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Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO À 
ENGENHARIA DE 
PRODUÇÃO
Professora Me. Marcia Fernanda Pappa
Professora Esp. Camila Caobianco
Professora Esp. Fábia Cristiani Alves
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância:
 Introdução à Engenharia de Produção. Marcia Fernan-
da Pappa; Camila Caobianco; Fábia Cristiani Alves. 
 Maringá - PR, 2015. 
 245 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Engenharia. 2. Produção . 3. Econômica 4. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 620
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida 
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Direção Pedagógica
Kátia Coelho
Supervisão do Núcleo de Produção de 
Materiais
Nalva Aparecida da Rosa Moura
Design Educacional
Nádila Toledo
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Editoração
Humberto Garcia da Silva
Revisão Textual
Simone Morais Limonta
Ana Carolina de Abreu
Ilustração
André Luís Onishi
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca 
por tecnologia, informação, conhecimento de 
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma 
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos farão grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar 
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir 
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a 
educação de qualidade nas diferentes áreas do 
conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais 
e sociais; a realização de uma prática acadêmica 
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e 
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela 
qualidade e compromisso do corpo docente; 
aquisição de competências institucionais para 
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade 
da oferta dos ensinos presencial e a distância; 
bem-estar e satisfação da comunidade interna; 
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de 
cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quan-
do investimos em nossa formação, seja ela pessoal 
ou profissional, nos transformamos e, consequente-
mente, transformamos também a sociedade na qual 
estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando 
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capa-
zes de alcançar um nível de desenvolvimento compa-
tível com os desafios que surgem no mundo contem-
porâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialó-
gica e encontram-se integrados à proposta pedagó-
gica, contribuindo no processo educacional, comple-
mentando sua formação profissional, desenvolvendo 
competências e habilidades, e aplicando conceitos 
teóricos em situação de realidade, de maneira a inse-
ri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais 
têm como principal objetivo “provocar uma aproxi-
mação entre você e o conteúdo”, desta forma possi-
bilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos 
conhecimentos necessários para a sua formação pes-
soal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cres-
cimento e construção do conhecimento deve ser 
apenas geográfica. Utilize os diversos recursos peda-
gógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possi-
bilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente 
Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e en-
quetes, assista às aulas ao vivo e participe das discus-
sões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de 
professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
Professora Me. Marcia Fernanda Pappa
Engenheira de Produção formada na Universidade Estadual de Maringá, 
especialista em Gestão Empresarial pela instituição Unicesumar e Mestre em 
Engenharia Urbana pela Universidade Estadual de Maringá. Professora de 
disciplinas de Gestão da Produção, Planejamento e Controle da Produção, 
Sistemas de Informação, Negócios Eletrônicos, Logística de Produção e 
Serviços e Gestão de Projetos em graduação e pós-graduação, com mais de 
10 anos de experiência na Área de Produção como executiva em empresas 
nacionais.
Professora Esp. Camila Caobianco
Trabalha no Curso de Engenharia de Produção do Ensino a Distância da 
Unicesumar, graduada em Administração com Ênfase em Comércio Exterior, 
pós-graduada em MBA Gestão da Produção e Mestranda em Gestão do 
Conhecimento nas Organizações. Tem 08 anos de experiência em Indústrias 
e neste período atuou em empresas que trabalham para o mercado interno 
e externo.
Professora Esp. Fábia Cristiani Alves
Engenheira de Produção com pós-graduação em Gestão da Produção, com 
mais de 06 anos de experiência em produção e qualidade em empresas da 
área alimentícia. 
AU
TO
RE
S
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) acadêmico(a), este livro de Introdução à Engenharia de Produção é uma ferra-
menta importante no nosso processo de transferência de conhecimento e no processo 
de aprendizagem de todos os nossos alunos. Como você perceberá, a Engenharia de 
Produção é uma área ampla e conhecer de forma ampla e sistêmica as atividades que 
envolvem essa área impacta diretamente no grau de competitividade das empresas. 
Nós, as professoras Marcia Pappa, Camila Caobianco e Fábia Alves, tivemos o prazer de 
escrever este livro especialmente para você.
As empresas estão cada vez mais buscando conhecimento nas atividades desempenha-
das pelos profissionais da Engenharia de Produção e como eles podem desempenhar 
ações de gerenciamento, planejamento, acompanhamento e controle. Essas ações in-
tegram as estratégias globais da empresa e são essenciais para um bom desempenho 
organizacional.
Na unidade I, vamos apresentar uma visão geral do curso de Engenharia de Produção, 
sua evolução, o papel do Engenheiro no mercado de trabalho, algumas aplicações da 
Engenharia e também serão apresentadas informações a respeito da pesquisa científica.
Na unidade II, abordaremos a respeito da Engenharia de Produto e Processos da Produ-
ção. Serão apresentadas informações pertinentes ao Planejamento e ao Projeto do Pro-
duto, Planejamento, Programação e Controle da Produção, Gestão de Fábrica e Instala-
ções Industriais, Engenharia de Métodos e Logística e Gestão da Cadeia de Suprimentos.
Naunidade III, o tema refere-se à Engenharia da Qualidade e do Trabalho, trazendo os 
temas referentes à Gestão de Sistemas de Qualidade, Planejamento e Controle da Qua-
lidade, Organização do Trabalho, Ergonomia e Segurança do Trabalho e Normas Regu-
lamentadoras.
A unidade IV refere-se à Engenharia Econômica e Pesquisa Operacional, apresentando 
os assuntos relacionados a: Gestão Econômica, Princípios Fundamentais da Engenharia 
Econômica, Modelagem, Simulação e Otimização, Processos Matemáticos e Decisórios 
e Inteligência Computacional.
Na Unidade V, o assunto abordado é Engenharia Organizacional e Sustentabilidade, 
apresentando os temas Gestão Estratégica e Organizacional, Gestão de Projetos, Gestão 
da Informação e Tecnologia, Gestão Ambiental e Sustentabilidade.
Caro(a) aluno(a), esperamos que o nosso livro atinja os seus principais objetivos, que 
seja uma ferramenta importante para a transferência de conhecimento, que desperte 
o seu desejo por conhecimento sobre a Engenharia de Produção e que contribua para 
que você possa evoluir no ambiente acadêmico, profissional e pessoal mediante as fer-
ramentas apresentadas no nosso curso, nos trabalhos de toda a nossa equipe UniCesu-
mar e na dedicação tão necessária vinda de você, aluno(a).
Bons Estudos!
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
15 Introdução
16 O Que é Engenharia de Produção 
24 O Papel do Engenheiro e Mercado de Trabalho 
32 Aplicações da Engenharia de Produção 
37 Iniciação Científica 
40 Considerações Finais 
UNIDADE II
ENGENHARIA DE PRODUTO E PROCESSOS DE PRODUÇÃO
49 Introdução
50 Planejamento e Projeto do Produto 
59 Planejamento, Programação e Controle da Produção 
70 Gestão da Fábrica e Instalações Industriais 
78 Engenharia de Métodos 
87 Logística e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
98 Considerações Finais 
SUMÁRIO
UNIDADE III
ENGENHARIA DE QUALIDADE E DO TRABALHO
105 Introdução
106 Gestão de Sistemas de Qualidade 
114 Planejamento e Controle da Qualidade 
123 Organização do Trabalho 
132 Ergonomia e Segurança do Trabalho 
136 Normas Regulamentadoras 
146 Considerações Finais 
UNIDADE IV
ENGENHARIA ECONÔMICA E PESQUISA OPERACIONAL
153 Introdução
154 Gestão Econômica 
160 Princípios Fundamentais da Engenharia Econômica 
168 Modelagem, Simulação e Otimização 
175 Processos Matemáticos e Decisórios 
181 Inteligência Computacional 
187 Considerações Finais 
SUMÁRIO
11
UNIDADE V
ENGENHARIA ORGANIZACIONAL E SUSTENTABILIDADE
193 Introdução
194 Gestão Estratégica e Organizacional 
200 Gestão de Projetos 
209 Gestão da Informação e Tecnologia 
216 Gestão Ambiental 
223 Sustentabilidade 
229 Considerações Finais 
235 CONCLUSÃO
237 REFERÊNCIAS
243 GABARITO
U
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Professora Me. Marcia Pappa
ENGENHARIA DE 
PRODUÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Apresentar uma visão geral do curso de Engenharia de Produção.
 ■ Mostrar a evolução da Engenharia de Produção.
 ■ Trazer informações relacionadas às áreas de atuação do Engenheiro.
 ■ Informar a respeito da pesquisa científica.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ O que é Engenharia de Produção
 ■ O papel do Engenheiro e Mercado de Trabalho
 ■ Aplicações da Engenharia de Produção
 ■ Iniciação Científica
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Nesta primeira unidade, serão apresentadas questões relacionadas à evolu-
ção da Engenharia de Produção, o papel do engenheiro no mercado de trabalho, 
áreas de atuação, as aplicações da Engenharia de Produção em diversos setores 
e também apresentar a você a pesquisa científica.
