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Trabalho Ciências Humanas

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TRABALHO DE CIÊNCIAS HUMANAS
ALIMENTAÇÃO
A alimentação certamente consistia no maior problema das longas viagens marítimas. Tudo começava antes da partida, já que os navios eram abastecidos de forma insuficiente pelo Armazém Real, observando que a falta de gêneros era uma constante em Portugal. Daí mais um dos fatores que impulsionariam a expansão: o controle de novas regiões produtoras de alimentos. Escassos e armazenados nos porões úmidos dos navios, estragavam já no início da viagem e seu consumo associado aos péssimos hábitos higiênicos eram motivos de muitas perdas na tripulação.
       Entre os mantimentos levados na viagem estavam: biscoitos, carne salgada,  peixe seco (principalmente bacalhau salgado), banha, lentilhas, arroz, favas, cebolas, alho, sal, azeite, vinagre, mel, passas, trigo, vinho tinto e água, sendo que alguns alimentos eram mantidos em barricadas de sal com a finalidade de conservá-los por longos períodos. As embarcações também transportavam animais vivos, tais como: galinha, coelho, carneiros, entre outros. Para o preparo dos alimentos, os navios costumavam carregar 2 ou 3 fogões.
       O acesso aos mantimentos era rigidamente controlado, seja pelo “despenseiro”, seja pelo Capitão que os distribuíam as tripulantes conforme o posto: os oficiais ficavam com os suprimentos em melhor estado, enquanto os marinheiros pobres eram obrigados a comer biscoito podre com baratas e com bolor fedorento e fétido, entre outros elementos em estado acelerado de decomposição. Nas calmarias, quando a nau poderia ficar horas ou dias sem se mover, sob o calor tórrido dos trópicos, os marinheiros famintos ingeriam de tudo: sola de sapatos, couro dos baús, papéis, biscoitos repletos de larvas de insetos, ratos, animais mortos, e até mesmo carne humana. Muitos matavam a sede com própria urina, enquanto outros preferiam o suicídio.
     A qualidade da água era também muito comprometida, pois geralmente eram poucas ou nenhuma escala para o reabastecimento. Á partir da conquista de novas terras e contatos com outras culturas, pouco a pouco a alimentação nos navios foram mudando, graças á assimilação de novos gêneros e hábitos, porém o processo foi lento.
CONDIÇÕES DE HIGIENE
As condições de higiene a bordo eram as piores possíveis, e o espaço para acomodação da tripulação era muito restrito. Nas viagens eram levadas água-de-flor e ervas aromáticas com a intenção de disfarçar os odores nauseantes. A má higiene costumava contaminar os alimentos e a água, e nas pessoas e nos alimentos proliferavam todos os tipos de parasitas: piolhos, pulgas e percevejos, além de ratos e baratas. No ambiente o banho era impensável e impossível devido á insuficiência de água, utilizada somente no preparo de alimentos e na hidratação, e não havia banheiros nos navios sendo que os viajantes recorriam a pequenos assentos pendurados sobre a amurada dos navios. Ninguém se lavava, pois o banho era considerado nocivo à saúde. Confinados em cubículos, passageiros satisfaziam as necessidades fisiológicas, vomitavam ou escarravam próximos de quem comia - quando não sobre - o que era considerado comum a bordo da embarcação.