Buscar

apostila Comercio Internacional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NP2 – PROVA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL 
Aula 01 – PRÁTICAS DESLEAIS NO COMÉRCIO INTERNACIONAL E MEDIDAS DE DEFESA COMERCIAL
Introdução
Os países-membros da OMC possuem diversos mecanismos de defesa não tarifários, constituídos, em sua maioria, por medidas de ordem político-jurídico que têm por objetivo prevenir ou combater possíveis abusos nas transações de comércio exterior, sempre que estas possam representar danos a setores nacionais.
Conceito de Dumping
O conceito legal de dumping foi firmado pela rodada Uruguai (GATT), recepcionada no ordenamento brasileiro pelo Decreto Legislativo n. 30, de 15 de dezembro de 1994, e promulgada pelo Decreto n. 1355, de 30 de dezembro de 1994:
“Para as finalidades do presente acordo, considera-se haver prática de dumping, isto é, oferta de um produto no comércio de outro país a preço inferior ao seu valor normal, no caso de o preço de exportação do produto ser inferior àquele praticado, no curso normal das atividades comerciais, para o mesmo produto quando destinado ao consumo do país exportador.”
O Direito positivo brasileiro foi recentemente inovado com a publicação do Decreto n. 8.058/2013, em vigor desde 1 de outubro de 2013, cujo objetivo é regulamentar os procedimentos administrativos relativos à investigação e à aplicação das medidas antidumping, com base na Lei 9.019/95 e também no Acordo Antidumping aprovando no âmbito do GATT/1994.
A prática de dumping recebeu, no decreto presidencial, definição levemente distinta daquela promulgada pela Ata Final da Rodada Uruguai e originalmente introduzida no país.
Com efeito, o artigo 7 do referido diploma estabelece que “ considera-se prática de dumping a introdução de um produto no mercado doméstico brasileiro, inclusive sob as modalidades de drawback, a um preço de exportação inferior ao seu valor de mercado.
Atenção: para que o Estado possa aplicar medidas de defesa contra a utilização do dumping por empresas estrangeiras, sua atuação deverá estar condicionada, ainda, à presença de dano à indústria nacional, ou, ao menos, à real ameaça a um setor de produção do país, instalado ou com projeto de instalação.
Margem de dumping
Representa a diferença entre o valor apurado em cada situação concreta e o preço de exportação praticado na venda do produto para o Brasil e também pode ser calculada por período, mediante comparação entre o valor médio normal ponderado e a média dos preços de todas as transações de exportação.
Segundo o STJ o processo administrativo é desnecessário quando a prática de dumping for evidente, cabendo ao DECEX a denegação, de plano, da licença para importação não automática dos produtos em questão.
Determinação do dano
O direito brasileiro recepcionou a definição dos conceitos de dano e indústria doméstica, nos termos fixados nos Acordos Antidumping e de Subsídios e Direitos Compensatórios celebrados na OMC.
A expressão dano:
O dano material causado a uma indústria nacional,
A ameaça de dano material a uma indústria nacional; ou
O atraso real na implantação de tal indústria
Indústrias domésticas: totalidade dos fabricantes nacionais de produto similar ou como aqueles, dentre eles, cuja produção conjunta constitua parcela significativa da produção total do país.
Direitos antidumping:
 como sanção
Uma primeira possibilidade seria considerar a aplicação de direitos antidumping como sanção a um eventual ato ilício internacional praticado pela empresa exportadora.
Os defensores dessa tese atribuem aos direitos antidumping a natureza de sanção por inadimplemento de obrigação, sob o argumento de que a prática do dumping seria condenável à luz das disposições do GATT
Direitos antidumping como tributo
Consideram como de natureza tributária
Direitos Antidumping como normas de direito econômico
Direitos Antidumping=> aduaneiro
Aplicação das medidas antidumping é facultativa nos termos do GATT e da legislação brasileira.
Instrumentos de defesa comercial.
Ciclo Jurídico dos Direitos Antidumping
Em regra, a investigação para determinar a existência ou não de dumping deve ser solicitada pela indústria nacional que se sinta prejudica pela prática abusiva. O pedido pode ser formulado por uma ou mais empresas e também por entidades de classe de setores industriais, com qualificação jurídica das industrias representadas
Excepcionalmente, o Governo Federal, de ofício, poderá abrir a investigação, desde que presentes elementos de prova suficientes da existência de dumping, do dano e do nexo causal entre eles, que justifiquem o procedimento. O governo do país do exportador que pratica o dumping e as demais partes interessadas serão notificados do conjunto probatório, previamente à abertura da investigação.