O curso de Engenharia de Produção pode ser considerado um curso relati-
vamente novo. O primeiro curso surgiu em 1970 na escola politécnica da USP e 
até os dias atuais teve um crescimento considerável no Brasil. O Engenheiro de 
Produção tem uma formação interdisciplinar, o que possibilita a ele agilidade 
no processo de tomada de decisão, raciocínio lógico e capacidade de integração 
entre tecnologia, processos e recursos humanos.
A interdisciplinaridade acontece devido ao fato de que durante a realização 
do curso, o aluno estuda disciplinas base das engenharias, como cálculo, física, 
química e também disciplinas voltadas para as áreas de gestão, como administra-
ção, recursos humanos, economia, além dos conteúdos voltados para a produção, 
proporcionando ao profissional uma visão global da organização.
Mais especificamente na área de produção, é estudada as seguintes áreas de 
conhecimento: Engenharia de Produção e Processos de Produção, Logística, 
Pesquisa Operacional, Engenharia da Qualidade, Engenharia do Produto, 
Engenharia Organizacional, Engenharia Econômica, Engenharia do Trabalho, 
Engenharia da Sustentabilidade e Educação em Engenharia de Produção. 
Como resultado de todo esse estudo nas diversas áreas de conhecimento e 
consequentemente as características apresentadas por esse profissional, o mer-
cado de trabalho também é bastante amplo, possibilitando a ele atuar no mercado 
tradicional como indústrias e serviços, como também nas áreas de finanças, tele-
comunicações, atuária, informática e internet.
Com funções relacionadas ao planejamento, à programação e ao controle de 
atividades ou de ações, esse profissional também apresenta uma visão ampla de 
todo processo e rotinas de trabalho, desde as áreas administrativas, passando pela 
área de produção, logística e pós-venda, a fim de garantir eficiência nos processos.
Visto que o mercado está cada vez mais exigente e bem carente em inovação, 
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Introdução
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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
o engenheiro poderá atuar na área de pesquisas. Sendo assim, serão apresentadas 
as linhas de pesquisas existentes e discutido como o estudante pode participar 
desses projetos, ser um pesquisador e disseminar o conhecimento.
Preparados para esse estudo?
Então vamos lá...
O QUE É ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Muitas pessoas nos per-
guntam: O que faz um 
Engenheiro de Produção? 
Se você ainda não ouviu 
esse questionamento pode ter 
certeza que ainda irá ouvir... E 
afinal, o que faz um Engenheiro 
de Produção, quais são as áreas 
de atuação? Quais atividades 
podem ser desenvolvidas por 
esse profissional?
Essas e outras perguntas serão respondidas no decorrer deste tópico. Está 
preparado? Então vamos lá...
A área de Engenharia de Produção pode ser entendida por tratar de ações 
que envolvam desde a concepção do projeto, aperfeiçoamento e implantação de 
sistemas que integram recursos humanos, tecnológicos, econômicos, para a pro-
dução de bens e serviços, respeitando os princípios éticos e sociais. Essa definição 
foi proposta pela Associação Americana de Engenharia Industrial - American 
Industrial Engeneering Association.
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A Engenharia de Produção tem como base os conhecimentos e as habi-
lidades específicas, referentes às disciplinas de física, matemática, química, e 
também conhecimentos advindos da engenharia de produção de forma a pla-
nejar, programar, acompanhar e controlar as ações e os resultados obtidos.
As funções relacionadas à produção começaram a ser percebidas desde a 
antiguidade,quando os homens primitivos produziam seus próprios utensílios 
domésticos. Neste momento histórico, utilizavam materiais brutos que encon-
travam na natureza e transformavam em bens para consumo próprio.
Conforme o tempo foi passando, as pessoas que tinham o dom de transfor-
mar um material em um bem de consumo começaram a receber encomendas de 
produtos, passando então a existir atividades comerciais. Surgem então os arte-
sãos, que recebiam encomendas e trabalhavam com princípios de organização, 
estabelecimento de prazos de entrega e sequências produtivas.
Seguindo a evolução do processo produtivo, com o surgimento da Revolução 
Industrial, a produção artesanal iniciou um declínio, pois, segundo Martins e 
Laugeni (2005), com o advento da máquina a vapor as forças humanas passa-
ram a ser substituídas pelas máquinas.
A Revolução Industrial foi um período com características de substitui-
ção do trabalho artesanal pelo assalariado e uso de máquinas. As in-
dústrias começaram a surgir entre os séculos XVIII e XIX e a história nos 
mostra que as primeiras fábricas foram as de tecidos de algodão com o 
uso do tear mecânico. Para saber mais sobre este assunto, acesse: FER-
NANDES, Claudio. Revolução Industrial. Brasil Escola. Disponível em: 
http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-industrial.htm. Aces-
so em: 24 abr. 2015. 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
No final do século XIX, Frederick W. Taylor apresentou seus trabalhos 
nos Estados Unidos, demonstrando a aplicação de conceitos de produtivi-
dade e padronização das tarefas. Na mesma época, 1881, tivemos outros 
precursores, o casal Frank e Lilian Gilbret, demonstrando aplicações de 
conceitos de tempos produtivos e racionalização dos métodos de trabalho 
(TUBINO, 2000).
Segundo Slack (1996), Henry Ford também foi considerado inovador, pois 
introduziu a linha de montagem e os conceitos de produção em massa. Dessa 
forma, tinha-se um volume de produção considerável e padronizada.
As indústrias passam então a ter uma produção mais organizada, estabe-
lecendo padrões tanto de processos quanto de produtos, apresentando maior 
qualidade, avaliação do custo e acompanhamento da eficiência do processo, 
enfim, é iniciado um processo da valorização da informação para tomada de 
decisão (ZACARELLI, 1982).
Hoje em dia, os processos produtivos têm como característica a inovação, 
não somente na questão de tecnologia, máquinas e equipamentos de última gera-
ção, mas também na questão de aplicação de técnicas que otimizam o processo 
produtivo, englobando desde a análise da demanda até o recebimento do pro-
duto pelo consumidor final (MARTINS; LAUGENI, 2005).
Na era de mercados cada vez mais competitivos, o investimento no capital 
intelectual é valorizado e o conhecimento dos colaboradores é visto como um 
diferencial. Dessa forma, os gestores também mudam a forma de pensar, pois 
se em tempos passados a força humana era valorizada, atualmente é o conheci-
mento que está em destaque. 
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Podemos acompanhar na Figura 1 a evolução do processo produtivo e as 
principais contribuições de agentes importantes para essa evolução.
Raízes Históricas
Era do
Artesanato
Revolução
Industrial
Administração
Científica
Sistemas
Flexíveis e
Robótica
Computadores
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Expansão
Colonial
1750
James Watt (1764)
Adam Smith (1776)
Eli Whitney (1790)
Charles Babbage (1832)
Frederick Taylor (1890)
Frank e Lilian Gilbreth (1910)
Henry Gartt (1913)
Henry Ford
Harrington Emerson
F. W. Harris (1915)
Water Shewhart (1931)
Elton Mayo (1933)
L. H. C. Tippett (1935)
Contribuições de Organizações
Contribuições
Individuais
Elwood Buffa (1961)
Oliver Wight (1975)
Bell Labs (transistor)
Dupont (náilon)
Westinghouse (energia)
IBM (computadores)
etc.
1800 1850 1900 1950 2000
Guerra Revolucionária
Americana
Guerra Civil
Americana
2ª Guerra
Mundial
Expansão
Industrial
Expansão
Financeira
Expansão da
Automação
Pesquisa
Operacional
Figura 1: Evolução da Produção
Fonte: ABEPRO (online).
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
Acompanhando essa evolução do processo de produção e chegando aos dias 
atuais, podemos também conhecer um pouco mais a contribuição de cada uma 
das pessoas que buscavam melhorias e maior a organização dos processos pro-
dutivos (Figura 2).
RAÍSES HISTÓRICAS
CONTRIBUINTE PRINCIPAL CONTRIBUIÇÃO
Frederick Taylor • Filosofia da adiministração científica, uso do 
treinamento, estudo do tempo e padrões
Henry Ford • Produção em massa em linha de montagem
Harrington Emerson • Melhoria da eficiência empresarial
F. W. Harris • Primeiro modelo de lote econômico de compra 
(LEC)
Henry Gantt • Uso de sistemas de programação
Walter Shewhart • Controle estatístico de programação
Elton Mayo • Atenção a fatores comportamentais
L. H. C. Tippett • Amostragem do trabalho
Figura 2: Principal CONTRBUIÇÃO para o Processo Produtivo
Fonte: ABEPRO (online).
