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Felipe Eugenio de Oliveira Vaz Sampaio Engenheiro Civil Analista do MPU/Perícia/Engenharia Civil Mestre em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos (UnB - PTARH) Hidráulica Condutos Forçados Slides próprios e obtidos de Porto, Neves, Cirilo e M. Wanderley Tubulações ou condutos forçados Define-se como tubulações os condutos onde o líquido encontra- se confinado e sujeito a pressões diversas O escoamento processa-se necessariamente por diferenças de pressão • A posição da tubulação tem pouca ou nenhuma influência no escoamento Os condutos forçados são artificiais, fabricados em diversos tipos de material, como, por exemplo, aço, ferro fundido, PVC etc. Normalmente são prismáticos, por manterem a mesma forma de seção transversal ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES PCH Buriti (Atiaia Energia) Tubulações ou condutos forçados Os condutos forçados são utilizados com diversas finalidades • Sistemas de adução e distribuição de água • Sistemas de bombeamento e recalque • Sistemas de irrigação • Aproveitamentos hidrelétricos Projetos de tubulações O custo de uma tubulação comercial é proporcional ao seu diâmetro e será mais econômico para diâmetros menores Como a velocidade está inversamente relacionada com a área, a maior economia de uma tubulação obtém-se empregando-se as maiores velocidades Porém, altas velocidades provocam ruídos, vibrações, desgaste de material e sobrepressões elevadas quando ocorre o “golpe de aríete” Velocidades muito baixas, por outro lado, podem promover a deposição de material na tubulação ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Energia no escoamento • Equação de Bernoulli H = p/ + z + v²/2g = y + z + v²/2g • Entre duas seções da tubulação ocorre perda de carga por conta do atrito do fluido com as paredes da tubulação, da turbulência etc. H1-2 = H1 – H2 ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES p1/ = y1 v1²/2g Plano de referência z1 z2 p2/ = y2 v2²/2g H = H1 – H2 Q Q Q Perdas de carga • As perdas de carga podem ser de dois tipos: – Distribuídas: ocorre ao longo da tubulação devido ao atrito do fluido internamente e com as paredes das tubulações. – Localizadas: ocorre devido a turbulência locais geradas pelas peças componentes da tubulação, tais como juntas, mudanças de seção (reduções), mudanças de direção (cotovelos, curvas) e elementos de controle de fluxo (registros e válvulas) ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Plano de referência z1 p1/ = y1 z2 p2/ = y2 v2²/2g z3 v3²/2g H1-2 H1-3 HLOCAL Perda de carga distribuída – efeitos da rugosidade • Internamente, as tubulações apresentam pequenas asperezas nas suas paredes • Estas asperezas não são uniformes, mas são consideradas pelo seu valor médio • São denominadas rugosidade absoluta • A passagem do fluido sobre estas asperezas promove atritos e turbulências que promovem a perda de carga no escoamento ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Perda de carga distribuída – efeitos da rugosidade ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Fonte: Martins e Martins (2004) Perda de carga distribuída – a camada limite laminar • Um fluido escoando em uma tubulação, por efeito de aderência, tem velocidade nula nas paredes • As partículas do fluido aderidas à parede exercem, nas partículas adjacentes, uma força contrária ao movimento do fluido, de modo que a velocidade aumenta gradativamente para longe das paredes • O deslocamento das moléculas do fluido ocorre como lâminas deslizando umas sobre as outras • Esse comportamento ocorre até o ponto onde começam a haver turbulências no fluido e a velocidade passa a se desenvolver com um valor médio constante • Este ponto é denominado de camada limite laminar ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Camada limite laminar Perda de carga distribuídas – os tipos de escoamento • Dependendo do desenvolvimento da camada limite laminar o escoamento pode ser considerado: – Laminar – Turbulento – Hidraulicamente liso – Hidraulicamente rugoso – De transição • Escoamento laminar – a camada limite laminar ocupa toda a região do fluxo • Todo o escoamento ocorre sem grandes perturbações na trajetória das particulas do fluido ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES D Perda de carga distribuídas – os tipos de escoamento • Escoamento turbulento – existe uma região de turbulência além da camada limite laminar – Hidraulicamente liso – a camada limite laminar desenvolve-se acima das rugosidades da parede – Hidraulicamente rugoso – a camada limite laminar encontra-se completamente encoberta pelas rugosidades da parede – De transição – a camada limite laminar encontra-se influenciada somente pelas asperezas maiores ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Camada limite laminar Camada limite laminar Camada limite laminar Perda de carga distribuídas – os tipos de escoamento • Os tipos de escoamento são caracterizados pelo número de Reynolds Re = ·v·D/ → Re = v·D/ onde é a massa específica, é a viscosidade dinâmica e é a viscosidade cinemática da água • Com base no número de Reynolds, o escoamento pode ser – Laminares: quando Re < 2000 – Indefinidos (zona crítica): quando 2000 < Re < 4000 – Turbulentos: quando Re > 4000 ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Perda de carga distribuída – a fórmula universal • Ao longo de uma tubulação retilínea, de seção circular prismática, a perda de carga distribuída pode ser calculada pela fórmula universal de perda de carga, também conhecida como equação de Darcy-Weisbach onde f é o fator de atrito da tubulação, L é o seu comprimento e D é o seu diâmetro • O valor de f depende do tipo de escoamento e da rugosidade do material da tubulação e pode ser determinado por meio de equações ou por meio do diagrama de Moody – Equação de Swamee – válida para todos os regimes de escoamento ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES 5D ²QLf 0827,0H g2 ²v D L fH 125,0 16 6 9,0 8 Re 2500 Re 74,5 D7,3 ln5,9 Re 64 f Perda de carga distribuída – a fórmula universal • Determinação do fator de atrito – diagrama de Moody ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Perda de carga distribuída – a fórmula universal • Para seções não circulares, a fórmula universal pode ser empregada considerando o diâmetro hidráulico DH da tubulação • O diâmetro hidráulico equivale ao diâmetro de uma seção circular que promova a mesma perda de carga que a seção em uso • É determinado pelo raio hidráulico da seção DH = 4·RH ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES g2 ²v D L fH H Perda de carga distribuída – fórmulas empíricas • Hazen-Williams onde J é a perda de carga unitária (m/m) e C é um coeficiente que depende da natureza e do estado das paredes dos tubos – Recomendado para escoamento turbulento – Diâmetros maiores ou iguais a 4” – Muito utilizado em projetos de redes de distribuição de água – Considera a situação da tubulação (nova ou usada) ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES 87,485,1 85,1 65,10 DC Q L h J 54,0 63,22785,0 L h DCQ Perda de carga distribuída – fórmulas empíricas • Fair-Whiple-Hsiao Para aço galvanizado novo, água fria Para PVC rígido, água fria onde J é a perda de carga unitária (m/m) – Diâmetros menores ou iguais a 4” – Muitoutilizado em projetos de instalações prediais de água – Recomendada pela ABNT ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES 88,4 88,1 D Q 002021,0L/HJ 75,4 75,1 D Q 008695,0L/HJ Perda de carga distribuída – a fórmula universal EXEMPLO Calcular a perda de carga em uma tubulação de 500 m de comprimento e 50 cm de diâmetro, conduzindo água a uma vazão de 200 L/s. O material da tubulação tem rugosidade de 0,1 mm. A área interna da tubulação é A = ·0,5²/4 = 0,196 m² A velocidade de escoamento da água na tubulação é v = Q/A = 0,2/0,196 = 1,019 m/s Com essa velocidade, o número de Reynolds é Re = v·D/ = 1,019·0,5/10-6 = 5,095·105 O fator de atrito é calculado pela equação de