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Biblioteca_1501974

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Materiais de Construção 
Civil 
 
 
AGLOMERANTES 
Cal e Gesso 
 
 
Faculdade Estácio de Sá 
 
 
 
Grupos de materiais de Construção: 
 
 Aglomerantes; 
 Agregados; 
 Concretos. 
Construção Civil 
 
 
 AGLOMERANTES 
INTRODUÇÃO 
 Os aglomerantes são definidos como produtos empregados na construção civil para 
fixar ou aglomerar outros materiais entre si. 
 Geralmente são materiais em forma de pó, também chamados de pulverulentos que, 
misturados com a água, formam uma pasta capaz de endurecer por simples secagem 
ou devido à ocorrência de reações químicas. 
 Existem alguns termos para definir a mistura de um aglomerante com materiais 
específicos. Entre os mais conhecidos podemos citar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pasta 
Argamassa 
Concreto 
• Mistura aglomerante + água 
• Mistura aglomerante + 
agregado miúdo + água 
• Mistura aglomerante + agregado 
miúdo e graúdo + água 
São produtos empregados 
para: 
 Rejuntar as alvenarias; 
 Revestir superfícies; 
 Confeccionar peças 
estruturais 
Construção Civil 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 Os aglomerantes podem ser divididos em diferentes classes de acordo com sua 
composição e mecanismo de endurecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 De acordo com o mecanismo de endurecimento, os aglomerantes são classificados 
em: 
• AGLOMERANTES QUIMICAMENTE INERTES: 
seu endurecimento ocorre devido à secagem do material. 
A argila é um exemplo de aglomerante inerte. 
• AGLOMERANTES QUIMICAMENTE ATIVOS: 
seu endurecimento se dá por meio de reações químicas. 
É o caso da cal e do cimento. 
 Os aglomerantes quimicamente ativos são subdivididos em dois grupos: 
• AGLOMERANTE AÉREO: são aqueles que conservam suas propriedades e 
processam seu endurecimento somente na presença de ar. Exemplo: Cal Cálcica:. 
• AGLOMERANTE HIDRÁULICO: caracterizados por conservarem suas propriedades 
em presença de ar e água, mas seu endurecimento ocorre sob influência exclusiva da 
água. Exemplos: O cimento é o principal aglomerante hidráulica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 Quanto a sua composição, os aglomerantes são classificados em: 
• AGLOMERANTES SIMPLES: São formados por apenas um produto com pequenas 
adicões de outros componentes com o objetivo de melhorar algumas características do 
produto final. Normalmente as adições não ultrapassam 5% de peso de material. 
O Cimento Portland, Cal Hidráulica. 
• AGLOMERANTES COM ADIÇÃO: São compostos por um aglomerante simples com 
adições produtos fora da especificações do material original, com objetivo de conferir 
propriedades especiais ao aglomerante, como menor permeabilidade, menor calor de 
hidratação, menor retração, entre outras. 
AGLOMERANTE COMPOSTO: formados pela mistura de subprodutos industriais ou 
produtos de baixo custo com aglomerante simples. O resultado é um aglomerante com 
custo de produção relativamente mais baixo e com propriedades específicas. 
Como exemplo, temos o Cimento Pozolânico, Cimento de Alto forno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
QUALIDADES ESSENCIAIS PARA OS AGLOMERANTES: 
 De acordo com as aplicações mais frequentes dos aglomerantes, as propriedades 
mais essenciais são: 
 Resistência Mecânica: 
 Cresce com o tempo; 
 Seu valor final é importante, mas também sua marcha de desenvolvimento; 
 O ideal é um início de endurecimento lento, seguido de um aumento rápido 
de resistência. 
 Trabalhabilidade: 
 O concreto fresco deve ser adequado para sua aplicação (consistência 
ideal); 
 Durabilidade: 
 Pastas feitas com aglomerantes, depois de endurecidas, não desagreguem; 
 Motivo da desagregação: presença de compostos inconvenientes. 
 
