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Sistemas de Grupos Sanguíneos

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James Blundell (1818): 1a transfusão com sucesso
Karl Landesteiner (1901): classificação das hemácias em quatro tipos: A, B, AB e O
285 Ag eritrocitários, 29 sistemas de grupos sangüíneos, coleções, séries
A presença ou ausência de Ag de grupo sanguíneo pode determinar a resistência a algumas doenças
Ex: malária
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1 - de acordo com o estímulo
Ac naturais (iso-aglutininas): detectados a partir de 3-6 meses de idade, pico com 5-10 anos de vida, predominantemente IgM, podem ser IgG e IgA
Ac imunes: decorrentes de estímulo (transfusão, doença hemolítica peri-natal)
Ac regulares: a ocorrência é esperada
Ac irregulares: ocorrência não esperada
 
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2- de acordo com a origem do Ag que é reconhecido
Alo-anticorpos: reagem com um Ag estranho, não presente nos eritrócitos do indivíduo
ex: Ac anti-A e anti-B 
Auto-anticorpos: reagem com um Ag presente nas hemácias do indivíduo
ex: auto-anticorpos associados com anemia hemolítica auto-imune 
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3- De acordo com a temperatura de reação
Anticorpos frios: reação Ag-Ac é máxima em temperaturas baixas, cerca de 4º C
Anticorpos quentes: reagem melhor a 37º C.
4- De acordo com o comportamento em testes imuno-hematológicos
Completos (aglutinantes): promovem aglutinação de hemácias em meio salino à temperatura ambiente 
Ex: anticorpos IgM.
Incompletos (não aglutinantes): reagem com o antígeno, porém não produzem aglutinação das hemácias, é necessário usar um meio artificial para reduzir o potencial zeta. 	
ex: anticorpos IgG
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LISS, albumina, PEG
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Determinantes antigênicos são carboidratos
 Controle genético por enzimas que conjugam resíduos de açúcar a uma substância precursora
Gene do Ag H: codifica transferase de fucose
Gene do grupo A: transferase adiciona N-acetilgalactosamina ao Ag H
Gene do grupo B: transferase adiciona D-galactose ao Ag H
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A1 (80%): 1 x 106 sítios antigênicos
A2 (19%): 2,5 x 105 sítios antigênicos 
diferença qualitativa
Outros sub-grupos: A3, Ax e Am
Sub-grupos de B: mais comuns no Oriente: B3, Bm e Bx
Ag encontrados também secreções e outros fluidos na forma solúvel (saliva, lágrimas, urina, sucos digestivos, leite e líquido amniótico) e na membrana de tecidos epiteliais, linfócitos, plaquetas e órgãos como medula óssea e rins 
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FENÓTIPO BOMBAY
Genótipo hh
Ausência do Ag H
Presença de Ac anti-H, anti-A e anti-B
Só pode receber hemácias de outro Bombay
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Composto por mais de 45 Ag 
Ag mais importantes: D, C, E, c, e
Rh+: presença do Ag D
Ag D: mais de 30 epítopos (9 mais imunogênicos)
Controle por 2 genes no cromossomo 1: RHD e RHCE
Herdado como 2 conjuntos de 3: Pai (Dce), mãe: dCe
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VARIANTES DE D
D fraco (99%); diferença qualitativa
D parcial ou incompleto (1%): falta um ou mais epítopos de D
Rh negativo: fazer Coombs indireto 
Se der positivo, soltar resultado como: 
fator Rh (D): positivo (D fraco)
Rh nulo: ausência de Ag do sistema Rh (D, C,c, E, e), instabilidade da membrana  anemia hemolítica
OUTROS ANTÍGENOS ERITROCITÁRIOS: 
			sistemas Kidd, Duffy, Kell e MNS
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Podem ser feitos em tubo, micro-placa, gel centrifugação (cartão)
1 - TESTE DE COOMBS
Soro de Coombs: monoclonal ou policlonal, monoespecífico ou poliespecífico
a) Coombs Direto (teste de antiglobulina direto – TAD): 
Pesquisa Ac e/ou complemento na superfície das hemácias do paciente (usar soro poliespecífico)
 Anemia hemolítica auto-imune ou induzida por 		 droga e doença hemolítica perinatal 
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Coombs direto
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B) Coombs Indireto (Pesquisa de anticorpos irregulares - PAI): 
