar uma informação previamente apresentada com base no ponto de vista do autor da notícia. Disponível em: http:// jornaldacidade.uol.com. br. Acesso em: 10 ago. 2012 (adaptado). 16 7 Re d. 4. Não adianta isolar o fumante Se quiser mesmo combater o fumo, o governo precisa ir além das restrições. É preciso apoiar quem quer largar o cigarro. Ao apoiar uma medida provisória para combater o fumo em locais públicos nos 27 estados brasileiros, o senado reafirmou um valor fundamental: a de- fesa da saúde e da vida. Em pelo menos um aspecto a MP 540/2011 é ainda mais rigorosa que as me- didas em vigor em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná, estados que até agora adotaram as legislações mais duras contra o tabagismo. Ela proíbe os fumódromos em 100% dos locais fechados, incluindo até tabacarias, onde o fumo era autorizado sob determinadas condições. Uma das principais medidas atinge o fumante no bolso. O governo fica au- torizado a fixar um novo preço para o maço de cigarros. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) será elevado em 300%. Somando uma coisa e outra, o sabor de fumar se tornará muito mais ácido. Deverá subir 20% em 2012 e 55% em 2013. A visão fundamental da MP está correta. Sabe-se, há muito, que o tabaco faz mal à saúde. É razoável, portanto, que o Estado aja em nome da saúde pública. Época, 28 nov. 2011 (adaptado) O autor do texto analisa a aprovação da MP 540/2011 pelo Senado, deixando cla- ra a sua opinião sobre o tema. O trecho que apresenta uma avaliação pessoal do autor como uma estratégia de persuasão do leitor é: a) “Ela proíbe os fumódromos em 100% dos locais fechados”. b) “O governo fica autorizado a fixar um novo preço para o maço de cigarros.’’ c) “O Imposto sobre Produtos Industrializados (IP) d) “Somando uma coisa e outra, o sabor de fumar se tornará muito mais ácido.” e) “Deverá subir 20% em 2012 e 55% em 2013.” 5. Censura moralista Há tempos que a leitura está em pauta. E, diz-se, em crise. Comenta-se esta crise, por exemplo, apontando a precariedade das práticas de leitura, lamentando a falta de familiaridade dos jovens com livros, reclamando da falta de bibliotecas em tantos municípios, do preço dos livros em livrarias, num nunca acabar de problemas e de carências. Mas, de um tempo para cá, pesquisas acadêmicas vêm dizendo que talvez não seja exatamente assim, que brasileiros leem, sim, só que leem livros que as pesquisas tradicionais não levam em conta. E, também de um tempo para cá, políticas educacio- nais têm tomado a peito investir em livros e em leitura. LAJOLO, M. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 2 dez. 2013 (fragmento). 16 8 Re d. EXERCÍCIOS PARA CASA 1. Os falantes, nos textos que produzem, sejam orais ou escritos, posicionam-se frente a assuntos que geram consenso ou despertam polêmica. No texto, a au- tora a) ressalta a importância de os professores incentivarem os jovens às práticas de leitura. b) critica pesquisas tradicionais que atribuem a falta de leitura à precariedade de bibliotecas. c) rebate a ideia de que as políticas educacionais são eficazes no combate à cri- se de leitura. d) questiona a existência de uma crise de leitura com base nos dados de pesqui- sas acadêmicas. e) atribui a crise da leitura à falta de incentivos e ao desinteresse dos jovens por livros de qualidade. TEXTO I Nesta época do ano, em que comprar compulsivamente é a principal pre- ocupação de boa parte da população, é imprescindível refletirmos sobre a importância da mídia na propagação de determinados comportamentosque induzem ao consumismo exacerbado. No clássico livro O capital, Karl Marx aponta que no capitalismo os bens materiais, ao serem fetichizados, passam a assumir qualidades que vão além da mera materialidade. As coisas são personificadas e as pessoas são coisificadas. Em outros termos, um automó- vel de luxo, uma mansão em um bairro nobre ou a ostentação de objetos de determinadas marcas famosas são alguns dos fatores que conferem maior valorização e visibilidade social a um indivíduo. LADEIRA, F. F. Reflexões sobre o consumismo. Disponível em: http://ob- servatoriodaimprensa.com.br. Acesso em 18 Jan.2015. TEXTO II Todos os dias, em algum nível, o consumo atinge nossa vida, modifica nossas relações, gera e rege sentimentos, engendra fantasias, aciona comporta- mentos, faz sofrer, faz gozar. Às vezes constrangendo-nos em nossas ações no mundo, humilhando e aprisionando, às vezes ampliando nossa imagi- nação e nossa capacidade de desejar, consumimos e somos consumidos. Numa época toda codificada como a nossa, o código da alma (o código do ser) virou código do consumidor! Fascínio pelo consumo, fascínio do consu- mo. Felicidade, luxo, bem-estar, boa forma, lazer, elevação espiritual, saúde, turismo, sexo, família e corpo são hoje reféns da engrenagem do consumo. BARCELLOS, G. A alma do consumo. Disponível em: www.diplomatique. org.br. Acesso em 18 jan 2015. 