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Prévia do material em texto

Psicologia da Educação
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Pascoal Ferrari 
Profa. Dra. Rosana Tosi Costa
Revisão Técnica:
Prof. Dr. Renan de Almeida Sargiani
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
• Desenvolvimento Humano e Educação: o Ciclo Vital
• A Epistemologia Genética de Jean Piaget
• A Teoria Histórico-Cultural de Lev Vygotsky
• A Teoria da Psicogênese da Pessoa Completa, de Henri Wallon
• Contribuições de Sigmund Freud, Erik Erikson e Urie Bronfenbrenner
 · Esta Unidade tem por objetivo apresentar, distinguir e discutir as 
principais contribuições de teóricos do Desenvolvimento Humano 
para a Educação, com foco nas teorias de Jean Piaget, Lev Vygotsky 
e Henri Wallon.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Teorias do Desenvolvimento Humano e 
Implicações Pedagógicas
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
Desenvolvimento Humano e Educação: 
o Ciclo Vital 
Ao longo da História da Humanidade, diferentes culturas tiveram entendimentos 
distintos sobre as crianças e suas diferenças em relação aos adultos. Mas, sem 
dúvida, os mais significativos avanços foram feitos com o surgimento da Psicologia 
Científica e os estudos sobre o desenvolvimento infantil.
Para saber mais sobre como a nossa visão a respeito da infância foi se modificando ao 
longo da História leia: ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2.ed. Rio 
de Janeiro: LTC, 2006.
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Nesta Disciplina de Psicologia da Educação, nós falamos quase sempre em apren-
dizagem, e não em desenvolvimento. Contudo, aprendizagem e desenvolvimento 
são dois conceitos muito importantes para a Psicologia da Educação. Por vezes, são 
definidos de forma muito semelhante; outras, de forma muito contrastante e, ainda, 
há vezes em que eles são complementares e se inter-relacionam.
Teóricos da abordagem comportamentalista, por exemplo, não usam o conceito 
de desenvolvimento, mas sim o de aprendizagem, como veremos na Unidade 4, pela 
ênfase que dão à influência do ambiente e por entenderem o “desenvolvimento” 
como algo contínuo, e não dividido em etapas.
Já teóricos de abordagens cognitivistas e construtivistas se valem de ambos os 
conceitos. Alguns deles usam a noção de desenvolvimento mais atrelada a questões 
biológicas, enquanto outros acreditam na interação entre o que é biológico e o que 
é ambiental.
De modo geral, a ideia de desenvolvimento tem a ver com as mudanças, a 
sequência de etapas qualitativamente diferentes que mudam a nossa forma de 
pensar, ser, sentir e agir.
Segundo Bock, Furtado e Teixeira (2009, p.99-100), o desenvolvimento 
humano deve ser entendido em sua totalidade, destacando, para isso, quatro 
aspectos básicos do desenvolvimento humano.
Observe a Tabela a seguir:
Tabela 1. Aspectos básicos do desenvolvimento humano
Aspecto físico-motor Refere-se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, à capacidade de manipulação de objetos e de exercício do próprio corpo, à coordenação motora.
Aspecto intelectual-cognitivo
É a capacidade de pensamento, memória, lógica e raciocínio. Por exemplo: 
uma criança brincando e um adolescente planejando os gastos de sua mesada, 
operações mais complexas.
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Aspecto afetivo-emocional É o modo particular de o indivíduo integrar as suas experiências. É o sentir. Por exemplo: a sexualidade, os medos, as alegrias.
Aspectos sociais É a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas. Por exemplo: socialização da criança.
Fonte: Adaptado de Bock, Furtado e Teixeira (2009, p.99-100)
As Teorias do Desenvolvimento Humano normalmente partem do pressuposto 
de que esses quatro aspectos são indissociados, mas teorias distintas acabam 
enfatizando mais um ou outro aspecto em diferentes momentos, como veremos 
mais adiante. Influenciados por esses aspectos, nós crescemos e nos desenvolvemos, 
e somos potencializados para aprender. 
A Psicologia Científica construiu diversas Teorias sobre a relação ensino-
aprendizagem considerando a influência desses mesmos aspectos. Nesta unidade e 
na próxima, iremos discutir essas Teorias em mais profundidade.
Além disso, uma discussão muito importante sobre o desenvolvimento humano 
se refere ao papel do inato e do adquirido. É fato que nós herdamos uma genética 
e que tudo que somos depende dessa Genética, ou seja, do que é inato. Todavia, 
não basta ter a receita de um bolo para que o bolo saia exatamente igual, ou 
seja, existem outras variáveis que interferem. Nós nascemos com potencial 
genético humano, mas somos transformados no/e pelo meio físico e cultural em 
que vivemos. Nós nascemos com potencial para aprender qualquer língua, mas 
aprendemos justamente aquela que compartilham as pessoas ao nosso redor; nós 
temos um potencial genético para a altura, mas só atingiremos esse potencial se 
tivermos alimentação e atividade física compatíveis, ou seja, nosso desenvolvimento 
depende sempre da interação entre a genética e o nosso meio físico e cultural. 
Atualmente, a questão do debate entre inato e adquirido não está solucionada 
completamente, mas há maior tendência a acreditar que é a interação entre a 
natureza (inato) e a cultura (adquirido) que possibilitam nosso desenvolvimento 
como todo. 
As teorias que se fundamentam nessa premissa são chamadas de Teorias Inte-
racionistas ou de Matriz Sociointeracionista e são, atualmente, as Teorias desen-
volvimentais mais influentes em Educação. Destacamos entre essas perspectivas as 
Teorias de Piaget, Vygotksy e Wallon, que serão detalhadas a seguir. 
Como se tratam de Teorias distintas criadas em lugares e períodos distintos, 
cada qual tem suas peculiaridades e olhares sobre o desenvolvimento humano, 
contribuindo de diferentes maneiras para a Psicologia da Educação. Nem toda Teoria 
do desenvolvimento parte de uma matriz interacionista; por isso, trataremos também 
de outrasperspectivas no encerramento deste capítulo e na próxima Unidade. 
Recomendamos a leitura do livro Introdução à Psicologia da Educação: seis abordagens, 
organizado por Kester Carrara, que apresenta seis abordagens diferentes em Psicologia da 
Educação, com detalhamento mais amplo das teorias aqui discutidas.
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UNIDADE Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
Uma última ressalva antes de passar para as Teorias é que todas elas são de 
meados do século XX. Desde os anos 1980, as grandes Teorias explicativas 
passaram a ceder lugar para microteorias que explicam fenômenos pontuais, ou 
seja, ao invés de uma grande teoria sobre o desenvolvimento geral, a maior parte 
das Teorias se dedica a explicar como as crianças aprendem a ler, a falar, a perceber 
o mundo, a aprender Matemática etc. 
