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Materiais de Construção Civil AGLOMERANTES Cal e Gesso Faculdade Estácio de Sá Grupos de materiais de Construção: Aglomerantes; Agregados; Concretos. Construção Civil AGLOMERANTES INTRODUÇÃO Os aglomerantes são definidos como produtos empregados na construção civil para fixar ou aglomerar outros materiais entre si. Geralmente são materiais em forma de pó, também chamados de pulverulentos que, misturados com a água, formam uma pasta capaz de endurecer por simples secagem ou devido à ocorrência de reações químicas. Existem alguns termos para definir a mistura de um aglomerante com materiais específicos. Entre os mais conhecidos podemos citar: Pasta Argamassa Concreto • Mistura aglomerante + água • Mistura aglomerante + agregado miúdo + água • Mistura aglomerante + agregado miúdo e graúdo + água São produtos empregados para: Rejuntar as alvenarias; Revestir superfícies; Confeccionar peças estruturais Construção Civil INTRODUÇÃO Os aglomerantes podem ser divididos em diferentes classes de acordo com sua composição e mecanismo de endurecimento. Construção Civil INTRODUÇÃO De acordo com o mecanismo de endurecimento, os aglomerantes são classificados em: • AGLOMERANTES QUIMICAMENTE INERTES: seu endurecimento ocorre devido à secagem do material. A argila é um exemplo de aglomerante inerte. • AGLOMERANTES QUIMICAMENTE ATIVOS: seu endurecimento se dá por meio de reações químicas. É o caso da cal e do cimento. Os aglomerantes quimicamente ativos são subdivididos em dois grupos: • AGLOMERANTE AÉREO: são aqueles que conservam suas propriedades e processam seu endurecimento somente na presença de ar. Exemplo: Cal Cálcica:. • AGLOMERANTE HIDRÁULICO: caracterizados por conservarem suas propriedades em presença de ar e água, mas seu endurecimento ocorre sob influência exclusiva da água. Exemplos: O cimento é o principal aglomerante hidráulica Construção Civil INTRODUÇÃO Quanto a sua composição, os aglomerantes são classificados em: • AGLOMERANTES SIMPLES: São formados por apenas um produto com pequenas adicões de outros componentes com o objetivo de melhorar algumas características do produto final. Normalmente as adições não ultrapassam 5% de peso de material. O Cimento Portland, Cal Hidráulica. • AGLOMERANTES COM ADIÇÃO: São compostos por um aglomerante simples com adições produtos fora da especificações do material original, com objetivo de conferir propriedades especiais ao aglomerante, como menor permeabilidade, menor calor de hidratação, menor retração, entre outras. AGLOMERANTE COMPOSTO: formados pela mistura de subprodutos industriais ou produtos de baixo custo com aglomerante simples. O resultado é um aglomerante com custo de produção relativamente mais baixo e com propriedades específicas. Como exemplo, temos o Cimento Pozolânico, Cimento de Alto forno. Construção Civil QUALIDADES ESSENCIAIS PARA OS AGLOMERANTES: De acordo com as aplicações mais frequentes dos aglomerantes, as propriedades mais essenciais são: Resistência Mecânica: Cresce com o tempo; Seu valor final é importante, mas também sua marcha de desenvolvimento; O ideal é um início de endurecimento lento, seguido de um aumento rápido de resistência. Trabalhabilidade: O concreto fresco deve ser adequado para sua aplicação (consistência ideal); Durabilidade: Pastas feitas com aglomerantes, depois de endurecidas, não desagreguem; Motivo da desagregação: presença de compostos inconvenientes. Construção Civil QUALIDADES ESSENCIAIS PARA OS AGLOMERANTES: Construção Civil Petrucci - 1975 Grupos de materiais de Construção: Aglomerantes; • Cal • Gesso • Cimento Agregados; Concretos; Metais; Construção Civil CAL (aérea) • DEFINIÇÃO é um aglomerante simples, resultante da calcinação (queima) de Rochas Calcárias que se apresentam sob diversas variedades. • MATÉRIA PRIMA: A cal pode ser de origem de rochas calcárias ou dolomíticas – compostas por Carbonatos de Cálcio e Magnésio. Minerais essenciais das rochas: Calcita e a Dolomita Calcita: formada pelo CaCO3 ; Dolomita: CaCO3MgCO3 