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Atígo Científico Ciência de Dados_622888

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A CONTRIBUIÇÃO DO BIG DATA, PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO PARA A COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL
Emerson Souza de Moraes
Resumo 
O atual trabalho visa apresentar e elucidar as condições necessárias para que haja a adesão eficiente do Big Data pelas instituições do âmbito privado no que diz respeito à ações, habilidades, gerência de produção e resultados. Para que seja possível alcançar este objetivo, será feita uma síntese teórico-conceitual acerca do aumento da circulação de dados e informações no período da Revolução Digital, tratando também sobre propensão das empresas de se apoderarem de tecnologias adaptáveis de informação e comunicação capazes de proporcionar uma transformação no modus faciendi e modus pensandi. O contato estabelecido entre aparelhos tecnológicos e atitudes humanas dá início a um processo bilateral de influência entre as partes, fomentando uma nova forma de mediação, chamada de “Hipercultura”. Através dos achados na literatura pesquisada, foi possível ter conhecimento do grau de presteza por parte das organizações em relação a esta temática, bem como da influência exercida sobre o êxito ou insucesso, quando se leva em consideração a capacidade analítica e das condições de Tecnologias de Informação e Comunicação presentes nas organizações. Por fim, o estudo apresentará possíveis desdobramentos a respeito das concepções apresentadas.
Palavras-chave: Big Data, Business Analytics, Hipercultura, Teoria da estruturação.
1 Introdução 
Há algum tempo, o ser humano depara-se com a necessidade de fazer registros relacionados a sua vida e dia-a-dia. Durante a pré-história, os povos tinham o costume de registrar eventos importantes no interior das cavernas, como situações de caça e rituais. Através destas expressões, criou-se um complexo de informações que são ampliadas a cada ano que passa. Entretanto, é possível afirmar que no meio deste material relacionado ao passado, também existem informações preciosas, raras, repletas de conhecimento, de elementos e condutas característicos de uma época passada, capazes de contribuir para deliberações a serem tomadas atual e futuramente. 
No universo contemporâneo, as formas de obter sucesso nos negócios e de permanecer em uma posição de poder são coisas que não possuem o mesmo grau de dificuldade, visto que a complexidade das relações sociais, enlaçada às várias tecnologias presentes nas ações do cotidiano, fez com que o sentido das equações que gerenciam os fenômenos sociais e naturais não ficasse tão claro. Tal complicação propiciou uma busca crescente pela ordenação dos dados, principalmente no âmbito empresarial, onde trabalhadores, provedores e consumidores concebem conteúdos e acessam por meio de 
vários filtros (datas, unidades de negócio, linha de produtos, entre outros) a mesma massa de dados. 
A constante impressão de corrida contra o tempo e a ânsia por informações novas na Internet não se constitui como uma casualidade. A própria rede foi criada em função da necessidade de rapidez e agilidade por parte dos cientistas do exército no período da Guerra Fria. Com receio dos resultados de um ataque nuclear nos sistemas de comunicações tradicionais, líderes do Norte da América fomentaram o projeto ARPANet(Advanced Research Projects Agency Network), que se referia a um conjunto de computadores que, por ventura, se transformaram na Internet. Após três décadas, iniciou-se a expansão da Web, também devido à necessidade de urgência. No entanto, apresentava razões distintas, visto que objetivava propiciar a difusão de conteúdos com maior simplicidade, clareza e velocidade para o grupo científico. Devido ao grande êxito obtido, fez-se necessário sua progressiva elaboração. 
Esta questão do imediatismo, da urgência de dados ainda se constitui como um problema que necessita de resolução. Na concepção de muitos autores, os dados são tidos como um entendimento de mundo, sendo capazes de possibilitar que os indivíduos transpassem as noções básicas fornecidas pelos sentidos, pois configuram-se como indícios da realidade, retratando o fato real, e, quando são insuficientes para atender questões existencialistas, têm o poder de estender a subsistência, em termos de tempo e qualidade. 