Diante desses fatos e também levando em consideração que o curso de Engenharia 
de Produção é relativamente novo no Brasil, identificamos que, com o cresci-
mento da economia e a vinda de empresas multinacionais para o país trazendo 
engenheiros industriais em seu organograma, a figura do Engenheiro é valori-
zada, ficando assim consolidada a Engenharia de Produção no Brasil.
Em 1958 foi criado o primeiro curso de Engenharia de Produção no Brasil, 
na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – USP. Até 1977, os cursos 
de graduação em Engenharia de Produção tinham a possibilidade de formar 
Engenheiros de Produção ou Engenheiros com certa habilitação com ênfase 
em Produção.
Por meio da Resolução nº 10, de 16 de maio de 1977, o Conselho Federal de 
Educação – CFE determinou que a Produção seria uma habilitação das cinco 
grandes áreas da engenharia: mecânica, química, elétrica, metalúrgica e civil. 
Na década de noventa (1993), o Departamento de Engenharia de Produção 
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da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar criou o curso de graduação em 
Engenharia de Produção Agroindustrial. Em julho de 2004, o Conselho Federal 
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CONFEA colocou em discussão, 
apreciação e votação um projeto de resolução, onde é reconhecido na catego-
ria profissional da Engenharia o campo profissional da modalidade Produção.
Existem nas instituições de ensino, cursos de bacharelado e licenciatura. O 
bacharelado prepara o aluno para o mercado de trabalho, oferecendo uma gama 
diversificada de disciplinas onde o aluno consegue se preparar para o desempe-
nho das funções do dia a dia das organizações. A licenciatura prepara o estudante 
para ser professor, podendo continuar seus estudos em especializações, mestrado, 
doutorado, pós-doutorado. Existem também instuições que oferecem cursos que 
contemplam as duas modalidades.
O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) foi 
fundado oficialmente com esse nome em 11 de dezembro de 1933, por 
meio do Decreto nº 23.569, promulgado pelo então presidente da Repú-
blica, Getúlio Vargas. A fundação do órgão foi considerada como um marco 
na história da regulamentaçãoprofissional e técnica no Brasil. Atualmente, 
o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia é regido pela Lei 5.194 de 
1966 e representa também os geógrafos, geólogos, meteorologistas, tecnó-
logos dessas modalidades, técnicos industriais e agrícolas e suas especializa-
ções, num total de centenas de títulos profissionais. O Conselho Regional de 
Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA – PR) é uma autarquia responsá-
vel pela regulamentação e pela fiscalização das empresas e dos profissionais 
da área de Engenharia, suas ramificações, como tecnólogos, técnicos indus-
triais etc. O CREA / PR está subordinado às regulamentações do CONFEA.
Fonte: Adaptado de: Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. CON-
FEA. Disponível em: <http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.
htm?tpl=home>. Acesso em: 15 abr. 2015.
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná. CREA. Disponível 
em: <http://www.creapr.org.br/index.php?option=com_content&view=ar-
ticle&id=897&Itemid=75>. Acesso em: 15 abr. 2015.
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
O curso de bacharelado em Engenharia de Produção tem como objetivo formar 
Engenheiros de Produção com conhecimento e habilidade para analisar, desen-
volver, implantar, operacionalizar e gerenciar projetos de produção levando em 
consideração aspectos éticos, sociais, econômicos, ambientais, tecnológicos, cul-
turais e políticos, em uma formação humanística, crítica e reflexiva.
De acordo com a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO), 
as áreas da Engenharia de Produção podem ser divididas como:
 ■ Engenharia de Operações e Processos de Produção: nessa área, assuntos 
relacionados a projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam e 
entregam os produtos (bens ou serviços) primários da empresa são abor-
dados e são divididos nos seguintes tópicos: Planejamento e Controle da 
Produção, Gestão da Manutenção, Projeto de Fábrica e de Instalações 
Industriais, Processos Produtivos Discretos e Contínuos e Engenharia 
de Métodos.
 ■ Logística: aqui são estudadas técnicas relacionadas às questões envolvendo 
o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos 
e de produtos, visando à redução de custos, à garantia da disponibili-
dade do produto, bem como ao atendimento dos níveis de exigências dos 
clientes. Essas questões são distribuídas nos seguintes tópicos: Gestão da 
Cadeia de Suprimentos, Projeto e Análise de Sistemas Logísticos, Gestão 
de Estoques, Logística Empresarial, Transporte e Distribuição Física e 
Logística Reversa.
 ■ Pesquisa Operacional: essa área visa à resolução de problemas reais envol-
vendo situações de tomada de decisão, por meio de modelos matemáticos 
habitualmente processados computacionalmente. Engloba os seguin-
tes tópicos: Resolução de Problemas de Tomadas de Decisões através 
de Modelagem, Simulação e Otimização de dados por Programação 
Matemática e Processos Decisórios, Processos Estocásticos, Teoria dos 
Jogos, Análise de Demanda e Inteligência Computacional.
 ■ Engenharia da Qualidade: essa área tem como objetivo o planejamento, o 
projeto e o controle de sistemas de gestão da qualidade que considerem o 
gerenciamento por processos, a abordagem para a tomada de decisão e a 
utilização de ferramentas da qualidade. Os seguintes tópicos são estudados: 
Gestão de Sistemas da Qualidade, Planejamento e Controle da Qualidade 
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O Que é Engenharia de Produção
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e Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade, Organização 
Metrológica da Qualidade e Confiabilidade de Processos e Produtos.
 ■ Engenharia do Produto: essa área tem como objetivo estudar um conjunto 
de ferramentas e de processos de projeto, planejamento, organização, deci-
são e execução envolvidos nas atividades estratégicas e operacionais de 
desenvolvimento de novos produtos, integrando desde a concepção até 
o lançamento do produto e sua retirada do mercado. Os seguintes assun-
tos são estudados: Gestão do Desenvolvimento de Produto, Processo de 
Desenvolvimento do Produto e Planejamento e Projeto do Produto.
 ■ Engenharia Organizacional: essa área aborda assuntos relacionados à 
gestão das organizações, englobando em seus tópicos o planejamento estra-
tégico e operacional, as estratégias de produção, a gestão empreendedora, 
a propriedade intelectual, a avaliação de desempenho organizacional, os 
sistemas de informação e sua gestão e os arranjos produtivos. Os assuntos 
estudados são: Gestão Estratégica e Organizacional, Gestão de Projetos, 
Gestão do Desempenho Organizacional, Gestão da Informação, Redes 
de Empresas, Gestão da Inovação, Gestão da Tecnologia e Gestão do 
Conhecimento.
 ■ Engenharia Econômica: essa área visa a estudar a formulação, estima-
ção e avaliação de resultados econômicos para avaliar alternativas para a 
tomada de decisão. Os assuntos abordados são: Gestão Econômica, Gestão 
de Custos, Gestão de Investimentos e Gestão de Riscos.
 ■ Engenharia do Trabalho: essa área aborda projeto, aperfeiçoamento, 
implantação e avaliação de tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambien-
tes e sistemas para fazê-los compatíveis com necessidades, habilidades e 
capacidades das pessoas visando a melhor qualidade e produtividade, 
preservando sua saúde e integridade física. Os assuntos estão divididos 
em: Projeto e Organização do Trabalho, Ergonomia e Gestão de Higiene 
e Segurança do Trabalho e Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho.
 ■ Engenharia da Sustentabilidade: nessa área são levadas em consideração 
questões como: Planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais 
nos sistemas produtivos diversos, da destinação e do tratamento dos resí-
duos e efluentes desses sistemas, bem como da implantação de sistema de 
gestão ambiental e da responsabilidade social. Os assuntos estão dividi-
dos em: Gestão Ambiental, Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação, 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
Gestão de Recursos Naturais e Energéticos, Gestão de Efluentes e Resíduos 
Industriais, Produção mais Limpa e Ecoeficiência, Responsabilidade Social 
e Desenvolvimento Sustentável.
 ■ Educação em Engenharia de Produção: essa área visa a estudar o universo 
de inserção da educação superior em engenharia (graduação, pós-gradu-
ação, pesquisa e extensão) e suas áreas afins, a partir de uma abordagem 
sistêmica englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos os 
seus aspectos, contendo os seguintes assuntos: Estudo da Formação do 
Engenheiro de Produção, Estudo do Desenvolvimento e Aplicação da 
Pesquisa e da Extensão em Engenharia de Produção, Estudo da Ética e 
da Prática Profissional em Engenharia de Produção, Práticas Pedagógicas 
e Avaliação dos Processos de Ensino-Aprendizagem em Engenharia de 
Produção, Gestão e Avaliação de Sistemas Educacionais de Cursos de 
Engenharia de Produção.
Após a leitura desse assunto, você pode compreender como foi a evolução da 
área de Engenharia de Produção ao longo dos anos, como também como é ampla 
a atuação de um profissional que se especializa nessa área. No próximo tópico, 
será abordada questões relaciondas ao mercado de trabalho para o Engenheiro 
de Produção.
