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FARMACOTÉCNICA II PORTIFÓLIO DE AULAS PRÁTICAS Aluna:Maria Aparecida Rodrigues SUMÁRIO 1-Apresentação 2-Cuidados para manipulação das formulações 3-Aula Prática 1- Emulsões Iônicas 4- Aula Prática 2 – Emulsões Não-Iônicas 5- Aula Prática 3 – Géis 6 – Aula Prática 4 – Pomadas e Pastas 7 – Aula Prática 5 – Xampu, Sabonete Líquido e Condicionador 8 – Aula Prática 6 – Suspensões 1-Apresentação Portifólio acadêmico Este portifólio acadêmico é uma ferramenta pedagógica que consiste em uma listagem de trabalhos realizados em aulas práticas de Farmacotécnica II dentro da Farmácia Universitária da Universidade Feevale, logo após as aulas teóricas realizadas em sala de aula. As aulas Práticas tiveram o acompanhamento e orientação da Professora Dra Simone G. Versa. Material usado na elaboração das práticas: Almofariz, bastão de vidro, becker, pipeta, espátula, pistilo, balança, chapa de aquecimento, pera de sucção, proveta, pisseta e fita de controle de pH. Para o procedimento de manipulação foi imprescindível a utilização da paramentação adequada como: Avental, luvas, touca e máscara descartáveis, conforme as orientações concedidas pela professora. 2 – Cuidados na Manipulação das Formulações: Manter os EPI’s limpos (jaleco, touca, máscara, luvas e óculos de segurança) e trocá-los quando for necessário; Sempre higienizar as mãos antes de manipular com água e detergente, e após secá-las, colocar as luvas; Higienizar as luvas e a bancada com álcool 70%; Faça o cálculo por grupo de cada fórmula que será manipulada, e em caso de dúvida, chame a monitora ou a professora; Antes de pesar as Matérias-Primas, confira o rótulo e a espátula/proveta correspondente; Sempre observar as vidrarias que serão utilizadas para medir ou pipetar as Matérias-Primas viscosas ou líquidas, cuidando para não misturá-las, pois um descuido pode comprometer toda a sua manipulação através de contaminações cruzadas; Sempre que for utilizar as fitas para medir o pH, coloque-as no lixo após o uso; Sempre lave as embalagens que serão dispensadas com água destilada e álcool 70%; Ao final das aulas práticas, lave bem as vidrarias do seu grupo, enxague com água corrente e em seguida, com água destilada e álcool 70%; Higienize a área da bancada onde seu grupo manipulou; Coloque os EPI’s nos devidos lixos; Quando houver quebra de alguma vidraria, comunicar imediatamente à monitora ou professora. 3-Aula Prática 1- Emulsões Iônicas As emulsões podem ser definidas como misturas heterogêneas, com pelo menos um líquido imiscível disperso em outro, na forma de gotículas com diâmetros geralmente maiores que 0,1 μm (MYERS, 1999; KNOLTON, 2006). O líquido que está disperso em pequenas gotas é chamado de fase dispersa, interna ou descontínua; enquanto que o outro é o meio de dispersão, fase externa ou descontínua. Para que ocorra a estabilização desse sistema, torna-se muito importante o uso de agentes emulsionantes. As emulsões podem ser preparadas de diferentes maneiras: água em óleo (A/O), sendo a fase interna água e a fase externa o óleo; óleo em água (O/A), com a fase interna aquosa e a externa oleosa; podem ainda ser emulsões múltiplas A/O/A ou O/A/O Creme Iônico ( Lanette) Nesta primeira aula prática foi preparado 100 gramas de creme iônico ( Lanette ) usando os seguintes componentes: FASE OLEOSA: 3 ml de Àlcool Cetílico (agente de viscosidade, emoliente ) 15ml de Lanette (emulsionante , agente de consistência ) 3ml de vaselina líquida ( agente emoliente ) 2ml de óleo de semente de uva (emoliente ) 0,1g de BHT (antioxidante ) 0,2g de Propilparabeno ( conservante ) 0,1g de Metilparabeno ( conservante ) FASE AQUOSA: 0,2g de EDTA dissódico (sequelante, quelante ) 5ml de Glicerina (umectante) 71,4 ml de água deionizada q.s.p ( solvente ) Técnica de Preparo: Foram pesadas na balança de precisão e medidas em provetas e pipetas os componentes da fase oleosa e da fase aquosa e em seguida misturados os componentes de cada fase em béqueres separados. A fase oleosa foi aquecida na chapa de aquecimento de forma lenta e a fase aquosa foi levada a chapa de aquecimento até alcançar a temperatura entre 75 e 80 ºC enquanto se mantinha a fase oleosa em uma temperatura em torno de 70 ºC. Foi adicionada a Fase aquosa sobre a oleosa em um gral agitando sempre enquanto adicionava-se, foi mantida a agitação até atingir 40ºC, em seguida foi verificado o pH e não foi necessário fazer a correção do mesmo pois ficou entre 5,5 e 6,5. Na segunda parte desta primeira aula prática também foi preparado 100 gramas de loção iônica ( Lanette ) usando a mesma técnica de preparo.: Apartir da Loção Iônica Pronta foi produzido uma loção hidratante perfumada. Componentes usados na loção hidratante perfumada: Uréia 5% Cálculo Essência qs 60g..............100% Corante qs x..................5% Loção iônica Lanette 60g x= 3g de uréia 60 – 3= 57g de Loção iônica Lanete Técnica de Preparo: Foi pesado 57 g da loção Iônica e adicionado 3 g de uréia, algumas gotas de essência e corante e obtivemos uma linda e perfumada loção. Observações: É importante que no momento da mistura das fases mantenha-se a agitação constante a fim de evitar ao máximo a formação de grumos. Conclusão: Nesta aula aprendemos as técnicas de preparação de emulsões Iônicas, as quais foram preparadas corretamente. Vimos a importância de se seguir o roteiro corretamente, trabalhar de forma organizada, para a manipulação de um produto de qualidade. Porque usamos o Lanette como emulsionate: Lanette é uma base aniônica composta por 90 partes de álcool graxo,10 partes de tensoativo e cera auto-emulsionante, que da caráter emoliente, espessante, umectante e conservante possibilitando sua utilização em fabricação de cremes e loções que requerem alta resistência a princípios ativos com essas características.Produtos de carga positiva podem quebrar a formulação, dependendo da concentração utilizada. (CATUNDA NEVES;A.P.M,1998).Por isso,é incompatível com ácidos orgânicos fortes ,já que estes reduzem bruscamente o pH. Concentrações entre 8 a 12% formam emulsões fluidas. Já a faixa de 12 a 20% forma emulsões de consistência cremosa. Este tipo de base emulsiona os componentes e emolientes normalmente usados em formulações cosméticas, possui ação hidratante com sensorial agradável mesmo com adição de ativos a formulação final. 4- Aula Prática 2 – Emulsões Não-Iônicas Conforme já comentado anteriormente que uma emulsão consiste em um sistema heterogêneo constituído por duas fases líquidas imiscíveis, uma das quais encontra-se dispersa no meio da outra na forma de pequenas gotículas e que um terceiro componente, o agente emulsificante é necessário para estabilizar a emulsão. Nesta aula trabalhamos com um tensoativo não iônicos ou seja: não possui carga específica (carga ionizável). Um tensoativo não iônico apresenta um balanço (equilíbrio) entre as porções hidrofóbicas e hidrofílicas das moléculas. As substâncias lipossolúveis geralmente emulsionam (estabilizam) sistemas A/O e as hidrossolúveis os sistemas O/A. São representados pelos ésteres de glicol e de glicerol, ésteres de sorbitano, polissorbatos, ésteres de álcoois graxos, ésteres de ácidos graxos e poliglicóis. Cold Cream Para formulação do Cold Cream foram usados os seguintes componentes: FASE OLEOSA: 12g de cera de abelhas ( emoliente, agente de viscosidade) Vaselina líquida (óleo mineral) 30 % ( emoliente, agente de viscosidade) Vaselina sólida 30 % ( emoliente) Monoestearato de glicerila (MEG) 2,5 % (emulsionante) BHT 0,1 % ( anti-oxidante) Propilparabeno (nipazol®) 0,1 % ( conservante ) Metillparabeno(nipagin®) 0,2% ( conservante ) FASE AQUOSA Borato de sódio (bórax) 1,0 % ( conservante ) Água deionizada q.s.p. 100,0 % ( solvente ) Essência qs Técnica de preparo: Foram pesadas na balança de precisão e medidas em provetas e pipetas os componentes da fase oleosa e da fase aquosa e em seguida misturados os componentes de cada fase em béqueres separados. A fase oleosa foi aquecida na chapa de aquecimento de forma lenta e a fase aquosa foi levada a chapa de aquecimento até alcançar a temperatura entre 75 e 80 ºC enquanto se mantinha a fase oleosa em uma temperatura em torno de 70 ºC. Foi vertida a Fase aquosa sobre a oleosa em um gral agitando sempre enquanto adicionava, foi mantida a agitação até atingir 40ºC, foi adicionada a essência e em seguida foi verificado o pH e não foi necessário fazer a correção do mesmo pois ficou entre 6,0. Observação: Nesta aula prática preparamos também um Creme e uma Loção Não-iônicos que seguiram a mesma técnica de preparo mudando apenas os componentes para o preparo. Conclusão: Na teórica aprendemos que quanto maior a tensão interfacial mais difícil a formação de uma emulsão e menos estável ela será. Sendo assim consegui entender na prática a importância do agente emulsificante para se obter uma emulsão estável e como ele age reduzindo a tensão interfacial entre os líquidos. O agente emulsificante deve ser utlizado em função do tipo de emulsão requerido Para peles infantis e sensíveis escolha deve ser sempre de um emulsionantes não-iônicos e quando queremos uma formulação de alta permeação cutânea o ideal é usar emulsionantes aniônicos. -Aula Prática 3 – Géis Os géis são formas farmacêuticas semi-sólidas, constituídas da suspensão de pequenas partículas inorgânicas ou de grandes moléculas orgânicas interpenetradas por um líquido. O gel é composto por agente gelificante, veículo e conservantes, podendo também haver a presença de outros adjuvantes técnicos, como os umectantes. Os agentes gelificantes são utilizados nas preparações farmacêuticas e cosméticas por conferirem aumento de viscosidade. Essa elevação de viscosidade deve-se ao seu elevado grau de solvatação e hidratação e à capacidade de reter moléculas dos líquidos nas suas cadeias macromoleculares (FERREIRA, 2008). Geralmente, são utilizados polímeros como substância formadora do gel, ou agente gelificante. Dependendo das características do polímero, os géis podem apresentar natureza iônica ou não-iônica. Os géis aniônicos são pH dependentes, apresentando-se mais estáveis em pH neutro ou próximo do neutro. Já os géis de caráter não-iônico possuem estabilidade em ampla faixa de pH, tornando possível a veiculação de substâncias ácidas (CORRÊA et al., 2005). Solução Carbopol 2% (m/V) Nessa aula primeiramente um grupo preparou 400mL de solução de Carbopol® 2% (m/V) para que fosse usada por todos os grupos Para o preparo da solução de Carbopol 2% (m/V) foram usados os seguintes componentes: 8g de Ácido poliacrílico (Carbopol 940®)(Agente de viscosidade) 2-o,4g EDTA (sequestrante) 3-o,8g Metilparabeno ( conservante) 4- 390,8 ml de Água purificada ( solvente ) Técnica de Preparo: Foi tudo misturado e agitado para não ficar com grumos. Depois foi dividido entre os grupos para que fosse usado nas próximas formulações. Nesta aula preparamos géis de ácido poliacrílico ( Carbopol ) ( Gel Iônico ) e géis de Hidroxietilcelulose-Hec (Cellosize ou Natrosol) (Gel Não-Iônico). Gel Fixador Para Cabelos: No preparo do Gel Fixador Para Cabelos foram usados os seguintes componentes: FASE A 1-Água purificada qsp 100 % ( solvente ) 2 -Metilparabeno(Nipagin®) 0,2 % ( conservante ) 3- Propilenoglicol 3% ( umectante ) 4- Sol. de Carbopol 2% 35,0 % ( agente formado de gel ) FASE B 5-Alcalinizante qsp pH 7,0 ( regulador de pH FASE C 6- PVP-K-30 2,0 % ( polímero, fixador ) 7-Água deionizada 10 % ( solvente ) 8- Propilenoglicol 3,0 % ( umectante ) FASE D 9 -Corante Qs ( corante ) 10 -Essência Qs ( essência ) Técnica de Preparo Para preparo do gel fixador para cabelo primeiramente foram pesados e medidos os componentes da fase A e separados em um bequer. Sendo eles: 0,2g de Metilparabeno,3 ml de Propilenoglicol, 35g de Solução de Carbopol, 46,8ml de água purificada, foi dissolvido o metilparabeno no propilenoglicol e adicionado a água a seguir a solução de carbopol. Em seguida na fase B foi feito a regulação do pH em 7,0, foram pesados os componentes da fase C: 2g de PVP-K-30, 10ml de água deionizada e 3ml de propilenoglicol, em um gral foi dispersado o PVP-K-30 na água deionizada e aos poucos adicionado o propilenoglicol em seguida misturadas a fase A/B, após adicionados corante e essência em quantidade suficiente. Observação: Percebi a importância da escolha do polímero ( gelificante) na formulação e do umectante para evitar a perda de água. Conclusão: A fase mais crítica na preparação de géis refere-se à hidratação do polímero. Esta deve ser feita de modo criterioso e gradual. A adição de excesso de água pode levar à formação de grumos que dificultam a dispersão mecânica de forma a comprometer a homogeneidade ou a uniformidade da formulação. A adição de outros adjuvantes (ex.: solubilizantes), bem como o acerto de volume e pH, devem ser feitos só após a homogenização (uniformização) parcial do veículo. A aula prática de manipulação de géis foi muito importante, pois permitiu aplicação prática da teoria. Também foi importante para conhecer os principais tipos de géis, conhecer os componentes das formulações e suas respectivas funções nas mesmas. Também permitiu o conhecimento sobre as técnicas de preparação e também os cuidados que se deve ter no armazenamento desses produtos. Foi alcançado os objetivos na prática do preparo de géis, com a assimilação concreta do conceito, a utilização e função correta desses géis preparados. – Aula Prática 4 – Pomadas e Pastas POMADAS As pomadas são formulações para uso tópico, exclusivamente ou quase exclusivamente constituídas por um ou mais corpos gordurosos de consistência mole, gordura semi-sólida ou gordura plástica. As pomadas devem apresentar aspecto homogêneo, ser inerte, inodoro e de boa consistência. Uma das principais características da pomada é que não fluem em condições normais, somente quando aplicada alguma tensão. Nestas condições, amolece ou funde com a temperatura corporal e devem apresentar boa espalhabilidade. Pomada de Lanovaselina ( Hidrocarbonada ) Base para Pomadas Para preparação da pomada de Lanovaselina foram usados os seguintes componentes: EDTA 0,05 g ( sequestrante ) BHT 0,05 g ( antioxidante ) Vaselina líquida qs ( emoliente ) Lanolina anidra 30 g ( emoliente ) Vaselina sólida qsp 100,0 g ( emoliente/agente de consistência ) Técnica de Preparo: Nessa prática fizemos a pomada de lanovaselina usada como base para outras pomadas em que se adiciona os princípios ativos. Foram pesados 0,05g de EDTA e 0,05g de BHT que foram solubilizados em qs de vaselina líquida, em seguida foram pesados 30g de lanolina anidra e 100g de vaselina sólida em um bequer e levados para a chapa de aquecimento para fundir, em seguida foram misturados todos os componentes em gral com pistilo. Foi uma prática tranquila não tivemos dificuldades só o cuidado para que a lanolina e vaselina fossem bem fundidas para que a mistura ficasse perfeita. Nesta aula prática também foi preparada uma pomada para assaduras usando a Pomada Base de Lanovaselina Observação: A vidraria deve ser limpa com papel antes de lavar para desengordurar e facilitar a limpeza. PASTAS Pasta é o nome dado a uma forma farmacêutica semi-sólida, caracterizada pela elevada porcentagem de sólidos