Na década de 70, em que os desenvolvedores da Tecnologia da Informação obtiveram rápidos avanços no que tange à melhora de paradigmas, surgiu a expressão “Revolução Digital”, que foi instituída de forma natural. Como efeito da Revolução Digital, os dados não são mais inertes ou antiquados. Ao contrário disso, tais dados se transformaram em um elemento fundamental dos negócios, sendo utilizados para dar vida a um novo modo de valor econômico. 
O ato de informatizar, que se constitui como um fenômeno ativo, proporcionou diversas alterações relacionadas à Revolução Digital, impactando de forma direta os indivíduos e modificando a existência coletiva e individual. Com o advento dos computadores, da Internet, da World Wide Web e das Redes Sociais, pode-se dizer que a vida e a rotina foram totalmente modificadas, pois tais recursos têm transformado as sociedades de serviço em sociedades digitais. 
A crescente ascensão dos computadores possibilitou que os dados expandissem o índice de desconhecimento acerca de seus significados, visto que a competência e a sofisticação de processamento não seguiram a velocidade de progresso do conjunto de registros propositais e eventuais dos usuários. 
O website “Big Data at the Speed of Business”, da IBM, indica que o mundo tem produzido quintilhões bytes de dados cotidianamente, o que quer dizer que 90% dos dados do mundo foram concebidos nos dois últimos anos. Este número elevado de dados e o aumento da capacidade de processamento são compreendidos pela expressão “Big Data”.
No atual estudo, o termo utilizado será “Big Data & Analytics”, pois faremos uso de uma perspectiva ampliada acerca da temática, abrangendo os requisitos de análise estatística avançada, ponto de vista organizacional e infraestrutura tecnológica específica que estão associados à noção de pacote de soluções corporativo. Cabe apontar o fato de que, no contexto industrial, as decisões que são tomadas fundamentadas em dados contribui para um aumento de 5% em produtividade e 6% em rentabilidade. Ainda que seja evidente sua eficiência, as gerências de algumas organizações recusam o uso da abordagem Big Data. Em tais situações, para ser possível entender a conduta adotada pelas empresas, torna-se necessário analisar como os funcionários lidam com os fatos que estão fora de seu domínio, como, por exemplo, a informação de que o Big Data foi implantado na organização em que trabalham. 
É recomendado que os indivíduos tenham conhecimento e assimilem o sentido de Big Data & Analytics por meio do contato com suas funções, sendo necessário que o ambiente disponha de circunstâncias propícias para o aprendizado. De forma coerente, é preciso que a empresa possua dispositivos compatíveis (software, hardware e rede) para tal prática, bem como o oferecimento de talentos capacitados para estudo, aquisição e formação do conhecimento.
2 Referencial Teórico
2.1 A gestão da informação e do conhecimento
Conforme Gonzales de Gomes (2009), ao final do século XIX, os conhecimentos aplicados à gestão informacional se constituíram de forma inédita como tema de estudo da ciência, por meio da disciplina Documentação, visando uma maior velocidade no fluxo de documentos existentes. Até meados do século seguinte, a quantidade de informações a ser conduzida cresceu significativamente, o que demandou um desenvolvimento científico e tecnológico, proporcionado pela Segunda Guerra Mundial. Nessa época, a Documentação, que possuía a atenção voltada para o controle bibliográfico, e a Ciência da Informação, com foco direcionado a novas tecnologias com vistas a recuperação da informação, sintetizam os esforços de gestão da informação.
As décadas subsequentes foram caracterizadas pela divisão de disciplinas que abordam a informação e comunicação, transformando-se em Ciência da Informação,Ciência da Computação e Administração, em função da aproximação destas com as tecnologias da informação e comunicação (TIC). Com o decorrer do tempo, a obtenção de uma maior relevância por estes recursos originou uma atividade de gerenciamento denominada Gestão de Recursos de Informação. Desde então, a informação passou a ser uma das prioridades das Ciências da Administração e de Tecnologia, constituindo um grupo consistente de fundamentos, denominado Gestão da Informação (GI).