São microteorias que são mais focais e, portanto, fornecem explicações mais 
fáceis de serem testadas. As grandes Teorias, como vamos apresentar a seguir, 
continuam servindo de pano de fundo para esses microteorias, sendo que muitas 
coisas dessas propostas antigas já foram revistas e modificadas. 
É importante que você conheça primeiramente esses grandes modelos e 
que depois busque mais informações complementares para entender como a 
Psicologia do Desenvolvimento se apresenta no século XXI (ver PAPALIA; OLDS 
& FELDMAN, 2006). 
Nesse sentido, uma mudança radical da Psicologia do Desenvolvimento 
contemporânea é o entendimento da noção de desenvolvimento ao longo do ciclo 
vital. Como discutem Papalia, Olds & Feldman (2006), antes, as grandes teorias se 
ocupavam mais do desenvolvimento da criança até a adolescência.
O entendimento geral era de que não havia muitas modificações depois da 
adolescência e por isso as Teorias só focavam o desenvolvimento até a puberdade. 
Atualmente, considera-se que há mudanças durante toda a vida e, portanto, 
estuda-se o desenvolvimento ao longo do ciclo vital. Por isso, pode-se dividir o 
desenvolvimento humano em duas grandes etapas com suas subdivisões, conforme 
pontuam Papalia, Olds & Feldman (2006):
Tabela 2
Primeira etapa da vida
Concepção, gestação, parto;
Primeira infância (0 a 2 anos);
Segunda infância (2 a 6 anos);
Terceira infância (7 a 11 anos);
Puberdade e adolescência (12 a 17 anos).
Segunda etapa da vida
Juventude (18 a 25 anos);
Vida adulta jovem (25 a 30 anos);
Vida adulta média (30 a 50 anos);
Vida adulta tardia (50 a 65 anos);
Velhice (65 anos em diante);
Morte.
10
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Importante!
Conceber o desenvolvimento ao longo do ciclo vital implica entender que nós nos 
desenvolvemos e aprendemos por toda a nossa vida. O que você imagina ser possível de 
ser aprendido em cada uma dessas etapas descritas por Papalia, Olds & Feldman? Como 
a Psicologia da Educação contribuiria para cada etapa?
Trocando ideias...
A Epistemologia Genética de Jean Piaget
Figura 1
Fonte:Wikimedia Commons
Jean Piaget (1896-1980) foi biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço. É 
considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. Ainda nos 
dias atuais, muito do que sabemos sobre como as crianças pensam se deve aos 
trabalhos de Piaget. Ele é conhecido como o propositor da abordagem denominada 
Epistemologia Genética, que é, ainda hoje, muito influente na Educação.
Etimologicamente, a palavra Epistemologia signifi ca a teoria do conhecimento: epistemo 
= conhecimento e logia = estudo. Assim, epistemologia genética seria a gênese ou o 
surgimento do conhecimento. 
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Para Piaget, a maturação biológica estabelece as pré-condições para o desen-
volvimento cognitivo. Segundo Papalia, Olds & Feldman (2006), Piaget acreditava 
que as crianças eram seres ativos em crescimento, com seus próprios impulsos 
internos e padrões de desenvolvimento. 
O desenvolvimento cognitivo, para ele, era entendido como o produto dos 
esforços das crianças para compreender e agir sobre seu mundo. As pesquisas 
de Piaget eram conduzidas utilizando o que ele denominou “método clínico”, que 
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UNIDADE Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
combinava observações do comportamento das crianças durante a realização de 
tarefas de lógica com o questionamento flexível do pesquisador para descobrir 
como as crianças pensam. 
Dessa forma, e utilizando as famosas provas piagetianas, como ficaram 
conhecidos os desafios de lógica para as crianças, ele descobriu que crianças 
típicas de quatro anos, por exemplo, acreditavam que moedas ou flores eram mais 
numerosas se dispostas em filas do que amontoadas ou empilhadas.
Confira uma série de provas e experimentos piagetianos em: https://goo.gl/HMHMYq
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A teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget foi formulada e revista por ele 
ao longo de muitas décadas de pesquisas. Ele acreditava que o desenvolvimento 
cognitivo se inicia com uma capacidade inata dos seres humanos que, assim como 
outros seres vivos, tem de se adaptar ao ambiente.
Assim, desde o nascimento, os bebês tentam se adaptar ao seu ambiente, 
passando por uma série de estágios qualitativamente diferentes, como veremos 
mais adiante. Em cada estágio, a mente da criança opera de modo diferente para 
resolver os problemas com os quais ela se depara, passando desde operações 
mentais baseadas na simples atividade sensório-motora até o mais refinado 
pensamento lógico-abstrato. Esse desenvolvimento gradual ocorre e depende de 
três princípios inter-relacionados: organização, adaptação e equilibração. 
A organização se refere à tendência inata que temos de criar estruturas 
cognitivas cada vez mais complexas que abarquem os conhecimentos adquiridos. 
Essas estruturas são chamadas de esquemas e são padrões organizados de 
comportamentos que uma pessoa utiliza para pensar e agir em determinadas 
situações. Quanto mais experiências, mais complexos os esquemas se tornam. 
A aprendizagem, para Piaget, acontece quando a informação é processada 
pelas estruturas cognitivas. Dessa forma, o conhecimento construído vai sendo 
incorporado às estruturas cognitivas anteriores ou a novas que irão se formando. 
Essas novas estruturas cognitivas serão estimuladas a surgir nos indivíduos, a partir 
de situações desafiadoras e problematizadas a ele apresentadas. Para que ocorra a 
aprendizagem é necessário, então, Adaptação.
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Importante!
Adaptação é o termo utilizado por Piaget para descrever como uma criança lida com 
novas informações que parecem confl itar com o que ela já sabe. A Adaptação envolve 
duas etapas: 1) assimilação, que é receber informações e incorporá-las às estruturas 
cognitivas existentes, e 2) acomodação, que é mudar nossas estruturas cognitivas 
para incluir novo conhecimento. A equilibração – um esforço constante para manter 
um balanço ou equilíbrio estável – determina a mudança da assimilação para a 
acomodação. Quando as crianças não conseguem lidar com novas experiências dentro 
de suas estruturas existentes, organizam novos padrões mentais que integram a nova 
experiência, assim restaurando o equilíbrio. Um bebê que está acostumado a mamar no 
seio ou na mamadeira e que começa a sugar o bico do canudo de uma caneca para bebês 
está demonstrando assimilação – utilizando um esquema já existente para lidar com 
um novo objeto ou com uma nova situação. Quando o bebê descobre que para beber de 
canudo são necessários movimentos da língua e da boca um pouco diferentes daqueles 
utilizados para sugar o seio ou a mamadeira, ele se ajusta pela modifi cação do esquema 
anterior. Ele “acomoda” seu esquema de sugação para lidar com uma nova experiência: 
a caneca. Assim, assimilação e acomodação operam juntas para produzir equilíbrio e 
crescimento cognitivo (PAPALIA; OLDS & FELDMAN, 2010; p.76)
Importante!
