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RESUMO PARASITOLOGIA CLÍNICA – NP1 Febre maculosa (bactéria: Rickettsia rickettsii) Doença de chagas (protozoário: Trypanosoma cruzi) Malária (protozoário: Plasmodium falciparum) Filariose (nematelminto: Wucheria bancrofti) Giardíase (protozoário: Giardia lamblia) Ancilostomíase (nematelminto: Ancylostoma duodenale; Necator americanus) Larva migrans (nematelminto: Ancylostoma braziliense) Ascaridíase (nematelminto: Ascaris lumbricoides) Enterobiase (nematelminto: Enterobius vermicularis) Tricuríase (nematelminto: Trichuris trichiura) Esquistossomose (platelminto: Schistosoma mansoni) Tricomoníase (protozoário: Trichomonas vaginalis) Roteiro: Nome da doença: Nome científico do parasita: Nome do transmissor: Tipo de ciclo: Forma de transmissão: Forma de diagnóstico: exame XXX para detecção da forma XXX Sintomas e complicações: Profilaxia: Tratamento: Nome da doença: Febre maculosa Classe e nome científico do parasita: bactéria gram negativa - Rickettsia rickettsii Nome do transmissor: carrapato estrela, Amblyomma cajannense e A. aurelatum Ciclo: Roedor infectado com a bactéria (hospedeiro primário) carrapatao não infectado pica o roedor Carrapato se torna infectado com Rickettsia rickettsii carrapato pica ser humano e transmite a bactéria através da saliva bactérias penetram no epitélio vascular, causando vasculite local (pequena inflamação no local da picada) bactéria alcança os órgãos do ser humano ser humano desenvolve sintomas e pode vir a óbito Forma de transmissão: pela picada (saliva) de carrapatos do gênero Amblyomma, que transmitem a bactéria Rickettsia rickettsii Forma de diagnóstico: pesquisa de anticorpos por técnica de reação de imunofluorescência indireta (RIFI). O exame demora muito tempo para ser feito, então o diagnóstico deve ser pelos sintomas (médico tem que ser bem treinado) Sintomas e complicações: início súbito de febre, picada de carrapato aparente, dor de cabeça, dores musculares, exantema petequial máculas (manchas por todo corpo, inclusive na palma das mãos). Pode causar paralisia muscular e pode ser fatal. Profilaxia: proteção contra picada de carrapatos: uso de botas para andar em locais que possam existir o carrapato, não sentar em grama. Tratamento: antibióticos específicos: tetraciclina e cloranfenicol. Nome da doença: Doença de chagas Nome científico do parasita: protozoário flagelado - Trypanosoma cruzi Nome do transmissor: inseto triatomíneo mosquito barbeiro – Rhodnius prolixus Tipo de ciclo: heteroxênico Inseto triatomíneo barbeiro infectado barbeiro pica ser humano e defeca ao lado da picada forma tripomastigota (FORMA INFECTANTE) presente nas fezes do barbeiro penetra no local da picada (formação de Chagoma, com vermelhidão e prurido) parasita invade células musculares, se transformando na forma amastigota forma amastigota se multiplica no interior das células rompimento celular, liberando forma tripomastigota (FORMA DIAGNÓSTICA) (flagelada) (que infecta novas células, se transforma na forma amastigota, se multiplica, estoura, etc) Inseto triatomíneo barbeiro pica ser humano e ingere forma tripomastigota se transforma em forma epimastigota, que se multiplica e libera formas tripomastigotas Forma de transmissão: Clássica: através da fezes infectadas pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitidas durante a picada do triatomíneo barbeiro Via oral: através da ingestão do vetor (barbeiro) processado com alimentos não pasteurizados, como açaí e caldo de cana. Como há inoculação de grandes quantidades de parasitas, causa a o Chagas Agudo (muito grave e pode levar a morte em dias) Transfusão sanguínea e via transplacentária Forma de diagnóstico: exame de gota espessa ou esfregaço corado com Giemsa, para detecção da forma tripomastigota no sangue humano Sintomas e complicações: pode ter fase assintomática; pode causar aumento no tamanho dos órgãos, devido ao acúmulo de formas amastigotas nas células da musculatura