Ao fim da década de 80, foi possível observar a existência de três disciplinas essenciais que fundamentaram a Gestão da Informação, a saber: Gestão de Bases de Dados, a Gestão de Documentos e a Gestão de Processos de Informação. Nos anos 2000, surgiram debates acerca de tópicos novos referentes à Gestão da Informação, tais como inteligência competitiva, inteligência organização, tecnologias alternativas, entre outras, o que contribuiu para o crescimento e fortalecimento da temática (WILSON, 2002). A maturação da Gestão da Informação apresentada anteriormente contribuiu para que a temática difundisse diversos casos de êxito no âmbito organizacional e um total de modelos teóricos capaz de conferir qualidade técnica às empresas. 
É possível concluir que o grau de complexidade da transformação de dados em informação é progressivo e demanda competência de pessoal e tecnologia. No mesmo caminho das fases de desenvolvimento da GI, encontram-se as teorias elaboradas a fim de promover técnicas de gestão da informação.
2.2 O Big Data
O predomínio da ordem globalizada constitui-se como efeito do avanço tecnológico e da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), responsáveis por ligar pessoas, instituições e sistemas ao mesmo tempo e independente da distância. Levando em consideração a história da humanidade desde o primórdio, pode-se observar que muitos autores salientam o fato de que o avanço da tecnologia se configura como um processo progressivo e repentino. Para sustentar este argumento, cabe apontar que, nos anos 80 e 81, o número total de computadores existentes ao redor do mundo era igual a dois milhões, enquanto no ano de 1995 este total aumentou significativamente, visto que existiam 150 milhões de computadores, sendo 90% deles computadores de uso pessoal. 
Nos anos 2000, 80 milhões de usuários tinham acesso à Internet. Em 2012, foi possível constatar a dimensão do universo digital, considerando todos os dados digitais gerados, reproduzidos e consumidos no ano em questão, chegando ao total de 2837 exabytes (EB). Este total encontra-se em constante crescimento, uma vez que há a estimativa de que chegará a 40.000 EB até 2020, o que indica que o número será duplicado em um intervalo de somente dois anos. Cabe apontar que um exabyteé equivalente a mil petabytes (PB), ou um milhão de terabytes (TB), ou um bilhão de gigabytes (GB). (MCLELLAN, 2013). 
Dessa forma, ‘'Big Data' é a expressão que sintetiza este grande número de dados existentes em modalidades distintas. No entanto, diversos autores resistem em não delimitar o sentido à questão volumétrica e excedem o conceito de Big Data para um fenômeno pertencente às esferas cultural, tecnológica e acadêmica, que se fundamenta na relação da tecnologia (potencialização da supremacia computacional e precisão algorítmica), análise (reconhecimento de padrões econômico, social, técnico e legal) e mitologia (convicção de que existe um novo nível de inteligência e conhecimento no processo em questão). O termo foi concebido por John Mashey, em 1990, no período em que este prestava serviço para a Silicon Graphics, uma organização de computação gráfica, que tratava de novos tipos de dados para o período. (ZIKOPOULOS, 2011)
O Big Data propicia uma inovação nos processos de Gestão do Conhecimento, visto que trata de magnitude, premência e técnicas em escala mundial, o que torna necessário que haja infraestrutura (hardware, software e rede) e capacidade de análise (pessoas e métodos) em um grau de complexidade elevado para ser possível produzir informações valiosas para as empresas. A gestão do conhecimento no âmbito de Big Data, em geral, não mostra compatibilidade com as convencionais linguagens de consulta em bancos de dados e sistemas de informação. Tais sistemas convencionais são concebidos com o intuito de tratar de fluxos menores e mais prováveis de dados estruturados. É possível que o desempenho seja afetado de forma negativa conforme o crescimento da amostra de dados. Uma diversidade de ferramentas de banco de dados escaláveis e técnicas tem sido desenvolvida para sistemas distribuídos de processamento de dados, consistindo no recurso mais popular de código aberto, o Apache Hadoop. (MCLELLAN 2013.)
