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Artigo - Metodologia de Pesquisa - Predson e Sinara

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RESÍDUO DE AGROTÓXICOS NOS ALIMENTOS 
DA REGIÃO DO SUBMÉDIO DO VALE DO SÃO FRANCISCO
PREDSON MARCELO
SINARA ANNY
PETROLINA-PE
FEVEREIRO /2019
 SUMÁRIO 
1- INTRODUÇÃO.........................................................................03
2- OBJETIVOS.............................................................................08
3- JUSTIFICATIVA.......................................................................09
4- METODOLOGIA.......................................................................10
5- REVISÃO TEÓRICA................................................................11
6- REFERÊNCIAS........................................................................12
1-INTRODUÇÃO 
A fruticultura no polo agrícola Petrolina-PE/Juazeiro-BA, situado na região do Submédio do Vale do São Francisco, tem se caracterizado por apresentar uma rápida expansão da área cultivada, um elevado crescimento da produção e um significativo desenvolvimento do setor exportador de frutas, condicionando a região a vislumbrar uma perspectiva concreta de promover uma grande melhoria socioeconômica. 
Entre as fruteiras cultivadas neste importante pólo de irrigação, com potencial para inserção no mercado externo, destaca-se a uva de mesa, responsável por 95% das exportações brasileiras de uvas finas de mesa, cuja área plantada é de aproximadamente, 9.621 ha e produção de 245.500 toneladas (Anuário Brasileiro da Uva e do Vinho, 2007).
A região submédia do Vale do São Francisco é uma das principais áreas de exploração da hortifruticultura irrigada do Brasil, possuindo mais da metade de sua população economicamente ativa empregada na agricultura. 
Como em lugares irrigados há um aumento na quantidade de agrotóxicos empregados na plantação, a utilização sem adequado controle oferece real situação de contaminação ambiental e de exposição humana a essas substâncias. Dentre as inúmeras vantagens advindas da adoção deste sistema, como a viabilidade e sustentabilidade, vale salientar a racionalização do uso de agrotóxicos e de outros insumos agrícolas.
A utilização de agrotóxicos em alta quantidade e variedade contribui para a ocorrência de danos à saúde humana e ambiental.
Dentre os agrotóxicos, 56% são da classe inseticida, 44% são classificados como muito perigosos para o ambiente e 18% como extremamente tóxicos para a população. Esta situação exige maior fiscalização na utilização desses insumos químicos, para proteção da população local e do meio ambiente, além de reflexões para a organização de serviços locais integrados de saúde do trabalhador para a vigilância e assistência sanitária.
Os agrotóxicos são produtos químicos ou biológicos utilizados, entre outras finalidades, para exterminar pragas ou patógenos que ataquem as culturas agrícolas. Estima-se que na atualidade cerca de 2,5 a 3 milhões de toneladas de agrotóxicos sejam utilizados anualmente na agricultura em todo o mundo, envolvendo cerca de 600 princípios ativos e 50 mil formulações comerciais. 
No Brasil, esses insumos químicos foram utilizados mais intensivamente na agricultura a partir de 1960. 
O país abriu as portas para o mercado de agrotóxicos na década de 1970, com base em um discurso desenvolvimentista na época do governo militar. Hoje, o Brasil é o quarto país que mais utiliza pesticidas no mundo. Não obstante a lei brasileira de agrotóxicos (Lei Federal nº 7.802 de 11/07/1989) ser relativamente adequada, quando comparada às leis de países industrializados, observam-se alguns aspectos que tornam possível que pesticidas proibidos em diversos países – ou submetidos a severas restrições –, sejam livremente utilizados em território nacional. 
Há um descontrole sanitário no uso de agrotóxicos no país, que ocorre principalmente pela ausência de um efetivo sistema de vigilância, agravado pela política de financiamento rural e as permissíveis campanhas publicitárias das indústrias químicas. 