Todo esse processo é incessante e constituído do nascimento até a morte, 
na tentativade adaptar o pensamento e a ação. Podemos constatar que, nessa 
forma de entender o processo de aprendizagem, veremos que o conhecimento 
é algo provisório e sempre passível de ampliação. Daí a ideia Construtivista: o 
conhecimento está sempre em construção.
Neste sentido, o papel do professor é ser capaz de criar ambientes de aprendizagem 
que compreendam o ser humano em sua totalidade, com seus diferentes modos 
de aprender e diferentes formas de resolver problemas. Sua preocupação central 
será formar indivíduos autônomos, criativos, críticos, levando em consideração os 
aspectos físicos, biológicos, cognitivos, afetivos, culturais e sociais dos aprendizes.
Outra importante contribuição da Epistemologia Genética para o entendimento 
do processo de aprendizagem é a defesa dessa abordagem, de que o indivíduo 
passa por várias etapas de desenvolvimento cognitivo ao longo da sua vida. 
Piaget propôs a existência de quatro estágios no desenvolvimento cognitivo: 
sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. Segundo 
ele, cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer 
nessas faixas etárias. Demonstrou que existem formas de perceber, compreender e 
se comportar próprias de cada faixa etária, em uma assimilação progressiva do meio.
A seguir, faremos uma síntese do desenvolvimento cognitivo humano, adaptada 
de Bock, Furtado & Teixeira (2009, p.100-107). 
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UNIDADE Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
Período ou Estágios de Desenvolvimento 
Sensório-motor (de 0 a 2 anos)
Nesse estágio, a criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os 
objetos físicos que a rodeiam. A criança adquire o conhecimento por meio de suas 
próprias ações, que são controladas por informações sensoriais imediatas. Assim, 
a criança conquista, por meio da sua percepção e dos seus movimentos, todo o 
universo que a cerca.
No início, a vida mental reduz-se ao exercício dos aparelhos reflexos, de fundo 
hereditário; um exemplo é a ação de sugar. Com o passar do tempo, esses reflexos 
se desenvolvem e, ao final desse período, a criança já é capaz de utilizar objetos 
para alcançar seus objetivos. Como exemplo, usa uma vassoura para pegar um 
brinquedo que está longe, utilizando a inteligência prática ou sensório-motora.
Nesse período, o desenvolvimento fí-
sico acelerado é o suporte para o apa-
recimento de novas habilidades para o 
domínio do ambiente, e assim, a criança 
saberá diferenciar o seu eu e o mundo ex-
terior. Essa diferenciação também ocorre 
no campo da afetividade. Observe que os 
medos das crianças mudam e ela já faz 
escolhas de brinquedos ou de pessoas.
Nesse curto espaço de tempo, a crian-
ça evolui de uma atitude passiva para a 
ativa, imitando regras e comportamentos 
dos adultos. A fala surge por meio da imi-
tação de sons, ainda sem significados. A 
criança, nesse estágio é um ser que de-
pende muito da estimulação e de cuida-
dos das pessoas e do meio em que vive.
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
Pré-operatório (de 2 a 7 anos)
Nesse estágio, a criança busca adquirir a habilidade da fala, nomeia objetos 
e raciocina intuitivamente, mas ainda não consegue coordenar operações 
fundamentais. O aparecimento da linguagem modifica os aspectos intelectual, 
afetivo e social da criança. A interação e a comunicação entre os indivíduos são 
consequências da linguagem; com a palavra, conseguimos exteriorizar nossa vida 
interior. Com a linguagem surge o pensamento que, no princípio, é subjetivo e 
simbólico, misturando fantasia à realidade. A criança ainda não tem conceitos de 
números. Durante esse estágio, a criança passa a procurar a razão das coisas; é a 
fase dos porquês.
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Nas brincadeiras, as regras não são bem aceitas, pois a criança está envolta em 
um egocentrismo acentuado, ao final desse período, as regras já são entendidas 
como necessárias. Com o domínio ampliado do mundo, a criança adquire outros 
interesses, surgindo uma escala de valores internos, que balizarão suas ações.
A criança chega ao final desse período com a maturação neurofisiológica completa, 
permitindo o desenvolvimento de várias habilidades, incluindo coordenação motora 
fina, conseguindo pegar objetos com a ponta do dedo. Por essa razão, a habilidade 
da escrita é um exemplo de habilidade que pode ser adquirida nesse momento do 
desenvolvimento, culminando com a idade escolar.
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
Operações concretas (de 7 a 11 ou 12 anos)
Com o estágio operatório concreto, pressupõe-se que a criança já tenha superado 
seu egocentrismo por meio dos relacionamentos que vivenciou. Nesse estágio, a 
criança começa a lidar com conceitos abstratos como os números e é marcada por 
uma lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos. 
É o período das construções lógicas, no qual a criança estabelece relações entre as 
“coisas” e com pontos de vista diferentes.
No plano intelectual, surgirá uma nova capacidade: as “Operações”. A criança 
conseguirá realizar uma ação física ou mental dirigida a um fim (objetivo) e revertê-
la ao início.
Em nível de pensamento, a criança consegue:
 · Estabelecer corretamente as relações de causa e efeito e de meio e fim;
 · Sequenciar ideias ou eventos;
 · Trabalhar com ideias sob dois pontos de vista, simultaneamente;
 · Formar conceito de número (inicialmente concreto depois abstrato).
No plano afetivo, a criança será capaz de cooperar com os outros, trabalhar em 
grupo e ter, ao mesmo tempo, autonomia pessoal, criando seus próprios valores. 
Também surgem a vontade, conflitos entre o dever e o prazer e, no final do 
período, as necessidades afetivas e de segurança são satisfeitas progressivamente 
pelo grupo, em detrimento da família.
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UNIDADE Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
A cooperação irá se desenvolver por todo esse período em relação ao novo 
grupo. A partir das necessidades, elaboram formas próprias de organização grupal, 
criando novas regras, que deverão ser aceitas por todos os participantes. Ao final 
do período, acontece a passagem do pensamento concreto para o pensamento 
formal ou abstrato.