 
Construção Civil 
QUALIDADES ESSENCIAIS PARA OS AGLOMERANTES: 
Construção Civil 
Petrucci - 1975 
Grupos de materiais de Construção: 
 
 Aglomerantes; 
• Cal 
• Gesso 
• Cimento 
 Agregados; 
 Concretos; 
 Metais; 
 
Construção Civil 
CAL (aérea) 
• DEFINIÇÃO 
é um aglomerante simples, resultante da calcinação (queima) de Rochas Calcárias que se 
apresentam sob diversas variedades. 
• MATÉRIA PRIMA: 
 A cal pode ser de origem de rochas calcárias ou dolomíticas – compostas por 
Carbonatos de Cálcio e Magnésio. 
 Minerais essenciais das rochas: Calcita e a Dolomita 
 Calcita: formada pelo CaCO3 ; Dolomita: CaCO3MgCO3 
 Composição quantitativa de minerais: 
 Alto teor de cálcio, praticamente 100% carbonato de cálcio. (Calcita) 
 Constituída de 54,3% de Carbonato de cálcio e 45,7% de carbonato de magnésio 
(Dolomita) 
 (Rochas Calcárias ou Contém ainda um teor desprezível de argila cujos principais 
componente são: SiO2, Al2O3 e Fe2O3. 
A Cal é considerada aérea, quando a relação entre os componentes argilosos e a cal e inferior a 
0,1 (PETRUCCI, 1998) 
Construção Civil 
CAL (aérea) 
• MATÉRIA PRIMA: 
 A Cal é considerada aérea, quando a relação entre os componentes argilosos 
e a cal e inferior a 0,1 (PETRUCCI, 1998). 
Construção Civil 
CÁLCICA 
DOLOMÍTICA 
CAL (aérea) 
• FABRICAÇÃO: 
 Basicamente divide-se em dois processos: 
1. Calcinação da matéria prima – calcários puros CaCO3 ou domolíticos (xCaCO3 
+ yMgCO3), transformando em óxidos de cálcio ou óxidos de cálcio e magnésio 
e liberando os anidridos carbônicos (CO2). 
2. Hidratação do produto de calcinação para obtenção das cales. 
• A calcinação pode ser feita em fornos verticais ou rotatórios contínuos, que tem 
como objetivo: 
 Evaporar a água da matéria-prima; 
 Aquecer o calcário à temperatura requerida para dissociação; 
 Expelir CO2 deixando os óxidos (CaO e MgO) livres que constituem a cal. 
• Resultado da Calcinação: Estrutura porosa denominada de CAL VIRGEM OU 
CAL VIVA 
• Dimensões dos grãos é em torno de 10, 15 ou 20cm. 
Construção Civil 
CAL (aérea) 
FABRICAÇÃO: 
Reações: 
Construção Civil 
CaCO3 + Calor CaO + CO2 
Calcário 
alto cálcio 
Óxido de cálcio 
(cal virgem) 
Anidrido 
carbônico 
CaCO3.MgCO3 + Calor CaO.MgO + CO2 
Dolomita Óxido de cálcio 
+ Óxido de 
magnésio (cal 
virgem) 
Anidrido 
carbônico 
Temperatura do processo: entre 1000ºC a 1100ºC 
Temperatura do processo: entre 900ºC a 1000ºC 
CAL (aérea) 
CLASSIFICAÇÃO DA CAL VIRGEM: 
• Quanto sua composição química: 
 
 
 
 
 
 
 
Lembrando que os componentes argilosos devem ter no máximo 5%. 
• Quanto seu rendimento em pasta: 
entende-se por rendimento o volume de pasta que se obtém pela extinção da cal com 
água. 
Temos: Cal gorda e Cal magra. 
Cal gorda: quando 1m3 de cal rende mais de 1,82 m3 de pasta ou quando são 
necessários menos de 550kg de cal para obter 1 m3 de pasta. ( Cal cálcica). 
Cal magra: quando 1m3 de cal rende menos de 1,82 m3 de pasta ou quando são 
necessários mais de 550kg de cal para obter 1 m3 de pasta. (Cal Magnesiana). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
Classificação Porcentagem de CaO em 
relação aos Óxidos Totais 
Cálcica ≥ 90 
Magnesiana ≥ 65 a ≤ 90 
Dolomítica < 65 
CAL (aérea) 
A cal virgem não é ainda o aglomerante utilizado em construção. O óxido deve ser 
hidratado transformando em hidróxido, que é o constituinte básico do aglomerante 
cal. 
A operação de hidratação recebeo nome de EXTINÇÃO. 
• CAL EXTINTA: é o produto da hidratação da cal virgem, quando a adição de água 
acontece no local do emprego do material, normalmente no canteiro de obras. 
 
