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Copasa – Analista de Saneamanto (advogado) ASSINALE A RESPOSTA CORRETA. Seja feliz, tome remédios Frei Betto 21/10/2017 - 06h00 A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos. Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a su- perarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Ve- gas. Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimu- lar o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores. PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cida- dãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do mercado não há salva- ção. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se pere- nemente jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia. Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza. Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de an- gústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. Mui- tas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e me- dicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura exces- sivamente competitiva e à exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no tra- balho segundo os atléticos parâmetros do mercado. Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hipe- ratividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu fi- lho a um diagnóstico precoce. Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pre- tende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos. (Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível em http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliz- tome- rem%C3%A9dios-1.568235. Acesso em 10/04/18). 8 Estão CORRETAS as afirmativas: (A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I, II e III. Atente para o fragmento para responder às questões 6 e 7: Com relação aos pronomes presentes no excerto, é INCORRETO afirmar: (A) “Você” é um pronome pessoal de tratamento, que remete ao interlocutor (leitor da crônica), ou a um “você” genérico, indeterminado. (B) O emprego do pronome “esta”, demonstrativo, está adequado, pois retoma, anaforicamente, item do segmento anterior. (C) O oblíquo “nos”, de primeira pessoa do plural, engloba autor e leitores, numa estratégia argumentativa que visa à adesão, à identificação. (D) O pronome “tantas”, indefinido, antepõe-se ao objeto – enfermidades e enfer- mos –, porém concorda em gênero e número com o núcleo mais próximo. QUESTÃO 06 Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum trans- torno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza. 11 Texto II A medicalização da vida Jackson César Buonocore Podemos compreender o conceito de medicalização, como processo que transforma de forma artificial as questões não médicas em problemas médicos. São problemas de diferentes ordens que são apresentados como doenças, trans- tornos e distúrbios psiquiátricos que escondem as grandes questões econômicas, políticas, sociais, culturais e emocionais – que atingem a vida das pessoas. A sociedade brasileira vive esse processo de medicalização em todas as dimensões da vida, por uma busca desenfreada por explicações biológicas, fisio- lógicas e comportamentais – que possam dar conta de diversos tipos de sofrimento psíquico, entre os mais frequentes estão a ansiedade, estresse, depressão, sín- drome do pânico, transtorno bipolar e fobias. A medicalização da vida é uma prática comum, pois tornou-se corriqueiro ir a uma consulta e sair com uma receita em mãos. Nessa busca por um alívio imediato dos sintomas, cada vez mais pessoas colocam sua confiança em receitas rápidas, que possam diminuir o mal-estar sem compreender as origens desse so- frimento. Assim difunde-se a ideia de que existe um “gene” que poderia explicar o alcoolismo, o sofrimento psíquico, a infelicidade, a falta de atenção, a tristeza, etc., que transformariam os pacientes em portadores de distúrbios de comportamento e de aprendizagem. Essas hipóteses duvidosas ainda são publicadas pela mídia como fatos comprovados, cumprindo a função social de abafar e ocultar violências físicas e psicológicas. Além da acentuada carga medicamentosa prescrita aos adultos, uma constatação ainda mais preocupante – que é o aumento da medicalização da in- fância. Atualmente observa-se que crianças e adolescentes que apresentam ca- racterísticas de personalidade que diferem dos catalogados como normais são fre- quentemente enquadrados em categorias nosológicas. Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Que sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade or- gânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele 12 vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sin- toma”. Na mesma linha de raciocínio, o renomado jornalista americano Robert Whitaker, questiona os métodos de tratamento adotados pela psiquiatria para os casos de pacientes com doenças mentais. Whitaker escreveu dois livros anali- sando a evolução de pacientes com esquizofrenia em países como Índia, Nigéria e Estados Unidos, e afirma que a psiquiatria está entrando em um período de crise e conclui: “A história que nos contaram desde os anos oitenta caiu porterra, de que a esquizofrenia e a depressão são causadas por desequilíbrios químicos no cérebro”. Não há dúvidas da importância da utilidade dessas substâncias químicas e do conforto e da qualidade vida que elas trazem aos pacientes, desde que os psicofármacos – sejam prescritos de forma criteriosa e responsável são aliados indispensáveis na luta contra o sofrimento psíquico. Portanto, é preciso contextu- alizar o uso abusivo que se faz de antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos. (Jackson César Buonocore Sociólogo e Psicanalista. Disponível em https://www.psicologi- asdobrasil.com.br/medicalizacao-da-vida/. Acesso em 20/04/2018). Atente para os elementos formadores dos vocábulos destacados e os significados apresentados. Assinale a afirmação INCORRETA: (A) No sintagma “categorias nosológicas”, o radical grego “nosos” significa “refe- rente a personalidade”. (B) No item lexical esquizofrenia, há dois radicais gregos: “schizo” / esquizo (dividida) e “phrenos” / frenia (mente). (C) Em “essas hipóteses duvidosas”, temos um prefixo grego, “hipo”, que significa posição inferior. (D) Em “distúrbios psiquiátricos”, o radical grego “psiqué” significa mente, alma ou espírito. QUESTÃO 11 3 Psicólogo – Prefeitura municipal de Carneirinho ASSINALE A RESPOSTA CORRETA. UM EXEMPLO Sírio Possenti Publicado em 25 de novembro de 2016 Ref.: https://blogdosirioblog.wordpress.com/ [adaptado] Uma amiga mexicana me mandou uma imagem: dois homens de terno (o terno indica uma classe social que não é a popular) conversam. Um diz: – Me corrigieran “Ler”. O outro responde: – No lo puedo “Crer”. Não me dei conta, imediatamente, do que estava em jogo (tratando-se de outra língua, a presteza nunca é muito grande). Perguntei detalhes (não vou me imolar aqui…). Ela me deu o contexto, que é o seguinte: Um Secretário de Instrución Pública falava a um grupo de alunos em uma escola e os incentivava a “ler” (ele disse “ler” mais de uma vez). Ao final, uma menina o chamou de lado e lhe informou que não se diz “ler”, “pero ‘leer’”. Ele achou graça, elogiou a aluna etc. PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA 4 Depois disso é que surgiu a piada narrada no primeiro parágrafo, uma montagem. A graça está no fato de que, na resposta (no lo puedo “crer”), ocorre o mesmo fenômeno que ocorre em “ler”. Que é o seguinte: em espanhol “culto”, as formas do infinitivo destes dois verbos são “leer” e “creer”. O fato de o Secretário dizer “ler” indica, evidentemente, que esta pronúncia está desaparecendo: “ler” e “crer”. Observe-se que o fenômeno ocorre nos dois casos, o que favorece a tese dos sociolinguistas que defendem que, nos mesmos contextos, ocorrem as mes- mas variações (ou mudanças). Observe-se, também, que esta mudança em curso no espanhol (do Mé- xico, pelo menos), como o indica a fala do secretário, e depois, a montagem com “crer”, já ocorreu no português. Mesmo quem não conhece linguística histórica ou não tem um manual que descreva as mudanças ocorridas pode ver o registro em dicionários como o Houaiss, que fornece uma etimologia mínima (eu grifo leer e creer): ler: cf. esp. leer, it. lèggere, fr. lire; ver le- e leg- e as remissivas aí citadas; f.hist. 1258-1261 leer, sXIII liia, sXIII leer, sXIV leendo, sXIV lyi, sXV le, sXV leese, sXV lia crer: pelo lat. vulg. *credére > port. arc. creer; ver cred-; f.hist. sXIII creer, sXIII creo, sXIV creyo, sXV crer, sXV creio O fato histórico pode ser atestado. E a variação no espanhol deve ser bem óbvia, pelo menos para muitos falantes. Se não fosse, a piada não funcionaria (como não funcionou comigo). Observe-se, também, por muito relevante, que uma aluna de uma escola modesta aprendeu que se deve dizer “leer”. É um fato conhecido que instituições diversas (a escola, a imprensa, a própria escrita) retardam mudanças linguísticas. Pode-se apostar que, se essas instituições não existissem, ou se sua política fosse outra, ninguém mais saberia que as formas verbais em questão são (?) “leer” e “creer”. Aliás, para os falantes menos letrados, e mesmo para letrados em situação informal, já não são essas. A piada seria impossível. O que seria lamentável. 