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Parasitologia Completo

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Emanuelle Lara 
 
 NEMATELMINTOS 
 (gastrointestinais 1) 
 
1. Ascaris Lumbricoides 
Doença: Ascaridíase – popularmente conhecido como “Lombriga” 
Sobre o parasito: - geohelminto 
 - maior nematódeo intestinal 
 - apresenta distribuição cosmopolita 
 - dimorfismo sexual 
 - macho menor que a fêmea 
 - somente a fêmea infecta 
 - apresenta ciclo pulmonar (para amadurecer as 
larvas de L3-L4 elas passam pelo pulmão, devido a alta demanda de oxigênio) 
Habitat no corpo humano: Intestino delgado - jejuno e íleo; apêndice; vias 
biliares e pancreáticas; traqueia ou brônquio; ouvido médio . Machos e fêmeas 
vivem juntos. Podem ficar presos à mucosa, devido aos fortes lábios, ou 
migrarem pela luz intestinal. 
Ciclo biológico: monoxeno 
 
 1- ovos contendo a larva L3 
contaminam água e alimentos; 
 2- ingestão de alimentos 
contaminados com o ovo larvado; 
 3- passagem do ovo pelo 
estômago e a liberação da larva L3 
no intestino delgado; 
 4- penetração das larvas na 
parede intestinal; 
 5- larvas carregadas pelo 
sistema porta até os pulmões; 
 6- larvas se transformam em L4 
e rompem os capilares e caem nos 
alvéolos, se transformando 
posteriormente a L5; migram para faringe; 
7- expulsão de larvas pela deglutição ou expectoração; 
8- larvas atingem novamente o duodeno transformando em adultos; 
9- eliminação dos ovos pelas fezes e contaminação do ambiente; 
Sintomas da doença: geralmente são assintomáticos, mas os sintomas 
podem aparecer de acordo com o órgão infectado. Porém os sintomas 
característicos da ascaridíase são: 
Emanuelle Lara 
 
- tosse seca 
- dor torácica 
- dor abdominal 
- diarreia 
- febre 
- falta de apetite 
- náuseas 
- perda de peso 
- vômito 
Quando há superinfecção os vermes adultos podem ser eliminados pela boca 
ou pelo ânus. 
Diagnóstico: Exame parasitológico (Hoffman/Kato-Katz/Faust) – presença de 
ovos nas fezes. Também pode ser feito por testes imunológicos ou exames de 
imagem. 
Profilaxia: - educação sanitária; 
 - higiene pessoal; 
 - saneamento básico; 
 - higienização e preparação correta dos alimentos; 
 
 
Adultos de A. lumbricoides com 
dimorfismo sexual. O macho apresenta 
uma ponta curva e é menor que a fêmea. 
 
 
 
 
 
 Ovo fértil não-larvado Ovo fértil larvado 
 
Identificação: presença da membrana mamilonada em ovos viáveis (um ovo 
Emanuelle Lara 
 
pode ser viável e não apresentar membrana mamilonada, mas sim 
decorticada). 
2. Trichuris Trichiura 
Doença: Tricuríase – popularmente conhecida como “Verme do Chicote” 
Morfologia do parasito: - geohelminto 
 - dimorfismo sexual 
 - apresenta distribuição cosmopolita 
 - dimorfismo sexual 
 - macho menor que a fêmea 
 - regiões com o clima úmido e quente 
 - doença de transmissão fecal-oral 
 - não faz ciclo pulmonar 
Habitat no corpo humano: intestino grosso. 
 Ciclo biológico: monoxêno 
 1- contaminação por meio 
de solo infectado (contato 
mão-solo) ou ingestão por 
alimentos mal lavados; 
 2- ovos do parasito vão 
até o intestino delgado, 
onde eclodem e liberam as 
larvas; 
 3- larvas se tornam 
vermes adultos, migrando 
para o intestino grosso, 
habitando definitivamente; 
pode ficar lá por +/- 5 anos; 
 4- macho e fêmea se 
reproduz e a fêmea 
ovoposita; seus ovos caem 
nas fezes; 
 
Sintomas da doença: em geral, somente os indivíduos com grande infestação 
de larvas no intestino apresentam sintomas, nesses casos os sintomas são: 
- diarreia crônica que pode ou não vir acompanhada de muco ou sangue 
- distensão abdominal 
- enjoo 
- perda de peso 
- flatulência 
- anemia 
- baqueteamento digital (alargamento da ponta dos dedos e da unha) 
- prolapso retal – casos mais graves (geralmente em crianças, onde os vermes 
estão aderidos a mucosa do reto) 
Emanuelle Lara 
 
Diagnóstico: exame parasitológico de fezes, se da pela presença de ovos nas 
fezes – Hoffman. Pode-se também em alguns casos, a realização de uma 
colonoscopia devido aos vermes serem facilmente encontrados aderidos a 
mucosa do intestino grosso. 
Profilaxia: - tratamento do solo; 
 - educação sanitária; 
 - higiene pessoal; 
 - saneamento básico; 
 - higienização e preparação correta dos alimentos; 
 
 
Adultos de T. trichuira com dimorfismo sexual. 
O macho (direita) apresenta uma ponta curva 
e é menor que a fêmea. 
 
 
 
 
 
 
Ovo de T. trichuira 
Identificação: presença de dois opérculos. 
 
 
 
 
3. Enterobius vermicularis 
Doença: Enterobíase – popularmente conhecida como “Oxiuríase/Tuxina” 
Sobre o parasito: - helminto (NÃO é geohelminto) 
 - dimorfismo sexual 
 - macho é eliminado com as fezes 
 - fêmea oviposita geralmente a noite, não retorna e morre 
no local 
 - doença de transmissão fecal-oral 
Habitat no corpo humano: ceco, intestino grosso e apêndice. – podem ser 
encontrados na região perianal, e nas mulheres na vagina, útero e bexiga. 
Emanuelle Lara 
 
Ciclo biológico: monóxeno 
 1- ovos ingeridos pelo 
ser humano de diversas 
maneiras; são elas: 
autoinfecção: mão 
contaminada é levada a 
boca. 
retroinfecção: vermes novos 
entram pelo ânus e vão em 
direção ao seco; 
heteroinfecção: mãos 
contaminadas de quem 
porta a doença e passa 
para outro, encostando as 
mãos e etc. 
 2- larvas rabiditóides 
eclodem no intestino 
delgado, sofrendo duas 
metamorfoses e depois indo 
em direção ao ceco, onde 
se transformam em adultos; 
3- femeas vão para a região perianal, onde ovipositam; 
Sintomas da doença: algumas pessoas não apresentam sintomas, apresenta 
somente quando acontece a retroinfecção ocorrendo então uma grande 
quantidade de vermes no intestino. Os sinromas são: 
- coceira na região anal e vagina 
- insônia 
- irritabilidade e agitação 
- dor abdominal intermitente 
- náuseas 
- diarreia 
- baixo rendimento escolar (devido a grande coceira e não conseguir dormir a 
noite) 
Diagnóstico: método de Graham (se usa uma fita adesiva na pele ao redor do 
ânus para que os ovos localizados nesta região adiram à fita. Estes ovos, 
então, são colocados sobre uma lâmina de vidro e visualizados sob um 
microscópio.) o material recolhido de unhas de crianças também podem conter 
ovos do parasita. 
Profilaxia: a contaminação de pessoas na mesma casa é extremamente 
comum. Portanto, 
- hábitos de higiene corporal; 
- limpeza frequente de roupas íntimas, toalhas e lençóis; 
 
 
Emanuelle Lara 
 
 
 
 
 
Adulto de E. vermicularis fêmea. 
Identificação: presença de asa 
cefálica e bulbo. 
 