• CAL HIDRATADA: quando a extinção se processa na fábrica. 
 
 REAÇÕES DE HIDRATAÇÃO: 
• CAL CÁLCICA: 
 
 
 
• CAL DOLOMÍTICA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
CaO + H2O Ca(OH)2 + calor 
CaO.MgO + H2O Ca(OH)2.MgO + calor 
CaO.MgO + 2H2O Ca(OH)2.Mg(OH)2 + calor 
CAL (aérea) 
 EXTINÇÃO: 
• A água penetra nos poros; 
• Ocorre as reações promovendo a liberação de calor; 
• Aparece uma força de expansão interna na partícula de cal; 
• Provoca sua desintegração, ou seja, tornando-a em um pó. 
• Formando assim: a cal extinta ou a cal hidratada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
CAL (aérea) 
 EXTINÇÃO: 
• A hidratação é uma reação altamente exotérmica, acompanhada de considerável 
aumento de volume, podendo atingir temperaturas da ordem de 360° em 
tanques abertos e da ordem de 450°C em tanques fechados. 
• Na variedade cálcica, a reação é violenta, com grande liberação de calor, porém 
na variedade magnesiana, o processo é lento e, consequentemente, a produção 
de calor é menor. 
• A cal na forma coloidal resultará numa melhor plasticidade, rendimento e 
capacidade de sustentação das areias. 
• Uma observação deve ser dada as cales virgens dolomíticas, ou seja, o óxido de 
cálcio e óxido de magnésio ambos reagem com a água porém suas reatividades 
são diferentes entre si. 
• A cal dolomítica hidratada aplicada em argamassas de revestimento pode 
causar falha devido à expansão excessiva do Mg(OH)2 livre, resultante da 
hidratação posterior do óxido de magnésio. 
Construção Civil 
CAL (aérea) 
 EXTINÇÃO: 
• A velocidade de hidratação da cal virgem depende basicamente dos seguintes 
fatores: 
 Composição química da cal virgem: quanto mais pura for a cal virgem, 
maior será a velocidade de hidratação; 
 Condições físicas da cal virgem: quanto maior a superfície específica ou 
mais poroso for o torrão maior será sua velocidade de hidratação; 
 Temperatura de calcinação do calcário: quanto maior a temperatura da 
calcinação do calcário, menor será a velocidade de hidratação da cal virgem 
originada. 
Construção Civil 
CAL - CICLO DA CAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
CAL (aérea) 
 Conhecido o tipo de material, pode-se definir a maneira mais adequada de realizar a 
extinção. 
 Um teste simples que pode ser feito em obra: 
 
Colocar num balde 2 a 3 pedaços de cal (aproximadamente 1/2 kg cada) e encobri-los 
com água. Observando quando o material começa a soltar fragmentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Extinção 
Rápida 
Tempo 
< 5 minutos 
A cal deve ser jogada de 
forma lenta para controlar 
a violência da reação. 
Extinção
Média 
5 min < 
tempo 
< 30 min. 
Deve-se adicionar água 
até submergir 
parcialmente o material 
Extinção
Lenta 
tempo 
> 30 min. 
a adição de água deve 
ser suficiente para apenas 
umedecer o material. 
Construção Civil 
CAL (aérea) 
Uma vez terminado o processo de extinção (a adição de água), a mistura é deixada em 
repouso num processo conhecido como envelhecimento da pasta, para que a 
hidratação se complete inteiramente. 
 