16 9 Re d. 2. Esses textos propõem uma reflexão crítica sobre o consumismo. Ambos partem do ponto de vista de que esse hábito a) desperta o desejo de ascensão social. b) provoca mudanças nos valores sociais. c) advém de necessidades suscitadas pela publicidade. d) deriva da inerente busca por felicidade pelo ser humano. e) resulta de um apelo do mercado em determinadas datas. Salvador, 10 de maio de 2012. Consultoria PC Speed Sr. Pedro Alberto Assunto: Consultoria Prezado Senhor, Manifestamos nossa apreciação pelo excelente trabalho executado pela equipe de consultores desta empresa na revisão de todos os controles inter- nos relativos às áreas administrativas. As contribuições feitas pelos membros da equipe serão de grande valia para o aperfeiçoamento dos processos de trabalho que estão sendo utilizados. Queira, por gentileza, transmitir-lhes nossos cumprimentos. Atenciosamente, Rivaldo Oliveira Andrade Diretor Administrativo e Financeiro A carta manifesta reconhecimento de uma empresa pelos serviços prestados pelos consultores da PC Speed. Nesse contexto, o uso da norma-padrão a) constitui uma exigência restrita ao universo financeiro e é substituível por lin- guagem informal. b) revela um exagero por parte do remetente e torna o texto rebuscado linguis- ticamente. c) expressa o formalismo próprio do gênero e atribui profissionalismo à relação comunicativa. d) torna o texto de difícil leitura e atrapalha a compreensão das intenções do re- metente. e) sugere elevado nível de escolaridade do diretor e realça seus atributos inte- lectuais. Disponível em: www. pcspeed.com.br. Acesso em: 1 maio 2012 (adaptado). 17 0 Re d. 4. 5. 3. A educação física ensinada a jovens do ensino médio deve garantir o acúmu- lo cultural no que tange à oportunização de vivência das práticas corporais; a compreensão do papel do corpo no mundo da produção, no que tange ao controle sobre o próprio esforço, e do direito ao repouso e ao lazer; a inicia- tiva pessoal nas articulações coletivas relativas às práticas corporais comu- nitárias; a iniciativa pessoal para criar, planejar ou buscar orientação para suas próprias práticas corporais; a intervenção política sobre as iniciativas públicas de esporte e de lazer. Segundo o texto, a educação física visa propiciar ao indivíduo oportunidades de aprender a conhecer e a perceber, de forma permanente e contínua, o seu pró- prio corpo, concebendo as práticas corporais como meios para a) ampliar a interação social. b) atingir padrões de beleza. c) obter resultados de alta performance. d) reproduzir movimentos predeterminados. e) alcançar maior produtividade no trabalho. Disponível em: www.portal. mec.gov.br. Acesso em: 19 ago. 2012. O último longa de Carlão acompanha a operária Silmara, que vive com o pai, um ex-presidiário, numa casa da periferia paulistana. Ciente de sua beleza, o que lhe dá certa soberba, a jovem acredita que terá um destino diferente do de suas colegas. Cruza o caminho de dois cantores por quem é apaixona- da. E constata, na prática, que o romantismo dos contos de fada tem perna curta. VOMERO, M. F. Romantismo de araque. Vida Simples, n. 121, ago. 2012. Reconhece-se, nesse trecho, uma posição crítica aos ideais de amor e felicidade encontrados nos contos de fada. Essa crítica é traduzida a) pela descrição da dura realidade da vida das operárias. b) pelas decepções semelhantes às encontradas nos contos de fada. c) pela ilusão de que a beleza garantiria melhor sorte na vida e no amor. d) pelas fantasias existentes apenas na imaginação de pessoas apaixonadas. e) pelos sentimentos intensos dos apaixonados enquanto vivem o romantismo. Embora particularidades na produção mediada pela tecnologia aproximem a escrita da oralidade, isso não significa que as pessoas estejam escrevendo errado. Muitos buscam, tão somente, adaptar o uso da linguagem ao suporte utilizado: “O contexto é que define o registro de língua. Se existe um limite de espaço, naturalmente, o sujeito irá usar mais abreviaturas, como faria no papel”, afirma um professor do Departamento de Linguagem e Tecnologia do Cefet-MG. Da mesma forma, é preciso considerar a capacidade do desti- natário de interpretar corretamente a mensagem emitida. No entendimento do pesquisador, a escola, às vezes, insiste em ensinar um registro utilizado apenas em contextos específicos, o que acaba por desestimular o aluno, que não vê sentido em empregar tal modelo em outras situações. Independente- mente dos aparatos tecnológicos da atualidade, o emprego social da língua revela-se muito mais significativo do que seu uso escolar, conforme ressalta a diretora de Divulgação Científica da UFMG: “A dinâmica da língua oral é 17 1 Re d. 6. 