Para a maior parte dos indivíduos, o uso deste instrumento acarretará apenas em um ritmo mais vertiginoso de novos produtos e serviços, crescentemente diferenciados, porém, a alteração mais significativa se dará no mercado de tecnologia em um curto espaço de tempo. Um estudo realizado no ano de 2013 apontou que 64% das empresas adotaram ou estão planejando adotar o Big Data neste ano. Contudo, poucas pessoas entrevistadas, um número inferior a 8%, falaram sobre uma implementação efetiva. Muitas pessoas que mostraram interesse estão ponderando sobre a escolha, colhendo informações, analisando os problemas passíveis de resolução pelo Big Data, optando por projetos-piloto. (GILBERT, 2015).
2.3 Implementação do Big Data nas Organizações 
É possível afirmar que o Big Data dispõe de um significativo potencial de uso. Considerando que as empresas estão constantemente em busca de inovações e atualizações, a fim de obter destaque no mercado competitivo, o Big Data apresenta-se como um recurso que pode contribuir para este fim. Da mesma forma que a internet obteve uma grande importância e configura-se como algo indispensável atualmente para as organizações e também para os usuários, o Big Data emerge com a mesma força, com o objetivo de transformar nosso estilo de vida.O grande número e alta velocidade da dados são fatores de extrema importância, podendo proporcionar contribuições em vários âmbitos, como na economia.[1: DATAFLOQ. Whyupsspends over $ 1 billionon big data annually. Disponível em: < https://datafloq.com/read/ups-spends-1-billion-big-data-annually/273>. Acesso em: 26 mar2019 ]
A utilização do Big Data no contexto organizacional obtém destaque em função de sua capacidade de possibilitar boas oportunidades de crescimento, dado que se configura como um recurso relevante para a elaboração de novas técnicas no âmbito econômico, seja para difundir um negócio que já existe, proporcionando melhorias aos produtos, processos e serviços, seja para criar negócios novos. Entretanto, embora seja conhecido pelas empresas, este ainda é tido como um recurso de difícil implementação, uma vez que demanda um conhecimento avançado em tecnologias, o que se caracteriza como um desafio enfrentado pelas organizações. 
No que tange à relação entre Big Data e a melhora de produtos, processos e serviços, Campos (2015) aponta questões como a competência operacional, utilizando como exemplo casos de cadeia de suprimentos que usam o Big Data, através das informações produzidas em sensores, com o objetivo de possibilitar a identificação de dificuldades nos processos, o que assegura a redução do tempo e dos custos, tornando o negócio mais benéfico para os consumidores. 
Outra questão que deve ser destacada é a contribuição do Big Data na tomada de decisão no contexto organizacional. Quando a empresa desenvolve tecnologias que atuem com o Big Data, passa a ter a possibilidade de analisar corretamente os dados coletados. Assim, o poder de decisão no interior da organização configura-se como um aspecto distintivo, uma vez que se torna possível conhecer amplamente os fundamentos e efeitos das ações devido às bases de pesquisa desenvolvidas. Dispondo de uma maior fidedignidade e volume de dados, antes imensuráveis, há a possibilidade de fazer o uso da experiência e informações em proldo negócio. O Big Data fornece informações verdadeiras e atuais, favorecendo o entendimento dos casos. 
Portanto, pode-se afirmar que o Big Data colabora para a melhora de processos e auxilia na tomada de decisões. Ademais, pode facilitar a identificação de adversidades nos âmbitos financeiro e de recursos humanos, através de uma análise estratégica. Nessa perspectiva, as bases de dados transformam-se em “funcionários” das empresas, uma vez que eles trabalham de forma direta com o sistema e com os consumidores, sendo através deles que as informações são extraídas, contribuindo para o crescimento do negócio. Um dado comumente usado pelo Big Data é o que aponta o comportamento do cliente. Isto significa que, fazendo o uso de dados de comportamento (estilos e preferências), as empresas são capazes de indicar as propensões de cada perfil, adequando as estratégias utilizadas. 