O período de envelhecimento varia de acordo com o formato do material: 
 
• Cal extinta: o período de envelhecimento varia de 7 a 10 dias, quando a variedade é 
cálcica e 2 semanas para a cal magnesiana. (Cal empregada em revestimento) 
 
Amarzenamento: 
 Em depósitos protegidos, nunca em barracões de madeira, que pode ser perigoso. 
Construção Civil 
CAL (aérea) HIDRATADA 
 É um aglomerante de origem mineral, pulverulento e que quando misturado com 
água, forma uma pasta com propriedades aglutinantes. 
 Classificada como aglomerante aéreo, pois quando se apresenta em forma de pasta 
endurece pela ação química do CO2 proveniente da atmosfera. 
 A cal hidratada difere da cal extinta por ser um produto manufaturado que sofreu o 
processo de hidratação adequado e com equipamentos apropriados em indústrias; 
 Três estágios para seu processo de extinção: 
• A cal viva é moída ou pulverizada; 
• O material moído é completamente misturado com a quantidade exata de água; 
• Separam-se a cal não-hidratada e as impurezas por peneiramento, por ar ou por 
outro processo. 
 É comercializada como um produto seco, em forma de flocos de cor branca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
CAL (aérea) HIDRATADA 
 VANTAGENS DA CAL HIDRATADA SOBRE A CAL VIRGEM: 
1. Maior facilidade de manuseio, transporte e armazenamento; 
2. É um produto pronto para ser utilizado, elimina as operações de extinção 
realizada nos canteiros, e, subsequente, o período de envelhecimento; 
3. Não está sujeito aos riscos provocados pela hidratação espontânea da cal viva 
e por incêndios, que poderão ocorrer durante o transporte e armazenamento. 
 DESVANTAGENS DA CAL HIDRATADA SOBRE A CAL VIRGEM: 
1. Menor rendimento econômico; 
2. Menor capacidade de sustentação da areia (baixa proporção de coloides); 
3. Resulta em argamassas menos trabalháveis (menor plasticidade). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
CAL (aérea) HIDRATADA 
A cal hidratada para argamassas: NBR 7175/1992. 
A cal hidratada pode ser designada conforme o teor de óxidos não hidratados e 
carbonatos: 
a) CH-I – cal hidratada especial - Quando constituída essencialmente de hidróxido de 
cálcio ou de uma mistura de hidróxido de cálcio e hidróxido de magnésio, com teor 
de gás carbônico igual ou menor que 5%. 
b) CH – II – cal hidratada comum - Quando constituída essencialmente de uma mistura 
de hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio, e óxido de magnésio, com teor de 
gás carbônico igual ou menor que 5%, sem limites para os teores de óxidos não 
hidratados. 
c) CH – III – cal hidratada comum com carbonatos - Quando constituída 
essencialmente de uma mistura de hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio e 
óxido de magnésio, com teor de gás carbônico igual ou menor que 13%. 
 
A cal hidratada especial é sempre recomendada no preparo de argamassa de 
revestimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
CAL HIDRATADA 
A cal hidratada difere da cal virgem por ser um produto manufaturado que sofreu em 
usina o processo de hidratação. 
 
 
 
 
 
 
A cal hidratada é comercializada como um produto seco, em forma de flocos de cor 
branca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
CAL HIDRATADA 
Para determinar a qualidade da cal hidratada, é necessário que esse produto sofra 
alguns ensaios padronizados.Alguns exemplos: 
Plasticidade: plasticímetro EMLEY. 
Finura: resíduos em peneiras nº 30 (0,600mm) e nº 200 (0,075mm). 
Retenção de água: funil de Buchner modificado 
Consistência: densidade ou coesão entre as partículas da massa de um corpo. É 
medida pelo ensaio de penetração da agulha. 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
CAL HIDRATADA X CAL HIDRÁULICA 
CAL HIDRATADA => aglomerante aéreo 
Depois de endurecidos, não resistem bem quando imersos na água. 
Devem ser usados apenas em contato com o ar. 
Em geral precisam de componentes do ar para endurecer. 
Exemplos principais: 
• Cal Cálcica 
• Cal Magnesiana 
 
CAL HIDRÁULICA => aglomerante hidráulico. 
Depois de endurecidos, resistem bem a água. 
O endurecimento dos aglomerantes hidráulicos se dá por ação exclusiva da água 
(reação de hidratação), semelhante ao cimento. 
Produzido através do calcário argiloso (marga – contendo 35 a 60% de argila). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
CAL HIDRATADA X CAL HIDRÁULICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
CAL 
Na construção civil, a cal é utilizada principalmente em argamassas de assentamento 
e revestimento, pinturas, misturas asfálticas, estabilização de solos, fabricação de 
blocos sílico-calcários, indústria metalúrgica, etc. 
 