 
 
 
 
 
Ovo de E. vermicularis 
Identificação: ovo convexo. 
 
 
 
 
 
 
 
4. Ancylostoma duodenale e Necator americanus 
Doença: Ancilostomíase – popularmente conhecida como “Amarelão” a doença 
do “Jeca-tatu” 
Sobre o parasito: - são Ancylostomatidae, ou Ancilostomídeos 
 - apresentam dimorfismo sexual 
 - macho menor do que a fêmea 
 - apresentam ciclo pulmonar 
 - apresentam larvafilarioide e rabiditoide no seu ciclo 
biológico 
 - apresentam uma cápsula bucal permitindo os vermes a 
aderirem ao intestino, pois dilaceram a mucosa intestinal 
 - além de parasitar os humanos, tem espécies 
(Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliensis) que parasitam cães e gatos 
pois não conseguem completar sua evolução na espécie humana PORÉM 
essas espécies podem invadir a pele humana e ficarem lá por algum tempo 
abrindo tuneis na epiderme e produzindo uma dermatite conhecida como 
“bicho-geográfico” 
Habitat no corpo humano: luz do intestino delgado fixados à mucosa, 
sugando o sangue. 
Emanuelle Lara 
 
Ciclo biológico: monoxeno 
 1- ovos são depositados 
no solo e eclodem, 
liberando as larvas 
rabiditoides (L1), onde 
permanecem vivas e se 
alimentam e crescem até 
virarem larvas filarioides 
(L3) que são infectantes; 
 2- as larvas filarioides 
são infectantes, ou seja, 
são elas que vão penetrar 
na pele do ser humano; 
3- após as larvas filarioides penetrarem na pele vão pela circulação até os 
pulmões; 
4- depois do fim do ciclo pulmonar as larvas filarioides são deglutidas e vão até 
o intestino, aonde viram vermes adultos. 
5- os vermes adultos fixam a mucosa com sua cápsula bucal 
6- machos e fêmeas se reproduzem e a fêmea começa a ovipositar. 
OBSERVAÇÕES DO CICLO BIOLÓGICO: nem todas as larvas filarioides 
fazem o ciclo pulmonar, podendo invadir outros tecidos e entrar em estado de 
dormência que podem durar meses. Após esse período as larvas migram para 
o intestino onde se tornam vermes adultos. 
Diagnóstico: exame parasitológico de fezes, se da pela presença de ovos nas 
fezes – Hoffman/Faust ou Baermann/Rugai para identificar as larvas 
Sintomas: a infecção é frequentemente assintomática, porém no local da 
infecção (onde a larva filarioide entra em contato com a pele) ocorre uma 
inflamação pruriginosa. Além disso são observados: 
- tosse frequente (devido a passagem das larvas pelos pulmões, pode 
ocasionar Síndrome de Loffler) 
Na fase aguda tem-se: 
- dor epigástrica 
- anorexia 
- flatulência 
- diarreia 
- perda de peso 
Na fase crônica tem-se: 
- anemia por deficiência de ferro 
- palidez 
- dispneia 
- fraqueza 
- taquicardia 
- cansaço 
- edema periférico 
Emanuelle Lara 
 
- perda de sangue crônica podendo causar anemia grave, insuficiência 
cardíaca e em gestantes retardo do feto. 
Profilaxia: - educação sanitária; 
 - uso de calçados evitando o contato direto do solo com a pele; 
 
 
Adulto cápsula bucal de um A. 
duodenale. 
Identificação: presença de dentes. 
 
 
 
 
 
 
Adulto cápsula bucal de um N. americanus. 
Identificação: presença de lâminas ou placas 
cortantes. 
 
 
 
 
 
Dimorfismo sexual de ambas as espécies. Do 
lado esquerdo é a extremidade posterior de um 
macho (presença de espículos). Do lado direito é 
a extremidade posterior de uma fêmea. 
 
 
 
 
 
Ovo de ancilostomídeos. 
Identificação: membrana fina e presença de 
blastômeros. 
 
Emanuelle Lara 
 
5. Strongyloides stercoralis 
Doença: Estrongiloidíase 
Sobre o parasito: - apresenta dimorfismo sexual 
 - tem larva rabiditoide e filarioide 
 - a fêmea pode ter vida livre ou ser partenogenética 
 - pode infectar o ser humano, cão, gato e macaco 
 - apresenta ciclo pulmonar 
Habitat no ser humano: intestino delgado - criptas das mucosas do duodeno e 
porção superior do jejuno 
Ciclo biológico: monoxeno 
 1- os ovos são 
depositados no solo e 
eclodem, liberando larvas 
rabiditoides, onde o ser 
humano entra em contato – 
também pode ser ingeridos 
alimentos e água 
contaminada com ovos de 
S. stercoralis, 
contaminação por via oral; 
 2- as larvas filarioides 
penetram na pele e iniciam 
o ciclo pulmonar; 
3- após o ciclo pulmonar são deglutidas as larvas amadurecem exclusivamente 
para a forma fêmea adulta, onde ovipositam no intestino, e larvas os ovos 
larvados são excretadas junto com as fezes, mas NEM TODAS as larvas são 
excretadas nas fezes. 
OBSERVAÇÕES DO CICLO BIOLÓGICO: as larvas liberadas no meio 
ambiente podem evoluir e se transformarem em adultos machos e fêmeas, 
podendo contaminar outras pessoas. 
Pode haver também a auto-infeçção, onde as larvas que não foram 
excretadas penetram na mucosa do cólon e retornam a circulação sanguínea, 
indo em direção aos pulmões e refazendo o ciclo. Em pacientes com sistema 
imunológico intacto, esse ciclo de auto-infecção é limitado. Todavia, se o 
paciente for imunodeprimido, pode haver processo de auto-infecções maciças, 
provocando um quadro de hiperinfecção pelo Strongyloides stercoralis e 
estrongiloidíase disseminada (onde o verme consegue submeter órgãos extra-
intestinais – todos os órgãos e tecidos podem ser invadidos). 
Diagnóstico: Rugai/Baermann, que encontram as larvas. 
Sintomas: a maioria dos pacientes se apresenta assintomático, porém, quando 
há sintomas são: 
- dor abdominal acompanhada ou não de vômitos 
Emanuelle Lara 
 
- enjoo 
- diarreia 
- perda de apetite 
- lesões no local da penetração 
- tosse frequente (devido a passagem das larvas pelos pulmões, pode 
ocasionar Síndrome de Loffler) 
Em pacientes imunodeficientes pode apresentar hiperinfecção e ser fatal. 
Profilaxia: - higiene pessoal 
 - uso de calçados 
 - higiene alimentar 
 
 
Larva rabiditoide de S. stercoralis. 
Identificação: extremidade posterior 
cauda ponteaguda. 
 
 
 
 
Larva filarioide de S. stercoralis 
Identificação: extremidade posterior cauda com duas pontas. 
 