Composição quantitativa de minerais: Alto teor de cálcio, praticamente 100% carbonato de cálcio. (Calcita) Constituída de 54,3% de Carbonato de cálcio e 45,7% de carbonato de magnésio (Dolomita) (Rochas Calcárias ou Contém ainda um teor desprezível de argila cujos principais componente são: SiO2, Al2O3 e Fe2O3. A Cal é considerada aérea, quando a relação entre os componentes argilosos e a cal e inferior a 0,1 (PETRUCCI, 1998) Construção Civil CAL (aérea) • MATÉRIA PRIMA: A Cal é considerada aérea, quando a relação entre os componentes argilosos e a cal e inferior a 0,1 (PETRUCCI, 1998). Construção Civil CÁLCICA DOLOMÍTICA CAL (aérea) • FABRICAÇÃO: Basicamente divide-se em dois processos: 1. Calcinação da matéria prima – calcários puros CaCO3 ou domolíticos (xCaCO3 + yMgCO3), transformando em óxidos de cálcio ou óxidos de cálcio e magnésio e liberando os anidridos carbônicos (CO2). 2. Hidratação do produto de calcinação para obtenção das cales. • A calcinação pode ser feita em fornos verticais ou rotatórios contínuos, que tem como objetivo: Evaporar a água da matéria-prima; Aquecer o calcário à temperatura requerida para dissociação; Expelir CO2 deixando os óxidos (CaO e MgO) livres que constituem a cal. • Resultado da Calcinação: Estrutura porosa denominada de CAL VIRGEM OU CAL VIVA • Dimensões dos grãos é em torno de 10, 15 ou 20cm. Construção Civil CAL (aérea) FABRICAÇÃO: Reações: Construção Civil CaCO3 + Calor CaO + CO2 Calcário alto cálcio Óxido de cálcio (cal virgem) Anidrido carbônico CaCO3.MgCO3 + Calor CaO.MgO + CO2 Dolomita Óxido de cálcio + Óxido de magnésio (cal virgem) Anidrido carbônico Temperatura do processo: entre 1000ºC a 1100ºC Temperatura do processo: entre 900ºC a 1000ºC CAL (aérea) CLASSIFICAÇÃO DA CAL VIRGEM: • Quanto sua composição química: Lembrando que os componentes argilosos devem ter no máximo 5%. • Quanto seu rendimento em pasta: entende-se por rendimento o volume de pasta que se obtém pela extinção da cal com água. Temos: Cal gorda e Cal magra. Cal gorda: quando 1m3 de cal rende mais de 1,82 m3 de pasta ou quando são necessários menos de 550kg de cal para obter 1 m3 de pasta. ( Cal cálcica). Cal magra: quando 1m3 de cal rende menos de 1,82 m3 de pasta ou quando são necessários mais de 550kg de cal para obter 1 m3 de pasta. (Cal Magnesiana). Construção Civil Classificação Porcentagem de CaO em relação aos Óxidos Totais Cálcica ≥ 90 Magnesiana ≥ 65 a ≤ 90 Dolomítica < 65 CAL (aérea) A cal virgem não é ainda o aglomerante utilizado em construção. O óxido deve ser hidratado transformando em hidróxido, que é o constituinte básico do aglomerante cal. A operação de hidratação recebeo nome de EXTINÇÃO. • CAL EXTINTA: é o produto da hidratação da cal virgem, quando a adição de água acontece no local do emprego do material, normalmente no canteiro de obras. • CAL HIDRATADA: quando a extinção se processa na fábrica. REAÇÕES DE HIDRATAÇÃO: • CAL CÁLCICA: • CAL DOLOMÍTICA: Construção Civil CaO + H2O Ca(OH)2 + calor CaO.MgO + H2O Ca(OH)2.MgO + calor CaO.MgO + 2H2O Ca(OH)2.Mg(OH)2 + calor CAL (aérea) EXTINÇÃO: • A água penetra nos poros; • Ocorre as reações promovendo a liberação de calor; • Aparece uma força de expansão interna na partícula de cal; • Provoca sua desintegração, ou seja, tornando-a em um pó. • Formando assim: a cal extinta ou a cal hidratada. Construção Civil CAL (aérea) EXTINÇÃO: • A hidratação é uma reação altamente exotérmica, acompanhada de considerável aumento de volume, podendo atingir temperaturas da ordem de 360° em tanques abertos e da ordem de 450°C em tanques fechados. • Na variedade cálcica, a reação é violenta, com grande liberação de calor, porém na variedade magnesiana, o processo é lento e, consequentemente, a produção de calor é menor. • A cal na forma coloidal resultará numa melhor plasticidade, rendimento e capacidade de sustentação das areias. • Uma observação deve ser dada as cales virgens dolomíticas, ou seja, o óxido de cálcio e óxido de magnésio ambos reagem com a água porém suas reatividades são diferentes entre si. • A