A adição de cal às argamassas proporciona melhorias em muitas características da 
mistura. 
 
 Aumento da plasticidade, melhora a trabalhabilidade da mistura, que é a facilidade 
de aplicação. 
 
 Contribui para tornar as argamassas mais econômicas pelo aumento na quantidade 
de agregados (rendimento). O custo reduzido da cal também contribui para tornar seu 
uso atrativo. 
 
 Aumenta a retenção de água, o que melhora a aderência entre os elementos da 
construção, pois a argamassa cede água gradativamente para os elementos onde é 
empregada. 
 
 Redução do fenômeno de retração, que é a diminuição de volume capaz de gerar o 
aparecimento de fissuras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
CAL 
Algumas observações interessantes: 
 Os revestimentos feitos de argamassa de cal e areia devem ser executados em 
camadas finas, com intervalo de aproximadamente 10 dias entre uma camada e 
outra para possibilitar o endurecimento completo do material. 
 As pinturas à base de cal possuem propriedades fungicidas e bactericidas. Além 
disso, a cal pode ser utilizada para a separação da escória, que é um resíduo da 
fabricação de aço para a construção civil. 
 Armazenamento da cal deve ser feito em depósitos suficientemente protegidos; 
 Armazenamento em recipientes ou depósitos de madeira, ou material semelhante, 
é perigoso porque o calor gerado pela extinção da cal ao ar pode ser suficiente 
para provocar um incêndio; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
CAL 
Aplicações da cal na construção na construção civil: 
 Na construção de edificações: 
• Produção de argamassas simples (cal e areia) e mistas (cimento, cal e areia): 
 utilizadas para revestimento (reboco e emboço); 
 assentamento de alvenarias e acabamentos; 
• Preparo de pinturas para paredes e forros: 
 Caiação simples é a pintura mais econômica. 
• Na indústria: 
 Fabricação de blocos silício-calcário (cal e agregados finos – autoclave); 
 Fabricação de tijolos de solo e cal; 
 Fabricação de refratários; 
 Fabricação de aço; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
CAL – uso em argamassas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
Fonte: apostila do Prof. José de A. Freitas Jr. da UFPR 
CAL – uso em argamassas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
Fonte: apostila do Prof. José de A. Freitas Jr. da UFPR 
CAL – uso em argamassas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
Fonte: apostila do Prof. José de A. Freitas Jr. da UFPR 
GESSO 
• Evaporito: É uma rocha sedimentar formada pela precipitação químicas dos sais 
dissolvidos em um meio aquoso, devido ao processo de evaporação. Seu 
precipitado gera depósitos de carbonatos, sulfatos, boratos e cloretos. 
• Gipso: É um minério mais comum dos sulfatos, encontrados extensivamente em 
muitos lugares do mundo, contendo a gipsita (CaSO4 . 2H2O), anidrita (CaSO4) e 
algumas impurezas. É a matéria prima de produção do gesso de construção. 
• Gipsita: É o mineral composto de CaSO4 . 2H2O, mineral essencial do gipso. 
• Hemidratado β: Produzido a partir da calcinação do gipso, com fórmula química 
CaSO4 . 0,5H2O. 
Construção Civil 
GESSO 
• Anidrita III: 
Também camada de anidrita solúvel; é a fase intermediária ao hemidrato e à anidrita 
II, de fórmula química CaSO4 . εH2O. Sua fórmula indica que esse produto pode 
conter um teor de água de cristalização variável. Reage rapidamente com a água. 
• Anidrita II: 
Produzida a 350ºC, é também chamada de anidrita insolúvel ou supercalcinada. 
Reagem lentamente com a água. 
• Anidrita I: 
Obtida pela calcinação da gipsita à 1.200 – 1.100 ºC, também chamada de anidrita de 
alta temperatura. A presença de CaO a diferencia da anidrita II. Tem pega e 
endurecimento lento.. 
 