O Brasil é classificado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) como um dos países que mais aplica agrotóxicos de forma excessiva. Hoje, já são comercializados mais de 2.000 tipos de agrotóxicos que apresentam cerca de 300 princípios ativos classificados em dois principais grupos: os organofosforados e os organoclorados. A agricultura irrigada obriga o uso de uma série de práticas agronômicas vitais para o aumento e a manutenção da produção, como a adubação orgânica e química e o combate a pragas e doenças. Esta técnica, quando realizada em contexto do semiárido, é ainda mais insustentável devido à deterioração do solo e à dificuldade de recuperação. O Vale do São Francisco possui uma área com potencial irrigado, estimada em um milhão de hectares. O Vale divide-se em quatro regiões fisiográficas: Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco. A região do submédio possui cerca de 120 mil hectares irrigados e é uma das principais áreas de exploração da hortifruticultura irrigada do país, tendo mais de 51% da sua população economicamente ativa empregada na agricultura. Levando em conta as empresas de produção local e principalmente as de exportação, o uso de agrotóxicos é tido como essencial para um prolongamento no ciclo de vida de seus produtos. A agroindústria, em razão do uso abusivo e desordenado de pesticidas, é considerada como o segundo maior poluidor dos recursos hídricos. 
Para a região do submédio do São Francisco existem poucos registros oficiais quanto à quantidade e variedade dos agrotóxicos utilizados na agricultura. Observa-se, porém, sua cotidiana aplicação em grandes quantidades, principalmente nas áreas irrigadas, especialmente dedicadas à produção de hortifruticultura para exportação. 
A preocupação com a presença de agrotóxicos nos alimentos é tão antiga quanto a introdução destes produtos químicos no controle de pragas e doenças que afetam a produção agrícola. Apesar disso, somente em anos mais recentes, o avanço do conhecimento científico e as novas tecnologias da área laboratorial, vêm permitindo a avaliação da qualidade dos alimentos que chegam à mesa da população. Para o consumidor a notícia traz um alívio, afinal distinguir o alimento com nível de agrotóxicos irregular na prateleira do supermercado é praticamente impossível.
Ao longo das duas últimas décadas o monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos no Brasil foi marcado por uma série de esforços isolados de órgãos estaduais de saúde, agricultura e instituições de pesquisas. Esse fato sempre impediu que o País tivesse uma noção clara dos níveis de agrotóxicos encontrados em seus produtos agrícolas.
O passo mais significativo para resolver esse problema foi a criação do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA). Nos últimos quatro anos a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem monitorando, por meio do programa, nove culturas presentes na mesa dos brasileiros. 
Os resultados do PARA trazem boas e más notícias. O lado positivo é que o diagnóstico sobre os níveis de agrotóxicos presentes em alimentos está chamando a atenção dos produtores e autoridades da área agrícola em relação à aplicação desses produtos. Mesmo assim, ainda é grande a quantidade de irregularidades encontradas no uso de agrotóxicos. 
A crescente valorização da saúde do ser homem, baseada em uma alimentação rica em vitaminas encontradas em fontes naturais, elevou a demanda do consumo de frutas in natura e aumentou a conscientização, sobre a importância da ingestão de frutas e de seus derivados, isentos de resíduos de agrotóxicos.
A questão dos agrotóxicos é certamente uma discussão que desperta paixões. Quase todo o setor produtivo considera imprescindível a utilização dos agrotóxicos para garantir o rendimento de suas lavouras. Por outro lado os consumidores cobram cada vez mais a responsabilidade do governo na monitoração dos níveis de segurança desses produtos em alimentos. Para odiretor da Anvisa Cláudio Maierovitch é preciso estar sempre voltado para o objetivo final do trabalho da vigilância, que é a saúde da população. “Eventualmente impomos regras que geram reclamações por parte do setor produtivo, mas o trabalho de regulação torna isso necessário. O interesse coletivo maior é a segurança desses produtos”.
2- OBJETIVO: 
O objetivo do presente trabalho é investigar os resíduos de agrotóxicos em alimentos comercializados no submédio do vale do são Francisco e seus impactos negativos a saúde humana.
2.1- OBJETIVO ESPECÍFICO: 
Divulgar resultados sobre a presença de agrotóxicos nos alimentos que são consumidos, e sobre os perigos a eles associados, cumprindo um importante papel de incentivar e estimular um conjunto de ações com parcerias, com objetivo principal de melhorar a qualidade e a segurança dos alimentos.