cal dolomítica hidratada aplicada em argamassas de revestimento pode causar falha devido à expansão excessiva do Mg(OH)2 livre, resultante da hidratação posterior do óxido de magnésio. Construção Civil CAL (aérea) EXTINÇÃO: • A velocidade de hidratação da cal virgem depende basicamente dos seguintes fatores: Composição química da cal virgem: quanto mais pura for a cal virgem, maior será a velocidade de hidratação; Condições físicas da cal virgem: quanto maior a superfície específica ou mais poroso for o torrão maior será sua velocidade de hidratação; Temperatura de calcinação do calcário: quanto maior a temperatura da calcinação do calcário, menor será a velocidade de hidratação da cal virgem originada. Construção Civil CAL - CICLO DA CAL. Construção Civil CAL (aérea) Conhecido o tipo de material, pode-se definir a maneira mais adequada de realizar a extinção. Um teste simples que pode ser feito em obra: Colocar num balde 2 a 3 pedaços de cal (aproximadamente 1/2 kg cada) e encobri-los com água. Observando quando o material começa a soltar fragmentos. Extinção Rápida Tempo < 5 minutos A cal deve ser jogada de forma lenta para controlar a violência da reação. Extinção Média 5 min < tempo < 30 min. Deve-se adicionar água até submergir parcialmente o material Extinção Lenta tempo > 30 min. a adição de água deve ser suficiente para apenas umedecer o material. Construção Civil CAL (aérea) Uma vez terminado o processo de extinção (a adição de água), a mistura é deixada em repouso num processo conhecido como envelhecimento da pasta, para que a hidratação se complete inteiramente. O período de envelhecimento varia de acordo com o formato do material: • Cal extinta: o período de envelhecimento varia de 7 a 10 dias, quando a variedade é cálcica e 2 semanas para a cal magnesiana. (Cal empregada em revestimento) Amarzenamento: Em depósitos protegidos, nunca em barracões de madeira, que pode ser perigoso. Construção Civil CAL (aérea) HIDRATADA É um aglomerante de origem mineral, pulverulento e que quando misturado com água, forma uma pasta com propriedades aglutinantes. Classificada como aglomerante aéreo, pois quando se apresenta em forma de pasta endurece pela ação química do CO2 proveniente da atmosfera. A cal hidratada difere da cal extinta por ser um produto manufaturado que sofreu o processo de hidratação adequado e com equipamentos apropriados em indústrias; Três estágios para seu processo de extinção: • A cal viva é moída ou pulverizada; • O material moído é completamente misturado com a quantidade exata de água; • Separam-se a cal não-hidratada e as impurezas por peneiramento, por ar ou por outro processo. É comercializada como um produto seco, em forma de flocos de cor branca. Construção Civil CAL (aérea) HIDRATADA VANTAGENS DA CAL HIDRATADA SOBRE A CAL VIRGEM: 1. Maior facilidade de manuseio, transporte e armazenamento; 2. É um produto pronto para ser utilizado, elimina as operações de extinção realizada nos canteiros, e, subsequente, o período de envelhecimento; 3. Não está sujeito aos riscos provocados pela hidratação espontânea da cal viva e por incêndios, que poderão ocorrer durante o transporte e armazenamento. DESVANTAGENS DA CAL HIDRATADA SOBRE A CAL VIRGEM: 1. Menor rendimento econômico; 2. Menor capacidade de sustentação da areia (baixa proporção de coloides); 3. Resulta em argamassas menos trabalháveis (menor plasticidade). Construção Civil CAL (aérea) HIDRATADA A cal hidratada para argamassas: NBR 7175/1992. A cal hidratada pode ser designada conforme o teor de óxidos não hidratados e carbonatos: a) CH-I – cal hidratada especial - Quando constituída essencialmente de hidróxido de cálcio ou de uma mistura de hidróxido de cálcio e hidróxido de magnésio, com teor de gás carbônico igual ou menor que 5%. b) CH – II – cal hidratada comum - Quando constituída essencialmente de uma mistura de hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio, e óxido de magnésio, com teor de gás carbônico igual ou menor que 5%, sem limites para os teores de óxidos não hidratados. c) CH – III – cal hidratada comum com carbonatos - Quando constituída essencialmente de uma mistura de hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio e óxido de magnésio, com teor de gás carbônico igual ou menor que 13%. A cal hidratada especial é sempre recomendada no preparo de argamassa de revestimento. Construção Civil CAL HIDRATADA A cal hidratada difere da cal virgem por ser um produto manufaturado que sofreu em usina o processo de hidratação. A cal hidratada é comercializada como um produto seco, em forma de flocos de cor branca. Construção Civil CAL HIDRATADA Para determinar a qualidade da cal hidratada, é necessário que esse produto sofra alguns ensaios padronizados.Alguns exemplos: Plasticidade: plasticímetro EMLEY. Finura: resíduos em peneiras nº 30 (0,600mm) e nº 200 (0,075mm). Retenção de água: funil de Buchner modificado Consistência: densidade ou coesão entre as partículas da massa de um corpo. É medida pelo ensaio de penetração da agulha. Construção Civil CAL HIDRATADA X CAL HIDRÁULICA CAL HIDRATADA => aglomerante aéreo Depois de endurecidos, não resistem bem quando imersos na água. Devem ser usados apenas em contato com o ar. Em geral precisam de componentes do ar para endurecer. Exemplos principais: • Cal Cálcica • Cal Magnesiana CAL HIDRÁULICA => aglomerante hidráulico. Depois de endurecidos, resistem bem a água. O endurecimento dos aglomerantes hidráulicos se dá por ação exclusiva da água (reação de hidratação), semelhante ao cimento. Produzido através do calcário argiloso (marga – contendo 35 a 60% de argila). Construção Civil CAL HIDRATADA X CAL HIDRÁULICA Construção Civil CAL Na construção civil, a cal é utilizada principalmente em argamassas de assentamento e revestimento, pinturas, misturas asfálticas, estabilização de solos, fabricação de blocos sílico-calcários, indústria metalúrgica, etc. A adição de cal às argamassas proporciona melhorias em muitas características da mistura. Aumento da plasticidade, melhora a trabalhabilidade da mistura, que é a facilidade de aplicação. Contribui para tornar as argamassas mais econômicas pelo aumento na quantidade de agregados (rendimento). O custo reduzido da cal também contribui para tornar seu uso atrativo. Aumenta a retenção de água, o que melhora a aderência entre os elementos da construção, pois a argamassa cede água gradativamente para os elementos onde é empregada. Redução do fenômeno de retração, que é a diminuição de volume capaz de gerar o aparecimento de fissuras. Construção Civil CAL Algumas observações interessantes: Os revestimentos feitos de argamassa de cal e areia devem ser executados em camadas finas, com intervalo de aproximadamente 10 dias entre uma camada e outra para possibilitar o endurecimento completo do material. As pinturas à base de cal possuem propriedades fungicidas e bactericidas. Além disso, a cal pode ser utilizada para a separação da escória, que é um resíduo da fabricação de aço para a construção civil. Armazenamento da cal deve ser feito em depósitos suficientemente protegidos; Armazenamento em recipientes ou depósitos de madeira, ou material semelhante, é perigoso porque o calor gerado pela extinção da cal ao ar pode ser suficiente para provocar um incêndio; Construção Civil CAL Aplicações da cal na construção na construção civil: Na construção de edificações: • Produção de argamassas simples (cal e areia) e mistas (cimento, cal e areia): utilizadas para revestimento (reboco e emboço); assentamento de alvenarias e acabamentos; • Preparo de pinturas para paredes e forros: Caiação simples é a pintura mais econômica. • Na indústria: Fabricação de blocos silício-calcário (cal e agregados finos – autoclave); Fabricação de tijolos de solo e cal; Fabricação de refratários; Fabricação de aço; Construção Civil CAL – uso em argamassas Construção Civil Fonte: apostila do Prof. José de A. Freitas Jr. da UFPR CAL – uso em argamassas Construção Civil Fonte: apostila do Prof. José de A. Freitas Jr. da UFPR CAL – uso em argamassas Construção Civil Fonte: apostila do Prof. José de A. Freitas Jr. da UFPR GESSO • Evaporito: É uma rocha sedimentar formada pela precipitação químicas dos sais dissolvidos em um meio aquoso, devido ao processo de evaporação. Seu precipitado gera depósitos de carbonatos, sulfatos, boratos e cloretos. • Gipso: É um minério mais comum dos sulfatos, encontrados extensivamente em muitos lugares do mundo, contendo a gipsita (CaSO4 . 