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Universidade Federal do Vale do São Francisco Meus resumos medicina – Scheila Maria . Malária . FORMAS EVOLUTIVAS: . Trofozoítos, esquizontes, oocistos, esporozoítos e merozoítos. . Trofozoíto: forma ameboide intracelular que se altera para formas reprodutivas assexuadas, os esquizontes. Oocisto: formas sexuadas (presentes no inseto). Esporozoíto: forma capaz de invadir hepatócitos. Merozoíto: forma capaz de invadir hemácias. OBS: Hipnozoíto: merozoítos que diminuem o metabolismo e podem ficar anos alojados no fígado. Podem causar reagudização. Apenas em infecções pelo P. vivax e ovale. EPIDEMIOLOGIA: Prevalente nas Américas, Ásia e África (regiões tropicais de subtropicais). É a mais importante parasitose tropical, afeta 40% da pop em área de risco. 500 milhões de casos/ano, sendo a maioria na África. Doença negligenciada e subnotificada. No Brasil, as áreas de maior risco estão na região amazônica. CICLO DE VIDA: A fêmea do mosquito inocula esporozoítos na corrente sanguínea do homem. O parasita migra da corrente sanguínea para o fígado. Nos hepatócitos, os esporozoítos se transformam em esquizontes e originam milhares de merozoítos. O P. vivax e P. ovale evoluem para a forma de hipnozoítos. A fase hepática do ciclo dura aproximadamente 14 dias, correspondente ao período de incubação da doença. Passado o período de latência/incubação, os merozoítos entram novamente na circulação sanguínea, invadindo hemácias. No interior dos eritrócitos, os merozoítos podem originar os trofozoítos que, por divisão nuclear, formam os esquizonte ou ainda gametócitos, forma sexuada capaz de infectar o vetor. A fragmentação dos esquizontes no interior das hemácias culmina com a hemólise e a liberação de novos merozoítos na circulação, processo desencadeador do ataque paroxístico agudo. Nas fêmes do inseto anofelino terá origem o ciclo sexuado ou esporogônico do parasita. Os gametócitos realizam reprodução sexuada, dando origem ao zigoto que, até o amadurecimento, passa pelas fases de oocisto e esporozoíto. Este último migra para as glândulas salivares do mosquito e o capacitam à transmissão da doença. TRANSMISSÃO: Picadas do mosquito do gênero Anopheles. América: Anopheles darlingi PATOGENIA: No ciclo eritrocitário, há ocorrência de anemia e hipóxia. As citocinas e imunocoplexos liberados levam a fagocitose de hemácias, ação de auto-anticorpos, diminuição da hemoglobina, inflamação disseminada, endotelite, hemorragias, convulsões e febre alta. SINTOMATOLOGIA: Quadro clínico assintomático: uso profiláticos de antimaláricos, para evitar uma agudização tardia Sintomas iniciais: mal-estar, dor de cabeça, indisposição, cansaço e ligeira hipertermia Acessos maláricos (Ataque Paroxístico Agudo): Fase 1. Calafrisos/tremores intensos, frio, palidez. Dura em média 1h; Fase 2. Febre (41ºC), dores, queimação, vermelhidão e delírios. Dura 2-3h; Fase 3. Intensa sudorese, normalização da temperatura, fraqueza generalizada, sensação de alívio Recrudescência e recaídas: causadas pelos hipnozoítos DIAGNÓSTICO Clínico: história epidemiológica e confirmação laboratorial, febre intermitente durante 48-72h, anemia, hepatoesplenomegalia. Laboratorial: pesquisa do parasita (exame da gota espessa – Giemsa; esfregaço delgado), testes imunológicos. TRATAMENTO: Utilização dos derivados das quinolonas (quininas, amino-4-quinolona, amino-8-quinolona), pirmidina. Em gestantes o tratamento gera riscos de aborto, infecção, prematuridade e baixo peso ao nascer. PROFILAXIA: Mosquiteiro, tela, campanhas educativas, repelente, inseticida.
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