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RELATÓRIO AULA PRÁTICA DE EMULSÕES

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RELATÓRIO AULA PRÁTICA DE EMULSÕES
1. PRODUTO FARMACÊUTICO
Creme de ureia e calêndula.
2. FORMA FARMACÊUTICA
Emulsão O/A.
2.1 FUNDAMENTOS DA FORMA FARMACÊUTICA
A emulsão é um sistema disperso líquido-líquido, composto por duas
fases, uma de caráter lipofílico e outra de caráter hidrofílico, no qual
gotículas de uma substância (fase interna) está disperso sobre outra
substância (fase externa) por meio da ação de um ou mais tensoativos.
Quando a fase interna é lipofílica e a fase externa é hidrofílica a
emulsão é classificada como O/A (óleo em água), enquanto quando a
fase interna é hidrofílica e a fase externa é lipofílica a emulsão é
classificada como A/O(água em óleo).
3. FÓRMULA
Água destilada, álcool cetoestearílico, estearato de octila, tintura de
Calendula officinalis L., vaselina líquida, uréia, vaselina branca, lauril
sulfato de sódio, metilparabeno, propilparabeno.
4. DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES DA FORMULAÇÃO DE ACORDO
COM A TABELA ABAIXO
Substância
Quantidade
(g ou mL)
utilizada
% na
formulação
Estado
fisico
solubilidade Função nesta
formulação
Incompatibilidade
s
Estearato
de octila
10
gramas
10%
Líquid
o
Solúvel em
água
Emoliente e
agente de
consistência
Álcool
cetoestearil
ico
13,5
gramas
13,5% sólido Insoluvel
em água;
Emoliente e
agente de
consistência
vaselina
branca
2 gramas 2% Semi
Sólida
Insoluvel
em agua
Emolientes e
agente
oclusivo
vaselina
líquida
5 gramas 5%
líquido
Imiscível
em água.
Miscível em
benzeno,
clorofórmio
e éter
etílico
Emolientes e
agente
oclusivo
Nipazol 0,1 grama 0,1% Sólido Solúvel em
Éter e
etanol
conservante
da fase
oleosa
surfactantes não
iônicos
Lauril
sulfato de
sódio
1,5
gramas
1,5% Solúvel em
água e
solventes
polares
tensoativo
Nipagin 0,1 grama 0,1% Sólido Solúvel em
etanol e
água
aquecida
conservante
da fase
aquosa
polissorbato 80
água
destilada
67,8 ml 67,8% líquido Miscível
com a
maioria dos
solventes
polares
veículo Reage com
metais alcalinos e
óxidos de metais
alcalinos; sais
anidros
Uréia 3 gramas 3% sólida Solúvel em
água e
etanol
hidratante
Tintura de
calêndula
5 gramas 5% Líquid
a
solúvel em
água
Cicatrizante;
antiinflamatóri
a
As quantidades de tintura de arnica e a água destilada foram medidas em
provetas, já que o parâmetro utilizado foi o volume. Os demais
componentes tiveram suas quantidades pesadas utilizando uma balança
analítica, já que o parâmetro utilizado foi a massa.
5. TÉCNICA DE PREPARO
5.1 PREPARO DO CREME BASE (LANETTE®)
O creme base trata-se de uma emulsão O/A (óleo em água), na qual a fase
dispersa é a fase oleosa, de caráter lipofílico e a fase dispersante é a fase
aquosa, de caráter hidrofílico. Cada uma das fases foi preparada
separadamente e foram homogeneizadas posteriormente por meio de
emulsificação.
5.1.2 PREPARO DA FASE OLEOSA POR MÉTODO DE FUSÃO
Em uma cápsula de inox foram adicionados o estearato de octila, o álcool
cetoestearílico, a vaselina branca, a vaselina líquida e o propilparabeno, os
componentes foram então levados ao aquecimento até atingir a
temperatura de 70⁰C, na qual ocorreu a fusão de todas as substâncias. A
homogeneização foi auxiliada por meio de agitação mecânica utilizando um
bastão de vidro.
5.1.3 PREPARO DA FASE AQUOSA
Em um caneco, foram postos a água destilada e o metilparabeno e a
mistura foi levada ao aquecimento em uma placa aquecedora até a
homogeneização dos componentes, que foi auxiliada por meio do uso de
um bastão de vidro. Em seguida o caneco contendo a mistura foi retirado
da do aquecimento e o tensoativo lauril sulfato de sódio foi incorporado à
mistura por meio de agitação com bastão de vidro.
