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Ingrid Silva – MAT I – 2019.1 Página 1 de 10 Materiais cerâmicos As cerâmicas nada mais são do que massas de argilas submetidas a processos de secagem lenta, após a retirada de boa parte da água elas são sintetizadas em alta temperatura. Esses materiais podem ser definidos como materiais formados por elementos metálicos (como por exemplo: Al ; Na ; K ; Mg ; Ca ; Si e etc) e algum dos cinco não metais (O ; S ; N ; C ou P). Vale lembrar que esses elementos são unidos por ligações iônicas (atração eletrostática entre dois ions carregados com cargas opostas) ou covalentes (Átomos que se ligam por compartilhamento de elétrons). São divididos em: vidros, abrasivos, produtos argilosos, cimento, refratários, cerâmica avançada. Os materiais cerâmicos podem ser divididos em 2 tipos: • Naturais 1. Argila (silicatos e alumina hidratados) A plasticidade é uma característica que certos materiais apresentam no estado pastoso de se deixar moldar facilmente sem se romper ou segregar. A argila quando misturada com água apresenta essa característica. A quantidade de água, entretanto precisa ser controlada uma vez que o excesso irá provocar a interrupção das forças de atração que as partículas da argila exercem entre si e a argila perderá a liga. Ex: argilas amarelas ou vermelhas (rica em ferro), brancas (pobre em ferro) e refratárias (pobre em ferro e cálcio). 2. Rochas • Industrializados 1. Tijolos 2. Blocos e Telhas 3. Aglomerantes Minerais 4. Cerâmicas de Revestimento 5. Louças Sanitárias Características dos materiais cerâmicos Dentre as principais características dos materiais cerâmicos podemos citar: • Alta estabilidade Térmica • Boa Resistência a Compressão e Cisalhamento • Boa dureza (propr. dos materiais resistirem a penetração (riscos)). • Baixa resistência a Tração • Fratura Frágil a temperatura ambiente, mas não necessariamente a altas temperaturas (prop. dos materiais de se romperem após sofrerem pequenas deformações) • Baixa condutividade térmica (exceto pelo diamante, que é um material cerâmico com a maior condutividade, supercondutores de alta temperatura) Embora possuam boa resistência a compressão e cisalhamento, os materiais cerâmicos são considerados frágeis por possuírem uma ausência de escorregamento. Vale lembrar que a cerâmica pode ser usada em uma obra tanto para estrutura como para revestimento. Fabricação 1. Preparação da massa 1. Maceração (desintegra as argilas afim de gerar grãos finos para melhorar sua plasticidade) 2. Correção (dotar a massa de características necessárias para a moldagem) 3. Amassamento (mistura da argila com água e aditivos para que fique preparada pra moldagem) 2. Moldagem (conformação da peça a ser produzida) 1. Prensagem (se dá com massa seca ou semi-seca). Ex: telhas, azulejos. 2. Barbotina (se dá com massa fluída) ex: louças sanitárias. 3. Extrusão (se dá com a massa plástica consistente. Ex: manilhas, tijolos vazados). 3. Secagem Ingrid Silva – MAT I – 2019.1 Página 2 de 10 1. Natural 2. Em túnel 3. Ar quente 4. Cozimento/Queima 1. Desidratação (separação das águas localizadas nos poros e queima da matéria orgânica) 2. Oxidação (oxidação do óxido ferroso. Toda matéria combustível é consumida, e carvão e enxofre eliminados). 3. Vitrificação (contratação e fechamento dos poros pela queima). Utiliza-se fornos intermitentes ou contínuos. 5. Acabamentos/Esmaltação/Decoração (polimento, corte, esmaltação, etc) Propriedades Resistência a Compressão: Como forma de verificar a resistência dos blocos cerâmicos, utiliza-se a seguinte equação: Fb = F/Ab Onde: Fb = Resistência a Compressão; F = Força aplicada; Ab = Área bruta; A resistência a compressão deve ser maior que 1,5 MPa para blocos de vedação e maior que 3 MPa para blocos estruturais, caso isso não ocorra o bloco não deve ser utilizado, pois estará comprometendo a estrutura. Absorção de Água: Outro ponto a ser levado em consideração em materiais cerâmicos é a sua absorção a água. para isso utiliza-se