Swamee Aplicando a fórmula universal, obtém-se a perda de carga na tubulação ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES 014,0 10095,5 2500 10095,5 74,5 5,07,3 0001,0 ln5,9 10095,5 64 f 125,0 16 6 69,06 8 6 m74,0 g2 ²019,1 5,0 500 014,0H Perda de carga localizada • É a perda de carga provocada por singularidades nas tubulações – Peças especiais, tais como conexões, registros, curvas, reduções etc. • Nos projetos das tubulações, estas perdas devem ser somadas às perdas distribuídas • Em tubulações longas e com traçados quase retilíneos estas perdas tem pouca importância na perda de carga final – Geralmente, para L/D > 1000 a sua influência é muito baixa – Adutoras curtas: L ≤ 4000*D, quando o número de peças for considerável ou quando a velocidade do fluxo for muito superior a 1 m/s. – Ou quando ∑he ≤ 5%hp ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Perda de carga localizada • As perdas de carga localizadas podem ser expressas por onde K é um coeficiente que depende do tipo de singularidade – Influem no valor de K a forma da singularidade, o número de Reynolds, a rugosidade da parede etc. • Os valores de K encontram-se tabelados para diversos tipos de peças g2 ²v KH Perda de carga localizada • Valores do coeficiente de perda localizada K ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Fonte: Carvalho (2009) Perda de carga localizada – método dos comprimentos equivalentes • As perdas de carga distribuídas e localizadas são proporcionais à carga cinética do escoamento • Devido a essa semelhança, pode-se comparar a perda de carga de uma peça com aquela promovida por uma tubulação retilínea onde LE é o comprimento equivalente da peça • Nos projetos das tubulações, somam-se então os comprimentos equivalentes com as tubulações de mesmo diâmetro obtendo-se um comprimento virtual LV = L + LE que deve ser utilizado na fórmula universal • Para várias peças, os valores de LE estão tabelados ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES f K D L g2 ²v K g2 ²v D L fH EE Perda de carga localizada – método dos comprimentos equivalentes ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Perfil das tubulações No projeto de tubulações longas, a posição da tubulação em relação à linha de energia é de fundamental importância Normalmente, a tubulação acompanha a topografia dos terrenos, evitando cortes e aterros, o que diminui os custos de implantação Com isso, a tubulação pode cruzar com a linha piezométrica, podendo ocasionar problemas ao seu funcionamento ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Plano de Carga Estática 1 2 4 3 pVAP/ Perfil das tubulações A linha piezométrica é a soma da posição do fluido (tubulação) e da sua carga de pressão LP = z + p/ → p/ = LP – z • Perfil 1 – a tubulação não atinge a linha piezométrica – LP > z em toda a extensão → p/ > 0 – Resulta em pressões positivas em toda a extensão – O escoamento pode ocorrer naturalmente ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Plano de Carga Estática 1 2 4 3 pVAP/ Perfil das tubulações • Perfil 2 – a tubulação atinge a linha piezométrica – LP < z em um trecho → p/ < 0 – Resulta em pressões negativas no trecho localizado acima da linha piezométrica – O escoamento ainda pode ocorrer naturalmente, mas a pressão negativa pode promover a entrada de ar ou outras substâncias na tubulação, contaminando a água – Solução: construção de uma caixa de transição no ponto mais alto, para mudar a posição da linha piezométrica ou melhorar a vedação da tubulação ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Plano de Carga Estática 1 2 4 3 pVAP/ Perfil das tubulações • Perfil 3 – a tubulação atinge o Plano de Carga Estática – PCE < z em um trecho → E < 0 – O escoamento não pode ocorrer naturalmente, somente se a tubulação for completamente preenchida – Funciona como um sifão, com pressões negativas no trecho acima da linha piezométrica – Se entrar ar na tubulação, o escoamento cessa – Solução: construção de um sistema para enchimento