lisa (coração, baço e fígado, principalmente); pode causar lesões no trato gastrointestinal, por destruição de neurônios do plexo nervoso. Profilaxia: controle do vetor, uso de telas nas janelas (contra o vetor), melhoria nas moradias (casas de alvenaria), evitar o consumo de alimentos não pasteurizados (como açaí e caldo de cana), fiscalização das transfusões de sangue. Tratamento: Como a maioria dos casos é assintomática no começo, o tratamento consiste em controlar as consequências patológicas do quadro da fase crônica. Nome da doença: Malária Nome científico do parasita: protozoário - P. vivax (mais comum); Plasmodium falciparum (mais grave); P. ovale (África); P. malarie Nome do transmissor: mosquito do gênero Anopheles Tipo de ciclo: Heteroxênico: Plasmodium falciparum CICLO HUMANO: mosquito infectado pica o ser humano e injeta a forma esporozoíto (FORMA INFECTANTE) esporozoítos caem na corrente sanguínea e chegam até os hepatócitos, infectando-os por reprodução ASSEXUADA, há formação de merozoítos, levando a ruptura dos hepatócitos (esquizogonia) (fase exoeritrocitário) merozoítos caem na corrente sanguínea e infectam hemácias, se transformando em trofozoítos imaturos (forma de anel) trofozoítos maturam, se multiplicam e rompem as hemácias, liberando novos merozoítos (FORMA DIAGNÓSTICA) (que irão infectar novas hemácias, se multiplicar, romper hemácias (lise eritrocitária – esquizogonia sanguinea), formando a fase eritrocitáriq) trofozoítos (FORMA DIAGNÓSTICA) imaturos podem se diferenciar e formar gametócitos mosquito pica ser humano e é infectado com os gametócitos (FORMA DIAGNÓSTICA) CICLO MOSQUITO: mosquito pica ser humano e se infecta com os gametócitos gametócitos masculino e feminino se encontram, formando oocistos cheios de esporozoítos, que serão inoculados na picada. Forma de transmissão: a transmissão ocorre pela picada do mosquito do gênero Anopheles infectado, que transmite a forma de esporozoítos. Forma de diagnóstico: exame de gota espessa, corada pelo método de Walker, para detecção das formas gametócitos, trofozoíto ou merozoíto dentro de hemácias, no sangue humano. Exames imunocromatográficos (kits) Sintomas e complicações: febre alta (acima de 40°C), cíclica (quando as hemácias se estouram, a cada 48-72h, dependendo da espécie); calafrios intensos alternando com ondas de calor e sudorese, dores de cabeça e no corpo, pele amarelada e cansaço; anemia profunda (rompimento de hemácias). Pode levar a morte. Profilaxia: evitar a picada do mosquito uso de repelentes, uso de roupas com mangas compridas, uso de telas mosquiteiro; eliminar locais que possam ser foco de reprodução do mosquito (ex: água parada em pneus, garrafas, entulhos, etc); evitar locais que tenham muito mosquito, especialmente ao anoitecer Tratamento: Cloroquina, primaquina, artemeter+lumefantrina, artesunato+mefloquina; quinina, doxiciclina, clindamicina, Nome da doença: Filariose Nome científico do parasita: nematelminto: Wuchereria bancrofti e Onchocerca volvulus Nome do transmissor: mosquitos do gênero Culex e Anopheles Tipo de ciclo: Heteroxênico Ciclo no ser humano: mosquito infectado pica ser humano, e as larvas no estágio L3 são depositadas na região da picada larvas L3 (FORMA INFECTANTE) penetram na pele através da picada e caem na corrente sanguínea larvas se locomovem até o linfonodo mais próximo Larvas passam para o estágio L4, depois juvenil, e por fim maturam para a forma adulta(dimorfismo sexual – macho e femea) formas adultas (FORMA DIAGNÓSTICO) acasalam e produzem microfilárias, que migram pela linfa e atingem o sistema circulatório mosquito sadio pica ser humano infectado e contrai microfilárias Ciclo no mosquito: mosquito ingere sangue contaminado com microfilárias microfilárias penetram pelo epitélio intestinal e se desenvolvem em estágios L1, L2 e L3 larva L3 migra para a região da probóscide e é inoculada no momento da picada OBS: dimorfismo sexual; femeas maiores que machos; espécies oviviparas ou