a equação: A(%) = (Msat – Mseco)/(Mseco) x 100 Msat = Massa saturada; Mseco = Massa seca Essa relação deve estar por volta de 8% a 22%, não ultrapassando e nem sendo menor que esses valores. Aplicações • Vidros (Materiais Amorfos) É uma substância sólida, amorfa, transparente ou translucida, dura e frágil, que se obtém pela fusão a alta temperatura de uma mistura de areia com grande proporção óxido de silício (SiO2), soda (Na2CO3 – carbonato de cálcio) e a cal (CaO). Constituição dos vidros a. vitrificante SiO2 (sílica) aplicada na composição pela areia (quartizito), beneficiada antes da aplicação. Tem função fundamental no vidro, pois é a matéria vitificante. b. Fundentes Sódio, carbonato e sulfato de sódio. A soda (carbonato de sódio) é o elemento que inicia a fusão da massa, sua finalidade é baixar o ponto de fusão da sílica. c. estabilizantes (Cálcio, dolomita e feldspato) O cálcio é introduzido através do calcário; tem por finalidade dar estabilidade ao vidro contra ação dos agentes atmosféricos. A dolomita e o calcário fornecem o magnésio, que dá ao vidro maior resistência mecânica. O feldspato fornece a alumina que determina ainda mais a resistência mecânica, a resistência química e trabalhabilidade do vidro. d. elementos corretivos (colorantes) Transmitem a coloração desejada, por exemplo: óxido cobalto = azul óxido ferro = verde óxido celênico = rosa óxido cobre = cinza e. elemento corretivos (afinantes) Cloreto de sódio, nitrato de sódio, óxido arsênico. Servem para eliminar bolhas na massa. f. chumbo Dá maior brilho ao vidro e aumenta o índice de refração. Ingrid Silva – MAT I – 2019.1 Página 3 de 10 g. sucata de vidro São pedaços de vidro provenientes de objetos imperfeitos, de recortes e de outros refugos de vidro. Auxilia na fusão, usada na proporção ideal de 25 %. Fabricação do Vidro 1. Soflagem Pode ser obtida pelo sopro do operário ou mecanicamente por meio de compressores. 2. Prensagem É feita com auxílio de moldes de ferro adaptados a prensas especiais. 3. Laminagem Consiste em fazer passar o vidro em estado pastoso entre dois cilindros metálicos, que podem ser lisos e polidos, dando lugar aos vidros polidos, ou terem desenhos, formando os vidros de fantasia. Esses processos de manipulação baseiam- se na propriedade que tem os vidros de serem plásticos e maleáveis a determinada temperatura. Os componentes são fundidos sem grandes formas até se transformarem numa massa líquida e límpida. Baixando-se depois a temperatura o vidro adquire consistência gelatinosa e torna-se apto para ser trabalhado. Depois de executado, o objeto e levado aos fornos de recozer e em seguida submetido às operações de acabamento. Procedimentos ▪ Fusão – são utilizados os seguintes tipos de fornos: A – Fornos contínuos: mantém permanentemente um volume de vidro fundido. As matérias-primas são carregadas por uma extremidade e extraída por outras. Podem ser dos tipos: - Regenerativos - Recuperativos - Elétricos B – Fornos descontínuos: matérias-primas depositadas no interior do forno de uma só vez, por batelada. Posteriormente, o forno éaquecido até fundir completamente e atingir as propriedades desejadas. São dos tipos: - Forno tanque - Forno de cadinho ▪ Conformação (moldagem) Pode ser modelada à mão ou conformado à máquina. - Tipos mais comuns de conformação: 1. Chapa de vidro - Bondin - Fourcalt 2. Vidro por flutuação 3. Vidro soprado 4. Tijolos e telha de vidro 5. Vidro fantasia 6. Vidro aramado 7. Vidro de segurança laminado 8. Vidro temperado 9. Vidro blindado ▪ Recozimento: para reduzir as tensões ▪ Acabamento: limpeza, lapidação, esmagamento, etc. Propriedades dos vidros recozidos e temperados ▪ Transparentes ▪ não sofrer qualquer alteração com o tempo e ao contato com ácidos e bases. ▪ Impermeáveis aos gases e aos líquidos. ▪ Relativamente permeáveis às radiações do espectro solar (ultravioleta e infravermelho). ▪ Baixa condutibilidade térmica e elétrica. Ingrid Silva – MAT I – 2019.1 Página 4 de 10 ▪ Densidades muito variáveis em função do tipo de vidro. ▪ Coeficiente de dilatação inferior ao concreto e aço. 6.2 – Propriedades mecânicas ▪ dureza = entre 6 e 7 da escala de mohs. ▪ não resiste aos reforços dinâmicos de choque e fadiga por sua dureza. 