O PAPEL DO ENGENHEIRO E MERCADO DE TRABALHO
De acordo com reportagem intitulada Innovate in Brasil incentiva a instalação de 
centros P&D no País, publicada em abril de 2015, pelo ITFÓRUM 365 (online), 
o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDCI), em 
parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos 
(Apex-Brasil), lançou emmarço de 2015, em Nova York, um programa que visa 
a incentivar a instalação de centros de pesquisa e desenvolvimento no Brasil. 
Diante dessa informação apresentada, você pode estar se perguntando, qual 
é a relação desse assunto com o papel do Engenheiro de Produção?
Como vimos no tópico anterior, as áreas de abrangência da Engenharia 
A Lei de Inovação Federal - No 10.973/2004 - definiu inovação como sen-
do a introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo 
ou social que resulte em novos produtos, processos ou serviços. Inovar é 
criar produto ou melhorar processo?
Fonte: Adaptado de: O que é Inovação? Instituto de Pesquisa e Desenvolvi-
mento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos. IPDMaq. São 
Paulo. Disponível em: <http://www.ipdmaq.org.br/site.aspx/0-que-e-inova-
cao>. Acesso em: 15 abr. 2015.
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de Produção integram ações 
desde o desenvolvimento 
do produto ou serviço até 
a educação em Engenharia 
de Produção, sendo assim, 
nessas grandes áreas, o enge-
nheiro também atua com a 
inovação de produtos, de 
processos e de serviços.
Pensar em melhorias 
relacionadas ao processo faz 
parte do dia a dia da vida dos 
engenheiros e, quando falamos em inovação, essa melhoria é constatada. A ino-
vação não está relacionada somente com a criação de novos produtos e sim com 
melhorias nos produtos e nos serviços já existentes, sejam essas melhorias vol-
tadas para custo, qualidade, modo de fabricação ou tempo produtivo.
O mercado de trabalho é bastante promissor para o Engenheiro de Produção. 
O curso prepara profissionais com agilidade na tomada de decisão e também 
rápida resolução de problemas, devido ao raciocínio lógico e à visão ampla de 
toda organização.
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
De acordo com a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO), 
o Engenheiro de Produção pode atuar em diversas áreas, entre elas:
 ■ Setor financeiro: seguros, previdência, análise de investimentos.
 ■ Serviços: consultoria, cursos, hospitais, construção civil, transportes etc.
 ■ Indústrias: petróleo e gás, agroindústria, automóveis, autopeças, eletro-
domésticos, máquinas etc.
 ■ Órgãos e empresas públicas: Petrobrás, Correios, Agência Nacional de 
Energia, BNDES etc.
 ■ Empresas privadas de vários setores: energia, telefonia, comércio, petró-
leo etc.
O papel do Engenheiro de Produção é de proporcionar sustentabilidade ao 
negócio da empresa a longo prazo, alinhando as estratégias com as ações susten-
táveis, seja na avaliação da necessidade de produção de acordo com a demanda 
de mercado, avaliando e otimizando os custos, planejando e acompanhando 
compra e consumo de suprimentos, padronizando processos e a qualidade, 
melhorando a comunicação entre as diversas áreas de negócio, fazendo a inte-
gração entre os recursos humanos e tecnológicos e pensando na inovação de 
produtos e processos. 
De acordo com a Lei 4.950-A/66 (BRASIL, 1966) que regulamenta a remu-
neração dos profissionais diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura, 
Agronomia e Veterinária, a tabela salarial do profissional Engenheiro de Produção 
está vinculada ao valor do salário mínimo vigente e à jornada diária do profis-
sional, independentemente do seu local de atuação.
 ■ Jornada de 6 horas: 6 salários mínimos
 ■ Jornada de 7 horas: 7,25 salários mínimos
 ■ Jornada de 8 horas: 8,5 salários mínimos
Essa lei, de acordo com o artigo 24, diz o seguinte:
Segundo a Lei 4.950-A/66 (BRASIL, 1966) aplicação do que dispõe esta lei, 
a verificação e a fiscalização do exercício e das atividades das profissões nela 
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reguladas serão exercidas por um Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura 
e Agronomia (CONFEA) e Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura 
e Agronomia (CREA), organizados de forma a assegurarem unidade de ação.
Em relação ao papel do Engenheiro de Produção, vamos observar uma situ-
ação hipotética de planejamento da produção, basicamente na construção do 
Plano Mestre de Produção (PMP), em que é preciso responder a quatro ques-
tionamentos básicos, são eles:
a. O que produzir?
Essa resposta o profissional irá obter avaliando as vendas do período e também 
os números relacionados à previsão da demanda. Essas informações são advindas 
do setor comercial e muitas indústrias utilizam softwares de gestão integrados, 
a fim de garantir que essa comunicação entre setor comercial e produção seja 
ágil e confiável. Dessa maneira, o setor de Planejamento e Controle da Produção 
- PCP irá acompanhar as vendas já desmembradas por produto (Figura 3), con-
siderando também as vendas, por exemplo, por cor e tamanho, para que assim 
consiga fazer a previsão de consumo de matéria-prima e também balancear os 
processos produtivos. Respondendo então a esse questionamento, o setor de 
PCP, dependendo da estrutura da indústria, avalia esses dados pelo software de 
acordo com o lote dos pedidos.
A Federação Nacional dos Engenheiros atua na união dos representados e 
proporciona debates relacionados a condição de vida no trabalho e direitos 
dos profissionais. Para saber mais a respeito desse assunto, acesse o link: 
Federação Nacional dos Engenheiros. FNE. Disponível em: <http://www.fne.
org.br/a-fne.html>. Acesso em: 15 abr. 2015.
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
PRODUTO 1 PRODUTO 2 PRODUTO 3 PRODUTO 4
Demanda Prevista 1500 3300 5000 2200
Demanda Real (vendas) 700 3500 5200 2000
Figura 3: Previsão de Demanda e Vendas
Fonte: Pappa (2015).
b. Quanto produzir e comprar?
Essa resposta é obtida avaliando o plano de produção gerado no planejamento 
estratégico (Figura 4) já desmembrado por produtos. Aqui serão analisados a 
previsão de vendas, as vendas efetivadas, os estoques de produto em processo e 
acabado (TUBINO, 2007).
PRODUTO 1 PRODUTO 2 PRODUTO 3 PRODUTO 4
Demanda Prevista 1500 3300 5000 2200
Demanda Real (vendas) 700 3500 5200 2000
Estoque em Processo 200 1000 200 300
Estoque Produto Acabado 0 2500 4000 1200
Necessidade de Produção - 500 0 - 1000 - 500
Figura 4: Necessidade Produtiva
Fonte: Pappa (2015).
Para efeito de cálculo de necessidade de produção, a Figura 4 foi montada da 
seguinte forma: 
Estoque em Processo + Estoque de Produto acabado - Demanda real (ven-
das) = Necessidade de Produção. 
Quando esse cálculo for negativo, indica que o PCP deve iniciar seu pla-
nejamento de produção, avaliando se produz somente a quantidade informada 
no cálculo ou se produz uma quantidade maior para manter um estoque de 
segurança.
Até esse momento, já sabemos quais os produtos e quantidades que preci-
samos produzir, agora avaliamos os materiais ou insumos que precisamos para 
manter essa produção. Aqui acontece a comunicação entre as áreas de engenha-
ria de produto, compras, almoxarifado e PCP (MOREIRA, 2009).
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As informações referentes a quais materiais são utilizados para fabricação do 
produto são fornecidas pelo setor de engenharia,formalizado pelo documento 
de ficha técnica do produto (Figura 5).
FICHA TÉCNICA – CALÇA JEANS
Tecido 1 metro
Linha 12 metros
Embalagem plástica 1 unidade
Etiqueta 1 unidade
Figura 5: Ficha Técnica
Fonte: Pappa (2015).
A partir dessa informação, o PCP consegue fazer uma projeção de consumo, 
ou seja, na ficha técnica consta a matéria-prima necessária para produção de 
um produto, analisando a quantidade de produtos que se deve produzir, tem-se 
como resultado a necessidade da matéria-prima (Figura 6). 
Além dessa necessidade, também é avaliado o estoque de cada matéria-prima, 
os pedidos de compra que estão em aberto. Aqui podemos observar a integra-
ção e a troca de informações entre os setores de PCP que irão integrar e avaliar 
as informações: o setor de almoxarifado é que fornece informações do estoque 
e as reservas de materiais e é o setor de compras que alimenta a informação das 
compras realizadas para cada produto.
A ficha técnica é um documento que é produzido no setor de engenharia 
do produto e tem como finalidade informar as matérias-primas utilizadas 
para fabricação do produto, bem como calcular o custo e projetar consumo 
desses materiais.
Fonte: a autora.