2H2O), anidrita (CaSO4) e algumas impurezas. É a matéria prima de produção do gesso de construção. • Gipsita: É o mineral composto de CaSO4 . 2H2O, mineral essencial do gipso. • Hemidratado β: Produzido a partir da calcinação do gipso, com fórmula química CaSO4 . 0,5H2O. Construção Civil GESSO • Anidrita III: Também camada de anidrita solúvel; é a fase intermediária ao hemidrato e à anidrita II, de fórmula química CaSO4 . εH2O. Sua fórmula indica que esse produto pode conter um teor de água de cristalização variável. Reage rapidamente com a água. • Anidrita II: Produzida a 350ºC, é também chamada de anidrita insolúvel ou supercalcinada. Reagem lentamente com a água. • Anidrita I: Obtida pela calcinação da gipsita à 1.200 – 1.100 ºC, também chamada de anidrita de alta temperatura. A presença de CaO a diferencia da anidrita II. Tem pega e endurecimento lento.. Construção Civil GESSO DE CONSTRUÇÃO: • DEFINIÇÃO: É o material conhecido na literatura como “gypsum calcined” ou “plâtre de Paris”, produzido por calcinação do minério gipso, constituído essencialmente por: sulfatos de cálcio hemidrato; anidrita solúvel (III) anidrita insolúvel (I e II); gipsita procedente da matéria-prima; aditivos retardadores do tempo de pega. Construção Civil GESSO DE CONSTRUÇÃO: • sulfatos de cálcio hemidrato: É a fase presente em maior teor; anidrita solúvel (III): Fase muito reativa, age como acelerador de pega; anidrita insolúvel (II): Supercalcinada – reage lentamente com a água, podendo levar sete dias para se hidratar. anidrita insolúvel (I): – Fase de pega e endurecimento lento. gipsita procedente da matéria-prima: presente no produto devido ao tempo de calcinação insuficiente ou moagem grossa da matéria-prima. Construção Civil GESSO A transformação da gipsita em gesso ocorre por meio de 3 etapas: • a extração da rocha, realizada a céu aberto. • a diminuição de tamanho da mesma por processos de trituração e • a queima do material (calcinação). Calcinação: 1 forno: produz hemidrato puro ou contendo também gipsita ou anidrita. 2 fornos: produzem hemidrato e anidrita em separado. • moagem e seleção da granulometria de acordo com a utilização; • armazenamento em silos e estabili- zação; • ensacamento (protegido de umidade) e comercialização. Construção Civil GESSONo Brasil, a gipsita é encontrada em jazidas no Norte e Nordeste, cujas reservas são calculadas em 407 milhões de toneladas. Tais reservas são pequenas comparadas as existentes na França e Estados Unidos, que devido a abundância do material, utilizam ou puro ou em argamassa, misturando-o com a areia. No Brasil, o gesso é pouco empregado como aglomerante e mais utilizado em fins ornamentais. Construção Civil GESSO Construção Civil GESSO (Fabricação) Construção Civil GESSO (Fabricação) Construção Civil GESSO A produção do gesso é feita pela desidratação da gispsita, por meio do cozimento industrial em fornos do tipo marmita ou rotativo. No forno de marmita, a gipsita pulverizada é aquecida dentro de um grande recipiente (10 a 20 ton), onde o material é aquecido e agitado por fogo indireto. No forno rotativo usa um processo mais econômico para calcinação do gesso. São fornos sem revestimentos refratários, que produzem 100 ton/dia de gesso. Qualquer gesso comercial possui sempre percentual de hemidratado e, em menores percentuais, os gessos dihidratados e anidros em suas 2 formas: solúvel e insolúvel. Quanto maior o percentual de hemidratado, maior será o poder aglomerante do gesso. Construção Civil Forno Marmita Forno Rotativo GESSO Propriedades Físicas e Mecânicas: Pega e Endurecimento: Pega: inicia-se, praticamente, a partir do momento em que a água entra em contato