Em qualquer hipótese compete à SECEX ( Secretaria do Comércio Exterior) promover o processo administrativo destinado a comprovar o nexo causal entre a conduta e o dano e apurar a margem de dumping
Ob. Para o STJ não cabe ao Judiciário a revisão do chamado mérito do ato administrativo, o seja, não podem os tribunais substituir a atividade de competência da SECEX, mas apenas exercer o controle sobre a correta aplicação das normas procedimentais.
Quando corretamente instruído, o pedido de investigação ensejará a abertura de processo administrativo pela SECEX e inaugurará a relação jurídica voltada à aplicação dos direitos antidumping:
Análise preliminar da petição, pela SECEX, com decisão de abertura do processo de investigação.
Procedimento de investigação, no qual pode haver a aplicação de medidas provisórias ou o compromisso de preços
Encerramento da investigação, com ou sem a aplicação dos direitos antidumping
Petição de produtos nacionais ou entidades que se consideram prejudicados pela prática de dumping
Etapa 01 => os produtores nacionais, prejudicados por importações a preços de dumping, formulam petição à SECEX, com pedido de abertura do processo de investigação, no o propósito de se comprovar a relação causal e o dano à indústria, o qual deverá ser conduzido de acordo com as regras estabelecidas pela OMC e pela legislação brasileira.
Petição protocolizada deverá ser analisada no prazo de 15 dias, ao término do qual o interessado será notificado do início da investigação ou do indeferimento do pedido, quando este não atender aos requisitos legais nem for sando no prazo concedido pelas autoridades.
Em regra, o período de investigação do dumping compreende doze meses.
ETAPA 02. A petição considerada hábil será analisada quanto ao mérito pelo Departamento de Defesa Comercial ( DECOM ) e, em caso de procedência, a investigação será aberta, mediante publicação de circular SECEX no diário Oficial da União, com a notificação das partes interessadas, no prazo de 30 dais, contados da data da notificação de que a petição fora devidamente instruída.
ETAPA 03. Durante o processo de investigação, diversas providências podem ser realizadas, independentemente da conclusão dos trabalhos:
Aplicação de medidas antidumping provisórias 
ENCERRAMENTO DAS INVESTIGAÇÕES:
Sem a fixação de direitos antidumping:
Não houver comprovação da existência de dumping
A margem de dumping for mínima, inferior a 2%
O volume de importação objeto de dumping real ou potencial ou o dano causado for insignificante, inferior a 3% do total das importações brasileiras de produto similar
A SECEX deferir pedido de arquivamento formulado pelo peticionário
Com a fixação de direitos antidumping, quando restar comprovado o dano real ou potencial, e o nexo causal.
O ato de imposição de direitos antidumping deverá indicar o prazo de vigência, o produto atingido, o valor da obrigação, o país de origem ou de exportação, o nome do exportador e as razões pelas quais a decisão foi tomada.
A expressão “direito antidumping” significa um montante em dinheiro igual ou inferior à margem de dumping apurada
 independentemente das obrigações de natureza tributária relativas à sua importação, serão cobrados direitos antidumping, provisórios ou definitivos, aplicados às importações doproduto objeto da investigação para o qual tenha havido uma determinação preliminar ou final positiva e tenham sido cumpridas as demais exigências relativas à aplicação de direitos
SUBSÍDIOS E MEDIDAS COMPENSATÓRIAS
CONCEITO; a principal característica dos subsídios é o auxílio governamental a determinados empresários ou setores, que pode se manifestar por meio das mais variadas medidas sempre com o propósito e lhes conceder vantagens que permitam, independentemente do custo real dos produtos, praticar preços distorcidos, abaixo dos parâmetros de mercado.
Subsídio a concessão de um benefício, em função das seguintes hipóteses: 
caso haja, no país exportador, qualquer forma de sustentação de renda ou de preços que, direta ou indiretamente, contribua para aumentar exportações ou reduzir importações de qualquer produto; ou 
caso haja contribuição financeira por um governo ou órgão público, no interior do território do país exportador. 
E desde que com isso decorra uma vantagem ao exportador. 
Assim, considera-se que existe subsídio quando o produtor ou exportador se beneficia com alguma ajuda financeira ou econômica do Estado, oferecida diretamente ou por meio de uma empresa privada que lhe permita a colocação de seus produtos no mercado externo a um preço inferior. Tal subsídio deve estar dirigido à indústria ou ao setor do qual provêm esses produtos.