vivíparas Vermes adultos nos vasos e gânglios linaticos, com machos e femeas enovelados; se alimentam da linfa; movimentação ativa e chicoteante; periodicidade noturna. As espécies se diferenciam pela presença de bainha na ponta da cauda Forma de transmissão: através da picada de mosquito do gênero Culex ou Anopheles contendo larvas L3 de Wuchereria bancrofti mosquitos: pernilongo, muriçoca, carapanã Forma de diagnóstico: Pesquisa de microfilárias no sangue (exame de gota espessa corado com Giemsa) (não é muito eficiente, porque depende da parasitemia); pesquisa de filárias adultas e microfilárias na linfa; pesquisa de microfilárias na urina. Pesquisa de adultos nos linfonodos Pode ser feito ensaio imunoenzimático para detecção de anticorpos contra antígenos da filária circulante (baixa sensibilidade). Sintomas e complicações: Os vermes adultos vivem enovelados, obstruindo os vasos e gânglios linfáticos, fazendo com que ocorra retenção de linfa e ocasionalmente infecções bacterianas. Isso pode causar edema e inchaço de regiões do corpo, como perna e saco escrotal. Elefantíase: manifestações de edema e inchaço nas pernas ou órgãos, devido a hipertrofia e fibrose do edema e da tela subcutânea, relacionada ao alto teor de proteínas no linfoedema. Isso se deve ao déficit circulatório, alterações na pele, perda da elasticidade, fissuras susceptíveis a infecções bacterianas. Profilaxia: evitar a picada do mosquito uso de repelentes, uso de roupas com mangas compridas, uso de telas mosquiteiro; eliminar locais que possam ser foco de reprodução do mosquito (ex: água parada em pneus, garrafas, entulhos, etc). Tratamento: Clínico ou cirúrgico (o que o Barone falou). O que eu achei na internet: Suramina (eliminar vermes adultos), dietilcarbamazina (eliminar microfilárias); Ivermectin (eliminar microfilárias); metrifonato (paralisia irreversível do parasita); mebendazol (eliminação do parasita). Nome da doença: Giardíase Nome científico do parasita: protozoário: Giardia lamblia Nome do transmissor: não há transmissor (água e alimentos contaminados) Tipo de ciclo: Monoxeno Ciclo: Ser humano ingere água ou alimentos contaminados com cistos de giárdia (FORMA INFECTANTE) no estômago inicia-se o desincestamento, que é completado no intestino delgado, se transformando em trofozoito (FORMA DIAGNÓSTICO) trofozoitos se multiplicam por mitose, colonizando o intestino delgado trofozoitos passam por encistamento na região do ceco, se transformando em cistos (FORMA DIAGNÓSTICO), que serão eliminados nas fezes cistos saem nas fezes e contaminam água e alimentos Forma de transmissão: água, alimentos contaminados, utensílios contaminados, contato direto, moscas pousando em fezes e alimentos, sexo oral-anal Forma de diagnóstico: exame parasitológico de fezes para detecção de cistos e trofozoitos Técnica de concentração (sedimentação) ou exame direto a fresco. Pode ser necessário mais de uma amostra (em dias alternados), pela eliminação periódica de cistos (pode dar falso negativo). Enterotest: teste para verificação de trofozoitos na região do duodeno. Sintomas e complicações: muitos casos assintomáticos. Pacientes podem apresentar diarreia, constipação, esteatorreia e náuseas. Paciente pode apresentar dor abdominal na região epigástrica, além de azia e digestão difícil. Profilaxia: saneamento básico, educação sanitária e higiene pessoal, ingestão de água tratada (clorada não adianta, tem que ferver ou filtrar), combate aos artrópodes (moscas e baratas), evitar ingerir água e alimentos que possam estar contaminados; tratamento dos doentes; lavar mãos antes de ingerir alimentos Tratamento: metronidazol, tinidazol, secnidazol Nome da doença: Ancilostomíase Nome científico do parasita: nematelminto: Ancylostoma duodenale; Necator americanus Nome do transmissor: não há Tipo de ciclo: monoxênico Larva filarióide L3 (FORMA INFECTANTE) penetra ativamente pela pele do hospedeiro Larvas L3 alcançam a circulação e chegam ao coração, e de lá vão para