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Resumo Hexapoda

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Características Gerais dos Insetos
Posição taxonômica 
Reino: Animal 
Filo: Arthropoda 
Classe Insecta
O que os insetos têm em comum com o phylum Arthropoda:
1) Corpo segmentado com exoesqueleto quitinoso trocado periodicamente. 
2) Apêndices pareados e articulados. 
3) Coração dorsal com pares de ostias e pericardium presente. 
4) Cavidade do corpo formado por hemocele (sistema circulatório aberto). 
5) Musculatura formada por fibras musculares estriadas. 
6) Simetria bilateral. 
7) Sistema nervoso central e ventral constituído por cérebro e cordão nervoso ventral ganglionado. 
Características de Insecta 
1) Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. 
2) Um par de antenas. 
3) Um par de mandíbulas.
4) Dois pares de maxilas (maxila e lábio). 
5) Tórax apresentando três pares de patas e geralmente dois pares de asas.
6) Abdome desprovido de apêndices ambulatórios.
7) Abertura genital situada próxima à extremidade anal do corpo. 
8) Desenvolvimento geralmente por metamorfose (completo ou incompleto).
ORGANIZAÇÃO GERAL DO INSETO
 Exoesqueleto e endoesqueleto: 
1) Suporte (forma e limite). 
2) Proteção do corpo (choques mecânicos e substâncias químicas). 
3) Transferir forças geradas pela contração dos músculos. 
4) Influencia também na condução de substancias para fora e interior do corpo tais como água e oxigênio. 
5) Exoesqueleto formado por placas esclerotizadas (escleritos). 
6) Endoesqueleto formado por invaginações do exoesqueleto: apófises (estrutura sólida) e apodema (estrutura não sólida, oca) para suporte e ligamento de músculos.
7) Composição de dentro para fora: epiderme (celular), membrana basal (acelular) e cutícula. 8) Epiderme secreta a pró-cutícula, que sofrerá esclerotização, dando origem à cutícula. 
9) Cutícula. 
10) Região superior do corpo designa-se noto, a inferior esterno e a lateral pleura.
Características da cutícula:
1) Formada por polissacarídeos e quitina (açúcar N-acetilglucosamina - (C8H13O5N)n, insolúvel em água, ácidos diluídos e solventes orgânicos) em uma matriz protéica. É uma amida entre glicosamina e ácido acético. 
2) A cutícula forma: Camada externa do corpo e invaginações (endoesqueleto), sistema traqueal, partes do canal alimentar, partes do sistema reprodutor, algumas glândulas. 
3) Função da cutícula: determina a forma do inseto, relativa impermeabilidade e ligamento de músculos. 
4) Divisão da cutícula: * Epicutícula (não esclerotizada) – ausência de quitina, camada lipoprotéica e camada de cera. * Exocutícula (esclerotizada) * Mesocutícula (parcialmente esclerotizada, em geral ausente). ..* Endocutícula (não esclerotizada) – forma membranas intersegmentares que conectam os escleritos. ** A camada de cera da epicutícula é muito importante para insetos terrestres limitando a perda de água. A exo, meso e endocutícula são permeáveis. Mais importante à preservação de água quanto menor for o inseto (relação superfície/volume). Insetos com ausência de camada de cera vivem em ambientes aquáticos ou de alta umidade.
Principais formações cuticulares:
 1) Cerdas ou macrotríquias (origem celular): pelos de cobertura, escamas, cerdas glandulares, cerdas sensoriais. 
2) Microtríquias: pelos fixos ou acúleos, sendo acelulares, tais como as asas de díptero. 
3) Esporas (origem multicelular): ocorrem frequentemente em patas. 
4) Espinhos (acelular).
Cabeça:
Os apêndices da cabeça, modificados e especializados: lábio, maxila, mandíbula, labro e antena. Especializado para obter e manipular o alimento, percepção sensorial, coordenação nervosa e defesa. A cabeça contém: olhos compostos (forma imagem), ocelos (percepção de luz), estemas (forma imagem, insetos imaturos), antenas e aparelho bucal.
Posição das peças bucais: 
1) Hipognato – peças bucais voltadas para traz, condição ancestral: gafanhoto, lavadeira, dentre outros. 2) Prognato – dirigido anteriormente (para frente): predadores, brocadores, minadores, dentre outros. 3) Opistognato – dirigidas posteriormente: sub-ordem Auchenorrhyncha (antigo Homoptera), tais como cigarrinhas.
Prognata Hipognata Opistognata
Antena: 
1) Um par de apêndices segmentados.