da tubulação sempre que ela entrar em funcionamento ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Plano de Carga Estática 1 2 4 3 pVAP/ Perfil das tubulações • Perfil 4 – a tubulação atinge a linha piezométrica absoluta – LPABS < z em um trecho → p/ < pressão de vapor da água – O escoamento não pode ocorrer, pois ocorreria vaporização da água – Solução: instalação de um sistema de bombeamento no início da tubulação para inserir energia no sistema, deslocando para cima a linha piezométrica e a linha piezométrica absoluta ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Plano de Carga Estática 1 2 4 3 pVAP/ Perfil das tubulações • Em tubulações instaladas em locais de relevo muito acidentado, pode ocorrer o acúmulo de ar nos pontos localmente mais elevados da tubulação • Esse ar diminui a capacidade de escoamento da tubulação, comprometendo o seu funcionamento • Nestes pontos, é recomendada a instalação de ventosas, destinadas a remover o ar acumulado • Nos pontos mais baixos, também é recomendada a instalação de registros de descarga para esvaziamento da tubulação em caso de manutenção ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Plano de Carga Estática Situações típicas Condutos equivalentes • Manutenção de adutoras • Substituição não cause alterações no funcionamento do sistema • Conduto equivalente: rugosidade, comprimento ou diâmetro diferente do original, mas capaz de transportar a mesma vazão, promovendo igual perda de carga, mantendo a relação: ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES 𝐿2 = 𝐿1 𝑓1 𝑓2 𝐷2 𝐷1 5 𝐿2 = 𝐿1 𝐶2 𝐶1 1,85 𝐷2 𝐷1 4,87 Situações típicas Condutos em série • Um sistema de tubulações formada por trechos de diâmetros diferentes, dispostos em série • O projeto de um sistema de tubulações em série deve considerar que a vazão é a mesma em todos os trechos e a perda de carga total do sistema é a soma das perdas de carga individuais das tubulações Q = Q1 = Q2 = Q3 HTOTAL = H1 + H2 + H3 ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Plano de Carga Estática L1 D1 L2 D2 L3 D3 𝐿 𝐶1,85𝐷4,87 = 𝐿𝑖 𝐶𝑖 1,85𝐷𝑖 4,87 𝑛 𝑖=1 𝑓𝐿 𝐷5 = 𝑓𝑖𝐿𝑖 𝐷𝑖 5 𝑛 𝑖=1 Situações típicas Condutos em paralelo • Um sistema de tubulações formada por trechos adjacentes que se separam numa ponta e se unem novamente na outra, dispostos em paralelo • O projeto de um sistema de tubulações em paralelo deve considerar que a vazão total do sistema é a soma das vazões individuais das tubulações e a perda de carga é igual para todas astubulações Q = Q1 + Q2 + Q3 HTOTAL = H1 = H2 = H3 ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Plano de Carga Estática L1 D1 L2 D2 L3 D3 𝐶𝐷2,63 𝐿0,54 = 𝐶1𝐷1 2,63 𝐿1 0,54 + 𝐶2𝐷2 2,63 𝐿2 0,54 + 𝐶3𝐷3 2,63 𝐿3 0,54 𝐷2,5 𝑓0,5𝐿0,5 = 𝐷1 2,5 𝑓1 0,5𝐿1 0,5 + 𝐷2 2,5 𝑓2 0,5𝐿2 0,5 + 𝐷3 2,5 𝑓3 0,5𝐿3 0,5 Situações típicas – adutora com demanda intermediária Tomada d’água entre dois reservatórios Equações para cada caso Utilização em sistemas de abastecimento ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES A: Modelo convencional onde a linha piezométrica é uma reta contínua. Neste caso Qp = 0 e a perda de carga é uma fração da perda total hp, proporcional a L1, comprimento do trecho R1P: ℎ𝑝 𝐿1 + 𝐿2 = ℎ𝐴 𝐿1 ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES B: A linha piezométrica é uma reta quebrada com vértice em B. Neste caso, Qp ≠ 0 e o reservatório R1 alimenta o reservatório R2 e o ponto P. Q1 = Qp + Q2 , sendo Q1 > Q2. C: A linha piezométrica é uma horizontal no trecho PR2, passando pelo NA do reservatório R2. Neste caso Qp ≠ 0 e o reservatório R1 alimenta o ponto P. Q1 = Qp, sendo Q2 = 0. A vazão em P (Qp) é maior do que a do caso anterior. ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES D: A linha piezométrica é uma reta quebrada com o vértice D. Neste caso, Qp ≠ 0 e os reservatórios R1 e R2 alimentam o ponto P. Então Q1 + Q2 = Qp ficando invertido o fluxo no trecho 2. O reservatório R2 é chamado, neste caso apenas, de reservatório de sobras ou de compensação. Esta forma de alimentar P é temporária, uma vez que R2 recebe água a partir de R1. Exaurida a reserva de R2, a vazão Q2 se anula e a linha piezométrica retorna ao ponto C. A partir deste momento retornaremos a Q1 = Qp. ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Como a posição da linha piezométrica não é conhecida a priori: 1 – Admite-se que a linha piezométrica passa pelo ponto C; 2 – Neste caso Q1 = Qp; 3 – Calcula-se Q1: ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES 𝑄1 = 0,2785 × 𝐶1 × 𝐷1 2,63 × 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑅1 − 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑅2 𝐿1 0,54 4 – Caso Q1 seja realmente a Qp, as vazões estão determinadas e Q2 = 0; 5 – Caso Q1 > Qp, conclui-se que a linha piezométrica passa por B e resolve-se o sistema: ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES 𝑄1 = 𝑄𝑝 + 𝑄2 𝑄1 = 0,2785 × 𝐶1 × 𝐷1 2,63 × ℎ𝐵 𝐿1 0,54 𝑄2 = 0,2785 × 𝐶2 × 𝐷2 2,63 × 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑅1−𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑅2−ℎ𝐵 𝐿2 0,54 6 – Caso Q1 < Qp, então conclui-se que a linha piezométrica passa por D. Resolve-se o sistema: ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES 𝑄1 + 𝑄2 = 𝑄𝑝 𝑄1 = 0,2785 × 𝐶1 × 𝐷1 2,63 × ℎ𝐷 𝐿1 0,54 𝑄2 = 0,2785 × 𝐶2 × 𝐷2 2,63 × ℎ𝐷−(𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑅1−𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑅2) 𝐿2 0,54 𝑄1 = 𝑄2 Q1 = Q2 = 0,2785 × C × D1 2,63 × hAB L1 0,54 hAB = Q1 0,2785 ∙ C ∙ D1 2,63 1 0,54 ∙ L1 Q2 = Q1 = 0,2785 × C × D2 2,63 × hAB − (Cota R1 − Cota R2) L2 0,54 Q2 = 0,2785 × 130 × 0,2 2,63 × Q2 0,2785∙130∙0,152,63 1 0,54 ∙350−(760−754) 240 0,54 C1 = C2 = C = 130 D1 = 6” ≈ 150 mm D2 = 8” ≈ 200 mm Q1 = Q2 Q1 = Q2 = 0,2785 × C × D1 2,63 × hAB L1 0,54 Q2 = Q1 = 0,2785 × C × D2 2,63 × hAB − (Cota R1 − Cota R2) L2 0,54 Excel e igualar Q1 e Q2 C1 = C2 = C = 130 D1 = 6” ≈ 150 mm D2 = 8” ≈ 200 mm Situações típicas – problema dos 3 reservatórios Determinação das vazões na condição de equilíbrio Determinação da cota piezométrica na bifurcação ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Situações típicas - problema dos 3 reservatórios Situações • Se X > Cota R2 (entre A e B): R1 (Q1) abastece R2 e R3 • Se X = Cota R2 = B: R1 (Q1) abastece R3 e Q2 é nula • Se X < Cota R2 (entre B e C) : R1 (Q1) e R2 (Q2) abastecem R3 ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Situações típicas de projetos de tubulações • Determinação de vazões Iteração até satisfazer a equação da continuidade: Q1 = Q2 + Q3 (R1 abastecendo R2 e R3) ou Q1 + Q2 = Q3 (R1 e R2 abastecendo R3) ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES X = cota R2 No ponto B Q1 = Q3 FIM Q1 > Q3 Aumentar a cota piezométrica para acima de B (R1 abastece R2 e R3) Q1 < Q3 Diminuir a cota piezométrica para abaixo de B (R1 e R2 abastecem R3) ∆𝑍 = 1,85 𝑜𝑢 2 ∙ 𝑄𝐼 𝑛 𝑖=1 𝑄𝐼 ∆ℎ𝐼 𝑛𝑖=1 HW ou DW EXEMPLO Situações típicas de projetos de tubulações Redes de distribuição de água • Um sistema de distribuição de água é o conjunto de tubulações e acessórios (bombas, reservatórios, registros etc.) que têm por finalidade abastecer os pontos de consumo, em condições sanitárias, de vazão e de pressão de forma adequada • As redes de distribuição de água podem ser de dois tipos – Ramificadas ou espinha de peixe – Malhadas ou em anéis ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Situações típicas de projetos de tubulações • Redes ramificadas – mais fáceis, pois as direções de fluxo são conhecidas – Calculadas diretamente, determinando as características das tubulações, as perdas de carga e as pressões nas tubulações • Redes malhadas – mais difíceis, pois as direções de fluxo são desconhecidas – Calculadas por meio de um processo de aproximações sucessivas, sendo mais utilizado o método de Hardy Cross ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Redes ramificadas ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Redes ramificadas ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Redes