com o gesso (Mistura está se solidificando); Endurecimento: depois da pega, o gesso continua a endurecer e ganhar resistência. A velocidade de endurecimento das massas de gesso depende dos seguintes fatores: • Temperatura e tempo de calcinação; • Finura; • Quantidade de água de amassamento • Presença de impurezas ou aditivos. Construção Civil GESSO Propriedades Físicas e Mecânicas: Pega e Endurecimento: Temperatura e tempo de calcinação: • A calcinação realizada em temperaturas elevadas ou durante tempo mais longo conduz à produção de material de pega mais lenta, porem de maior resistência. • O gesso Paris, que é constituído de hemidrato puro, dá a pega em poucos minutos; • O sulfato-anidro solúvel (Anidrita III), transforma em hemidrato rapidamente.. • O sulfato-anidro insolúvel (Anidrita II), tem pega lenta. • Gesso hidráulico (Anidrita I), tem pega e endurecimento lento. Construção Civil GESSO Propriedades Físicas e Mecânicas: Pega e Endurecimento: Finura: • O aumento da finura do Gesso, ou seja, aumento da superfície específica, promove pega mais rápida e ganho de resistência. Quantidade de água: • O excesso de água atua como retardador da pega. Quanto menos água adicionar, mais rápida é a pega. Também tem efeito sobre a resistência pois a evaporação posterior de água, que sobra na hidratação, leva a um material poroso e baixa resistência. Presença de impurezas: • A presença da impurezas, que naturalmente ocorre na Gipsita, diminui a velocidade de endurecimento. • A pasta de gesso endurecida tem resistência mecânica muito diferente, de acordo com a água de embebição. Construção Civil GESSO Propriedades Físicas e Mecânicas: A resistência mecânica: • A pasta, depois de endurecida, atinge a resistência à tração entre 0,7 e 3,5MPa; • À compressão entre 5 e 15MPa • Observação: as argamassas de gesso com exagero na proporção de areia alcançam resistência à tração e compressão muito reduzida. Aderência: • Argamassa de gesso aderem muito bem ao tijolo, pedra e ferro, e aderem mal às superfícies de madeira. Todavia, a aderência ferro-gesso apresente defeito de ser instável e provoca a corrosão do metal. Construção Civil GESSO Propriedades Físicas e Mecânicas: Isolamento Térmico: • Sua condutibilidade térmica do gesso endurecido é de 0,5 cal/h/cm2/ºC/cm • O gesso constitui-se num isolante do tipo médio, da mesma categoria da madeira seca e do tijolo furado. • Dependendo da porosidade de sua estrutura, o gesso pode ser considerado um mal condutor de calor. • Quando o material possuir grandes vazios nos espaços intercristalinos, ou seja, baixa massa específica aparente, apresentará bom isolamento térmico. • O gesso pode apresentar coef. de condutibilidade térmica próximo de 0,3. Construção Civil GESSO Propriedades Físicas e Mecânicas: Proteção contra incêndio: • A elevada resistência ao fogo de pastas e argamassas de gessos é devida à água de cristalização. • Quando a temperatura atinge aproximadamente 130ºC, parte da água de cristalização se liberta e forma um “véu de vapor” que não permite que a temperatura junto ao revestimento ultrapasse 100ºC. • O gesso é, portanto, um material que confere resistência ao fogo aos revestimentos com ele realizados. A água de cristalização é eliminada pelo calor, reduz o material a pó, que não sendo removido, atua como protetor da camada interior do gesso. Construção Civil GESSO Argamassa de Gesso: • Gesso é geralmente empregado na forma de pasta e, raramente sob a forma de argamassa, pois a presença de areia diminui a sua resistência; • No caso de argamassa de Gesso, a areia é adicionada com a finalidade de diminuir o preço do material; • A argamassa de gesso é útil quando há necessidade de superfície lisa; Construção Civil GESSO Gesso para construção civil – Especificação: • Ensaios Físicos e Mecânicos para gesso de construção civil: Determinação das propriedades físicas do pó (NBR 12.127/2017) Granulometria e Massa Unitária Determinação das propriedades físicas da pasta (NBR 12.128/2017) Consistência normal; Tempos de pega. Determinação das