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O QUE É UM ARTIGO CIENTÍFICO?
Um artigo científico é um documento que contém a descrição de descobertas inéditas na ciência onde está inserido. Contém a descrição do método, apresentação e discussão dos resultados e as conclusões dos autores, baseados nas evidências e epistemas sugeridos.
 	Um artigo científico, ao contrário de qualquer texto que você encontra na internet (tal como este) ou em livros, é necessariamente produto de uma criteriosa avaliação cética por vários membros acadêmicos, cientistas; desta maneira, pode-se aceitar um artigo como verdade científica. Já um texto normal não necessariamente contém a verdade, pois não passa por avaliação cética.
A forma mais simples de reconhecer um texto como sendo um artigo científico é o DOI: Digital Object Identifier, um número que deve aparecer logo no início do artigo. Mas atenção: embora TODOS os artigos científicos tenham DOI, nem todos os documentos com DOI são necessariamente artigos científicos. É necessário também verificar a revista ou jornal onde o documento foi publicado. Esta, precisa ser INDEXADA. No caso de artigos de Química, a revista deve ser indexada a pelo menos uma das grandes BASES DE DADOS CIENTÍFICAS mundiais, tal como a ISI, Scopus, Scielo, entre outras.
 	O jornal ou revista deve submeter os artigos à revisão por consultores científicos especializados no tema. Só assim podemos chamar aquele artigo de científico.
 
Quais são os PASSOS NECESSÁRIOS para REDAÇÃO de um Artigo Científico
Tendo sido estabelecido um projeto de pesquisa inédito, a primeira coisa a fazer é muito trabalho árduo no laboratório: o químico precisa fazer experimentos, acumular dados experimentais, formular hipóteses, testar as hipóteses no laboratório e complementar o trabalho com mais ensaios no lab.
Findo a parte experimental, o químico precisa fazer um levante da literatura científica atual para descobrir o impacto e o ponto de inserção de seu trabalho no contexto científico mundial. É necessário se estabelecer a relevância de sua descoberta no cenário acadêmico. Quanto mais relevante, melhor o jornal para onde o artigo a ser redigido será submetido.
REDAÇÃO
A redação do artigo segue, na maioria das vezes, 4 etapas: uma introdução, que indica, através de uma revisão da litereatura, artigos semelhantes concordantes ou discordantes e justifica o trabalho apresentado. Em seguida, há a descrição da metodologia experimental, onde todos os experimentos e equipamentos utilizados devem ser bem explicados, para que o trabalho possa ser reproduzido em qualquer lugar do planeta. A terceira etapa é a apresentação dos resultados, sob a forma de figuras e tabelas. Estes resultados são também discutidos, espaço onde o autor defende suas hipóteses baseados nas evidências experimentais que obteve. Finalmente, o autor compila as principais conclusões de seu trabalho.
Todas as referências a artigos científicos existentes usados na sua redação devem estar explícitas no final do seu documento.
 
Quais são os PASSOS NECESSÁRIOS para PUBLICAÇÃO de um Artigo Científico
Uma vez redigido, o manuscrito deve ser submetido a um JORNAL científico. Normalmente, escolhemos o jornal baseado no tema do trabalho e, sobretudo, no FATOR DE IMPACTO do periódico; isto é um número gerado baseado na quantidade de vezes que os trabalhos publicados neste jornal serão citados por outros artigos na literatura científica.
Quando o manuscrito é submetido, o Editor do Jornal pode o recusar prontamente. Caso aceite, ele irá submeter o manuscrito aos REFEREES: grupo de cientistas de alta competência que irão ler e revisar o trabalho submetido. Cara refereee irá avaliar o texto, os resultados, a discussão e as conclusões. Eles também irão procurar na literatura outros trabalhos semelhantes, para evitar plágio e também para comparar resultados conflitantes.
Cada referee tem o poder de aceitar ou recusar o artigo; também podem (o que normalmente ocorre) recomendar alterações, correções, inclusões de dados suplementares e mais fomento à discussão dos dados apresentados. Os referees também vão apresentar questões para ser respondidas pelo autor.