insolúveis em sua constituição, variando normalmente este conteúdo de 20% até 60%, sendo mais firmes e espessas que as pomadas, mas sendo, geralmente, menos gordurosas e mais absorventes que elas. Pasta D’agua ( Hidrofílica) Para o preparo da Pasta D’agua foram usados os seguintes componentes:1-Óxido de zinco 24,0 g ( Pó protetor ) Talco 25,0 g ( Pó protetor ) Mentol 0,3 g ( agente antipruriginoso) Cânfora 0,6 g (agente antipruriginoso ) Metillparabeno (em qs de etanol) 0,1 g ( conservante ) Glicerina 25,0 g ( umectante ) Água de cal* 25,0 g ( agente calmante ) Técnica de Preparo: Para o preparo desta formulação foi pesado 0,1g de Metilparabeno e em um gral solubilizado com qs de Etanol e adicionado 0,3g de Mentol e 0,6 de Cânfora. Foram pesados 24g de Óxido de Zinco e 25g de Talco os quais foram tamisados e seguida medidos 25ml de Glicerina e 25ml de Água de Cal. Aos poucos fomos colocados no Gral a mistura de óxido de zinco e talco e a Glicerina, após usada toda a glicerina continuamos com a água e cal, sempre aos poucos e misturando bem. Obtivemos uma pasta de boa consistência, tivemos que ter bastante calma na hora misturarmos pois teve que ser bem devagar e cuidando para não ficar grumos. Observação: É importante que o óxido de zinco seja triturado exaustivamente e que a glicerina seja adicionada lentamente a mistura de pós a fim de evitar ao máximo a formação de grumos. Conclusão: Alcançamos os objetivos na prática do preparo de Pomada e Pasta, com a assimilação concreta do conceito, a utilização e função correta dessas pomadas e pastas preparadas. . 7 – Aula Prática 5 – Xampu, Sabonete Líquido e Condicionador Xampu e Condicionador: Ambos possuem, em sua formulação, moléculas de surfactantes. Os xampus e condicionadores diferem, basicamente, na carga do surfactante: o xampu contém surfactantes aniônicos, enquanto que os condicionadores têm surfactantes catiônicos. O surfactante ajuda a solubilizar as sujeiras, e lava o cabelo. Um problema surge do fato de que surfactantes aniônicos formam complexos estáveis com polímeros neutros ou proteínas, como é o caso da queratina. O cabelo, após o uso do xampu, fica carregado eletrostaticamente, devido à repulsão entre as moléculas de surfactantes (negativas) "ligadas" à queratina. É aí que entra o condicionador: os surfactantes catiônicos interagem fracamente com polímeros e proteínas neutras, e são capazes de se agregar e arrastar as moléculas de xampu que ainda estão no cabelo. Nesta quinta aula prática preparamos xampu e sabonete líquido. Xampu para cabelos normais Na preparação do xampu para cabelos normais foram usados os seguintes componentes: Lauril éter sulfato de sódio (Texapon HBN®) 24% ( tensoativo primário aniônico ) Cocoamidopropilbetaína 3% (tensoativo secundário ) Lauril poliglicosídeo 6% ( tensoativo secundário ) ( não-iônico ) Metilparabeno 0,2% ( conservante ) Propilparabeno 0,1% ( conservante ) PEG-7-gliceril-cocoato 0,5% ( agente de viscosidade ) EDTA dissódico 0,1% (sequestrante ) Água destilada Qsp 100% ( solvente ) Cloreto de sódio (cerca de 2,0 g) ( agente de viscosidade ) Sol. ácido cítrico Qsp pH 6,0- 6,5 ( regulador de pH ) Técnica de Preparo No preparo desta formulação foi solubilizado 0,2 ml de Metilparabeno , 0,1g de Propilparabeno em 6ml de Lauril Poliglicosídio aquecido a 40°C, reservar para esfriar. A seguir foi pesado/medido os seguintes componentes: 24ml de Lauril éter sulfato de sódio 9Texoapon HBN®), 3ml de Cocoamidopropilbetaína), 0,5g de PEG-7- gliceril-cocoato, 0,1g de EDTA dissódico e 56,1 ml de água destilada, em seguida foi misturado sob agitação lenta para não haver formação de espuma e adicionado lauril poliglicosídeo com os conservantes, foi solubilizado cerca de 2,0 g de cloreto de sódio em 10ml de água destilada e adicionado aos poucos e após