Medidas para combater os efeitos das práticas de dumping e de subsídios: 
Caso a indústria doméstica de um país sofra dano em decorrência de importações de produtos similares realizadas a preço de dumping podem ser aplicados direitos antidumping; e em caso de os produtores de um país concorrerem com importações de produtos similares que recebam subsídios governamentais para sua produção e/ou exportação podem ser adotados direitos compensatórios.
DUMPING -------------->> DIREITOS ANTIDUMPING 
SUBSÍDIOS ----------->> DIREITOS COMPENSATÓRIOS 
SALVAGUARDAS
RESTRIÇÕES QUANTITATIVAS 
Aula – CONTRATOS INTERNACIONAIS E INCOTERMS
Os contratos internacionais de compra e venda representam a manifestação de vontade dos empresários envolvidos nas transações de importação e exportação. No entanto, as negociações internacionais exigem uma atividade de controle público, que se manifesta em três níveis: cambial, tributário e administrativo.
O aspecto cambial determina que as partes informem aos respectivos países o teor financeiro da negociação, pois os pagamentos são feitos, em geral, em moedas distintas, com regras específicas de conversão e envio ao exterior.
Sob o aspecto tributário, a entrada das mercadorias no país de destino enseja a incidência de um ou mais tributos, cujo recolhimento será condição essencial para o desembaraço aduaneiro, circunstância que inexiste nas transações internas.
Por último, o controle administrativo verificará se a mercadoria importada atende, em termos de adequação à legislação local, a diversos requisitos, relativos a embalagem, rótulo, apresentação e tantas outras regras vinculadas à saúde pública ou ao direito do consumidor.
Outro tema que merece apreço, no presente comentário, são questões de ordem jurídica, pois os contratos internacionais não possuem, automaticamente, uma instância judicial para a resolução de eventuais problemas decorrentes da interpretação de suas cláusulas ou do descumprimento do que foi pactuado pelas partes. 
Os países-membros da OMC possuem diversos mecanismos de defesa não tarifários, constituídos, em sua maioria, por medidas de ordem político-jurídico que têm por objetivo prevenir ou combater possíveis abusos nas transações de comércio exterior, sempre que estas possam representar danos a setores nacionais.
4.1 -CARACTERÍSTICAS
Os signatários do contrato estão sujeitos a regimes jurídicos diferentes e, nesse sentido, precisarão definir o foro competente para a resolução de divergências.
Foi aprovada, no âmbito das Nações Unidas, a Convenção de Viena sobre Contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias ( CISG, sigla em inglês).
4.2 CONVENÇÃO DE VIENA
Aprovada em 11 de abril de 1980 e entrou em vigor, para os primeiros países que ratificaram, em primeiro de janeiro de 1988.
O Brasil participou das discussões, mas ainda não houve ratificação formal, a matéria já foi aprovada pelo Congresso Nacional.
CARACTERÍSTICAS DA CONVENÇÃO
A razoabilidade e a boa-fé na interpretação de todos os dispositivos.
Aplica aos contratos realizados sob condições normais de vendas.
Obrigações do vendedor: promover a entrega ao comprador, na forma combinada, e garantir a transferência da propriedade, com a remessa dos documentos correspondentes.
A entrega deverá ocorrer no prazo convencionado e respeitar as quantidades e especificações das mercadorias, além da possibilidade do vendedor assumir os custos de transporte.
O vendedor será responsável, ainda, por qualquer desconformidade entre as mercadorias e o que foi estipulado no contrato, tanto no momento da transferência ao comprador como na hipótese do problema ser apurado posteriormente, sem prejuízo das regras relativas à garantia e assistência técnica.
Na hipótese de descumprimento das obrigações pelo vendedor, o comprador poderá:
Exigir outras mercadorias em substituição, nos casos de desconformidade, devidamente notificados;
Ainda em razão de desconformidade, reduzir proporcionalmente o preço à diferença entre o valor das mercadorias efetivamente entregues e o valor que teriam nos termos do contrato, salvo se o vendedor sanar o problema;
Rescindir o contrato, quando houver violação essencial ao seu conteúdo ( como a não entrega das mercadorias, em prazo razoável)
Exigir indenização a título de perdas e danos, no montante do prejuízo sofrido ( que poderá ser apurada a preços correntes, como no caso de commodities).
As principais obrigações do comprador consistem no recebimento das mercadorias e no pagamento do preço avençado.
Compete, ainda, ao comprador a realização da inspeção das mercadorias, para fins de verificação de conformidade, o quanto, antes, no intuito de comunicar eventuais discrepâncias ao vendedor. A ausência de notificação do problema, por prazo superior a dois anos, contatados da transferência da posse, fulmina qualquer pretensão do comprador em termos de ressarcimento, salvo se a garantia contratual estabelecer prazo diverso.