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
Operatório formal (de 11 ou 12 anos em diante)
No estágio operatório formal, a criança começa a raciocinar lógica e 
sistematicamente. Esse estágio é definido pelo despertar do raciocínio abstrato. As 
deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos. É a transição 
para o modo adulto de pensar, sendo capaz de pensar sobre ideais abstratas. 
Nesse período, o adolescente realiza as operações no plano das ideais, 
sem necessitar de manipulação ou referências concretas, é capaz de lidar com 
conceitos como liberdade, justiça, democracia e, assim, domina progressivamente 
a capacidade de abstrair e generalizar. Cria teorias sobre o mundo para reformulá-
lo, isto é possível por sua capacidade de reflexão espontânea. O exercício da 
reflexão permite, inicialmente, ao adolescente submeter o mundo real às teorias 
que seu pensamento é capaz de criar. Esse processo irá atenuar-se por meio da 
reconciliação do pensamento com a realidade, até ficar claro que a função da 
reflexão não é contradizer, mas se adiantar e interpretar a experiência.
Suas relações sociais mudam, passando por uma fase de interiorização que se 
configura aparentemente como antissocial, afastando-se da família e não aceitando 
conselhos dos adultos, mas o alvo de sua reflexão é a sociedade. Posteriormente, 
atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade; é quando compreende a 
importância da reflexão para a sua ação sobre o mundo real.
No aspecto afetivo, o adolescente vive conflitos, deseja libertar-se do adulto, mas 
ainda depende dele. Deseja ser aceito pelos adultos e amigos. O grupo de amigos 
é o mais forte referencial,determinando vocabulário, jeito de vestir e aspectos 
do comportamento e sua moral. Seus interesses são diversos e mutáveis e vão se 
estabilizando pela chegada da vida adulta.
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Esse processo culmina em um equilíbrio entre o real e as ideais dos indivíduos, 
isto é, de revolucionário no plano das ideais, ele torna-se transformador, no plano 
da ação. Na idade adulta, não surge nenhuma nova estrutura mental, apenas ocorre 
um aumento gradual do aspecto cognitivo em profundidade e melhor compreensão 
da realidade, influenciado por conteúdos afetivo-emocionais e definindo sua forma 
de estar no mundo.
Figura 5
Fontes: iStock/Getty Images 
Cada estágio é um período no qual o pensamento e o comportamento do 
indivíduo é caracterizado por uma forma específica de conhecimento e raciocínio. 
Assim, o conhecimento desses estágios pode melhorar a prática educativa. Se 
conhecermos melhor a maneira que os indivíduos aprendem em cada estágio, 
podemos desenvolver métodos e práticas de ensino apropriadas. Dessa forma, a 
teoria piagetiana é muito influente na Educação, desde os anos 1980. 
Saiba mais sobre a Teoria de Piaget e suas contribuições para a Educação assistindo ao vídeo 
da Coleção Grandes Educadores em: https://youtu.be/PBVNYRQP7SkEx
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UNIDADE Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
A Teoria Histórico-Cultural de Lev Vygotsky
Figura 6 – Figura 6 – Vygotsky, Leontiev e Luria
Fonte: Wikimedia Commons/ sam-sebe-psycholog.ru
Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934) foi um psicólogo bielorrusso que 
elaborou uma Teoria do Desenvolvimento Cognitivo, sustentando que todo 
conhecimento é construído socialmente, no âmbito das relações humanas. Sua 
obra é, hoje, a fonte de inspiração do socioconstrutivismo, tendência cada vez mais 
presente nas discussões sobre a Educação.
Vygotsky construiu seu pensamento a partir de um aporte teórico marxista, 
o materialismo histórico-dialético, pois vivia no período da Revolução Russa. Ele 
buscava criar uma nova forma de entender a Psicologia, superando as Escolas de 
Psicologia existentes até então, pois, em sua opinião, elas estavam estagnadas.
Dois outros pensadores contribuíram muito para o pensamento Vygotskyano. 
São eles o neuropsicólogo Alexander Luria (1902-1977), e o psicólogo Alexei 
Leontiev (1903-1979).
Juntos, Vygotsky, Leontiev e Luria formavam a Troika (trio em russo), um grupo 
de psicólogos que avançaram muito na corrente russa da Psicologia da Educação.
Essa abordagem recebe algumas denominações: Psicologia Histórico-Cultural, 
Teoria Interativista Sociocultural, Psicologia Sociointeracionista, Teoria Histórico 
Social, Psicologia Sócio-Histórica. Nesse texto, fazemos a opção de denominá-la 
Histórico-Cultural, enfatizando a importância dos aspectos culturais e históricos na 
formação social da mente. 
A abordagem proposta por Vygotsky e seus colaboradores buscava uma síntese 
para a Psicologia; ambicionava integrar, numa mesma perspectiva, o ser humano 
como corpo e mente, como ser biológico e cultural, como membro de uma espécie 
animal e participante de um processo histórico. 
Eles entendiam que o funcionamento psicológico tipicamente humano é cultural 
e, consequentemente, histórico, e que havia elementos mediadores na relação entre 
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o homem e o mundo, que seriam os instrumentos, os signos e todos os elementos 
do ambiente, carregados de significado cultural e construídos nas relações humanas.
Segundo Oliveira (2010), podemos identificar três pilares da abordagem de 
Vygotsky:
 · As funções psicológicas têm um suporte biológico, pois são produtos da 
atividade cerebral;
 · O funcionamento psicológico fundamenta-se nas relações sociais entre os 
indivíduos e o mundo exterior, as quais se desenvolvem num processo histórico;
 · A relação homem/mundo é uma relação mediada por sistemas simbólicos.
Na teoria de Vygotsky, a linguagem tem grande destaque. Ela é duplamente 
importante para Vygotsky, pois além de ser o principal instrumento de intermediação 
do conhecimento entre os seres humanos, tem relação direta com o próprio 
desenvolvimento psicológico. 
Nenhum conhecimento é construído pela pessoa sozinha, mas sim, em parceria 
com as outras, que são os mediadores. 
Segundo Davis & Oliveira (1994, p.52):
[...] a linguagem intervém no processo de desenvolvimento intelectual da 
criança praticamente desde o nascimento. Quando os adultos nomeiam 
objetos, indicando para a criança as várias relações que estes mantêm 
entre si, ela constrói formas mais complexas e sofisticadas de conceber 
a realidade. Sozinha, não seria capaz de adquirir aquilo que obtém por 
intermédio de sua interação com os adultos e com outras crianças, num 
processo em que a linguagem é fundamental.