O manuscrito então volta ao autor, para que faça as correções/inclusões necessárias. Então este volta novamente par aos Referees para que confiram se as correções ou inclusões foram devidamente e se as respostas são satisfatórias.
Disponível em: < https://pt-br.facebook.com/notes/canal-fala-qu%C3%ADmica/o-artigo-cient%C3%ADfico-saiba-o-que-%C3%A9-e-quais-os-passos-necess%C3%A1rios-para-sua-publica/149264578464595> Acesso em: 12.02.14.
Modelo de artigo: http://www.read.ea.ufrgs.br/enviar_artigo/ArtigoCientifico.pdf
Artigo científico: http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/02n1/V2n1_ART02.pdf
Dissertação
A dissertação é um trabalho acadêmico Stricto sensu que se destina à obtenção do grau acadêmico de mestre. Os projetos de dissertação não precisam abordar temas e/ou métodos inéditos. O aluno de mestrado deve demonstrar a habilidade em realizar estudos científicos e em seguir linhas mestras na área de formação escolhida.
O QUE É UMA TESE/DISSERTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS GERAIS
“Dissertações e teses constituem o produto de pesquisas desenvolvidas em cursos de nível de pós-graduação (mestrado e doutorado). Abordam um tema único, exigindo investigações próprias à área de especialização e métodos específicos. (...) A diferença entre tese e dissertação refere-se ao grau de profundidade e originalidade exigido na tese, defendida na conclusão de curso de doutoramento”. (FRANÇA, 1996)
Grau de exigência sobre o conteúdo
Deve-se procurar garantir as diferenciações entre pessoas, áreas do conhecimento, temáticas e Instituições de Ensino Superior.
Deve ser exigência mínima a: a) exposição clara do objeto de estudos e dos objetivos; b) demonstração do domínio de técnicas de coleta e de análise da informação geológica; c) reflexão teórica mínima sobre os resultados da análise com base no confronto com a revisão bibliográfica e os objetivos apontados.
A tese/dissertação é um “exercício de autoria” para o doutorando/mestrando, que deve ser praticado com o desenvolvimento da disciplina intelectual visando a sua independência de reflexão.
É preciso delimitar a abrangência do estudo de acordo com as exigências acima colocadas, buscando demonstrar o envolvimento efetivo do orientador.
Os itens acima colocados devem ser compreendidos como princípios e não como normas “fechadas” para que se evite o excesso de regras que pode, se não se tomar cuidado, “engessar” a criatividade dos autores e orientadores. 
Sobre a forma de apresentação:
Quando o estudante apresenta a versão final de sua tese/dissertação, ele deve levar em consideração o que segue:
O trabalho deve conter, corretamente, no texto, de acordo com o estilo de exposição do autor: 
- Capa
- Folha de rosto
- Folha de aprovação
- Sumário
- Resumo
- Texto, contendo: introdução, objetivos, revisão bibliográfica, métodos de trabalho, resultados e discussões, conclusão. Ao longo do texto devem ser incluídas figuras e tabelas
- Referências bibliográficas
- Anexos ou apêndices
- Curriculum vitae em uma página
O texto deve se adequar aos padrões da ABNT e deve obedecer as normas gramaticais da língua portuguesa, não conter erros de digitação e estar formatado de modo a facilitar a sua leitura por parte da banca examinadora e dos leitores que futuramente possam se utilizar do trabalho para consulta bibliográfica.
Em função dos custos, o número de figuras coloridas deve ser utilizado com critério.
INSTRUÇÕES GERAIS PARA CONFECÇÃO DOS EXEMPLARES DA TESE DE DOUTORADO OU DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Tipo de encadernação: Brochura
Tamanho da folha: 29,7 X 21,0 cm (A4) 
Espaço útil datilografado: 16,0 X 25,0 cm
Fonte: Times New Roman 12
Espaçamento: 1 ½
Margens: 2 cm
Capa: A Secretaria de Pós-Graduação do IGC fornecerá o arquivo com o modelo de capa a ser seguido (o modelo encontra-se ao final deste documento). 