Ac livres no soro
Usa hemácias do tipo O fenotipadas que apresentam Ag para os Ac irregulares mais significativos de diferentes grupos sanguíneos
É possível identificar a especificidade do Ac irregular
Pesquisa de Ac anti-D materno, D fraco e de Ac irregulares
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Coombs indireto
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2 - IDENTIFICAÇÃO DE Ag ERITROCITÁRIOS
ABO (método convencional – em tubo)
Prova direta: 100 mL de hemácias do paciente 3- 5% + 100 mL de soro anti-A e anti-B
Usar soro anti-AB se soro for policlonal
Prova reversa: 100 mL de soro (ou plasma) + 100 mL de hm reagentes A1- e B- a 5%
revercel: hemácias A1, e B, Rh negativo
A2 e O são opcionais
a prova reversa não é recomendada em recém-nascidos
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1- relacionados a Ac (interferem na prova reversa):
ausência ou baixa atividade da aglutinina esperada (pacientes idosos, recém-nascidos)
presença de aloanticorpos irregulares (anti-H nos indivíduos Bombay)
2- relacionadas a Ag (interferem na prova direta):
baixa expressão de Ag do sistema ABO nas hemácias de recém-nascidos
alto nível de substâncias de grupo sangüíneo solúveis associado a um tipo de cisto de ovário
subgrupos de A ou B com baixa expressão de Ag (Am, Ay).
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50 mL de suspensão de hemácias a 5% + 50 mL de Ac anti-D
	- fazer controle Rh: o soro anti-D usa aditivos que otimizam a reatividade dos Ac
	- ausência de aglutinação fazer Coombs indireto 	 se positivo soltar como: 
	Rh positivo (D fraco)
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3- Testes Pré-Transfusão
Recomendações para transfusão:
Doador e receptor com mesmo grupo ABO (isogrupo) sempre que possível.
Excepcionalmente, respeitar 
		a regra transfusional:
Fazer grupo sanguíneo (sistemas ABO e Rh) 
e testes a seguir:
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A- PESQUISA DE ANTICORPOS IRREGULARES 			 (PAI)
suspensões de eritrócitos do tipo O (c/ Ag eritrocitários) + soro do receptor
triacel: suspensão de glóbulos humanos do grupo O fenotipados para Ag dos sistemas Rh, Kell, Duffy, Kidd, Lewis, MNS, P e Lutheran
4 condições: meio protéico e salina à temperatura ambiente, a 37º C e fase de Coombs. 
observar aglutinação de hemácias e/ou hemólise
identificação de Ac irregulares: painel de 11 hemácias
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B- PROVA CRUZADA MAIOR (para transfusão de papa de hemácias):
hemácias do doador + soro/plasma do receptor (4 condições)
se positivo, identificar o Ac
C- PROVA CRUZADA MENOR (para transfusão de plasma):
hemácias do receptor + soro/plasma do doador (4 condições)
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Presença de Ag nos eritrócitos fetais ausentes nas hemácias maternas
Causas: 
incompatibilidade sistema Rh: 98% dos casos
outras causas: incompatibilidade sistema ABO, Lewis, Kell, Duffy, Kidd, Lutheran
incompatibilidade por ABO: de forma geral não é grave
pode prevenir imunização materna por outro Ag!!!!
Alo-imunização materna: aborto, procedimentos invasivos, transfusão, nascimento
Maior transferência de células fetais: 2ª metade da gestação
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Acompanhamento:
durante a gravidez:
Coombs indireto: determinação do título de IgG anti-D na mãe
Amniocentese: concentração de pigmentos biliares
se necessário  transfusão de hemácias O negativo
após o nascimento:
determinar grupo sangüíneo do recém-nascido
teste de Coombs Direto do sangue do cordão umbilical
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Efeitos sobre o feto: hidropsia fetal, insuficiência cardíaca, bilirrubinemia, anemia, kernicterus e morte
Tratamento:
fototerapia com luz branca ou azul
ex-sangüíneo-transfusão
Prevenção: doses intramusculares de IgG anti-D (Matergam, Rhogan):
até 72 h após procedimento invasivo
ligação da IgG anti-D às hemácias fetais  remoção por células no linfonodo e baço  produção de células T supressoras da proliferação de células B

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