 
Construção Civil 
GESSO DE CONSTRUÇÃO: 
 
 
 
• DEFINIÇÃO: 
É o material conhecido na literatura como “gypsum calcined” ou “plâtre de 
Paris”, produzido por calcinação do minério gipso, constituído essencialmente 
por: 
 sulfatos de cálcio hemidrato; 
 anidrita solúvel (III) 
 anidrita insolúvel (I e II); 
 gipsita procedente da matéria-prima; 
 aditivos retardadores do tempo de pega. 
 
Construção Civil 
GESSO DE CONSTRUÇÃO: 
• sulfatos de cálcio hemidrato: É a fase presente em maior teor; 
 
 anidrita solúvel (III): Fase muito reativa, age como acelerador de pega; 
 
 anidrita insolúvel (II): Supercalcinada – reage lentamente com a água, podendo 
levar sete dias para se hidratar. 
 
 anidrita insolúvel (I): – Fase de pega e endurecimento lento. 
 
 gipsita procedente da matéria-prima: presente no produto devido ao tempo de 
calcinação insuficiente ou moagem grossa da matéria-prima. 
 
Construção Civil 
GESSO 
A transformação da gipsita em gesso ocorre por meio de 3 etapas: 
• a extração da rocha, realizada a céu aberto. 
• a diminuição de tamanho da mesma por processos de trituração e 
• a queima do material (calcinação). 
 Calcinação: 
 1 forno: produz hemidrato puro ou contendo também gipsita ou anidrita. 
 2 fornos: produzem hemidrato e anidrita em separado. 
• moagem e seleção da granulometria 
de acordo com a utilização; 
• armazenamento em silos e estabili- 
zação; 
• ensacamento (protegido de umidade) 
e comercialização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
GESSONo Brasil, a gipsita é encontrada em jazidas no Norte e Nordeste, cujas reservas são 
calculadas em 407 milhões de toneladas. Tais reservas são pequenas comparadas as 
existentes na França e Estados Unidos, que devido a abundância do material, utilizam 
ou puro ou em argamassa, misturando-o com a areia. 
No Brasil, o gesso é pouco empregado como aglomerante e mais utilizado em fins 
ornamentais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
GESSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
GESSO (Fabricação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
GESSO (Fabricação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
GESSO 
A produção do gesso é feita pela desidratação da 
gispsita, por meio do cozimento industrial em fornos do 
tipo marmita ou rotativo. 
No forno de marmita, a gipsita pulverizada é aquecida 
dentro de um grande recipiente (10 a 20 ton), onde o 
material é aquecido e agitado por fogo indireto. 
No forno rotativo usa um processo mais econômico para 
calcinação do gesso. São fornos sem revestimentos 
refratários, que produzem 100 ton/dia de gesso. 
Qualquer gesso comercial possui sempre percentual de hemidratado e, em menores 
percentuais, os gessos dihidratados e anidros em suas 2 formas: solúvel e insolúvel. 
Quanto maior o percentual de hemidratado, maior será o poder aglomerante do 
gesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
Forno Marmita 
Forno Rotativo 
GESSO 
Propriedades Físicas e Mecânicas: 
 
Pega e Endurecimento: 
 Pega: inicia-se, praticamente, a partir do momento em que a água entra em 
contato com o gesso (Mistura está se solidificando); 
 Endurecimento: depois da pega, o gesso continua a endurecer e ganhar 
resistência. 
 A velocidade de endurecimento das massas de gesso depende dos seguintes 
fatores: 
• Temperatura e tempo de calcinação; 
• Finura; 
• Quantidade de água de amassamento 
• Presença de impurezas ou aditivos. 
 
