Prévia do material em texto
1 Disciplina: CCiiêênncciiaa ddooss MMaatteerriiaaiiss Apostila desenvolvida pela aluna Larissa da Silva1, com base nos materiais de estudo da disciplina ministrada pelo professor MSc. Jorge Wilson P da Silva2. EEnnggeennhhaarriiaa CCiivviill –– UUNNIITTRRII ((44ºº PPeerrííooddoo)) Uberlândia, Julho de 2014. 1la_silva20@hotmail.com 2profjwps@gmail.com 2 2 Tópico 1. Introdução à Ciência dos Materiais Ciência dos materiais é o campo da ciência de caráter interdisciplinar relativo ao estudo das propriedades dos materiais e a relação entre a sua estrutura em escalas atômicas ou moleculares com suas características macroscópicas, incorporando elementos da física e da química como as formas de caracterização e processamento. – Investigação das relações entre composição/estrutura e propriedades dos materiais. Ciência e engenharia dos materiais são dois campos intimamente ligados. “Ciência e engenharia dos materiais é a área da atividade humana associada com a geração e a aplicação de conhecimentos que relacionem composição, estrutura e processamento de materiais às suas propriedades e usos.” (Morris Cohrren) – Desenvolvimento de materiais já conhecidos visando novas aplicações ou melhorias no desempenho – Desenvolvimento de novos materiais para aplicações conhecidas – Desenvolvimento de novos materiais para novas aplicações Composição → Natureza química do produto Estrutura → Associada ao arranjo dos componentes do material. É analisada em diferentes escalas: � Atômica: menor ou igual a nm = 10-9m � Nanoestrutura: da ordem de nm. Sólidos amorfos (alguns nm) e sólidos cristalinos (10nm a mm = 10-3m) � Microestrutura: alguns µm = 10-6m até mm � Macroestrutura: normalmente igual ou maior que mm Tópico 2. Propriedades dos Materiais As propriedades de um material são a sua resposta a estímulos impostos. As principais propriedades dos materiais podem ser agrupadas em: � Mecânicas: definem o comportamento do material (resposta) quando sujeito a cargas externas, sua capacidade de resistir ou transmitir esses esforços sem se fraturar ou deformar de forma incontrolada. � Elétricas: comportamento dos materiais, em resposta à aplicação de um campo elétrico externo. As propriedades elétricas dependem de diversas características dos materiais, dentre as quais mencionamos a configuração eletrônica, o tipo de ligação química e os tipos de estrutura e microestrutura. � Térmicas: a resposta de um material à troca de calor com o meio. Este conceito está diretamente ligado à dilatação térmica, que será tratado no último capítulo deste material. � Magnéticas: capacidade de atração ou repulsão que um material possui, quando está eletricamente carregado. A maneira para determinar se um material é magnético ou não é colocá-lo sobre a influência de um campo magnético (campo criado pelo movimento de cargas elétricas). Se aparecerem forças ou torques, se trata de uma substância magnética. � Ópticas: a resposta da interação dos materiais com a radiação eletromagnética, especialmente em uma determinada gama de frequências (a região do espectro que engloba a luz visível, com extensão para o infravermelho e o ultravioleta � Químicas: é uma propriedade qualificada das substâncias, ou seja, varia de substância para substância, seja ela simples ( não (composto). Dentro dessa compre puramente químicas seriam ligadas à substância, e ligados à aspectos particulares. � De degradação: corrosão, oxidação e desgaste. Propriedades mecânicas dos materiais As propriedades mecânicas dos materiais são de extrema importância para as engenharias. Quando em uso, os materiais estão sujeitos a cargas e forças. Assim, torna-se necessário conhecer suas respostas às propriedades mecânicas, de forma que, ao serem expostos a essas cargas e forças, a deformação final não seja excessiva. 1) Plasticidade O comportamento plástico é a propriedade de um corpo que, ao ser submetido a uma tensão, sofre deformações permanentes depois de superado certos limites de resistência. Falando de uma perspectiva atômica, a deformação plástica é a recombinação de ligações químicas. Isso quer dize tensão aplicada, os átomos rompem suas ligações com os átomos vizinhos iniciais e formam ligações com novos átomos vizinhos. A plasticidade pode ser subdividida em maleabilidade e ductilidade. A maleabilidade pode ser medida a quente ou a facilidade com que um material se deforma quando está sob ação de pressão ou choque. Diz-se que um material é maleável quando não sofre grandes alterações ou rupturas em sua estrutura sob a ação de, por exemplo, martelo ou forja. A ductilidade é a capacidade dos materiais de se deformarem sem se romperem. Pode ser medida por estricção (redução na área de um corpo) ou alongamento. Quanto mais dúctil for um material, maior será a sua capacidade de estricção e o alongamento antes de ocorrer a ruptura. a região do espectro que engloba a luz visível, com extensão para o infravermelho e o ultravioleta). qualificada das substâncias, ou seja, varia de substância para substância, seja ela simples (elemento) ou . Dentro dessa compreensão, as propriedades puramente químicas seriam ligadas à substância, e ligados à aspectos : corrosão, oxidação e desgaste. Propriedades mecânicas dos materiais são de extrema importância para Quando em uso, os materiais estão sujeitos a cargas e forças. se necessário conhecer suas respostas às propriedades mecânicas, de forma que, ao serem expostos a essas cargas e forças, a é a propriedade de um corpo que, ao ser submetido a uma tensão, sofre deformações permanentes depois de superado certos limites de resistência. Falando de uma perspectiva atômica, a deformação plástica é a recombinação de ligações químicas. Isso quer dizer que, devido à tensão aplicada, os átomos rompem suas ligações com os átomos vizinhos iniciais e formam ligações com novos átomos vizinhos. A plasticidade pode pode ser medida a quente ou a frio e é definida como a facilidade com que um material se deforma quando está sob ação de pressão se que um material é maleável quando não sofre grandes alterações ou rupturas em sua estrutura sob a ação de, por exemplo, martelo é a capacidade dos materiais de se deformarem sem se romperem. Pode ser medida por estricção (redução na área de um corpo) ou alongamento. Quanto mais dúctil for um material, maior será a sua capacidade orrer a ruptura. 2) Elasticidade O comportamento elástico (também chamado material é a capacidade de sofrer deformações reversíveis. Isto é, quando forças exteriores atuam sobre um material e este se deforma, é produzido um trabalho destas forças que se armazena no material como energia potencial elástica. O sólido se comporta elasticamente quando, depois de removidos os esforços, esse incremento na energia interna for reversível módulo de elasticidade é a mola, que se encontra em seu estado de equilíbrio quando não está sendo esticada ou comprimida. Após comprimida ou esticada, a mola produz uma força contrária à do movimento para voltar ao seu estado natural. 