Pagamento: em regra o pagamento deverá ser efetuado na data fixada pelo contrato e após a inspeção das mercadorias pelo comprador, salvo nas hipóteses de pagamento antecipado.
Caso o comprador descumpra suas obrigações, caberão ao vendedor as seguintes medidas:
Exigência do pagamento, ainda que em prazo suplementar ao convencionado, fixado de comum acordo;
Declarar o contrato rescindido, pelo não recebimento das mercadorias ou falta de pagamento;
Pleitear indenização por perdas e danos, no montante equivalente ao prejuízo suportado, inclusive lucros cessantes.
A Convenção de Viena prevê a exclusão da responsabilidade nas hipóteses de caso fortuito e força maior.
4.3 - INCOTERMS
Cláusulas contratuais inseridas nos contratos de compra e venda de mercadorias, que determinam a condição de entrega do bem e o momento em que se dará a transferência da responsabilidade jurídica entre comprador e vendedor.
4.4 – ARBITRAGEM
Quase todos os países do mundo desenvolveram mecanismos legais para utilizar a arbitragem como método para a solução de controvérsias, especialmente no que se refere a litígios relacionados às práticas do comércio internacional.
O Brasil, a matéria foi regulada pela Lei n. 9307/96, que autoriza as partes contrates a eleger, mediante cláusula expressa e prevista no instrumento que gerou o negócio jurídico, o juízo arbitral como órgão para a solução de possíveis conflitos.
É a chamada convenção de arbitragem, composta da cláusula compromissória – que é o acordo mediante o qual as partes de um contrato se comprometem a submeter os litígios porventura existentes à decisão arbitral – e do compromisso arbitral, que é a definição acerca do númerode pessoas e do foro, judicial ou extrajudicial, onde será proferida a decisão.
A legislação brasileira prevê o reconhecimento e a execução, no país, de sentença arbitral estrangeira, desde que exarada em conformidade com os tratados e princípios do comércio internacional aceitos pelo nosso ordenamento jurídico, como é o caso dos INCOTERMS. Para tanto, faz-se necessária a homologação da sentença pelo Superior Tribunal de Justiça, mediante requerimento da parte interessada.
ESTRUTURA DOS INCOTERMS 2010
Ex Works ( EXW)
O vendedor ou exportador coloca as mercadorias, no local por ele designado e no prazo combinado, à disposição do comprador ou importador, que irá arcar com todos os custos e riscos do transporte até do destino
Esse termo representa o maior grau de responsabilidade para o comprador, com mínimas obrigações para o vendedor, que não realiza procedimento nenhum, inclusive no que se refere ao carregamento do veículo no local designado, salvo se isso estiver previamente acertado no contrato de compra e venda.
Normalmente utilizado para as cotações iniciais de compra, pois representa exclusivamente o custo do produto mais a margem de lucro, além de ser útil nas operações de mercado doméstico, no qual o impacto do custo logístico tende a ser menor. Se o comprador não tiver condições de atender as formalidades aduaneiras do pais de origem, não deverá optar pelo EX Works, sendo recomendável o uso do FCA ( Free Carrier).
O desembaraço para exportação é feito pelo comprador, pois, para o vendedor, trata-se de venda comum, como se praticada no mercado interno. Por essa razão, para a utilização do Ex Works nas exportações brasileiras, serão necessárias algumas adaptações, porque a legislação determina que o despacho aduaneiro de exportação compete ao exportador nacional.
FREE CARRIER (FCA)
O exportador entrega os bens, desembaraçados para exportação, ao transportador ou outra pessoa indicada pelo comprador, em local determinado.
O FCA pode ser utilizado em qualquer meio de transporte, inclusive multimodal. Na prática, a cláusula é muito utilizada no transporte aéreo
FREE ALONGSIDE SHIP ( FAZ)
O exportador entrega as mercadorias, desembaraçadas para exportação, já no porto designado, ao lado do navio ( costado), uma vez que esta cláusula só é válida no caso de transporte marítimo, fluvial ou lacustre.
Normalmente utilizado na venda de commodities de grande volume, a granel, como petróleo, minérios e grãos.
FREE ON BOARD ( FOB)
O EXPORTADOR é responsável pela entrega da mercadoria, já desembaraçada para exportação no país de origem, a bordo do navio e na data convencionada pelas partes.
Esta cláusula é de uso exclusivo para o transporte marítimo, fluvial ou lacustre. 
