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A EMPRESA NO CONTROLE DA POLUICAO PROVA 2

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A EMPRESA NO CONTROLE DA POLUIÇÃO
Controle da poluição – em geral tem por objetivos atender às exigências estabelecidas nos instrumentos de comando e controle às quais a empresa está sujeita e as pressões da comunidade. 
As preocupações ambientais dos empresários são influenciadas por três conjuntos de forças que interagem reciprocamente: governo, sociedade e mercado 
Prevenção da poluição
Requer mudanças em processos e produtos afim de reduzir ou eliminar os rejeitos na fonte e aumentar a produtividade da empresa .
Há duas preocupações ambientais básicas:
Uso sustentável dos recursos 
Controle da poluição 
Normalmente as empresas têm três maneiras diferentes de abordarem o problema da poluição:
Controle da poluição
Prevenção da poluição
Abordagem estratégica
Controle da poluição 
O controle da poluição tem por objetivo atender às exigências estabelecidas nos instrumentos às quais a empresa está sujeita, e às 
pressões da comunidade
Como é feito o controle?
Estabelecimentos de práticas para impedir os efeitos da poluição gerada por determinado processo 
- Dar atenção aos efeitos negativos de seus produtos e processos produtivos mediante soluções pontuais
Dois processos muito utilizados:
-Técnicas de remediação
-Tecnologia de controle final do processo (end-of-pipe control)
Técnicas de remediação
As técnicas de remediação podem ser aplicadas para descontaminação de solo e de águas subterrâneas e podem ser divididas em dois tipos: 
a) técnicas in situ e b) técnicas ex situ. 
Na técnica in situ, a contaminação é tratada diretamente no meio impactado. 
Na ex situ, os contaminantes são trazidos para a superfície por meio de métodos diferenciados - envolvendo sempre a remoção, com escavação (solos) ou bombeamento (águas) - e passam por rigoroso tratamento antes de serem dispostos novamente ao meio natural
1) Quando há suspeitas de que a área é contaminada - questionamento que pode ser feito tanto pela construtora quanto pela prefeitura municipal - o órgão ambiental exige que seja feita uma avaliação e uma investigação.
 
2) Para fazer essa investigação, a construtora contrata os serviços de uma empresa especializada, que deverá realizar os trabalhos seguindo os procedimentos estabelecidos pelo órgão ambiental.
 
3) Quando é confirmada a contaminação, a investigação prossegue até a delimitação da área de contaminação e a avaliação de risco à saúde humana, que tem como objetivo tornar a área segura para o uso.
 