Folha de rosto: Deve conter os seguintes dadosnecessários à identificação da tese/dissertação: autor, título, nota de tese ou dissertação, área de concentração, orientador, notas tipográficas. No verso da folha de rosto deve estar a ficha catalográfica, que deverá ser confeccionada por profissional bibliotecário. 
Folha de aprovação: Deve conter data de aprovação, nome completo dos membros da Banca Examinadora e local para assinatura dos mesmos. 
Páginas preliminares: Podem ser incluídas as seguintes partes, devendo constar cada uma em página separada: dedicatória, agradecimentos, epígrafe.
Sumário: Indicação de conteúdo do documento, refletindo suas divisões e/ou seções, na mesma ordem e grafia em que aparecem no texto. 
Listas: Relação de elementos ilustrativos ou explicativos. 
Resumo e Abstract: Este texto deve conter um máximo de 200 (ou 500) palavras em um único parágrafo, sem citações bibliográficas. O texto do Abstract deve ser revisado por indivíduo com bom conhecimento da língua inglesa. 
O Resumo é uma síntese dos pontos relevantes do texto, em linguagem clara, concisa, e direta. Comece o Resumo informando ao leitor sobre o que se trata o trabalho, claramente afirmando que o mesmo versa sobre: dados ou experimentos inéditos, e/ou uma revisão em progresso, e/ou uma nova técnica, e/ou uma síntese, e/ou aquilo que melhor o define. O texto deve ser escrito em estilo quase telegráfico. Um resumo não é uma introdução ao trabalho, mas uma versão “congelada” do mesmo, que objetiva condensar e concentrar as informações e resultados essenciais do mesmo.
Palavras chave e keywords: Indicar até o máximo de 05 (cinco) palavras chave. 
Texto: A organização do texto das teses e dissertações comumente obedece a seguinte estrutura em capítulos: introdução, revisão de literatura, material e métodos, resultados, discussão dos resultados, conclusão. 
A Introdução deve descrever o problema e a área de estudo. Deve definir o problema com clareza, os objetivos do estudo e, possivelmente, dar indicação dos resultados, de forma a preparar o leitor para o que está por vir. Não deve tornar-se uma revisão muito longa de trabalhos anteriores, o que eventualmente poderia justificar um item ou capítulo a parte, embora referências a trabalhos anteriores sobre o assunto devam ser incluídas.
Referências bibliográficas: Devem ser elaboradas segundo as normas vigentes na Revista Brasileira de Geociências (a Biblioteca fornece impresso das normas). Em caso de dúvidas, consulte o professor orientador). 
Anexos ou apêndices: Documentos complementares e/ou comprobatórios do texto, com informações esclarecedoras, tabelas ou dados adicionais colocados à parte. 
Número de exemplares: Após a defesa de tese ou dissertação, de acordo com o Regulamento do Programa, o estudante deverá encaminhar, respectivamente, 09 (nove) ou 07 (sete) volumes à Secretaria do curso, confeccionados de acordo com as normas acima descritas. 
ENSAIO ACADÊMICO
Uma modalidade de texto bastante usada na academia, especialmente nas áreas de Ciências Humanas, é o ensaio que consiste na exposição das ideias e pontos de vista do autor sobre determinado tema, buscando originalidade no enfoque, sem, contudo, explorar o tema de forma exaustiva.
Ensaios podem ter preponderância de um ou mais dos propósitos abaixo:
ensaio descritivo
Apresenta, de forma expressiva, objetos, locais e eventos para que o leitor consiga vislumbrar e tenha uma sensação clara sobre aquilo que foi descrito.
ensaio explicativo
Tem por objetivo descrever um termo ou fato específico através de outros termos, fatos e metáforas.
ensaio narrativo
Descreve uma sucessão de eventos a partir de uma perspectiva subjetiva privilegiada e explicita o desenvolvimento pessoal do narrador em termos de experiências e reflexões.
ensaio comparativo
Visa demonstrar relações e diferenças mais substanciais entre dois ou mais itens analisados.
ensaio de persuasão
Pretende convencer o leitor sobre as idéias ou opiniões do autor. O autor precisa (a) demonstrar que seu ponto de vista é razoável, (b) manter a atenção do leitor ao longo do texto e (c) fornecer evidências fortes para sustentar o seu ponto de vista.
ensaio reflexivo
Inicia-se com uma proposição e um argumento, a seguir apresenta um contra-argumento e, por fim, derruba o contra-argumento com um novo argumento.