foi ajustado o pH (6,0 – 6,5) com solução de Ácido cítrico, por último adicionado corante e essência. Observação: São produtos normalmente fabricados a frio, tendo como principal cuidado o seu sistema de agitação. O normal é trabalhar com baixa e controlada agitação. Com relação aos testes de controle de qualidade, o primeiro e mais importante que deve ser feito é o de pH. Num xampu, normalmente, a viscosidade tem relação com o pH, ou seja, corrige-se o pH até a faixa estabelecida, depois procede-se os demais testes, como viscosidade, cor, odor, aparência, etc. É importante é a adição de cloreto de sódio para acerto da viscosidade. O condicionador deverá possuir caráter catiônico, pois isto permite uma afinidade para com a queratina e nesta se fixam, dando certas peculiaridades ao cabelo – Aula Prática 6 – Suspensões Suspensão é uma forma farmacêutica que apresenta duas fases, uma líquida, também chamada de externa, dispersante ou contínua, e uma sólida chamada de interna, dispersa ou descontinua. As partículas sólidas são insolúveis na fase líquida tendendo a sedimentar. O sedimento formado, no entanto, deve ser facilmente redisperso com agitação. (FERREIRA, 2002). A fase líquida deve possuir certa viscosidade, e pode ser de natureza aquosa ou oleosa. As suspensões não devem ser filtradas e podem ser utilizadas nas preparações de uso oral, parenteral, dermatológico, oftálmico, nasal, otológico e retal, entre outros. (FERREIRA, 2002; SINKO, 2008; KULSHRESHTHA, 2010). Nesta aula foram formuladas – Suspensão de Ibuprofeno 600 mg/5 ml e Suspensão de Hidróxido de Alumínio 300 mg/5 ml Suspensão de Ibuprofeno 600 mg/5 ml ( Alivium ) No preparo da Suspensão de Ibuprofeno 600 mg/5 ml foram utilizados os seguintes componentes: carboximetilcelulose sódica 0,7 % ( agente fluoculante ) glicerina 5 % + 5 % (umectante ) essencia de framboesa 0,1 % ( edulcorante /essência ) sacarina sódica 0,01 % ( sabor/ adoçante ) Ibuprofeno 12 % ( princípio ativo/fármaco ) polissorbato 80 (Tween 80®) 0,7 % ( agente emoliente /tensoativo ) sorbitol 20 % ( umectante ) solução de conservantes 5 % ( conservante ) solução ácido cítrico qs pH 3,5 - 4,5 (regulador de ph ) água qsp 100 ml ( solvente ) Técnica de preparo: Para o preparo desta formulação no copo graduado foram dispersos a carboximeticeluose com 5 ml de glicerina em seguida adicionado 40 ml de água, a essência e reservado. (Fase A )Na fase seguinte foi pesada a sacarina sódica em béquer e dissolvida com 5 ml de água e adicionado à Fase A. No gral foi homogeneizado o ibuprofeno com 5 ml de glicerina e com o polissorbato 80 (Fase B). Foi adicionado aos poucos e misturando com o pistilo a Fase A sobre a Fase B. Em seguida foi adicionado o sorbitol e homogeneizado novamente assim como o conservante. Para finalizar foi acertado o pH e completado o volume até 100 mL. Observações: O agentes fluoculante é muito importante na preparação de suspensões pois favorece a floculação, que é o processo no qual as partículas se agrupam formando aglomerados frouxos facilmente redispersíveis. Conclusão: As suspensões orais apresentam vantagens como permitir a viabilidade de um fármaco insolúvel na forma líquida, mascarar um sabor desagradável; possuir maior velocidade de absorção do fármaco quando comparada à forma sólida oral, as partículas finamente divididas de dissolvem mais rapidamente nos fluidos do Trato Gastrintestinal; possuir maior estabilidade quando comparada às soluções, como o fármaco não está dissolvido apresenta maior resistência à hidrólise; e os fármacos instáveis em soluções aquosas podem ser empregados em suspensões extemporâneas ou em veículos não aquosos. Esta forma farmacêutica não deve ser utilizada para fármacos de baixo índice terapêutico, devido ao maior risco de erro na administração. (FERREIRA, 2002)