6.3 - Propriedades térmicas ▪ É frágil ao choque térmico. Tipos de Vidros De acordo com a NBR 7199 – “Projeto execução de envidraçamento na construção civil” temos as seguintes classificações: a) Quanto ao tipo: 1. vidro recozido (após sua saída do forno é resfriado gradualmente não recebe qualquer tratamento) 2. vidro segurança temperado (submetido ao tratamento térmico, através dos quais foram introduzidas tensões adequadas e que ao partir desintegra-se pequenos pedaços). 3. vidro de segurança laminado (composto de várias chapas de vidro unidas por películas aderentes) 4. vidro de segurança armado (formado por única chapa de vidro com fios metálicos em seu interior ao quebrar os fios mantém os estilhaços presos). 5. vidro térmico absorvente (absorve 20% dos raios infravermelhos, reduzindo o calor transmitido através dele). 6. vidro composto (formado por duas ou mais chapas de vidro selada na periferia formando vazios entre chapas contendo no seu interior gás desidratado, com a finalidade de isolamento térmico e acústico). b) Quanto à forma ▪ Chapa plana ▪ Chapa curva ▪ Perfilada ▪ Ondulada c) Quanto à transparência ▪ Transparente (transmite a luz e permite visão nítida através dele). ▪ Translúcido (transmite a luz em vários graus de difusão, não permite visão nítida). ▪ Opaco (impede a passagem da luz). d) Quanto ao acabamento ▪ Liso (transparente, apresentando leve distorção das imagens refratadas, em virtude das características da superfície ocasionadas pelo processo da fabricação). ▪ Polido (não apresenta distorções de imagens). ▪ Impresso / fantasia (desenho impresso durante fabrica). ▪ Fosco (translúcido, pelo tratamento mecânico ou químico em uma ou nas 2 superfícies). ▪ Espelhado (reflete totalmente os raios luminosos). ▪ Gravado (por meio de tratamentos químicos ou mecânicos apresenta ornamentos em uma ou nas duas superfícies). ▪ Esmaltados (ornamentado através da aplicação de esmalte vitrificável em 1 ou 2 faces). ▪ Termorefletor (colorido e refletor pelo tratamento químico em uma das faces, feito a alta temperatura). e) Quanto à coloração ▪ Incolor. ▪ Colorido. Cerâmica a base de argila 1. Tijolos maciços ▪ Alvenaria de vedação. ▪ Extrusão ou prensagem de argila. 2. Tijolos vazados ▪ Extrusão. ▪ Vantagens sobre os maciços o Maior uniformidade. o Maior densidade. o Dificultam propagação de umidade. Ingrid Silva – MAT I – 2019.1 Página 5 de 10 o Melhores isolantes acústicos e térmicos. ▪ Vedação 3. Telhas ▪ Cobertura de edificações. ▪ Cozimento uniforme. ▪ Impermeabilidade. ▪ Peso reduzido. ▪ Mesmo saturado, é resistente à flexão. 4. Azulejo (revestimento) 5. Louças ▪ Lisa. ▪ Impermeável. ▪ Corpo cerâmico + esmalte. ▪ Barbotina. Refratários ▪ Resistem a altas temperaturas. ▪ Comportamento homogêneo com variação de temperatura. ▪ Ponto de fusão elevado. ▪ Estabilidade de volume. ▪ Resistencia à oxidação. ▪ Alta resistência à compressão, mesmo aquecido. ▪ Estabilidade química, mesmo aquecido. ▪ Prensagem. Madeira Micro e Macroestrutura - Microestrutura: Fibras longitudinais. A madeira é formada de paredes e cavidades celulares. - Composta por: 1. Raiz - ancora a árvore ao solo e dele retira a água contendo sais minerais dissolvidos 2. Caule (tronco) - sustenta a copa com sua galharia e conduz por capilaridade a seiva bruta, desde a raiz até as folhas da copa 3. Copa - desdobra-se em ramos, folhas, flores e frutos. - Composição do Tronco: a. Casca – pouca importância para a construção. É utilizado para a produção de cortiça (exemplo: sobral, angico rajado e a corticeira). Na construção é utilizada como isolantes termoacústicos na forma de revestimento de paredes e forros, recheios de entrepisos. b. Câmbio – se seccionado, o vegetal morre. c. Alburno – não é recomendado seu aproveitamento de forma permanente