 
 
 
 
 
Emanuelle Lara 
 
CESTÓDEOS 
(gastrointestinais 3) 
 
6. Taenia saginata e Taenia solium 
Doença: Teníase – popularmente conhecida como “solitária” 
Sobre o parasito: - não apresenta dimorfismo sexual, é hermafrodita 
 - tem hospedeiro definitivo e intermediário 
 - tem eliminações de proglotes e apresenta anel grávido 
com muitas ramificações 
 - T. saginata: - hospedeiro intermediário é o boi 
 - anéis grávidos são dicotômicas e 
apresentam muitas ramificações 
 - forma larvária Cisticercus bovis 
 - NÃO possui ganchos no escolex, apenas 
ventosas 
 - T. solium: - hospedeiro intermediário é o porco 
 - anéis grávidos são dendríticas ou 
arborescentes e apresentam poucas ramificações 
 - forma larvária Cisticercus celulose 
 - POSSUI ganchos no escolex além das 
ventosas 
 - pode causar a NEUROCISTICERCOSE – 
doença em que o cisticerco vai parar no cérebro. 
Habitat no ser humano: intestino delgado 
Ciclo biológico: heteroxeno 
 1- a ingestão de 
vegetação contaminada por 
ovos ou proglotes pelo 
hospedeiro intermediário 
inicia o ciclo. O cisticerco 
pode permanecer no animal 
por anos; 
 2- o ser humano ingere 
a carne crua ou mal passada 
do animal com cisticerco; 
 3- cisticerco se 
desenvolve no intestino do 
ser humano até se tornar um 
verme adulto e eliminar proglotes ou cisticercos. 
CISTICESROSE: ingestão de ovos da larva 
Emanuelle Lara 
 
Diagnóstico: o diagnóstico é feito muitas vezes pela eliminação de proglotes 
nas roupas íntimas do paciente. – exame parasitológico pesquisa de proglotes 
nas fezes (método de Hoffman e Graham). Emcasos de suspeita de 
cisticercose exames de imagem. 
Sintomas: geralmente são assintomáticas, mas podem apresentar: 
- dores abdominais 
- anorexia 
- diarreia 
- enjoo 
- irritação 
- fadiga 
- fraqueza 
Em cisticercoses: 
- dor de cabeça 
- convulsões 
- confusão 
- cegueira 
- fraquesa 
-paralisia 
Profilaxia: - saneamento básico 
 - cozimento adequado da carne 
 - educação sanitária 
 - fiscalização da carne 
 
 
 
 
Ovo de Taenia sp. 
Identificação: embrião hexacampo. 
 
 
 
 
 
7. Hymenolepis nana 
Doença: Himenolepíase – popularmente conhecida como “tênia anã”. 
Sobre o parasito: - apresenta escólex com ventosas, ganchos e um rosto-
retratil 
 - comumente não apresentam hospedeiro intermediário mas, 
podem em alguns casos podem apresentar alguns insetos como hospedeiros 
intermediários 
Emanuelle Lara 
 
 - não apresenta dimorfismo sexual, é hermafroditae 
 - tem larva cisticercóide 
 - tanto o ser humano quanto os roedores podem ser 
infectados 
Habitat no ser humano: intestino delgado – principalmente jejuno e íleo 
Ciclo biológico: monoxeno ou 
heteroxeno 
Monoxeno: 1- o homem ingere 
os ovos embrionados a partir de 
alimentos ou água contaminada; 
 2- após os ovos 
chegarem ao estômago, eles 
são semi-digeridos pelo suco 
gástrico e após chegarem ao 
intestino oncosferas são 
liberadas; 
 3- as oncosferas 
liberadas penetram nas 
vilosidades e se transformam em sua forma infectante – as larvas 
cisticercoides; 
4- larvas retornam para o lúmem do intestino e se fixam lá; 
5- no intestino as larvas passam pela maturação e começam a liberar 
proglotides grávidas; 
 
Heteroxeno: 1- o inseto ingere os ovos (hospedeiro intermediário); 
 2- dentro do inseto ocorre a transformação do embrião em larva 
cisticercoide; 
 3- o homem ou roedores podem se infectar a partir da ingestão 
acidental do inseto; (meio de infecção mais sério devido a carga parasitária ser 
maior) 
Diagnóstico: exame parasitológico de fezes, se da pela presença de ovos nas 
fezes – Hoffman e Faust. 
O exame parasitológico de fezes pode dar negativo, porque ainda tem 
parasitas mas os proglotes não se romperam. Por isso, deve-se repetir o 
exame depois de 2 semanas. 
Sintomas: as infecções moderadas são assintomáticas; em crianças os 
sintomas são: 
- anorexia 
- perda de peso 
- inquietação 
- prurido 
- eosinofilia variável 
Casos mais graves produzem um estado toxêmico. 
Emanuelle Lara 
 
Profilaxia: - higiene pessoal; 
 - saneamento básico; 
 - uso de aspirador de pó; 
 - tratamento precoce dos doentes; 
 - combate aos insetos no ambiente doméstico; 
 
 
 
Adulto de H. nana; 
Identificação: rosto retrátil 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ovo de H. nana. 
Identificação: forma elíptica; casca 
formada por duas membranas e a 
presença de dois mamelões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TREMATÓDEOS 
(gastrointestinais 2) 
 
8. Schistosoma mansoni 
Emanuelle Lara 
 
Doença: esquistossomose – popularmente conhecida como “Barriga d’agua” 
Sobre o parasito: - apresenta dimorfismo sexual 
 - fêmea necessita ficar grudada no macho pelo canal 
ginecóforo para sua maturação, porém tem vida livre longe disso 
 - apresenta ventosa oral e ventral 
 - trematódeo sanguíneo 
 - no seu ciclo apresenta larva, cercaria e miracidio 
 - tem hospedeiro intermediário – caramujos. Biomphalaria 
glabrata (o melhor pois tem ampla distribuição geográfica), Biomphalaria 
tenagophila e Biomphalaria straminea. 
Habitat no ser humano: região intra-hepática (isso pode interromper a 
circulação e causar barriga d’agua) 
Ciclo biológico: heteroxeno 
 1- os ovos do S. mansoni 
entram em contato com a 
água e eclodem, liberando 
os miracídios; 
 2- os miracídios 
penetram nos tecidos dos 
caramujos Biomphalaria spp. 
 3- ocorre o esporocisto 
em caramujos; 
 4- cercarias são 
liberadas pelo caramujo na 
água e ficam nadando até 
encontrarem o ser humano; 
5- cercarias penetram na pele do ser humano e durante essa penetração as 
cercarias perdem a cauda e viram esquistossomulos; 
6- os esquistossomulos migram para região intra-hepatica para o 
amadurecimento da forma adulta; 
7- macho e fêmea vão para as veias mesentéricas do intestino, depositando os 
ovos que saem nas fezes; 
Diagnóstico: exame parasitológico de fezes, se da pela presença de ovos nas 
fezes – Hoffman e Kato-Katz. Pode-se também fazer uma biópsia ou raspagem 
da mucosa retal, além do diagnóstico por imagem. 
Sintomas: a maioria dos pacientes são assintomáticos e essa doença se 
divide em fase aguda e crônica. 
Na fase crônica os sintomas são: 
- febre 
- dor de cabeça 
- calafrio 
- suor 
- fraqueza 
Emanuelle Lara 
 
- perda de apetite 
- dor muscular 
- tosse 
- diarreia 
Na fase aguda os sintomas são: 
- tontura 
- sensação de plenitude gástrica 
- prurido 
- palpitações 
- impotência 
- emagrecimento 
- endurecimento e aumento do fígado 
Em casos mais graves o estado geral do paciente piora bastante, com 
emagrecimento, fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, 
conhecido popularmente como barriga d’água. 
Profilaxia: - educação sanitária; 
 - saneamento básico; 
 - controle dos hospedeiros intermediários; 
 
 
Larva do S. mansoni: cercaria. 
Identificação: cauda bifurcada. 
 