3) Tenacidade Simplificadamente falando, a te mede a capacidade do material de absorver energia mecânica até a fratura. Segundo a tenacidade, um material pode ser maleável (transformado facilmente em lâminas), séctil (fácil flexível (pode ser dobrado, apesar de não recuperar seu formato anterior) e elástico (pode ser dobrado e recuperará seu formato anterior). 4) Dureza A dureza é a capacidade que o material possui de resistir à abrasão superficial. Não pode ser confundida com tenacidade. Para simplificar, podemos dizer que (também chamadomódulo de elasticidade) de um material é a capacidade de sofrer deformações reversíveis. Isto é, quando forças exteriores atuam sobre um material e este se deforma, é produzido um trabalho destas forças que se armazena no material como energia potencial O sólido se comporta elasticamente quando, depois de removidos os esforços, esse incremento na energia interna for reversível. Um exemplo claro do a mola, que se encontra em seu estado de equilíbrio quando não está sendo esticada ou comprimida. Após comprimida ou esticada, a mola produz uma força contrária à do movimento para voltar ao seu estado tenacidade é a resistência à fratura. Ou seja, mede a capacidade do material de absorver energia mecânica até a fratura. Segundo a tenacidade, um material pode ser friável (quebra com facilidade), (transformado facilmente em lâminas), séctil (fácil de ser cortado), (pode ser dobrado, apesar de não recuperar seu formato anterior) e (pode ser dobrado e recuperará seu formato anterior). A dureza é a capacidade que o material possui de resistir à abrasão superficial. er confundida com tenacidade. Para simplificar, podemos dizer que 4 dureza é a resistência ao “risco”. O material mais duro que se conhece é o diamante, que só pode ser riscado por outro diamante. A dureza relativa dos minerais, por exemplo, é medida através da escala de Mohs mostrada na Tabela 1 a seguir. Esta tabela é muito útil na área da Geologia, e consiste em uma lista de materiais agrupados de maneira que os minerais mais acima na lista têm capacidade de riscar aqueles que estão abaixo deles. Assim, como o diamante é a substância mais dura que se conhece, é o primeiro da lista e possui índice de dureza igual a 10. Dessa maneira, qualquer substancia pode ser vinculada à escala de Mohs, de acordo com as substâncias padrão nela encontradas. Tabela 1 – Escala de Mohs Mineral Índice de dureza Diamante 10 Corindo 9 Topázio 8 Quartzo 7 Feldspato 6 Apatita 5 Fluorita 4 Calcita 3 Gesso 2 Talco 1 5) Fluência A deformação plástica ocorrida num material sob tensão constante ou quase constante em função de um longo espaço de tempo é chamada fluência. A fluência ocorre devido à movimentação de falhas que existem nas estruturas cristalinas dos metais e é altamente influenciada pela temperatura: enquanto alguns metais só mostram o fenômeno em altas temperaturas, outros são frágeis até mesmo à temperatura ambiente. Independente disso, quanto maior a temperatura, mais veloz é a deformação. Esse tipo de deformação pode ser observada em todos os materiais. Entretanto, os polímeros amorfos, como plásticos e borrachas, são os materiais menos resistentes à fluência. Por outro lado, sabendo que a fluência é dependente desse movimento de discordância nas estruturas, qualquer intervenção que reduza essas discordâncias e limite a formação de outras, será efetivo na prevenção contra a fluência (CALLISTER, 2012). 6) Flexão Flexão pode simplesmente ser definida como um esforço onde a deformação ocorre de maneira perpendicular ao eixo do corpo, paralela à força atuante. Outras propriedades dos materiais: � Cisalhamento: quando o material sofre uma força de corte � Torção: rotação no maior eixo de uma barra, por exemplo � Fadiga: esforço por repetição, esforços cíclicos (como em engrenagens, por exemplo) � Resiliência: resistência de um material a esforços externos dinâmicos (choques, percussão, etc.) sem sofrer deformação permanente ou ruptura Exercícios 1. Explicar a diferença entre dureza e tenacidade. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ___________________________________________________________ 2. Defina maleabilidade e ductilidade. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ __________________________________________________________ 5 3. Quanto às propriedades mecânicas dos materiais, assinale a alternativa correta: a) A tenacidade corresponde à resistência necessária para romper um material. b) Ductilidade é a incapacidade de um material poder ser deformado apreciavelmente antes de romper. c) Toda deformação, uma alteração dimensional que se verifica no material, resulta do incremento de temperatura aplicado. d) Resistência é a carga ou tensão máxima suportada pelo material em determinadas condições. e) Os materiais dúcteis são chamados de frágeis, sendo sua característica principal a fragilidade. 4. Marcar Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as sentenças: a) __ A propriedade da flexão pode ser exemplificada pela mola, que após ser comprimida ou esticada, a mola produz uma força contrária à do movimento para voltar ao seu estado natural. b) __ A plasticidade pode ser subdividida em maleabilidade e ductilidade, sendo que esta última é a facilidade com que um material se deforma quando está sob ação de pressão ou choque. c) __ As propriedades mecânicas dos materiais definem a resposta quando sujeito a cargas externa. Também definem sua capacidade de resistir ou transmitir esses esforços sem se fraturar ou se deformar de forma incontrolada. d) __ Um material friável se quebra com facilidade. e) __ Módulo de elasticidade é a capacidade dos materiais de sofrer deformações reversíveis, depois de serem retirados os esforços. DICA!DICA!DICA!DICA! O site Ciência dos Materiais Multimídia, disponível em (http://www.cienciadosmateriais.org/) disponibiliza vários materiais sobre a disciplina! A busca pode ser realizada através de palavras chaves e o resultado da mesma será dado em artigos acadêmicos. Tópico 3. Ligações Químicas Relembrando conceitos fundamentais: � Cada átomo é composto de prótons (+) e nêutrons (neutra) em seu núcleo e elétrons (-) em uma “nuvem” ao redor desse núcleo. A magnitude da carga do próton e do elétron é 1,602 × 10-19C. � Número atômico é o número de prótons dentro do núcleo. Massa atômica é a soma do número de prótons e do número de nêutrons dentro do núcleo. � Elétrons de valência: são aqueles que ocupam as camadas eletrônicas mais externas. � Configurações eletrônicas estáveis: as camadas eletrônicas mais externas estão preenchidas. Esse modelo de Bohr apresenta significativas limitações, que foram supridas pelo modelo chamado “mecânica ondulatória”, de Louis de Boglie. Neste modelo, o elétron apresenta características tanto de onda quanto de partícula. A posição do elétron passa a ser considerada como a probabilidade deste ser encontrado em uma região do núcleo. Assim foi criado o Princípio da Incerteza, por Werner Heisenberg, pois a quantidade de movimento e a posição de um elétron não podem ser prognosticadas ao mesmo tempo. 