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
Produto 1:
MATÉRIA-PRIMA PREVISÃO ESTOQUE
PEDIDOS DE 
COMPRA
RESERVAS SALDO
Tecido 500 0 200 30 - 170
Linha 6000 5000 3000 0 2000
Embalagem plástica 500 250 0 200 - 450
Etiqueta 500 5000 0 1000 3500
Figura 6: Necessidade de Matéria-Prima
Fonte: Pappa (2015).
A partir dessa análise, o PCP consegue passar informação da necessidade de 
cada matéria-prima ao departamento de compras. Nessa análise, se o saldo for 
negativo, indica que será necessário comprar o material e, se for positivo, tem-
-se a matéria-prima suficiente para produção dos itens demandados.
c. Quando produzir e comprar?
 Essa resposta de quando comprar envolve a área de compras, pois é nesse depar-
tamento que se deve ter a informação de prazos de entrega e análise de cada 
fornecedor.
A resposta de quando deve iniciar a produção vai depender da avaliação da 
capacidade produtiva, do tempo de produção do produto e do lead time, que 
consiste no tempo de processamento do pedido. Para saber mais a respeito do 
lead time, consulte o link disponível na seção material complementar ao final 
da unidade. 
Em relação ao tempo de produção do produto, a informação é fornecida 
pela área de Engenharia de Produtos, pois no momento da aprovação do pro-
duto é feita a ficha de sequência operacional (Figura 7) ou ficha de fabricação, 
contendo as etapas do processo produtivo, o maquinário em que é produzido 
cada processo e o seu tempo de produção.
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Produto 1:
OPERAÇÃO MÁQUINA TEMPO
Corte das partes Corte 5 minutos
Costurar Máquina Reta 20 minutos
Revisar Manual 5 minutos
Embalar Manual 1 minuto
Figura 7: Ficha de Sequência Operacional
Fonte: Pappa, 2015.
A partir da quantidade de produto acabado a ser produzido, o PCP avalia o tempo 
de produção total, qual é o lead time produtivo e a capacidade fabril, para que 
posteriormente consiga fazer a programação das ordens de produção.
d. Com que recursos produzir?
Após as análises feitas anteriormente, o PCP consegue responder a esse questio-
namento, pois, nesse momento, avalia a quantidade de colaboradores que precisa 
na linha produtiva, quais maquinários serão utilizados e como será feita a pro-
dução em relação aos turnos de trabalho. 
A questão financeira também é levada em consideração, pois se avalia a neces-
sidade de melhorias de máquinas, de equipamentos e de contratação/demissão.
Sendo assim, a partir do desenvolvimento do PMP, é possível tomar as 
seguintes decisões:
 ■ Utilização do estoque de produto acabado.
 ■ Avaliação da necessidade de compra de matéria-prima.
 ■ Contratação de colaboradores ou terceirização de serviços.
 ■ Avaliação do tempo de entrega dos pedidos.
 ■ Gerenciamento da demanda.
 ■ Avaliação do lead time.
 ■ Aceitação ou recusa de pedidos de vendas para determinados períodos.
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
O setor de PCP – Planejamento e Controle de Produção é uma área de atuação 
do Engenheiro de Produção. Nesse exemplo, você pode acompanhar a necessi-
dade de integração entre as áreas de negócio da empresa e também a necessidade 
de uma informação confiável sendo gerada por todas as atividades.
Estamos vivenciando um momento em que as empresas estão sentindo cada 
vez mais a necessidade de ter profissionais qualificados para tomada de decisão. 
E para que essa decisão seja assertiva, o Engenheiro deve estar preparado com 
conhecimentos sólidos nas áreas apresentadas e também buscar a atualização 
constantemente. Dessa forma, as oportunidades de mercado irão ao encontro de 
profissionais preparados. Sendo assim, aproveite seu curso para obter o máximo 
de conhecimento e de aperfeiçoamento.
APLICAÇÕES DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Vimos, no tópico anterior, 
o papel do Engenheiro de 
Produção e o mercado de 
trabalho. Você pode compre-
ender como é ampla a área 
de atuação desse profissional 
e que, para se destacar nesse 
mercado, é necessário buscar 
qualificação durante todo 
o curso, de forma a obter 
conhecimento e experiên-
cias práticas para que possa 
ser um diferencial nessa área de atuação.
A partir de agora, quero propor uma reflexão das atividades que um 
Engenheiro poderá realizar nas seguintes situações:
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Situação 1: Inovação: Empresa vai fabricar mochilas a jato.
Chamado pela imprensa chinesa de ‘o Elon Musk da China’, o doutor em enge-
nharia eletrônica e presidente da Kuang-Chi Science, Liu Ruopeng, quer fabricar 
mochilas a jato que permitam que as pessoas voem sem a necessidade de aviões. 
Fonte: Empresa vai fabricar mochilas a jato. Olhar Digital, 07 abr. 2015. 
Disponível em: <http://olhardigital.uol.com.br/noticia/-elon-musk-da-china-
-compra-empresa-que-fabrica-mochilas-a-jato/47824>. Acesso em 24 abr. 2015.
Nessa situação, o Engenheiro poderá trabalhar, por exemplo, fazendo a inte-
gração com o Engenheiro Elétrico na área de Engenharia de Produto, testando 
materiais, formulando custo, pensando na qualidade do produto, das máquinas 
e dos equipamentos que serão necessários no momento da produção, analisando 
a mão de obra, calculando o tempo de produção e também a capacidade pro-
dutiva, interna ou externa.
Situação 2: xxx Smart Ball (nome fictício) 
Segundo Kato (online), a criação de uma bola de futebol desenvolvida por uma 
das maiores empresas de equipamentos desportivos, que teve uma premiação 
na categoria “produto inovador”, pois possui sensores que detectam velocidade, 
spin, ponto de impacto e padrões quando a bola está no ar e todos os dados são 
enviados via Bluetooth para um smartphone. 
Nessa situação, o Engenheiro de Produção poderia atuar, por exemplo, no 
controle da qualidade do produto ou do processo, acompanhando todas as etapas 
do processo produtivo, desde a aquisição das matérias-primas até o pós-venda a 
fim de garantir que todos os diferenciais destacados no produto funcionem de 
forma eficiente e atendam as expectativas dos clientes.
Situação 3: Mercado de Confecções
De acordo com Diniz (online),uma das maiores e mais elegantes grifes do mundo 
pretende, em abril de 2015, inaugurar a sua primeira loja no Brasil. O proprietá-
rio da grife, dono de uma das maiores fortunas do mundo da moda, parece não 
estar muito preocupado com o momento atual da economia e pretende mostrar 
aos clientes brasileiros que a marca vai além das camisetas polos que são bem 
conhecidas da sua marca. 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
Nessa situação, o Engenheiro de Produção poderia trabalhar com a pesquisa 
operacional, avaliando demanda, público-alvo, necessidade de produção, capacidade 
produtiva, balanceamento da produção e previsão de consumo, a fim de garantir a 
quantidade correta de produtos a serem fabricados de forma a atender a demanda.
Situação 4: Empresa do ramo de tecnologia lança computador em formato 
de pendrive 
Segundo Intel (online), uma das maiores empresas de tecnologia dos Estados 
Unidos anunciou em abril de 2015 que já está disponível na loja virtual da 
empresa, o Compute Stick, computador em formato pendrive para ser encai-
xado em TVs ou monitores via HDMI. As entregas da nova tecnologia devem 
ocorrer a partir de 1º de maio. 
Nesse caso, o Engenheiro de Produção pode trabalhar com o planejamento 
e o controle da produção, de forma a pensar em todos os itens necessários para 
atender essa demanda. Com uma data de lançamento do produto já fixada, todos 
os itens necessários devem ser estudados a fim de não deixar faltar os produ-
tos para os clientes.
Situação 5: Tecido drena suor para fora da roupa
De acordo com Inovação Tecnológica (online), bioengenheiros da Universidade 
da Califórnia, em Davis, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo tipo de 
tecido que tem chamado a atenção do público por se parecer com a pele humana. 
Trata-se de um tecido impermeável que, em vez de tentar absorver o suor, faz 
com que ele simplesmente escorra para fora da roupa. O novo tecido foi desen-
volvido a partir da tecnologia microfluídica. 
Nesse caso, o Engenheiro pode atuar na área de inovação, trabalhando com 
o departamento de pesquisa e desenvolvimento, a fim de buscar por novas maté-
rias-primas e formas de fabricação desse produto de forma a atender um mercado 
cada vez mais competitivo e necessitando de novidades.
Situação 6 : Prêmio Jovem Cientista
Segundo Jovem Cientista (online), o Prêmio Jovem Cientista visa revelar talentos, 
impulsionar a pesquisa no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores 
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que procuram inovar na solução dos desafios da sociedade. Nesse caso, o prê-
mio buscou nova solução referente aos diversos itens:
1. Novas tecnologias para produção de alimentos saudáveis e funcionais da 
biodiversidade brasileira.