2) Situada entre ou abaixo dos olhos compostos. 
3) Divisão: escapo, pedicelo e flagelo (segmentado: flagelomeros). 
4) Implantada na cavidade antenal, membranoso, contornado pelo esclerito anelar que possue um processo denominado antenífera (ponto de articulação para o escapo). 
5) Função: tátil, olfato, para acasalamento (pulga e Collembola), reter bolhas de ar (Hydrophilus) e em alguns casos é auditivo. 
Tipos de antenas: 
a)	Antena aristada: flagelo com um único antenômero globoso e com um pelo (arista). Antena típica das moscas.
b)	Antena moniliforme: segmentos arredondados. Encontrada em cupins.
c)	Antena capitada: semelhante à clavada, mas com o último antenômero mais dilatado. Encontrada em alguns besouros.
d)	Antena Fusiforme: parecida com a antena clavada, mas na sua extremidade final, pode-se notar um formato de fuso. Encontradas na família Hesperiidae.
e)	Antena lamelada: os três últimos antenômeros são expandidos em forma de lâminas que se sobrepõem. Antena típica de Scarabaeidae.
f)	Antena furcada: flagelo é subdivididos, em formato de Y. Encontrada em machos de alguns lepidópteros.
g)	Antena pectinada: antenômeros com expansões laterais longas e finas, semelhantes a um pente. Encontrada em algumas mariposas.
h)	Antena geniculada: possui escapo longo, com o flagelo dobrando-se em angulação proeminente, semelhante a um joelho. Típica de himenópteros.
i)	Antena filiforme: todos os antenômeros são semelhantes em tamanho e alongados. Presente em baratas.
j)	Antena clavada: a porção distal (flagelo) possui uma dilatação, parecida com uma clava. Encontrada em borboletas.
k)	Antena setácea: antenômeros apresentam diminuição de tamanho de forma gradual, da base ao ápice. Encontrada em gafanhotos e serra-paus.
Aparelho bucal:
1) Aparelho bucal típico: labro, mandíbula, lábio e hipofaringe. 
2) Tipo de aparelho bucal determina como o inseto se alimenta e o tipo de dano.
Tipo de aparelho bucal:
Sugador – formado por uma probóscide, apresentando aspecto de um tubo enrolado sobre si mesmo, desenrolando-se quando o animal se alimenta.
Sugador maxilar: A modificação ocorre somente nas maxilas sendo as demais peças atrofiadas. As gáleas dasmaxilas transformam-se em duas peças alongadas e internamente sulcadas de modo que formam umcanal por onde o alimento é ingerido. O conjunto assume o aspecto de um tubo longo e enrolado,denominado de espirotromba. É encontrado somente nas borboletas e mariposas.Este tipo de aparelho bucal não perfura, apenas suga o alimento. Quando não está sealimentando o aparelho bucal se enrola formando a espirotromba.
Sugador labial: Ex: Diptera Apresenta as peças bucais modificadas em estiletes ou atrofiadas, com exceção do labro que é normal, mas pouco desenvolvido. O lábio se transforma em um tubo chamado haustelo, rostro ou bico , que aloja os demais estiletes. As maxilas têm função perfuradora, por isso são maisserreados, os demais estiletes têm função sugadora.	
Sugador picador – formado por uma projeção tubular semi-rígida, comum em animais transmissores de doenças (vetores).Exemplo: mosquito Aedes aegypti.
Mastigador / triturador – geralmente caracterizando o aparelho bucal dos insetos herbívoros ou predadores. Exemplo: besouros.
1) Cortar, mastigar, manipular o alimento (ex.: grilos, gafanhotos, baratas). 2) Raspar como em alguns casos de larvas de insetos aquáticos. 3) Predar como é o caso de larvas de Neuroptera. 4) Defesa como soldados de cupins e de formigas. 5) Transporte de alimento, ovos e larvas como em casta de formigas cortadeiras. 6) Segurar a fêmea no ato da cópula como em alguns besouros. 7) Moldar cera, barro ou excremento (ex.: abelhas, algumas vespas e besouros).
Lambedor – formado por um prolongamento tubular, utilizado na absorção de alimentoslíquidos.Exemplo: abelhas.
1) Labro e mandibulas do tipo mastigador, as maxilas e o lábio são alongados e unidos em forma de língua lambedora. 2) Mandíbulas usadas para carregar objetos e moldar cera. As demais peças para lamber néctar e líquidos (abelhas).
TORAX 
1) Região locomotora do inseto: pernas e asas. 