as artérias pulmonares larvas L3 chegam aos pulmões nos alvéolos pulmonars, as larvas se diferenciam em estágios L4 larvas sobem pela traqueia, laringe e faringe, e são então deglutidas larvas L4 chegam ao intestino delgado, se instalam e se transformam em larvas L5 e posteriormente em adultos, com dimorfismo sexual vermes adultos copulam e iniciam a postura dos ovos (FORMA DIAGNÓSTICO) ovos são eliminados nas fezes do hospedeiro no ambiente adequado, o ovo larvado eclode e libera-se a larva L1, vira L2 (se alimentam de matéria orgânica) larva L2 (rabditoide) se transforma em larva filarioide L3, a larva infectante, que irá penetrar na pele de novos hospedeiros OBS: vermes se fixam no epitélio intestinal, no intestino delgado,, se alimentando do sangue no hospedeiro. A boca do nematoide possui dentes (A. duodenale) ou placa cortante (N. americanos), para fixação. Macho com bolsa copulatoria, femea afilada Forma de transmissão: penetração da larva filarioide L3 pela pele (pés, mãos, braços, etc), que tenham contato com solo; ingestão de larvas filarioides L3 por agua e alimentos contaminados (NÃO é ingestão de ovo, é ingestão da larva). Forma de diagnóstico: exame parasitolológico de fezes para detecção dos ovos do parasita, pelas técnicas de Wilis e Faust. Sintomas e complicações: pode ser assintomático. Paciente pode desenvolver sinais semelhantes a pneumonia na fase em que se encontram nos pulmões: tosse seca, febre baixa, rouquidão, dispneia. Manifestações digestivas: diarreia, dor abdominal, vomito, dor epigástrica. Pode causar anemia ferropriva, pela perda de sangue, levando o paciente a ficar pálido e fraco, com pouca disposição. Pode causar vontade de comer terra (deficiência de ferro). Podem ocorrer obstruções intestinais e abdome distentido. Profilaxia: saneamento básico; educação sanitária e higiene pessoal; lavar as mãos, não defecar na terra; utilizar sapatos fechados e não andar descalço em terra ou gramado; utilizar luvas para manipular terra ou grama; Tratamento dos doentes. Não utilizar fezes como adubo de alimentos. Não construir fossas perto de fontes de água. Tratamento: Albendazol, mebendasol, pamoato de pirantel. Alguns casos deve fazer reposição de ferro Nome da doença: conhecida como Bicho Geográfico ou larva migrans Nome científico do parasita: nematelminto: Ancylostoma braziliense (1 par de dentes) e Anvylostoma caninun (3 pares de dentes). Pode ser larva migrans cutânea, visceral ou ocular Larva migrans cutânea: É uma parasitose de cães e gatos e que eventualmente atinge o ser humano. Pode causar lesões de pele e dermatite (reação inflamatória por um componente que causa irritação). Pode causar erupção cutânea, coceira, descamação. Não é contagiosa e não oferece riscos a vida. Pode ser encontrada em qualquer lugar da pele ou mucose (especialmente boca) que tenha contato com o meio externo, por exemplo, tocando em gramados, tanques de areia, etc. Nome do transmissor: Tipo de ciclo:Nos cães: cães podem ser contaminados por via cutânea ou por ingestão acidental de larvas L3 presentes no ambiente larvas vao para circulação vão para os pumlões, mudam de estágio larval, sobem pela traqueia e são deglutidas larvas maturam e adultos se fixam no intestino delgado ((((larvas podem se encistar em tecidos subcutâneos (podem ser ativadas na gestação e contaminar de modo transplacentário)))) adultos no intestino delgado se reproduzem e liberam ovos larvados, que serão eliminados nas fezes ovos eclodem e liberam larva L1, que se transforma em L2 e depois em L3 (infectante), ficando no ambiente para contaminar novos hospedeiros. Forma de transmissão: Larvas L3 penetram na pele humana e migram pelo tecido subcutâneo, mas não conseguem atravessá-lo, entram morrem em algumas semanas ou meses. Forma de diagnóstico: verificação na pele Sintomas e complicações: podem ser assintomáticas ou causar prurido na pele, pontos eritematosos ou pápulas, trajetos inflamatórios, e podem deixar a região susceptível a