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Doença de Chagas

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Agente etiológico Trypanossoma cruzi →
Protozoário descoberto durante um estudo de malária. 
É extracelular e flagelado e possui cinetoplasto (funciona como uma 
mitocôndria e possui DNA).
Epidemiologia→
Prevalente na América do Sul e Central, adquiridos por transfusão 
sanguínea. 
Os casos adquiridos fora da região são adquiridos por métodos menos 
comuns, como transfusão sanguínea. 
Formas evolutivas→
No vetor
Epimastigota: localiza-se no intestino do vetor, e se multiplica por fissão 
binária. Tem um núcleo central afilado. 
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Tripomastigota metacíclico: localiza-se na porção terminal do intestino 
(ampola retal) do inseto. É a forma infectante que não sofre divisão. 
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Tal forma é liberada pela defecação do inseto no hospedeiro, que 
adentrará o organismo por qualquer fissura na pele ou mucosa, 
principalmente ocular. 
No hospedeiro
Amastigota: divide-se por fissão binária, é intracelular, arredondado e 
aflagelado. Multiplica-se dentro das células, até lisá-las. Ao se 
multiplicar, se transforma em tripomastigota sanguíneo;
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Tripomastigota sanguíneo: é extracelular, alongado e com cinetoplasto 
posterior ao núcleo, circulante no sangue. Não se divide pois é a forma 
infectante dos órgãos daquele hospedeiro. 
w
O tripomastigota sanguíneo pode transformar-se novamente em 
amastigota e adentrar céls para continuar a divisão e aumentar a carga 
parasitária. 
Ocorrência de parasitemia durante a fase aguda! A fase crônica é 
quando o parasita se aloja em um tecido específico, ex: coração. 
Ciclos evolutivos →
No hospedeiro: tripomastigota metacíclico -> amastigota (se multiplica 
intracelular) -> tripomastigota sanguíneo (extracelular sem divisão) -> 
entra em células alvos e volta a ser amastigota (divisão aumenta a 
carga parasitária). 
No barbeiro: tripomastigota sanguíneo (forma infectante) -> 
epimastigota (se divide) -> tripomastigota metacíclico (forma 
infectante). 
Transmissão→
Vetor: barbeiro, inseto hematófago. Pica por 20 minutos, em áreas 
descobertas do corpo e durante a noite. 
Ordem: Hemiptera. Subfamília: Triatominae. 
Gênero mais comum no brasil: Triatoma infestans. 
Picada do vetor: transmissão do tripomastigota metacíclico;-
Transfusão sanguínea: transmissão do tripomastigota sanguíneo. Nas 
amostras refrigeradas de sangue, a viabilidade do parasito gira em 
torno de 18 dias;
-
Congênita: por meio da placenta. Pode causar aborto, prematuridade, 
retardo de crescimento e óbito;
-
Oral: por meio de leite ou alimentos como açaí e caldo de cana. 
Normalmente o barbeiro se esconde nas plantações, sendo 
futuramente triturado e permitindo que o tripomastigota metacíclico 
seja ingerido pelo hospedeiro ao comer o alimento em questão;
-
Transplante de órgãos: transmissão do tripomastigota sanguíneo. -
Formas clínicas→
Forma aguda aparente e inaparente. 
Ocorre a invasão do parasita nas céls imunes e se multiplica. Presença 
maior de tripomastigota sanguíneo.
Período de incubação: 4 - 10 dias. Duração: 2 - 4 meses. 
Sinais e sintomas: 
Edema no local de penetração do tripomastigota metacíclico : chagoma 
e sinal de Romanã (quando ocorre contaminação pela mucosa ocular). 
O sinal pode ser uni ou bilateral. O edema decorre da resposta 
inflamatória, com ulceração central;
-
Febre, linfoadenomegalia, miocardite reversível, 
hepatoesplenomegalia, anorexia.
-
É perigosa em crianças com menos de 5 anos, podendo levar à morte. 
Forma crônica indeterminada e cardíaca/digestiva. 
Ocorre a invasão de amastigotas nas céls dos tecidos alvo. 
Duração: até 30 anos. 
Na forma indeterminada: parasitemia ativa, com sorologia IgG positiva. 
Na forma determinada: possui tecidos alvos, com infecção por 
tripomastigotas sg, que depois se transformam em amastigotas. 
Alvos: tecidos musculares (coração, intestino).
Sinais e sintomas:
Aumento do coração = cardiopatia chagásica: cardiomegalia, 
insuficiência, arritmia, inflamação celular sempre após lise celular;
-
Aumento dos órgãos digestivos: megaesôfago (causa disfagia), 
megacólon (causa constipação);
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Destruição da invervação parassimpática. -
Diagnóstico →
Fase aguda: pesquisa do tripomastigota sanguíneo em exames de 
sangue a fresco, em gota espessa, ou em esfregaço sanguíneo corado 
pelo Giemsa. 
Fase crônica: pesquisa do amastigota em células. São usados métodos 
que possibilitam a multiplicação do parasita, como xenodiagnóstico e 
hemocultura. 
Exames sorológicos: usados em diagnóstico qualitativo e em triagens 
de banco de sangue. Reação de fixação de complemento, reação de 
imunofluorescência indireta, ELISA, reação de hemaglutinação indireta, 
Western Blotting. 
Tratamento →
Fase aguda: tratamento antiparasitário para os tripomastigotas 
sanguíneos. Precisa ser no início da doença para evitar o aumento da 
parasitemia. 
Nepurtimox, Benzonidazol. -
Fase crônica: tratamento sintomático, pois antiparasitário é ineficiente. 
Profilaxia →
Uso de inseticidas para extermínio dos vetores;
Melhorar condições de vida (casas de pau a pique);
Controlar transmissão transfusional por meio de triagens sorológicas. 
Doença de Chagas
Priscilla Doretto Prado
Priscilla Prado - TXXII B

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