6 Observe a comparação entre as distribuições eletrônicas segundo o modelo atômico de Bohr e o modelo mecânico-ondulatório. Eletronegatividade: “poder” que um átomo tem de atrair elétrons para si. Nunca é um número negativo. Maior facilidade para ceder elétrons: cátions (íons positivos). Maior facilidade para receber elétrons: ânions (íons negativos). Ligações primárias Ligação iônica É um tipo de ligação química baseada na atração eletrostática entre dois íons carregados com cargas opostas. Na formação da ligação iônica, um metal doa um elétron, devido a sua baixa eletronegatividade, formando um íon positivo (cátion). O átomo do ametal tem uma configuração eletrônica quase totalmente preenchida de elétrons. Eles têm alta eletronegatividade,e facilmente ganham elétrons formando um íon negativo (ânion). Os dois ou mais íons logo se atraem devido à forças eletrostáticas. Portanto, resumidamente podemos dizer que: � Envolve transferência de elétrons de um átomo para o outro. � Grande diferença de eletronegatividade entre os elementos envolvidos. � Resulta da atração entre íons de cargas opostas. Ligação Covalente É um tipo de ligação química caracterizada pelo compartilhamento de um ou mais pares de elétrons entre átomos, causando uma atração mútua entre eles, que mantêm a molécula resultante unida. Átomos tendem a compartilhar elétrons de modo que suas camadas eletrônicas externas sejam preenchidas e eles adquiram uma distribuição eletrônica mais estável. Esse tipo de ligação tende a ser mais forte que outros tipos de ligações, como a iônica. Ao contrário das ligações iônicas, nas quais os íons são mantidos unidos por 7 atração coulômbica não direcional, ligações covalentes são altamente direcionais. Portanto, resumidamente podemos dizer que: � Envolve compartilhamento de elétrons dos átomos envolvidos. � Pequena diferença de eletronegatividade entre os elementos envolvidos. Ligação metálica É uma ligação química pela qual os elétrons fluem livremente através de uma estrutura cristalina definida. Neste modelo o metal é retratado como uma rede de cátions metálicos imersos em um “mar” de elétrons de valência, também chamada de “nuvem eletrônica”. Os elétrons encontram-se confinados ao metal por meio de atrações eletrostáticas aos cátions e distribuídos uniformemente ao longo da estrutura metálica. Mas apesar de presos à estrutura metálica, os elétrons possuem mobilidade por nenhum elétron estar vinculado a um cátion específico. Portanto, resumidamente podemos dizer que: � A ligação resultante é não-direcional. � Os elétrons das camadas de valência passam a circular livremente entre os átomos, formando um “mar de elétrons”. Isso é, têm probabilidade de se associar a vários átomos vizinhos. Ligações secundárias ou de Van der Waals Ocorrem atrações entre dipolos gerados pela assimetria (diferença) de cargas. O mecanismo dessa ligação é parecido com o da ligação iônica, mas não há elétrons transferidos. As ligações dipolares podem ser entre: � Dipolos permanentes (também chamadas dipolo-dipolo): Interações desse tipo são características de substâncias constituídas por 8 moléculas polares, onde o pólo positivo de uma molécula liga-se com o pólo negativo de outra. Assim repetindo-se indefinidas vezes. � Dipolo permanente induzido (também chamadas dipolo-dipolo induzido): São observadas quando uma molécula polar (cátion ou ânion) deforma a nuvem eletrônica de uma molécula apolar. Assim, induz a formação de um dipolo. � Dipolos induzidos flutuantes (também chamadas dipolo- instantâneo dipolo-induzido): em moléculas apolares, há possibilidade de tornar-se polar durante um curto período de tempo. Entretanto, esse tempo é o bastante para que deforme a nuvem de outra molécula apolar e induza-a, de modo a formar dois pólos distintos (positivo e negativo). Tendo assim um dipolo induzido. Ponte de Hidrogênio É um caso especial de ligação ente moléculas polares. É o tipo de ligação secundária mais forte. Ocorre em moléculas em que o hidrogênio (H) está ligado por covalência ao flúor (como no HF), ao oxigênio (como na água, H2O) ou ao nitrogênio (como por exemplo, NH3). Também denominada ligação três centros dois elétrons (3c-2e), a ponte de hidrogênio é uma ligação química em que apenas dois elétrons são compartilhados por três átomos, tratando-se, portanto de uma ligação deficiente de elétrons. DICA!DICA!DICA!DICA! O vídeo “Interações Intermoleculares – Ligação de Hidrogênio”, disponível no Youtube (publicado por Biolugia, em 10/02/12) explica mais detalhadamente este tipo de ligação. Nos vídeos relacionados, você ainda pode encontrar muita coisa sobre ligações secundárias! 9 Exercícios 1. O que é eletronegatividade? Explique a influência dela nas ligações iônicas. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2. Se tomarmos a tabela periódica como referencial, podemos dizer que a eletronegatividade (quase sempre) aumenta “da direita para a esquerda e de cima para baixo na tabela”. O aumento da diferença de eletronegatividade entre os elementos ocasiona a seguinte ordem no caráter das ligações: a) covalente polar, covalente apolar, iônica. b) iônica, covalente polar, covalente apolar. c) covalente apolar, iônica, covalente polar. d) covalente apolar, covalente polar, iônica. e) iônica, covalente apolar, covalente polar. 3. Marque verdadeiro (V) ou falso (F) para as sentenças a seguir. a) __ Elétrons da camada de valência são aqueles que estão nas partes mais internas do átomo, isto é, mais próximos do núcleo composto por prótons e nêutrons. b) __ As ligações de Van der Waals são mais fortes que as ligações primárias, e ocorrem pela atração entre dipolos com assimetria de cargas. c) __ As pontes de hidrogênio são o tipo de ligação secundária mais forte. d) __ Ligação metálica pode ser definida como uma ligação química pela qual os elétrons fluem livremente através de uma estrutura amorfa. e) __ Ligações dipolo-permanente induzido podem ser observadas quando um cátion ou ânion deforma a nuvem eletrônica de uma molécula apolar, induzindo a formação de um dipolo. Tópico 4. Classificação de materiais quanto à composição Uma classificação muito comum dos materiais é a que se baseia na composição dos materiais. Eles podem ser metálicos, cerâmicos, poliméricos ou compósitos. Exemplo: 1) Materiais metálicos (metais) � Combinação de materiais metálicos. � Grande número de elétrons livres. � Propriedades gerais: resistência mecânica de moderada a alta, moderada plasticidade, alta tenacidade, opacos (luz não atravessa/se propaga), bons condutores elétricos e térmicos. 2) Materiais cerâmicos (cerâmicas) � Combinação de elementos metálicos e não metálicos. � Tipos de materiais: cerâmicas tradicionais e de alto desempenho, vidros e vitro-cerâmicas, cimentos. � Propriedades gerais: isolamento térmico e elétrico, refratários, inércia química, podem ser duros ou frágeis. 10 3) Materiais poliméricos (polímeros) � Compostos orgânicos (carbono, hidrogênio, nitrogênio, enxofre, cloro, etc.) � Tipos de materiais: termo-plásticos, termo-rígidos, elastômetros. � Características gerais: baixa densidade, facilidade de deformação, tenacidade, geralmente pouco resistentes a alta temperatura. 