Portanto, a linguagem é a ferramenta com a qual mediamos às relações, e 
assim, podemos considerar que o aprendizado é contínuo e a evolução intelectual 
é caracterizada por saltos qualitativos de um nível de conhecimento para outro.
Importante!
É mais comum utilizar o termo “aprendizado” do que aprendizagem para se referir 
à psicologia de Vygotsky, pois em russo o termo usado por ele equivale a algo como 
processo de ensino aprendizagem, isto é, ele inclui sempre aquele que aprende, aquele 
que ensina e a relação entre essas pessoas. Para Vygotsky, aprendizado é o “processo 
pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores etc., a partir de 
seu contato com a realidade, com o meio ambiente e com as outras pessoas” (OLIVEIRA, 
2010, p.59). 
Importante!
Para Vygotsky, a vivência em sociedade é essencial para a transformação do 
homem de ser biológico em ser humano. É pelo aprendizado nas relações com 
os outros que construímos os conhecimentos que permitem nosso desenvolvi-
mento mental. 
19
UNIDADE Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
Ele caracterizou essa evolução intelectual em duas funções: a primeira, com cuja 
qual já nascemos, é a Função Psicológica Elementar, que são os reflexos e a atenção 
involuntária, presentes em todas as crianças e nos animais mais desenvolvidos. 
A partir do aprendizado cultural, parte dessas funções básicas transforma-se em 
Função Psicológica Superior, como a consciência, o planejamento e a deliberação, 
características exclusivas do adulto. 
Segundo Oliveira (1992, p.24):
As concepções de Vygotsky sobre o funcionamento do cérebro humano 
fundamentam-se em sua ideia de que as funções psicológicas superiores 
são construídas ao longo da história social do homem. Na sua relação 
com o mundo, mediada pelos instrumentos e símbolos desenvolvidos 
culturalmente [...].
Dessa maneira, vamos construindo conceitos que balizarão nossas ações e 
pensamentos. Partimos de conceitos construídos espontaneamente, por meio de 
nossa vivência e experiências, para conceitos científicos e sistematizados, sendo 
esses frutos do processo de aprendizado dos indivíduos, e claro, função da Escola.
Esse processo de transformação se estabelece por meio do aprendizado. 
É o que Vygotsky chamou de Internalização, que é um processo de reconstrução 
interna, que envolve uma atividade externa que deve ser modificada, tornando-se 
uma atividade interna. O desenvolvimento cognitivo é produzido pelo processo de 
internalização da interação social, com elementos fornecidos pela Cultura. 
Outro conceito importante na obra de Vygotsky é a mediação. Segundo sua 
teoria, toda relação do indivíduo com o mundo é feita por meio de instrumentos. 
Assim, todo aprendizado é necessariamente mediado, tornando o papel do ensino 
e do professor mais ativo e determinante na Educação, cabendo à Escola, facilitar 
o processo de aprendizagem, que só pode ser conduzido pelo próprio aluno. 
Desse modo, o aprendizado não se subordina totalmente ao desenvolvimento 
das estruturas intelectuais da criança,mas um se alimenta do outro, provocando 
saltos de nível de conhecimento. O ensino, para Vygotsky, ao contrário de Piaget, 
deve se antecipar ao que o aluno ainda não sabe, nem é capaz de aprender sozinho, 
porque na relação entre aprendizado e desenvolvimento, o aprendizado vem antes. 
Com o intuito de explicar o processo de construção de conhecimento ou desen-
volvimento cognitivo, Vygotsky desenvolveu o conceito de Zona de Desenvolvi-
mento Proximal, ou potencial, que definiu como:
Ela é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma 
determinar através da solução independente de problemas, e o nível de 
desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas 
sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros 
mais capazes (VYGOTSKY, 1998, p.112).
20
21
Notamos que o desenvolvimento proximal tem por determinante aquilo que a 
criança ainda não domina, mas é capaz de realizar com o auxílio de alguém mais 
experiente, como, por exemplo, quando uma criança já sabe somar e é desafiada a 
fazer uma multiplicação simples. Desenvolvimento proximal é o espaço que separa a 
pessoa de um desenvolvimento que está próximo a ser alcançado. É a distância entre 
o desenvolvimento real e o potencial, que está próximo, mas ainda não foi atingido.
Outro conceito proposto por Vygotsky é o de Zona de Desenvolvimento Real. 
O desenvolvimento real é determinado por aquilo que a criança é capaz de fazer 
sozinha, porque já tem um conhecimento consolidado. Se tiver a habilidade da 
adição, por exemplo, esse é um nível de desenvolvimento real. É quando a criança 
não mais precisa de ajuda para realizar algo.
Vygotsky e o Professor
Vygotsky atribuiu grande importância ao papel do professor. Na Escola, o 
professor funciona como o impulsionador do desenvolvimento cognitivo da criança. 
Ao professor cabe apresentar às crianças novas formas de pensamento e 
conceitos, mas não sem antes detectar que condições elas têm de apreendê-los. 
A aprendizagem dos alunos se construirá mediante o processo de relação do 
indivíduo com seu ambiente sociocultural e com o suporte de outros indivíduos 
mais experientes.
Priorizando as interações entre os próprios alunos e deles com o professor, o objetivo 
da Escola, então, é fazer com que os Conceitos Espontâneos, que as crianças desenvol-
vem na convivência social, evoluam para o nível dos Conceitos Científicos. 
Assim, o professor assume o papel de mediador na formação do conhecimento. 
O mediador é quem ajuda a criança a concretizar um desenvolvimento que ela 
ainda não atinge sozinha. Na Escola, o professor e os colegas mais experientes são 
os principais mediadores.
A abordagem realizada por Vygotsky conclui que o aprendizado é contínuo e 
o desenvolvimento intelectual se concretiza por saltos qualitativos, de um nível de 
conhecimento para outro, no qual o ensinar e o aprender formam uma unidade, 
que delimita o campo de constituição do indivíduo na dimensão sociocultural. São 
processos indissociáveis que implicam a ideia que o professor participa ativamente 
do processo de aprendizagem e de desenvolvimento do aluno. 
Saiba mais sobre a teoria de Vygotsky e suas contribuições para a Educação assistindo ao 
vídeo da Coleção Grandes Educadores em: https://youtu.be/KwnIKDXeEdIEx
pl
or
21
UNIDADE Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
A Teoria da Psicogênese da Pessoa 
Completa, de Henri Wallon 
Henri Wallon (1879-1962), médico, psicólogo e 
professor francês. Foi contemporâneo de Piaget e de 
Vygotsky. Assim, como Vygotsky, Wallon recebeu forte 
influência do materialismo histórico-dialético, tornando-
se um destacado ativista marxista. 