Construção Civil 
GESSO 
Propriedades Físicas e Mecânicas: 
Pega e Endurecimento: 
 Temperatura e tempo de calcinação: 
• A calcinação realizada em temperaturas elevadas ou durante tempo mais 
longo conduz à produção de material de pega mais lenta, porem de maior 
resistência. 
• O gesso Paris, que é constituído de hemidrato puro, dá a pega em poucos 
minutos; 
• O sulfato-anidro solúvel (Anidrita III), transforma em hemidrato rapidamente.. 
• O sulfato-anidro insolúvel (Anidrita II), tem pega lenta. 
• Gesso hidráulico (Anidrita I), tem pega e endurecimento lento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
GESSO 
Propriedades Físicas e Mecânicas: 
Pega e Endurecimento: 
 Finura: 
• O aumento da finura do Gesso, ou seja, aumento da superfície específica, 
promove pega mais rápida e ganho de resistência. 
 Quantidade de água: 
• O excesso de água atua como retardador da pega. Quanto menos água 
adicionar, mais rápida é a pega. Também tem efeito sobre a resistência pois a 
evaporação posterior de água, que sobra na hidratação, leva a um material 
poroso e baixa resistência. 
 Presença de impurezas: 
• A presença da impurezas, que naturalmente ocorre na Gipsita, diminui a 
velocidade de endurecimento. 
• A pasta de gesso endurecida tem resistência mecânica muito diferente, de 
acordo com a água de embebição. 
 
Construção Civil 
GESSO 
Propriedades Físicas e Mecânicas: 
A resistência mecânica: 
• A pasta, depois de endurecida, atinge a resistência à tração entre 0,7 e 
3,5MPa; 
• À compressão entre 5 e 15MPa 
• Observação: as argamassas de gesso com exagero na proporção de areia 
alcançam resistência à tração e compressão muito reduzida. 
Aderência: 
• Argamassa de gesso aderem muito bem ao tijolo, pedra e ferro, e aderem mal 
às superfícies de madeira. Todavia, a aderência ferro-gesso apresente defeito 
de ser instável e provoca a corrosão do metal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
GESSO 
Propriedades Físicas e Mecânicas: 
Isolamento Térmico: 
• Sua condutibilidade térmica do gesso endurecido é de 0,5 cal/h/cm2/ºC/cm 
• O gesso constitui-se num isolante do tipo médio, da mesma categoria da 
madeira seca e do tijolo furado. 
• Dependendo da porosidade de sua estrutura, o gesso pode ser considerado 
um mal condutor de calor. 
• Quando o material possuir grandes vazios nos espaços intercristalinos, ou 
seja, baixa massa específica aparente, apresentará bom isolamento térmico. 
• O gesso pode apresentar coef. de condutibilidade térmica próximo de 0,3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
GESSO 
Propriedades Físicas e Mecânicas: 
Proteção contra incêndio: 
• A elevada resistência ao fogo de pastas e argamassas de gessos é devida à 
água de cristalização. 
• Quando a temperatura atinge aproximadamente 130ºC, parte da água de 
cristalização se liberta e forma um “véu de vapor” que não permite que a 
temperatura junto ao revestimento ultrapasse 100ºC. 
• O gesso é, portanto, um material que confere resistência ao fogo aos 
revestimentos com ele realizados. A água de cristalização é eliminada pelo 
calor, reduz o material a pó, que não sendo removido, atua como protetor da 
camada interior do gesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
GESSO 
 