 
 
 
 
 
 
Ovo de S. mansoni. 
Identificação: esporão lateral. 
 
 
 
Emanuelle Lara 
 
 
 
 
 
 
 
Adulto de S. mansoni. 
Identificação: fêmea unida no 
macho pelo canal ginecófero. 
 
 
 
 
9. Whuchereria bancrofti 
Doença: Filariose – popularmente conhecida como “Elefantíase” 
Sobre o parasito: - apresenta dimorfismo sexual 
 - fêmea é maior que o macho 
 - tem uma microfilária 
 - apresenta hospedeiro intermediário – inseto Culex 
quinquefasciatus 
Habitat no ser humano: vasos e glânglios linfáticos 
Ciclo biológico: heteróxeno 
 1- o inseto pica para 
alimentar-se de sangue e 
depositam as larvas; 
 2- as larvas 
amadurecem no sistema 
linfático; 
 3- as larvas adultas 
produzem as microfilarias 
encapsuladas que andam 
por vasos linfáticos e 
sanguíneos 
 4- o inseto pica o homem 
para alimentar-se de sangue 
novamente e as filarias se 
desprendem da cápsula, penetrando no estômago do inseto e migram para os 
músculos toraxicos; 
Emanuelle Lara 
 
5- ocorre o crescimento de larvas L1 a L3 e elas migram para a cabeça e 
probóxide do inseto; 
Diagnóstico: feito a noite pelo método da gota espessa; pode também ser feito 
um diagnóstico por imagem; 
Sintomas: normalmente são assintomáticos, porém, os que apresentam 
sintomas são: 
- pode haver inflamação (linfangites e adenites) 
- derramamento de linfa e hipersensibilidade 
- febre ao entardecer, com pico no início da madrugada 
- edema de membros, com ou sem espessamento pronunciado da pele 
- elefantíase consiste na obstrução linfática pela presença dos vermes adultos 
(irreversível) após 10-15 anos de infecção. 
Profilaxia: - combate ao vetor; 
 - saneamento básico; 
 - educação sanitária; 
 - administração em massa do medicamento; 
 
 
Adulto de W. bancrofti. 
Identidicação: bainha e a 
presença de hemácias devido 
ao esfregaço. 
 
 
 
 
 
10. Onchocerca volvulus 
Doença: Oncocercose – popularmente conhecida como “Mal do garimpeiro”ou 
“Cegueira dos rios” 
Sobre o parasito: - tem como hospedeiro intermediário o Simulium spp. 
(borrachudo) 
Habitat no corpo humano: tecido conjuntivo e subcutâneo 
Emanuelle Lara 
 
Ciclo biológico: heteroxeno 
 1- o Simulium spp. se 
alimenta de sangue e 
deposita as larvas; 
 2- passa pelos tecidos 
subcutâneos onde os adultos 
amadurecem; 
 3- as microfilarias sem 
bainhas são produzidas e 
ficam na pele e vasos 
linfáticos; 
 4- o mosquito se 
alimentea de sangue 
novamente e ingere a 
microfilaria; 
5- as microfilarias penetram no intestino e depois nos músculos do tórax do 
simulium; 
6- acontece a muda de larva L1 a L3 eela migra pra cabeça do mosquito; 
Diagnóstico: Os nódulos de parasitas adultos são palpáveis e podem ser 
identificados por exames de imagem (Tomografia computadorizada ou 
ecografia) ou por análise microscópica de amostra de biópsia, sendo este o 
diagnóstico principal da Oncocercose. 
As microfilárias são detectadas em biópsias da pele e também podem ser 
vistas diretamente pela observação do fundo do olho com um oftalmoscópio. 
Existe ainda uma técnica de detecção do DNA do parasita por PCR. 
Sintomas: os sintomas começam a aparecer cerca de um ano depois. São 
eles: 
- prurido (coceira); 
- exantemas cutâneos (erupção na pele); 
- perda de elasticidade da pele; 
- pápulas; 
- áreas da pele com despigmentação; 
- febre 
Profilaxia: - combate ao vetor; 
 - saúde e educação; 
 - tratamento dos indivíduos e coletivo pelo uso de ivermectina 
 
 
 
 
Emanuelle Lara 
 
PROTOZOÁRIOS 
(gastrointestinais 4) 
 
11. Giardia duodenalis 
Doença: Giardíase – popularmente conhecida como “Diarréia dos viajantes” 
Sobre o parasito: - possui a fase de cisto e trofozoíto 
 - transmissão fecal-oral 
 - reprodução assexuada por divisão binária 
 - o cisto apresente resistência e é responsável pelo sucesso 
da Giardia 
 - o sexo também é uma forma de contaminação 
 - é uma zoonose 
 - com a mudança de pH o trofozoíto muda para cisto 
 
Habitat no ser humano: intestino delgado 
Ciclo biológico: monoxeno 
 1- ingestão de água e 
alimentos contaminados; 
 2- após a ingestão do 
cisto, no intestino delgado 
ele se transforma em 
trofozoíto; 
 3- quando chega no 
intestino grosso o parasito se 
transforma novamente em 
cisto para sair nas fezes, 
porém é possível ter o 
trofozoíto em fezes também. 
 
 
 
 
 
 
 
Emanuelle Lara 
 
Diagnóstico: em fezes sólidas é possível encontrar somente o cisto, já em 
fezes diarreicas é possível encontrar tanto o cisto quanto o trofozoíto. É feito 
por meio da técnica de Hoffman hematoxilina-ferrica (evidenciando o trofozoíto) 
e Faust (evidenciando o cisto) 
Sintomas: a maioria é assintomático mas aqueles que apresentam sintomas 
são: 
- diarreia esteatorreia (gordurenta e com cheiro ácido) 
- cólicas 
- flatulência 
-náuseas e vômitos 
- emagrecimento 
Profilaxia: - educação sanitária 
 - saneamento básico 
 - higienização pessoal 
 
 
 
 
 
Trofozoíto de G. 
duodenalis 
Identificação: flagelos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ovo de G. duodenalis 
Identificação: núcelos 
 
 
 
 
 