4) Materiais compósitos � Constituídos por mais de um tipo de material. � Projetados para apresentar as melhores características de cada um dos materiais envolvidos. Alguns conceitos: � Coeficiente de dilatação térmica: é o nome que se dá ao aumento do volume de um corpo ocasionado pelo aumento de sua temperatura, o que causa o aumento no grau de agitação de suas moléculas e consequente aumento na distância média entre as mesmas. � Material amorfo ou substância amorfa é a designação dada à estrutura que não têm ordenação espacial a longa distância (em termos atômicos), como os sólidos regulares. Não está organizada em cadeia,como os materiais de estrutura cristalina geralmente estão. A palavra “amorfo” vem de “sem forma”, ou seja, sem definição. � A estrutura cristalina de um sólido é a designação dada ao conjunto de propriedades que resultam da forma como estão espacialmente ordenados os átomos ou moléculas que o constituem � Diferentes materiais possuem diferentes estruturas cristalinas e, conseqüentemente, propriedades finais diferentes. Exemplo: Materiais segundo o tipo de ligação 11 Exercícios 1. Por que é possível a produção de filmes translúcidos de polímeros e cerâmicas e não de materiais metálicos? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 2. Quais as principais diferenças entre materiais amorfos e materiais cristalinos? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 3. Quanto à composição, como são classificados os materiais? Cite as principais característica de cada um dos tipos. ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ Tópico 5. Arranjos Cristalinos As propriedades dos metais dependem dos arranjos dos seus átomos. Esses arranjos podem ser classificados em: 1) Estruturas moleculares: agrupamentos dos átomos 2) Estruturas cristalinas: arranjos repetitivos de átomos 3) Estruturas amorfas: sem nenhuma regularidade Noções básicas sobre estruturas moleculares � Molécula: número limitado de átomo fortemente ligados entre si, mas de forma que as forças de atração entre uma molécula e as demais sejam respectivamente fracas (força de Van derWaals). � Pontos de fusão e de ebulição de um composto molecular são baixos quando comparados com outros materiais � Os sólidos moleculares são moles, porque as moléculas podem escorregar uma em relação às outras com aplicações de pequenas tensões � As moléculas permanecem intactas, quer na forma líquida, quer na forma gasosa. � Número de Ligações: depende do número de elétrons da camada mais externa ou camada de valência. � Comprimentos e Energias de Ligação: depende dos átomos e do número de ligações. Ligações duplas e triplas são mais curtas e � requerem mais energia para serem rompidas. � Ângulos entre Ligações: são encontrados entre as ligações � Isômeros: estruturas diferentes e mesma composição 12 � Moléculas Poliméricas: (= muitas unidades) uma grande molécula, constituída por pequenas unidades que se repetem. Estruturas cristalinas A maioria dos materiais de interesse para o engenheiro tem arranjos atômicos que são repetições, nas três dimensões, de uma unidade básica. Tais estruturas são denominadas cristais. Célula Unitária: representa a simetria da estrutura cristalina (unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional) Existem sete (07) tipos de sistemas cristalinos, cada um com seus arranjos. Os estudados na disciplina foram os arranjos cúbicos e o sistema hexagonal simples. Os átomos podem ser agrupados dentro do sistema cúbico em 3 diferentes tipos de repetição: – Cúbico simples (CS) – Cúbico de corpo centrado (CCC) – Cúbico de face centrada (CFC) Sistema cúbico simples (CS) � Apenas 1/8 de cada átomo cai dentro da célula unitária, ou seja, a célula unitária contém apenas 1 átomo. � Essa é a razão que os metais não cristalizam na estrutura cúbica simples (devido ao baixo empacotamento atômico) Número de coordenação corresponde ao número de átomos vizinhos mais próximos. Para a estrutura cúbica simples o número de coordenação é 6. Relação entre o raio atômico (R) e o parâmetro de rede (a) para o sistema cúbico simples No sistema cúbico, os átomos se tocam na face. a = 2R Fator de empacotamento atômico para o sistema cúbico simples Primeiramente, tomamos que: 13 Fator de empacotamento = número de átomos × volume dos átomosvolume da célula unitária Sendo que: � volume dos átomos = volume dos átomos × volume da esfera � volume da esfera = �pi��� � volume da célula = volume do cubo = a³ � fator de empacotamento é, portanto = ���� � (��)� O fator de empacotamento para a estrutura cúbica simples é 0,52. Pois, fazendo as manipulações algébricas necessárias, podemos verificar que: F!" = 4πR� 3 (2R)� ⟹ 4πR� 3 × 1 (2R)�⟹ 4πR� 3 × 1 8R�⟹ 4π 3 × 1 8 = 0,52 Estrutura cúbica de corpo centrado Na estrutura CCC cada átomo dos vértices do cubo é dividido com 8 células unitárias. Já o átomo do centro pertence somente a sua célula unitária. Cada átomo de uma estrutura CCC é cercado por 8 átomos adjacentes. Há 2 átomos por célula unitária na estrutura CCC. O número de coordenação do CCC é 8, pois esse é o número de átomos vizinhos mais próximos. Relação entre o raio atômico (R) e o parâmetro de rede (a) para a estrutura CCC No sistema CCC os átomos se tocam ao longo da diagonal do cubo. - = ./√1 A fórmula também pode ser apresentada como: a= 4R/(3)1/2 Fator de empacotamento atômico para estrutura cúbica de corpo centrado (CCC) . O fator de empacotamento para estrutura CCC é 0,68. Pois: F222 2 × 4πR³3 44R√35 ³ ⟹ 8 πR³ 3 64R³ 7√38³ ⟹ 8π3 × 7√38³ 64 = 0,68 Estrutura cúbica de face centrada Na estrutura CFC cada átomo dos vértices do cubo é dividido com 8 células unitárias. Já os átomos das faces pertencem somente a duas células unitárias. Há 4 átomos por célula unitária na estrutura CFC. Para a estrutura CFC o número de coordenação é 12. Relação entre o raio atômico (R) e o parâmetro de rede (a) para a estrutura CFC 14 9 = :;√: Que também pode ser escrita como: a = 2R/(2)1/2 Fator de empacotamento atômico para estrutura cúbica de face centrada (CFC) O fator de empacotamento da estrutura cúbica de corpo centrado = 0,74. Pois: F!<! = 4 × 4πR³3 42R√25 ³ ⟹ 16πR³ 3 8R³ 7√28³ ⟹ 16π3 × 7√28³ 8 = 0,74 Tabela resumo para o sistema cúbico Átomos por célula unitária Número de coordenação Parâmetro de rede Fator de empacotamento CS 1 6 2R 0,52 CCC 2 8 4R/(3)1/2 0,68 CFC 4 12 2R×(2)1/2 0,74 Sistema Hexagonal (HC) Os metais não cristalizam no sistema hexagonal simples porque o fator de empacotamento é muito baixo. Entretanto, cristais com mais de um tipo de átomo cristalizam neste sistema. � Cada átomo tangencia 3 átomos da camada de cima, 6 átomos no seu próprio plano e 3 na camada de baixo do seu plano � O número de coordenação para a estrutura HC é 12 e, portanto, o fator de empacotamento é o mesmo da CFC, ou seja, 0,74. Relação entre o raio atômico (R) e o parâmetro de rede (a) para a estrutura hexagonal compacta a = 2R 15O conhecimento da estrutura cristalina permite o cálculo da densidade (>): ρ = n × AV2 × NCD Onde, n = número de átomos da célula unitária A = massa atômica VC = Volume da célula unitária = a³ NAV = número de Avogadro = constante = 6,023 × 1023 átomos/mol Exemplo: Sabendo que o Cobre tem raio atômico de 0,128nm (1,28 Å), uma estrutura CFC e um peso atômico de 63,5 g/mol, calcule a sua densidade. Dados fornecidos no problema: n(CCC) = 4 A = 65,5g/mol VC = ? NAV = 6,023 × 1023 átomos/mol Para encontrar o volume da célula unitária, primeiro precisa-se calcular o parâmetro de rede (a) da célula unitária. No caso da estrutura CFC, sabemos que o parâmetro de rede é dado por: a = ��√�.. Logo: a = 42R√2.5 ⟹ 4 2 × 1,28 √2 5 = 3,61Å Antes de colocarmos na fórmula, existe a necessidade de transformar o Å em cm. Para isso, utilizamos da relação: 1Å = 108cm. Portanto, podemos afirmar que 3,61Å = 3,61 × 108cm. Então: ρ = n × AV2 × NCD ⟹ ρ = 4 × 65,5 (3,61 × 10G)� × ( 6,023 × 10��) = 8,98g/cm³ Exercícios 1. Defina célula unitária e número de coordenação. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2. Por que os metais não cristalizam no sistema cúbico simples? E no sistema hexagonal compacto? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3. Sobre as estruturas moleculares, responda: a) O que é molécula? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ b) Por que os sólidos moleculares são moles? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ c) O que são moléculas poliméricas? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4. Assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as sentenças a seguir. a) __ Na estrutura CFC cada átomo dos vértices do cubo é dividido com 8 células unitárias. Já os átomos das faces pertencem somente a duas células unitárias. b) __ Cada célula unitária de CS tem apenas um átomo. 16 c) __ Os metais não cristalizam no sistema hexagonal simples porque o fator de empacotamento é muito alto. d) __ Parâmetro de rede é uma grandeza utilizada para descrever a célula unitária de uma estrutura cristalina. 5. O ferro, na temperatura ambiente, tem estrutura CCC, raio atômico = 0,124 nm e peso atômico = 55,847g/mol. Calcular a sua densidade e comparar com a densidade obtida experimentalmente (7,87g/cm3). Dados: 1nm = 1 × 10-9m = 1 × 10-7cm. Número de Avogadro (NAv) = 6,023 × 1023 átomos/mol. 6. Calcule o número de células unitárias presentes em 1 cm de sódio (Na), sabendo que este metal tem uma estrutura CCC, e que o seu parâmetro de malha (o mesmo que parâmetro de rede) é 0,429 nm. (Considere as células unitárias alinhadas e perfeitamente ajustadas, lado a lado.) 7. Calcule a densidade para o ferro CFC. Leve em conta que o raio é 1,292 × 10-4cm e a massa atômica de 55,847g/mol. 17 8. O níquel possui um raio atômico de 0,125nm, uma estrutura cristalina CFC, e um peso atômico de 58,69g/mol. Calcular a densidade teórica. 9. Na temperatura ambiente, o raio atômico da prata é 144pm e sua densidade (ρ) é de 10,5 g/cm³. Sua estrutura cristalina é CFC ou CCC? Considere uma massa atômica de 107g/mol. Tópico 6. Defeitos Cristalinos e Imperfeições em Sólidos Defeitos cristalinos são uma irregularidade, um “erro”, na rede cristalina (arranjo periódico regular dos átomos) da ordem de um diâmetro atômico em uma ou mais de suas dimensões. Podem envolver uma irregularidade na posição ou no tipo dos átomos. O tipo e o número de defeitos dependem do material, do meio ambiente, e das circunstâncias sob as quais o cristal é processado.Muitas propriedades estão relacionadas com estes defeitos. Frequentemente, defeitos são induzidos propositalmente nos materiais. As propriedades de alguns materiais são influenciadas pela presença de imperfeições. Exemplos: � Propriedades mecânicas de metais puros experimentam alterações significativas quando átomos de impurezas são adicionados � Materiais semicondutores funcionam devido a concentrações controladas de impurezas específicas são incorporadas em regiões pequenas e localizadas Os defeitos cristalinos podem ser classificados em: � Pontuais: Lacunas ou Vacâncias, Átomos Intersticiais, Átomos Substitucionais � Defeitos Lineares: Discordâncias � Contornos de Grão: Defeitos Interfaciais (de Fronteira) Classificação dos defeitos pontuais Lacuna ou vacância: ausência de um átomo ou íon em uma posição cristalográfica. São formados durante a solidificação do cristal ou como resultado das vibrações atômicas (os átomos deslocam-se de suas posições normais). TODOS os sólidos cristalinos apresentam lacunas. Com finalidade de ilustração, tomemos uma espiga de milho: muitas das vezes ocorre a falta de um grão em uma das “fileiras”. Isto causa uma distorção nos planos ao redor desta falha. O mesmo ocorre com as vacâncias nos cristais. 18 Os vazios existem em todos os materiais e exercem papel importante na difusão atômica e nas transformações de fases, umavez que a maioria das propriedades dos materiais é influenciada pela presença deimperfeições. O número de vacâncias aumenta com a temperatura. E esse número pode ser calculado através da expressão: KL = K × MNO PQRST Onde, NV = número total de vacâncias N = número total de posições atômicas QD = energia de ativação para a formação de vacâncias k = constante de Boltzmann (constante do método), dada por 1,38 × 10-23 J/átomo ou 8,62 × 10-5 eV/átomo T = temperatura (sempre em Kelvin) Passo a passo para o cálculo do número de vacâncias Passo 1) Verificar se a temperatura dada está em Kelvin. Caso ela tenha sido dada em Celsius, temos que: 1ºC = 1 + 273,15 = 274,15K. Ou seja: somar 273,15 ao valor da temperatura em graus Celsius. Passo 2) Encontrar a massa (m). Como em geral é dada a densidade no exercício, utilizamos dela para afirmar que se d = U V , então m = v × d Baseado nisso, precisa-se transformar as unidades, visto que o volume costuma ser dado em m³ e a densidade em g/cm³. Para isso, fazemos uso de que: 1m = 100cm, logo 1m³ = 100000cm³, que pode ser reescrito com 106cm³. Sabendo disso, montamos a seguinte tabela e cancelamos as unidades equivalentes (suponhamos que a densidade seja (dens)g/cm³): massa = (dens)g 1m³ 106cm³ cm³ 1m³ massa = (dens)× 106g Passo 3) Calcular o número de mols (n). Caso não seja dado no exercício, podemos encontrar na tabela periódica qual é a massa atômica de cada elemento. A partir disso, fazemos: n = massa massa atômica Passo 4) Calcular o número de átomos (N). Para encontrar o número de átomos, basta fazer a relação entre a quantidade de mols e a constante de Avogadro: 6,023 × 1023, pois sabemos que 1mol de qualquer elemento possui 6,023 × 1023 átomos. 