2. Inovação em política de segurança alimentar para a merenda escolar.
3. Inovações tecnológicas no abastecimento de alimentos.
4. Alimentos orgânicos: produção, processamento e certificação de alimen-
tos seguros e sustentáveis.
5. Novas tecnologias de conservação de alimentos: processos e metodologias 
aplicáveis e seguras visando à redução de conservantes e aditivos químicos.
6. Desenvolvimento de alimentos processados com adição de compostos 
bioativos visando à redução da fome oculta.
7. Novas tecnologias para a conservação e melhor utilização dos alimentos 
tradicionais em áreas de extrativismo, ribeirinhas e comunidades tradi-
cionais.
8. A agricultura familiar para a segurança alimentar e nutricional regio-
nal e territorial.
9. Desenvolvimento rural e sustentabilidade ambiental, os limites da Segu-
rança Alimentar no campo.
10. Nutrição nas enfermidades agudas, crônicas e degenerativas: o uso de 
recursos dietéticos na prevenção e no tratamento de doenças.
11. Biossegurança de organismos geneticamente modificados.
Nesse caso, a atuação do Engenheiro é bem abrangente, a atuação pode ser feita 
nos diversos itens do prêmio, desenvolvendo produtos, processos e serviços.
Situação 7 : Ações Ambientais
Segundo Gerdau (online), com o objetivo de ajudar a comunidade dos municí-
pios de Ouro Branco, Congonhas, Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto, em Minas 
Gerais, a desenvolver uma conduta favorável para a preservação e conservação 
do meio ambiente, o projeto Germinar, um Programa de Educação Ambiental 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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da Gerdau Açominas, foi criado em 1990. As ações promovidas pelo programa 
são colocadas em prática por meio de atividades educativas e ajudam a formar 
cidadãos com conhecimento para atuar, de forma participativa e responsável, 
na solução de problemas socioambientais da região. 
Nesse caso, o Engenheiro poderia atuar nas questões relacionadas ao treina-
mento dos envolvidos nesse projeto, preparando tanto os colaboradores internos, 
como os parceiros, buscando sempre a integração e a união rumo ao objetivo 
principal.
Situação 8 : Sebrae
Segundo Sebrae (online), o Sebraetec – Serviços em Inovação e Tecnologia é um 
programa nacional do Sistema Sebrae que aproxima os prestadores de serviços 
tecnológicos dos pequenos negócios. O Sebraetec foi criado para que os peque-
nos negócios possam inovar por meio do acesso à mão de obra especializada.
Com o Sebrae, a atuação do Engenheiro de Produção pode ser na área de 
consultoria, o Sebraetec é um projeto bem interessante onde o profissional pode 
atuar em diversos setores na área produtiva, é uma área muito carente, faltam 
profissionais capacitados para atender todos os clientes. 
Acredito que, após você ter feito essa leitura, pode compreender um pouco 
mais que, diante de cada situação apresentada, o Engenheiro de Produção pode 
atuar. Isso se deve ao fato da multidisciplinaridade que o curso oferece, com dis-
ciplinas que proporcionam uma visão geral das diversas áreas organizacionais.
O Engenheiro de Produção tem durante o curso a possibilidade de aprender 
diversos assuntos oriundos de variadas disciplinas. Sendo assim, pode apre-
sentar uma visão muito generalista? 
Fonte: a autora.
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INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Você já parou para pensar 
que pode ser um pesquisa-
dor? Sabe o que isso significa 
para sua carreira? E também 
sabia que você pode atuar 
como professor na área de 
produção?
Para o desenvolvimento 
de um país, faz-se necessá-
rio desenvolver as pessoas, 
com objetivo de disseminar 
a informação e o conheci-
mento em todas as esferas 
sociais. A pesquisa vem ao encontro desse objetivo e é um estímulo aos profis-
sionais para o desenvolvimento da ciência e tecnologia.
Primeiramente, vamos compreender o que significa a pesquisa. Pesquisa 
científica é a realização de uma investigação em torno de um assunto principal, 
de forma planejada, desenvolvida e escrita de acordo com as normas determi-
nadas pela ciência.
De acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e 
Tecnológico - CNPq, os programas de Iniciação Científica que são desenvolvi-
dos juntamente com as instituições são:
PIBIC - O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica atende a 
instituições públicas e privadas. É necessário encontrar um(a) professor(a) que 
possa orientá-lo na área de seu interesse de conhecimento.
PIBIC - AF - O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica nas 
Ações Afirmativas é dirigido somente àsinstituições públicas e aos estudantes 
que ingressaram no Ensino Superior por ação afirmativa.
PIBITI- O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento 
Tecnológico e Inovação Científica atende a instituições públicas e privadas, no 
entanto, é dirigido somente às áreas tecnológicas e de inovação.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), 
agência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tem como 
principais atribuições fomentar a pesquisa científica e tecnológica e incenti-
var a formação de pesquisadores brasileiros. Criado em 1951, desempenha 
papel primordial na formulação e condução das políticas de ciência, tecno-
logia e inovação. Sua atuação contribui para o desenvolvimento nacional e 
o reconhecimento das instituições de pesquisa e pesquisadores brasileiros 
pela comunidade científica internacional.
Fonte: Iniciação Científica. CNPq. Brasília. Disponível em: <http://www.cnpq.
br/web/guest/iniciacao-cientifica>. Acesso em 24 abr. 2015.
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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PICME- O Programa de Iniciação Científica e Mestrado é dirigido aos pre-
miados nas  Olimpíadas Brasileiras de Matemática de Escolas Públicas que 
desejam aprofundar seus conhecimentos em Matemática.
Veja que interessante esse exemplo de pesquisa que está relacionada à inovação, 
ao desenvolvimento de produto e à produção: 
Startup gaúcha desenvolve primeira coleira de monitoramento de bem-es-
tar animal para pecuária leiteira
De acordo com CNPq (online), detectar se a vaca está no cio, monitorar 
as condições de conforto do animal são sinais que podem estar associados a 
uma doença ou até mesmo problemas de dieta ou de manejo. Essas informa-
ções são possíveis com a coleira A C-Tech, que, uma vez instalada no pescoço 
da vaca produtora de leite, coleta informações ao longo do dia como rumi-
nação, atividade e tempo dedicado ao ócio. A C-Tech é a primeira coleira 
nacional para a detecção do cio e a primeira no mundo que realiza o monito-
ramento do conforto animal. As informações são coletadas e armazenadas na 
coleira. Quando o animal acessa a sala de ordenha, as informações são trans-
feridas para um software que analisa o comportamento do animal ao longo 
do dia. A coleira foi desenvolvida pela Chip Inside, fundada no final de 2010, 
na Incubadora Tecnológica de Santa Maria (ITSM), com o intuito de criar 
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soluções inovadoras e de alta tecnologia. Com foco em tecnologias para a pecu-
ária de precisão, a empresa faz a pesquisa, o desenvolvimento de dispositivos, 
a fabricação, as vendas e até o suporte e pós-vendas. A expectativa da empresa 
é alcançar um faturamento bruto de R$ 3 milhões no primeiro ano de comer-
cialização. Além dessa expectativa, já se prepara para começar a exportação 
para o Uruguai, que possui um mercado altamente profissionalizado da pecu-
ária leiteira. Outros países já manifestaram interesse em importar o produto, 
como Portugal, Espanha e Argentina.
Sendo assim, durante o curso de Engenharia de Produção, você pode fazer 
parte de grupos de pesquisas, participar de congressos e eventos relacionados 
à área e, quem sabe ao final desses projetos, ter ideias inovadoras que possam 
contribuir para o crescimento da sociedade.
A iniciação científica permite que o aluno escreva artigos e faça a publicação 
em eventos nacionais e internacionais. Esses eventos são congressos organiza-
dos por instituições públicas e privadas e têm como objetivo a disseminação do 
conhecimento, tanto no meio acadêmico como no âmbito empresarial. Existem 
congressos nacionais e internacionais que visam à pesquisa científica. Entre eles 
podemos citar o EPCC, ENEGEP, SIMPEP etc.
Outros itens aos quais você deve estar atento são os processos de trainne, 
esse termo se refere a oportunidades existentes no mercado para os recém-for-
mados que buscam conhecimento e crescimento na carreira.
Segundo a Diretoria de Pesquisa da Unicesumar (online), o Setor de Pes-
quisa do Cesumar tem por objetivo apoiar, executar e acompanhar as 
atividades de pesquisa. Nesse sentido, 5 (cinco) linhas de ação são deli-
neadas: Programa de Apoio à Produção do Conhecimento, Programas de 
Iniciação Científica, Grupos de Pesquisa, Programa de Apoio ao Desen-
volvimento Profissional: Capacitação Docente e Técnica e Publicações 
Científicas.