Trata-se de um dos INCOTERMS mais empregados no comércio internacional, principalmente para a venda de commodities e carga geral. Pode ser utilizado, ainda, no transporte de mercadorias acomodadas em contêineres, desde que a responsabilidade se encerre quando da colocação a bordo. Na hipótese de entrega do contêiner em terminais do porto de embarque, a cláusula FOB NÃO É APROPRIADA.
Aqui o vendedor assume a responsabilidade sobre a operação de carregamento das mercadorias do navio
COST AND FREIGHT ( CFR)
O EXPORTADOR ENTREGA A MERCADORIA, DESEMBARAÇADA PARA EXPORTAÇÃO, A BORDO DO NAVIO, COM O FRETE INTERNACIONAL PAGO
O vendedor será, portanto, responsável por todos os custos associados ao transporte das mercadorias até o porto de destino designado, bem assim quanto às despesas de carregamento a bordo da embarcação, no porto origem. Não responderá pelos custos de desembarque da mercadoria no porto de destino, que são de responsabilidade do comprador.
COST, INSURANCE AND FREIGHT ( CIF)
 O exportador é responsável pelo pagamento de todos os custos associados ao transporte de mercadoria até o porto de destino, muito embora após o efetivo carregamento dos itens a bordo do navio o comprador assuma a responsabilidade por danos e extravios.
A responsabilidade do vendedor limita-se a contratar e pagar seguro marítimo em nome do comprador. A contratação do seguro pelo vendedor normalmente ocorre pela cobertura marítima, o que não impede que o prêmio possa ser mutualmente negociado pro valor superior ou, ainda, que o comprador adquira cobertura adicional, ás suas custas.
CARRIAGE PAID TO ( CPT)
O vendedor realiza a entrega das mercadorias, desembaraçadas para exportação, a um transportador por ele designado, com a assunção dos custos até o local de destino.
DELIVERED AT TERMINAL ( DAT)
O vendedor cumpre sua obrigação quando entrega as mercadorias, desembaraçadas do meio de transporte e colocadas à disposição do comprador, no terminal designado, que pode ser qualquer estrutura localizada em portos, pátios ou áreas de logísticas.
DELIVERED ATE PLACE ( DAP)
Corresponde a entrega, pelo vendedor, no local de destino designado, à disposição do comprador e prontas para ser desembarcadas do veículo transportador.
DELIVERED DUTY PAID ( DDP)
O EXPORTADOR entrega a mercadoria no local de destino designado, já desembaraçado para importação e com o pagamento de todos os tributos e despesas aduaneiras incidentes.
4.5 – MODALIDADES DE PAGAMENTO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
As principais modalidades de pagamento:
Remessa ou pagamento antecipado;
Remessa sem saque;
Cobrança documentária
Crédito documentário.
Referências
Caparroz, Roberto. Comércio Internacional. 5 edição São Paulo: Saraiva, 2018
Aula Comércio Internacional: Importação e Exportação 
Introdução
A importação é o ingresso seguido de internacionalização de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Em termos legais, a mercadoria só é considerada importada após sua internacionalização no país, por meio da etapa de desembaraço aduaneiro e do recolhimento dos tributos exigidos em lei. O processo de importação pode ser dividido em três fases: administrativa, fiscal e cambial.
A fase administrativa se refere aos procedimentos e exigências de órgãos de governo prévios à efetivação da importação e variam de acordo com o tipo de operação e de mercadoria: trata-se do licenciamento das importações. A fase fiscal compreende o tratamento aduaneiro, por meio do despacho de importação, que é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação às mercadorias importadas, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro. Essa etapa ocorre em recintos próprios, logo após a chegada da mercadoria no Brasil, e inclui o recolhimento dos tributos devidos na importação. Após a conclusão do desembaraço aduaneiro, a mercadoria é considerada importada e pode ser liberada para o mercado interno.
Já a fase cambial diz respeito à operação de compra de moeda estrangeira destinada a efetivação do pagamento das importações (quando há esse pagamento) sendo processada por entidade financeira autorizada pelo Banco Central do Brasil a operar em câmbio.
1- Sistema Administrativo
Para efeitos de aplicações das normas regulamentares e de tramitação administrativa, as importações brasileiras, em termos de classificação, estão agrupadas em Importações Permitidas e Importações Não-Permitidas. As Importações Não-Permitidas podem ocorrer devido ao País de origem da mercadoria (por razões de ordem econômica, política ou social, ou em função de recomendações de organismos internacionais) ou devido à própria natureza da mercadoria que se pretenda importar (com o objetivo de preservar o meio ambiente, a saúde pública, etc).