propriedades mecânicas da pasta (NBR 12.128/2017) Dureza, Resistência à compressão. Construção Civil GESSO Aplicação do Gesso na Construção Pastas e Argamassas de Gesso para Revestimentos • Generalidades: Gesso usado especialmente em revestimentos e decorações de interiores; O revestimento de gesso em pasta ou argamassa de gesso pode ser feita em uma única camada, ou duas ou mesmo três. O acabamento é sempre excelente. A maioria das argamassas de gesso é a aplicada em 2 ou 3 camadas; Antes que a primeira camada endureça é aconselhável que esta seja arranhada, em duas direções, para aderência da segunda camada; O material em gesso não é útil em aplicações exteriores por se deterioraremcom facilidade. Construção Civil GESSO Aplicação do Gesso na Construção Pastas e Argamassas de Gesso para Revestimentos • Especificação do material gesso: Os materiais, uma vez atendida as recomendações previstas em Normas, devem atender algumas exigências para sua aplicação; O gesso deve ser mantido em lugar seco, fora de contato das paredes com superfícies úmidas ou metálicas; Sacos devem ser colocados em estrados, formados em pilhas que não ultrapassem 20 sacos superpostos; • Especificação dos Agregados: Areias devem ser de preferência silicosas, sendo evitadas aquelas que apresentam maior absorção de água; Construção Civil GESSO Aplicação do Gesso na Construção Pastas e Argamassas de Gesso para Revestimentos • Especificação água de amassamento: Água empregada deve ser limpa, livre de materiais deletérios, evitando o uso de água provenientes de mar ou rio; A água de rede pública pode ser utilizada desde que a quantidade de Ferro (Fe) tem que ser limitada, pois pode causar manchas no gesso; • Especificação de aditivos: Não se recomenda a produção de misturas aditivadas em obras, pois empregando baixos teores de aditivos, poderiam ocorrer problemas de homogeneização; Construção Civil GESSO Atualmente, o gesso é empregado em larga escala no formato de placas, as chamadas paredes leves ou drywall. Essas placas são utilizadas em forros, divisórias, para dar acabamento em uma parede de alvenaria bruta ou em mal estado, ou para melhorar os índices de vedações térmicos ou acústicos do ambiente em que for empregado. Por ser um aglomerante aéreo, não se presta para a aplicação em ambientes externos devido à baixa resistência em presença da água. Construção Civil GESSO ACARTONADO: “DRYWALL” Construção Civil CIMENTO NATURAL O cimento natural resulta do cozimento dos calcários argilosos (teor de argila ± 25%), em temperaturas abaixo da fusão, cerca de 1.000ºC. Resistência dos cimentos naturais é baixa, (50% do CP), devido a composição do calcário não uniforme. Na França e na Alemanha é empregado em condutos (esgotos, água, vedação de fugas e veios de água); Nos EUA é empregado em pavimentação de estradas de rodagem. No Brasil não é empregado e nem fabricado. Sofre pequena retração, bom para argamassas e pastas. Construção Civil CIMENTO POZOLONÂNICO Pozolanas são substâncias siliciosas e aluminosas que podem ocorrer naturalmente (cinzas vulcânicas) ou serem produzidas em instalações industriais (beneficiamento da argila cozida, cinzas volantes e algumas escórias). Com o desenvolvimento da indústria de cimento Portland, a utilização das pozolanas foi abandonada. Recentemente, existe uma tendência de emprego da pozolana por fabricantes de cimento, que, já na produção de cimentos englobam uma proporção desse material. O uso conveniente de pozolanas nos concretos de cimento Portland melhora muitas qualidades desse material, como por exemplo a trabalhabilidade. No entanto, no Brasil, o emprego de escórias de alto-forno ainda demanda necessidade de estudos e experimentação, por ser complexo o comportamento das pozolanas artificiais, uma vez que sua constituição é muito variável. Construção Civil CIMENTO PORTLAND Material obtido pela cozedura até a fusão incipiente de uma mistura calcário-argilosa (clínquer). Construção Civil CIMENTO PORTLAND Construção Civil
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