 
Emanuelle Lara 
 
12. Amebas: Entamoeba spp. (E. coli, E. 
hartmanni, E.histolytica/dispar), Endolimax nana e Iodameba 
butschlii 
Doença: Amebíase – popularmente conhecida como “Desinteria” 
Sobre o parasito: - a única ameba relacionada a patologia é a E. 
histolytica/dispar, que são morfologicamente equivalentes 
 - reprodução assexuada 
 - pode infectar gatos, coelhos, ratos e primatas 
 - apresenta cisto e trofozoíto 
 - cisto: é a forma infectante e de diagnóstico; apresenta 
grande resistência 
 - trofozoíto: faz a reprodução, nutrição e também é uma 
forma de diagnóstico pois os trofozoítos estão presentes em fezes diarreicas. 
 - cisto →  trofozoíto, de acordo com o pH 
Habitat no ser humano: intestino grosso 
Ciclo biológico: monoxeno, fecal-
oral 
 1- ingestão dos cistos 
maduros em água e solos 
contaminados; 
 2- no intestino delgado 
acontece a fase metacística em 
que o cisto da origem ao trofozoíto 
(cada núcleo do cisto da origem a 
dois trofozoítos); 
 3- os trofozoítos podem 
invadir tecidos e causar destruição 
(apenas em E. histolytica) 
 4- no intestino grosso os 
trofozoítos se dividem e se 
transformam em cistos devido à 
variação do pH, fazendo assim 
com que a pessoa evacue os 
cistos. 
Diagnóstico: Faust (fezes sólidas – cistos), esfregaço (fezes diarreicas – 
trofozoíto) e sorológico (encontra o trofozoíto). 
Sintomas: a maioria das pessoas é assintomática. 90% das infecções são de 
E. dispar por não apresentarem sintomas. Mas os que apresentam (infectados 
por E. histolytica) pois ocorre invasão tecidual, são: - desinteria aguda 
 - fezes líquidas com muco 
e sangue 
 - febre 
Emanuelle Lara 
 
Profilaxia: pensamento sobre conduta higiênica; 
 
Cistos de E. coli 
Identificação: 
muitos núcleos (1-8) 
 
 
 
Trofozoítos de E. coli 
Identificação: 
núcleo com 
cariossoma 
excêntrico (mais nas 
bordas) 
 
Cisto de E.histolytica/dispar 
Identificação: poucos núcleos (1-4) e corpo 
cromatóide. 
 
 
 
 
 
 
Trofozoíto de E. histolytica/dispar 
Identificação: núcleo com cariossoma central 
 
 
 
 
 
Cisto de Iodameba butschlli 
Identificação: vacúolo de glicogênio 
 
 
 
 
 
Emanuelle Lara 
 
13. Cryptosporidium spp. 
Doença: Criptosporidiose 
Sobre o parasito: - parasito intracelular extracitoplasmatico 
 - zoonose 
 - também tem transmissão sexual 
 - tem +40 espécies, porem as comuns no homem são: C. 
parvun, C. hominis e C. meleagredis. 
 - se reproduzem em células epiteliais do intestino delgado 
(reprodução sexuada) 
 - tem reprodução assexuada também 
 - tem autoinfecção 
 - são resistentes aos desinfetantes 
 - apresentam apicomplexo (róptrias, micronemas e anel 
polar) para facilitar a penetração intracelular 
 - apresenta oocisto (forma de infecção e diagnóstico) 
Habitat no ser humano: íleo – intestino delgado 
Ciclo biológico: monoxeno 
 1- ingestão do oocisto 
esporulado em alimentos, 
água contaminada, 
piscinas... 
 2- o oocisto é 
suscetível a bile, portanto 
ele abre e libera os 4 
esporozoítos que penetram 
nas células; 
 3- os esporozoítos 
vão se diferencias em trofozoítos; 
 4- os trofozoítos se diferenciam em merontes do tipo I; 
 5- inicia-se o ciclo assexuado: os merontes do tipo I saem da célula 2x e 
invadem outras células para liberarem um merozoíto que irá se transformar em 
meronte tipo II; 
 6- inicia-se o ciclo sexuado: o meronte tipo II libera os merozoítos que irão 
se diferenciar em gametas – macrogametas e microgametas. Os microgametas 
liberal o microgametocito e o macrogameta transforma em zigoto; 
 5- origina o oocisto que pode ter dois caminhos, quando tem uma 
membrana fina fazem novamente a auto-infecção e quando tem uma 
membrana grossa saem e vão para o ambiente; 
Diagnóstico: esfregaço + coloraçãode Ziehl-Neelsen; a amostra é 
concentrada na presença de sacarose porque aí o oocisto sobe. A fucsina cora 
o oocisto. 
Sintomas: - dor de cabeça 
 - febre 
Emanuelle Lara 
 
 - diarreia 
 - diarreia potencializada – pode levar a morte 
Profilaxia: - ferver e filtrar a água; 
 - saneamento básico; 
 - higiene pessoal e de alimentos; 
 
 
Oocisto de Cryptosporidium spp. 
 
 
 
 
14. Trichomonas vaginalis 
Doença: Tricomoníase 
Sobre o parasito: - é uma DST 
 - reprodução assexuada 
 - é flagelado 
 - homens e mulheres podem contrair 
 - apenas uma forma evolutiva: trofozoíto 
 - período reprodutivo da mulher é favorável a infecção 
 - pode causar descamação do útero – infertilidade 
 - pode ter transmissão pelo parto 
Habitat no ser humano: vagina, uretra e próstata. 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo biológico: monoxeno – 
transmissão sexual. 
 
 
 
 
 
Emanuelle Lara 
 
Diagnóstico: para MULHER: esfregaço do muco vaginal (com característica 
bolhosa, esbranquiçado, cremoso e bolhoso); 
 para HOMEM: sêmen (apresenta dor ao urinar, prurido) 
 
 
 
Trofozoíto de T.vaginalis 
Identificação: membrana ondulante 
 
 
 
 
 
15. Plasmodium sp. 
Doença: Malária – popularmente conhecida como “Febre Amarela” 
Sobre o parasito: - a doença é transmitida pelo mosquito do gênero 
Anopheles 
 - existem várias espécies de plasmodium, porém as que 
parasitam o homem são P. falciparum, P. vivax e P. malarie 
 - tem apicomplexo 
 - acontece ruptura das hemácias 
Habitat no ser humano: dentro de células sanguíneas 
Ciclo biológico: heteroxeno 
Apresenta 3 ciclos: 
 1- Ciclo pré-eritrócito: a 
fêmea do Anopheles inocula 
os esporozoítos direto na 
circulação sanguínea 
através do repasso 
sanguíneo, que vão até o 
fígado. 
No fígado, os esporozoítos 
invadem os hepatócitos 
através do complexo apical, e lá eles se desenvolvem. 
Os esporozoítos se transforma em trofozoítos pré-eritrócitos e o núcleo desse 
trofozoíto começa a se dividir várias vezes de forma assexuada, resultando no 
esquizonte. 
O esquizonte se rompe e são liberados os merozoítos. 
 2- Ciclo eritrocítico (fases febris): cada merozoíto infecta uma hemácia, e 
no interior dela o merozoíto irá se transformar em trofozoíto imaturo e depois 
Emanuelle Lara 
 