Estrutura do Ensaio  
      1. INTRODUÇÃO 
Observações: Dentro do parágrafo introdutório de um ensaio, o autor afirma a ideia central e qualquer informação prévia de que o leitor necessite saber. Geralmente, a ideia (tema) é declarada na segunda ou última sentença do parágrafo introdutório. 
Assim, lembre-se destes pontos importantes que você deve ressaltar na introdução:
Definição do tema 
Por que é que escolheu este tema 
O que é que vai argumentar 
Descrição da estrutura do ensaio 
     
 2. CORPO DO ENSAIO 
O corpo do ensaio consiste de vários parágrafos. Cada parágrafo contém os pontos principais, necessários para provar ou desenvolver a idéia central. Cada ponto principal pode servir como o tópico do parágrafo. O parágrafo principal geralmente é afirmado no que é chamado de uma sentença-tópico ou argumento. Como cada ponto principal deve ser provado para o leitor, o autor também inclui fatos, razões, exemplos, ou outros detalhes de apoio, com os quais desenvolve cada ponto principal. Resumindo: 
- Analisar e desenvolver o tema escolhido; 
- Estruturar o ensaio de forma que o leitor possa seguir a sua argumentação; 
- Dar exemplos do texto que irá estudar; 
- Mencionar a bibliografia secundária para justificar suas idéias e conclusões; 
- Dividir o ensaio em pequenos capítulos para tornar os argumentos mais compreensíveis; 
- Indicar sempre a origem das suas citações (siga as convenções definidas pela ABNT).
3. CONCLUSÃO 
A conclusão do ensaio pode ser uma sentença simples, um parágrafo ou, ainda, vários parágrafos. O parágrafo conterá declarações concluintes que reafirmem e apontem a idéia central. As sentenças concluintes podem também resumir os pontos principais do ensaio. O objetivo da sentença concluinte é fazer o fechamento do texto. Assim, as declarações não devem introduzir nenhuma idéia nova. Portanto, lembre-se: 
- Apresente os resultados da sua análise; 
- Deixe clara a conclusão do seu trabalho;
- Poderá ser introduzido um comentário pessoal ao tema;
- Poderá ser indicada outra área relacionada com o seu tema, que seria interessante estudar e pesquisar.
4. BIBLIOGRAFIA 
Indique, por ordem alfabética, os livros que usou no seu ensaio, de acordo com as normas de citação bibliográfica. Veja normas ABNT.
Um ensaio é uma composição breve, baseada em uma ideia. 
 A ideia na qual o ensaio está baseado é chamada de ideia central/controle (ou tese defendida). 
 Um ensaio é organizado em três partes ou seções, chamadas de introdução, corpo (argumentação e estratégias de convencimento) e conclusão. 
Cada parte do ensaio contém um ou mais parágrafos. 
 A ideia central geralmente é afirmada no parágrafo(s) introdutório(s). 
 A ideia central é explicada pelas idéias chamadas de pontos principais. 
Os pontos principais são explicados no corpo dos parágrafos. 
Cada corpo de parágrafo está baseado em um tópico. Em muitos casos, o tópico é um ponto principal do ensaio.
O tópico de cada corpo do parágrafo é geralmente afirmado em uma sentença-tópico.
Os pontos principais são explicados pelos detalhes de apoio. 
Os detalhes de apoio consistem de exemplos, fatos, razões, ou outras informações específicas que reafirmem o ponto principal. 
O parágrafo concluinte geralmente contém declarações que reafirmam e apontam a idéia central. As afirmações concluintes podem também resumir os pontos principais do ensaio.