na construção. d. Cerne – Sustenta o tronco. O cerne tem mais densidade, resistência mecânica, compacidade e principalmente maior durabilidade, pois sendo tecido morto não é atrativo aos insetos e outros agentes de deterioração. e. Raios Medulares - Sua principal função é o transporte e armazenamento de nutrientes. Sua presença quando em abundância, é benéfica na medida em que realiza uma amarração transversal das fibras impedindo que trabalhem exageradamente frente às variações do teor de umidade. f. Medula - Tecido frouxo, mole e esponjoso, não tem resistência mecânica e nem durabilidade. A medula desaparece com o aumento da idade das árvores. Propriedades de engenharia - Anisotropia Benefícios - Homogeneidade e isotropia - Facilidade de secagem e preservação Ingrid Silva – MAT I – 2019.1 Página 6 de 10 - Melhoria das características físicas e mecânicas - Vantagem econômica Vantagens ▪ Grande disponibilidade ▪ Simples extração e preparo ▪ Baixo custo de produção ▪ Renovável ▪ Peso próprio reduzido ▪ Grande resistência tanto à tração quanto à compressão ▪ Resiste bem a choques e esforços dinâmicos ▪ Quando seca, é um bom dielétrico ▪ Variedade de padrões estéticos Desvantagens ▪ A umidade reduz suas propriedades mecânicas ▪ Vulnerabilidade aos agentes externos ▪ Quando desprotegidas, sua durabilidade se torna limitada ▪ Heterogeneidade e anisotropia ▪ Combustível Propriedades da Madeira ▪ Físicas 𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (%) = (𝑀𝑖 − 𝑀𝑠) 𝑀𝑠 𝑥 100 - Madeira verde ou recém-cortada = U > 30% - Madeira Meio Seca = ± 30% - Madeira Seca ao Ar = ± 10% - 20% ▪ Fatores naturais a) Espécie botânica b) Em função do local da extração da amostra na tora, haverá grande variação nos resultados dos ensaios. c) Massa especifica Todas as propriedades da madeira estão correlacionadas com sua massa especifica aparente, ou, seja variam conforme a maior distribuição ou concentração de material no tecido lenhoso. d) Teor de umidade e) Defeitos Os defeitos em função da sua quantidade, localizaçãoe dimensões na peça, provocam grandes alterações nas propriedades físico- mecânicas da madeira. ▪ Fatores tecnológicos São alterações introduzidas nos resultados dos ensaios, provenientes da própria metodologia utilizada - Tipos de madeira Laminados Consiste na colagem entre si de tábuas sobrepostas para a execução de estruturas de madeira. As peças de madeira laminada podem ser retas ou curvas Compensados É o conjunto de três ou mais lâminas ou folhas, delgadas de 1 a 5 mm, de madeira coladas alternando-se a direção das fibras com o ângulo reto. O nome compensado vem da compensação de esforços (distribuição) que ocorre, face as diferenças de contrações e de resistência mecânica que a madeira apresenta quando perde umidade. Isso se obtém, graças à alternação da direção das fibras nas diversas lâminas e a utilização de colas capazes de suportar o movimento e a contração das lâminas. ▪ Principais vantagens da madeira compensada - Resistência uniforme ao longo da peça; - Eliminação da contração (evitando fendas e empenamentos); - Obtenção de chapas com tamanho até 2,20 x 1,20 m, impossível de se obter em madeira maciça; - Melhor aproveitamento da madeira. ▪ Utilização - Compensados de 3 folhas = para marcenaria e revestimentos (são heterogêneos e não indicados para trabalho mecânico); - Compensados de 5 folhas = já podem ser considerados homogêneos (indicados para trabalhos mecânicos). - Compensados de 7 folhas = São homogêneos, apresentam cerca de 50 % de Ingrid Silva – MAT I – 2019.1 Página 7 de 10 resistência e módulo de elasticidade da madeira empregada em sua fabricação. Aglomerados São as chapas obtidas por aglomeração de pequenos fragmentos de madeira. ▪ Fabricação a. Obtenção dos fragmentos (as toras são descascadas e lavadas, daí elas vão pra máquina picadora (chipper) b. Seleção dos fragmentos (não é qlq um, bb. Passe-os na peneira e repica mais as opções) c. Armazenamento dos fragmentos em silos d. Desfibramento e preparo da polpa