Em 1931, filiou-se ao partido socialista e, em 
1942, filiou-se ao Partido Comunista Francês. Em sua 
dimensão política, foi nomeado Secretário da Educação 
Nacional, em 1944, na França. Após esse período, 
trabalhou para uma reforma educacional francesa 
e junto ao físico Paul Langevin propôs o importante 
Plano Langevin-Wallon para o Sistema Educacional 
francês. Conforme Almeida & Mahoney (2003, p. 75), 
“a diretriz do projeto era construir uma educação mais justa para uma sociedade 
mais justa”.
Wallon teve vida intensa; na primeira Guerra Mundial, atuou como médico, 
quando pesquisou as relações entre os fenômenos neurológicos e psicológicos nos 
feridos de Guerra. Na Segunda Guerra Mundial, foi perseguido pelos nazistas e 
viveu na clandestinidade por cause de seu ativismo político. 
A sua Teoria sobre o desenvolvimento está intimamente ligada à dimensão 
psicogenética e interacionista. Wallon fez inúmeras publicações dirigidas a 
professores; em sua obra foca a formação do professor e aponta para a importância 
do papel dele tem dentro da relação ensino aprendizagem. 
Wallon indica que a relação ensino aprendizagem apenas pode ser analisada 
como uma unidade, pois são lados de uma mesma moeda, na qual a relação 
professor aluno é um fator determinante. 
Ambos (professor e aluno) são sujeitos concretos e historicamente determinados 
e trazem bagagem cultural, experiências que o meio lhes propiciou. Aluno e 
professor estão em desenvolvimento durante o processo, que é aberto e inacabado, 
sempre. Ao ensinar, o professor está promovendo o desenvolvimento do aluno e 
o seu próprio.
O professor deve confiar, incondicionalmente, na disposição do aluno de 
aprender. Junto aos conhecimentos teóricos, é também relevante para o professor 
a sensibilidade, a curiosidade e sua habilidade de observação sobre o que acontece 
na relação ensino aprendizagem. Para o professor, os conceitos e princípios 
proclamados na teoria de Wallon são instrumentos que auxiliam na compreensão 
do processo de construção da pessoa humana, inserido em um contexto cultural que 
Figura 7
Fonte: Wikimedia Commons
22
23
o seu tempo lhe oferece. A ação educativa do professor deve ser fundamentada pelo 
conhecimento da natureza e do desenvolvimento da criança, observação sistemática 
da capacidade e das necessidades de seus alunos. E, ainda, ter um olhar para a 
dimensão afetiva da relação ensino aprendizagem, com base na Psicologia Infantil.
Suas ideias e escritos nos levam a pensar que o professor, ao realizar suas 
funções cotidianas na Escola, demonstra inúmeros saberes que são temporais 
e plurais. Esses saberes são construídos em um tempo e espaço determinados 
social e culturalmente, diante de sua formação profissional. Ou seja está em jogo, 
também, a visão de mundo do professor, suas concepções, crenças e valores. 
Sobre a formação do professor, além dos conhecimentos relativos à criança, ainda 
demanda-se o estudo do meio, ou dos meios, em que ela se desenvolve.
Das temáticas abordadas por esse pensador, a Afetividade ganha destaque em 
seus escritos. Wallon defende que, no decorrer de todo o desenvolvimento hu-
mano, a afetividade tem papel fundamental. Tem a função de comunicação nos 
primeiros meses de vida, manifestando-se, basicamente, por meio de impulsos 
emocionais. É a afetividade que estabelece os primeiros contatos da criança com o 
mundo externo. 
Segundo Almeida & Mahoney (2005), a afetividade refere-se à capacidade, 
à disposição de o ser humano ser afetado pelo mundo exterior/interior, por 
sensações ligadas às tonalidades agradáveis e desagradáveis. Ser afetado e reagir 
com atividades (internas ou externas) que a situação desperta.
A afetividade é a forma inicial de interação com o meio e a motivação primeira 
do movimento. À medida que o movimento proporciona experiências à criança, 
ela vai respondendo por meio de emoções. A afetividade é o elemento mediador 
das relações sociais. É pela afetividade que a criança irá notar as diferenças dela e 
do ambiente que a cerca. É primordial para a criança perceber as diferenças entre 
o meio e ela própria, na etapa inicial de seu desenvolvimento.É importante lembrar que para Wallon não há dicotomia entre a afetividade e a 
cognição, ou a afetividade e o ato motor. Esses são fatores que estão presentes no 
desenvolvimento humano, em relação dialética e indissociável entre eles. 
Essas dimensões atuam em conjunto e se estabelecem nas interações humano-
-sociais. Wallon propõe que a afetividade, o ato motor (motricidade), e o co-
nhecimento da pessoa (cognição) são os domínios ou campos funcionais que a 
criança desvendará no decorrer de seu desenvolvimento e que devem ser entendi-
dos conjuntamente. 
Dessa maneira, estabelece-se o eixo principal da teoria de Wallon, que é a visão 
integradora do desenvolvimento humano, que passa pela dimensão cognitiva-
afetiva-motora da criança.
Em sua evolução, a afetividade é marcada por três momentos: a emoção, na 
qual predomina a ativação fisiológica; o sentimento, o predomínio da ativação 
representacional, e a paixão, a ativação do autocontrole. Percebemos aqui a 
relação intrínseca entre fatores sociais e orgânicos de desenvolvimento humano.
23
UNIDADE Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
Almeida e Mahoney (2003, p.12) argumentam sobre a questão:
A teoria aponta para duas ordens de fatores que irão constituir as 
condições em que emergem as atividades de cada estágio: fatores 
orgânicos e fatores sociais. Será no mergulho do organismo em dada 
cultura, em determinada época, que se desenvolverão as características 
de cada estágio. A interação entre esses fatores define as possibilidades 
e os limites dessas características. A existência individual como estrutura 
orgânica e fisiológica está enquadrada na existência social de sua época.
Com essa citação, queremos reafirmar que a emoção, o sentimento e a paixão 
resultam de fatores orgânicos e sociais e correspondem a diferentes configurações 
e predomínios de nosso desenvolvimento, e que se realizam em estágios, como 
veremos, de forma sucinta, a seguir.
Os Estágios do Desenvolvimento Humano para Wallon
Assim como Piaget, Wallon também descreve o desenvolvimento infantil em 
momentos ou estágios do desenvolvimento humano. Sua dimensão temporal vai do 
nascimento até a morte e está distribuída em estágios que expressam características 
próprias e cuja configuração será determinada histórica e culturalmente.