As Importações Permitidas são, em geral, processadas no Siscomex, podendo ser efetuadas pelo importador, por conta própria, mediante habilitação prévia, ou por intermédio de representantes credenciados, nos termos e condições estabelecidos pela Receita Federal do Brasil (RFB). Além disso, os bancos autorizados a operar em câmbio e as sociedades corretoras que atuam na intermediação de operações cambiais podem ser credenciados a elaborar e transmitir para o Sistema operações sujeitasa licenciamento, por conta de importadores, desde que sejam, por eles, expressamente autorizados.
O sistema administrativo das importações brasileiras compreende as seguintes modalidades:
a) Importações Dispensadas de Licenciamento;
b) Importações Sujeitas a Licenciamento Automático; e
c) Importações Sujeitas a Licenciamento Não Automático.
Como regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento, devendo os importadores somente providenciar o registro da Declaração de Importação no Siscomex, com o objetivo de dar início aos procedimentos de Despacho Aduaneiro junto à unidade local da RFB. As importações sujeitas a licenciamento ocorrem nos casos em que a legislação exija a autorização prévia de órgãos específicos da Administração Pública para a importação de determinadas mercadorias, ou quando condições específicas devam ser observadas. Nesses casos, o importador deve formular uma Licença de Importação com a antecedência prevista na legislação.
Previamente à importação, o importador deverá sempre consultar o Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) a fim de verificar se há exigência de tratamento administrativo para a operação que deseja realizar. Nesse sentido, o Simulador disponibilizado pela Receita Federal do Brasil (RFB) também permite ao público simular uma situação com fins de verificar qual tratamento administrativo incidente sobre determinada mercadoria, eventual órgão de governo responsável pela emissão de licença de importação e o valor dos tributos incidentes sobre a operação, a partir de um valor aduaneiro informado.
5 – MODALIDADES DE PAGAMENTO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
As principais modalidades de pagamento:
Remessa ou pagamento antecipado;
O importador realiza o pagamento, total ou parcial, antes de o exportador embarcar as mercadorias no exterior. Trata-se de opção interessante para o exportador, que terá os valores disponíveis antes de cumprir sua obrigação contratual. O risco é integralmente assumido pelo importador, que pode não receber a mercadoria, recebe-la com atraso ou, ainda, em desconformidade com o que foi pactuado.
O CONTRATO celebrado deve prever cláusulas de proteção ao importador, contra eventuais problemas ou atrasos, que podem variar desde multas, a título de indenização, até a própria rescisão do negócio, por culpa do exportador, com apuração dos respectivos prejuízos. 
Quando a mercadoria for embarcada, o exportador deverá encaminhar ao importador dos documentos originais de exportação, para que este possa desembaraça-la no ponto de destino, bem como fornecer cópias desses documentos ao banco responsável pela contratação do câmbio
Remessa sem saque;
Trata-se de modalidade em que o risco é assumido pelo exportador, que enviará diretamente ao importador, além das mercadorias, toda a documentação necessária ao despacho aduaneiro no país de destino.
O importador terá à disposição as mercadorias e os documentos antes de QUALQUER PAGAMENTO, e, na medida em que promover o desembaraço aduaneiro será o titular da propriedade e da posse dos bens.
Cobrança documentária. É baseada em conjunto de regras estabelecidas pela Câmara de Comércio Internacional. O principal objetivo da cobrança documentária é lastrear o negócio em um título de crédito, que servirá de instrumento para garantir o pagamento, conforme instruções repassadas ao banco contratado.
Um exportador brasileiro, por exemplo, envia a mercadoria ao país destino e entrega os documentos de embarque e o título de crédito ( cambial ou saque) ao banco negociador do câmbio no Brasil, denominado “banco emitente”, que por sua vez os encaminha, por meio de carta-cobrança, ao seu correspondente no exterior, denominado “banco cobrador”. O banco cobrador entrega os documentos ao importador, mediante pagamento ou aceite do saque. De posse dos documentos, o importador pode desembaraçar as mercadorias importadas, 
Crédito documentário.
Consiste em um título ( reconhecido como carta de crédito) no qual o banco emitente, por instruções de seu cliente ( o tomador do crédito), compromete-se a efetuar um pagamento a terceiro ( beneficiário) ou à sua ordem, ou ainda, se compromete a pagar ou aceitar saques emitidos pelo beneficiário, contra a entrega dos documentos estipulados, desde que os termos e as condições do contrato de crédito sejam cumpridos.