infecções secundarias Profilaxia: evitar contato com tanques de areia, gramados, evitar andar descalço, tratar animais domésticos, etc Tratamento: cura espontânea, ou tratamento local com pomada de tiabendazol, cloretila e neve carbônica (morte pelo frio); tratamento sistêmico: tiabendazol, albendazol, ivermectina Nome da doença: Ascaridíase Nome científico do parasita: nematelminto: Ascaris lumbricoides – lombrigas. Maior verme nematoide parasita humano Nome do transmissor: não há Tipo de ciclo: monoxênico Ovo infértil ovo fertil Ingesão de água ou alimentos contaminados com ovos férteis contendo larva L3 (FORMA INFECTANTE) (dentro do ovo) ovos eclodem no intestino delgado, liberando larva L3, que atravessa a parece intestinal, cai na corrente sanguínea e chega ao fígado voltam a circulação, vão para o coração e chegam ao pulmão passam por 2 mudas no pulmão (CICLO DE LOOSS) sobem pela traqueia, são deglutidas e fixam-se no intestino delgado, transformando-se em adultos jovens alcançam maturidade sexual e vermes adultos (dimorfismo sexual) se reproduzem femeas liberam ovos nas fezes (FORMA DIAGNÓSTICO) ovos são eliminados nas fezes e caem no ambiente ovos férteis, em condições favoráveis, serão embrionados e a larva sofrerá mudas, chegando ao estágio L3 (infectatante) OBS: Macho 20-30cm, cor leitosa. Boca na extremidade anterior, lábios fortes (adesão à mucosa), esôfago musculoso, intestino retilíneo, extremidade posterior encurvada Femea: 30-40cm, mais grossa, com aparelho digestivo semelhante ao macho; extremidade afilada. Ovos castanhos, com membrana mamilonada (parece abacaxi), com mais 2 membranas. Atinge 30% da população mundial, sendo encontrada em todos os continentes Forma de transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos Forma de diagnóstico: exame parasitologia de fezes para detecção de ovos, pelo método de Faust ou MIF controle de cura: exame no 7º, 14º e 21º dia após tratamento. Sintomas e complicações: podem ter casos assintomáticos; podem apresentar sintomas semelhantes a pneumonia SINDROME DE LOEFFLER (fase pulmonar (ciclo de Looss)); podem causar dor abdominal, nausaeas, diarreia, anorexia. Dependendo da quantidade de vermos, pode ocorrer obstrução intestinal e saírem vermes pela boca/nariz. Ação do verme adulto: ação espoliadora (consumo de nutrientes, causando subnutrição); ação tóxica (reação antígeno-anticorpo contra o parasita, alergia, edema, convulsão); ação mecânica (irritação da parede intestinal, enovelamento dos parasitas na luz intestinal, causando obstrução) Profilaxia: saneamento básico, educação sanitária e higiene pessoal, ingestão de água tratada, lavagem correta de alimentos; não utilizar fezes como fertilizante de alimentos; tratamento dos doentes; lavar mãos antes de ingerir alimentos Tratamento: ascaridíase isolada: lavamisole Ascaridíase + tricocefaliase + enterobiase: pamoato de pirantel ou mebendasol Ascaridíase + ancilostomiase + teníase: albendazol ou menbendazol Ascaridíase + estrongiloidiase: albendazol Nome da doença: Tricuríase Nome científico do parasita: nematelminto: Trichuris trichiura Nome do transmissor: não há Tipo de ciclo: Monoxenico Ingestão de água ou alimentos com ovos embrionados (FORMA INFECTANTE) larvas eclodem dos ovos no intestino, migram para o ceco e penetram na mucosa intestinal larvas maturam e se desenvolvem em forma adulta, que volta ao lúmen intestinal, alimentando-se de sangue e do bolo fecal macho e femea se acasalam, e femea põe ovos ovos (FORMA DIAGNÓSTICA) são eliminados nas fezes no ambiente, os ovos passam por uma maturação e se tornam embrionados em algumas semanas OBS: “verme do chicote”, pela movimentação em chicote do parasita Ciclo relativamente parecido com Ascaris ovos com opérculo nas extremidades (bem característico) Forma de transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos Forma de diagnóstico: exame parasitológico de fezes para detecção de ovos, com os métodos de sedimentação (Lutz) ou flutuação (Wilis) Sintomas e complicações: se forem poucos vermes, a infecção pode ser assintomática. Quando há muitos, pode ocorrer dor abdominal, cansaço e diarreia (pode ou não ter sangue). Pode ocorrer anemia. Pode ocorrer prolapso retal (especialmente em crianças) Profilaxia: saneamento básico, educação sanitária e higiene pessoal, ingestão de água tratada, lavagem correta de alimentos; não utilizar fezes como fertilizante de alimentos; tratamento dos doentes; lavar mãos antes de ingerir alimentos Tratamento: Albendazol, Mebendazol, Pamoato de Pirantel Nome da doença: Enterobiase Nome científico do parasita: nematelminto: Enterobius vermicularis Nome do transmissor: não há Tipo de ciclo: monoxenico Ovos maduros (embrionados) são ingeridos pelo ser humano (através de poeira, alimentos contaminados, ou re-infecção do próprio paciente) ovos são deglutidos e chegam ao intestino ovos eclodem, larvas maturam e há formação de adultos (dimorfismo sexual) copulação dos vermes adultos femea vai até a região retal, e a noite vai para a região anal e faz a postura dos ovos. Essa movimentação e a própria ovoposição irritam a mucosa anal, causando prurido ovos saem para o ambiente (lençol, roupas, mãos do paciente (coceira), etc) OBS: Exclusivo do ser humano Macho possui “asas” laterais Forma de transmissão: através de poeira, alimentos contaminados, ou re-infecção do próprio paciente Forma de diagnóstico: swab anal ou método de Graham fita adesiva transparente na região perianal (só cola na região e tira) logo que o paciente acorda, que será colocado em lâmina e observado diretamente no microscópio, para detecção de ovos (ovo em forma de elipse, transparente, com um D no meio). EPF não é muito eficiente, porque a fêmea desova na região anal e não no intestino, então raramente detecta nas fezes Sintomas e complicações: Muito prurido anal, especialmente a noite (ovoposição – irritabilidade, insônia), podendo causar lacerações na região pelo ato de coçar, com hemorragias, dermatites e infecções secundárias. Pode causar náuseas, dor abdominal e diarreia. Profilaxia: Hábitos de higiene corporal, unhas cortadas, limpeza de roupas íntimas, roupas de banho, roupas de cama de modo adequado (não sacudir lençóis). Limpeza da casa com certa periodicidade.Tratamento dos doentes. Como a contaminação entre pessoas da mesma casa é comum, pode ser interessante tratar todas as pessoas da casa. Tratamento: Albendazol (Zentel), Pamoato de PirantelNome da doença: Tricomoníase Nome científico do parasita: protozoário: Trichomonas vaginalis Nome do transmissor: não há Tipo de ciclo: monoxênico Ciclo: Ser humano entra em contato com os trofozoitos (FORMA INFECTANTE) de Trichomonas vaginalis por meio de fluídos de secreção vaginal, prostática ou urinária de outro ser humano trofozoito (FORMA DIAGNÓSTICO) se multiplica por fissão binária e coloniza a região vaginal ou orifício uretral, sendo eliminada nesses fluidos Forma de transmissão: maioria dos casos: relação sexual desprotegida. Pode ser transmitido por parto ou contaminação por roupas de cama, roupas íntimas, toalhas ou espéculo Forma de diagnóstico: deve ser colhido secreção mulher: sedimento urinário ou secreção vaginal; homem: sedimento urinárioi, secreção uretral e líquido prostárico; meio de transporte utilizado: Stuart. Com o material, é realizado exame direto e a fresco para detecção da forma trofozoito, com coloração Gram, Leishman ou Papanicolaou. Pode ser feito cultura ou imunodiagóstico. Sintomas e complicações: leucorréia, prurido vulvar ou vaginal, uretrites com ou sem secreção, prostatites e pode causar esterilidade. Pode ser assintomática (especialmente em homens). Profilaxia: tratamento dos doentes (e de seus parceiros sexuais), identificação das fontes de infecção e contágio; boa higiene dos genitais; evitar banheiras compartilhadas Tratamento: Metronidazol, Tinidazol, Gynoflagyl, com concomitante abstenção sexual temporária
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