1mol – 6,023 × 1023 átomos n – N átomos Passo 5) Substituir na fórmula e encontrar o número de lacunas: ND N � eNO WXYZT 19 Exemplo 1: Calcule a quantidade de lacunas em 1m³ de cobre a 1000ºC. Sabendo que sua energia de ativação é 0,9eV/átomo, sua densidade é 8,4g/cm³ e sua massa atômica é 63,5g/mol. - A temperatura é 1000ºC, portanto 1274,15K. - A densidade é 8,4g/cm³, portanto a massa é 8,4 × 106g. - O número de mols (massa dividida pela massa atômica) é 1,322 × 105 mols. - Fazendo a relação do número de átomos, temos: 1molCu – 6,023 × 1023 átomos 1,322 × 105molCu – N átomos N = 7,968 × 1028 átomos - Agora basta substituir na fórmula: ND N � eNO WXYZT ND 7,968 � 10�G � e4O [,\G,]� � ^[_` �^�a�,^b5 ND 8,0 � 10�G lacunas Exemplo 2: Calcular a energia de ativação para formação de vacâncias no alumínio sendo que no equilíbrio a o número de vacâncias é 7,57x1023/m3 a 500°C. A massa atômica do Al é 26,98g/mol e a densidade a 500 °C é 2,62g/cm3. - Temos que a temperatura é 500ºC, portanto 774,15K. - A densidade é 2,62g/cm3, portanto: massaAl = 2,62 × 106g. - O número de mols é 9,3 × 104 mols. - Fazendo a relação do número de átomos, temos: 1molAl – 6,023 × 1023 átomos 9,3 × 104molAl – N átomos N = ____ × 1028 átomos Substituindo na fórmula, temos: ND N � eNO WXYZT c, dc � ef:1 5,8 � 10�G � e4O WXG,]� � ^[_` �aa�,^b5 c, dc � ef:1 5,8 � 10�G e 4O WXG,]� � ^[_` �aa�,^b5 gh �e, 1 � 10Ob ln ie4O WXG,]� � ^[_` �aa�,^b5 j kee, :d k Qm8,62 � 10Ob � 774,15 Qm 0,749 DICA!DICA!DICA!DICA! Como pode ser observado no Exemplo 2, para eliminar o exponencial no cálculo do Qm, aplique ln dos dois lados. Uma vez que o ln é o inverso da exponencial, elas se cancelam, e o expoente “tomba”. Defeitos intersticiais: Presença de um átomo ou íon em uma posição não pertencente à estrutura cristalina. Ou seja: Envolve um átomo extra no interstício (do próprio cristal). Produz uma distorção no reticulado, já que o átomo geralmente é maior que o espaço do interstício. A formação de um defeito intersticial implica na criação de um vazio, por isso este defeito é menos provável que um vazio. Observe a representação comparativa com uma espiga de milho e a distorção que um “átomo” provoca na “espiga”. 20 Defeito de Schottky Presentes em compostos que tem que manter o balanço de cargas. Envolve a falta de um ânion e/ou um cátion. Vazios (vacâncias/lacunas) e Schottky favorecem a difusão. Defeito de Frenkel Ocorre em sólidos iônicos, quando um íon sai de sua posição normal e vai para um interstício. Defeitos substitucionais Quando um átomo da rede cristalina é substituído por outro de tamanho diferente. I VALE LEMBRAR QUE...VALE LEMBRAR QUE...VALE LEMBRAR QUE...VALE LEMBRAR QUE... Os defeitos são importantes, mesmo em concentrações muito pequenas, porque podem causar uma mudança significativa nas propriedades de um material. Por exemplo, sem a presença de defeitos: � os dispositivos eletrônicos do estado sólido não existiriam; � os metais seriam muito mais resistentes; � os cerâmicos seriam muito mais tenazes; Impurezas em sólidos Mesmo um metal considerado puro possui impurezas (átomos estranhos). A presença de impurezas promove a formação de defeitos pontuais. Nas ligas metálicas (materiais com propriedades metálicas que contêm dois ou mais elementos químicos sendo que pelo menos um deles é metal), por exemplo, átomos de impurezas são adicionados intencionalmente a uma estrutura cristalina formada por outro átomo para gerar propriedades específicas nos materiais. Impurezas são adicionadas intencionalmente com a 21 finalidade de: aumentar a resistência mecânica, aumentar a resistência à corrosão, aumentar a condutividade elétrica. Solução sólida (menor limite de solubilidade) Adição de impurezas Formação de segunda fase (maior limite de solubilidade) Solução sólida De acordo com Callister, uma solução sólida se forma quando átomos solutos são adicionados ao material hospedeiro, de forma que a estrutura cristalina é mantida, e nenhuma estrutura nova é formada. Segundo Reed-Hill, a solução sólida substitucional consiste na substituição direta de um tipo de átomo por outro, de forma que os átomos de soluto se localizam em posições normalmente ocupadas por átomos de solvente. Já nas soluções sólidas intersticiais, o átomo de soluto não desloca um átomo de solvente, mas ocupa um dos espaços vazios (interstícios) presentes entre os átomos de solvente. Soluções sólidas substitucionais → Ligas metálicas (materiais com propriedades metálicas que contêm dois ou mais elementos químicos sendo que pelo menos um deles é metal). Exemplos: Cobre + zinco = latão Cobre + níquel = monel Cobre + estanho = bronze As soluções sólidas substitucionais podem ser ainda, ordenadas ou desordenadas. A solução substitucional desordenada é mais comum. Fatores que influenciam na formação de soluções sólidas substitucionais (regra de Home-Rothery) Raio atômico → deve ter uma diferença de no máximo 15%, caso contrário pode promover distorções na rede e assim formação de nova fase Estrutura cristalina → mesma Eletronegatividade → próximas Valência → mesma ou maior que a do hospedeiro 22 Exemplo: Cu + Ni são solúveis em todas as proporções, pois: Cu Ni Raio atômico 0,128nm 0,125nm Estrutura CFC CFC Eletronegatividade 1,9 1,8 Valência +1 (às vezes +2) +2 Sendo que: Porcentagem em peso (%p) = U^U^ p U� × 100, lembrando que mi é massa do componente i. Porcentagem atômica (%at) = nU^nU^ + nU� × 100 Defeitos lineares – Discordâncias As discordâncias estão associadas com a cristalização e a deformação (origem: térmica, mecânica e supersaturação de defeitos pontuais). São defeito linear em um material cristalino. A presença deste defeito é a responsável pela deformação, falha e ruptura dos materiais. Podem ser: → Cunha → Hélice → Mista Nos sólidos cristalinos, os defeitos lineares ou discordâncias são defeitos que originam uma distorção da rede centrada em torno de uma linha. Os dois principais tipos de defeitos lineares são: discordância em cunha (aresta) e em hélice (ou parafuso). A combinação destes dois tipos origina as discordâncias mistas, que têm componentes cunha (aresta) e espiral (ou parafuso). � Pode-se criar uma discordância em cunha, num cristal, por inserção de um semi-plano atômico adicional (ou extra), resultante do deslocamento de um plano atômico em sentidos opostos, imediatamente acima do símbolo T. O T invertido indica uma discordância cunha positiva, enquanto que o normal indica uma discordância cunha negativa. O deslocamento dos átomos em torno da discordância é designado por vetor de escorregamento ou vetor de Burgers (b) e é perpendicular à linhada discordância cunha. • Uma discordância em hélice pode ser formada num cristal aplicando tensões de corte, para cima e para baixo, em regiões do cristal perfeito que foram separadas por um plano de corte. Estas tensões de corte introduzem uma região com a rede cristalina distorcida, com a forma de uma rampa, em espiral, de átomos distorcidos em torno da linha da discordância parafuso. A região distorcida não é bem definida e tem 23 um diâmetro de vários átomos. A energia é armazenada na região distorcida criada em torno da discordância parafuso. O vetor de escorregamento ou de Burgers da discordância parafuso (espiral) é paralelo à linha da discordância. O vetor de Burgers dá a magnitude e a direção de distorção da rede. Corresponde à distância de deslocamento dos átomos ao redor da discordância. Uma discordância mista é aquela que contém componentes de discordâncias em cunha e em hélice. Defeitos interfaciais Definição: grão é um cristal isolado na matéria em estado sólido. Contornos de grão são defeitos de superfície que separam duas regiões de orientações cristalográficas diferentes do material. Quanto mais contornos de grão, mais resistente à deformação e mais tenaz fica o material metálico. Se tornam uma região de alta energia, devido à alta densidade de defeitos cristalinos. As lacunas e discordâncias são consideradas um tipo de defeito ocasionado pelo contorno de grão. Contorno de maclas (twins): Podemos considerar as maclas como um tipo especial de contorno de grão no qual existe uma simetria especular, ou seja, os átomos de um lado do contorno estão localizados em uma posição que é a posição refletida do outro lado. A região de material entre os contornos é chamada de macla. As maclas são resultantes de deslocamentos atômicos produzidos por tensões de cisalhamento (maclas de deformação) ou durante tratamento térmico (maclas de recozimento) A formação de maclas (maclação) ocorre em planos cristalográficos definidos e direções cristalográficas específicas, que são dependes da estrutura cristalina. 