7 01 . Está CORRETA a leitura do excerto “(o terno indica uma classe social que não é a popular)” em: 2. A compreensão da piada depende do enunciado que se encontra entre parên- teses. 3. A indicação da vestimenta dos enunciadores da piada é necessária porque existe uma estreita relação entre variedade linguística e classe social. 4. Enunciados entre parênteses têm a função de marcar a voz dos autores. 5. O enunciado entre parênteses faz parte da imagem que o autor recebeu de sua amiga. Tendo em vista o que se diz no texto, pode-se delimitar como seu conteúdo temá- tico: (E) Acordo ortográfico. (F) Concordância verbal. (G) Preconceito linguístico. (H) Variação linguística. É um fato conhecido que instituições diversas (a escola, a imprensa, a própria es- crita) retardam mudanças linguísticas. Pode-se apostar que, se essas instituições não existissem, ou se sua política fosse outra, ninguém mais saberia que as formas verbais em questão são (?) “leer” e “creer”. Sintetiza o que se afirma sobre a passagem anterior: (E) A escrita padrão representa a língua do povo. (F) As instituições provocam mudanças na língua. (G) As instituições reproduzem a língua do povo. (H) Quem faz a língua é o povo QUESTÃO 03 QUESTÃO 02 8 QUESTÃO 04 A mudança ocorrida nas formas ler e crer do espanhol, que também ocorre na língua portuguesa, é devido à: (E) fusão de fonemas. (F) modificação de fonema. (G) queda de fonema. (H) substituição de fonemas. Considere as afirmativas abaixo: • No enunciado “Não me dei conta, imediatamente, do que estava em jogo (tratando-se de outra língua, a presteza nunca é muito grande).”, os pa- rênteses foram utilizados para marcar um comentário do autor sobre o enunciado anterior a eles. O mesmo segmento poderia ter sido marcado por meio de travessão. • Em “É um fato conhecido que instituições diversas (a escola, a imprensa, a própria escrita)”, os parênteses foram utilizados para isolar um seg- mento explicativo. O mesmo segmento poderia ter sido isolado por meio de travessões. • Na passagem “O fato histórico pode ser atestado. E a variação no espa- nhol deve ser bem óbvia, pelo menos para muitos falantes. Se não fosse, a piada não funcionaria (como não funcionou comigo).”, o enunciado entre parênteses poderia ser suprimido sem alterar os sentidos do texto. QUESTÃO 05 9 Está CORRETO o que se afirma em: (E) I e II, apenas. (F) I e III, apenas. (G) II e III, apenas. (H) I, II e III. No que se refere ao uso da vírgula, julgue os itens a seguir: • “Não me dei conta, imediatamente, do que estava em jogo (tratando- se de outra língua, a presteza nunca é muito grande)”. A supressão das vírgulas na palavra imediatamente preservaria a correção grama- tical do período, mas prejudicaria seu sentido original. • “Ele achou graça, elogiou a aluna etc.” A vírgula separando as duas orações se justifica porque ela substitui a conjunção e. • “Ela me deu o contexto, que é o seguinte:”A vírgula antes do pronome que se justifica porque a oração introduzida por ela é explicativa. Está CORRETO o que se afirma em: (E) I e II, apenas. (F) I e III, apenas. (G) II e III, apenas. (H) I, II e III. A oração Se não fosse, a piada não funcionaria expressa uma ideia de: (E) conclusão. (F) condição. (G) consequência. (H) finalidade. (I) QUESTÃO 07 1 A palavra etimologia só NÃO se refere à: (E) derivação. (F) evolução. (G) extinção. (H) origem. QUESTÃO 08 3 09- Em “Aliás, para os falantes menos letrados, e mesmo para letrados em situação informal, já não são essas.”, o pronome essas tem valor: (E) anafórico. (F) catafórico. (G) dêitico. (H) determinante. Em relação à ocorrência da palavra a nos enunciados seguintes, avalie as afirma- ções que se seguem: 1. Um Secretário de Instrución Pública falava a um grupo de alunos em uma escola e os incentivava a “ler”. 2. Depois disso é que surgiu a piada narrada no primeiro parágrafo, uma montagem. 3. Observe-se que o fenômeno ocorre nos dois casos, o que favo- rece a tese dos sociolinguistas. (D) A palavra a classifica-se, respectivamente, como: artigo – preposição – artigo. (E) Em todas as três ocorrências, a palavra a pertence à mesma classe gramatical. (F) Somente em uma ocorrência a palavra a encabeça o complemento de um verbo transitivo direto. (G) Somente uma ocorrência registra um caso da preposição a. QUESTÃO 10 4 Secretária do Estado de Educação de Minas Gerais ASSINALE A RESPOSTA CORRETA. Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 6. Terrorismo lógico Antônio Prata Said e Chérif Kouachi eram descendentes de imigrantes. Said e Chérif Kouachi são suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", na França. Se não houvesse imigrantes na França, não teria havido ataque ao "Charlie Hebdo". Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Zinedine Zidane é filho de argelinos. Zinedine Zidane é terrorista. Zinedine Zidane é filho de argelinos. Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Char- lie Hebdo", eram filhos de argelinos. Said e Chérif Kouachi sabiam jogar futebol. Muçulmanos são uma minoria na França. Membros de uma minoria são suspeitos do ataque terrorista. Olha aí no que dá defender minoria... A esquerda francesa defende minorias. Membros de uma minoria são suspeitos pelo ataque terrorista. A esquerda francesa é culpada pelo ataque terrorista. A extrema direita francesa demoniza os imigrantes. O ataque terrorista fortalece a extrema di- reita francesa. A extrema direita francesa está por trás do ataque terrorista. Marine Le Pen é a líder da extrema direita francesa. "Le Pen" é "O Caneta", se tomarmos o artigo em francês e o substantivo em inglês. Eis aí uma demonstração de apoio da extrema direita francesa à liberdade de expressão – e aos erros de concordância nominal. (Este último parágrafo não fez muito sentido. Os filmes do David Lynch não fazem muito sen- tido. Este último parágrafo é um filme do David Lynch.) O "Charlie Hebdo" zoava Maomé. Eu zoo negão, zoo as bichinhas, zoo gorda, zoo geral! "Je suis Charlie!" Humoristas brasileiros fazem piada racista, e as pessoas os criticam. "Charlie Hebdo" fez piada com religião, e terroristas o atacam. Criticar piada racista é terrorismo. PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS: LÍNGUA PORTUGUESA 5 Numa democracia, é desejável que as pessoas sejam livres para se expressar. Algumas dessas expressões podem ofender indivíduos ou grupos. Numa democracia, é desejável que indiví- duos ou grupos sejam ofendidos. O "Charlie Hebdo" foi atacado por terroristas. A editora Abril foi pichada por meia dúzia de jacus. A editora Abril é Charlie. Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. "Black blocs" usam gorros pretos. "Black blocs" são terroristas. "Black blocs" não são terroristas. A polícia os trata como terroristas. Os "black blocs" têm o direito de tocar o terror. Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. Drones não usam gorros pretos. Ataques com drones não são terrorismo. Ataques com drones matam inocentes mundo afora. O "Ocidente" usa drones. É justificável o terror contra o "Ocidente". O ataque terrorista contra o "Charlie Hebdo" foi no dia 7/1. A derrota brasileira para a Alemanha foi por 7 x 1. O 7 e o 1 devem ser imediatamente presos e submetidos a "técnicas reforçadas de interrogatório", tais como simulação de afogamento, privação de sono e alimentação via retal. Por via das dúvidas, o 6 e o 8 e o 0 e o 2 também. Todo abacate é verde. O Incrível Hulk é verde. O Incrível Hulk é um abacate. (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2015/01/1573334-terrorismo-logico.shtml. Acesso em: 2 fev. 2015.) Leia as considerações abaixo, sobre o texto. • Os recursos de construção recorrentemente adotados em cada parágrafo do texto atuam dire- tamente na construção da ironia. • O texto toma como objeto central de reflexão os ataques terroristas na França. • Em alguns parágrafos do texto, revela-se, de forma explícita, a defesa do autor ao combate ao terror do Ocidente. • Subjaz ao texto uma crítica à fragilidade das generalizações e conclusões apressadas ou in- consistentes. Está CORRETO apenas o que se afirma em: 6. I e II. 7. I e IV. 8. II. 9. II e III. 10. III e IV. QUESTÃO 01 Em todas as alternativas, o hífen foi utilizado de forma incorreta ao menos uma vez, EXCETO em: (I) sub-humano, micro-ondas, socioeconômico, sub-remunerado (J) hiper-sensibilidade, ultravioleta, infravermelho, anticorrupção (K) hipersensibilidade, inter-regional, super-aquecimento, inter-sindical (L) contracheque, contragolpe, contra-reforma, contra-senso (M) anti-inflamatório, anteprojeto, antiabortivo, anti-social Tendo em conta o Acordo Ortográfico de 1990, assinale a afirmativa CORRETA. (I) No presente do indicativo, o acento circunflexo deixou de ser usado na terceira pessoa do plural de verbos como “crer”, “ler” e “ver”. (J) Nos hiatos, o “i” e o “u” tônicos deixaram de ser acentuados graficamente sempre que antecedi- dos de ditongos. (K) O emprego do trema foi completamente abolido. (L) Os acentos diferenciais deixaram de ser empregados. (M) Os ditongos abertos “eu”, “ei” e “oi” não são mais acentuados graficamente. Todas as alternativas trazem ocorrência(s) que contraria(m) o Acordo Ortográfico de 1990, EXCETO: (H) hifen, tem, herói. (I) hífens, creem, pólo. (J) por do sol, contra-cheque, escarcéu. (K) raízes, papéis, averigue. (L) idéias, voo, chapéu. QUESTÃO 10 QUESTÃO 09
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