EXEMPLO DE ENSAIO
Da difícil arte da conceituação (Bruno Gripp) 
Quando Platão separou as obras literárias em gêneros, diferenciou a epopéia da tragédia e expulsou ambas da República. Aristóteles, seu discípulo, distinguiu uma da outra, procurou qualificá-las, conceituá-las, tornando-se o primeiro teórico dahistória da literatura e também uma referência no estudo literário. Sua Poética tornou-se um paradigma da rotulagem literária, desde então os gêneros diferenciam-se pelo modo da imitação (mimese) e não pelo seu conteúdo ou sua origem, outros métodos de classificação possíveis. 
Com o posterior desenvolvimento da literatura, outros gêneros, além da epopéia e da tragédia, surgiram, como o romance, o conto, a lírica e o ensaio, estando estas noções tão integradas ao senso comum, a ponto de ser impossível nos dias de hoje estudar literatura sem estudar a teoria dos gêneros. Costuma-se classificar o romance como um texto em prosa de longa-duração temporal; o conto como um texto, também em prosa, de curta duração temporal; a lírica, em verso, com forte presença de um eu central, e o ensaio como um “texto, geralmente em prosa, livre, que versa sobre um determinado assunto sem esgotá-lo, reunindo pequenas dissertações menos definitivas que um tratado”, segundo Houaiss. 
Quanto ao ensaio, a definição mais usual, encontrada em dicionários e até em alguns teóricos, tende a abarcar mais do que o próprio senso comum reconhece como ensaio. Por exemplo, toda a produção epistolar de Cícero e Sêneca e até, se formos rigorosos, o poema didático De rerum natura de Lucrécio, se encaixa perfeitamente nestas definições, mas ninguém chamaria Lucrécio e Cícero de ensaístas. Onde estaria o que faz reconhecer um ensaio de um “não-ensaio?” Embora descartando de início a tautologia “ensaio é aquilo que nós chamamos de ensaio”, é importante partir do senso comum, “do que nós chamamos de ensaio”, para chegar no que o ensaio é. Procuro a descrição, pois a prescrição mostrou-se ser demasiado problemática. 
O que faz a Odisséia ou a Divina Comédia serem “não ensaios” já é esclarecido por qualquer classificação encontrada, também é explicada a razão de um conto não poder ser um ensaio – o ensaio mantém um certo caráter dissertativo – e também porque um tratado não é um ensaio – este é mais concludente. 
Resta ainda a dúvida do que faz com que as epístolas de Cícero não sejam ensaios, pois são livres dissertações curtas sobre determinado assunto, não concludentes, e até bastante individuais. A conclusão só pode ser feita ao analisar a história do ensaio. Pois continua descartada a chance de serem alguns latinos ensaístas. 
O gênero apareceu pela primeira vez com esse nome no final do século XVI, nos Essais, de Montaigne. Em 1597, antes mesmo da tradução para o inglês, já apareciam os primeiros ensaios ingleses, na pena de Francis Bacon, sem seguir fielmente o modelo do francês, e estes dois pioneiros foram seguidos por muitos outros. Corria então o Renascimento, era de grande produção intelectual, de contato entre o passado medieval e a mentalidade clássica. 
A maior diferença encontrada entre os modernos e os clássicos é, evidentemente, o tempo. E arriscaria a dizer que é justamente este fator que os diferencia. O ensaio está profundamente ligado ao mundo moderno, algo não facilmente definível e ausente das definições mais sucintas. A individualidade do ensaio é a individualidade do homem moderno. Portanto, Cícero jamais poderia sonhar em ser ensaísta, por mais individual que ele seja, pois esta individualidade é diferente da moderna, é a individualidade clássica, que desconhecia o relativismo que transborda os ensaios de um Montaigne. O ensaio é, então, um gênero literário inseparável do homem moderno. 
Esta breve investigação acerca da natureza do gênero ensaístico, do porquê de chamarmos certos textos de ensaios, mostra que a conceituação deve ser mais uma tarefa restritiva, de procurar ordenar o já existente do que uma demiurgia. Deve-se também repudiar a crença em uma verdade absoluta, uma entidade platônica, para procurar no senso comum sua própria verdade. A conceituação é, então, um mergulho no senso comum para a descoberta de seus princípios. 
