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Mecânica dos Fluidos Parte I Prof. Fabio dos Santos rev. Fev./2015 Mecânica dos Fluidos – Parte I Bibliografia de referência BRUNETTI, Franco - Mecânica dos Fluidos 2ª. Edição - Pearson WHITE, Frank M. - Mecânica dos Fluidos 4ª. Edição - McGraw-Hill FOX, Robert; MCDONALD, Alan T. – Introdução à Mecânica dos Fluidos 4ª. Edição – LTC STREETER, Victor – Mecânica dos Fluidos 7ª. Edição - McGraw-Hill Introdução, Definições e Propriedades Na disciplina estudaremos o comportamento físico dos fluidos, assim como as leis que regem esse comportamento. O estudo da Mecânica dos Fluidos é basicamente dividido em dois ramos: a Estática dos Fluidos e a Dinâmica dos Fluidos. Na Estática, trataremos das propriedades físicas que regem o comportamento dos fluidos livres da ação de forças externas (que não a força gravitacional), ou seja, nesta situação o fluido se encontra em repouso ou então em velocidade constante. Já na Dinâmica, estudaremos o comportamento do fluido em movimento, onde atuam forças externas trazendo considerações sobre acelerações, deslocamento de massa e a energia presente nos sistemas. Mecânica dos Fluidos Introdução, Definições e Propriedades A definição mais elementar diz: “Diferente de um sólido, o fluido é uma substância que não tem uma forma própria, com isso, assume o formato do recipiente que o contem.” Entretanto, para melhor entender o que de fato define um fluido, devemos observar o experimento a seguir: Introdução, Definições e Propriedades Afinal, o que é um Fluido? Introdução, Definições e Propriedades Duas placas planas paralelas, minimamente distanciadas. A placa inferior fixa, a superior submetida a uma força tangencial Ft constante. Condição 1 – Utilizando um SÓLIDO entre as placas: Ft = Cte Ft = Cte O sólido deforma-se angularmente até alcançar o equilíbrio estático; As tensões internas se equilibram com a solicitação externa O que ocorre se o experimento utiliza um FLUIDO entre as placas? Introdução, Definições e Propriedades Condição 2 – Utilizando um FLUIDO entre as placas: Duas placas paralelas e longas, minimamente distanciadas (desprezando perturbações em suas extremidades). Área da placa = A velocidade assumida pela placa superior = U Observemos a zona formada por a-b-c-d Introdução, Definições e Propriedades O fluido em contato com uma superfície sólida, assume a mesma velocidade que a superfície (Princípio da aderência) O fluido então desloca-se da posição a-b-c-d para a-b’-c’-d e cada partícula fluida move-se paralelamente a placa, com isso a velocidade varia linearmente, de ZERO (na placa estacionária) até a velocidade U na placa móvel superior. No fluido, ocorre uma deformação contínua (*) Um fluido é caracterizado como uma substância que se deforma continuamente quando submetida a uma tensão de cisalhamento, por menor que seja essa tensão. A principal característica dos fluidos está relacionada a propriedade de não resistir a deformação e apresentam a capacidade de fluir, ou seja, possuem a habilidade de tomar a forma de seus recipientes. Esta propriedade é proveniente da sua incapacidade de suportar tensões de cisalhamento em equilíbrio estático. Introdução, Definições e Propriedades – Tensão de Cisalhamento – Lei de Newton dos Fluidos A velocidade (U) passa a ser constante na placa superior após haver um equilíbrio com a força externa (F) aplicada, devido a forças internas do fluido, que passam a limitar o movimento, equivalendo-se à No fluido, cada camada normal às placas desliza uma sobre as outras, formando um perfil de velocidades (v) que vão do zero (Placa estacionária) à velocidade da placa móvel. O deslizamento origina tensões de cisalhamento(t), que somadas ao longo da área da placa representam a força responsável pelo equilíbrio com a força externa (F) – Tensão de Cisalhamento – Lei de Newton dos Fluidos Podemos traduzir a Lei de Newton para os fluidos da seguinte forma: Como dV/dy expressa a variação de velocidade ao longo da espessura entre as placas, temos: Os fluidos em sua maioria atendem a essa condição de proporcionalidade entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação e são chamados de Fluidos Newtonianos (ex. água, óleos, ar e etc.) Já os fluidos não-Newtonianos são substâncias que tem suas propriedades melhor definidas através de estudos reológicos que mostram as relações entre a tensão aplicada e a taxa de deformação sob diferentes condições de escoamento. Fluidos podem ser classificados como: Newtonianos ou Não-newtonianos Existe a relação linear entre a Tensão de Cisalhamento aplicada e a velocidade de deformação resultante (com viscosidade constante) Existe a relação não-linear entre a Tensão de Cisalhamento aplicada e a velocidade de deformação resultante (com viscosidade constante) Hipótese do fluido não viscoso ou FLUIDO IDEAL. Considera a tensão de cisalhamento nula, independente do movimento que fluido possa ter. Ou seja, não considera o atrito entre as camadas no deslocamento do fluido. Se considerado também ser um fluido incompressível(*), este é chamado um fluido perfeito