7. sempre presente. Não falamos ou escrevemos da mesma forma que nossos avós”. Some-se a isso o fato de os jovens se revelarem os principais usuários das novas tecnologias, por meio das quais conseguem se comunicar com facilidade. A professora ressalta, porém, que as pessoas precisam ter dis- cernimento quanto às distintas situações, a fim de dominar outros códigos. SILVA JR., M. G.; FONSECA, V. Revista Minas Faz Ciência, n. 51, set.-nov. 2012 (adaptado). Na esteira do desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunica- ção, usos particulares da escrita foram surgindo. Diante dessa nova realidade, segundo o texto, cabe à escola levar o aluno a a) interagir por meio da linguagem formal no contexto digital. b) buscar alternativas para estabelecer melhores contatos on-line. c) adotar o uso de uma mesma norma nos diferentes suportes tecnológicos. d) desenvolver habilidades para compreender os textos postados na web. e) perceber as especificidades das linguagens em diferentes ambientes digitais. Ao se apossarem do novo território, os europeus ignoraram um universo de an- tiga sabedoria, povoado por homens e bens unidos por um sistema integrado. A recusa em se inteirar dos valores culturais dos primeiros habitantes levou-os a uma descrição simplista desses grupos e à sua sucessiva destruição. Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa arte e aquela produzida por povos tecnicamente menos desenvolvidos. As duas manifestações devem ser encaradas como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar das várias sociedades, mas também como equivalentes, por resultarem de impulsos huma- nos comuns. SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra doredescobrimento: arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo – Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000. De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes produzidas pelos coloni- zadores e pelos colonizados, pois ambas compartilham o(a) a) suporte artístico. b) nível tecnológico. c) base antropológica. d) concepção estética. e) referencial temático. Exmº Sr. Governador: Trago a V. Exa. um resumo dos trabalhos realizados pela Prefeitura de Pal- meira dos Índios em 1928. […] 17 2 Re d. 8. ADMINISTRAÇÃO Relativamente à quantia orçada, os telegramas custaram pouco. De ordiná- rio vai para eles dinheiro considerável. Não há vereda aberta pelos matutos que prefeitura do interior não ponha no arame, proclamando que a coisa foi feita por ela; comunicam-se as datas históricas ao Governo do Estado, que não precisa disso; todos os acontecimentos políticos são badalados. Porque se derrubou a Bastilha – um telegrama; porque se deitou pedra na rua – um telegrama; porque o deputado F. esticou a canela – um telegrama. Palmeira dos Índios, 10 de janeiro de 1929. GRACILIANO RAMOS RAMOS, G. Viventes das Alagoas. São Paulo: Martins Fontes, 1962. O relatório traz a assinatura de Graciliano Ramos, na época, prefeito de Palmeira dos Índios, e é destinado ao governo do estado de Alagoas. De natureza oficial, o texto chama a atenção por contrariar a norma prevista para esse gênero, pois o autor: a) emprega sinais de pontuação em excesso. b) recorre a termos e expressões em desuso no português. c) apresenta-se na primeira pessoa do singular, para conotar intimidade com o destinatário. d) privilegia o uso de termos técnicos, para demonstrar conhecimento especia- lizado. e) expressa-se em linguagem mais subjetiva, com forte carga emocional. O bit na galáxia de Gutenberg Neste século, a escrita divide terreno com diversos meios de comunicação. Essa questão nos faz pensar na necessidade da “imbricação, na coexistên- cia e interpretação recíproca dos diversos circuitos de produção e difusão do saber...”. É necessário relativizar nossa postura frente às modernas tecnologias, prin- cipalmente à informática. Ela é um campo novidativo, sem dúvida, mas suas bases estão nos modelos informativos anteriores, inclusive, na tradição oral e na capacidade natural de simular mentalmente os acontecimentos do mundo e antecipar as consequências de nossos atos. A impressão é a ma- triz que deflagrou todo esse processo comunicacional eletrônico. Enfatizo, assim, o parentesco que há entre o computador e os outros meios de comu- nicação, principalmente a escrita, uma visão da informática como um “des- dobramento daquilo que a produção literária impressa e, anteriormente, a tradição oral já traziam consigo”. NEITZEL. L.C. Disponível em. www.geocities.com. Acesso em: 1 ago 2012 (adaptado). a) se desenvolver paralelamente nos meios tradicionais de comunicação e infor- mação. 