 
Argamassa de Gesso: 
• Gesso é geralmente empregado na forma de pasta e, raramente sob a forma 
de argamassa, pois a presença de areia diminui a sua resistência; 
• No caso de argamassa de Gesso, a areia é adicionada com a finalidade de 
diminuir o preço do material; 
• A argamassa de gesso é útil quando há necessidade de superfície lisa; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
GESSO 
Gesso para construção civil – Especificação: 
• Ensaios Físicos e Mecânicos para gesso de construção civil: 
 Determinação das propriedades físicas do pó (NBR 12.127/2017) 
 Granulometria e Massa Unitária 
 Determinação das propriedades físicas da pasta (NBR 12.128/2017) 
 Consistência normal; Tempos de pega. 
 Determinação das propriedades mecânicas da pasta (NBR 12.128/2017) 
 Dureza, Resistência à compressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
GESSO 
Aplicação do Gesso na Construção 
Pastas e Argamassas de Gesso para Revestimentos 
• Generalidades: 
 Gesso usado especialmente em revestimentos e decorações de interiores; 
 O revestimento de gesso em pasta ou argamassa de gesso pode ser feita 
em uma única camada, ou duas ou mesmo três. 
 O acabamento é sempre excelente. 
 A maioria das argamassas de gesso é a aplicada em 2 ou 3 camadas; 
 Antes que a primeira camada endureça é aconselhável que esta seja 
arranhada, em duas direções, para aderência da segunda camada; 
 O material em gesso não é útil em aplicações exteriores por se 
deterioraremcom facilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
GESSO 
Aplicação do Gesso na Construção 
Pastas e Argamassas de Gesso para Revestimentos 
• Especificação do material gesso: 
 Os materiais, uma vez atendida as recomendações previstas em Normas, 
devem atender algumas exigências para sua aplicação; 
 O gesso deve ser mantido em lugar seco, fora de contato das paredes 
com superfícies úmidas ou metálicas; 
 Sacos devem ser colocados em estrados, formados em pilhas que não 
ultrapassem 20 sacos superpostos; 
• Especificação dos Agregados: 
 Areias devem ser de preferência silicosas, sendo evitadas aquelas que 
apresentam maior absorção de água; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
GESSO 
Aplicação do Gesso na Construção 
Pastas e Argamassas de Gesso para Revestimentos 
• Especificação água de amassamento: 
 Água empregada deve ser limpa, livre de materiais deletérios, evitando o 
uso de água provenientes de mar ou rio; 
 A água de rede pública pode ser utilizada desde que a quantidade de 
Ferro (Fe) tem que ser limitada, pois pode causar manchas no gesso; 
• Especificação de aditivos: 
 Não se recomenda a produção de misturas aditivadas em obras, pois 
empregando baixos teores de aditivos, poderiam ocorrer problemas de 
homogeneização; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
GESSO 
Atualmente, o gesso é empregado em larga escala no formato de placas, as 
chamadas paredes leves ou drywall. Essas placas são utilizadas em forros, divisórias, 
para dar acabamento em uma parede de alvenaria bruta ou em mal estado, ou para 
melhorar os índices de vedações térmicos ou acústicos do ambiente em que for 
empregado. 
 
Por ser um aglomerante aéreo, não se presta para a aplicação em ambientes 
externos devido à baixa resistência em presença da água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
GESSO ACARTONADO: “DRYWALL” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
CIMENTO NATURAL 
O cimento natural resulta do cozimento dos calcários argilosos (teor de argila ± 25%), 
em temperaturas abaixo da fusão, cerca de 1.000ºC. 
 
Resistência dos cimentos naturais é baixa, (50% do CP), devido a composição do 
calcário não uniforme. 
 
Na França e na Alemanha é empregado em condutos (esgotos, água, vedação de 
fugas e veios de água); 
 
Nos EUA é empregado em pavimentação de estradas de rodagem. 
No Brasil não é empregado e nem fabricado. 
 
Sofre pequena retração, bom para argamassas e pastas. 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
CIMENTO POZOLONÂNICO 
Pozolanas são substâncias siliciosas e aluminosas que podem ocorrer naturalmente 
(cinzas vulcânicas) ou serem produzidas em instalações industriais (beneficiamento 
da argila cozida, cinzas volantes e algumas escórias). 
 
Com o desenvolvimento da indústria de cimento Portland, a utilização das pozolanas 
foi abandonada. 
 
Recentemente, existe uma tendência de emprego da pozolana por fabricantes de 
cimento, que, já na produção de cimentos englobam uma proporção desse material. 
 
O uso conveniente de pozolanas nos concretos de cimento Portland melhora muitas 
qualidades desse material, como por exemplo a trabalhabilidade. No entanto, no 
Brasil, o emprego de escórias de alto-forno ainda demanda necessidade de estudos e 
experimentação, por ser complexo o comportamento das pozolanas artificiais, uma 
vez que sua constituição é muito variável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
CIMENTO PORTLAND 
Material obtido pela cozedura até a fusão incipiente de uma mistura calcário-argilosa 
(clínquer). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
 
 
CIMENTO PORTLAND 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção Civil

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