3- JUSTIFICATIVA 
Para avaliar a qualidade dos alimentos, com ênfase nas análises de resíduos de agrotóxicos nos alimentos agrícolas do baixo médio do São Francisco, para tentar reduzir os impactos do uso de agrotóxicos na saúde da população São Franciscana, programar ações e estratégias para incentivar os sistemas orgânicos, no intuito de minimizar os efeitos dos agrotóxicos na saúde ambiental e na saúde humana.
Tentando elaborar propostas e ações educativas para reduzir os impactos do uso desses agrotóxicos na saúde da população, implementando ações e estratégias para incentivar os sistemas orgânicos.
4- METODOLOGIA
Primeiramente levantar junto às Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL) de Petrolina, Estado de Pernambuco, e Juazeiro, Estado da Bahia, e à Lista telefônica (LISTEL), as lojas de agrotóxicos em atividade nessas cidades. 
Em cada estabelecimento visitar e realizar entrevista para o levantamento dos agrotóxicos mais comercializados, os mais vendidos por cultura indicada pelos vendedores e a utilização de receituário agronômico. 
Quais são os agrotóxicos são classificados, segundo classe, ingrediente ativo, grupo químico, classificação toxicológica, classificação ambiental e cultura indicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Essas informações devem ser obtidas mediante consulta ao Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários (AGROFIT) do Ministério da Agricultura e o Sistema de Informação sobre Agrotóxicos (SIA) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 
Verificar qual desses agrotóxicos são mais utilizados pelos principais agricultores do baixo médio do Vale do São Francisco, coletar dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), para avaliar continuamente, os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos que chegam à mesa do consumidor.
 
5- REVISÃO TEÓRICA 
Ainda não é possível fazer um diagnóstico geral sobre a presença de agrotóxicos em alimentos em todo o País, pois alguns estados ainda não fazem a coleta de alimentos para testes. Atualmente 16 Estados mais o Município de São Paulo participam do PARA. Mesmo assim, o programa já mostra resultados positivos, principalmente nos locais onde ele existe há mais tempo. Um exemplo é o estado de Pernambuco, nesse estado a vigilância sanitária fez uma parceria com o Ministério Público estadual e as principais redes de supermercados da região. No programa, denominado de “Parinha”, os fornecedores de produtos com problemas são impedidos de vender até que o desvio seja corrigido. Segundo o diretor da vigilância sanitária de Pernambuco, Jaime Brito, é preciso evitar que as irregularidades se repitam. “Todo esse trabalho está tendo uma repercussão muito boa, pois cada desvio que encontramos tem uma reação imediata”, justifica.
Segundo estudo realizado pelos alunos do curso de enfermagem da Universidade do Vale do São Francisco, diz que, a região do submédio do São Francisco existem poucos registros oficiais quanto à quantidade e variedade dos agrotóxicos utilizados na agricultura. Observa-se, porém, sua cotidiana aplicação em grandes quantidades, principalmente nas áreas irrigadas, especialmente dedicadas à produção de hortifruticultura para exportação. Nessa perspectiva, o artigo então trás informações dos principais agrotóxicos comercializados no submédio do Vale do São Francisco e uma primeira aproximação da avaliação de risco na região e nos alimentos utilizados pela população dessa região.
6- REFERÊNCIAS
Moreira JC, Jacob SC, Peres F, Jaime SL, Meyer A, Oliveira-Silva JJ, et al. Avaliação integrada do impacto do uso de agrotóxicos sobre a saúde humana em uma comunidade agrícola de Nova Friburgo, RJ. Ciênc. Saúde Coletiva 2002; 7(2):299-311.
CODEVASF - Companhia de desenvolvimento do Vales do São Francisco e Parnaíba. Os Vales: Vale do São Francisco, Impactos ambientais. Extraído de [http://www.codevasf.gov.br/menu/os_vales/estados], acesso em [15 de agosto de 2006].
Material da Internet:
https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/161289/1/OPB1975.pdf
file:///C:/Users/darlisson.borges/Downloads/1392-1-5493-1-10-20140819.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v40n2/28547.pdf

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