4) Depois de delimitada a contaminação, a empresa especializada apresenta ao órgão ambiental um plano de intervenção. Devem constar todas as medidas necessárias à ocupação segura da área, inclusive as medidas de engenharia e de restrição de uso.
Tecnologia de controle final do processo (end-of-pipe control)
O objetivo dessa tecnologia é capturar e tratar a poluição resultante de um processo de produção antes que seja lançado ao meio ambiente. 
Para isso , são adicionados novos equipamentos e instalações nos pontos de descarga dos poluentes. Ex: estação de tratamento de efluentes, preciptadores eletrostáticos, filtros e incineradores
(Um precipitador eletrostático, também conhecido como um filtro de ar eletrostático, é um equipamento de controle de poluição em fábricas que emitem gases e partículas poluidoras à atmosfera)
Resíduos sólidos urbanos
A norma brasileira – (NBR- 10.004) caracteriza como resíduos sólidos aqueles que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, hospitalar, doméstico, comercial, agrícola e de varrição.
Conforme o tipo de poluente, as soluções end-of-pipe torna-se complexas e custosas – normalmente envolvem mais de um tipo de tecnologia, por exemplo: resíduos sólidos resultantes de algum tipo de processo devem ser acondicionadas e dispostos em aterros industriais, instalações construídas especialmente para receber resíduos desse tipo. 
No caso de resíduos pastosos ou líquidos -, é necessário captar e tratar os efluentes líquidos e transformar o lodo resultante desse processo em material seco para dar-lhe destino seguro.
Segundo a norma ABNT NBR 10004:2004 classifica os resíduos sólidos em: 
•Resíduos Classe I–Perigosos 
•Resíduos Classe III
Resíduos Classe II ou não Inertes
Resíduos Classe I ou perigosos – constituídos por aqueles que, apresentam : toxidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, radioatividade e patogenicidade em geral, podem apresentar riscos à saúde pública e efeitos adversos ao meio ambiente
Resíduos Classe III ou inertes – são aqueles que não são solúveis em água, quando submetidos a um teste-padrão de solubilização
Resíduos Classe II ou não inertes – são aqueles que não se enquadram em nenhuma das classes anteriores 
Exemplos de resíduos Classe I - perigosos
Borra de tinta, latas de tinta, óleos minerais e lubrificantes, resíduos com thinner, serragem contaminadas com óleo, graxas ou produtos químicos, resíduos de sais provenientes de tratamento térmico de metais, estopas, borra de chumbo, lodo da rampa de lavagem, lona de freio, filtro de ar, pastilhas de freio, lodo gerado no corte, filtros de óleo, papéis e plásticos contaminados com graxa/óleo e varreduras 
Exemplos de Resíduos Classe II
Papeis, vidros e metais podem ser dispostos em aterros sanitários ou reciclados, com a avaliação do potencial de reciclagem de cada item. Exemplo de resíduos: materiais orgânicos da indústria alimentícia, lamas de sistemas de tratamento de águas, limalha de ferro, poliuretano, fibras de vidro, resíduos provenientes de limpeza de caldeiras e lodos provenientes de filtros, (uniformes e botas de borracha, pó de polimento, varreduras, polietileno e embalagens, prensas, vidros (para-brisa), gessos, discos de corte, rebolos.
As vias de acesso de uma substância tóxica ao organismo
 INALAÇÃO: absorção através do trato respiratório (gases tóxicos
 ABSORÇÃO CUTÂNEA: absorção através da pele
(contato físico)
 INGESTÃO: absorção através do trato digestivo
(alimentos, bebidas e medicamentos)
 INJEÇÃO: evento acidental com objetos pontiagudos
(contato físico acidental) 
RESÍDUOS PERIGOSOS: AS SUBSTÂNCIAS E SUAS CARACTERÍSTICAS
SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS
 Que queimam facilmente
 Classificam-se em inflamáveis, pirofóricas, combustíveis
(COMBUSTÍVEIS- substâncias com ponto de ignição entre 60,5 – 93,3 °C)
(PIROFÓRICAS - substâncias que se inflamam espontaneamente. Pós muito finos quando em situação de atrito são um exemplo)
(INFLAMÁVEL - ponto de ignição inferior a 60,5 °C) 
SUBSTÂNCIAS REATIVAS
Substâncias que participam de reações violentas, as quais podem
ocorrer entre moléculas dela mesma. Exemplos: TNT e nitroglicerina e metais alcalinos quando reagem com água.
SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS
Substâncias que “deterioram” os materiais com os quais entram em
contato (inclusive tecidos biológicos). Em sua maioria são ácidos e bases fortes. Exemplos: ácido sulfúrico (H₂SO₄), ácido clorídrico (HCl) 
SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS
São os núcleos que emitem partículas , ou radiação e que
contaminam o ambiente devido às atividades de extração mineral e uso nas indústrias nucleares (principalmente) e, na medicina. Exemplos: urânio (235U), bário (142Ba), plutônio (239Pu) 
Prevenção da poluição
A empresa procura atuar sobre os produtos e processos produtivos para evitar, reduzir ou modificar a geração de poluição, empreendendo ações com vistas a uma produção mais eficiente e, portanto, poupadora de materiais e energia em diferentes fases do processo de produção e comercialização
Princípios – mudanças e processos e produtos
Eliminação dos rejeitos na fonte
Prevenção aumenta a produtividade da empresa - redução de custos ou melhoria produtividade 
Exemplos: redução dos custos com materiais e energia, economia na disposição final dos resíduos, redução dos passivos ambientais- (pode ser definido como qualquer obrigação da empresa relativos aos danos ambientais causados por ela na sociedade e no meio ambiente), melhora geral dascondições de trabalho e imagem da empresa
A prevenção da poluição requerem duas preocupações básicas:
O uso sustentável dos recursos
E controle da poluição 
Abordagem estratégica
Os problemas ambientais são tratados como uma das questões estratégicas da empresa – relacionada à busca de uma situação vantajosa no seu negócio atual e futuro.
Sendo assim a gestão ambiental pode proporcionar os seguintes benefícios estratégicos:
Melhoria da imagem da empresa
Renovação do portfólio de produtos
Produtividade aumentada
Maior comprometimento dos funcionários e melhor relação de trabalho
Criatividade e abertura para novos desafios 
f) melhores relações com autoridades públicas, comunidade e grupos ambientalistas ativistas.
g) Acesso assegurado aos mercados externos
h) Maior facilidade para cumprir os padrões ambientais 
MODELOS DE GESTÃO AMBIENTAL
TQM – Administração da Qualidade Total (Total Quality Management) 
O TQM tem como fundamento reduzir os erros produzidos durante o processo de fabricação ou de serviços, aumentar a satisfação do cliente, agilizar a gestão da cadeia de fornecimento, a modernização dos equipamentos e garantir que os trabalhadores tenham o maior nível de formação 
TQEM- Administração de Qualidade Ambiental Total – (Total Quality Environmental Management )
Foi criado por uma ONG constituída por 21 grandes empresas multinacionais 
A TQEM considera que a base do sucesso empresarial está no atendimento das expectativas dos clientes em relação á qualidade ambiental, tendo como meta poluição zero. 
A ideia central é proporcionar um meio a uma empresa que já pratica uma administração baseada nos conceitos e práticas do TQM, possa transitar facilmente para o TQEM, pois ambos apresentam os mesmo elementos básicos :
Foco no cliente
Participação de todos
Qualidade com dimensão estratégica 
Trabalho em equipe
Parcerias com os clientes e fornecedores
Melhoria contínua 
TQEM é o conhecido TQM preocupado com as questões ambientais
Se defeito zero é uma meta do TQM, poluição zero é uma meta do TQEM
Para alcançar um desempenho ambiental cada vez mais elevado, o TQEM usa o ciclo de PDCA (do inglês, Plan-Do-Check-Act )

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