2) Três segmentos: protórax, mesotórax e metatórax. 
Protórax: está unido à cabeça. Somente ele é desprovido de asas, todavia apresenta oprimeiro par de pernas;
Mesotórax: segmento mediano. Geralmente possui um par de pernas e um par de asas;
Metatórax: liga-se ao abdome. Geralmente possui um par de pernas e um par de asas.
3) Espiráculos: um no mesotórax e um no metatórax. 
4) Noto (região dorsal): dividio em pronoto, mesonoto e metanoto 
5) Esterno (região inferior): prosterno, mesosterno e metasterno. 
6) Pleura (região lateral): propleura, mesopleura e metapleura. 
*Na fase adulta, todos os insetos apresentam seis pernas (hexápodes). Com relação aonúmero de asas podem ser ápteros (sem asas), dípteros (duas asas) e tetrápteros (quatro asas –maioria dos insetos). 
Pernas:
1) Tipicamente seis segmentos: coxa, trocanter, fêmur, tíbia e tarso (dividido em tarsomeros, último segmento com as unhas: pré-tarso). 
2) Unhas: arólios, empódio e pulvilos. 
3) Tipos de perna: 
* Ambulatórias - não apresentam modificações especiais (ex.: borboletas, bicho-pau). 
* Saltatórias - fêmur das patas metatorácicas fortemente desenvolvido (ex.: gafanhotos, esperanças, Alticinae – Coleoptera: Chrysomelidae), pulgas. 
* Natatórias – adaptações mais na meta e mesotorácicas, alargadas, achatadas e providas de abundantes pelos. 
* Raptatóriais – protorácicas com fêmur, tíbia e tarsos providos de espinhos fortes, secreção adesiva (ex.: louva-Deus, barata d’água, percevejos predadores). 
* Fossoriais – patas protorácicas modificadas como órgãos cavadores (ex.: paquinhas). 
* Preensoras – agarrar ao pelo dos hospedeiros (ex.: piolhos). 
* Coletoras – superfície externa da tíbia contém longos pêlos, formando uma espécie de cesto denominado corbícula, onde o pólen é transportado (Ex.: terceiro par de pernas das abelhas e mamangabas). 
*Escansoriais - tíbia, o tarso e a garra tarsal apresentam uma conformação típica que possibilita ao inseto agarrar ao pêlo do hospedeiro (piolhos hematófagos).
 Asas: 
1) Evaginações do corpo entre noto e pleura, dorsolateralmente. 
2) Desenvolvidas, em forma de ventarola, achatadas, fortalecidas por nervuras esclerotisadas. 3) Nervuras: estruturas tubulares que podem conter nervos, traquéias e hemolinfa.
4) Padrão de venação (células) variável em diferentes grupos. Utiliza-se mais a classificação de Comstock – basicamente terminologia para nervuras longitudinais e transversais.
5) Maioria dois pares de asas, exceção Diptera e Strepsiptera (um par de asas). 
6) As asas podem ter movimentos independentes ou coordenados devido às asas posteriores estarem encaixadas nas anteriores por ganchos. 
Tipos de asas:
* membranosas – finas, transparentes com nervuras distintas. 
* tégminas – asas anteriores, mais ou menos coriáceas, com nervuras visíveis. 
* élitros – anteriores córneas, duras, sem nervuras visíveis. 
* hemiélitros – anteriores mais ou menos metade anterior coriácea e metade apical membranosa. 
* halter – posteriores, balancins dos Diptera. 
ABDOME 
1) Simples em estrutura: originalmente 11 segmentos. 
2) Cada metâmero contem: tergo, esterno e pleura (membranosa, raramente encontrando-se pleuritos). 
3) Serve para conter: 
* As vísceras – Produzir a maior parte dos movimentos respiratórios com pares de espiráculos em cada metâmero, localizado nas pleuras. – 
*Abertura dos condutos genitais, associados aos órgãos de cópula (genitália) e postura. - *Abertura do canal digestivo.
 4) Apêndices abdominais:
Os insetos apresentam em seu desenvolvimento embrionários certos apêndices abdominaisque em geral desaparecem com a eclosão da larva ou ninfa, mas que em muitos casos permanecemapós a eclosão para se transformar em estruturas funcionais
*Sifúnculo e cauda: São estruturas presentes nos pulgões (hemíptera Sternorryncha). O sifúnculo estárelacionado com a produção de feromônio de alarme. A cauda é uma estrutura localizada entre os sifúnculos e são responsáveis pela eliminação das fezes açucaradas do pulgão, jogando-as longecomo um sistema de catapulta.