em maduro. – eles podem continuar sendo trofozoítos jovens, que ai irão dar 
origem aos gametócitos. 
O núcleo do trofozoíto madura começa a se dividir de forma assexuada, 
resultando no esquizonte. 
O esquizonte se rompe e irá liberar merozoítos que podem repetir o processo 
assexuado de invasão de novas hemácias ou não. 
Formação dos gametócitos → os trofozoítos jovens se diferenciam em estágios 
sexuados, os gametócitos, que não se dividem mais e vão seguir seu 
desenvolvimento no mosquito vetor, dando origem aos esporozoítos. 
 3- Ciclo sexuado no inseto: Ao se alimentar do sangue infectado, a fêmea 
do mosquito ingere os gametócitos iniciando o ciclo sexuado. 
No intestino do mosquito ocorre a gametogênese, o feminino vira macrogameta 
e o masculino 8 microgametas. 
Um microgameta fecundará o macrogameta formando ovo ou zigoto. 
Os zigotos se transformam em oocinetos. 
Os oocinetos invadem a parede do intestino médio do mosquito, se 
transformando em oocistos. 
Os oocitos crescem e liberam esporozoítos. 
Os esporozoítos vão ser disseminados por todo corpo do inseto até atingir o 
canal da glândula salivar para serem injetados no hospedeiro vertebrado. 
Diagnóstico: gota espessa e esfregaço sanguíneo – achados do parasita no 
sangue PERIFÉRICO. 
As formas encontradas no sangue são: 
P. falciparum: trofozoíto jovem e gametócito 
P. vivax: trofozoíto jovem e maduro, esquizonte, merócito e gametócito. 
Sintomas: febre é o principal sintoma e coincide com a ruptura das hemácias. 
- febre terça benigna: P. vivax (48h) 
- febre terça maligna: P. falciparum 
- febre quartã: P. malarie (72h) 
Profilaxia: vacinação, tela nas casas, eliminação do vetor. 
 
Trofozoíto jovem de P. 
falciparum. 
Identificação: cromatina em 
forma de anel com dois 
eritrócitos. 
 
 
Gametócito de P. falciparum. 
Identificação: núcleo cercado 
pelo pigmento malárico. 
 
 
Emanuelle Lara 
 
 
Trofozoíto jovem de P. vivax 
Identificação: cromatina em forma de anel com 
apenas um eritrócito. 
 
 
 
 
 
Trofozoíto maduro de P. vivax 
Identificação: citoplasma com aspecto ameboide. 
 
 
 
 
Esquizonte de P. vivax 
Identificação: cromatina segmentada. 
 
 
 
 
 
 
Merócito de P. vivax 
Identificação: cromatina muito mais segmentada 
de que o esquizonte. 
 
 
 
 
 
Gametócito de P. vivax 
Identificação: citoplasma abundante. 
 
 
 
 
 
 
 
Emanuelle Lara 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL E GLOBO 
OCULAR 
 
16. Amebas de vida livre (Naegleria fowleri 
e Acanthamoeba spp.) 
Doença: Meningoencefalite amebiana primária (N. fowleri – “come cérebro), 
Encefalite amebiana granulomatosa e Ceratite amebiana (Acanthamoeba) 
Sobre o parasito: 
Naegleria fowleri → - apresenta 3 formas evolutivas: cisto, trofozoíto flagelado 
e trofozoíto ameboide 
 - os dois trofozoítos são infectantes porém, o ameboide é o 
mais característico para infecções, já que a forma flagelada é apenas um 
intermediário 
 - reprodução assexuada do trofozoíto 
Acanthamoeba spp. → - apresenta 2 formas evolutivas: cisto e trofozoíto 
ameboide 
 - tanto o cisto quanto o trofozoíto podem infectar 
 - reprodução assexuada do trofozoíto 
Ciclo biológico: monoxeno 
N. fowleri → 1- o cisto 
presente em águas 
contaminadas eclode devido 
as condições favoráveis; 
 2- quando os cistos 
eclodem liberam os 
trofozoítos que se 
reproduzem 
assexuadamente; 
 3- o trofozoíto ameboide 
tem uma forma intermediaria 
– o trofozoíto flagelado. 
Essa forma vive num 
constante vai-e-vem; 
 4- o trofozoíto infecta o ser humano que entra em contato com águas 
contaminadas e entra pela mucosa nasal e migra para o cérebro pelos nervos 
olfatórios; 
Acanthamoeba spp. → 1- o cisto presente em águas contaminadas eclode 
devido as condições favoráveis; 
 2- quando os cistos eclodem liberam os trofozoítos que se reproduzem 
assexuadamente; 
Emanuelle Lara 
 
 3- o trofozoíto ou o cisto podem infectar o humano, entrando pelo trato 
respiratório ou globo ocular; 
Diagnóstico: presença de trofozoítos quando corados por hematoxilina férrica, 
Giemsa ou Gram; fazer meios de cultura do local em que o individuo 
frequentou também é um diagnóstico. 
No caso de N. fowleri, o diagnóstico clinico pode ser facilmente confundido com 
rinite alérgica. 
Sintomas: 
N. fowleri → - sintomas inciais de resfriado 
 - alucinações 
 - convulsões 
Acanthamoeba → - ceratite ocular 
 - pode causar lesão na coluna 
Profilaxia: não nadar em águas contaminadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emanuelle Lara 
 
17. Toxoplasma gondii 
Doença: Toxoplasmose – popularmente conhecida como “doença do gato” 
Sobre o parasito: - tem apicomplexo 
 - é uma protozoonose 
 - os felídeos são os únicos animais em que o protozoário 
pode completar o seu ciclo, ou seja, eles são os hospedeiros definitivos do 
parasito 
 - o homem apenas pode manter a fase assexuada doparasito, logo são os hospedeiros intermediários 
 - pode infectar de 3 formas: ingerir o cisto maduro 
(esporulado), ingerir carne com bradzoíto ou de forma congênita (gravidez) 
 - o T. gondii se desenvolve em duas fases diferentes: 
Fase assexuada: nos tecidos de vários hospedeiros (homem, por exemplo) 
Fase sexuada: nas células do epitélio intestinal dos gatos (e outros felídeos) 
 - apresenta 3 formas infectantes: traquizoíto (fase aguda da 
doença), bradzoíto (fase crônica da doença; cisto) e esporozoíto (no interior 
do oocisto, produto da reprodução sexuada) 
 
Ciclo biológico: heteroxeno 
 1- oocistos não 
esporulados são eliminados 
nas fezes dos gatos 
infectados e depois de 
alguns dias eles esporulam 
e tornam-se infectantes; 
 2- os hospedeiros 
intermediários a ingerirem 
aguas e alimentos 
infectados se infectam com 
os oocistos esporulados; 
 3- os esporozoítos que 
estão dentro dos oocistos 
são liberados e ai irão se 
transformar em traquizoítos; 
 4- os traquizoítos vão penetrando em diversos tipos celulares (exceto 
hemácias) e essa proliferação dos traquizoítos resulta na fase aguda da 
doença; 
 5- o sistema imune irá atacar e, os traquizoítos que sobreviveram irão se 
transformar em bradzoítos, reduzindo a sintomatologia e iniciando a fase 
crônica da doença; 
 6- no humano, os parasitos formam cistos nos tecidos que podem 
permanecer a vida toda. 
 7- A fase sexuada ocorre dentro do intestino dos gatos (hospedeiros 
definitivos) que consomem o bradzoíto do animal predado (ratos, pombos) e, 
Emanuelle Lara 
 
os bradzoítos irão penentrar no epitélio intestinal do gato que irá liberar 
merozoítos, ocorrendo assim a transformação em gametas que irão se 
fecundar e liberar oocistos nas fezes dos gatos; 
Diagnóstico: testes sorológicos. 
Sintomas: A maioria das pessoas infectadas pela primeira vez não apresenta 
sintoma. 
Os sintomas da toxoplasmose são variáveis e associados ao estágio da 
infecção, (agudo ou crônico). Os sintomas normalmente são leves, similares à 
gripe, dengue e podem incluir dores musculares e alterações nos gânglios 
linfáticos. 
Pessoas com baixa imunidade: podem apresentar sintomas mais graves, 
incluindo febre, dor de cabeça, confusão mental, falta de coordenação e 
convulsões. 
Gestantes: mulheres infectadas durante a gestação podem ter abortamento 
ou nascimento de criança com icterícia, macrocefalia, microcefalia e crises 
convulsivas. 
Profilaxia: - educação em saúde; 
 - higiene alimentar; 
 - cuidado com animais domésticos (gatos); 
 