5.1.4 EMULSIFICAÇÃO
O caneco contendo a fase aquosa foi levado ao agitador mecânico, e após
o agitador ter sido ligado, a fase lipofílica foi adicionada de uma só vez. A
agitação mecânica foi mantida até que a formulação atingisse a
consistência semissólida e esfriasse até a temperatura ambiente (figura 1).
O creme base foi então retirado da agitação e reservado para a
incorporação dos ativos ureia e tintura de calêndula.
Figura 1: na etapa 1 as fases oleosa e aquosa ainda separadas, na etapa 2, a fase oleosa começa a ser
despejada dentro da fase aquosa dando origem a um líquido branco (início da emulsificação). Na etapa 3 a
mistura começa a adquirir a consistência semissólida e na etapa 4 o creme base é formado.
5.2 INCORPORAÇÃO DOS ATIVOS
Em um gral, foram postos os cristais de ureia, que foram triturados com o
auxílio de um pistilo até que tomasse a forma de um pó branco e opaco,
em seguida foi adicionada a tintura de calêndula, e novamente com o
auxílio do pistilo ambos os componentes foram homogeneizados até se
tornarem um líquido de aparência uniforme. Depois disso, o creme base foi
incorporado à mistura (figura 2), ocorrendo a homogeneização com o uso
do pistilo até a preparação se tornar uniforme.
Figura 2: O creme base (creme branco aderido à espátula) foi incorporado aos ativos presentes no gral (líquido
presente no fundo do recipiente).
5.3 PONTOS CRÍTICOS DA TÉCNICA
Durante o preparo do creme base (Lanette®) é necessário adicionar o
Lauril sulfato de sódio à fase aquosa (metilparabeno + água destilada) logo
após realizar a homogeneização sob aquecimento, para que a emulsão
consiga ocorrer. Além disso é imprescindível que ao verter a fase aquosa
sobre a fase oleosa ambas estejam aquecidas e sob agitação mecânica.
No preparo do creme de uréia e calêndula é importante que a uréia seja
triturada no gral com auxílio de um pistilo até se tornar um pó fino e sem
brilho, para depois colocar a tintura de calêndula e finalizar com qsp de
creme base.
Para evitar grandes perdas no produto final, é necessário verificar se todo
o creme base está sendo retirado dos utensílios utilizados após a
emulsificação, e transferido para o gral, para finalizar o preparo com a
uréia e a calêndula.
6. EMBALAGEM
O creme de ureia e calêndula foi envasado em frascos de plástico branco
opaco com o auxílio de uma espátula (pão-duro), e os frascos foram
tampados e rotulados conforme as informações da formulação.
7. VALIDADE
A validade é de 90 dias após a data da manipulação.
8. USO
Uso tópico.
9. INDICAÇÃO TERAPÊUTICA
A ureia tem como propriedade reter água, aumentando o grau de
hidratação da pele. A tintura de Calendula officinalis L. possui propriedades
anti-inflamatórias. O creme de ureia e calêndula pode ser utilizado para
prevenir ou auxiliar o tratamento contra o ressecamento e inflamações da
pele, especialmente das mãos e dos pés.
10. MODO DE USAR
Aplicar uma ou duas vezes ao dia o creme sobre a área da pele que se
encontra ressecada ou inflamada e espalhar até a absorção.
OBSERVAÇÕES: Este produto é contraindicado para alérgicos a qualquer
um dos componentes da sua fórmula. Não aplicar sobre feridas ou outros
tipos de lesões abertas. Não ingerir o produto. Em caso de aparecimento de
irritação, prurido ou lesões da pele após o uso deste produto, procurar ajuda
médica.
MANIPULADO POR: Leonardo Salomon de Araujo, Rodrigo Alberto dos
Santos, Rafael Silva de Aquino, Laiane Dutra Rosa.
Data: 16/05/2023
TURMA: FFA2 (8h – 10h)
Referência Bibliográfica
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira, 6ª ed., 2019. Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, RDC nº 166, de 24 de Julho de 2017.
Bermar, Kelly Cristina de Oliveira Farmacotécnica ·Técnicas de Manipulação de
Medicamentos I Kelly Cristina de Oliveira Bermar. •• 1. ed. -São Paulo : Érica, 2014.
Rowe, Raymond C; Sheskey, Paul J; Quinn, Marian E. Handbook of pharmaceutical
excipients. the Pharmaceutical Press. 6ª edição., 2009.

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