e. Laminação da polpa para a formação da chapa f. Secagem das chapas (no caso de isolantes) g. Prensagem (chapas tipo prensados) h. Secagem e climatização (resfriamento) i. Corte e acabamento Materiais metálicos Basicamente, o aço é uma liga de ferro e carbono. Na indústria da construção o aço é aplicado principalmente: ▪ Como material estrutural: Vigas, pilares, lajes, estacas, etc. ▪ Em esquadrias, trilhos, coberturas, fechamentos laterais, painéis, grades, silos, armazéns, etc. ▪ Concreto armado. OBS: Fios e barras de aço – destinadas normalmente ao concreto armado Há grande aderência mecânica entre o concreto e as barras e fios de aço. O aço é protegido pelo concreto contra a corrosão. Classificação ▪ Quanto a Categoria: são classificados em categorias, conforme o valor característico da resistência de escoamento (fyk) em kgf/mm². CA 25 – no mínimo, 25 Kgf/mm2 (250 Mpa). CA 50 – no mínimo, 50 Kgf/mm2 (500 Mpa). CA 60 - no mínimo, 60 Kgf/mm2 (600 Mpa). ▪ Quanto ao processo de fabricação: Tipo A – fabricados pelo processo de laminação a quente sem posterior deformação a frio. Apresentam um patamar de escoamento em seu gráfico de tensão x deformação. Os aços do tipo A são fornecidos em barras redondas com a superfície nervurada (CA 50) ou superfície lisa (CA 25). Tipo B - Fabricados pelo processo de laminação a quente com posterior deformação a frio (trefilação, estiramento ou processo equivalente). Não apresenta em seu gráfico tensão x deformação um patamar de escoamento. Os aços do tipo B são fornecidos em barras redondas com a superfície entalhada (mossas). ▪ Quanto a bitola: Barras – bitolas 6,3 a 40 mm. São do tipo A. Fios – bitolas de 3,4 a 9,5 mm. São do tipo B. ▪ Empregos no Concreto Armado Barras – Confecção de vigas, pilares, lajes, pavimentos, fundações corridas, estacas, blocos de concreto, estruturas pré-moldadas pesadas, paredes de concreto, etc. Fios – Confecção de lajes, estribos, tubos de concreto, lajes treliçadas, estruturas pré-moldadas de pequena espessura, etc. ▪ Fabricação do aço a. Matéria-prima i. Minério de Ferro ii. Carvão Mineral iii. Calcário iv. Sucatas metálicas b. Usinas: Ingrid Silva – MAT I – 2019.1 Página 8 de 10 i. Integradas – etapas de redução, refino e laminação ii. Semi-integradas – etapas de refino e laminação Trituração ➵ Redução ➵ Refino ➵ Laminação ▪ Propriedades - Elevada resistência a tração - Material bastante dúctil - Fy (limite de escoamento) e fst (limite de resistência - Resistência ao dobramento por pinos sem fissuração - Aderência ao concreto dado por nervuras na barra de aço ▪ Corrosão - Deterioração do material por ação química ou eletroquímica - Acontece na presença de água, O2 e superfícies metálicas constituída de elementos distintos - Minimização: - Revestimento de superfície - Utilização de metal de sacrifício - Desaeração: retirada de O2 do meio - Controle do pH - Cobertura com tinta Galvanização (banho de zinco) Materiais compósitos Formados pela união de dois ou mais materiais de propriedades significativamente diferentes que, quando combinados, produzem um material com características diferentes às dos componentes individuais. É um material multifásico feito artificialmente, no qual suas fases devem ser quimicamente diferentes e devem ser separadas por uma interface distinta (ligas metálicas e alguns materiais cerâmicos não se enquadram). Matriz ▪ Une as fibras umas às outras. ▪ Transmite e distribui as tensões aplicadas para as fibras. ▪ Protege as fibras individuais contra danos superficiais de abrasão ou ataque químico. ▪ Dá coesão ao material. Reforço (fase dispersa) ▪ Proporciona resistência ou rigidez ao material compósito. ▪ É mais resistente ou rígido que a matriz. ▪ A boa interação entre matriz e reforço pode ser garantida pela criação de uma interface entre ambos que possa adequar a rigidez ou ductilidade do reforço com a da matriz. Reforçados com partículas Compósitos cuja fase dispersa está composta por elementos que possuem dimensões iguais em todas as direções (partículas). 