 
 
 
 
Traquizoíto de T. gondii 
Identificação: apresenta forma de arco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bradzoíto de T. gondii 
Identificação: vacúolo parasitóforo 
 
 
 
Emanuelle Lara 
 
18. Echinococcus granulosus 
Doença: Hidatidose 
Sobre o parasito: - a larva se chama cisto hidatico 
 - tem um hospedeiro definitivo (cão), intermediário (ovelha) e 
acidental (humano) 
 - no intestino do cão que ocorre a reprodução 
 - é um cestódeo, então é hermafrodita 
Ciclo biológico: heteroxeno 
 1- o hospedeiro 
intermediário (ovelha) ou 
acidental (humano) se 
contamina ao ingerir ovos 
do E. granulosus liberados 
no ambiente pelo cão; 
 2- Os ovos se rompem 
no intestino e liberam a 
larva, que perfura a mucosa 
e atinge a circulação 
sangüínea, chegando ao 
fígado. Em 70% dos casos, 
forma um cisto nesse local, mas pode invadir o tecido pulmonar ou ainda outros 
órgãos. 
 3- O ciclo no homem termina com a formação do cisto hidático no fígado 
e/ou pulmão e não há eliminação de formas de contágio. A contaminação é 
sempre acidental, do cão para o homem. 
Diagnóstico: exames de imagem e sorologia. 
 
 
Cisto hidático de E. granulosus 
 
 
 
 
 
 Adulto de E. 
 granulosus 
 
 
 
http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Echinococcus%20granulosus.htm#2
Emanuelle Lara 
 
TRIPANOSOMATÍDEOS 
(parasitos teciduais) 
 
19. Leishimania sp. 
Doença: Leishimaniose – popularmente conhecida como “Calazar” 
Sobre o parasito: - apresenta duas formas evolutivas: promastigota (flagelo 
livre, reprodução assexuada, está no interior do vertebrado) e amastigota 
(flagelo internalizado, reprodução sexuada no interior da célula do 
invertebrado) 
 - apresenta hospedeiro intermediário: os flebotomineos 
(insetos) 
 - zoonose 
Ciclo biológico: heteróxeno 
 1- a fêmea infectada 
pica o ser humano e injeta 
as promastigotas 
metacíclicas; 
 2- as promastigotas 
são fagocitadas por 
macrófagos e outras células 
mononucleadas; 
 3- nessas células as 
promastigotas irão se 
diferenciar em amastigotas 
que irão fazer reprodução 
assexuada (divisão binária) e infectar outras células mononucleares; 
 4- o inseto quando pica o ser humano ingere sangue parasitado com as 
amastigotas; 
 5- no intestino do vetor, os parasitas são liberados e se transformam em 
promastigotas, que se multiplicam por mitose no intestino, atravessam a 
membrana peritrófica (que rodeia a refeição sanguínea), fixam-se na parede do 
intestino do vetor e, eventualmente, migram para a válvula estomodeal do 
vetor, onde formam um tampão que degrada a válvula e impede a ingestão. 
 6- o inseto, ao picar novamente, é obrigado a ejetar os promastigotas para 
a pele, de modo a conseguir ingerir sangue; 
Diagnóstico: reação intradérmica de Montenegro 
Os parasitos do gênero Leishmania determinam doenças do sistema 
fagocítico mononuclear que apresentam características clínicas e 
epidemiológicas diversas, por isso foram reunidas em quatro grupos: 
Emanuelle Lara 
 
Leishmaníase cutânea - produz exclusivamente lesões cutâneas 
limitadas. 
Leishmaníase cutâneo-mucosa - freqüentemente se complicam pelo 
aparecimento de lesões destrutivas em algumas mucosas. 
Leishmaníase visceral ou Calazar - o parasito tem tropismo pelo sistema 
fagocítico mononuclear de órgãos como o fígado, o baço e a medula, que 
se tornam hipertrofiados. 
Leishmaníase cutânea difusa - formas cutâneas disseminadas. 
 
A ação patogênica do parasito está relacionada com a destruição celular 
provocada pela reprodução das formas amastigotas. Na fase inicial da doença, 
a multiplicação do protozoário nas proximidades do ponto de inoculação provoca 
uma reação inflamatória caracterizada pela formação de um pequeno nódulo. A 
partir daí, dependendo da espécie de Leishmania e da resposta do hospedeiro, 
a doença poderá evoluir de forma benigna, com remissão dos sintomas, ou 
evoluir para as diferentes manifestações clínicas. 
 
Sintomas: Duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma 
pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de 
tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. 
 
Profilaxia: Além do tratamento dos doentes, as medidas de controle das 
leishmaníases baseiam-se no combate aos flebotomíneos. 
 
 
 
Forma promastigota de Leishmania sp. 
Identificação: flagelo livre. 
 
 
 
 
 
Forma amastigota de Leishmania 
sp. 
Identificação: sem flagelo livre. 
 
 
20. Trypanosoma cruzi 
Doença: Tripanosomíase americana – populamente conhecida como “Doença 
de Chagas” 
Sobre o parasito: - tem como vetor o inseto triatomíneo (barbeiro) 
 - apresenta as seguintes fases: Amastigota (fase 
intracelular, sem organelas de locomoção; está presente na fase crônica 
da doença),epimastigota (é a forma encontrada no tubo digestivo do 
Emanuelle Lara 
 
vetor, não é infectante para os vertebrados; possui flagelo e membrana 
ondulante) e tripomastigota (fase extracelular, que circula no sangue; 
apresenta flagelo e membrana ondulante em toda a extensão lateral do 
parasito; está presente na fase aguda da doença, constituindo a forma 
infectante para os vertebrados.) 
 - transmissão via transfusão de sangue 
 
 
Ciclo biológico: 
heteroxeno motamorfose 
incompleta 
 1- o barbeiro ao 
alimentar-se de sangue 
elimina pelas fezes 
tripomastigotas próximo ao 
local da picada; 
 2- o ser humano coça 
o local fazendo com que as 
tripomastigotas entrem no 
hospedeiro através da 
picada; 
 3- dentro do hospedeiro as tripomastigotas invadem as células próximas 
ao ponde de entrada, se diferenciando em amastigotas; 
 4- as amastigotas se dividem assexuadamente, se diferenciando assim em 
tripomastigotas novamente e liberadas na circulação sanguínea, assim iram 
infectar vários tecidos e novamente iram se transformar em amastigotas 
intracelulares – ciclo continuo; 
 5- o triatomíneo infecta-se ao ingerir sangue do hospedeiro vertebrado 
contendo parasitas circulantes – ingere os tripomastigotas; 
 6- após ingerir os tripomastigotas, no intestino do vetor eles se 
transformam em epimastigotas, se multiplicando por reprodução assexuada; 
 7- após isso também no intestino o parasita se diferencia na forma 
infectante, o tripomastigota metacíclico; 
Diagnóstico: exame de sangue com coloração Giemsa 
Sintomas: Febre 
- Inchaço de um olho; 
- Inchaço e vermelhidão no local da picada; 
- Aumento do tamanho do fígado, coração, baço e cólon; 
Profilaxia: melhoria das condições de moradia, o controle do vetor e de 
reservatórios (gambás e morcegos) e a fiscalização dos bancos de sangue e 
campanhas contra a drogadição são medidas que devem ser tomadas a fim de 
prevenir a doença de Chagas. 
 