Referência Bibliográfíca Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001, p. 1148. Fonte: Ensaios em arte final. FALE/UFMG. (Faculdade de Letras). Oficina de Produção de Textos em Língua Portuguesa: Ensaios. Organização de Regina Lúcia Péret Dell’Isola. 2002. 
Memorial acadêmico
O que é exatamente um memorial acadêmico? 
O formato pode variar para cada instituição, universidade ou faculdade. Mas o conceito de um memorial descritivo acadêmico é sempre o mesmo.
O objetivo desse documento é fazer um breve resumo de toda a vida acadêmico da pessoa. Existem memoriais que são limitados a apenas 5 páginas, como um currículo mais detalhado. E outros, para universidades públicas, que podem chegar a 20 páginas.
A ideia principal da elaboração de um memorial acadêmico é semelhante a de um currículo, porém com maior detalhamento da vida acadêmica, científica e até cultural.
A própria palavra memorial relativiza com memórias. Portanto, esse documento deve ser um breve resumo sobre seus feitos. É interessante realizar uma análise reflexiva geral sobre toda a sua formação, expondo os pontos fortes, comentando os pontos mais vulneráveis. Aqui, valeu uma dica: “seja sincero e verdadeiro”. 
Um modelo básico de um memorial acadêmico pode ser o seguinte: 
1. Resumo - Breve resumo do memorial apresentado. Geralmente contem cerca de 300 a 400 palavras.
2. Introdução - O principal na introdução é identificar o acadêmico. Se faz importante um breve relato das atividades realizadas, com principais datas e atividades realizadas. Cada vez mais os memoriais passam a conter fotos e imagens para ilustrar as situações.
3. Formação escolar - Formação básica do jovem. Vale relatar influências desses anos de colégio na escolha do futuro universitário.
4. Formação acadêmica
Aqui há a maior quantidade de informação. Em vários memoriais a divisão em capítulos 4.1, 4.2, etc. Um detalhamento maior é essencial para o completo entendimento do memorial descritivo. É necessário fazer uma ligação coerente entre todos os passos da carreira. Como há a ligação entre as pós-graduações, se a motivação para a defesa de uma tese de doutorado veio de um mestrado ou foi algo surgido no mercado de trabalho.
Esse detalhamento é o que irá ajudar na compreensão do memorial. Quais os resultados alcançados com as pesquisas e estudos. O que pode ser desenvolvido e quais foram as lições aprendidas?
É viável também a discussão de possíveis feitos, estudos e pesquisas que podem ser realizadas, seguindo a linha de pesquisa do acadêmico em questão.
5. Experiências profissionais - Possíveis experiências no mercado de trabalho.
6. Conclusão - Pequena conclusão da vida acadêmica e futuros trabalhos.
7. Publicações - Publicações já publicadas pelo acadêmico. A inclusão de projetos de iniciação científica, teses de mestrados, doutorado, pós-doutorado, livre docência, artigos publicados em revistas, painéis, congressos, etc.
8. Referências - Bibliografia e referências básicas para realização do presente documento.
Disponível em: < http://www.memorialdescritivo.com/memorial-academico> Acesso em: 14.02.14.
O que é uma monografia?
Os trabalhos monográficos constituem parte importante da formação dos acadêmicos, sejam eles estudantes de graduação ou de pós-graduação. Por esse motivo, necessitam de rigor metodológico e não podem ser submetidos à pura espontaneidade criativa de quem os elabora.
Assim, os aspectos metodológicos – instrumentos utilizados para dotá-los de tal modelagem – ganham progressivamente mais relevância à medida que o pesquisador vai se familiarizando com as normas e especializando-se no ato de pesquisar.