ou ideal. – Tensão de Cisalhamento – Lei de Newton dos Fluidos Propriedades – Viscosidade Absoluta ou Dinâmica – Os fluidos Newtonianos estabelecem essa condição de proporcionalidade entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação O coeficiente que representa essa proporcionalidade, denomina-se VISCOSIDADE ABSOLUTA ou DINÂMICA. Trata-se de uma propriedade específica de cada fluido, cujas características são oriundas da coesão das moléculas e os choques provocados na movimentação. Portanto, a viscosidade não é observável para um fluido em repouso, podendo ser traduzida como sendo a propriedade que indica o grau de dificuldade que fluido tem de escoar. Unidades: (N.s/m2) ; (kg/m.s); Poise (P)- equivalente a 1g/cm.s Obs.: a unidade SI é 10 vezes maior que o Poise. Líquidos: Maior temperatura = Menor Viscosidade Gases: Maior temperatura = Maior Viscosidade Propriedades – Massa Específica– No estudo dos fluidos uma simplificação que costuma ser adotada é que os fluidos possuem homogeneidade e são contínuos. Assim, consideramos que as propriedades médias definidas coincidem com as apresentadas nos demais pontos do fluido. O que representa a distribuição da massa por unidade de volume, denomina-se MASSA ESPECÍFICA (r). unidades: kg/m3 ; g/cm3 ou kgf.s2/m4 No estudo dos fluidos, essa propriedade é comumente confundida com a densidade, porém, esta é designada à massa específica da água. Propriedades – Peso Específico e Peso Específico Relativo– PESO ESPECÍFICO (g) Considera a relação entre o peso do fluido por unidade de volume. unidades: N/m3 ; kgf/m3 ou dina/cm3 PESO ESPECÍFICO RELATIVO para LÌQUIDOS (gR) Considera a relação entre o peso específico de um líquido qualquer e o peso específico da água em condições padrão. unidades: adimensional Exemplo: Qual o peso específico de uma substância cujo Peso Específico Relativo é 0,8? Propriedades – Viscosidade Cinemática– Retrata o quociente m/r comumente aplicado como uma simplificação aos cálculos, denomina-se VISCOSIDADE CINEMÁTICA (n). unidades: m2/s ; cm2/s (ou stoke - St) Apesar do nome, essa propriedade não envolve força e sequer as grandezas fundamentais da Cinemática, limitando-se a comprimento e tempo. Propriedades dos Fluidos Exemplos Exemplos Exercícios adicionais Propriedades – Equação dos Gases Perfeitos – Considera que: fluido não é incompressível. Implica em efeitos térmicos, com variação de massa específica (r) em função da pressão e temperatura. Nos gases, essas variações obedecem as equações de estado Denomina-se um gás perfeito aquele que atende a seguinte equação de estado: Onde: p=pressão absoluta R=Constate específica do gás T=Temperatura absoluta (K) (K=°C+273) Propriedades – Equação dos Gases Perfeitos – Observa-se na mudança de estado de um gás que: num processo adiabático (sem troca de calor) Onde o K é a constante adiabática específica do gás Nas possíveis variações observamos num processo isobárico (sem variação da pressão) num processo isocórico (isométrico) (sem variação em volume) num processo isotérmico (sem variação na temperatura) EXEMPLO – Equação dos Gases Perfeitos – Mecânica dos Fluidos Estática dos Fluidos Estática dos Fluidos Definição de Pressão Estática dos Fluidos Estática dos Fluidos Estática dos Fluidos Barômetro de Torricelli Com o ensaio concluiu que: Era possível realizar a medição da pressão atmosférica. A pressão atmosférica pode variar, podendo ser verificadas através da altura de equilíbrio da coluna de Mercúrio. Estática dos Fluidos Teorema de Stevin PA igual em todos os pontos independente da distância e formato do recipiente. Nos gases, como o peso específico é pequeno, se a diferença de cota não for elevada, a diferença de pressão é desprezível. Estática dos Fluidos Teorema de Stevin Estática dos Fluidos Teorema de Stevin - EXEMPLO Estática dos Fluidos Princípio de Pascal p1 = 1N/cm2 p1’ = 21N/cm2 p2 = 2N/cm2 p2’ = 22N/cm2 p3 = 3N/cm2 p3’ = 23N/cm2 p4 = 4N/cm2 p4’ = 24N/cm2 Estática dos Fluidos Princípio de Pascal - EXEMPLO Exercícios Adicionais Exercícios Adicionais Estática dos Fluidos - Escalas de Pressão Pressão absoluta: medida em relação ao zero absoluto Pressão efetiva: medida adotando-se a pressão atmosférica como referência (importante: leitura feita por praticamente todos os aparelhos – manômetros – que registram “zero” quando abertos à atmosfera). Pabs = P atm + P ef Manômetros (Leitura a partir da pressão atmosférica) Piezômetro Manômetro com tubo em “U” Medições de pressões mais elevadas Pressões negativas Medição da pressão de gases Quando ligados a dois pontos de leitura (vasos, tubulações, etc.) é chamado de Manômetro Diferencial. Estática dos Fluidos - Medidores de Pressão Com base nos teoremas de Stevin e de Pascal, é possível determinar as pressões em pontos distintos em função das alturas das colunas e das propriedades de cada fluido. Estática dos Fluidos - Equação Manométrica Exemplo Estática dos Fluidos - Equação Manométrica Exemplo Estática dos Fluidos - Equação Manométrica Exemplo 2) Estática dos Fluidos - Equação Manométrica
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