 
Emanuelle Lara 
 
 
 
Forma tripomastigota do T. cruzi 
Identificação: membrana ondulante 
 
 
 
 
Forma amastigota do T. cruzi 
Identificação: formação de ninhos 
 
 
 
 
Forma epimastigota do T. cruzi 
Identificação: cinetoplasto justanuclear e 
anterior ao núcleo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HECTOPARASITOS 
(artrópodes: aracnídeos e insetos) 
 
21. Sarcoptes scabiei 
Doença: Escabiose – popularmente conhecida como “sarna” 
Sobre o parasito: - é um aracnídeo 
 - possui quatro pares de pernas (8 no total) 
 - fêmea maior que o macho 
 
Ciclo biológico: 
monoxeno/autoxenico 
 1- a fêmea escava 
galerias e lá oviposita seus 
ovos; 
 2- os ovos eclodem 
liberando as larvas; 
 3- após um tempo as 
larvas se transformam em 
ninfas, e posteriormente em vermes adultos, que aí fecundam novamente e 
ovipositam; 
Diagnóstico: fita gomada 
Sintomas: coceira ou prurido principalmente a noite; 
Profilaxia: A prevenção consiste, basicamente, em evitar contato com pessoas 
e roupas contaminadas. Uma vez detectado um paciente com escabiose, todos 
que com ele tenham contato direto devem ser examinados e tratados. 
- Ferver roupas e roupas de cama; 
 
 
 
 
Adulto de S. sacabiei 
 
 
 
 
 
Emanuelle Lara 
 
22. Pediculus humanus e Pthirus pubis 
Doença: P. humanus: Pediculose – popularmente conhecido como “Piolho”); P. 
pubis: Pediculose pubiana – popularmente conhecido como “Chato” 
Sobre o parasito: - ambos são insetos 
 - ambos possuem 3 pares de pernas (6 no total) 
 - fêmea é maior que o macho 
 - a pediculose pubiana pode ser contraída por relação 
sexual 
Ciclo biológico: para ambos os parasitos o ciclo é autoxenico 
1- a fêmea oviposita; 
2- os ovos completam a encubação e eclodem, liberando ninfas; 
3- depois de um tempo as ninfas se transformam em vermes adultos, 
reeinciando o ciclo; 
Diagnóstico: consegue se ver o parasito à olho nu; 
Sintomas: MUITA coceira; 
P. humanus → coceira na região da cabeça, cabelos etc; 
P. pubis → coceira na genitália; 
Profilaxia: - evitar o contato com pessoas que possuem os parasitos, já que os 
parasitos são facilmente disseminados; 
- evitar o uso de objetos conjuntos (toalhas, roupas intimas, etc) 
- uso de camisinha 
 
 
 
Fêmea e macho adultos de 
P. humanus 
Fêmea: extremidade 
arredondada 
Macho: extremidade 
pontiaguda 
 
 
 
 
 
Adulto de P. pubis 
 
 
Emanuelle Lara 
 
23. Tunga penetras 
Doença: Tungíase – popularmente conhecida como “bicho de pé” 
Sobre o parasito: - causada por fêmeas grávidas 
 - é um inseto, díptero 
 - tem 3 pares de pernas (6 no total) 
 - o que caracteriza ela (ou seja, o que difere ela de outras 
espécies de pulgas) é seu tubérculo pronunciado 
Ciclo biológico: 
monoxeno 
 1- o ser humano 
entra em contato com o 
solo e pisa em fêmeas 
grávidas; 
 2- as fêmeas 
gravidas liberam seus 
ovos e passam para o 
estado larval; 
 3- as larvas 
sofrem pupa e depois 
viram vermes adultos, 
sendo liberados no 
ambiente e reiniciando o 
ciclo; 
Diagnóstico: clínico, com base nos sintomas da pele, como erupção cutânea 
avermelhada e coceira, que são muito característicos deste problema. 
Sintomas: lesão (nos pés ou nas mãos) que causa dor e coceira; pode ocorrer 
abscessos no locais. 
Profilaxia: evitar andar descalço. 
 
T. penetrans 
Identificação: tubérculo pronunciado 
 
 
 
 
 
 
 
Emanuelle Lara 
 
24. Cochliomyia hominivorax 
Doença: Miíase – popularmente conhecido como “Bicheira” 
Sobre o parasito: - é um inseto 
 - possui 3 pares de pernas (6 no total) 
 - a larva da mosca que trasmite a doença 
 
A infestação de um animal vertebrado vivo é tecnicamente designada 
como miíase. Enquanto que as larvas de muitas espécies de moscas 
alimentam-se de tecidos necróticos, podendo ocasionalmente infestar uma 
ferida antiga e pútrida, as larvas desta espécie são invulgares por atacarem 
tecido saudável. 
 
Ciclo biológico: monoxeno 
1- As fêmeas de Cochliomyia hominivorax põem ovos na carne exposta de 
animais de sangue quente, incluindo humanos, em feridas e umbigos de 
animais recém-nascidos; 
2- As larvas eclodem e enterram-se no tecido circundante à medida que se 
alimentam. Se a ferida for perturbada durante este período as larvas enterram-
se mais profundamente; 
3- após a sua eclosão as larvas caem ao solo onde passam a pupas; 
4- As pupas atingem o estado adulto cerca de sete dias depois; 
Diagnóstico: observação das larvas na pele 
Sintomas: 
Profilaxia: cuidado de feridas; 
 
25. Dermatobia hominis 
Doença: Dermatobiose – popularmente conhecido como “Berne” 
Sobre o parasito: - a larva da mosca que infecta 
 - o ciclo larval se desenvolve dentro da pele de animais 
 - A Dermatobia hominis faz sua ovipostura em um outro 
inseto 
Ciclo biológico: 
1- as fêmeas da Dermatobia hominis capturam insetos (inseto forético) em 
pleno voo ou durante o pouso em animais vertebrados e realizam a postura de 
seus ovos sobre eles. 
2- Após 6 dias, as larvas de primeiro estágio (L1) já estão formadas e quando o 
inseto forético se aproxima de um mamifero para se alimentar ou descansar, as 
larvas são estimuladas pelo calor do hospedeiro, gás carbônico e odores da 
pele. Elas saem dos ovos e penetram ativamente na pele do hospedeiro. 
3- O berne fica com a parte respiratória (espiraculo) voltada para a parte 
exterior da pele e com a parte anterior imersa na derme . 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mi%C3%ADasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ovo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Umbigo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pupa
https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A9tico
Emanuelle Lara 
 
4- A larva de terceiro estágio abandona o hospedeiro, cai no chão, onde se 
infiltra transformando-se em pupa e depois em inseto adulto; 
Diagnóstico: ver a larva. 
Sintomas: A remoção da larva baseia-se em impedir a respiração da larva 
para ela poder subir e ser expelida com uma pinça. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pupa

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