A implementação do Big Data propicia uma maior clareza com relação às informações, pois apresenta dados verdadeiros e atualizados, fazendo com que dados antes inúteis ou insignificantes sejam disponibilizados para que empresas e usuários possam acessá-los, o que pode se caracterizar como um diferencial. Como exemplo, temos o site da Netflix, que faz o uso das preferências do usuário para selecionar conteúdos de seu interesse. Além disso, os negócios podem agir de forma a aproximar-se do cliente, isto é, com um volume elevado de dados e o seu uso adequado, torna-se possível que as organizações possam prestar serviços melhores e mais rápidos. À título de exemplo, podemos pensar no Google. Ao pesquisarmos temas de nosso interesse neste site, posteriormente outros sites contarão com anúncios e propagandas relacionadas às pesquisas realizadas anteriormente. 
Outro benefício que o uso do Big Data proporciona às organizações é a capacidade de analisar padrões através dos dados, possibilitando pressupor situações futuras, como a variação de demanda ou introdução de novos competidores. Outra forma de uso desta ferramenta é a previsão de demanda, que se dá através do controle da preferência dos clientes acerca de uma marca específica. Assim, com esta identificação, pode-se adiantar a produção, assegurando a durabilidade do negócio. Para as empresas, os dados de consumo podem ter impactos diretos sobre o faturamento final, seja por meio da forma como são realizadas as análises, ou como se dão as tomadas de decisão por parte dos administradores. 
É possível apontar alguns efeitos evidentes que se dão em decorrência do uso do Big Data nas organizações, como a modificação de processos internos, organização e sistematização geral da organização, inovação, redução de gastos e tempo. Embora tais efeitos sejam apresentados separadamente, geralmente, ao inovar com uso o Big Data, todos estes efeitos podem ser identificados nas organizações. Avaliar os efeitos proporcionados por esta ferramenta constitui-se como uma tarefa complexa, visto que há diversos obstáculos que se apresentam e interferem em sua utilização. A este respeito, verificou-se que poucos estudos e pesquisas são realizados com vistas a abordar tais efeitos. 
2.4 Dificuldades na implementação 
Há o surgimento de muitas dificuldades na implantação de recursos que demandam grande investimento e conhecimento. No que tange ao Big Data, há um número maior de exigências, em função das tecnologias compreendidas e o conhecimento necessário. Em relação ao âmbito estrutural, os problemas encontrados são relativos às tecnologias. De acordo com Campos (2015), estas tecnologias demandam recursos de TI (Hardwares/software) que estejam em conformidade com os negócios das empresas. É consenso que um dos maiores desafios para as organizações é o de qualificar os seus funcionários para uma TI que se constitui como uma novidade, isto é, para a era Big Data, que transcende os princípios tradicionais de TI e demanda um conhecimento integral sobre a área em questão. Além disso, para Campos (2015, p.23), “Uma das grandes dificuldades do Big Data é lidar com dados não-estruturados em que a informação extraída de determinado conjunto de dados pode ser imprecisa”.
Cabe apontar que o número de gestores que tem conhecimento sobre esta questão é baixo, e poucas organizações utilizam as informações obtidas sobre seus produtos e clientes. Uma parcela pequena das organizações faz o uso das estratégias de Big Data cotidianamente. Os principais fatores que contribuem para o pouco uso do Big Data são: falta de conhecimento acerca dos benefícios proporcionados, falta de apoio dos líderes executivos da organização e baixo investimento para o conhecimento técnico. Muitos líderes apoiam-se na concepção de que a experiência é a melhor estratégia da empresa, desprezando os dados obtidos. Porém, a experiência consiste em um elemento suplementar para as análises possibilitadas pelo Big Data. 