24 Contorno de fase: Os contornos de fase são as fronteiras que separam fases com estruturas cristalinas e composições distintas. Defeito de empilhamento é uma imperfeição superficial que resulta do empilhamento de um plano atômico fora da sequência, enquanto que a rede é perfeita de cada lado do defeito. Tais defeitos de empilhamento podem ocorrer durante o crescimento do cristal ou resultar da separação de duas discordâncias parciais. Em ambos os casos, o material cristalino de um lado da imperfeição tem a mesma orientação do que se acha do outro lado, mas sofreu uma translação em relação a este por uma fração do vetor da rede. Exercícios 1. O que é um defeito cristalino? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2. O que é uma lacuna? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3. O que são ligas metálicas? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ___________________________________________________________ 4. Defina grão. O que é contorno de grão? Que tipo defeito é considerado um contorno de grão? _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ 25 5. Calcular a fração de lacunas (Nv/N) para o cobre na temperatura ambiente (293 K) e na temperatura de 1350 K. Assuma uma energia de ativação de 0,9 eV/átomo para as duas temperaturas. Dados: A temperatura de fusão do cobre puro é 1356 K.k = 8,62 x 10-5 eV/átomo.K 6. Calcular a o número de lacunas Nv por metro cúbico para o ferro a 850ºC. A energia de ativação para formação de lacunas é de 1,08 eV/átomo. A densidade do Fe é 7,65 g/cm³ e sua massa atômica é 55,85 g/mol. Tópico 7. Dilatação Térmica Dilatação térmica é o nome que se dá ao aumento do volume de um corpo ocasionado pelo aumento de sua temperatura, o que causa o aumento no grau de agitação de suas moléculas e consequente aumento na distância média entre as mesmas (por isso o corpo se dilata). Outra definição mais simples seria dizer que dilatação térmica é quando um corpo varia suas dimensões conforme a variação da temperatura. Todos os corpos existentes na natureza, sólidos, líquidos ou gasosos, quando em processo de aquecimento ou resfriamento, ficam sujeitos à dilatação ou contração térmica. Exemplo: trilhos envergados por dilatação térmica Lembrando que coeficiente de dilatação térmica é o nome que se dá ao aumento do volume de um corpo ocasionado pelo aumento de sua temperatura, o que causa o aumento no grau de agitação de suas moléculas e consequente aumento na distância média entre as mesmas. O coeficiente de dilatação térmica é característico para cada tipo de material, isto é, uma constante diferente para cada material constituinte. 26 A dilatação dos sólidos pode ser linear, superficial ou volumétrica: � para a dilatação linear, o coeficiente de dilatação linear, simbolizado pela letra grega α (alfa); � para a dilatação superficial, o coeficiente de dilatação superficial, simbolizado pela letra grega β (beta); � para a dilatação volumétrica, o coeficiente de dilatação volumétrica, simbolizado pela letra grega ɣ (gama); Dilatação linear É aquela em que predomina a variação em uma única dimensão, ou seja, o comprimento. Para entendermos a dilatação linear, consideremos uma barra de comprimento Li à temperatura inicial ti. Aumentando a temperatura para tf, observamos que o comprimento da barra aumenta, passando para um comprimento Lf . Em que ∆L = Lf – Li é a variação de comprimento, isto é, a dilatação linear da barra, na variação de temperatura t = tf – ti. A partir dessas relações, podemos escrever que: Lf = Li (1 + α (tf – ti)) onde, Lf = comprimento final Li = comprimento inicial α = coeficiente de dilatação térmica linear (ºC-1) tf = temperatura final ti = temperatura inicial Exemplo: Um fio de cobre tem 6m de comprimento a 10ºC. Determinar o seu comprimento quando aquecido a 50ºC. Dado: coeficiente de dilatação linear do ferro: 17 × 10-6 ºC-1. Dilatação superficial É aquela em que predomina a variação em duas dimensões, ou seja, a variação da área. Quando estamos estudando a dilatação de uma placa de concreto, teremos a ocorrência predominante de um aumento na áreadessa placa. Essa é a característica da dilatação superficial. Consideremos uma placa de área inicial Ai, à temperatura inicial ti. Aumentado a temperatura da placa para tf sua área passa para Af. Assim, podemos escrever que: Af = Ai (1 + β (tf – ti)) onde: Af = área final Ai = área inicial β = coeficiente de dilatação térmica superficial (ºC-1) tf = temperatura final ti = temperatura inicial 27 Para efeito de exercícios, pode ser necessário utilizar da relação: β = 2α Exemplo: Uma placa retangular de alumínio tem 10cm de largura e 40cm de comprimento à 20ºC. Essa placa é colocada em um ambiente cuja temperatura é de 50ºC. Sabendo que o coeficiente de dilatação térmica superficial do alumínio é 46 × 10-6 ºC-1. Calcular: a) A dilatação superficial da placa. b) A área da placa nesse ambiente. Dilatação volumétrica É aquela que ocorre quando existe variação das três dimensões de um corpo: comprimento, largura e espessura. Considerando um corpo de volume inicial Vi, à temperatura inicial ti. Aumentado a temperatura do corpo para tf seu volume passa para Vf. Logo, podemos igualmente escrever que: Vf = Vi (1 + ɣ (tf – ti)) onde: Vf = volume final Vi = volume inicial ɣ = coeficiente de dilatação térmica volumétrica (ºC-1) tf = temperatura final ti = temperatura inicial Com efeito, podemos dizer: ɣ = 2β ou ɣ = (3/2) α Exemplo: Um recipiente de vidro tem capacidade para 600m³ a 15ºC. Sabendo-se que o coeficiente de dilatação linear do vido é 27 × 10-6 ºC-1. Determine a capacidade do recipiente a 25ºC. Resolução: Primeiramente precisa-se calcular o valor do ɣ, visto que foi dado apenas o valor do α. 28 Observações importantes sobre dilatação 1) Dilatação térmica é DIRETAMENTE PROPORCIONAL ao coeficiente de dilatação térmica (α). Por exemplo: Se o α do Cu é maior que o α do Fe, então o Cu se dilata com mais facilidade que o Fe. 2) Corpos ocos se dilatam como se fossem maciços e sua dilatação é calculada utilizando o coeficiente de dilatação volumétrica que constitui a sua superfície. Exemplo: Se duas esferas forem de mesma dimensão e material, sendo uma oca e outra maciça. Ao sofrerem a mesma variação de temperatura, elas sofrem a mesma dilatação volumétrica. Isso também serve para o caso de haver cavidades no corpo: tudo se passa como se as cavidades fossem constituídas do mesmo material (coeficiente de dilatação igual) ao do corpo em questão. 