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
A docência também é área de atuação da Engenharia de Produção. Com base 
em toda a vida acadêmica, pesquisas científicas, publicação de artigos, conhe-
cimento adquirido, o engenheiro poderá fazer, ao término da sua graduação, 
especialização, mestrado, doutorado, pós-doutorado e ingressar na docência 
do ensino superior.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na unidade I, foram apresentadas as áreas da Engenharia de Produção em que 
você poderá atuar como profissional e também poderá acompanhar como é 
ampla essa área e o mercado de trabalho para o futuro Engenheiro. 
Acompanhando a evolução dos processos produtivos, percebemos que os 
primeiros indícios de produção foram observados nos homens primitivos, que 
realizavam a produção de utensílios domésticos para o seu uso e consequente-
mente melhoravam o seu dia a dia. Pode ser visto também que tivemos a figura 
do artesão, onde os processos começaram a ter um princípio de organização, 
passamos pela Revolução Industrial, até chegar aos dias atuais.
Com isso, você pode ter uma visão geral da evolução dos processos e de como 
as fábricas atuais estão tratando as questões relacionadas à produtividade, à qua-
lidade, à eficiência e ao atendimento das necessidades dos clientes, analisando o 
passado e pensando nas necessidades atuais, com pensamento sistêmico e ágil.
Trainee é o cargo atribuído a recém-formados que são treinados e capaci-
tados de acordo com a necessidade da empresa. São processos bem inte-
ressantes e que preparam o profissional para as oportunidades da carreira. 
Existem diversos processos de trainee que são divulgados a todo tempo, 
por isso fique atento. Mais informações em: Portal Treinee. Disponível em: 
<http://portaltrainee.com.br/>. Acesso em: 24 abr. 2015.
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Considerações Finais
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O mercado de trabalho está carente e em busca de profissionais qualifica-
dos e preparados para as exigências atuais, profissionais que tenham uma visão 
inovadora e buscam a melhoria contínua. Isso ocorre, pois o mercado está com-
petitivo e os clientes estão cada vez mais exigentes, sendo assim, as empresas 
precisam estar preparadas.
Também pode ser visualizada a importância da disseminação do conhe-
cimento, internamente e externamente às organizações, o que culmina na 
exigência do profissional estar envolvido com o meio que ele está inserido. Diante 
disso, foi apresentado a você a iniciação científica, que busca preparar pesquisa-
dores que atendam as necessidades de mercado e de inovação.
Sendo assim, você pode ter uma visão de como deverá se preparar durante 
a graduação, buscando conhecimento e sempre pensando na aplicação da teo-
ria na prática. Busque informação, se capacite bem e se prepare para o mercado 
de trabalho que lhe espera.
Bons Estudos!
1. Acompanhando a evolução histórica dos processos produtivos, podemos ob-
servar a organização das tarefas e a padronização dos processos. Sendo assim,explique qual é a importância de conhecer essa evolução para a gestão atual das 
empresas.
2. O estudo da Engenharia de Produção é bem amplo, abrange variadas áreas e 
proporciona ao profissional dessa área uma visão do todo. Melhorar e organizar 
processos são atividades relacionadas a esse profissional, sendo assim explique 
como essa visão abrangente pode contribuir para a melhoria de processos orga-
nizacionais. 
3. A pesquisa científica é uma forma de fomentar novas ações para o desenvolvi-
mento tecnológico e intelectual do nosso país. Você acredita nessa afirmativa? 
Explique como o Engenheiro pode atuar nas pesquisas e contribuir para esse 
desenvolvimento.
4. A Engenharia de Produção tem como base os conhecimentos e as habilidades 
específicas, referentes às disciplinas de física, matemática, química, e também 
conhecimentos advindos da Engenharia de Produção. Sendo assim, assinale a 
alternativa correta:
a. A engenharia de produção aborda questões relacionadas à inovação e à 
tecnologia, e não leva em consideração os recursos humanos.
b. A área de desenvolvimento de produtos deve focar na melhoria dos proces-
sos produtivos e na sequência operacional deles.
c. A Engenharia de Produção é uma formação interdisciplinar que proporcio-
na ao profissional visão abrangente da organização.
d. A pesquisa operacional auxilia no processo de tomada de decisão, descon-
siderando os recursos financeiros nas análises.
e. A qualidade do produto e do processo deve ser buscada apenas no setor 
produtivo, não sendo analisada na Engenharia de Produtos.
43 
5. Podemos entender como inovação a melhoria de produtos ou de serviços e tam-
bém a criação de novas ideias relacionadas a esses itens. A busca pela inovação 
deve ser preocupação constante do Engenheiro de Produção, sendo assim, es-
colha a alternativa correta:
a. A inovação está relacionada apenas à criação de novos produtos, serviços 
ou processos produtivos.
b. A melhoria da organização da fábrica não está ligada ao conceito de inova-
ção de processos.
c. A otimização de processos e de melhoria do curso é ação de padronização 
e não de inovação.
d. As questões relacionadas à padronização das rotinas de trabalho não são 
consideradas ações de inovação, pois estão melhorando um processo e não 
criando um novo.
e. A inovação pode estar relacionada à pesquisa de novas matérias-primas e 
aplicações em nossas indústrias.
SWATCH VOLTA ÀS RAÍZES PARA AUMENTAR VENDAS
As empresas precisam se reinventar a 
todo o momento, pensar no seu público, 
na demanda de mercado, nos concorren-
tes, enfim, é uma atividade constante a ser 
realizada pelos gestores. Pensando nisso a 
marca de relógios Swatch voltou às origens 
de seus produtos, fazendo uma avaliação das 
vendas, iniciou uma pesquisa dos produtos 
mais vendidos no passado e que poderiam 
ser colocados à venda no presente.
No final dos anos de 1970, a empresa pro-
porcionou uma reviravolta no mercado, 
reanimou a indústria relojoeira que pas-
sava por grandes dificuldades. Lançou no 
mercado relógios de plástico, coloridos e 
com preços mais acessíveis. Com isso as 
vendas tiveram um crescimento de forma 
muito rápida.
Não foi somente voltar às raízes, os produ-
tos foram reformulados trazendo algumas 
inovações e diferenciações e que atenderam 
uma procura em massa. A empresa também 
investiu no mercado brasileiro. A companhia 
chegou em1993, trazendo seus produtos 
tradicionais e também as inovações.
Em 2009, a marca teve uma surpresa, a sua 
unidade no Brasil foi a única que registrou 
crescimento, diferentemente das outras uni-
dades espalhadas pelo mundo. Sendo assim, 
o mercado brasileiro atrai investimentos, 
estudos de mercado e ações promocionais 
da marca. É o caso do relógio em homena-
gem a Oscar Niemeyer, desenvolvido por 
designers suíços junto com o ícone da arqui-
tetura brasileira, o acessório foi lançado em 
homenagem aos 50 anos de Brasília. 
Esse produto foi lançado logo após uma aná-
lise de mercado e de desempenho do país, 
devido à procura dos seus produtos pelo 
público brasileiro a marca traz o conceito de 
que seus produtos são inovadores e causam 
entusiasmo, essa é a filosofia adotada por 
todas as unidades espalhadas pelo mundo.
Por isso, toda peça desenvolvida nas dife-
rentes coleções da marca são pensadas 
para levarem consigo esse espírito, com 
o objetivo de atrair o principal público da 
marca, jovens entre 18 e 35 anos. A Swatch 
conta hoje com mais de 200 modelos nas 
suas 45 lojas brasileiras, além da presença 
em 200 estabelecimentos multimarcas. 
Após o lançamento das coleções, as vendas 
são avaliadas e os que fazem mais sucesso 
com os clientes acabam entrando para o 
portfólio oficial do grupo. Pensando na 
inovação constante, uma análise de mer-
cado mais criteriosa levou a marca a lançar 
uma coleção com 20 modelos disponíveis 
em várias cores, esses são os que remetem 
aos primeiros relógios da marca e são os 
mais baratos do portfólio atual. Com a nova 
estratégia, a empresa espera crescer 19% 
em unidades vendidas neste ano. 
Sendo assim, os gestores devem levar 
em consideração informações internas e 
externas da organização para formular suas 
estratégias e ter êxito nas suas decisões.
Texto adaptado pelo autor de: Marcolino, R. Case: Swatch. Disponível em: <http://casesdesucesso.
files.wordpress.com/2010/10/case_swatch.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2015
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Administração da Produção
Petronio Martins e Fernando Laugeni 
Editora: Saraiva
Sinopse: Administração da Produção apresenta uma linguagem 
prática com conteúdos consistentes e modernos. Traz vários 
exemplos da indústria brasileira, inseridos entre as explicações, 
mostrando ao aluno como a teoria é aplicada nas empresas. No 
fi nal de cada capítulo, há ainda estudos de caso, com histórias de empresas brasileiras e questões 
para discussão sobre o tema estudado. Entre os assuntos adicionados na segunda edição estão 
um capítulo sobre logística, com toda explicação sobre supply chain, outro sobre PPCP, com 
as prioridades competitivas e as decisões a serem tomadas, e um de gestão de operações em 
serviços, abrangendo as características dos serviços e tendências mundiais. Como forma de testar 
o aprendizado, todos os capítulos apresentam questões para os alunos responderem; vários deles 
contam também com exercícios resolvidos a fi m de exemplifi car sua resolução.