Dessa forma, é possível identificar uma relutância pelas empresas e seus líderes. Além disso, existem também dificuldades culturais, tal como a relacionada ao compartilhamento de dados e da privacidade. São inúmeros os obstáculos que se apresentam à implementação do Big Data, no entanto, as empresas possuem influência absoluta neste processo. Nesta perspectiva, torna-se necessário realizar uma análise dos benefícios proporcionados pelo uso destes instrumentos, considerando o modo pelo qual a implementação se dará em toda a organização, de forma com que todos os departamentos estejam equiparados, com o intuito de alcançar os objetivos, propiciar melhorias, gerar oportunidades e vantagens competitivas. Dessa maneira, pode-se afirmar que a emergência do Big Data se configura como algo benéfico e atraente para as diversas áreas econômicas e sociais. 
Entretanto, torna-se necessário apontar também as desvantagens do uso e implementação do Big Data, que se relacionam à segurança e privacidade dos dados e informações, visto que o maior acesso a dados novos acarretando exercício de um controle sobre vida dos usuários. À medida que o Big Data fornece dados sobre localizações, preferências e concepções das pessoas, com o intuito de proporcionar novos conhecimentos e possibilidades, há impactos sobre a liberdade, segurança ou privacidade. 
Ao pensarmos de forma geral, podemos perceber que informações sobre nós, sobre nossos costumes, são disponibilizadas de diversos modos, como através de eletrodomésticos que mensuram o consumo e de exposições em redes sociais. Com efeito, a ascensão do Big Data proporciona uma maior suscetibilidade, limitando a liberdade do público e aumentando os riscos. O trabalho do Big Data se dá de modo a propiciar às organizações maior segurança e privacidade dos seus dados. Para que isto seja possível, outras categorias ficam expostas, podendo ser os clientes ou profissionais. O Big Data necessita lidar com diversos obstáculos que se apresentam à privacidade dos dados, especialmente quando são referentes à dados pessoais ou empresariais sigilosos.[2: SAS. Whatis big data?. Disponível em: . Acesso em: 26 mar. 2019]
2.5 O big data e controle de produção 
Os maquinários industriais, mecanismos tecnológicos digitais, que vão além de computadores e instrumentos de trabalho, também são responsáveis pela produção de dados no contexto industrial. A produção de dados encontra-se diretamente relacionada à quantidade de dispositivos conectados à internet. Assim, se muitos dispositivos estiverem conectados, maior a produção de dados na indústria. Por conseguinte, este raciocínio também é equivalente ao setor em sua totalidade. Sinteticamente, o volume de dados produzidos atualmente no âmbito industrial é incalculável, em função de seu aporte e desenvolvimento (CAMPOS, 2015).
No entanto, torna-se necessário que tais dados sejam transformados em informações, possibilitando que as organizações façam o uso das mesmas. É através desta perspectiva que a importância da análise dos dados (Big Data) deve ser considerada no âmbito industrial. Dessa forma, é preciso que a compreensão acerca da análise dos dados, atravésdo Big Data, seja orientada para as indústrias e para as áreas de produção. 
Neste contexto, o Big Data age de forma a usar os fragmentos de informações (dados) produzidos na indústria. Para que isto seja possível, faz-se o uso de softwares de Big Data Analytics. Por meio destes dispositivos digitais, realiza-se a estruturação dos processos existentes no âmbito interno da indústria (EXAME,2015). Ademais, os softwares de análise dos dados também operam com dados externos, gerados fora das organizações. Tais dados externos são encontrados, por exemplo, em páginas da internet e em redes sociais (EXAME,2015).	
Com a análise de dados, relatórios e bancos de informação são concebidos automaticamente. Posteriormente, há a possibilidade de todas as informações serem usadas pela empresa a fim de proporcionar melhorias às operações na linha da produção. Além disso, outros setores das empresas industriais também podem ser favorecidos coma análise de dados realizada. 
Cabe apontar que tal processo mostra-se, aparentemente, complicado. Contudo, a coleta, análise e conversão de dados e informação são realizados rapidamente, sem delongas. Algumas tarefas podem apresentar uma demora de minutos ou segundos para serem terminadas, dependendo do grau de dificuldade das mesmas. 