1. Reforço com partículas grandes ▪ Fase particulada mais dura e rígida que a fase matriz. ▪ Matriz transfere parte da tensão que está sendo aplicada às partículas. ▪ Ligação forte da interface matriz-partícula melhora o comportamento mecânico Ex: concreto (cimento, areia, brita e água) e argamassa (cimento, água e areia). ▪ Obs: Os agregados barateiam o concreto, aumentam sua resistência ao desgaste e reduz as variações de volume durante o endurecimento (cura). Normalmente, ocupam a fração volumétrica de 60-80% (misturas cimentícias). Interação partícula-matriz O grau de reforço ou melhoria do comportamento mecânico depende de uma ligação forte na interface matriz-partícula. 2. Reforços por dispersão ▪ A matriz suporta a maior parte da carga aplicada. Ingrid Silva – MAT I – 2019.1 Página 9 de 10 ▪ As partículas dificultam o crescimento dos planos de falha. ▪ Típico dos metais, sem aplicação na construção civil. Reforçados com fibras A fase dispersa se encontra em forma de fibras: • Alta resistência ou rigidezem relação ao peso do material • Alta capacidade de deformação. • A fase fibra é mais resistente e rígida que a fase matriz. 1. Reforço com fibras contínuas alinhadas ▪ Compósitos altamente anisotrópicos, ou seja, apresentam propriedades que variam com a direção considerada. 2. Reforço com fibras longas contínuas ▪ Argamassa Fibrosa. 3. Reforço com fibras curtas descontínuas ▪ A eficiência é menor quando comparada a de fibras contínuas alinhadas. Ex: Pasta fibrosa. 4. Reforço com fibras curtas aleatórias (descontínuas) ▪ Compósitos inerentemente isotrópicos, ou seja, apresentam propriedades constantes dependente da direção considerada ou de fatores externos. Fibras ‘costurando’ as trincas. Ex: Pasta fibrosa de cimento ▪ A eficiência do reforço é menor neste tipo de compósitos devido ao “desalinhamento” entre as fibras e a carga. Interação fibra-matriz ▪ A matriz transmite carga à fibra através de uma ligação interfacial entre a superfície da fibra e a matriz. ▪ O compósito submetido a tensão sofre deformação elástica e plástica (pull out das fibras) antes de chegar na falha. ▪ Um certo comprimento de fibra é preciso para que haja um aumento efetivo de resistência e enrijecimento do material compósito. ▪ Devido à diferença de rigidez, a matriz sofre uma deformação não homogênea em volta da fibra. Laminados Composto por folhas ou paineis bidimensionais que possuem uma direção preferencial de alta resistência. As camadas são Ingrid Silva – MAT I – 2019.1 Página 10 de 10 empilhadas subsequentemente cimentadas umas às outras. A direção de alta resistência do compósito varia de acordo com a orientação das camadas sucessivas. Paineis Sanduíche ▪ Duas folhas externas mais resistentes (faces), separadas por um material de menor resistência (núcleo). ▪ As faces suportam a maior parte da carga e as tensões de flexão transversais. ▪ O núcleo separa as faces e resiste às deformações perpendiculares ao plano da face e proporciona rigidez. 1.1 Painel de bioconcreto ▪ Microconcreto reforçado com fibras longas de sisal + núcleo leve de pasta com serragem de madeira 2.1 Painel Wall ▪ Composto por um miolo formado por lâminas de madeira prensadas e revestidas, em ambas as faces, por placas cimentícias CRFS (Cimento reforçado com fibras sintéticas). ▪ É termoacústico ▪ Reaproveitável ▪ Permite o apoio da estrutura da cobertura em seu topo. 3.1 Paineis GRFC (Concreto reforçado com vidro) 4.1 Paineis DURAPANEL ▪ Argamassa armada + painel de isopor no interior. Conceituação Rigidez – quanto maior o módulo de elasticidade, maior a rigidez. Quanto menos deformações elásticas, mais rígido é o material. Fratura frágil - quando um material se rompe após sofrer pequenas deformações. Ex: Tijolos e concretos. Fratura dúctil - Quando um material se rompe após sofrer grandes deformações. Ex: metais. Quanto mais dúctil, maior a redução da área. (Área original – Área final / Área original).
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