O lead time pode ser entendido com o tempo de processamento do pedido. Para saber mais 
a respeito do lead time, acesse o link: MARTINS, F. A. A. Modelo para avaliação do lead 
time produtivo nas empresas têxteis. Florianópolis, 2003. 100 p. Dissertação (Mestrado em 
Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: <https://
repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/85848/223910.pdf?sequence=1>. Acesso 
em: 04 maio 2015.
Confi ra alguns dos principais congressos voltados para a área de Engenharia de Produção:
<http://www.cesumar.br/2013/epcc/>. Acesso em: 04 maio 2015.
<http://www.abepro.org.br/enegep/2015/index.asp>. Acesso em: 04 maio 2015.
<http://www.simpep.feb.unesp.br/>. Acesso em: 04 maio 2015.
<http://listadecongressos.com/category/engenharia-de-producao/>. Acesso em: 04 maio 2015.
FORD: o homem e a máquina 
Ano: 1987 
Sinopse: O fi lme é uma biografi a do famoso inventor e 
empreendedor Henry Ford (Cliff Robertson), que no início do século 
20 revolucionou a produção de automóveis criando as chamadas 
“linhas de montagem”, além de contribuir para diversas teorias 
administrativas e econômicas para a época. O roteiro mostra que 
Ford era um verdadeiro tirano, que colocava seus carros e a empresa 
acima de tudo e de todos, causando uma grande insatisfação nos 
funcionários. Ao mesmo tempo, sua vida particular também era complicada,mesmo casado com 
Clara (Hope Lange), ele mantinha um caso com uma funcionária (Heather Thomas).
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Professora Me. Marcia Pappa
Professora Esp. Fábia Cristiani Alves
ENGENHARIA DE PRODUTO 
E PROCESSOS DE 
PRODUÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Apresentar os conceitos relacionados ao projeto do produto.
 ■ Conceituar as fases de planejamento, programação e controle da 
produção.
 ■ Compreender a gestão da fábrica e suas instalações.
 ■ Acompanhar conceitos de logística e cadeia de suprimentos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Planejamento e Projeto do Produto
 ■ Planejamento, Programação e Controle da Produção
 ■ Gestão de Fábrica e Instalações Industriais
 ■ Engenharia de Métodos
 ■ Logística e Gestão da Cadeia de Suprimentos
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), 
Nesta unidade, você irá aprender um pouco mais a respeito da engenharia do 
produto e dos processos de produção. Você irá acompanhar as etapas relaciona-
das desde o desenvolvimento do produto, passando por seu processo produtivo, 
até a logística de entrega desses produtos aos clientes.
O planejamento é uma etapa essencial para que todos na empresa tenham 
um norte a seguir, ou seja, no planejamento são definidas as ações e as ativida-
des que serão executadas para que o produto ou serviço seja finalizado com os 
custos, prazo e qualidade pré-definidos.
O projeto do produto é o momento onde todas as especificações técnicas 
dele são levadas em consideração. Aqui a engenharia do produto coleta essas 
informações para construir a ficha técnica do produto, com especificações de 
matéria-prima utilizada, definição da sequência operacional de fabricação do pro-
duto, definição de custo do produto e elaboração da descrição técnica do produto.
Depois que o produto está aprovado para ser produzido, faz-se necessário planeja-
mento, programação e controle da produção, ou seja, definição de metas relacionadas 
à fabricação e à montagem dos produtos. Nesse momento é avaliada a demanda, a 
quantidade em estoque de produto acabado, em processo e matéria-prima. É feita a 
programação de produção, levando em consideração a capacidade produtiva e tam-
bém determinando o método de acompanhamento e de controle da produção, a fim 
de garantir que todas as ações que foram planejadas realmente estão sendo executadas.
Também serão abordadas nesta unidade as questões voltadas para gestão da 
fábrica, instalações industriais e engenharia de métodos, pois de nada adianta 
um planejamento do produto e da produção se no momento da execução esses 
pontos não estiverem muito bem definidos e organizados.
Por fim, serão apresentados conceitos relacionados à gestão da cadeia de 
suprimentos e logística, a fim de atender a demanda de acordo com a negocia-
ção realizada com o cliente, de forma a atender o planejamento realizado.
A partir de agora você irá estudar esse assunto que é a essência para o bom 
desempenho do setor produtivo das nossas indústrias. 
Bons Estudos!
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Introdução
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ENGENHARIA DE PRODUTO E PROCESSOS DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
II
PLANEJAMENTO E PROJETO DO PRODUTO
Seu feijão é encantador?
Antes de iniciar a nossa conversa a respeito do planejamento e do projeto 
do produto, vamos acompanhar a seguinte história: em um determinado passeio 
em uma floresta, um viajante se perdeu do grupo, ficou por vários e vários dias 
comendo apenas frutas, quando de repente encontrou uma casa onde os morado-
res ofereceram um prato de comida com um delicioso feijão. Esse viajante nunca 
mais se esqueceu do feijão, provou esse prato em variados restaurantes, amigos o 
convidavam para provar o feijão e ele nunca encontrou um preparo tão delicioso 
quanto o que lhe ofertaram na floresta. Até que um dia um amigo disse que ele 
nunca iria encontrar um feijão igual aquele, pois não era somente o preparo que 
tinha sido levado em consideração, e sim, toda a situação que ele estava passando, 
o medo de ficar perdido, a ansiedade de ficar em um lugar desconhecido, a feli-
cidade em encontrar alguém. Enfim, o valor que o cliente dá ao produto varia de 
acordo com as necessidades que cada pessoa tem, sendo assim, as empresas, além 
de padronizar os processos 
de produção dos produtos, 
devem levar em considera-
ção a voz do mercado e os 
anseios do seu público-alvo 
para que o feijão realmente 
seja encantador.
A etapa de desenvol-
vimento é o momento em 
que a empresa irá criar os 
seus produtos ou serviços 
ou melhorar os já existen-
tes. Nas indústrias existe um setor conhecido como Engenharia de Produto, 
Pesquisa e Desenvolvimento ou Criação, onde os profissionais dão vida aos 
produtos. Nesse momento, também são estudadas e alinhadas as especificações 
técnicas de cada produto, ou seja, são criadas as fichas técnicas, fichas de consumo 
e fichas de processos. Esses documentos irão nortear todo o processo produtivo.
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Planejamento e Projeto do Produto
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Segundo Baxter (2005), o desenvolvimento de produtos é um processo de 
negócios da empresa que envolve um conjunto de atitudes e um conjunto de 
informações associados a essas atividades. Para o processo de desenvolvimento 
de produtos se faz necessário avaliar mercado, público-alvo, capacidade produtiva 
e integração entre as áreas de negócio da empresa, para que as informações inter-
nas e externas à organização sejam levadas em consideração. Inicialmente, para a 
empresa se envolver na realização de um projeto é necessário verificar alguns cri-
térios que, de acordo com Slack (2008), são importantes para a escolha do projeto:
 ■ A viabilidade da opção do projeto, isto é, podemos fazê-la.
 ■ A aceitabilidade da opção do projeto para saber se realmente queremos fazer.
 ■ A vulnerabilidade de cada opção do projeto, ou seja, o risco que iremos correr.
A decisão para se projetar deve ser em equipe e com muita comunicação para 
que a tomada de decisão seja relevante, pois envolve uma grande quantidade de 
conhecimentos que irão ser adquiridos através da prática. Para Batalha (2008), 
existem três tipos básicos de conhecimentos necessários para projetar:
 ■ Conhecimentos para gerar ideias.
 ■ Conhecimentos para avaliar conceitos.
 ■ Conhecimentos para a estruturação do processo de projeto.
Segundo Slack (2008), outro fator importante é a simulação do projeto que 
explora as consequências da tomada de decisão, em vez de aconselhar direta-
mente sobre a decisão em si. Na etapa de desenvolvimento de produtos, existem 
algumas decisões que cabe à empresa tomar em relação a qual projeto será desen-
volvido, por exemplo:
 ■ Projeto original: que é a criação de um novo produto completamente 
diferente.
 ■ Projeto adaptativo: que através de uma proposta já conhecida inicia-se a 
concepção de um produto adaptado.
 ■ Projeto variante: onde se modifica o tamanho ou o arranjo já existente.
ENGENHARIA DE PRODUTO E PROCESSOS DE PRODUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
II
Além disso, os projetos de produtos podem ser classificados como:
 ■ Projeto incremental: mantém-se o conceito original do produto e apenas 
são modificados alguns de seus componentes.
 ■ Projeto complexo: projeto de grande porte que envolve muita gente e 
muita informação.
 ■ Projeto criativo: projeto com foco no formato

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