2.6 Controvérsias 
Na maior parte dos casos, é possível constatar que o advento do Big Data consistiu em um passo significativo, benéfico e interessante para todos os âmbitos econômicos e sociais. Contudo, torna-se necessário apresentar e analisar as desvantagens decorrentes do uso e implantação do Big Data em empresas, dando destaque para a segurança e privacidade dos dados e informações que ficam à disposição, visto que, como já foi dito, a ampliação do acesso aos dados implica em um controle da vida dos usuários. Desse modo, conforme o Big Data proporciona dados referentes à vida dos indivíduos, consequências são geradas, podendo afetar a liberdade, segurança ou privacidade destes. É importante considerar que, atualmente, dados a nosso respeito são disponibilizados de diversas maneiras. 
Furtado (2015) defende que, com o desenvolvimento do Big Data, há uma maior vulnerabilidade por parte dos usuários, que se encontram expostos aos riscos e com a sua liberdade restrita, às vezes de forma imperceptível. A atuação do Big Data se dá de forma a propiciar às organizações segurança e privacidade com relação aos seus dados. 
Os dados disponibilizados possibilitam a obtenção do que é desejado, no que se refere aos produtos ou serviços. No entanto, a segurança é afetada, fazendo com que os dados fiquem desprotegidos das técnicas que usam o Big Data enquanto um propulsor dos negócios. Em muitos casos, dados particulares dos indivíduos ficam expostos, sendo possível ter acesso à dados relevantes, informações bancárias, da família, localização, etc. 
À medida que as análises do Big Data se apresentam favoráveis às empresas e ao público, maior a confiança dos usuários em dispor informações. Isto é, por constituir-se como um fenômeno conhecido e seguro, os usuários propendem a pensar que têm controle sobre os dados, quando, na realidade, geralmente o Big Data organiza os dados mais acessados, reduzindo a privacidade e segurança do cliente. 
Nesse sentido, é possível afirmar que a proteção de informações e dados é um aspecto muito importante para o uso do Big Data no contexto empresarial, visto que, sem tal proteção, as empresas não podem constatar que o trabalho será feito e que as ideias emergentes serão guardadas sem haver a ameaça de empresas concorrentes terem acesso a tais informações. 
A análise da segurança dos dados pode se dar de duas formas: com a existência de uma segurança dos dados quando estes são guardados em um local específico, havendo um temor de que pessoas exteriores à organização consigam acessá-los; e com a validade e fidedignidade dos dados obtidos, pois muitas pessoas não creem que o Big Data proporciona informações corretas e atuais, optando por outras formas de extrair dados e analisá-los. 
Considerando que os dados e informações mostram-se disponíveis em todos os locais e em todas as situações, compete às pessoas e às organizações reduzi-los e usá-los da melhor forma, proporcionando benefícios para os envolvidos e colaborando para o desenvolvimento econômico. Cabe apontar que o Big Data ainda está sendo desenvolvido, sendo necessário que tenhamos controle sobre ele. Para isso, demanda-se que sejam utilizadas técnicas apropriadas e profissionais capacitados, necessitando também que haja consciência acerca da segurança das informações usadas, evitando colocar os usuários em risco. 
3- Conclusão 
De acordo com o que foi apresentado no presente estudo, é possível afirmar que o Big Data se constitui como um tema popular, sendo muito debatido nos dias atuais. Entretanto, não há ainda uma concordância acerca de sua emergência, inexistindo uma acepção sobre no que consiste e o que caracteriza este fenômeno. As definições referentes ao Big Data possuem aspectos em comum, como os 5V’s responsáveis por regular seu funcionamento, sendo eles: volume, variedade, velocidade, veracidade e valor. 
Para finalizar o que foi sustentado pela presente pesquisa, tratamos de três correntes que compõem esta definição, a “Big Data Infrastress”, “Fenômeno Big Data” e “Soluções Big Data”. Em conjunto, estas proporcionam princípios essenciais para a compreensão do referido fenômeno. Assim, tratamos dos cinco princípios do Big Data, versando brevemente sobre a atuação deste fenômeno no contexto organizacional, considerando o uso da tecnologia, a complexidade de dados e seus mecanismos organizacionais. 