Aula Comércio Internacional: Importação e Exportação 
Introdução
A importação é o ingresso seguido de internacionalização de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Em termos legais, a mercadoria só é considerada importada após sua internacionalização no país, por meio da etapa de desembaraço aduaneiro e do recolhimento dos tributos exigidos em lei. O processo de importação pode ser dividido em três fases: administrativa, fiscal e cambial.
A fase administrativa se refere aos procedimentos e exigências de órgãos de governo prévios à efetivação da importação e variam de acordo com o tipo de operação e de mercadoria: trata-se do licenciamento das importações. A fase fiscal compreende o tratamento aduaneiro, por meio do despacho de importação, que é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação às mercadorias importadas, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro. Essa etapa ocorre em recintos próprios, logo após a chegada da mercadoria no Brasil, e inclui o recolhimento dos tributos devidos na importação. Após a conclusão do desembaraço aduaneiro, a mercadoria é considerada importada e pode ser liberada para o mercado interno.
Já a fase cambial diz respeito à operação de compra de moeda estrangeira destinada a efetivação do pagamento das importações (quando há esse pagamento) sendo processada por entidade financeira autorizada pelo Banco Central do Brasil a operar em câmbio.
5.1 - Sistema Administrativo
Para efeitos de aplicações das normas regulamentares e de tramitação administrativa, as importações brasileiras, em termos de classificação, estão agrupadas em Importações Permitidas e Importações Não-Permitidas. As Importações Não-Permitidas podem ocorrer devido ao País de origem da mercadoria (por razões de ordem econômica, política ou social, ou em função de recomendações de organismos internacionais) ou devido à própria natureza da mercadoria que se pretenda importar (com o objetivo de preservar o meio ambiente, a saúde pública, etc).
As Importações Permitidas são, em geral, processadas no Siscomex, podendo ser efetuadas pelo importador, por conta própria, mediante habilitação prévia, ou por intermédio de representantes credenciados, nos termos e condições estabelecidos pela Receita Federal do Brasil (RFB). Além disso, os bancos autorizados a operar em câmbio e as sociedades corretoras que atuam na intermediação de operações cambiais podem ser credenciados a elaborar e transmitir para o Sistema operações sujeitas a licenciamento, por conta de importadores, desde que sejam, por eles, expressamente autorizados.
O sistema administrativo das importações brasileiras compreende as seguintes modalidades:
a) Importações Dispensadas de Licenciamento;
b) Importações Sujeitas a Licenciamento Automático; e
c) Importações Sujeitas a Licenciamento Não Automático.
Como regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento, devendo os importadores somente providenciar o registro da Declaração de Importação no Siscomex, com o objetivo de dar início aos procedimentos de Despacho Aduaneiro junto à unidade local da RFB. As importações sujeitas a licenciamento ocorrem nos casos em que a legislação exija a autorização prévia de órgãos específicos da Administração Pública para a importação de determinadas mercadorias, ou quando condições específicas devam ser observadas. Nesses casos, o importador deve formular uma Licença de Importação com a antecedência prevista na legislação.
Previamente à importação, o importador deverá sempre consultar o Sistema Integrado de ComércioExterior (SISCOMEX) a fim de verificar se há exigência de tratamento administrativo para a operação que deseja realizar. Nesse sentido, o Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações disponibilizado pela Receita Federal do Brasil (RFB) também permite ao público simular uma siutação com fins de verificar qual tratamento administrativo incidente sobre determinada mercadoria, eventual órgão de governo responsável pela emissão de licença de importação e o valor dos tributos incidentes sobre a operação, a partir de um valor aduaneiro informado.
5.2 - Tratamento Tributário na Importação
Refere-se à tributação incidente sobre a entrada de mercadorias estrangeiras no território aduaneiro. Os tributos incidentes na importação são:
Imposto de Importação – II
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Contribuição para o PIS/PASEP E COFINS
Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante – AFRMM
CIDE-Combustíveis
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS
Taxa de Utilização do Siscomex
Para a base de cálculos dos impostos incidentes na importação, faz-se necessário conhecer o valor aduaneiro da mercadoria estrangeira. De acordo com o Regulamento Aduaneiro (Decreto No. 6.759, de 05 de fevereiro de 2009), toda mercadoria submetida a despacho aduaneiro de importação está sujeita ao controle do valor aduaneiro, de acordo com as regras estalecidas no Acordo Sobre Valoração Aduaneira do GATT.
O valor aduaneiro é o montante que servirá como referência para a fixação da base de cálculo do imposto de importação.
5.3 - Tratamento aduaneiro das Importações
Refere-se ao conjunto de normas e procedimentos relativos à fiscalização e ao controle aduaneiro das operações de importação. Cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil o exercício da administração aduaneira em todo o Brasil.