Os estágios não são estanques, não cessam quando o outro estágio surge; 
apenas há predominância de um sobre o outro, numa relação dialética, ou seja, 
são contraditórias e complementares entre si. 
Entretanto, cada estágio é considerado um sistema completo em si, mas se torna 
visível a presença de todos os componentes na construção da pessoa humana. 
Wallon caracteriza os estágios da seguinte forma:
Estágio impulsivo-emocional (de 0 a 1 ano) – Nesse estágio, aparecem os 
primeiros movimentos, que são bruscos e desarranjados. Todavia, a criança expressa 
sua afetividade por meio desses movimentos, respondendo, principalmente, a 
sensibilidades corporais. O desenvolvimento orgânico predomina; seus gestos e 
movimentos são caracterizados por notória impulsividade motora. A criança passa 
por um momento de total dependência do mundo adulto e de sua maturação 
fisiológica. A passagem para o estágio seguinte caracteriza-se pela mudança das 
atividades reflexas e afetivas para uma atividade relacional e de exploração do 
ambiente que a cerca.
Estágio sensório-motor e projetivo (de 1 a 3 anos) – Paulatinamente, o interesse 
da criança volta-se para a exploração do espaço físico, que se expressa no seu 
movimento de agarrar, manipular os objetos ou se locomover. Relaciona sons que 
emite com objetos que manipula ou aponta, na intenção de nomeá-los. É quando 
está prestes a dominar a fala e o andar; a criança se volta para o mundo externo 
em intenso contato com os objetos e as pessoas do seu convívio. É a fase dos 
porquês, para melhor compreender o funcionamento, a utilidade e o nome das 
coisas e dos objetos.
24
25
Estágio do personalismo (de 3 a 6 anos) – Nesse estágio, aparece outro tipo 
de diferenciação, além da diferenciação entre o Eu e o Mundo, a criança começa 
a diferenciar o Eu e o Outro. É a fase que desponta singularidade humana, de se 
descobrir diferente das outras crianças e do adulto
Estágio categorial: (de 6 a 11 anos) – Neste estágio, acentua-se a diferenciação entre 
o eu e o outro. Com ele, aparecem as condições mais estáveis para a exploração abstra-
ta do mundo externo e concreto, mediante atividades de agrupamento, classifi cação, 
categorização em vários níveis de abstração, até chegar ao pensamento categorial.
Estágio puberdade e adolescência (de 11 anos em diante) – Nesse estágio, irá 
aparecer a exploração de si mesmo, na busca de uma identidade autônoma, mediante 
atividades de autoafi rmação e de questionamentos. A necessidade do apoio dos 
pares, com a formação de turmas ou grupos de interesse, para se fortalecer e se 
contrapor aos valores do mundo dos adultos com quem convive. Esses valores que, 
a princípio, eram contrários à sua forma de pensar e agir, paulatinamente, por meio 
das determinações históricas e culturais, vão sendo incorporadas ao adolescente, 
impulsionando-o para a vida adulta, possibilitando escolhas mais assertivas para os 
diferentes desafi os que a vida nos impõe.
Saiba mais sobre a Teoria de Wallon e suas contribuições para a Educação assistindo ao vídeo 
da Coleção Grandes Educadores em: https://youtu.be/HGTbP5knhRQEx
pl
or
Contribuições de Sigmund Freud, Erik 
Erikson e Urie Bronfenbrenner
Figura 8 – Figura 8 – Freud, Erikson e Bronfenbrenner
Fontes: Wikimedia Commons
Como dissemos anteriormente, existem várias concepções acerca do desenvol-
vimento humano. 
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UNIDADE Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
Embora, atualmente, as mais influentes em Educação sejam as já apresentadas 
Teorias Interacionistas, outras teorias também são importantes e oferecem contri-
buições significativas e, ainda que nem sempre pensadas originalmente com fins 
educacionais, destacamos aqui três Teorias que serão apresentadas resumidamente, 
para que você possa continuar seus estudos, se assim desejar.
A Teoria do Desenvolvimento Psicossexual, de Sigmund Freud
Sigmund Freud (1856-1939) é mundialmente famoso por ter criado a Psicanálise 
e por seus numerosos trabalhos desenvolvidos entre o final do século XIX e o início 
do século XX, embora não possa ser considerado um pedagogo ou educador, já que 
em seus trabalhos não desenvolvem nenhuma reflexão razoavelmente sistemática 
sobre os fins e meios da Educação.
Freud acreditava que a personalidade se formava nos primeiros anos da vida 
e que nesse período as crianças passavam por conflitos inconscientes entre seus 
impulsos biológicos inatos e as exigências da sociedade, o que incluía a Educação. 
Ele propôs que esses conflitos ocorriam em uma sequência invariável de fases 
do desenvolvimento psicossexual, baseadas na maturação (por isso mais biológicas 
do que interacionistas), em que o prazer muda de uma zona corporal para outra. 
Assim, cada zona é responsável pelo nome de cada fase. 
Os estágios do desenvolvimento psicossexual para Freud são: Fase oral 
(nascimento aos 12-18 meses), cuja principal fonte de prazer do bebê envolve 
atividades ligadas à boca (sugar e alimentar-se); Fase anal (12-18 meses aos 3 anos): 
as crianças obtém gratificação sexual retendo ou expelindo fezes; Fase fálica (3 aos 6 
anos): as crianças se tornam apegadas ao genitor do sexo oposto e, posteriormente, 
identificam-se com o genitor do mesmo sexo. A zona de gratificação transfere-se para 
a região genital; Período de Latência (6 anos à puberdade): época relativamente 
calma, comparada às fases anteriores; Fase genital (puberdade à idade adulta): 
ressurgimento dos impulsos sexuais da fase fálica, dirigidos à sexualidade madura 
(PAPALIA; OLDS & FELDMAN,2006). 
A Teoria do Desenvolvimento Psicossocial, de Erik Erikson
Enquanto Freud sustentava que as experiências da infância moldavam perma-
nentemente a personalidade, Erik Erikson (1902-1994) desenvolveu sua Teoria, que 
abrange oito estágios do desenvolvimento da personalidade ao longo do ciclo vital. 
Cada estágio envolve uma “crise” da personalidade, uma questão de desenvol-
vimento que é particularmente importante naquele momento e que continuará a 
ter alguma relevância durante toda a vida. As crises surgem de acordo com um 
cronograma de maturação e devem ser satisfatoriamente resolvidas para um de-
senvolvimento saudável. 