17 3 Re d. 10. Ao tecer considerações sobre as tecnologias da contemporaneidade e os meios de comunicação do passado, esse texto concebe que a escrita contribui para uma evolução das novas tecnologias por a) se desenvolver paralelamente nos meios tradicionais de comunicação e infor- mação. b) cumprir função essencial na contemporaneidade por meio das impressões em papel. c) realizar transição relevante da tradição oral para o progresso das sociedades humanas. d) oferecer melhoria sistemática do padrão de vida e do desenvolvimento social humano. e) fornecer base essencial para o progresso das tecnologias de comunicação e informação. 9. Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver juras de amor, feitas diante de Deus, serem quebradas por traição, interesses financeiros e sexuais. Casais se separam como inimigos, quando poderiam ser bons amigos, sem trau- mas. Bastante interessante a reportagem sobre separação. Mas acho que os advogados consultados, por sua competência, estão acostumados a tra- tar de grandes separações. Será que a maioria dos leitores da revista tem obras de arte que precisam ser fotografadas antes da separação? Não seria mais útil dar conselhos mais básicos? Não seria interessante mostrar que a separação amigável não interfere no modo de partilha dos bens? Que, seja qual for o tipo de separação, ela não vai prejudicar o direito à pensão dos filhos? Que acordo amigável deve ser assinado com atenção, pois é bastan- te complicado mudar suas cláusulas? Acho que essas são dicas que podem interessar ao leitor médio. O texto foi publicado em uma revista de grande circulação na seção de carta do leitor. Nele, um dos leitores manifesta-se acerca de uma reportagem publicada na edição anterior. Ao fazer sua argumentação, o autor do texto a) faz uma síntese do que foi abordado na reportagem. b) discute problemas conjugais que conduzem à separação. c) aborda a importância dos advogados em processos de separação. d) oferece dicas para orientar as pessoas em processos de separação. e) rebate o enfoque dado ao tema pela reportagem, lançando novas ideias. Disponível em: http:// revistaepoca.globo.com. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado). O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do Envelhecimento . Cícero nota, primeira- mente, que todas as idades têm seus encantos e suas dificuldades. E depois aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. Ler as palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do tempo. NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. Época . 28 abr. 17 4 Re d. QUESTÃO CONTEXTO O autor discute problemas relacionados ao envelhecimento, apresentando argu- mentos que levam a inferir que seu objetivo é a) esclarecer que a velhice é inevitável. b) contar fatos sobre a arte de envelhecer. c) defender a ideia de que a velhice é desagradável. d) influenciar o leitor para que lute contra o envelhecimento. e) mostrar às pessoas que é possível aceitar, sem angústia, o envelhecimento. Texto I “Bem, para aqueles de vocês que nunca conheceram um muçulmano, é um prazer conhecê-los. Deixem que eu diga quem sou. Sou mãe, amante de café, expresso duplo, creme separado. Sou introvertida.Sou fanática por querer entrar em forma. E sou muçulmana espiritual praticante. Mas não como diz a Lady Gaga, porque, amor, eu não nasci assim. Foi uma escolha.” Transcrição da palestra de Dalia Mogahed no TED, em fevereiro de 2016. Texto II Assista à palestra completa de Dalia Mogahed, no TED2016, neste link. A fala de Dalia Mogahed, pesquisadora e escritora, é muito importante nos dias de hoje. Vivemos na era do medo, da desconfiança, e cada vez mais es- tereótipos tomam conta das sociedades, nos deixando trancados em casa ou, simplesmente, criando aversões a determinadas culturas e crenças. Levando em consideração as ideias apresentadas no vídeo, faça o que se pede: a) Identifique a tese desenvolvida e defendida ao longo da fala. b) Aponte dois argumentos utilizados na fundamentação desse posicionamento. Aqui, você pode apresentar exemplos, dados e até mesmo afirmações que sir- vam de base para a opinião da palestrante. Fonte: pinterest.com 17 5 Re d. 01. Exercícios para aula 1. b 2. e 3. d 4. d 5. d 