3) Por que alguns recipientes de vidro se quebram quando colocamos água fervente (em ebulição) dentro deles? Um recipiente de vidro grosso ao receber calor da água fervendo em seu interior faz com que partículas se agitem mais intensamente, afastando-se umas das outras. Esse afastamento provoca o aumento das dimensões do recipiente, sendo maior na parte interna ou externa. O recipiente não suporta essa diferença de dilatação interior e exterior e se rompe. A dilatação e a contração são fenômenos que podem acontecer naturalmente e em todos os estados físicos. A dilatação térmica ocorre quando um corpo aumenta suas dimensões ao receber o calor. A contração térmica ocorre quando um corpo cede calor, sua temperatura diminui e consequentemente as partículas passam a se agitar com menos intensidade, aproximando-se umas das outras e diminuindo as dimensões do corpo. 4) Três fatores influenciam na dilatação: variação de temperatura e pressão, dimensões iniciais do corpo (comprimento, área ou volume) e o material de que é composto o corpo (expresso através do coeficiente de dilatação linear). 5) Dilatação aparente : Como os líquidos não apresentam forma própria, só tem significado o estudo da dilatação volumétrica. A dilatação térmica dos líquidos depende do recipiente em que está contida. 6) A água não se comporta termicamente como a maioria dos líquidos. Para analisar esse comportamento, imagine que certa quantidade de água a 0 °C é colocada em um recipiente “indilatável”. Aumentando a temperatura, o volume do líquido diminui até a temperatura atingir 4 °C. A partir daí, se o aquecimento continua, o volume do líquido passa a aumentar. A conclusão que se pode tirar desse efeito é a de que, no aquecimento de 0 °C a 4 °C, a água sofre contração. No aquecimento acima de 4 °C, ocorre dilatação. Em regiões muito frias, com invernos rigorosos, observa-se que os lagos têm sua superfície congelada, mas a água no fundo permanece no estado líquido, com temperatura entre 0 ºC e 4 ºC. Essa ocorrência é providencial, no sentido de preservar a vida aquática no fundo dos lagos e mares dessas regiões. Exercícios 1. Um paralelepípedo de uma liga de alumínio (α = 2 × 10-5 ºC-1) tem arestas que, à 0°C, medem 5cm, 40cm e 30cm. De quanto aumenta seu volume ao ser aquecido à temperatura de 100°C? 29 2. Em uma aula de laboratório, para executar um projeto de construção de um termostato que controle a temperatura de um ferro elétrico de passar roupa, os estudantes dispunham de lâminas de cobre e de alumínio de dimensões idênticas. O termostato em questão é formado por duas lâminas metálicas soldadas e, quando a temperatura do ferro aumenta e atinge determinado valor, o par de lâminas se curva como ilustra a figura, abrindo o circuito e interrompendo a passagem da corrente eleétrica. Dados: Coeficiente de dilatação linear do cobre = 1,7 × 10-5 ºC-1 Coeficiente de dilatação linear do alumínio: 2,4 × 10-5 ºC-1 Para que o termostato possa funcionar adequadamente, a) A lâmina de cima deve ser de cobre e a de baixo de alumínio b) A lâmina de cima deve ser de alumínio e a de baixo de cobre c) Ambas as lâminas devem ser de cobre d) Ambas as lâminas devem ser de alumínio e) As lâminas não podem ser do mesmo material e é indiferente qual delas está em cima Justifique sua resposta: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3. A tampa de zinco de um frasco de vidro agarrou no gargalo de rosca externa e não foi possível soltá-la. Sendo os coeficientes de dilatação linear do zinco e do vidro, respectivamente, iguais a 30 × 10-6 ºC-1 e 8,5 × 10-6 ºC-1, como proceder? Temos à disposição um caldeirão com água quente e outro com água gelada, decida qual usar, e justifique sua resposta. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4. Uma fenda de larguara 2,002cm precisa ser perfeitamente vedada por uma pequena barra quando a temperatura no local atingir 130ºC. A barra possui comprimento de 2cm à temperatura de 30ºC, como ilustra a figura. Considere desprezível a alteração na largura da fenda com a temperatura, a barra apropriada para este fim deve ser feita de: a) Chumbo, com coeficiente de dilatação linear igual a 3 × 10-5 ºC-1 b) Latão, com coeficiente de dilatação linear igual a 2 × 10-5 ºC-1 c) Aço, com coeficiente de dilatação linear igual a 10-5 ºC-1 d) Vidro, com coeficiente de dilatação linear igual a 3 × 10-6 ºC-1 e) Invar, com coeficiente de dilatação linear igual a 7 × 10-7 ºC-1 30 5. Na construção civil para evitar rachaduras nas armações longas de concreto, como por exemplo, pontes, usa-se a construção em blocosseparados por pequenas distâncias preenchidas com materiais de grande dilatação térmica em relação ao concreto, como o piche betuminoso. Uma barra de concreto, de coeficiente linear de 1,9 × 10-5 ºC-1e e comprimento 100m a 30ºC, sofrerá uma dilatação linear a 40ºC de: a) 1,9 × 10-2 metros b) 1,5 × 10-3 metros c) 1,7 × 10-5 metros d) 2,1 × 10-2 metros 6. Em um dia típico de verão utiliza-se uma régua metálica para medir o comprimento de um lápis, Após medir esse comprimento, coloca-se a régua metálica no congelador a uma temperatura de -10oC e esperam-se cerca de 15 minutos para, novamente, medir o comprimento do mesmo lápis. O comprimento medido nesta situação, com relação ao medido anteriormente, será: a) maior, porque a régua sofreu uma contração b) menor, porque a régua sofreu uma dilatação. c) maior, porque a régua se expandiu d) menor, porque a régua se contraiu. e) o mesmo, porque o comprimento do lápis não se alterou. 7. Uma lâmina bimetálica é construída soldando-se uma lâmina de cobre de coeficiente de dilatação linear 17 × 10-6 ºC-1 a uma de zinco, cujo coeficiente de dilatação linear é 25 × 10-6 ºC-1. Na temperatura ambiente (25ºC) a lâmina está reta e na horizontal, como mostra a figura ao lado. Explique o que acontece com a lâmina quando a temperatura aumentar para 60ºC e depois explique o que acontece quando a temperatura baixar para 8ºC. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 8. Um fio metálico tem comprimento de 100 metros, a 0ºC. Sabendo que este fio é constituído por um material com coeficiente de dilatação térmica linear 17 × 10-6 ºC-1, determine: a) A variação no comprimento do fio quando este é aquecido até 10ºC. b) O comprimento final do fio na temperatura de 10ºC. 31 Referências externas CALLISTER, W. D. J. Ciência e engenharia dos materiais. Rio de Janeiro: LTC, 2008. CIÊNCIA DOS MATERIAIS MULTIMEDIA. Disponível em: <http://www.cienciadosmateriais.org/>. CIMM. Disponível em: <http://www.cimm.com.br>. HI-TECH PLANTING. Disponível em: <http://www.hitechplating tinning.com/>. INFOPÉDIA. Disponível em: <http://www.infopedia.pt/>. MOREIRA, M. F. Defeitos e impurezas cristalinas. São Paulo: Artigo, 2014. NASCIMENTO, A. J. M. Discordâncias cristalinas. Belo Horizonte: UFMG, 2011.