26
27
A teoria de Eriskon sustentou-se melhor do que a de Freud, principalmente 
por sua ênfase nas influências sociais e culturais e no desenvolvimento depois da 
adolescência (PAPALIA; OLDS & FELDMAN, 2006). 
Os estágios de Erikson são: 1. Confiança versus Desconfiança (nascimento 
aos 12-18 meses): o bebê desenvolve a ideia de se o mundo é bom e seguro 
ou não; 2. Autonomia versus Vergonha e Dúvida (segundo e terceiro anos): 
a criança desenvolve um equilíbrio entre independência e autossuficiência, e 
vergonha e dúvida; 3. Iniciativa versus Culpa (quarto e quinto anos): a criança 
desenvolve iniciativa quando experimenta novas atividades e não é dominada pela 
culpa; 4. Construtividade versus Inferioridade (dos 6 aos 11 anos): a criança 
deve aprender habilidades culturais ou enfrentar sentimentos de incompetência; 
5. Identidade versus Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos): o adolescente 
deve determinar seu sentido pessoal de identidade (quem sou eu?) ou sentir 
confusão sobre papéis; 6. Intimidade versus Isolamento (jovem adulto): a 
pessoa procura formar compromissos com os outros; em caso de fracasso, pode 
sofrer de isolamento; 7. Geratividade versus Estagnação (meia idade): o adulto 
maduro preocupa-se em estabelecer e orientar a nova geração ou, então, sente 
empobrecimento pessoal; 8. Integridade X Desespero (velhice): o idoso alcança a 
aceitação da própria vida, o que lhe permite aceitar a morte ou, então, se desespera 
pela incapacidade de reviver a vida.
A Teoria bioecológica, de Urie Bronfenbrenner
Uma das mais recentes e atualmente influentes Teorias é a Teoria Bioecológica, 
do psicólogo norte-americano Urie Bronfenbrenner (1917-2005). Segundo essa 
Teoria, todo organismo biológico desenvolve-se dentro de um contexto dos sistemas 
ecológicos que favorecem ou prejudicam o seu crescimento. Bronfenbrenner vê o 
processo de desenvolvimento humano como sendo modelado pela interação entre o 
indivíduo e seu ambiente imediato e distante (PAPALIA; OLDS & FELDMAN, 2006). 
Bronfenbrenner propõe que diferentes sistemas interagem e afetam o curso do 
desenvolvimento ao longo da vida. Ao nascer, estamos em um ambiente familiar 
mais restrito, denominado microssistema, no qual as relações face a face são 
estáveis e significativas.
A participação da criança em outros ambientes vai introduzindo um mesossistema, 
que é definido como um conjunto de microssistemas (por exemplo, Escola, creche, 
Igreja), possibilitando a consolidação de diferentes relações e exercitando papéis 
específicos dentro de cada contexto. 
Além disso, existe o exossistema, que são os ambientes nos quais a pessoa 
em desenvolvimento não se encontra presente, mas cujas relações que neles 
existem afetam seu desenvolvimento (por exemplo, as Leis, decisões da escolinha, 
programas do governo, relações dos pais no trabalho). 
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UNIDADE Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
Acima do exossistema, Bronfenbrenner descreve o macrossistema, que abrange 
os sistemas de valores e crenças que permeiam a existência das diversas culturas, 
e que são vivenciados e assimilados no decorrer do processo de desenvolvimento. 
Por fim, ele discute o cronossistema, indicando a dimensão do tempo que afeta 
todos os sistemas.
Para Bronfenbrenner, uma pessoa não é apenas o resultado do desenvolvimento, 
mas também formadora dele. As pessoas influenciam seu próprio desenvolvimento 
por meio de suas características biológicas e psicológicas. Ele enfatiza que as 
pessoas não se desenvolvem isoladamente e salienta que os contextos são inter-
relacionados (PAPALIA; OLDS & FELDMAN, 2006). 
Ao concluir esta Unidade, nós ressaltamos que, longe de esgotar a temática, nosso 
intuito aqui foi apresentar e diferenciar as principais teorias do desenvolvimento 
que contribuem de diferentes maneiras para os processos educativos. 
Além disso, a separação entre as teorias do desenvolvimento e da aprendizagem 
é meramente didática. Por essa razão, elas quase não foram apresentadas aqui e na 
próxima Unidade iremos discutir mais sobre as Teorias da Aprendizagem. 
Contudo, seguindo os princípios da proposta de Bruner sobre o currículo 
em espiral, que mencionamos na Unidade passada, nós iremos sempre 
revisitando conteúdos e agregando informações novas para que você possa ter 
a melhor compreensão sobre a Psicologia da Educação; por isso, as Teorias do 
desenvolvimento também irão ser revisitadas nas próximas Unidades.
28
29
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Jean Piaget, o biólogo que colocou a aprendizagem no microscópio
https://goo.gl/Hya8k9
O sujeito epistêmico de Piaget
https://goo.gl/VDsSRu
Esquemas de ação de Piaget
https://goo.gl/zE5mpx
Lev Vygotsky, o teórico do ensino como processo social
https://goo.gl/qk4glg
Vygotsky e o conceito de zona de desenvolvimento proximal
https://goo.gl/lreeoL
Lev Vygotsky e o Sociointeracionismo
https://goo.gl/3EdBd1
O conceito de afetividade de Henri Wallon
https://goo.gl/clMb68
Henri Wallon e o conceito de emoção
https://goo.gl/FnAqab
Henri Wallon e o conceito de sincretismo
https://goo.gl/tDMLzg
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UNIDADE Teorias do Desenvolvimento Humano e Implicações Pedagógicas
Referências
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2.ed. Rio de Janeiro: 
LTC, 2006.
ALMEIDA L. R.; MAHONEY A. O. Afetividade e processo ensino-aprendizagem: 
contribuições de Henri Wallon. Psic. da Edu., São Paulo, 1.sem., p.11-30, 2005. 
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psie/n20/v20a02.pdf>. Acesso 
em: 31 mar. 2012.
ALMEIDA L. R.; MAHONEY A. O. Henri Wallon – Psicologia e Educação. 3.ed. 
São Paulo: Loyola, 2003.
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução 
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OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-
histórico. São Paulo: Scipione, 2010.
______. Vygotsky e o processo de formação de conceitos. In: LA TAILLE, Y.; 
OLIVEIRA, M. K.; DANTAS, E. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas 
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PAPALIA, D.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 8.ed.
Porto Alegre: Artmed, 2006
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos 
psicológicos superiores. 6.ed. Tradução de José Cipolla Neto. São Paulo: Martins 
Fontes, 1998.
30

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