02. Exercícios para casa 1. b 2. c 3. a 4. c 5. e 6. c 7. e 8. e 9. e 10. e GABARITO Re d. TEMA DE REDAÇÃO Semana 3 Com base na leitura dos textos motivadores se- guintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argu- mentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A importância da reivindicação pela saúde pública no Brasil, apresentando proposta de ação socialque respeite os direitos humanos. Sele- cione, organize e relacione, de forma coerente e co- esa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Texto 1 O sistema de saúde é dinâmico e criativo. Além de cui- dar da saúde, “vende” esperança do viver. É complexo, com diferentes participantes que têm interesses e in- centivos nem sempre alinhados; alguns destes são per- versos e atendem a partes, e não ao todo, do sistema. E é dinâmico, influenciado pela constante geração de novos conhecimentos, alguns não plenamente valida- dos cientificamente. A avaliação crítica de evidências em saúde lida com incertezas e faz com que tenhamos que conviver com verdades transitórias. O sistema de saúde é criativo, com assimetria de informação, conhecimento e poder; decisões são rapidamente e licitamente tomadas, po- rém, utilizando-se de oportunidades não regulamenta- das. Temos a saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado, com os seus princípios doutrinários e orga- nizacionais expressos na Constituição. Os limites assis- tenciais não são bem definidos, mas temos certamen- te um limite nos recursos disponíveis. Neste cenário, a definição de objetivos claros e a priorização de ações são absolutamente críticas. Uma compreensão e um acordo coletivo sobre a interpretação dos princípios doutrinários são imprescindíveis. Propostas precisam ser apresentadas e debatidas. Urge discussões respon- sáveis que reconheçam a real condição da saúde e os dilemas existentes. Essas propostas deveriam ser mini- mamente embasadas por fundamentos que as justifi- quem do ponto de vista sanitário e econômico. O Estado deve regulamentar, regular, controlar e fis- calizar o sistema e suas partes. Essas funções são, por si só, desafiadoras num sistema complexo, dinâmico e criativo. A assistência à saúde não necessariamente precisa ser prestada pelo poder público, e a eficiência operacional deveria ser priorizada. A oferta de produtos e serviços estimula a demanda, e a venda de ilusões amparadas apenas na “esperança” pode ser muito danosa para a sociedade. A escassez de recursos exige uma avaliação do custo de oportu- nidade. O respeito às considerações morais, éticas, filosóficas e religiosas precisa ser valorizado no âmbito individual, mas as decisões em um sistema de seguro-saúde de- vem ser embasadas racionalmente. Decisões sobre o uso dos preciosos recursos desse seguro coletivo de- vem ser norteadas por evidências técnico-científicas e preferências da população; devem idealmente res- peitar o princípio da igualdade de direitos num sistema universal. A decisão individual afeta o coletivo, e a deci- são coletiva impõe restrições aos indivíduos. No processo de priorização é preciso discutir quais mo- delos são os mais adequados ao se considerar a histó- ria, a cultura, o momento, as doutrinas e a organização do sistema de saúde. Temos pelo menos quatro mo- delos (igualitário, comunitário, libertário e o utilitário) e não há um modelo certo ou errado, mas, sim, o que possa mais se alinhar com os princípios doutrinários da sociedade. Em nosso atual sistema de saúde, podemos observar a presença de elementos dos quatro mode- los, o que pode significar que não temos nenhum seria- mente a nos nortear. Somente com uma judiciosa interpretação dos princí- pios doutrinários e organizacionais podemos avaliar e debater propostas para os próximos anos. O pensar e olhar fracionado do sistema de saúde, o não reconhe- cimento do limite econômico e a proposição de ações com foco no curto prazo contribuem para aumentar a entropia do sistema de saúde, sua ineficiência e iniqui- dade. Disponível em http:// www1.folha.uol.com.br/ opiniao/2014/08/1504723- marcos-bosi- ferrazpropostas-para-a- saude.shtml Re d. Texto 2 1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensá- veis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu contro- le. 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social. Texto 3 Texto 4 [Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo 25] Disponível em http:// unesdoc.unesco.org/ Re d. Texto 4 Disponível em: http:// g1.globo.com/politica/ noticia/am-supera-pe-e- lidera-ranking-de- superlotacao-em-presidios- brasil-tem-270-mil-presos- acima-da-capacidade.ghtml