malhadas ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Condições de projeto: ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Vazão de distribuição ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Redes ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Redes ESCOAMENTO EM TUBULAÇÕES Soma algébrica das vazões em cada nó é nula A soma algébrica das perdas de carga (partindo e chegando no mesmo nó) em qualquer circuito fechado (malhas ou anéis) é igual a zero. As equações devem satisfazer as condições básicas para equilíbrio do sistema: Convenciona-se, preliminarmente: NÓ: sentido do escoamento para o nó como positivo; ANEL: sentido do escoamento horário como positivo. 0Q....QQQQ n321 0H....HHHH n321 Q1 Qd Q3 Nó Q4 Q2 0QQQQQQ d4321 A B C D Q4 Q3 Q1 Q2 QB QA QD QC 0HHHHH 3421 + As equações devem satisfazer as condições básicas para equilíbrio do sistema: Redes Malhadas Método de Hardy Cross Método de Hardy Cross Qa= vazão hipotética Q= correção de vazão QQQ a a a a Q H H Q 85,1 Exemplo Encontre o fluxo em um anel dado as entradas e as saídas. A tubulação é em aço carbono com 25cm de diâmetro e fator de atrito C=130. A B C D 0,10 m3/s 0,32 m3/s 0,28 m3/s 0,14 m3/s 200 m 100 m A B C D Exemplo Adote a vazão para cada trecho A vazão de entrada e saída em cada nó deve ser igual. arbitrário 0,32 m3/s 0,28 m3/s 0,32 0,00 0,10 m3/s 0,10 0,04 0,14 m3/s A B C D 0,10 m3/s 0,32 m3/s 0,28 m3/s 0,14 m3/s 1 4 2 3 sentido horário(+) Cálculo da Perda de Carga mH mH mH mH mH i i 3,24 00,0 16,3 29,0 17,27 4 1 4 3 2 1 L DC Q H 87,485,1 85,1 65,10 DNOCS 2010 – Engenheiro Área 1 (FCC) Questão 52 Há várias expressões para determinar a perda de energia ou carga ocasionada pela passagem de fluido emcondutos, dentre as quais destaca-se a de Darcy ou Universal. A utilização dessa fórmula é aconselhada em caso de condutos fechados (A) com qualquer seção e fluido com escoamento pressurizado. (B) apenas com seção transversal circular. (C) ou abertos com rugosidade interna alta, para se obter o escoamento turbulento liso. (D) ou abertos com rugosidade interna baixa, para se obter o escoamento turbulento plenamente rugoso. (E) ou abertos com escoamento, com velocidade média inferior a três metros por segundo. QUESTÃO DE PROVA X DNOCS 2010 – Engenheiro Área 1 (FCC) Questão 59 Nos condutos com escoamentos de líquidos em pressão, com seção constante e retilínea no seu comprimento, a fórmula Universal ou de Darcy rege os escoamentos. Uma das variáveis dessa fórmula é o diâmetro interno do conduto. Quando o conduto não é circular, pode-se afirmar que a Fórmula Universal (A) requer o diâmetro hidráulico. (B) requer o diâmetro geométrico. (C) não pode ser utilizada. (D) requer a proporção de área molhada. (E) requer a proporção com a velocidade média dos escoamentos. QUESTÃO DE PROVA X DESO/SE 2004 – Engenheiro Civil (CESPE) Uma rede de distribuição de água deve ser constituída por um conjunto de condutos que distribui a água para os prédios e os pontos de consumo público de uma cidade. Julgue os itens subseqüentes, acerca desse assunto. (141) Em uma rede de distribuição, os condutos principais são as canalizações de maior diâmetro, responsáveis pela alimentação dos condutos secundários da rede. (142) Na rede do tipo malhada, os condutos são traçados a partir de um conduto principal, centrado, com uma disposição ramificada que se assemelha a espinhas de peixe. (143) O método de Hardy-Cross permite o dimensionamento de sistemas de abastecimento de água em forma de circuitos. (144) A perda de carga total ao longo de um trecho de um conduto da rede de distribuição é função somente do diâmetro do conduto e das condições de rugosidade da sua superfície interna. (145) A vazão de distribuição da rede de abastecimento a ser utilizada no dimensionamento é aquela referente à situação desfavorável particular, correspondente ao período de maior consumo do dia de maior consumo. QUESTÃO DE PROVA C E C E E
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