O percurso é o mesmo, diferenciando-se no propósito da investigação e no apuramento do método científico. Enquanto os cientistas trabalham para fazer avançar o conhecimento científico, os estudantes buscam aprimorar-se gradativamente nas técnicas de pesquisa, seguindo as regras da metodologia científica. Ambos trabalham de maneira científica, isto é, seguem alguns princípios científicos básicos:
- o objeto de estudo escolhido precisa ter uma definição clara, a ponto de ser reconhecidopelos outros;
- o estudo deve apresentar algo que ainda não tenha sido dito ou, então, rever o assunto de uma óptica diferente;
- deve fornecer elementos que comprovam as hipóteses apresentadas de modo a permitir que outros continuem pesquisando, para confirma-las ou contestá-las; e
- ser de utilidade aos demais.
Por essa perspectiva as monografias cumprem importante papel didático-pedagógico, pois dão ao estudante a oportunidade ímpar de descobrir a ciência e dominar, progressivamente, o método e as diferentes técnicas para desenvolvê-la.
Os trabalhos monográficos referem-se a um tipo de específico de produção científica e são caracterizados pela abordagem de um único tema. Em seu sentido entomológico, mónos, do grego, significa “um só”, e grapheim, “escrever”. Portanto, para elaborar uma monografia é necessário escolher um objeto de estudo, aprofundar-se nele com a objetividade de um pesquisador, alcançando uma profundidade de acordo com o o grau de exigência que o nível acadêmico requer.
Dessa maneira, o mesmo estilo de trabalho pode ser utilizado pelo estudante de graduação, de pós-graduação lato sensu e stricto sensu, ou mesmo por pesquisadores profissionais, sendo o diferencial a qualidade e a complexidade do trabalho produzido, uma vez que se espera maior aprofundamento e autonomia acadêmica dos mais experientes.
A ideia de monografia limita-se a um tema específico, o mais restrito possível. Um primeiro conselho é evitar abordar muitos assuntos. Depois de escolher uma área ou tema, busque a localização de um ponto a ser explorado. Procure definir circunstância, tempo, espaço e área.
Um trabalho científico precisa ser substanciado, defendido, argumentado. Fica difícil fazê-lo em termos genéricos. Quanto mais se limita o tema/assunto, mais segurança o autor transparecerá.
Em uma sociedade cada vez mais exigente e dependente de conhecimento científico e tecnologia, a atividade de pesquisa adquire fundamental importância, pois é por meio dela que o estudante inicia sua caminhada em direção à autonomia acadêmica – recurso imprescindível ao pesquisador.
No mercado de trabalho, as técnicas de pesquisa podem ser um diferencial do profissional no momento de apresentar uma proposta, de elaborar projetos e relatórios. O método científico é um roteiro seguro para pensar sobre todos os assuntos e não apenas para fazer pesquisa. Quem aprender a pensar como cientista e a usar o método científico possui raciocínio mais objetivo e rigoroso.
O que é TCC?
TCC é a sigla para Trabalho de Conclusão de Curso, um trabalho acadêmico de caráter obrigatório e instrumento de avaliação final de um curso superior. É elaborado em forma de dissertação, visando a iniciação e envolvimento do aluno de graduação no campo da pesquisa científica.
Em geral, a aprovação do TCC é um critério para o aluno obter o diploma do curso de graduação. O "Trabalho de Conclusão de Curso" também é requisito obrigatório para outros cursos que não sejam de graduação, como, por exemplo, cursos de pós-graduação, MBA, cursos técnicos, entre outros.
A elaboração do TCC varia de acordo com a instituição e com o curso. Em geral, é um trabalho individualmente e no último ano do curso. Também pode ser feito em dupla ou em grupo. Em qualquer um dos casos, sempre deverão ser seguidas as orientações de um professor responsável.
Para iniciar o TCC o aluno deve ter um tema para o trabalho, que deverá ser escolhido com base em determinados critérios que incluem: afinidade com o tema; relevância para a comunidade científica e para a sociedade; existência de bibliografia suficiente; inovação, resposta a uma questão/dúvida que ainda persiste.
A estrutura do TCC deve apresentar detalhes específicos para introdução, desenvolvimento, metodologia e conclusão. Segue ainda rigorosas normas para a citação das fontes bibliográficas que foram consultadas para a fundamentação teórica do texto. No Brasil, o estudante deve seguir as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
O trabalho escrito deve ser entregue pelo aluno em tempo hábil, sob pena de ser reprovado. A avaliação do TCC escrito é feita por uma Banca Examinadora, composta por professores que assistem e avaliam também a apresentação oral e os argumentos usados pelo aluno às questões colocadas. A comprovação de plágio (cópia) é considerada fraude.