*Cercos: São estruturas sensoriais (cerdas) que podem ou não apresentar segmentações, podem aindaauxiliar na cópula (barata) e exercer função preensora (tesourinha).
*Brânquias: Comum em náides (ninfas) de insetos aquáticos é utilizada para respiração.
*Ovipositor: Estrutura utilizada para ovipositar os ovos em plantas, ou hospedeiros. Em himenópteras oovipositor se atrofia formando o ferrão.
Sistema circulatório:
Na maioria dos insetos, o "sangue" é incolor e chamado de hemolinfa. A circulação é do tipo lacunar ou aberta. O coração é dorsal e bombeia a hemolinfa para a extremidade anterior, fazendo-a atingir lacunas corporais ou hemocelas onde, lentamente, ocorrem as trocas (nutrientes por excretas) nos tecidos. Nos insetos as trocas de gases na respiração não é feito pelo sistema circulatório. O retorno da hemolinfa ao coração se dá por pequenos orifícios laterais (óstios) existentes nas paredes do órgão.
Sistema respiratório:
Os insetos respiram por traquéias, pequenos canais que ligam as células do interior do corpo com o meio ambiente. Cada túbulo traqueal se ramifica e gera túbulos cada vez mais delgados que penetram nas células, oxigenando-as e removendo o gás carbônico como produto da respiração. Movimento de contração dos músculos abdominais renovam continuamente o ar das traquéias, de mode semelhante a um fole.
Sistema digestório:
Três porções do tubo digestório: anterior, médio e posterior. As porções anterior e posterior são revestidas internamente por quitina. A porção anterior é responsável principalmente pelo tratamento mecânico dos alimentos, embora possa haver atuação de enzimas digestivas produzidas na porção média. É na porção média que acontece a digestão química, apartir de enzimas provenientes de suas paredes ou de pregueamentos formados nessa região. A porção posterior é responsável pela reabsorção de água e elaboração das fezes. Na boca, desembocam duas glândulas salivares cuja secreção inicia o processo de digestão química. Destaca-se ainda, no tubo digestório, um papo de paredes finas, e uma moela de paredes grossas. No papo ocorre a ação de diversas enzimas digestivas e na moela se dá a trituração do alimento. A seguir, o alimento é conduzido ao intestino, onde existem algumas projeções tubulares em fundo cego, os cecos. Nesses dois locais, a digestão química prossegue e ocorre a absorção do alimento digerido, que é enviado para o sangue.
Sistema excretor:
Os túbulos de Malpighi se localizam no limite entre a porção média e a porção posterior do intestino. Cada túbulo possui fundo cego e mergulha nas lacunas do corpo, de onde retira as impurezas e as descarrega no intestino para serem eliminadas com as fezes.
O produto de excreção nitrogenada dos insetos é o ácido úrico, substância que requer pequeníssima quantidade de água para a sua eliminação (outro fator importante na adaptação dos insetos ao meio terrestre).
Sistema reprodutor:
Os insetos têm sexos separados e a sua fecundação é interna. São animais ovíparos, que podem apresentar três tipos de desenvolvimento:
Ametábolos: Ocorre em Apterygota. Ex.: Ordem Thysanura. A forma jovem é uma “versão” do adulto, diferenciando em tamanho e maturidade sexual. Ocorrem crescimento e maturação dos órgãos reprodutivos e genitália externa. Adultos e jovens vivem no mesmo meio, ocorrendo competição por recursos. 
*Indireto, com metamorfose gradual ou incompleta: desenvolvimento hemimetábolo (hemi = meio). Exs.: gafanhoto, barata, percevejo. Do ovo eclode uma forma chamada ninfa, que é semelhante ao adulto (ou imago), mas que não tem asas desenvolvidas. Observa-se o desenvolvimento gradualdas asas (teças alares) nos imaturos e asas funcionais nos adultos.
*Indireto, com metamorfose completa: desenvolvimento holometábolo (holo = total). Exs: Borboletas, moscas e pulgas. Do ovo eclode uma larva, também chamada lagarta, bastante distinta do adulto. Essa larva passa por um período que se alimenta ativamente, para depois entrar em estágio denominado pupa, quando ocorre a metamorfose: a larva se transforma no adulto ou imago, que emerge completamente formado. As larvas de algumas espécies de borboleta ou de mariposas produzem um casulo que protege a pupa. Depois de adulto, o inseto holometábolo não sofre mais mudas e, portanto, não cresce mais. A fase da larva pode durar de meses até mais de um ano, e a fase adulta pode durar de uma semana á alguns meses. A duração dessas fases depende da espécie.