O Big Data obteve destaque há décadas, quando passou a gerar efeitos positivos no âmbito dos negócios, chamando a atenção das organizações. Dessa maneira, este recurso pode proporcionar diversos benefícios aos negócios, gerando oportunidades, novas possibilidades e melhorias. Além disso, propicia eficiência operacional e otimiza a tomada de decisão, visto que o administrador dispõe de dados e análises efetivos, podendo realizar comparações com a sua experiência individual. 
Através das análises e dados obtidos, o Big Data possibilita que os dados sejam ordenados com maior clareza e sejam analisados. Isto quer dizer que, ao obter os dados e analisá-los, o Big Data contribui para que a empresa alcance os objetivos estabelecidos, otimizando o uso do tempo, impedindo o desperdício de tempo com alternativas que podem mostrar-se ineficientes. Assim, ao estudar sobre este fenômeno, pode-se perceber a eficiência e vantagens propiciadas pelo Big Data, através de suas definições ou pela maneira como é usado no universo dos negócios. 
Para as empresas que implementaram o Big Data, há um retorno instantâneo a respeito de suas finalidades e progressos, para alterações internas e externas. Embora inúmeros benefícios sejam gerados pelo uso do Big Data, nem todas as empresas conseguem implementá-lo e mantê-lo ativo. Entre os obstáculos encontrados, se crê que este é o mais difícil de ser ultrapassado, pois, embora esta não seja uma temática atual, poucas pessoas têm o conhecimento necessário para utilizá-lo. 
Em relação aos desafios culturais, aponta-se a inexistência de instrução técnica e estratégica por parte dos gestores para trabalhar como Big Data. Além de as pessoas não terem conhecimento acerca deste fenômeno, muitas ainda mostram resistência a tais aplicações, priorizando as experiências obtidas com suas vivências, quando, na verdade, a experiência age de forma a complementar as informações oferecidas pelo Big Data. Ademais, a falta de suporte e incentivo da liderança, bem como a escassez de investimento, contribuem para que o gestor continue estagnado, sem buscar mais conhecimento e informações dos clientes, que podem ser usadas de modo a favorecer a organização. 
Embora existam dificuldades na implantação do Big Data, os estudiosos atestam a eficiência do fenômeno através de pesquisas, cálculos e resultados reais. No entanto, existem tambémestudiosos que não creem nas vantagens proporcionadas, principalmente no que se refere-se à privacidade do cliente ou da organização, bem como à segurança das informações obtidas. 
Cabe salientar que as informações e materiais referentes aos obstáculos e dificuldades em relação à implantação do Big Data são escassos, impossibilitando que tal assunto fosse explorado no decorrer do presente estudo. De maneira geral, o Big Data possui uma enorme capacidade quando associado às tecnologias apropriadas e uma equipe instruída, concebendo oportunidades antes tidas como inviáveis. Desse modo, o Big Data constitui-se como um fenômeno de enorme importância no âmbito interno das empresas de pequeno e grande porte. Porém, esta demanda investimento em tecnologias e qualificação. 
Se a empresa não dispuser dos investimentos e infraestrutura apropriada, torna-se impossível que o Big Data proporcione os benefícios esperados, sendo incapaz de atribuir valor ao negócio. É esperado que o presente estudo forneça embasamento para a elaboração de estudos futuros acerca do tema, com o objetivo de realizar uma análise mais apurada a respeito da utilização e implantação do Big Data no universo dos negócios, bem como de destacar as condições para que tal utilização se dê da forma desejada, proporcionando vantagens de diversos tipos para os negócios. 
4- Referências Bibliográficas 
CAMPOS, Fábio Rocha. A gestão da inovação em serviços intensivos em conhecimento: oportunidades e desafios do big data.2015.
EXAME. Um fenômeno chamado big data. Disponível em: . Acesso em: 14 ABRIL 2015 
FURTADO, J. C. et al. Ferramenta para extração de dados semiestruturados para carga de um big data. Revista brasileira de computação aplicada, Passo fundo, v. 7, n. 3, p. 43-52, abr. 2015
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