Saiba mais sobre controle aduaneiro e sobre o despacho de importação por meio do Manual de Despacho de Importação oferecido pela Receita Federal.
5.4 - Exportações
A exportação pode ser definida como a saída da mercadoria do território aduaneiro. Trata-se, portanto, da saída de um bem do Brasil, que pode ocorrer em virtude de um contrato internacional de compra e venda.
A empresa que exporta adquire vantagens em relação aos concorrentes internos, pois diversifica mercados, aproveita melhor sua capacidade instalada, aprimora a qualidade do produto vendido, incorpora tecnologia, aumenta sua rentabilidade e reduz custos operacionais. A atividade de exportar pressupõe uma boa postura profissional, conhecimento das normas e versatilidade. Para exportar, a empresa deve buscar junto à Receita Federal a sua habilitação para operar no comércio exterior.  Cada operação deverá ser registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX.
FERRAMENTAS DE MERCADO PARA EXPORTAÇÕES
ACC – Adiantamento sobre Contrato de Câmbio
O ACC é um dos mais conhecidos e utilizados mecanismos de financiamento à exportação. Trata-se de financiamento na fase de produção ou pré-embarque. Para realizar um ACC, o exportador deve procurar um banco comercial autorizado a operar em câmbio.  
Tendo limite de crédito com o banco, o exportador celebra com esse um contrato de câmbio no valor correspondente às exportações que deseja financiar. É isso mesmo, o contrato de câmbio é celebrado antes mesmo do exportador receber do importador o pagamento de sua venda.
Então, o exportador pede ao banco o adiantamento do valor em reais correspondente ao contrato de câmbio. Assim, além de obter um financiamento competitivo para a produção da mercadoria a ser exportada, o exportador também fixa a taxa de câmbio da sua operação.  etc...).
Pagamento antecipado:
O importador paga antecipadamente ao exportador brasileiro com recursos seus ou de um banco no exterior. O pagamento pode ser efetuado até 360 dias antes do embarque. O exportador poderá pagar juros sobre o valor adiantado. A remessa desses juros é isenta de IR na fonte. Não havendo embarque das mercadorias, o valor deve ser devolvido ao exterior ou convertido em empréstimo ou investimento externo no Brasil. Nesses casos, haverá incidência de IR sobre os juros devidos. 
ACC indireto:
Trata-se de um mecanismo que permite ao exportador indireto financiar suas produção exportável com linhas de crédito externas. Podem se utilizar do ACC indireto os fabricantes de insumos que integrem o processo produtivo, o de montagem e o de embalagem de mercadorias destinadas à exportação, bem como os fabricantes de bens exportados por tradings. A empresa que vai exportar o produto final deve declarar que os produtos serão exportados. O financiamento pode ser contratado em dólares ou em reais. Obedece aos mesmos prazos do ACC.
NCE – Nota de Crédito à Exportação:
Linha de crédito em moeda nacional que tem a finalidade de suprir a necessidade de capital de giro para produção de bens para exportação.
Oferece taxas de juros competitivas, com possibilidade de escolha de encargos prefixados ou pós-fixados com base em CDI. Público-alvo: exportadores de médio e grande portes.
ACE – Adiantamento sobre cambiais entregues:
O ACE – Adiantamento sobre cambiais entregues  é um mecanismo similar ao ACC, só que contratado na fase de comercialização ou pós-embarque.
Após o embarque dos bens, o exportador entrega os documentos da exportação e as cambiais (saques) da operação ao banco e celebra um contrato de câmbio para liquidação futura. Então, o exportador pede ao banco o adiantamento do valor em reais correspondente ao contrato de câmbio. Assim, além de obter um financiamento competitivo para conceder prazo de pagamento ao importador, o exportador também fixa a taxa de câmbio da sua operação. O ACE pode ser contratado com prazo de até 390 dias após o embarque da mercadoria. A liquidação da operação se dá com o recebimento do pagamento efetuado pelo importador, acompanhado do pagamento dos juros devidos pelo exportador.
Desconto de cambiais no exterior:
O exportador pode antecipar a receita da sua exportação vendendo o seu crédito (direitos sobre as cambiais aceitas pelo importador) para um agente de crédito no exterior. A operação pode ser com ou sem direito de regresso contra o exportador. Os juros da operação são isentos de IR na fonte.
Fontes: Receita Federal e Ministério da Economia
Caparroz, Roberto. Comércio Internacional. São Paulo: Saraiva, 2018

Outros materiais