Disponível em: < http://www.significados.com.br/tcc/> Acesso: 14.02.14
Há diferença entre TCC e Monografia?
Os termos TCC e monografia muitas vezes são usados como sinônimos, mas não são. Monografia é um TCC, mas um TCC não é necessariamente uma monografia. Confuso né? Mas não se preocupe. Neste artigo esclarecerei algumas dúvidas e você aprenderá a sutil diferença entre esses termos.
O TCC como já vimos anteriormente é o Trabalho de Conclusão de Curso. E todo aluno universitário, deve desenvolver para demonstrar o conhecimento cientifico adquirido ao longo de sua graduação ou pós-graduação. Entretanto, o TCC pode ser apresentado de várias formas. As principais são: monografia, artigo cientifico, relatório de estágio, tese para doutorado e dissertação para mestrado. Enfim, exitem esses e vários outros tipos de trabalhos que são aceitos como TCC, a decisão de qual tipo deve ser feito depende do curso e da instituição de ensino.
Em muitas faculdades, o TCC é o critério final de avaliação do aluno e em caso de reprova nessa "disciplina", o aluno fica impedido de colar grau e receber o diploma. Consequentemente, não poderá exercer sua profissão até que seja aprovado.
Monografia segundo o dicionário Aurélio é “...um estudo minucioso a fim de esgotar determinado tema relativamente restrito", ou seja, monografia é um trabalho cientifico que se caracteriza pela especificação do assunto/problema. E dessa forma, objetiva-se com a pesquisa apresentar uma contribuição relevante ou original à ciência.
Uma monografia, na maioria da vezes, é feita por apenas uma pessoa e deve ser escrita em uma linguagem clara e objetiva, além de ter uma sequência lógica das ideias sobre as pesquisas e os resultados obtidos.
Disponível em: <http://www.neuronio20.com/2009/06/monografia-diferenca-entre-tcc-e.html> Acesso: 14.02.14.
O que é Tese?
Tese é um termo com o origem no grego "thesis" que significa "proposição". Consiste em uma asserção discutida e defendida por alguém, com base em determinadas hipóteses ou pressupostos.
Num sentido mais lato, uma tese é um trabalho acadêmico onde o autor defende uma ideia e sustenta sua argumentação através dos resultados de uma profunda investigação sobre o tema. A tese acadêmica é um documento fundamental para a obtenção do grau de doutor.
Para elaboração da tese de doutorado, o estudante conta com o apoio de um orientador que coordena o trabalho de pesquisa. A tese é defendida em público perante um grupo de doutores que constituem o júri de avaliação do trabalho (também denominado por banca).
É comum empregar a locução adverbial "em tese" quando se pretende fazer referência a uma afirmação hipotética, ou seja, que não se tem comprovação prática, apenas em teoria.
Disponível em http://www.significados.com.br/tese/ Acesso em: 14.02.14.
Consultar “Estratégia para a elaboração de uma tese”: http://eden.dei.uc.pt/~ctp/teses.htm
ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO/TESE
 
Pré-textual 
Capa 
Página de rosto 
Ficha Catalográfica (no verso da página de rosto) 
Composição da banca examinadora 
Dedicatória 
Agradecimentos 
Lista de quadros, tabelas, figuras e abreviações 
Sumário 
Resumo e Abstract 
 
Parte textual 
1. Modo formal 
Introdução 
Revisão de literatura 
Objetivos 
Material e Métodos 
Resultados 
Discussão 
Conclusões 
Bibliografia 
Trabalho(s) científico(s) 
 
2. Formato de publicação 
Introdução 
Revisão de Literatura 
Trabalho(s) Científico(s) (no mínimo um para Dissertação e dois para Tese) 
Discussão Geral 
Conclusões Gerais 
Bibliografia 
 
Elementos pós-textuais 
Apêndices e anexos

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