Tipos de larva: 
Larva polípode:
É o tipo comum das larvas de lepidópteras, denominada de largatas. Apenas 1% dessesinsetos pertence à ordem himenóptera, os outros 99% pertencem à ordem lepidóptera.Apresenta três pares de pernas torácicas, um em cada segmento do tórax, e 4 pares depseudópodes abdominais e um par anal. Mais de quatro pares abdominais só é encontrado em himenóptera.
 
Larva Oligópdes: pernas torácicas bem desenvolvidas e não apresentam falsas pernas. Podem ser campodeiformes (Larva com três pares de pernas torácicas alongadas. Ágil, predadora, como as das joaninhas (Coleoptera: Coccinelidae), aparece em muitas outras famílias de Coleoptera e também em Neuroptera.) e escarabeiformes (Larva recurvada em forma de um “C”, com três longos pares de pernas torácicas, com muitas dobras no tegumento e o último segmento abdominal desenvolvido Coleoptera: Scarabaeidae, Passalidae, Trogidae etc.).).
 Campodeiforme Escarabeiforme
Larva ápode:
Larva ápoda em que muitas vezes a cabeça não é diferenciada,Geralmente é afiladas e branco-leitosas. A parte anterior desta larva é mais estreita que aparte posterior da larva.
Tipos de Pupa 
A pupa é a segunda fase pós-embrionária que se caracteriza por aparente dormência. Sãosensíveis e respiram intensamente. Podem ser separadas nos seguintes grupos:
A)Pupa obtecta: Pupa com os apêndices intimamente ligados ao corpo, apenas o abdome élivre. É possível apenas visualizar o formato em alto relevo dos apêndices. Quando osinsetos empupam no solo a pupa fica em formato reto (charuto), quando empupam sobrepartes aéreas de plantas como galhos as pupas ficam curvadas. A pupa pode ainda ser protegida por um casulo.
B)Pupa livre ou exarata: Pupa com apêndices visíveis e afastados do corpo, comum em himenóptera.
C)Pupa coarctada: Pupa envolvida pela exúvia do último instar, portanto nenhumapêndice do futuro inseto é visível. Comum em dípteras.
Ovos: 
Os ovos podem ser ovipositados isolados ou em massa , no caso desta última sempre há umasecreção protetora envolta a massa de ovos.Os ovos ainda podem pedunculados , como ocorre em neuropteras, onde o inseto adultoutiliza uma secreção e molda um pedúnculo elevando o ovo de modo que predadores não alcançamos ovos.Alguns insetos ainda protegem os ovos em ootecas, que são estruturas rígidas. Muitocomum em baratas e Louva-Deus. 
Crescimento dos insetos:
1) Conceito geral: os insetos crescem por meio de mudas 
2) Discussão: o dogma do crescimento dos insetos apenas pelo processos de mudas se torna incorreto. Locke (1970) observou que na epiderme larval de Calpodes ethlius (Lepidoptera) ocorre replicação de DNA assim como divisões mitóticas durante os estágios intermediarios. Também foi 44 observado o crescimento e esclerotização da cutícula por crescimento de aposição e aumento no tamanho das vísceras nessa espécie. 
Número de mudas 
1) As pressões evolutivas são para economizar o número de mudas nos jovens, pois assim estes ficam menos expostos aos inimigos naturais bem como diminui o tempo de geração da espécie, deixando mais descendentes por ano. 
2) As condições primitivas são encontradas nos Apterygota, onde muitas mudas ocorrem antes e depois de formado o adulto. 
3) Nos insetos Pterygota, o processo de muda é supresso no adulto. 
Processo de muda 
1) O fluido digere a velha endocutícula enquanto que a epiderme secreta uma nova procutícula. 
2) Quando o fluido digere completamente a velha endocutícula, a cutícula original se fratura na linha de fratura ou linha de ecdise.
3) O inseto emerge e uma nova exocutícula pode se tornar rígida pelo processo de esclerotização. O processo de esclerotização ocorre apenas na exocutícula. 
4) Ainda não se conhece bem o principal estímulo de muda, podendo ser peso crítico ou tamanho crítico. Somente em algumas espécies de Hemíptera é conhecido o principal estímulo de muda que é a extensão do abdome. Em Lepidoptera sabe-se que o alcance de um tamanho crítico é importante, mas não se sabe como os insetos “medem” esse tamanho.

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